Dia: 16 de janeiro, 2023
7 Lições da filosofia para uma vida feliz
Talvez toda a discussão da filosofia ao longo do tempo pudesse ser resumida em algumas perguntinhas simples e enigmáticas: qual o sentido da vida? O que é preciso para nos sentirmos felizes?
Vários filósofos se debruçaram sobre estes questionamentos. Para Sêneca, por exemplo, felicidade significava “viver de acordo com a natureza”. Ele escreveu sobre o tema em um ensaio chamado Sobre a vida feliz, em que discorre sobre algumas lições que considera importantes para quem quer atingir algum tipo de paz de espírito. Neste texto, trazemos algumas de suas ideias, que podem ser importantes para nós até hoje!
1. Olhar para a morte ou para a comédia com o mesmo semblante
Aqui, Sêneca não sugere que a gente ria com a morte ou chore com o humor, mas está nos sugerindo a gerenciar nossos extremos emocionais para que eles não nos controlem.
2. Sustentar a força do corpo pela força de minha mente
Sêneca coloca aqui uma constatação importante e que só foi confirmada nos séculos seguintes: uma boa vida é a que equivale os esforços físicos e os esforços intelectuais. Os idosos só conseguem envelhecer bem à medida que exercitam o cérebro (aprendem coisas novas, leem, se desafiam, etc.) e exercitam o corpo. Ler e caminhar são duas atividades simples que podem ser revolucionárias.
3. Desprezar as riquezas quando não as temos
Aqui, Sêneca não fala exclusivamente de dinheiro ou poder. Ele sugere que, se as riquezas estiverem em outro lugar, não deixe que isso o assombre; se estiverem ao redor, então que não nos torne mais excitados do que deveríamos ser.
Sua lição é sobre o apego: tanto à riqueza quanto à falta dela. Hoje já sabemos que o materialismo em excesso causa depressão, inclusive.
4. Todas as terras pertencem a mim e à humanidade
Dentro do tema do apego, Sêneca aponta que a miséria não vem apenas de se agarrar às coisas, mas de se segurar com muita força ao que se tem. Fala-se aqui sobre a ideia de que a solidariedade é a chave de uma boa vida: todos somos irmãos e irmãs, e assim, dividir deve ser um princípio de vida.
5. Viver para lembrar que nascemos para os outros, e agradecer à Natureza por isso
Nesta lição, Sêneca nos fala sobre o poder da caridade e o quanto ela é um presente para o doador, antes de ser para quem recebe. Servir aos outros é um dos caminhos para encontrar a felicidade – e a ciência já comprovou que a caridade e o voluntariado aumentam o bem-estar.
6. Não fazer nada pela opinião pública, mas pela consciência
Em tempos de hipervisibilidade nas redes sociais, esta é uma lição importantíssima. Ela sugere, primeiramente, que devemos resistir à comparação social. Em segundo, precisamos agir na vida privada da mesma forma que na vida pública.
Fazer o bem visando a aprovação alheia, por exemplo, é entregar-se à hipocrisia e afastar-nos de nossa integridade.
7. Deixar esta vida com a consciência limpa
Sêneca aqui nos aponta que o caminho para uma boa morte é considerar o bem que fizemos ou podemos ainda fazer aos outros. Alguns estudos já mostraram que pessoas que estavam morrendo de câncer tiveram um fim mais pacífico quando viram sua doença como uma oportunidade de dar aos outros – por exemplo, incentivando os amigos, ensinando lições aos netos ou participando de estudos clínicos que poderiam vir a beneficiar mais pessoas.
Provavelmente por isso, a morte de Sêneca pintada por Peter Paul Rubens mostrou o filósofo (que foi forçado a cometer suicídio) morrendo em pé, com ar pacífico.
*Por Maura Martins
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*Fonte: megacuioso
2022 foi o quinto ano mais quente da história
Novos dados revelam mais um ano de extremos climáticos com recordes de alta temperatura, secas e inundações
O ano de 2022 foi o quinto ano mais quente já registrado no mundo, segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, programa de observação da Terra da União Europeia. Um resumo dos dados aponta que vários recordes de alta temperatura foram quebrados na Europa e em todo o mundo, enquanto outros eventos extremos, como secas e inundações, afetaram grandes regiões.
Divulgado na última segunda-feira (9), o relatório da Copernicus afirma que os últimos oito anos foram os mais quentes. Em 2022, em específico, as temperaturas no mundo ficaram 1,2ºC acima dos níveis pré-industriais (1850-1900).
As concentrações atmosféricas de dióxido de carbono também aumentaram cerca de 2,1 ppm, semelhante às taxas dos últimos anos. Já as concentrações de metano na atmosfera aumentaram cerca de 12 ppb, acima da média, mas abaixo dos recordes dos últimos dois anos.
Situação global
Os dados reunidos pela Copernicus evidencia que as mudanças climáticas podem ser sentidas em nível global. A Europa, por exemplo, viveu seu verão mais quente, além do continente ter sido afetado por várias ondas de calor intensas e prolongadas, sobretudo, na parte oeste e norte. Também baixos níveis persistentes de chuva, em combinação com altas temperaturas e outros fatores levaram a condições de seca generalizada. Paralelamente, aumentaram as emissões poluentes relacionadas a incêndios. França, Espanha, Alemanha e Eslovênia tiveram as maiores emissões de incêndios florestais no verão nos últimos 20 anos.
O relatório também destaca as grandes inundações enfrentadas pelo Paquistão em agosto, em consequência de chuvas extremas. O país também foi afetado por ondas de calor prolongadas, assim como o norte da Índia na primavera.
A Antártida viu condições de gelo marinho excepcionalmente baixas ao longo do ano. Em março, a Antártida experimentou um período de calor intenso com temperaturas bem acima da média. Na estação Vostok, no interior da Antártica Oriental, por exemplo, a temperatura registrada chegou a -17,7°C, a mais quente já registrada em seus 65 anos de registro.
Rio secou
Uma seca recorde fez com que partes do rio Yangtze – o mais importante da China – secassem. Tal situação afetou a energia hidrelétrica, rotas de navegação, limitou o abastecimento de água potável e fez ressurgir estátuas budistas anteriormente submersas. As chuvas no verão chinês foram 45% abaixo do normal.
Os principais destaques do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus sobre 2022 podem ser lidos detalhadamente (em inglês) aqui.
*por Marcia Sousa
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*Fonte: ciclovivo