Goodyear desenvolve pneu feito de casca de arroz e óleo de soja

O pneu é feito com 90% de materiais sustentáveis e passou em testes necessários para venda

A fabricante de penus e borrachas Goodyear apresentou um novo pneu de demonstração composto 90% por materiais sustentáveis, como óleo de soja e casca de arroz. O pneu passou em todos os testes regulamentares aplicáveis, bem como nos testes internos da Goodyear.

O pneu também foi testado para ter menor resistência ao rolamento quando comparado ao pneu de referência, tendo potencial para oferecer maior economia de combustível e redução da pegada de carbono. Ele também passou em testes necessários para venda. “Continuamos progredindo em direção ao nosso objetivo de introduzir o primeiro pneu 100% sustentável na indústria até 2030”, disse Chris Helsel, vice-presidente sênior de operações globais e diretor de tecnologia.

O pneu de demonstração é feito em sua maioria com materiais considerados “sustentáveis”, ou seja, materiais de base biológica, renovável, reciclado ou que pode ser produzido usando ou contribuindo para outras práticas sustentáveis para conservação de recursos e/ou reduções de emissões.

O pneu possui 17 ingredientes e 12 componentes diferentes, incluindo: pó de carbono, óleo de soja, sílica produzida a partir de resíduos de resíduos de casca de arroz, resinas biorrenováveis de pinheiro, garrafas PET pós-consumo, polímeros bio e biocircular, e fios e cabos de aço com conteúdo reciclado.

Atualmente, a Goodyear vem trabalhando com sua base de fornecedores e planeja vender um pneu com até 70% de conteúdo de material sustentável em 2023.

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*Fonte: ciclovivo

Microsoft desenvolve IA capaz de simular qualquer voz a partir de gravação de 3 segundos

O avanço da Inteligência Artificial vem borrando cada vez mais a fronteira entre o real e o fake, o registro de um fato e a perfeita simulação: o novo modulador de voz da Microsoft foi apresentado recentemente com a capacidade de imitar precisamente qualquer voz humana a partir de uma simples gravação de apenas 3 segundos. Intitulado VALL-E, o mecanismo mantém as características originais da voz apresentadas no áudio, e é capaz de simular a voz dizendo perfeitamente uma nova frase.

A novidade exige somente três segundos de gravação para criar uma frase inédita com a mesma voz

Em resumo, a tecnologia parte, por exemplo, de uma amostra dizendo uma simples frase de 3 segundos de duração, para criar uma frase inteiramente inédita com aquela mesmíssima voz. De acordo com a Microsoft, o segredo da novidade é trabalhar com a Inteligência Artificial não nas ondas sonoras, mas utilizando códigos de codec de áudio a partir de comandos de texto e acústicos. O trabalho utilizou 60 mil horas de gravação de mais de 7 mil falantes do LibriLight, arquivo composto por audiobooks.

“O VALL-E oferece recursos de aprendizado e pode ser usado para sintetizar fala personalizada de alta qualidade com apenas uma gravação registrada de 3 segundos de um falante invisível como um prompt acústico”, diz a apresentação da empresa. “Os resultados da experiência mostram que o VALL-E supera significativamente o sistema TTS zero-shot de última geração em termos de naturalidade da fala e similaridade do locutor”, complementa a comunicação da Microsoft, que liberou algumas amostras do funcionamento da IA.

O desenvolvimento do VALL-E tem como objetivo a melhoria de ferramentas “text-to-speech” (texto para fala), capazes de transformar textos em discurso falado, para tornar mais natural a comunicação de apps como o Google Tradutor. A preocupação com o possível uso da tecnologia para o desenvolvimento de manipulações, falsificações e fakes, porém, fez com que a Microsoft decidisse por não deixar o código da novidade em aberto. ” Para mitigar esses riscos, é possível construir um modelo de detecção para discriminar se um clipe de áudio foi sintetizado pelo VALL-E”, afirmou a empresa.

*Por Vitor Paiva
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*Fonte: hapyness