O fogo é muito raro no universo. Entenda por quê

A conquista do fogo é considerada um dos marcos da evolução do Homo sapiens. Muito antes disso, incêndios já influenciavam ecossistemas no planeta há pelo menos 300 milhões de anos, no período Carbonífero. Apesar de ser tão presente na história da vida na Terra, o fogo é muito raro universo afora. Curiosamente, isso tem muito a ver com a própria vida no nosso planeta.

Para a combustão acontecer, é preciso que um combustível — como madeira — entre em contato com um comburente: um material gasoso rico em oxigênio. Apesar de ser o terceiro elemento mais abundante do universo, o oxigênio é pouquíssimo comum em sua forma gasosa, como acontece aqui na atmosfera da Terra.

Aí está, portanto, um dos motivos pelos quais o fogo é muito raro: o oxigênio no planeta é produzido por organismos vivos — majoritariamente algas. Na mesma medida que não sabemos da existência de organismos vivos em outros planetas, atmosferas com oxigênio de origem biológica são igualmente desconhecidas.

Agora pense, por um momento, nos combustíveis que comumente pegam fogo. Carvão, madeira, petróleo, papel. Todos de origem biológica. Ou seja, não só o comburente é produzido por organismos vivos, mas também a grande maioria dos combustíveis.

Por esse motivo, o oxigênio é um dos possíveis indicadores de vida na procura por planetas que abriguem a vida.

As estrelas pegam fogo?
Ok, muito difícil de se encontrar fogo em planetas sem vida. Mas e em estrelas, como o Sol? Elas não estão queimando?

Na verdade, não. O que acontece no sol e nas demais estrelas é a liberação de calor pela fusão nuclear. Quando dois átomos de hidrogênio (os mais abundantes no cosmos) se chocam pela pressão no interior de uma estrela, eles formam um átomo de hélio, mais um nêutron livre, e uma quantidade imensa de energia.

Essa energia, por sua vez, irradia para o universo na forma de luz e calor. Contudo, não há a queima de nenhum combustível nem a ação de nenhum comburente e, portanto, não há a formação de chamas.

*Por Mateus Marchetto
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*Fonte: socientifica

Cientistas mapearam 13 emoções que a música causa nas pessoas; entenda

Enquanto ‘As quatro estações’, de Vivaldi, faz as pessoas se sentirem energizadas, a trilha sonora do filme ‘Psicose’, de Alfred Hitchcock, evoca medo

O que você sente ao ouvir axé é o mesmo que quando escuta os últimos lançamentos do rock, ou relembra os clássicos da MPB? Foi exatamente isso que um grupo de especialistas da Universidade Berkeley, nos Estados Unidos, quis responder em uma nova pesquisa.

Segundo o artigo, publicado no periódico científico PNAS, as músicas causam ao menos 13 emoções diferentes nas pessoas. “Imagine organizar uma biblioteca de música massivamente eclética por emoção e capturar a combinação de sentimentos associados a cada faixa. Isso é essencialmente o que nosso estudo fez”, disse Alan Cowen, um dos autores da pesquisa, em comunicado.

Para realizar a investigação, os especialistas contaram com a ajuda de 2,5 mil voluntários norte-americanos e chineses. Os participantes classificaram cerca de 40 amostras de música com base em 28 categorias diferentes de emoção, bem como em uma escala de positividade e negatividade, e em níveis de excitação que elas causam.

Entre as canções estavam títulos como Shape of you, do cantor Ed Sheeran, o hino dos Estados Unidos, Careless Whispers, de George Michael, Rock the Casbah, do The Clash, Somewhere over the Rainbow, de Israel (Iz) Kamakawiwoʻole e As quatro estações, de Vivaldi.

Os especialistas perceberam que 13 emoções se destacaram. São elas: diversão, alegria, erotismo, beleza, relaxamento, tristeza, sonho, triunfo, ansiedade, medo, aborrecimento, desafio e animação. “Documentamos rigorosamente a maior variedade de emoções universalmente sentidas pela linguagem da música”, contou Dacher Keltner, membro da equipe.


Cientistas mapearam 13 emoções causadas pela música

Os pesquisadores acreditam que a pesquisa poderá ser útil em terapias psicológicas e psiquiátricas, por exemplo. O estudo também poderá ser utilizado por serviços de streaming, permitindo que as plataformas criem playlists mais personalizadas e coerentes.

A equipe ressalta que os sentimentos que cada canção evoca, entretanto, podem mudar de acordo com a cultura em que o ouvinte está inserido. “Pessoas de diferentes culturas podem concordar que uma música transmite raiva, mas podem diferir se esse sentimento é positivo ou negativo”, explicou Cowen.

Além disso, os pesquisadores reconhecem que algumas associações feitas pelos ouvintes podem estar baseadas no contexto em que os participantes do estudo ouviram a canção anteriormente. “A música é uma linguagem universal, mas nem sempre prestamos atenção suficiente ao que ela está dizendo e como está sendo entendida”, pontuou Cowen. “Queríamos dar um primeiro passo importante para resolver o mistério de como a música pode evocar tantas emoções sutis.”

Mapa interativo
As músicas analisadas foram organizadas em um site que pode ser acessado pelo público. Nele, os internautas passam o cursor sobre um mapa de áudio interativo, no qual é possível ouvir as canções de acordo com o sentimento que causam.

Enquanto As quatro estações, de Vivaldi, faz as pessoas se sentirem energizadas, Let ‘s Stay Together, de Al Green, evoca sensualidade, e Somewhere over the Rainbow, de Israel (Iz) Kamakawiwoʻole, provoca alegria. Já a trilha sonora do filme Psicose, de Alfred Hitchcock, evoca medo.

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*Fonte: revistagalileu