Acordo histórico vai proteger a vida nos oceanos

Novo tratado da ONU aumenta de 1,2% para 30% as áreas protegidas em alto mar – 50% da superfície da Terra

Depois de quase 20 anos em discussão, com negociações que envolveram mais de 100 países, um acordo histórico foi assinado na ONU para proteger a vida nos oceanos. Com várias interrupções ao longo dos anos, a última negociação levou duas semanas e o anúncio do acordo marcou o encerramento da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

Assinado no dia 4 de março de 2023, o tratado unificado entre os membros das Nações Unidas vai aumentar de 1,2% para 30% as áreas de proteção contra pesca, mineração e tráfego marinho. Para começar a valer, o acordo deve ser analisado por juristas e traduzido para 6 os seis idiomas da ONU.

Ambientalistas comemoraram o acordo, considerado um passo fundamental para a defesa da biodiversidade marinha. A porcentagem de áreas protegidas dos oceanos vai passar de 1,2% para 30%. Isso significa que haverá um controle mais rígido do trânsito de embarcações, mineração e pesca nestes locais. Atividades comerciais nos oceanos, como a pesca e o turismo também vão ter regras básicas.

“Este é um dia histórico para a conservação e um sinal de que, em um mundo dividido, proteger a natureza e as pessoas supera a geopolítica”, celebrou a ambientalista Laura Meller, do Greenpeace.

Para gerenciar a conservação da biodiversidade marinha, um novo órgão será criado. O foco do tratado está no alto mar, áreas situadas a mais de 370 km da costa e que estão fora das águas pertencentes aos países costeiros. Apesar de não ter “nacionalidade”, o alto mar cobre cerca de 50% da superfície da Terra. Ou seja, o novo tratado vai proteger metade da superfície terrestre.

Especialistas explicam que as leis atuais não são claras e prejudicam tanto o ambiente marinho quanto empresas e pessoas que dependem destas atividades. Um dos objetivos do tratado é proteger as migrações anuais de baleias, golfinhos, tartarugas e peixes de atividades comerciais.

Oceanos ameaçados
Dados da União Internacional para Conservação da Natureza, revelam que 10% das espécies marinhas estão ameaçadas de extinção. As causas vão desde as mudanças climáticas, a poluição das águas, a pesca predatória e ilegal e o tráfego de embarcações. A mineração entra para alista de riscos para a vida marinha.

“Esta é uma oportunidade única em uma geração para proteger os oceanos – uma grande vitória para biodiversidade”, reforça o especialista em oceanos do Pew Charitable Trusts, Nichola Clark.

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*Fonte: ciclovivo

SHERLOCK HOLMES: 5 Curiosidades sobre o icônico personagem

Nenhum outro personagem é tão marcante na literatura britânica do que Sherlock Holmes. O detetive criado pelo escritor escocês Sir Arthur Conan Doyle foi lançado em 1887, como protagonista de Um estudo em vermelho.

Todavia, apesar de esse livro ser o primeiro a contar com Holmes, o personagem foi se tornar um nome célebre do gênero literário com os contos que Doyle publicou posteriormente. Nesse contexto, foi marcante a coleção de contos As aventuras de Sherlock Holmes, publicada originalmente em 1892.

É considerada um dos primeiros conjuntos de contos de ficção, e deu grande destaque ao investigador e seu colega, Dr. Watson, que resolviam crimes e tentavam corrigir erros sociais. Para celebrar essa icônica obra, conheça algumas curiosidades sobre o grande detetive da literatura.

1. Doyle acreditava que Sherlock Holmes era sua segurança financeira
Depois de publicar Um estudo em vermelho e O signo dos quatro, Sir Arthur Conan Doyle notou que Sherlock Holmes poderia ser seu porto seguro, isto é, um personagem capaz de lhe garantir atenção do público o suficiente para que sempre tivesse contratos para publicação.

Na cabeça do autor, o personagem era excelente para aparecer em revistas semanas, que permitissem sua edição recorrente. O autor se provou correto, tanto que, alguns anos depois, quando decidiu dar cabo do detetive, a revista em que publicava perdeu nada menos do que 20 mil assinantes.

2. Holmes foi inspirado em uma pessoa real
Sherlock Holmes foi criado por Sir Arthur Conan Doyle usando como inspiração, ao menos em partes, o Dr. Joseph Bell, um cirurgião e professor do Royal College of Surgeons de Edimburgo.

O autor havia sido aluno de Bell, que cativou o criador de Holmes pela acuidade de suas observações, bem como sua capacidade de diagnosticar doenças usando apenas algumas poucas pistas.

O cirurgião também havia estudado análise de caligrafia e dialetologia, o que auxiliou que Doyle ficasse ainda mais fascinado por suas qualidades.

3. Sua primeira aparição é considerada um mistério sem mistério
O primeiro conto que Doyle publicou com Sherlock Holmes na The Strand não era bem um mistério. “Um Escândalo na Boêmia”, publicada em julho de 1891, não oferece nenhum tipo de mistério, pelo contrário. Holmes é contratado pelo rei da Boêmia para resgatar um foto dele com uma ex-amante.

O investigador tem todas as informações de que precisa a seu alcance, e mesmo assim tem grandes dificuldades em obter a foto da mulher, a cantora de ópera Irene Adler. Estudiosos da obra do escocês sugere que sua primeira aparição em grande estilo é, na verdade, um retumbante fracasso.

4. As Aventuras de Sherlock Holmes foram proibidas na União Soviética
A publicação de As aventuras de Sherlock Holmes é um marco na literatura do gênero, mas não encontrou muitos adeptos em certo período na União Soviética. O aclamado detetive ia ganhar sua primeira edição no país em 1929, quando as autoridades locais decidiram que o livro não deveria ser publicado.

A razão? O autor havia retratado o ocultismo na obra, tema proibido pelo governo soviético na época. Apesar da proibição, o apelo gerado pelas histórias de Holmes fizeram com que o material circulasse em um mercado paralelo no país. A proibição foi retirada apenas em 1940, durante o período da Segunda Guerra Mundial.

5. Sherlock Holmes é o personagem literário mais retratado
Sherlock Holmes garantiu um lugar na história para além da literatura. Ele garantiu o recorde mundial de personagem literário humano mais adaptado para a televisão, cinema e teatro. Ao todo, são 299 representações do investigador.

A primeira delas ocorreu no distante ano de 1899, quando o ator norte-americano William Gillette, a pedido de Doyle, adaptou o personagem para uma peça teatral chamada Holmes. Boa parte do estilo e da estética que cercam a representação visual que temos de Sherlock surgiram nesta adaptação.

A título de curiosidade, se desconsiderarmos o fator humano, Holmes perde o lugar de mais adaptado apenas para o vampiro Drácula.

*Por Alejandro Sigfrido Mercado Filho
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Fonte: megacurioso