Por que o raio faz zigue-zague? Um estudo curioso responde

O raio poderia simplesmente descarregar em uma linha reta. Mas, ao invés disso, ele sempre acaba se dividindo em “galhos” e formando um zigue-zague no céu.

Essa questão acabou fazendo com que uma equipe de cientistas da Austrália realizasse um estudo sobre por que o raio faz um zigue-zague quando ocorre.

“Sabemos tudo sobre a maioridade das coisas na Terra […]. Mas ainda existem grandes mistérios sobre os velhos raios comuns”. Essa é uma fala do cientista John Lowke da University of South Australia sobre seu estudo que investiga o padrão curioso dos raios.

Lowke e seus colegas publicaram um estudo em dezembro de 2022 no Journal of Physics D: Applied Physics onde eles indicam por que o raio faz zigue-zague.

Segundo o estudo, esse formato acontece devido a um canal de oxigênio que se concentra irregularmente à medida que o raio segue para o solo, às vezes por grandes percursos.

Este fato foi percebido após os cientistas tirarem fotos rápidas dos raios, onde é possível ver que antes deles acontecerem, existem cargas de ar ionizado que se dividem no fundo de uma nuvem de tempestades.

Este ar, que também é chamado de “líder”, não pode ser visto a olho nu, mas são eles que formam o padrão em zigue-zague que o raio possui.

Para isso, eles criam uma região com alta concentração de moléculas de oxigênio com um estado de energia inferior ao normal.

Assim, o motivo do raio fazer zigue-zague é explicado devido à alta descarga elétrica nessa região segundos antes do raio acontecer de fato para ficar nesse formato.

O que os cientistas sabem sobre o “líder” do raio?
Os cientistas viram que o líder pode ter cerca de 50 metros de comprimento. Além disso, quando ele surge, acaba se ramificando em várias direções de forma natural.

Para fazer isso, o “líder” vai descarregando a eletricidade em etapas sucessivas que acontecem em cerca de um milésimo de segundo. Até a etapa acabar, as moléculas de oxigênio vão se dividindo em diversas direções, formando o zigue-zague.

O que causa os raios ainda é um mistério para os cientistas
A maioria das pessoas sabe como os raios acontecem. A explicação mais aceita é que eles surgem quando as nuvens carregadas eletricamente acabam gerando atrito entre suas massas resultando assim em raios no céu.

No entanto, nem todos os cientistas estão convencidos dessa versão da história. Lowke diz que esse fato não é conhecido com certeza, mostrando que ainda há estudos a serem feitos no campo dos raios.

Principalmente porque compreender melhor como os raios funcionam podem nos ajudar a sobreviver de tempestades e até informar melhor onde os pára-raios podem ser instalados em locais altos, como edifícios e mastros de rádios.

Mas, ao menos, já sabemos por que o raio faz zigue-zague. Apesar disso, Lowke afirma que “os mistérios não foram reconhecidos e não são conhecidos pelo público em geral” quando o assunto são os raios.

*por Letícia Silva Jordão
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*Fonte: socientifica

Balão vai colocar turistas perto da órbita da Terra

A empresa Iwaya Giken pretende até o final do ano realizar voos tripulados a bordo de uma capsula presa a um balão estratosférico.

Os voo da empresa Iwaya Giken serão realizados a bordo de uma capsula presa a um balão (Credito: Iwaya Giken)
Agora você tem um novo destino para suas próximas férias, mas ele é um pouco inusitado. Uma empresa japonesa lançou recentemente uma chamada para passageiros que queiram voar a mais de 25 quilômetros de altura em uma cápsula transportada por um balão.

A ideia da empresa é “fazer turismo espacial para todos” e se você é um dos interessados, vai precisar desembolsar cerca de 175 mil dólares por uma viagem que vai durar uma hora. Apesar da altitude não estar nem próxima de atingir os limites do espaço sideral, os passageiros da cápsula poderão ver a curva da Terra.

A viagem é ideia da startup Iwaya Giken. Caso os planos da empresa deem certo, até o final do ano, o primeiro voo tripulado será realizado, e será o primeiro a chegar no mercado.

A startup vem planejando o voo conhecido como Open Universe Project desde 2012. Ela consiste em uma cápsula pressurizada de 2 lugares chamada T-10 Earther, com cerca de 1,5 metros de largura e é rodeada de janelas.

O processo de inscrição online para realização do voo foi aberto em fevereiro e os cinco primeiros passageiros serão selecionados em outubro. De acordo com o cronograma, os primeiros voos acontecerão em dezembro, mas a estreia pode ser alterada, a depender do clima.

O Open Universe Project vai decolar da ilha de Hokkaido, no norte do Japão;

Os passageiros selecionados vão subir no balão acompanhado de um piloto que chegará a altura de 25 quilômetros cerca de duas horas depois da decolagem.


Depois de uma hora apreciando a vista, a cápsula vai descer e pousar no mar;

A viagem inteira custa cerca de 24 milhões de ienes, o que no câmbio atual é cerca de R$ 900 mil. No pacote, além da “taxa de experiência de excursão espacial”, também estão incluídos os impostos. E caso o passageiro queira levar a cápsula T-10 Earther para casa, será preciso pagar mais 735 mil dólares.

Outras viagens espaciais para turistas
Apesar dos valores exorbitantes, os pacotes de viagem para turismo espacial estão em alta recentemente. As empresas oferecem desde viagens a órbita, a pacotes mais econômicos que levarão passageiros a bordo de uma cápsula presa a um balão, assim como a Iwaya Giken, apesar destes não chegarem ao espaço sideral, que oficialmente fica a 80 quilômetros de altitude segundo a Administração Federal de Aviação dos EUA ou 100 quilômetros, segundo a Federação Aeronáutica Internacional.

Um voo para órbita no Falcon 9 da SpaceX custa cerca de 55 milhões de dólares. Já a empresa Virgin Galactic oferece viagens para a sub órbita terrestre por 450 mil dólares. Ou seja, os pacotes em balões são bem mais em conta.

A empresa do Arizona, World View Enterprises também pretende transportar pessoas em altas atitudes, nos próximos dois anos por 50 mil dólares. Outras três empresas espanholas, Zero 2 Infinity, EOS X Space e HALO Space, também pretendem em 2024 ou 2025 levar passageiros em viagens de balões estratosféricos.

*Por Mateus Dias
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*Fonte: olhardigital