Dia: 22 de janeiro, 2023
Por que jovens da geração Z estão abandonando seus smartphones
Enquanto o mundo parece cada vez mais controlado e dominado por smartphones – e nós, cada vez mais viciados nos gadgets -, um movimento de abandonar tais aparelhos vem ganhando força e adeptos entre os jovens, principalmente após o início da pandemia. É isso que afirma uma matéria da revista Huck, como tendência crescente entre a chamada “geração Z” como uma maneira de combater os efeitos do uso contínuo e incessante dos smartphones que, segundo pesquisas, podem provocar tristeza, ansiedade e depressão.
Vício em smartphone
O vício em smartphones pode provocar depressão e ansiedade, entre outros sintomas
A matéria conversou com pessoas que não somente desligaram simplesmente seus aparelhos: algumas trocaram os tais telefones inteligentes – com conexão à internet e os tantos aplicativos disponíveis – pelos velhos “tijolões”, telefones vintage que somente fazem chamadas e enviam mensagens de texto. Alguns personagens entrevistados na reportagem escolheram o caminho do meio: ainda possuem um smartphone, mas o deixam em casa quando saem, usando-o somente para comunicação e notícias, como meio de combater a dependência.
Telefones celulares antigos
Os telefones antigos e menos conectados vêm reconquistando usuários
Não é por acaso que desafios para testar quem suporta passar algum tempo sem smartphones se fazem cada vez mais recorrentes, e pela primeira vez as vendas dos antigos telefones celulares cresceram no ano passado pela primeira vez em anos: os malefícios comprovados do uso excessivo dos smartphones se agravarem no contexto da atual pandemia, na qual tudo é feito pelos aparelhos, e os quadros de depressão e ansiedade também se multiplicam. Quem largou o smartphone, no entanto, garante na matéria que os benefícios aparecem rapidamente.
Na pandemia, tudo é feito pelo smartphone, e assim os efeitos colaterais se agravam
“Em pouco tempo eu percebi uma melhora imensa no meu humor e na minha liberdade de pensamento”, diz Eden, personagem da reportagem, que aos 22 anos largou o smartphone depois que seu iPhone quebrou no início do ano passado – e desde então vem se sentido “um milhão de vezes maior”. A falta dos mapas e dos aplicativos de direcionamento são especialmente sentidas, mas a grande ausência entre os relatos é mesmo da música e das boas câmeras fotográficas: o próximo passo, quem sabe, será a retomada das icônicas câmeras digitais dos anos 90 e dos iPods.
*Por Vitor Paiva
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*Fonte: hypeness
O que significa a pontuação de cafés especiais?
Quando vou comprar um café especial, sempre chego em casa com grãos que trazem na embalagem no máximo três notas sensoriais
Desta vez estou escrevendo do sul do país, Ilha de Florianópolis, onde vim visitar família e amigos, além de rodar pela efervescente cena cafezeira local. E seja no churrasco, na praia ou na casa da tia, sempre me perguntam a mesma coisa: “Mas, Caio, o que é essa tal pontuação no rótulo do café especial? E essas notas sensoriais? Não senti nada do que estava escrito…”. Então, nada melhor do que abordarmos nesta coluna a tal pontuação.
Esses pontos que aparecem na embalagem vêm de uma metodologia criada pela SCA (Specialty Coffee Association), sendo a principal no mundo para classificação sensorial de cafés, principalmente de cafés especiais. Em teoria, isso facilita demais para nós, consumidores, identificarmos grãos de qualidade em qualquer lugar onde estivermos.
A avaliação é feita por meio de provas de um mesmo grão, conhecidas como cupping, a cargo de um profissional com certificação oficial chamado Q-grader. É ele quem irá pontuar, certificar e laudar os cafés, e esse laudo tem validade mundial.
No caso do café especial, são analisados onze atributos, considerando no mínimo cinco xícaras de cada amostra. São eles: fragrância e aroma, doçura, sabor, acidez, corpo, finalização, equilíbrio, uniformidade, ausência de defeito e conceito final. Para cada um são dadas notas que vão de 6 a 10. No final, todas são somadas e tem-se a nota final do café, essa que vemos descrita na embalagem. A pontuação vai até 100, sendo que a partir de 80 o café é considerado “especial”.
E tudo isso é feito com parâmetros pré-estabelecidos de tempo de torra, coloração dos grãos torrados, padronização da moagem e temperatura da água, entre outros.
Trocando em miúdos, as notas sensoriais e a pontuação no rótulo são referentes à primeira avaliação do grão antes de ser comercializado para as torrefações. Essa informação ajuda a responder a segunda pergunta feita pelos meus parentes, sobre as notas sensoriais. Isso porque na torrefação os processos são diferentes dos utilizados durante a avaliação e, portanto, os resultados não serão exatamente iguais aos apresentados no laudo sensorial.
Quando vou comprar um café especial, sempre chego em casa com grãos que trazem na embalagem no máximo três notas sensoriais. Mais do que isso, na minha humilde opinião, é querer forçar a barra com o consumidor.
No fim, é a experimentação e a curiosidade que possibilitam a criação da mais importante “arma” do consumidor: a capacidade de comparar!
Não importa o produto que você irá escolher para apreciar. Seja café, chocolate, vinho, saquê ou cerveja, o que vale é ter uma experiência maravilhosa e genuína! Para isso, basta confiar em seus sentidos. E, se por acaso se sentir intimidado, seja pelo atendente ou pelo ambiente, feche os olhos, respire fundo e deixe-se guiar por você mesmo.
*Caio Tucunduva é Coffee Hunter da No More Bad Coffee e mestre em sustentabilidade.
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*Fonte: exame