Os cientistas criaram uma madeira artificial que é tão forte quanto a natural, mas ao mesmo tempo resistente à água e ao fogo. Essa inovação pode revolucionar a indústria da construção, fornecendo uma alternativa sustentável e segura para a madeira tradicional. Além disso, a madeira artificial pode ser produzida em massa e em grandes quantidades, o que a torna uma opção mais viável e acessível para projetos de construção em larga escala.
A equipe de pesquisa, liderada pelo químico de materiais Shu-Hong Yu da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, adicionou quitosana – um polissacarídeo derivado de cascas de crustáceos – a uma solução de resina sintética. O resultado é um material tão resistente ao esmagamento quanto a madeira, com o processo de liofilização que cria canais e poros ainda menores, reforçando ainda mais o material. Além disso, temperaturas de cura mais altas aumentam a aderência e força. A adição de fibras naturais ou artificiais também pode ajudar a fortalecer a madeira artificial.
A solução foi liofilizada, formando uma estrutura com poros e canais minúsculos suportados pela quitosana. Aquecido a 200°C para curar a resina, gerando ligações químicas fortes. O resultado é material tão resistente quanto madeira. A liofilização aumenta a resistência, enquanto temperaturas de cura elevadas aumentam a aderência e a força. Adição de fibras naturais ou sintéticas também melhora o material.
Adicionalmente, o material tem excelente resistência à água – amostras mergulhadas em água e em banho de ácido forte por 30 dias praticamente não perderam sua força, enquanto as amostras de madeira balsa testadas nas mesmas condições perderam 2/3 de sua força e 40% de sua resistência à compressão. Além disso, o material é difícil de queimar, tendo parado de pegar fogo quando retirado da fonte de calor.
A nova madeira pode ser utilizada para produzir embalagens resistentes a desgastes e sua porosidade cria uma capacidade de retenção de ar, tornando-a potencialmente adequada como isolante para edifícios. Alternativas ecológicas para a resina polimérica podem também atrair interesse pelo material.
*Por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae