Quantas horas você precisa dormir de acordo com a sua idade?

Suas necessidades de sono variam de acordo com sua idade, e se você não as atender, sua mente, emoções e desempenho podem sofrer. Descubra quanto tempo você deve dormir neste momento de sua vida!

Quantas horas você precisa dormir de acordo com a sua idade?
O sono é uma necessidade fisiológica básica. Sabe-se que depois de alguns dias sem dormir, o corpo começa a falhar severamente. Mesmo a privação parcial do sono pode ter efeitos negativos significativos no desempenho cognitivo, no humor e no funcionamento diário.

Apesar disso, muitas pessoas não descansam o suficiente, seja porque não conseguem ou porque não conhecem as necessidades de seu corpo. Por isso, hoje queremos contar quantas horas você precisa dormir de acordo com a sua idade.

Vale ressaltar que não só a quantidade de sono diário é importante, mas também a qualidade. O descanso deve ser profundo, restaurador e contínuo para que a mente e o corpo possam ser restaurados após um dia. No entanto, existem várias parassonias que podem afetar esse processo (como sonambulismo, pesadelos ou apneia do sono). Mesmo altos níveis de estresse podem levar a um sono fragmentado e de baixa qualidade.

Além disso, procurar descansar as horas necessárias é uma recomendação básica para a saúde. Mas, o que é apropriado? O padrão é o mesmo para todas as pessoas? Do que depende? Respondemos a essas perguntas abaixo.

O que a ciência diz sobre dormir e descansar?
Certamente você já ouviu muitas recomendações a esse respeito de especialistas e não especialistas, e nem sempre coincidem.

A crença geral afirma que as pessoas precisam de 8 horas de sono por dia, mas há quem defenda que 6 horas de sono são suficientes para funcionar adequadamente. A verdade é que as necessidades de cada pessoa são diferentes e, embora as orientações possam ser indicativas, cada caso requer uma atenção individualizada.

Mesmo assim, fica evidente que a necessidade de sono varia com a idade e mantém relação inversa. Embora bebês e crianças precisem de mais sono, os adultos mais velhos parecem precisar de menos descanso. Felizmente, temos um corpo crescente de pesquisas a esse respeito e estas são algumas das descobertas mais importantes:

6 horas de sono não é suficiente
Como dissemos, existe uma crença bastante difundida de que 6 horas de sono é um mínimo aceitável para um adulto. No entanto, uma pesquisa publicada no Journal Sleep lança dúvidas sobre isso. Este estudo de privação de sono atribuiu aos participantes três condições diferentes: 4, 6 ou 8 horas de sono, que seriam mantidas por 14 dias consecutivos. Também havia um grupo em que a privação do sono era total por três dias.

As classificações subjetivas de sonolência das pessoas foram avaliadas, bem como seu desempenho cognitivo, e os resultados foram convincentes. Observou-se que, embora aqueles que dormiam 6 horas não expressassem cansaço ou sonolência, seu desempenho cognitivo apresentava déficits crescentes, comparáveis aos observados na privação total do sono.

Dormir demais pode ser negativo
Agora, embora estejamos cientes de como é prejudicial não descansar o suficiente, nem sempre estamos cientes de que o sono excessivo também pode nos afetar negativamente. É o que sugere uma análise longitudinal realizada por cientistas do Reino Unido e da China e publicada na revista Natural Aging.

Este estudo avaliou os padrões de sono, saúde mental e bem-estar dos participantes com idades entre 38 e 73 anos, e concluiu que 7 é o número ideal de horas que um adulto deve descansar.

Parece que o sono excessivo ou insuficiente pode estar relacionado a uma diminuição da função cognitiva e maior presença de sintomas de ansiedade e depressão. Além disso, nos idosos parece ser um fator de risco particularmente relevante para a deterioração cognitiva e para o aparecimento da doença de Alzheimer e outras demências.

Diga-me sua idade e eu direi quantas horas você precisa dormir
Pesquisas como as anteriores nos orientam quanto à quantidade ideal de sono, mas essas recomendações sempre serão mediadas pela idade da pessoa. A National Sleep Foundation emitiu um relatório, endossado por um grande painel de especialistas, que fornece algumas diretrizes básicas a serem consideradas.

Então, essas são as horas que você precisa dormir de acordo com a sua idade:

Recém-nascidos: entre 0 e 3 meses o bebê precisa dormir entre 13 e 17 horas por dia.
Bebés: dos 4 aos onze meses, idealmente são necessárias entre 12 e 15 horas de sono. Embora o intervalo aceitável varie entre 11 e 18 horas.
Bebês: de um a dois anos, recomenda-se 11 a 14 horas de sono.
Pré-escolares: para crianças entre 3 e 5 anos, o ideal é entre 10 e 13 horas de descanso.
Crianças em idade escolar: De 6 a 13 anos, as crianças devem dormir cerca de 9 a 11 horas por dia.
Adolescentes: quando chega a adolescência, entre 14 e 17 anos, as exigências são estabelecidas entre 8 e 10 horas.
Jovens adultos e adultos: 7 a 9 horas seria ideal para adultos de 18 a 64 anos.
Idosos: finalmente, aqueles com mais de 65 anos precisariam descansar de 7 a 8 horas para serem saudáveis.

Levar em consideração nossas necessidades
Como você pode ver, as diretrizes anteriores cobrem intervalos relativamente amplos, pois são apenas indicativos. Cada pessoa, dependendo de seus hábitos, estilo de vida e até genética, tem diferentes necessidades de descanso. E mesmo na mesma pessoa variam com a idade.

Portanto, além de aderir rigidamente a essas diretrizes, é importante que nos avaliemos individualmente. Para saber se você está descansando o suficiente, você deve ser capaz de acordar naturalmente pela manhã (sem necessidade de despertador), sentir-se descansado e recarregado e ser capaz de funcionar adequadamente ao longo do dia.

Se você sentir sonolência excessiva, irritabilidade e mau humor, dificuldade de concentração ou memória, pode ser necessário fazer alterações em seus hábitos de sono. Nesse caso, não hesite em procurar ajuda profissional.

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Fonte: amenteemaravilhosa

Carros elétricos no Brasil: realidade próxima ou projeto futuro?

O segmento automotivo é um dos mais movimentados no mundo inteiro e, no Brasil, representa um dos maiores sonhos dos consumidores e grande parte do volume de compras e vendas no mercado. Apesar do gosto popular pelos automóveis, o país ainda enfrenta muitos problemas que afetam negativamente a acessibilidade desse setor – veículos com preços acima da média internacional, flutuações no valor do combustível, infraestrutura de trânsito precária e uma grande informalidade e indisponibilidade de peças para reparo. O resultado é que inovações automotivas podem demorar para se disseminar no país, e grandes mudanças podem demorar ainda mais tempo. Entusiastas do mundo das quatro rodas passaram os últimos anos testando, acompanhando as melhorias, e discutindo sobre a chegada dos veículos elétricos: mas será que esses carros que prometem transformar por completo o mundo ainda estão longe de tomar forma no Brasil? Confira.

Os veículos elétricos já são uma realidade

Os carros elétricos não são um conceito novo – na verdade, de forma surpreendente, os primeiros automóveis individuais foram inventados com o uso de motores elétricos. Os motores a combustão interna foram aperfeiçoados e popularizados posteriormente, e ofereciam diversas vantagens e comodidades quando comparados às baterias e sistemas elétricos primitivos do começo do século passado. No entanto, o aumento exponencial de nossa capacidade tecnológica, o grande número de eletrônicos sendo usados diariamente, e as preocupações com o meio-ambiente fizeram com que a ideia retornasse mais forte do que nunca nas últimas décadas.

Empresas como a Tesla chamaram a atenção por resolver diversos dos problemas dos primeiros modelos de veículos elétricos, além de oferecer carros atrativos e luxuosos, repletos de recursos adicionais tecnológicos, e de forma surpreendente, vencendo desafios do setor. Figuras como Elon Musk, que apesar de polêmico e conhecido por um estilo de gerência que causa problemas em suas empresas como a ExpressVPN demonstra com o Twitter, foram capazes de investir e reacender com sucesso o mercado de veículos elétricos mundial. Atualmente grandes montadoras de veículos tradicionais, como a Toyota e Ford, também oferecem modelos elétricos e já revelam planos de converter uma parte cada vez maior de sua frota aos modelos eletrificados.

Existem inúmeras vantagens no uso e design dos carros elétricos independentemente da fabricante:

Sustentabilidade: talvez o principal ponto lembrado ao discutir os veículos elétricos, a sustentabilidade é uma grande parte da narrativa ao seu redor. Por não precisarem de combustíveis fósseis para operar, os veículos elétricos podem ser carregados com qualquer fonte de energia elétrica, incluindo energias limpas e renováveis como a solar e eólica. Isso também garante independência completa do transporte nas relações internacionais, já que as flutuações do preço de importação e exportação de petróleo deixam de afetar os veículos. Além disso, não emitem gases poluentes durante o seu funcionamento, evitando os problemas de saúde encontrados em grandes capitais e centros urbanos e aumentando a expectativa de vida de diversas peças e componentes do veículo.
Economia: os veículos elétricos são mais econômicos em relação aos veículos a combustão, uma vez que o custo de recarga da bateria é muito menor do que o de abastecer um tanque de combustível. Além disso, o custo de manutenção é menor, já que o motor elétrico tem menos peças móveis do que um motor tradicional. Os veículos elétricos ainda contam com recursos adicionais que podem impactar no gasto energético, os freios regenerativos por exemplo são capazes de transformar parte da energia de atrito em uma rápida recarga para a bateria, enquanto sistemas de recarga inteligente podem se comunicar e escolher o melhor horário para recarregar o veículo e resultar em uma conta de energia menor ao fim do mês.
Desempenho: Os carros elétricos têm uma aceleração muito mais rápida e são capazes de entregar torque instantâneo, o que os torna ideais para dirigir em cidades e ambientes urbanos e pode ajudar a evitar algumas categorias de acidentes de trânsito. Além disso, como o motor elétrico não precisa de mudanças de marcha, a condução é mais suave e confortável para o motorista, especialmente quando combinada com sistemas automáticos. É válido ressaltar que apesar do desempenho superior, os motores elétricos fazem muito menos barulho, o que diminuiria a poluição sonora em bairros residenciais.
Tecnologia: Os veículos elétricos são equipados com tecnologia de ponta, como sistemas de assistência ao motorista e direção automática, câmeras e sensores avançados de radar para evitar colisões, conectividade avançada com celulares e aplicativos como mapas, e opções de carregamento rápido. Além disso, a tecnologia de baterias está em constante evolução, o que significa que os veículos elétricos estão se tornando mais eficientes e capazes a cada ano – mesmo os modelos de entrada com valores mais baixos já são capazes de oferecer, em uma única carga, funcionamento o suficiente para o trânsito diário de uma pessoa comum ao trabalho, ao mercado, e de volta para casa, enquanto durante viagens maiores onde a bateria não daria conta de todo o trajeto, tecnologias de carregamento otimizado permitem que pausas curtas de 15 a 30 minutos sejam capazes de recarregar o suficiente para longas distâncias.

Comprar carro elétrico no Brasil

As vantagens inegáveis dos veículos elétricos justificam seu explosivo crescimento em países como os Estados Unidos e em grande parte da Europa, no entanto, os números brasileiros ainda demonstram que essa classe veículo é rara no país e não deverá se tornar mais popular tão cedo. Nos últimos anos, apenas 1% de todos os novos veículos vendidos eram elétricos – apesar de presentes e em crescimento, é importante relembrar que a maior parte dos veículos no mercado interno são frutos de revenda de anos anteriores, e não oriundos de vendas novas. Em grande parte, isso pode ser justificado pelo preço elevado dos carros elétricos: o modelo mais barato no país ainda está na casa dos R$160 mil reais, tornando-o inacessível para a grande maioria dos motoristas.

Outro ponto relevante a ser considerado é a disponibilidade dos pontos de carregamento para os carros. Garagens de casas e condomínios de prédios podem ser adaptadas para fornecer carregamento para veículos elétricos, o investimento inicial pode assustar novos consumidores mas é compensado pela economia a longo prazo. No entanto, o Brasil ainda não possui malha de carregadores espalhados publicamente em estacionamentos, postos de abastecimento, e principalmente, nas rodovias utilizadas para viagens e transporte. Os investimentos na instalação de carregadores só fazem sentido em países com maior venda de veículos elétricos, e a falta dos carregadores age como desmotivador para as vendas, gerando um ciclo que atrasa a adoção no país.

Apesar destes desafios, o Brasil é um mercado considerado forte candidato à popularização dos veículos elétricos durante a próxima década. O país possui experiência com montadoras de veículos, a maior parte da energia elétrica gerada em nosso território é oriunda de fontes renováveis, e a versatilidade dos veículos elétricos poderá atender mais segmentos de mercado: desde motoristas de aplicativo até veículos miniaturizados para uso individual. A rede de transporte público também pode ser eletrizada com excelentes resultados, e conjuntamente, ajudar a resolver os problemas respiratórios crescentes em grandes capitais. Por enquanto, em 2023, os carros elétricos no Brasil são um artigo de luxo e poucas vezes encontrados nas ruas, no entanto, temos todos os ingredientes para que no futuro isso seja completamente revertido – e as vantagens dos carros elétricos prometem seduzir os amantes do mundo automobilístico.

*Por Ademilson Ramos
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*fonte: engenhariae