Dia: 3 de fevereiro, 2023
Cientistas criaram madeira artificial resistente à água e ao fogo
Os cientistas criaram uma madeira artificial que é tão forte quanto a natural, mas ao mesmo tempo resistente à água e ao fogo. Essa inovação pode revolucionar a indústria da construção, fornecendo uma alternativa sustentável e segura para a madeira tradicional. Além disso, a madeira artificial pode ser produzida em massa e em grandes quantidades, o que a torna uma opção mais viável e acessível para projetos de construção em larga escala.
A equipe de pesquisa, liderada pelo químico de materiais Shu-Hong Yu da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, adicionou quitosana – um polissacarídeo derivado de cascas de crustáceos – a uma solução de resina sintética. O resultado é um material tão resistente ao esmagamento quanto a madeira, com o processo de liofilização que cria canais e poros ainda menores, reforçando ainda mais o material. Além disso, temperaturas de cura mais altas aumentam a aderência e força. A adição de fibras naturais ou artificiais também pode ajudar a fortalecer a madeira artificial.
A solução foi liofilizada, formando uma estrutura com poros e canais minúsculos suportados pela quitosana. Aquecido a 200°C para curar a resina, gerando ligações químicas fortes. O resultado é material tão resistente quanto madeira. A liofilização aumenta a resistência, enquanto temperaturas de cura elevadas aumentam a aderência e a força. Adição de fibras naturais ou sintéticas também melhora o material.
Adicionalmente, o material tem excelente resistência à água – amostras mergulhadas em água e em banho de ácido forte por 30 dias praticamente não perderam sua força, enquanto as amostras de madeira balsa testadas nas mesmas condições perderam 2/3 de sua força e 40% de sua resistência à compressão. Além disso, o material é difícil de queimar, tendo parado de pegar fogo quando retirado da fonte de calor.
A nova madeira pode ser utilizada para produzir embalagens resistentes a desgastes e sua porosidade cria uma capacidade de retenção de ar, tornando-a potencialmente adequada como isolante para edifícios. Alternativas ecológicas para a resina polimérica podem também atrair interesse pelo material.
*Por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae
Metade dos europeus acredita que sua cultura é superior às demais
A Europa é conhecida por sua riqueza cultural e história, mas um estudo recente da Pew Research Center revelou que os europeus também acreditam em sua superioridade cultural em relação a outros continentes.
O estudo, que ouviu mais de 25 mil pessoas em 25 países, descobriu que cerca de metade dos europeus entrevistados acredita que sua cultura é superior às demais.
Os que se consideram mais superiores
9 em cada 10 gregos ouvidos pela pesquisa disseram que a sua cultura era superior
A pesquisa foi feita com pessoa de várias regiões da Europa. Os gregos foram os entrevistados que mais disseram acreditar na superioridade da sua cultura em relação às outras: 89% dos participantes, quase nove em cada dez, afirmaram que a cultura grega era superior.
Na sequência, aparecem os georgianos (85%), cidadãos da Geórgia, pequeno país do leste europeu famoso pelas construções históricas. Em terceiro lugar nessa lista aparecem os armênios (84%).
Abaixo do percentual de 80%, figuram os cidadãos dos seguintes países:
Rússia (69%);
Bulgária (69%);
Bósnia (68%);
Romênia (66%);
Sérvia (65%).
Espanhóis aparecem na lanterna da lista
Entre os cidadãos que não concordam que a sua cultura é superior à dos outros países, destacaram-se os espanhóis. Apenas dois em cada dez espanhóis entrevistados afirmaram que a cultura espanhola era superior.
Estônia (23%), Bélgica (23%) e Suécia encerram a lista dos países em que esse percentual ficou abaixo dos 30%.
Sentimento de superioridade não está ligado à riqueza do país
Um fato curioso desse levantamento é que os cidadãos das maiores potências do continente tendem a acreditar menos na superioridade cultural de seus países do que os cidadãos das economias menores.
Menos da metade dos alemães (45%), britânicos (46%) e franceses (36%) afirmam que seus países têm superioridade cultural em relação às outras nações — ao contrário de cidadãos de países com economias menores ou mais instáveis, como a Grécia.
Menos da metade dos portugueses entrevistados acreditavam que a cultura lusitana era superior (47%).
Dados devem ser contextualizados
A pesquisa feita pela Pew Research Center pode dar a entender que as pessoas desses países são menos abertas a conhecer a cultura de outros povos. Embora essa hipótese seja viável, é importante considerar outras possibilidades. A cultura antiga da Grécia moldou inúmeras áreas do conhecimento e isso pode justificar a crença de superioridade entre os gregos.
Ao mesmo tempo, a história da Armênia é marcada por um grande trauma coletivo: o genocídio armênio, comandado pelo Império Otomano, atual Turquia. Esse fato histórico pode estimular um nacionalismo que culmine em um nacionalismo exagerado ou até no chauvinismo, um sentimento de obsessão pelas glórias passadas de seu país, como um ultranacionalismo.
Paralelo a isso, podemos notar que quanto mais uma nação se abre ao diferente, seja por meio da imigração ou pela intensa troca comercial com outros países, menores são os índices dos seus habitantes que acreditam nessa pretensa superioridade cultural.
*Por Everton Lima
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*Fonte: megacurioso