Plantoterapia: está comprovado que ter verde em casa faz bem para saúde

Você já ouviu falar sobre plantoterapia? Sim, e nós podemos provar. Se ter plantas em casa te dá uma sensação de tranquilidade e paz, você já está sentindo os efeitos dessa palavrinha complicada.

A plantoterapia é o hábito de mexer nas plantas, entrar em contato com a terra e cuidar para que elas se desenvolvam saudáveis e contentes. Esse ato de observar o nascimento e crescimento das plantinhas passa uma sensação de bem-estar e relaxamento.

Planta é vida
Pesquisadores são enfáticos em dizer que criar plantas em casa faz bem para a saúde mental. De acordo com um trabalho feito pela Universidade de Roma, o verde nas residências contribuiu para a diminuição do estresse causado pelo isolamento social durante a pandemia.

A pesquisa ouviu cerca de 300 italianos, que viviam no primeiro epicentro da pandemia. Eles foram praticamente unânimes em dizer que ter contado com atividades de jardinagem ajudou a diminuir a angústia provocada por tempos de incertezas e mortes em massa.

Ter plantas em casa fazer bem para a saúde mental e diminui o estresse

A sensação de relaxamento dessas pessoas foi muito maior, diz a Universidade de Roma, do que as que não tinham nenhum verde dentro de suas casas. A conclusão demonstra mais uma vez a relação próxima entre o ser humano e a natureza.

“Evoluímos biologicamente com a ajuda da natureza. Recorremos às plantas para nos abrigar e nos esconder dos predadores”, disse à revista Veja Melinda Knuth, professora de ciências da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

Ela ressalta ainda os efeitos benéficos das plantinhas na corrente sanguínea e no nosso humor.

A satisfação causada pelas plantas mora também no senso de responsabilidade. É gratificante ver que você viabilizou o crescimento saudável de uma muda plantada por suas mãos.

“Psicologicamente, a prática proporciona prazer, faz bem a todos que criam. No momento em que você está plantando, você não está estressado ou ansioso, apenas ocupando a mente com coisas boas”, ressalta ao Agro Floresta Amazônia a psicóloga Jéssica Maia.

Cidades para pessoas

Está comprovado que plantas fazem bem para a saúde mental e ajudam a diminuir a incidência de casos de depressão. Isso se torna ainda mais importante em cidades hostis como São Paulo, que carece de áreas verdes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou sobre a importância de áreas verdes públicas para o bem-estar da população. É recomendado que os bairros tenham pelo menos um parque a cada 500 metros – algo bem distante da realidade das grandes cidades brasileiras.

São Paulo conta com 44% de seu território formado por áreas verdes, diz relatório de 2016 da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA). Acontece que a desigualdade impede de todos os mais de 12 milhões da metrópole usufruam dos benefícios das plantas.

Embora Parelheiros possua quase 90% de cobertura vegetal, o bairro fica muito longe do Centro da cidade (onde está o trabalho) e carece de estrutura para que as pessoas vivam com mais qualidade.

O Itaim Paulista, periferia do extremo leste, em contrapartida, possui apenas 6,45% de áreas verdes e as mesmas carências da localidade na zona sul da capital paulista.

Já que as cidades brasileiras ainda não conseguem oferecer qualidade de vida para as pessoas, que tal você garantir pelo menos um cantinho verde dentro de casa?

O Hypeness é defensor de carteirinha das plantinhas e tem muitas dicas preciosas para jardineiros de primeira viagem não se decepcionarem com os desafios de fazer uma mudinha virar uma planta feliz e saudável.

O segredo é começar. Sua saúde mental agradece.

*por Kaue Vieira
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*Fonte: hypeness

Gatos laranjas são realmente mais dóceis?

Existe uma crença popular de que gatos laranja são mais dóceis que os de outra cor. Mas, por muito tempo, não existiam estudos relacionando a cor da pelagem com o comportamento desses animais, para verificar se havia mesmo alguma relação ou se era apenas um “achismo” dos donos de gatos.

E esse mito se manteve assim até 1995, quando a bióloga Dominique Pontier publicou um estudo examinando a frequência da variante do gene laranja entre as populações de gatos. Sabe-se que o gene responsável pela cor laranja está ligado ao sexo. Mas o que isso diz sobre o comportamento desses felinos?

Estudando os gatos

O estudo de Pontier trabalhou com um total de 30 populações de gatos, na França, entre 1982 e 1992. Foram catalogados os dados de 56 a 491 gatos, dependendo de cada população. E entre os resultados, surgiram evidências sobre a possível amabilidade dos gatos laranja.

A primeira informação que o estudo revelou é que os gatos laranja são mais comuns em ambientes rurais (menos densos) do que em ambientes urbanos. Como nesses ambientes o sistema de acasalamento dos gatos é mais polígino — os gatos machos tendem a acasalar com várias gatas, enquanto as fêmeas tendem a acasalar com apenas um macho —, a predominância de gatos laranjas pode indicar um maior sucesso reprodutivo em condições sociais específicas.

Outro resultado é que os gatos laranja são menos comuns em áreas com maior risco de mortalidade. Esta descoberta pode sugerir que animais com essa pelagem podem ser mais propensos a se envolver em comportamentos de risco resultantes em morte. Outra possibilidade é que eles, por serem mais dóceis, tendem a evitar locais e situações de maior risco.

A terceira descoberta serviu para confirmar um estudo anterior, realizado na Austrália. Gatos laranja apresentam maior dimorfismo sexual. Isso significa que os machos laranja pesam mais que os gatos de outras cores e as fêmeas laranja pesam menos que as de outras cores.

Mas, afinal, gatos laranjas são mais dóceis?

O que é possível afirmar com os dados obtidos por Pontier é que, devido a diferenças físicas e comportamentais, os gatos laranja (os machos, em particular) podem contar com uma estratégia reprodutiva diferente. Essa estratégia não estaria diretamente relacionada à maneira como esses animais se relacionam com seres humanos, mas pode ajudar a entender.

Por serem maiores que os demais animais, estarem presentes em maior concentração em ambientes rurais e expostos a menos situações de risco, os gatos laranja machos podem apresentar um comportamento mais ousado. Em situações que outros gatos entendem como arriscadas, os gatos laranja podem se sentir mais confortáveis.

Embora essas associações comportamentais baseadas em cores possam parecer estranhas, elas são relativamente comuns no reino animal. Outros animais, como roedores e pássaros — que possuem estudos conhecidos sobre o tema —, também apresentam a mesma relação que os gatos.

Isso acontece porque alguns genes responsáveis pelo comportamento ou outros atributos físicos (tamanho do corpo, por exemplo) podem ser herdados com os responsáveis pela cor do pelo. Desde 1995, foram realizados poucos estudos buscando compreender essa relação. Porém, os dados obtidos por Pontier podem realmente sugerir que os gatos laranja tendem a ser mais dóceis com os humanos.

*Por Robinson Samulak Alves
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*Fonte: megacurioso