Dia: 21 de novembro, 2022
Afinal, qual é a montanha mais alta do mundo?
Definir qual é a montanha mais alta do mundo pode parecer uma tarefa simples, mas a verdade é que vai depender bastante do ponto de vista adotado. Quer saber por quê? Vamos te explicar tudo!
O monte Everest é, com frequência, tido como a montanha mais alta do mundo, apresentando 8.848,86 metros de altitude, segundo a última mensuração realizada pela China e Nepal. Mas para esse status, são considerados dois pontos: o primeiro é que o Everest faz parte de uma enorme cadeia montanhosa e, segundo, que essa altura seria em relação ao nível do mar. Ou seja, se fôssemos considerar uma montanha independente, o Monte Kilimanjaro levaria o prêmio. Situado na África, com 5.895 metros, ele não se faz parte de uma cordilheira.
Uma curiosidade é que essa estimativa permitiu chegar à conclusão que o Everest aumentou 86 centímetros desde o último cálculo realizado pela equipe de pesquisadores, ou seja, o processo de encontro das placas tectônicas continua atuando e moldando a superfície terrestre, ainda que isso não seja sempre tão óbvio para nós. Acredita-se que um terremoto em 2015, que alcançou a escala 7.9, tenha tido um maior impacto nessa mudança.
Mas voltando ao assunto: a questão envolvendo o nível do mar sendo usado como critério para definir a montanha mais alta já tem sido discutida entre os especialistas da área, afinal, as mudanças climáticas estão contribuindo com a elevação das águas. Ou seja, se ele é um parâmetro sujeito à ação do tempo, basear a estimativa com base num valor ideal, portanto, seria considerado o mais correto a fazer, evitando divergências em relação ao que é calculado.
E se fosse a montanha mais alta fosse definida considerando a distância entre a base e o seu pico? Nesse caso, teríamos uma outra montanha eleita para a posição de mais alta do mundo, então. E ela seria Mauna Kea, um vulcão localizado no Havaí que se encontra inativo. Com 4.205 metros acima do nível do mar, se considerarmos toda a sua estrutura, o vulcão alcança os 10.211 metros de altura.
Tudo resolvido, então, certo? Ainda não! Há mais um fator a ser considerado antes do veredito final! Nosso planeta não apresenta uma crosta reta e sem fissuras, isso já sabemos. Mas é na região equatorial em que existe um declínio maior, ou seja, as estruturas presentes ali estão mais próximas do centro da Terra que outras em virtude justamente dessa protuberância maior.
Por esse motivo, se formos considerar a montanha mais alta em relação ao centro da Terra, segundo um cálculo obtido com a utilização de GPS, o Monte Chimborazo, no Equador, seria eleito o mais alto do mundo. Desta forma, Chimborazo alcançaria os 6384,41 km de altura e o Everest seria “rebaixado”, com 6382,60 km. Mas considerando também que esse monte não estaria nem entre as 10 maiores montanhas sem esse critério, fica um pouco mais difícil adotá-lo agora, não é mesmo?
Ou seja, o veredito para a adoção da montanha mais alta do mundo, depende muito do critério adotado. Mas independente da escolha final, esse processo de buscar entender mais sobre as montanhas e o processo de formação do nosso planeta certamente sempre nos rende descobertas interessantes — e isso é o mais importante!
*Por Mychelle Araujo
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*Fonte: megacurioso
Falta de sono está tornando sociedade mais egoísta; entenda relação
A explicação para o egoísmo humano pode estar na cama: mais precisamente, no sono. Uma série de estudos realizados por cientistas da Universidade da Califórnia concluiu que uma noite mal dormida, com uma quantidade insuficiente de horas de sono, afeta diretamente a probabilidade de alguém ajudar outra pessoa.
O estudo foi publicado na revista científica PLOS Biology no dia 23, e trabalhou com um banco de dados e análise da atividade cerebral de 124 participantes.
O estudo foi dividido em três fases com 124 participantes, além de um imenso banco de dados
Horário de verão
A primeira parte do trabalho se debruçou sobre informações de três milhões de pessoas em um banco de dados a respeito de doações de caridade realizadas entre 2001 e 2016.
De acordo com a pesquisa, após o horário de verão houve uma queda de 10% nas doações, tendência que não foi observada em regiões que não alteram os relógios no período. Na segunda parte da pesquisa, 24 pessoas tiveram suas atividades cerebrais observadas através de ressonância magnética após noites diversas de sono.
Noites sem dormir ou de baixa qualidade de sono se revelaram determinantes para nossa generosidade
Pouco sono ou de baixa qualidade se revelaram determinantes para nossa generosidade
Os participantes foram submetidos a uma noite plena com oito horas de sono e, em seguida, uma noite sem dormir, e os resultados mostraram que a rede neural pró-social, parte do cérebro responsável por considerar as necessidades e emoções de outras pessoas, ficou menos ativa após a noite em vigília.
“Mesmo apenas uma hora de perda de sono foi mais do que suficiente para influenciar a escolha de ajudar outra pessoa”, afirmou Eti Ben Simon, pós-doutoranda em psicologia no Center for Human Sleep Science e uma das líderes do estudo.
O sono interfere na rede neural pró-social, parte do cérebro responsável pelas relações
Por fim, a terceira parte da pesquisa estudou o sono de 100 pessoas por três a quatro noites, para concluir, através de um questionário, que, mais do que a quantidade de horas, a qualidade do sono é determinante para “ativar” a generosidade em nosso cérebro.
“Essas descobertas podem sugerir que, uma vez que a duração do sono aumenta acima de uma quantidade nominal básica, então parece ser a qualidade desse sono que é mais crítica para ajudar e apoiar nosso desejo de ajudar outras pessoas”, afirmou Simon.
Epidemia global
Segundo Matthew Walker, professor e diretor do Centro de Ciências do Sono Humano da universidade e também líder do estudo, a conclusão da pesquisa é especialmente relevante diante do que chama de “epidemia global de perda de sono”, na qual mais da metade das pessoas em países dito desenvolvidos dormem pouco durante os dias de trabalho.
Excesso de uso de telas, especialmente próximo à hora de dormir, pode prejudicar o sono
Segundo Walker, a perda do sono “altera radicalmente como somos enquanto seres sociais e emocionais”, dado que ele aponta como parte da “própria essência da interação humana e o que significa viver uma existência humana plena e significativa”.
*Por Vitor Paiva
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*Fonte: hypeness