Dia: 13 de dezembro, 2022
De tudo o que a humanidade produz, 91% vira lixo, aponta estudo
Esses números ganham outra dimensão com as datas do fim do ano, como o Natal.
De tudo o que a humanidade produz, 91,4% vira lixo, segundo o Circularity Gap Report. No Brasil, as embalagens representam 30% de todo o material descartado, aponta o Instituto Akatu, e 17% dos alimentos são jogados fora a cada ano, informa a ONU. Esses números ganham outra dimensão com as datas do fim do ano, black friday, presentes de Natal, amigo secreto, lembrancinhas, kits para clientes e funcionários, roupas novas, móveis, eletrônicos, reformas, ceias, decoração.
A lista de produtos consumidos se multiplica e, quanto maior o consumo, maior a produção de resíduos e emissão de gases do efeito estufa, responsáveis pelas mudanças do clima. Se as pessoas se propuserem a promover mais encontros, distribuir bons sentimentos e reduzir o consumo neste fim de ano, o que acontece? A resposta é ao mesmo tempo simples e grandiosa: uma notável mudança de hábitos que pode transformar o mundo.
Em meio a debates cada vez mais intensos sobre sustentabilidade, a proposta de um Natal Circular se apresenta como ação necessária de preservação humana. O grande desafio é driblar o consumismo, ampliar o reaproveitamento de materiais e praticar o mantra dos erres. Reciclar é importante, reaproveitar é necessário, repensar e reduzir o consumo é fundamental.
“É o primeiro Natal, em dois anos, que esperamos poder reunir todos os que amamos, até mesmo quem está mais longe. Que tal se a gente focar em valorizar mais a companhia das pessoas, do que em comprar coisas? Ou, se formos realmente consumir, praticar o consumo de forma mais informada e consciente?”, propõe o professor doutor Edson Grandisoli, coordenador pedagógico do Movimento Circular.
A economia circular busca otimizar os recursos do planeta e gerar cada vez menos resíduos. A equação é comprar menos, utilizar os produtos por mais tempo e reaproveitar seus insumos para a produção de novas coisas, reduzindo tanto a extração de recursos da natureza, como a quantidade de resíduos descartados. Um dos caminhos apontados pelo professor é comprar produtos de empresas que assumem compromissos socioambientais, investem ou doam parte dos lucros desse período para promover atividades que valorizam a circularidade e a sustentabilidade.
Por mais desafiadora que pareça, a mudança de posicionamento não é tão difícil. Com informação e planejamento é possível tornar as comemorações de fim de ano mais cheias de sentido, de significado e inspiradoras, inclusive no aspecto financeiro. O verdadeiro espírito do Natal agradece e comemora junto.
………………………………………………………………..
*Fonte: ciclovivo
Será que todo mundo tem uma ‘VOZ’ NA CABEÇA?
Quantas vezes você já se pegou conversando com a “pequena voz” que atua dentro da sua cabeça? No fim das contas, é bastante comum criar longas conversas dentro de nossos pensamentos para esclarecer situações da vida, ajudar em um momento delicado no trabalho ou para criticar nossos próprios comportamentos.
Mas será que todas as pessoas no mundo possuem esse monólogo interno? Por muito tempo, acreditava-se que era completamente impossível uma pessoa não ter uma voz interna em sua cabeça, mas estudos recentes indicam que esse não é o caso. De acordo com pesquisadores, nem todas as pessoas processam a vida da mesma maneira e podem apresentar métodos diferentes de manejar seus pensamento e sentimentos. Veja só!
Cérebro em atuação
Quando citamos o termo “monólogo interno” estamos nos referindo às pessoas com capacidade de ter uma fala privada dirigida a si mesma, o que acontece sem que nossa boca precise emitir qualquer articulação ou som. Sendo assim, é basicamente como se você realmente conseguisse “ouvir” sua própria voz sem dizer nada.
Alguns estudos, inclusive, sugerem que crianças podem usar alguma forma de fonética interna para raciocinar desde 18 a 21 meses. Para analisar essa função cerebral, o Laboratório de Psicologia e Neurocognição do CNRS, instituto nacional de pesquisa francês, observou esses monólogos internos em três dimensões em um estudo feito em 2019.
A pesquisa aponta que a primeira dimensão é a dialogalidade, o que diria que algumas conversas internas são tão complexas que existe um debate se é certo chamá-las de monólogos. Em segundo lugar ocorre a condensação, que mede o quão prolixo é o seu discurso interno. Por fim, entra a intencionalidade, fator que analisa se estamos entrando em um discurso interior de propósito ou por acaso.
Interpretando dados
Em 1990, um estudo conduzido pela Universidade de Nevada passou a questionar a dependência das pessoas de uma voz interior. Utilizando um bipe, os pesquisadores pediram para que os participantes sempre anotassem o que estavam pensando ou experimentando em suas cabeças quando o dispositivo apitasse.
No fim do dia, eles precisavam se reunir com um pesquisador para revisar suas respostas. Após uma série de encontros, a equipe de pesquisa notou que algumas pessoas tinham uma fala interior toda vez que o bipe tocava, quase como se tivessem um rádio em suas cabeças. Porém, outros apresentaram menos monólogos do que o normal e uma pequena porção nem mesmo tinha fala interior.
Esse último grupo, por sua vez, experimentava imagens, sensações e até mesmo emoções no lugar das vozes e palavras. Com o tempo, a falta de monólogo interior passou a ser associada a uma condição chamada afantasia — também conhecida como “cegueira do olho da mente”.
Pessoas que sofrem de afantasia não têm visualizações em suas mentes. Logo, não conseguem imaginar mentalmente um lugar por onde passaram ou o rosto de um ente querido. Muitas vezes, essas pessoas também não experimentavam formas de monólogos internos claros. No fim das contas, a afantasia e a falta de voz interior não são condições necessariamente ruins, mas podem resultar em uma maior dificuldade para que essa pessoa se adapte a alguns métodos de aprendizados usados até hoje.
*Por Pedro Freitas
……………………………………………………………….
*Fonte: megacurioso