Projeto une cientistas, músicos e os sons dos oceanos

Mais de 100 músicas criadas a partir de gravações de cientistas de sons so Ártico e da Antártida estão disponíveis online

Estudar a vida nos oceanos no Ártico e na Antártida é uma tarefa difícil, que envolve muita dedicação e amor aos oceanos. Mares profundos, frio extremo e superfície coberta por espessas camadas de gelo são uma paisagem desafiadora. Neste cenário, os sons podem ser uma ferramenta poderosa para compreender a vida marinha polar, ajudando a avaliar a saúde das populações, padrões migratórios, hábitos de reprodução e até os impactos das atividades humanas nesses habitats.

Desta ideia nasceu o projeto ‘Polar Sounds’, ou Sons Polares, em português. A iniciativa veio de um grupo de pesquisadores do Instituto Helmholtz para a Biodiversidade Marinha Funcional (HIFMB), da Universidade de Oldenburg, na Alemanha. O objetivo era mobilizar músicos de vários pontos do planeta para criarem composições com base em sons gravados nos mundos marinhos gelados dos polos Norte e Sul, dando uma nova leitura para estes registros acústicos.

O resultado são composições sonoras de quase 300 artistas de 45 países, criadas a partir de 50 gravações de sons biológicos, produzidos por animais marinhos, de sons geológicos, produzidos pelo degelo e movimento dos glaciares, e de sons antropogénicos, fruto da atividade humana nessas regiões geladas do globo e que ajudam a perceber nosso impacto nesses lugares remotos.

>> As composições de 104 dos artistas que participaram no projeto já estão disponíveis online.

O pesquisador Geraint Rhys Whittaker, coordenador do ‘Polar Sounds’, explica que o projeto partiu de duas simples perguntas: “O que podemos fazer com estes dados além de analisá-los cientificamente? Como podemos partilhar estes sons únicos com o resto do mundo?”.

O cientista recorda que até 2030 decorre a Década dos Oceanos, parte da Agenda do Desenvolvimento Sustentável, que tem como objetivo transformar a forma como nos relacionamos com as grandes massas de água que cobrem o nosso planeta, tornando-os mais saudáveis, mais resilientes, mais produtivos e acessíveis por todos.

Um dos principais eixos dessa estratégia é a promoção de soluções inovadoras que ajudem a proteger os oceanos, e é por isso que Geraint Rhys Whittaker afirma que “é imperativo que tornemos pesquisas importantes sobre os nossos oceanos acessíveis ao público em geral”. O especialista diz que os sons produzidos nesta colaboração entre Arte e Ciência “criam uma ligação intuitiva entre nós humanos e o oceano”.

Ilse van Opzeeland, do Alfred Wegener Institute e que também participou no projeto, aponta que os sons recolhidos nos oceanos polares “são de tirar a respiração em termos do conhecimento científico que fornecem” e que “uma ‘tradução’ por meio da arte traz uma nova vida a estes registros” que vai além dos tradicionais artigos publicados em revistas científicas.

“Temos de fazer todos os esforços para proteger, conservar e restaurar os habitats ameaçados dos nosso planeta. A interação da Arte e da Ciência pode ajudar a sensibilizar e a chamar a atenção para isso”, observa Ilse van Opzeeland.

Os cientistas acreditam que, através da Arte, é possível abrir novas vias de diálogo entre essas duas grandes disciplinas, ajudando a trazer à tona novas perspectivas sobre a Natureza e sobre todas as formas de vida que habitam nas águas marinhas geladas.

*Por Natasha Olsen
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*Fonte: ciclovivo

Eric Burdon & War featuring Jimi Hendrix (1970)

Eric Burdon & War featuring Jimi Hendrix
Ronnie Scott’s Club  |  London, UK – September 16, 1970

Jimi Hendrix’s last public performance
recorded by Bill Baker.

(1st set)
1. Gun
2. Paint It Black medley
3. Spill The Wine
4. Mystery Train

(2nd set)
1. Gun
2. Paint It Black medley
3. Blues For Memphis Slim (with Jimi Hendrix)
4. Tobacco Road (with Jimi Hendrix)

Em 16 de setembro de 1970, o lendário guitarrista Jimi Hendrix subiu ao palco com o velho amigo Eric Burdon e o show funk da Califórnia War para o final de seu show no Ronnie Scott’s Jazz Club em Londres. Enquanto Hendrix o rasgava, sua performance é mais notável porque foi a última vez que tocou em público desde que Jimi morreu tragicamente dois dias depois.

Jimi Hendrix conversou com Eric Burdon & War em “Tobacco Road” e “Mother Earth”. Burdon detalhou a noite em sua autobiografia, Don’t Let Me Be Misundersained, “Hendrix fez sua estréia durante o segundo set. Houve uma rachadura no ar. Apresentei Jimi ao público … a típica multidão do jazz londrino tentou mostrar indiferença enquanto ele subia ao palco, mas uma onda de aplausos saudou o maior guitarrista do mundo.

“Os caras da Guerra se mantiveram firmes enquanto lançávamos uma versão tripla de‘ Tobacco Road ’”, acrescentou Burdon. “Ter Hendrix no palco fez [o guitarrista do War, Howard Scott] tocar melhor do que nunca. Deslizamos para a ‘Mãe Terra’, um belo blues escrito por Memphis Slim. Terminamos o set com uma geléia ardente. Jimi estava voando. E então acabou. ”

James Marshall “Jimi” Hendrix

Born November 27, 1942
Seattle, Washington
Died September 18, 1970 (aged 27)
Kensington, London, UK