Os 10 maiores produtores de queijo do mundo

O queijo é um produto derivado do leite após passar por um processo bastante peculiar, uma vez que é resultado da coagulação do leite. Para coalhar o líquido, usa-se principalmente ácido ou enzimas auxiliadas por bactérias. Desse modo, há algumas regiões que possuem grande quantidade de produção do alimento.

Nutricionalmente falando, o queijo possui vitaminas, minerais e proteínas importantes para o corpo humano. Além disso, faz parte de diversas culinárias, sendo um produto muito requerido e apreciado em todo o mundo. Veja onde a produção de queijo é maior.

10 maiores produtores de queijo do mundo
De acordo com o banco de dados estatístico corporativo da FAO Corporate Statistical Database (FAOSTAT) em 2021, algumas regiões do globo apresenta uma produção significativa do laticínio. A seguir, estão listados os 10 maiores produtores de queijo do mundo – aquele produzido a partir do leite de vaca.

1. Estados Unidos – 5.959.034 toneladas
Os EUA lideram o ranking dos maiores produtores de queijo do mundo. Alguns estados se destacam nessa produção, como a Califórnia, Wisconsin, Idaho, Nova York, Minnesota, Dakota do Sul e Novo México.

O país ainda é responsável pela produção dos tipos de queijo favoritos, tais como o cheddar, queijo americano medalhista de prata, suíço, queijo pepper jack e mussarela.

2. Itália – 1.185.970 toneladas
Outro grande produtor mundial de queijo é a Itália. As principais regiões onde a produção de queijo é feita no país são a Lombardia, Piemonte, Toscana, Sicilia, Sardegna, Campania, Emilia-Romagna, Puglia e Valle D’Aosta. O queijo parmesão é um dos mais famosos do país.

3. Holanda – 953.000 toneladas
Regiões como Gouda, Woerden, Krimpenerwaard e Bodegraven-Reeuwijksão os locais que possuem grandes áreas de produção de queijo. O país se tornou o terceiro maior produtor de queijo do mundo em 2019 quando produziu 953 mil toneladas do alimento. Lá os tipos que se destacam são o Gouda, Edam, queijos defumados e de cabra, Maasdammer e Boerenkaas.

4. Canadá – 557.109 toneladas
A principal área de produção de queijo no Canadá se concentra em Quebec e Ontário. Os tipos mais comuns e apreciados no país são o queijo cheddar, ceam cheese, queijo cottage e o parmesão.

5. Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte – 470.000 toneladas
O Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte também estão na lista dos maiores produtores de queijo do mundo. Em quinto lugar no ranking, aregião produz diversos tipos, como cheddar, gloucester, lancashire, wensleydale e cheshire.

6. Dinamarca – 457.000 toneladas
Os tipos de queijo mais comuns feitos na Dinamarca são esrom, danbo, tilsit havarti, vesterhavsost, thibo e mycella. O país está no sexto lugar entre os 10 maiores produtores de queijo do mundo, responsável por produzir 457.000 toneladas do laticínio em 2019.

7. Argentina – 429.411 toneladas
A Argentina é o único país sul-americano a estar na lista dos maiores produtores de queijo do mundo. As principais províncias onde o alimento é feito são Buenos Aires, Córdoba e Santa Fé.

8. Austrália – 381.000 toneladas
Existem algumas regiões da Austrália que possuem a maior produção de queijo d país: Melbourne, King Island, Atherton Tableland, Gippsland, South-Western Victoria, Murray Region, Tasmânia, Bega Valley Shire, South-Western e Adelaide. Os tipos de queijo mais populares por lá são o cheddar, brie, mozzarela, blue e parmesão.

9. Nova Zelândia – 365.000 toneladas
A Nova Zelândia também é um dos maiores produtores de queijo do mundo e ocupa o nono lugar. As regiões que mais produzem o laticínio são a Costa Oeste, Bay of Plenty, Taranaki, Manawatu, Nelson-Tasman e Waikato. Os tipos mais populares são o mainland cheese, airedale, whitestone farmhouse cheese, meyer vintage gouda, evansdale farmhouse brie e o mahoe aged gouda.

10. Irlanda – 278.400 toneladas
O último país no ranking dos maiores produtores de queijo do mundo é a Irlanda. Algumas regiões são geograficamente mais propensas e se destacam na produção, são elas: Country Cork, Londonderry, Waterfor, Limerick, Clare, Antrim, Tipperary e Carlow.

*Por Daniela Marinho
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*Fonte: socientifica

Sensor de papel detecta a presença de agrotóxico em alimentos

Desenvolvido na USP, detector indica a presença de agrotóxicos, de forma rápida e barata

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um sensor eletroquímico de papel kraft capaz de detectar em tempo real a presença de pesticida em frutas e verduras. Ao entrar em contato com maçãs ou repolhos, por exemplo, o sensor, ligado a um dispositivo eletrônico, identifica a presença e mensura a quantidade do fungicida carbendazim – amplamente utilizado no Brasil, apesar de proibido.

O trabalho, apoiado pela FAPESP por meio de três projetos (18/22214-6, 19/13514-9 e 22/03758-0), envolveu grupos dos institutos de Física (IFSC-USP) e de Química (IQSC-USP) do campus de São Carlos. Os resultados foram divulgados na revista Food Chemistry.

“Para verificar a presença de pesticidas em alimentos por meio de abordagens convencionais é preciso triturar uma amostra, submetê-la a processos químicos demorados para só então detectar a substância. Os sensores vestíveis, como o que desenvolvemos para o monitoramento contínuo da concentração de pesticidas na agricultura e na indústria de alimentos, eliminam a necessidade desses procedimentos complexos. Fica muito mais fácil, barato, além de ser muito mais confiável para um supermercado, restaurante ou importador fazer a verificação”, afirma Osvaldo Novais de Oliveira Junior, professor do IFSC-USP.

O novo dispositivo tem grande sensibilidade e se assemelha aos medidores de glicose [glicosímetro] utilizados por diabéticos. Para medir a quantidade de agrotóxico em alimentos, o sensor eletroquímico capta a presença do fungicida e o resultado pode ser acessado, em questão de minutos, por meio de um aplicativo de celular.

“Nos testes que realizamos, o dispositivo teve sensibilidade semelhante à do método convencional. Tudo de uma forma mais rápida e barata”, conta José Luiz Bott Neto, pós-doutorando e autor correspondente do artigo que descreve o desenvolvimento da ferramenta.

Como funciona?
Como explica Bott Neto, o dispositivo é basicamente um substrato de papel modificado com tinta de carbono e submetido a um tratamento eletroquímico em meio ácido para a ativação de grupos carboxílicos – o que permite fazer a detecção.

“Utilizamos o mesmo sistema empregado na serigrafia [estamparia de roupas] para fazer a transferência da tinta condutora de carbono para a tira de papel kraft, criando assim um dispositivo baseado em eletroquímica. O dispositivo é confeccionado com três eletrodos de carbono e mergulhado em uma solução ácida para a ativação dos grupos carboxílicos. Em outras palavras, átomos de oxigênio são adicionados na estrutura do eletrodo de carbono. Ao entrar em contato com uma amostra contaminada com carbendazim, o sensor induz uma reação de oxidação eletroquímica que permite a detecção do fungicida. Assim, a quantidade de carbendazim é medida via corrente elétrica”, explica Bott Neto à Agência FAPESP.

Para desenvolver o dispositivo, os pesquisadores avaliaram a estabilidade e o impacto da estrutura do papel na construção dos sensores. “Além do desenvolvimento do dispositivo, o trabalho teve uma parte voltada para entender a questão das propriedades do papel na fabricação do dispositivo”, conta o pós-doutorando Thiago Serafim Martins.

Melhor opção
Os pesquisadores analisaram dois tipos de papel: o kraft e o pergaminho. Ambos se mostraram estáveis o suficiente para a construção dos sensores. Porém, segundo Martins, a natureza porosa do papel kraft conferiu maior sensibilidade ao sensor e aos grupos carboxílicos formados durante a ativação eletroquímica.

Ele explica que a fabricação dos eletrodos em papel abre a possibilidade para diversas aplicações. “Existem eletrodos comerciais feitos com plástico ou cerâmica. No nosso trabalho, conseguimos desenvolver sensores eletroquímicos com papel, um material muito mais maleável, o que amplia o seu uso em vários campos, não apenas na agricultura ou no setor alimentício, mas em outras áreas como a da saúde, por exemplo”, diz.

O artigo Optimized paper-based electrochemical sensors treated in acidic media to detect carbendazim on the skin of apple and cabbage pode ser lido AQUI.

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*Fonte: ciclovivo

Pare de odiar macarrão – na verdade, ele tem uma proporção saudável de carboidratos, proteínas e gorduras

Ano novo, vida nova, dieta nova. Esse é um refrão familiar e uma técnica de dieta popular é criar uma lista de alimentos proibidos. Abandonar “carboidratos” ou alimentos embalados é comum, o que pode significar evitar produtos básicos de supermercado, como macarrão.

Mas precisamos realmente proibir o macarrão para melhorar nossa alimentação?

Isso é o que chamamos de abordagem reducionista da nutrição, onde descrevemos um alimento baseado em apenas um de seus principais componentes. A massa não é apenas carboidratos. Uma xícara (cerca de 145 gramas) de macarrão cozido contém cerca de 38g de carboidratos , 7,7g de proteínas e 0,6g de gorduras. Além disso, tem toda a água que é absorvida no cozimento e muitas vitaminas e minerais.

“Mas a massa é composta principalmente de carboidratos!” – Eu ouço você chorar. Isso é verdade, mas não é toda a história. Precisamos pensar no contexto.

Seu dia em um prato
Você provavelmente sabe que existem recomendações sobre quanta energia (quilojoules ou calorias) devemos ingerir por dia. Essas recomendações são baseadas no tamanho do corpo, sexo e atividade física. Mas talvez você não perceba que também existem recomendações sobre o perfil dos macronutrientes – ou tipos de alimentos – que fornecem essa energia.

Gorduras, carboidratos e proteínas são macronutrientes. Os macronutrientes são decompostos no corpo para produzir energia para nossos corpos.

As faixas de distribuição de macronutrientes aceitáveis ​​descrevem a proporção ou porcentagem de macronutrientes que devem fornecer essa energia. Esses intervalos são definidos por especialistas com base em resultados de saúde e modelos de alimentação saudável. Eles visam garantir que obtenhamos o suficiente, mas não muito, de cada macro. Consumir muito ou pouco de qualquer tipo de alimento pode trazer consequências para a saúde.

As proporções também são projetadas para garantir que obtenhamos o suficiente das vitaminas e minerais que vêm com a energia dos alimentos que normalmente comemos. Devemos obter 45 a 65% de nossa energia de carboidratos, 10 a 30% de proteínas e 20 a 35% de gorduras.

Mangia pasta
As proporções de macronutrientes significam que pode ser saudável comer entre 1,2 e 6,5 vezes mais carboidratos em um dia do que proteína – uma vez que cada grama de proteína tem a mesma quantidade de energia que um grama de carboidratos.

A melhor forma de fazer macarrão gastando pouco, segundo um cientista
Alunos de engenharia ganham concurso de construção de pontes com macarrão
A proporção de carboidratos para proteínas na massa é de 38g a 7,7g, o que equivale a aproximadamente uma proporção de 5:1, bem dentro da faixa aceitável de distribuição de macronutrientes. O que significa que a massa realmente tem proteína suficiente para equilibrar com os carboidratos. Isso não é apenas por causa dos ovos na massa. O trigo é outra fonte de proteína, representando cerca de 20% das proteínas consumidas globalmente.

Se você está preocupado com os níveis de calorias e ganho de peso, isso também não é tão simples.

No contexto de uma dieta saudável, as pessoas demonstraram perder mais peso quando sua dieta inclui macarrão regularmente. E, uma revisão sistemática de dez estudos diferentes descobriu que a massa era melhor para os níveis de glicose no sangue pós-refeição do que o pão ou as batatas.

Em vez de parar de comer espaguete, considere reduzir o tamanho das porções ou mudar para macarrão integral, que tem um maior teor de fibras que traz benefícios para a saúde intestinal e pode ajudá-lo a se sentir satisfeito por mais tempo.

A massa sem glúten tem um pouco menos de proteína do que a massa de trigo. Portanto, apesar de ser mais saudável para pessoas com intolerância ao glúten, não há maiores benefícios para a saúde em mudar para macarrão sem glúten para a maioria de nós.

Passe o pesto e as sobras à bolonhesa
A massa também não é normalmente consumida sozinha. Portanto, embora alguns alertem sobre os perigos dos picos de açúcar no sangue ao comer “ carboidratos puros ” (ou seja, apenas carboidratos sem outros alimentos), isso normalmente não é um risco para o macarrão.

Quando a massa é a base de uma refeição, ela pode ser um veículo para ajudar as pessoas a comer mais vegetais em molhos de vegetais macios ou grossos. Para crianças (ou adultos exigentes), o molho de macarrão pode ser um ótimo lugar para esconder purê ou legumes ralado

Não comer macarrão sozinho também é importante para o perfil protéico. Os alimentos vegetais normalmente não são proteínas completas , o que significa que precisamos comer combinações deles para obter todos os diferentes tipos de aminoácidos (os blocos de construção das proteínas) de que precisamos para sobreviver.

Mas a massa, embora muitas vezes nos concentremos nos carboidratos e na energia, tem um bom impacto nutricional. Como a maioria dos alimentos, não são apenas macronutrientes, mas também micronutrientes.

Uma xícara de macarrão cozido contém cerca de um quarto de nossa ingestão diária recomendada de vitaminas B1 e B9, metade da ingestão recomendada de selênio e 10% de nossas necessidades de ferro.

As novidades para as massas ficam ainda melhores quando as comemos como sobras. Quando a massa é cozida e resfriada, alguns dos carboidratos se convertem em amido resistente . Este amido recebe o nome de ser resistente à digestão, por isso contribui com menos energia e é melhor para os níveis de açúcar no sangue . Assim, as sobras de macarrão, mesmo que você reaqueça, têm menos calorias do que na noite anterior.

Olhe um pouco mais de perto as escolhas de ‘carboidratos’
Fala-se muito sobre a redução da ingestão de carboidratos para perda de peso, mas lembre-se de que os carboidratos vêm em diferentes formas e em diferentes alimentos.

Algumas delas, como as massas, trazem outros benefícios. Outros, como bolos e pirulitos, acrescentam muito pouco mais. Quando falamos em reduzir a ingestão de carboidratos refinados, pense primeiro nos doces que são consumidos sozinhos, antes de cortar os carboidratos básicos que costumam ser servidos com vegetais – sem dúvida o grupo alimentar mais saudável!

*por Emma Beckett
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*Fonte: revistagalileu

1/3 da comida produzida no mundo é desperdiçada, aponta estudo

Levantamento alerta que desperdício tem custo estimado de US$ 1 trilhão por ano

Um terço da comida produzida ao redor do mundo é perdida ou desperdiçada, enquanto 811 milhões de pessoas passam fome, alerta o novo estudo Waste Management as a catalyst to a Circular Economy (Gestão de Resíduos como catalisador de uma Economia Circular). Desenvolvido pelo Ministério de Infraestrutura e Gestão de Água da Holanda e pelo Holland Circular Hotspot, o material revela que o desperdício gera uma perda financeira de US$ 1 trilhão de dólares. No Brasil, a publicação terá as soluções adaptadas para o contexto nacional pela Exchange 4 Change Brasil (E4CB), organização que orienta a transição para a economia circular no país.

O documento foi entregue pela assessora de Economia Circular do Ministério do Meio Ambiente do Reino dos Países Baixos, Jessica Leffers, ao gerente do departamento das Indústrias de Base do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Marcio Henriques. A entrega, mediada pela E4CB e com o apoio do Consulado Geral do Reino dos Países Baixos em São Paulo, representa mais um passo na iniciativa do BNDES de firmar parcerias para o fomento de iniciativas circulares.

“Para alimentar a população mundial em 2050, nós vamos precisar de 56% a mais de comida, sem usar mais terra para a produção. Mesmo assim, essa quantidade de alimento produzido para o consumo humano está sendo perdida. As pessoas passam fome e desperdiçamos como se fosse um privilégio. Estratégias de economia circular podem promover soluções desde o começo da cadeia de valor”, destaca Jessica Leffers.

Segundo o relatório, o lixo orgânico que não é separado e é disposto em lixões e aterros contribui para a geração de graves poluentes quando não há métodos eficientes de manejo. “Quando tratados de forma apropriada, alimentos desperdiçados podem gerar altos valores financeiros e ambientais. Podem ser transformados em biogás, por exemplo, ou ter suas fibras usadas nas indústrias têxtil, de papéis ou de materiais de construção”, complementa.

Além do desperdício de alimentos, o estudo também destaca a necessidade de os países implementarem melhorias na gestão de outros tipos de resíduos. O fluxo de eletrônicos, por exemplo, deverá crescer 38% entre 2019 e 2030; atualmente, apenas 17,4% é arrecadado e reciclado. Entre os resíduos plásticos, 32% acabam no meio ambiente: a estimativa é que, aproximadamente, 3% do total do lixo plástico chegue aos oceanos. 40% dos resíduos plásticos são aterrados, 14% são incinerados e apenas 14% são recolhidos para reciclagem.

A diretora da Exchange 4 Change Brasil, Beatriz Luz, comenta que as práticas holandesas destacadas no documento têm o potencial de se adequar à realidade brasileira:

“Sabemos que, apesar das muitas diferenças que separam o Brasil e a Holanda, diversas soluções trazidas pelo levantamento podem ser adaptadas, levando em consideração as particularidades do nosso país. A publicação traz um plano de ação que apresenta um passo a passo do que é necessário para a criação de um ecossistema favorável à efetiva gestão dos resíduos. Então, faremos os diagnósticos, conversaremos com o setor e traremos recomendações para nos apropriar do que a experiência holandesa nos ensina.

O principal objetivo é apresentar as melhores práticas de empreendedores, autoridades públicas e instituições na gestão de resíduos na Holanda, que é referência mundial na implementação de uma economia circular. As soluções podem ser aplicadas em diferentes lugares e contextos, visto que muitos países enfrentam desafios semelhantes decorrentes da geração de resíduos e das mudanças climáticas.

Uma das principais mensagens do estudo é que nenhum ator faz a transição sozinho, destacando a importância de um esforço colaborativo por meio de ações, compromissos e conversas entre os diferentes elos da cadeia produtiva e junto a órgãos governamentais. Com isso, a publicação pretende estimular debates, fomentar a colaboração internacional e acelerar o desenvolvimento rumo a um novo modelo econômico e ambiental.

O levantamento Waste Management as a catalyst to a Circular Economy pode ser acessado através do link.

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*Fonte: ciclovivo

Os 6 alimentos com mais AGROTÓXICOS que compramos no mercado

Em um mundo perfeito, todas as pessoas se alimentariam apenas de alimentos orgânicos. Porém, como essa não é a realidade para a maioria das pessoas, é importante saber que alguns alimentos costumam receber doses mais pesadas de pesticidas, fungicidas e herbicidas para que os produtores consigam controlar as pragas.

Para que você não abra mão de fibras, vitaminas e minerais essenciais, a solução é lavar bem os alimentos antes de consumi-los. O Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos, o que significa que é muito importante dar a devida atenção à limpeza de frutas e verduras. E, embora todos os alimentos devem ser lavados, confira seis dos que mais costumam receber agrotóxicos.

1. Morango
O morango é a fruta que mais costuma receber pesticidas. A razão disso é que existem várias espécies de insetos e patógenos que podem atacar essa fruta durante todos os estágios do seu crescimento. Para combatê-los, a maioria dos produtores utiliza uma pulverização mais pesada de vários produtos químicos. A melhor solução para isso seria conseguir priorizar morangos orgânicos. Porém, como essa não é uma realidade para a maioria das pessoas, recomenda-se lavar bem a fruta antes de consumi-la.

2. Espinafre
A maioria das folhas verdes que a gente encontra nos supermercados, costumam conter uma grande concentração de agrotóxicos. Isso acontece porque elas são um alvo comum de larvas de diferentes tipos de insetos. A menos que você consiga encontrar produtores de espinafre orgânico, a recomendação é sempre a mesma: lavar muito bem as folhas antes de consumi-las.

3. Couve
Assim como acontece com o espinafre, a couve também é comumente atacada pela larva de vários tipos de insetos, além de fungos. Grandes produtores costumam recorrer a fungicidas e pesticidas para tentar controlar as pragas — embora, nesse caso, não é muito difícil encontrar couve de pequenos produtores, que conseguem fazer um controle de praga sem os defensivos agrícolas.

4. Maçã
Além de ter inspirado Isaac Newton a formular a Leia da Gravitação Universal, a maçã é também uma das frutas mais consumidas no mundo. Apenas nos Estados Unidos são quase 8 mil produtores desta fruta. E todos eles precisam lidar com ataques de pulgões, larvas e muitas outras pragas. O cultivo de maçãs orgânicas até cresce em vários lugares do mundo, mas a maioria das produções são feitas com o uso de pesticidas e outros agrotóxicos.

5. Uva
A uva é uma das frutas mais apreciadas no mundo — e ao longo da história da humanidade. Mas isso também é válido para vários animais, que também gostam de se alimentar com essa fruta doce. No século XIX, uma infestação de filoxeras — um inseto parecido com os pulgões — destruiu vinhedos na França, causando um enorme prejuízo para os produtores de vinho. A forma de evitar isso — além de produzir uva orgânica — é utilizar agrotóxicos que mantenham essas pragas longe das parreirais.

6. Pêssego
Não somos apenas nós que gostamos de um doce e suculento pêssego. Mariposas, besouros e outros insetos também gostam de se alimentar dessa fruta. Por isso, apesar da sua grossa casca, os produtores de pêssego geralmente precisam pulverizar agrotóxicos nas plantações para obter um produto comestível. Por isso, a regra se aplica aqui também: se você não pode conseguir pêssegos orgânicos, é necessário lavá-los bem antes de saboreá-los.

*Por Robinson Samulak Alves
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*Fonte: megacurioso

Como congelar e armazenar alimentos corretamente?

O mundo está mudando muito rápido — e as formas de cozinhar, também! Hoje em dia, com uma rotina atarefada, as Air Fryers e os micro-ondas viraram nossos melhores amigos. Imagina chegar em casa, depois de um dia cheio de trabalho, e ainda ter que cozinhar desde o início? Ninguém merece, né?

Dessa forma, os alimentos congelados se tornaram uma mão na roda para quem não tem tempo de cozinhar, quer economizar uma grana, fez comida para um batalhão (e sobrou), ou simplesmente por bater aquela preguicinha de ligar o fogão.
Mas como garantir que os alimentos congelados não percam os sabores e valores nutritivos? Siga essas dicas e se despeça das preocupações com o fogão, as datas de validade e quanto tempo os alimentos podem durar na geladeira!

Evite colocar comidas quentes diretamente no congelador
O gelo é um ótimo isolante. Em alguns casos, a parte externa do alimento congela primeiro e o interior permanece quente por um longo período. Esse efeito pode permitir o crescimento de bactérias nocivas ao alimento e, consequentemente, a você.

Para evitar esse problema, tenha certeza que os alimentos estejam completamente resfriados antes de colocá-los no congelador. Primeiro, deixe-os em temperatura ambiente para que o calor seja dissipado. Depois, leve o alimento para passar uns minutinhos na geladeira e, só depois, coloque no congelador.

Coloque etiquetas nos alimentos com o nome e a data do congelamento
Quantas vezes você já abriu o freezer e se deparou com um congelado sem forma e sem cor, praticamente irreconhecível? Pois então, fique atento: sempre rotule tudo com o nome do prato e a data em que você o está congelando.

Pode parecer um pouco de exagero? Talvez. Mas você vai lembrar da gente quando o prato que você tirou do freezer não se parecer com nada que você cozinhou recentemente!

E, ah: aqui vai mais uma dica! Lembre-se de escrever o nome e a data na etiqueta antes de congelar os alimentos, em temperatura ambiente! Caso contrário, a etiqueta não irá grudar no recipiente.

Se puder, sele os alimentos a vácuo
Se a exposição ao ar é a inimiga dos alimentos congelados, a embalagem selada a vácuo é o super-herói mais importante deles! A natureza hermética dessas embalagens as tornam a opção ideal para o congelamento correto dos alimentos. Mas há um pequeno problema: essa opção requer o investimento de um aparelho de seladora a vácuo. Além disso, essas ferramentas possuem uma largura máxima de 12 polegadas, o que significa que, provavelmente, não dê para selar tortas, bolos ou pães grandes.

Se selar o alimento a vácuo não for uma opção viável, apenas se certifique de selecionar o recipiente reutilizável ou descartável correto. Aqui vai uma dica amiga: os saquinhos plásticos com fecho ziplock são perfeitos para isso!

Congele as frutas separadamente
Você é acostumado a congelar os morangos todos juntos em um recipiente e, ao descongelar, precisa aproveitar todos de uma vez? Para evitar um possível desperdício, uma superdica é colocá-los em uma assadeira, separados, até que endureçam. Depois, você pode reuni-los em um saquinho ziplock ou em uma tupperware. Na hora que quiser uma única unidade, não terá problemas!

Mas fique de olho: as frutas sofrem alteração de textura, aroma, cor e sabor quando congeladas e não são boas para o consumo in natura. Porém, servem para fazer sucos, geleias e recheios deliciosos!

Diga não ao “recongelamento”
Às vezes, calculamos errado a conta da quantidade necessária de alimento congelado para cozinhar e acabamos percebendo que não vamos precisar de tudo. Nessas horas, sempre rola aquela vontade de colocar o alimento no congelador de novo, não é mesmo?

Porém, é melhor pensar duas vezes: a prática não é aconselhável. Isso acontece por duas razões. A primeira é que o alimento pode perder nutrientes nesse processo, já que o freezer não congela ultrarrápido. Além disso, pode haver problemas com a contaminação bacteriana, já falada acima. A parte externa estará em uma temperatura adequada para a proliferação e, ao recongelar, o alimento poderá ter mais bactérias que no início, podendo causar problemas de saúde ao ser ingerido.

*Por Maria Fernanda Coutinho
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*Fonte: megacurioso

Algas podem salvar a produção global de alimentos

O mundo precisará intensificar significativamente a produção de seu sistema de produção de alimentos e, em simultâneo, reduzir seus impactos sobre o clima, o uso da terra, os recursos de água doce e a biodiversidade.

Um novo estudo publicado na revista Oceanography especula que o futuro problema global de produção de alimentos poderia ser resolvido através do cultivo de microalgas nutritivas e densas em proteínas (unicelulares) em sistemas de aquicultura terrestre, alimentados por água do mar.

Atualmente, a agricultura é a espinha dorsal da produção de alimentos, mas com altos custos ambientais e muitas emissões de gases de efeito estufa, há muito a melhorar. A aquicultura marinha está subdesenvolvida e também tem impactos ambientais.

“Nós simplesmente não podemos atingir nossos objetivos com a maneira como produzimos alimentos atualmente e nossa dependência da agricultura terrestre”, disse Charles Greene, professor emérito de ciências terrestres e atmosféricas e autor principal do artigo.

É aqui que entram os sistemas de aquicultura em terra. Os pesquisadores da Universidade Cornell argumentam que o crescimento de algas em fazendas de aquicultura em terra pode fazer uma grande diferença. Os pesquisadores observaram como o crescimento de algas em terra poderia preencher a lacuna projetada nas futuras demandas nutricionais da sociedade. Além disso, a pegada ambiental dessas novas fazendas reduziria o desmatamento e não exigiria solo ou fertilizante.

“Temos uma oportunidade de cultivar alimentos altamente nutritivos, de rápido crescimento, e podemos fazê-lo em ambientes onde não estamos competindo por outros usos”, explicou Greene. “E como estamos cultivando em instalações relativamente fechadas e controladas, não temos o mesmo tipo de impacto ambiental”.

Os pesquisadores da Cornell utilizaram modelos baseados em SIG para prever rendimentos baseados na luz solar anual, topografia e outros fatores ambientais e logísticos. Os resultados dos modelos revelam que os melhores locais para instalações de cultivo de algas em terra ficam ao longo das costas do Sul Global, incluindo ambientes desérticos.

As microalgas marinhas são uma fonte grande e inexplorada de proteína dietética de alta qualidade. As microalgas marinhas também fornecem nutrientes que faltam nas dietas vegetarianas, tais como aminoácidos essenciais e minerais encontrados na carne e ácidos graxos ômega-3, muitas vezes de origem em peixes e frutos-do-mar. As algas crescem dez vezes mais rápido que as culturas tradicionais e podem ser produzidas de forma mais eficiente que a agricultura em seu uso de nutrientes.

Ao reduzir a demanda da agricultura por terras de cultivo, o crescimento das microalgas marinhas também pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a perda de biodiversidade, disseram os pesquisadores. Além disso, enquanto a agricultura de algas resolve muitos problemas relacionados a alimentos e ao meio ambiente no papel, ela só pode ser bem sucedida se as pessoas a adotarem em dietas e para outros usos.

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*Fonte: socientifica

6 Alimentos que mantém o corpo aquecido em dias frios

Num dia frio, tudo o que queremos é encontrar uma comida saborosa que leve o desconforto para longe. A parte boa é que há uma variedade de alimentos que podem dar aquela força, trazendo não apenas a sensação de satisfação que uma boa refeição proporciona, mas também ajudando a manter o organismo mais saudável e aquecido por mais tempo. Confira 6 alimentos que ajudam a aquecer o corpo nos dias frios:

1. Café
Puro ou com leite, o café é irresistível, é um ótimo aliado para espantar o frio.
Uma das bebidas mais amadas pelo brasileiro vai além de ser uma conhecida fonte de cafeína, pois também ajuda a elevar a temperatura corporal. E se algum dia ela já foi considerada inimiga da pressão arterial, hoje já temos estudos que apontam como o consumo moderado da bebida é benéfico, reduzindo em 20% a chance de desenvolver hipertensão. Sem café, começar o dia pode ser mais difícil, não é mesmo?

2. Chá
Chás e infusões são aliados de quem busca uma dieta mais saudável.
Saboroso e repleto de possibilidades, que vão das infusões às folhas, o chá é uma escolha certa para quem deseja se livrar do frio. Além do conforto imediato que proporciona ao ser ingerida, a bebida possui antioxidantes, reforça o sistema imune e contém uma gama de nutrientes que pode prevenir a ocorrência de várias doenças, como câncer e diabetes.

3. Canela
Além do sabor intenso, a canela possui forte ação anti-inflamatória.
A canela merece destaque por não só por possuir um forte mecanismo anti-inflamatório, como também por estimular o metabolismo do organismo, contribuindo com a elevação da temperatura corporal. Ela pode ser colocada no café ou usada em frutas, deixando as refeições mais saudáveis e com um toque característico. Uma vantagem é que a canela também pode ser usada para adoçar os alimentos, o que auxilia quem deseja reduzir o consumo de açúcar.

4. Carboidratos
Carboidratos também são um tipo de açúcar.
Aqui entra um grupo de alimentos que está presente em boa parte das refeições e por isso é importante falar sobre. Seja uma refeição com batata cozida ou com macarronada, a regra é a mesma: ingestão de carboidratos faz com que o organismo aqueça durante o processo de queimar as calorias. Mas para ter uma dieta equilibrada, a dica é comer em porções, evitando os malefícios provocados pela ingestão em excesso que aumentam a presença de glicose no sangue e também levam ao aumento de peso.

5. Sopa
Com tantas opções de sopas, é muito fácil achar a perfeita para cada ocasião.
E se vamos falar de sopa agora, significa que as instantâneas estão excluídas, viu? A presença de sódio e conservantes tornam o alimento industrializado prejudicial à saúde. O importante é aproveitar a enorme variedade de sopas e preparar uma receita perfeita para os dias mais frios. Uma vantagem é que a abusar dos legumes ajuda a promover a sensação de saciedade, reduzindo a fome ao longo do dia.

6. Amendoim
Amendoim é um alimento rico em gorduras saudáveis.
Rica fonte de fibras e proteínas, o amendoim também é uma ótima escolha para quem precisa se aquecer. Além de estimular o metabolismo, é rico em vitamina B3, responsável por estimular o fluxo sanguíneo. O consumo do alimento promove diversos benefícios para o organismo, atuando na prevenção da anemia e de doenças cardíacas. Ou seja: em qualquer época do ano, é uma excelente escolha!

*Por Mychelle Araujo
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*Fonte: megacurioso

6 alimentos que não se deve comer à noite

Veja quais comidas e bebidas evitar para conseguir ter um sono de qualidade: nutricionista explica por que açúcar, cafeína e gorduras interferem na hora de dormir

A alimentação tem uma relação direta com uma boa noite de sono, pois diversos alimentos podem influenciar o nosso organismo neste momento do dia. Escolhas inadequadas tanto no jantar quanto na ceia podem também contribuir no processo de ganho de peso e atrapalhar a dieta. Outro ponto importante é estar atento ao horário da última refeição, pois você deve garantir um tempo adequado para o processo de digestão. O ideal é não comer grandes quantidades de alimentos antes de dormir e apostar em opções que sejam mais leves.

Segundo o nutricionista Guilherme Graciano, o indicado é fazer escolhas que sejam saudáveis, que proporcionem maior percepção de saciedade e evitar que as “beliscadas” aconteçam durante a noite. Ele dá quatro dicas básicas:

Evite consumir grandes quantidades de alimentos;

Dê sempre preferência por opções que demandem menor tempo de digestão;


Busque preparações que apresentem menores quantidades de gorduras em sua composição


Refeições muito calóricas demoram mais tempo para serem digeridas, impedindo que o sono apresente melhor qualidade. Busque opções que proporcionem saciedade, mas também que não prejudiquem a qualidade do seu sono.

Veja a seguir alguns alimentos que devemos evitar no período noturno. O nutricionista Guilherme Graciano explica melhor o porquê devemos evitar consumir estes grupos de alimentos e como fazer boas substituições.

1. Café
Bebidas com altas concentrações de cafeína, e o café é o exemplo máximo, são estimulantes do sistema nervoso central. Essas propriedades estimulantes interferem na produção de adenosina, substância química que ajuda a promover a sensação de sonolência e contribui para um sono de melhor qualidade. A cafeína aumenta o estado de alerta e a energia, o que é bem-vindo durante o dia, mas não à noite. O ideal é não tomar café depois das 18h, portanto.

Alternativas:
Suco de maracujá
Leite

2. Mate, chá preto ou chá verde
Um chá quentinho pode ser uma boa opção na hora de se preparar para ir para cama. Mas é importante estar atento se ele não é rico em cafeína, como é o caso destas três opções acima: mate, chá preto e chá verde. Eles caem na mesma questão do café e de outras bebidas com altas concentrações de cafeína, como bebidas à base de cola e energéticos. Lembrando que o chá verde até possui L-teanina, aminoácido que age no cérebro e promove o aumento dos níveis de GABA, dopamina e serotonina, neurotransmissores relacionados com o relaxamento. Mas o ideal é que seu consumo seja feito durante o dia para que ele ajude seu sono horas depois. À noite, é roubada.

Alternativas:
Chá de camomila
Chá de melissa
Chá de erva cidreira
Chá de passiflora
Chá de valeriana
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3. Frituras
As frituras devem ser evitadas em qualquer refeição do dia, já que seu consumo em excesso prejudica a nossa saúde arterial. A gordura saturada de origem animal, quando consumida em grandes quantidades, provoca uma inflamação no hipotálamo, interferindo na sensação de fome e a saciedade Além disso, os alimentos preparado no óleo passam a estimular o acúmulo de gordura abdominal, que é mais nociva para a saúde.

E à noite, especificamente, elas podem atrapalhar seu sono. Isso porque alimentos fritos têm altos níveis de gorduras, que demandam uma digestão mais lenta e provocam desconforto gástrico, gerando azia e sensação de estufamento. Esses sintomas costumam ser maximizados quando se está em posição deitada, atrapalhando a noite de sono.

Alternativas
Alimentos assados: em vez de batata frita, por exemplo, batatinhas e outros legumes assados no forno.

4. Alimentos gordurosos
Alimentos gordurosos tem uma digestão demorada e atrapalham a hora do sono

Mesmo quando não são frituras, refeições mais pesadas e gordurosas também precisam ser evitadas durante o período da noite, pois possuem um tempo de digestão maior. Alguns exemplos são lasanha, feijoada, feijão tropeiro, pizza, pastéis, carne de porco e embutidos, como salsicha, presunto e mortadela e queijos, como cheddar e prato. Estas opções demandam maior tempo de digestão e podem promover a sensação de estufamento e indigestão, que dificultam o início do sono e prejudicam sua qualidade, a exemplo do que acontece com as frituras.

Alternativas:

Caldos de legumes com frango desfiado, como de abóbora
Sanduíche natural
Ovos mexidos
Comida igual à do almoço, mas com atenção à quantidade consumida
Queijos mais magros, como o minas frescal

5. Doces e bebidas açucaradas
Alimentos açucarados podem aumentar a sede e contribuem para o ganho de peso.
Há estudos indicando que alimentos ricos em açúcar, carboidratos simples ou bebidas açucaradas próximos da hora de dormir promovem uma “entrada extra” de energia no organismo, deixando-o mais desperto, o que pode dificultar a hora de dormir. Além disso, um estudo publicado esse ano mostra que, à noite, o aumento dos níveis da melatonina no organismo tem como contrapartida uma redução da secreção de insulina e da tolerância à glicose, aumentando o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2, a longo prazo, quando há consumo constante de açucares nesse período do dia. O nutricionista Guilherme também explica que consumir alimentos ricos em açúcar durante à noite faz com que ocorra um aumento da percepção de sede, o que pode contribuir para acordar durante a noite para beber água. Assim, também aumenta a quantidade de idas ao banheiro durante à noite, atrapalhando o ciclo do sono.

Alternativas
Frutas, de preferência cítricas, como laranja ou morango
Mingau de aveia

6. Bebidas alcóolicas
Bebidas alcoólicas afetam a qualidade do sono e também são diuréticas

Beber um pouco de vinho ou até uma cervejinha pode trazer uma sensação de relaxamento, mas as bebidas alcoólicas influenciam na qualidade do sono e fazem com que você acorde com uma sensação de que não descansou corretamente. Isso acontece porque o álcool faz com que o sono fique mais superficial e haja menos sono REM, que é uma fase importantíssima para o relaxamento do corpo, quando acontecem os sonhos. Além disso, o álcool é diurético, exigindo uma maior quantidade de idas ao banheiro durante à noite.

Recentemente, os colunistas do EU Atleta Turibio Barros e Gerseli Angeli explicaram um estudo finlandês que mostra que mesmo “pequenas quantidades, inferiores a 0.25g de álcool/Kg de peso (que equivale a menos de duas doses para homens e menos de uma dose para mulheres), reduzem em 9% a qualidade do sono. Quantidades moderadas, entre 0.25 e 0.7g de álcool/Kg de peso (equivalente a duas doses para homens e uma dose para mulheres), impactam em 24% a qualidade do sono. E grandes quantidades, acima de 0.75g de álcool/Kg de peso (mais de duas doses para homens e mais de uma dose para mulheres), resultam em uma redução de aproximadamente 39% da qualidade do sono”.

Alternativas:
Sucos de frutas cítricas (não coados)
Suco de maracujá
Chás sem cafeína

Outro ponto levantado pelo nutricionista é em relação a quantidade de líquidos em geral consumidos no período noturno. Quanto mais líquidos consumimos, maior será a quantidade de vezes que iremos ao banheiro. Por isso, é importante ter atenção especialmente para as pessoas que apresentam o hábito de acordar durante a noite para ir ao banheiro e apresentam dificuldade para voltar ao sono.

Assim, a hidratação no período da manhã e no início da tarde em quantidade adequada será uma boa forma de atingir as necessidades hídricas durante o dia. Evite ingerir muitos líquidos próximo da hora que você costuma ir deitar e evite alimentos com propriedades diuréticas.

Quais alimentos são uma boa opção?
Para fazer uma boa escolha na alimentação durante a noite, você deve optar por uma refeição leve e nutritiva. O nutricionista Guilherme Graciano comenta que boas opções de refeições para a noite são um prato rico em verduras e legumes, com uma boa porção de proteína, de preferência um pedaço do tamanho da palma da mão e carboidratos de boa qualidade, com atenção à quantidade consumida.

Graciano também sugere um lanche com pão integral, recheado com um pedaço de carne ou ovos mexidos ou hambúrguer vegetal e adicionando uma boa quantidade de verduras, com o objetivo de aumentar a ingestão de fibras na alimentação. Vale destacar também que o arroz e o feijão podem estar presentes neste momento do dia, o mais importante é se atentar à quantidade consumida e o que irá acompanhar os alimentos mais queridos dos brasileiros.

Além disso, sopas ou caldos de legumes também podem ser consumidos, dando preferência por adicionar alimentos que são fonte de proteínas, como é o caso do peito de frango desfiado, carne moída ou soja texturizada, para pessoas vegetarianas. Dessa forma, é possível fazer escolhas que sejam saborosas, práticas, saudáveis e que não atrapalhem o nosso precioso sono.

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Fonte: GE
Guilherme Fonseca Graciano é nutricionista com graduação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pós-graduado em Nutrição Clínica e Esportiva, pós-graduando em Oncologia e Geriatria e mestrando em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da UFMG. Instagram @guigracianonutri

Datas de validade não são científicas; veja como saber o que é seguro comer

O surto de listeria na Flórida até agora levou a pelo menos uma morte, 22 hospitalizações e um recall de sorvetes desde janeiro. Os seres humanos adoecem com infecções por listeria, ou listeriose, por comerem alimentos contaminados pelo solo, carne mal cozida ou laticínios crus ou não pasteurizados. A listeria pode causar convulsões, coma, aborto espontâneo e defeitos congênitos. E é a terceira principal causa de mortes por intoxicação alimentar nos Estados Unidos.

Evitar perigos alimentares invisíveis é a razão pela qual as pessoas costumam verificar as datas nas embalagens dos alimentos . E impressas com o mês e o ano há uma variedade estonteante de frases: “melhor até”, “usado até”, “melhor ser usado antes de”, “melhor se usado até”, “frescor garantido até”, “congelar por” e até mesmo um rótulo “nascidas em” aplicado a algumas cervejas.

As pessoas pensam nelas como datas de validade ou a data em que um alimento deve ir para o lixo. Mas as datas têm pouco a ver com quando os alimentos expiram ou se tornam menos seguros para comer. Sou microbiologista e pesquisadora de saúde pública e tenho usado a epidemiologia molecular para estudar a disseminação de bactérias em alimentos. Um sistema de datação de produtos mais baseado na ciência pode tornar mais fácil para as pessoas diferenciarem os alimentos que podem comer com segurança daqueles que podem ser perigosos.

Confusão cara

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos informa que, em 2020, a família americana média gastou 12% de sua renda em alimentos . Mas muita comida é simplesmente jogada fora, apesar de ser perfeitamente seguro para comer. O USDA Economic Research Center relata que quase 31% de todos os alimentos disponíveis nunca são consumidos. Os preços historicamente altos dos alimentos tornam o problema do desperdício ainda mais alarmante.

O atual sistema de rotulagem de alimentos pode ser o responsável por grande parte do desperdício. A FDA relata que a confusão do consumidor em torno dos rótulos de datação dos produtos é provavelmente responsável por cerca de 20% dos alimentos desperdiçados em casa, custando cerca de US$ 161 bilhões por ano.

É lógico acreditar que os rótulos de data estão lá por razões de segurança, já que o governo federal impõe regras para incluir informações nutricionais e de ingredientes nos rótulos dos alimentos. Aprovada em 1938 e continuamente modificada desde então, a Lei de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos exige que os rótulos dos alimentos informem os consumidores sobre a nutrição e os ingredientes dos alimentos embalados, incluindo a quantidade de sal, açúcar e gordura que contém.

As datas desses pacotes de alimentos, no entanto, não são regulamentadas pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. Em vez disso, eles vêm de produtores de alimentos. E eles podem não ser baseados na ciência da segurança alimentar.

Por exemplo, um produtor de alimentos pode pesquisar os consumidores em um grupo de foco para escolher uma data de validade seis meses após a produção do produto, porque 60% do grupo de foco não gostou mais do sabor. Os fabricantes menores de um alimento semelhante podem imitar e colocar a mesma data em seu produto.

Mais interpretações

Um grupo da indústria, o Food Marketing Institute and Grocery Manufacturers Association, sugere que seus membros marquem os alimentos como “melhor se usado por” para indicar por quanto tempo o alimento é seguro para comer e “usar até” para indicar quando o alimento se torna inseguro. Mas usar essas marcas mais sutis é voluntário. E embora a recomendação seja motivada pelo desejo de reduzir o desperdício de alimentos, ainda não está claro se essa mudança recomendada teve algum impacto.

Um estudo conjunto da Harvard Food Law and Policy Clinic e do National Resources Defense Council recomenda a eliminação de datas destinadas aos consumidores, citando possíveis confusões e desperdício. Em vez disso, a pesquisa sugere que fabricantes e distribuidores usem datas de “produção” ou “embalagem”, junto com datas de “venda”, destinadas a supermercados e outros varejistas. As datas indicariam aos varejistas a quantidade de tempo que um produto permanecerá em alta qualidade.

A FDA considera alguns produtos “alimentos potencialmente perigosos” se tiverem características que permitem que os micróbios floresçam, como umidade e abundância de nutrientes que alimentam os micróbios. Esses alimentos incluem frango, leite e tomate fatiado, todos associados a sérios surtos de origem alimentar. Mas atualmente não há diferença entre a rotulagem de data usada nesses alimentos e aquela usada em alimentos mais estáveis.

Fórmula científica

A fórmula infantil é o único produto alimentar com prazo de validade regulamentado pelo governo e cientificamente determinado. É rotineiramente testado em laboratório para contaminação. Mas a fórmula infantil também passa por testes nutricionais para determinar quanto tempo leva para os nutrientes – principalmente a proteína – se decomporem. Para prevenir a desnutrição em bebês, a data de validade na fórmula infantil indica quando ela não é mais nutritiva.

Nutrientes em alimentos são relativamente fáceis de medir. A FDA já faz isso regularmente. A agência emite avisos aos produtores de alimentos quando os teores de nutrientes listados em seus rótulos não correspondem ao que o laboratório da FDA encontra.

Os estudos microbianos, como aqueles em que nós, pesquisadores de segurança alimentar, trabalhamos, também são uma abordagem científica para rotulagem de data significativa em alimentos. Em nosso laboratório, um estudo microbiano pode envolver deixar um alimento perecível estragar e medir a quantidade de bactérias que cresce nele ao longo do tempo. Os cientistas também fazem outro tipo de estudo microbiano observando quanto tempo leva para micróbios como a listeria crescer a níveis perigosos depois de adicionar intencionalmente os micróbios aos alimentos para observar o que eles fazem, observando detalhes como o crescimento da quantidade de bactérias ao longo do tempo e quando há o suficiente para causar doença.

Consumidores por conta própria

Determinar a vida útil dos alimentos com dados científicos sobre sua nutrição e segurança pode diminuir drasticamente o desperdício e economizar dinheiro à medida que os alimentos ficam mais caros.

Mas, na ausência de um sistema uniforme de datação de alimentos, os consumidores podem confiar em seus olhos e narizes, decidindo descartar o pão felpudo, o queijo verde ou o saco de salada com cheiro ruim. As pessoas também podem prestar muita atenção às datas de alimentos mais perecíveis, como frios, nos quais os micróbios crescem facilmente.

*Por Jill Roberts

*Professora Associada de Saúde Global, Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos.

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*Fonte: revistagalileu

Alimentos Que Você Nunca Deve Colocar Na Geladeira

Bactérias perigosas estão à espreita por toda a sua cozinha e a maneira como você armazena sua comida pode estar colocando seus entes queridos em risco. Embora alguns itens sempre precisem de refrigeração, outros devem ficar fora da geladeira, caso contrário, correrão o risco de estragar e de não ficarem próprios para o consumo.

Abacates
Os abacates podem ser frutas difíceis de controlar. Mantê-los na geladeira interrompe o processo de amadurecimento, portanto, nunca os mantenha refrigerados. Basta guardar seus abacates no balcão em temperatura ambiente. Se já estiverem maduros, use-os imediatamente.
Para amadurecer os abacates, sugerimos colocá-los em um saco de papel kraft junto com uma maçã ou uma banana por alguns dias (cerca de dois ou três) até o amadurecimento. A maçã (ou banana) libera gás etileno, que faz com que o abacate amadureça mais rapidamente.

Donuts
Não há nada mais delicioso do que um donut recém-assado. Mas o que você faz quando tem muitos? Em primeiro lugar, isso parece um problema bom. Em segundo lugar, não se preocupe, e faça o que fizer, não coloque na geladeira.
A geladeira deixará seus donuts velhos e encharcados, então é melhor apenas mantê-los em temperatura ambiente e certificar-se de que estejam tapados. Eles não vão durar muito, no entanto. Donuts recém-assados ​​só devem ser mantidos por cerca de dois dias no máximo.

Queijo Envelhecido
Se você é um aficionado por queijo, provavelmente já sabe disso, mas queijos duros nunca devem ir para a geladeira. Pode parecer estranho, já que o queijo é um alimento lácteo, mas é verdade! Se o queijo duro for deixado na geladeira, ele muda de duro para duro como pedra.
O queijo duro passa por um processo de cura que leva cerca de seis meses para ser concluído. Depois de curado, não há necessidade de mantê-lo resfriado. Basta armazená-lo em um local fresco e escuro como sua despensa ou armário. Outros queijos precisam ser refrigerados, portanto, certifique-se de verificar se são envelhecidos ou não.

Batatas
Você quer batatas adocicadas e arenosas? É, achamos que não. Colocar suas batatas na geladeira rapidamente transforma os amidos dos vegetais em açúcar pegajoso. Que nojo! Basta mantê-los na despensa longe de temperaturas extremas.
Assim que a batata estiver cozida, certifique-se de guardá-la na geladeira. Batatas assadas embrulhadas em papel alumínio nunca devem ser deixadas à temperatura ambiente, pois podem formar cepas mortais de botulismo.

Atum em Lata
Algumas pessoas acham que o atum em lata fechado deve ir para a geladeira, mas esse não é o caso. Sim, é um peixe, mas vem em uma lata de uma seção não refrigerada do supermercado por um motivo.
Mantenha suas latas de atum em temperatura ambiente guardadas na despensa ou no armário. Depois de abrir a lata, você pode guardá-la na geladeira. Basta colocar o atum em um recipiente lacrado (não guarde na lata!) e ele vai durar cerca de três a quatro dias.

Creme de Chocolate com Avelã
Talvez você fique surpreso ao saber que cremes de chocolate com avelã, como a Nutella, não precisam ir à geladeira. Até diz isso no rótulo. O frio das temperaturas de refrigeração deixa a pasta realmente sólida e impossível de ser espalhada.
O conteúdo de açúcar da pasta serve como conservante e evita a propagação de bactérias. Cremes como Nutella endurecem quando refrigerados devido ao alto teor de gordura das avelãs. Portanto, se quiser uma pasta lisa e cremosa, não a coloque na geladeira!

Alho
Bulbos cheios de alho devem ser armazenados em local fresco e seco, como a despensa. Mantenha-os em um recipiente com ventilação. Se você os mantiver em um recipiente hermético, eles mofarão rapidamente. Se você armazenar o alho adequadamente, ele permanecerá bom por meses.
Uma vez removida a cabeça do dente de alho, deve-se usar todos os dentes em menos de 10 dias. O alho é um superalimento, portanto, certifique-se de manter o alho bom para consumo pelo maior tempo possível e evite o desperdício.

Cebolas
Bulbos de cebola inteiros, não cortados, nunca devem ser mantidos na geladeira. Se você fizer isso, eles ficarão mofados e pastosos com a umidade da geladeira. Quando as cebolas são resfriadas, os amidos dentro do bulbo são convertidos em açúcares.
Se forem deixadas na geladeira por muito tempo, a cebola se liquefaz completamente. E ninguém quer isso. As cebolas devem ser mantidas em local fresco e seco, em recipiente ventilado ou, mais fácil, basta mantê-las na sacola em que já vêm.

Ovos
Este é, sem dúvida, um alimento controverso para manter fora da geladeira. Mas, na verdade, não há problema em manter os ovos em temperatura ambiente. Porém, como regra geral, se você comprar ovos na seção refrigerada, continue refrigerando-os.
Se você comprar ovos em temperatura ambiente, não há problema em continuar fazendo isso ou colocá-los na geladeira, se desejar. De acordo com Tim Hayward, apresentador do Programa de Alimentos na BBC Radio 4, “Um ovo fresco e caipira dura muito bem em temperatura ambiente por pelo menos uma semana”.

Café
Nunca, jamais, guarde seu café ou grãos de café na geladeira ou no freezer. Isso é o que dizem todos os especialistas, incluindo a Starbucks. A geladeira e o freezer são úmidos demais e farão com que seu café fique insípido e menos aromático.
As únicas razões pelas quais você deve sequer pensar em colocar café no freezer é se você comprou a granel e não vai usá-lo imediatamente ou se você não é um bebedor diário de café e apenas o guarda para as visitas.

Mel
Se você colocar mel na geladeira, ele começará a se cristalizar e se transformar em uma massa açucarada. Não recomendado. Os especialistas afirmam que o melhor armazenamento para o mel é na despensa, longe de temperaturas extremas. O mel também pode ser perigoso devido ao botulismo e NUNCA deve ser dado a crianças com menos de 12 meses.
Você pode ficar surpreso ao saber que, tecnicamente, o mel nunca estraga. A cor e a consistência mudarão com o tempo, mas as propriedades do mel e seu alto teor de açúcar o protegem da propagação de bactérias, desde que seja armazenado corretamente.

Manteiga
Este vai ser um pouco controverso. Mas a manteiga pode realmente ser deixada fora da geladeira. E depois de fazer o teste, você vai entender. A manteiga à temperatura ambiente se espalha no pão como o paraíso na terra. Quem não quer isso?
Você deve sempre manter a manteiga tapada e em um local fresco, fora da luz solar direta. A manteiga é pasteurizada e salgada, o que ajuda a evitar que estrague. Você também deve considerar o clima em que vive. Se você mora em um clima particularmente quente, pode não ser possível guardá-lo fora da geladeira.

Melão
Os melões são mais doces e suculentos em temperatura ambiente. Isso vale para todos os melões, melancia, melão ou melada. O USDA fez uma pesquisa sobre o assunto e descobriu que isso era verdade e que estar em temperatura ambiente ajuda a manter os antioxidantes intactos.
Além de ter mais antioxidantes, o melão retém mais nutrientes à temperatura ambiente e é mais saboroso. Depois de cortar o melão, embrulhe-o em filme plástico e guarde os pedaços restantes na geladeira. O melão cortado dura pelo menos três dias.

Manjericão
Manter manjericão na geladeira é algo que você com certeza não quer fazer. Quando na geladeira, você verá que o manjericão rapidamente se transforma em uma bagunça marrom murcha. Que nojo. Algumas ervas ficam bem na geladeira, como salsa e coentro, mas é melhor manter o manjericão em temperatura ambiente.
A melhor coisa a fazer para manter o manjericão fresco, aromático e cheio de sabor é apenas aparar os caules e colocá-los em um copo d’água, como você faria com flores. Desta forma, o seu copo de manjericão também pode ser usado como uma peça decorativa na sua cozinha e adicionar um pouco de cor ao ambiente. É uma situação em que todos ganham.

Berinjela
Se você planeja usar sua berinjela dentro de dois dias após a compra, é melhor mantê-la fora da geladeira. Basta colocá-lo em um local fresco e seco, longe da luz solar direta. As berinjelas devem ser mantidas em temperatura ambiente.
Se você não planeja usar suas berinjelas imediatamente, elas podem ser mantidas na gaveta da geladeira para aumentar sua longevidade. As berinjelas são bastante sensíveis aos gases etileno produzidos por bananas, tomates e melões, então é melhor mantê-los longe dessas frutas.

Manteiga de Amendoim
Quem gosta de manteiga de amendoim dura que não se espalha? Quase ninguém … Não há necessidade de manter manteiga de amendoim na geladeira, então não faça isso. Além de não se espalhar, a manteiga de amendoim fica seca e dura se mantida na geladeira.
A manteiga de amendoim natural, no entanto, é outra história. É melhor manter a manteiga de amendoim natural na geladeira e a maioria dos rótulos desses produtos recomendam fazê-lo. Os ingredientes da manteiga de amendoim natural podem se separar e o óleo de amendoim pode rapidamente ficar rançoso se não for refrigerado.

Azeite
Manter o azeite na geladeira é uma má ideia. As geladeiras são locais úmidos e a condensação pode afetar gravemente o sabor do azeite. Também fará com que o azeite fique turvo e solidifique com o tempo.
Em vez de colocá-lo na geladeira, coloque o azeite de oliva em um armário escuro e fresco. Dura pelo menos um ano. Garrafas de azeite de oliva fechadas podem permanecer boas por até dois anos. Se você atualmente tem azeite de oliva na geladeira e ele está mudando de consistência, não se preocupe. Basta tirá-lo. Uma vez em temperatura ambiente, a consistência voltará ao normal.

Picles
Se você compra picles na seção refrigerada do supermercado, é melhor continuar guardando na geladeira em casa. Mas, na verdade, a maioria dos picles não precisa ser refrigerada devido ao seu conteúdo.
O alto teor de sal e vinagre nos potes de picles é forte o suficiente para afastar bactérias e microorganismos prejudiciais. Conservar algo é na verdade um método de preservação de alimentos, então seus picles devem permanecer bons por um bom tempo.

Vinagre
Alguns alimentos conseguem se conservar sozinhos, como o vinagre. Ele tem uma vida útil indefinida. É recomendável manter o vinagre em um local fresco e escuro, longe da luz solar direta. Uma despensa ou armário de cozinha são perfeitos. Isso só vale para vinagre puro.
Outros condimentos, como vinagretes contendo ervas, alho, cebola ou outros complementos, podem exigir refrigeração. Se você ainda está se perguntando se o vinagre realmente tem uma vida útil tão longa, saiba que o Instituto do Vinagre fez um estudo que confirma isso.

Frutas Vermelhas
Frutas vermelhas podem ser difíceis de armazenar e se você fizer isso da maneira errada elas irão mofar e ficarão encharcadas rapidamente. Na verdade, é melhor não refrigerar as frutas, apenas se você não estiver planejando usá-las imediatamente. Elas permanecem suculentas e firmes em temperatura ambiente.
Só enxágue as frutas antes de usá-las, caso contrário, elas podem mofar. Quando você as enxaguar, faça-o em uma peneira. Não mergulhe essas frutas preciosas na água. Você pode armazená-las na geladeira para uso a longo prazo, mas certifique-se de que não estejam em um recipiente hermético. Isso se aplica a todos os tipos de frutas vermelhas, incluindo morangos, framboesas, mirtilos, amoras silvestres, etc.

Ketchup
Devido à acidez natural do ketchup, é inóspito que os microorganismos se proliferem e tornem o seu ketchup ruim. Então, você não precisa guardá-lo na geladeira. Muitas pessoas fazem isso, e muitas relatam que o sabor fica melhor em temperatura ambiente.
Se você mora em um clima particularmente quente, considere manter sua garrafa de ketchup na geladeira após a abertura. Ou se você raramente o usa, o refrigerador aumentará sua longevidade.

Mostarda
A mostarda é outro daqueles condimentos que as pessoas geralmente colocam na geladeira sem pensar duas vezes. Mas, na verdade, não é necessário. Assim como o ketchup, a mostarda tem um teor de acidez muito alto, então a mostarda é bastante auto preservante.
Você já viu um restaurante refrigerar sua mostarda? Não. Então você também não precisa. Realmente se resume ao gosto pessoal. Algumas pessoas gostam da temperatura ambiente da mostarda, enquanto outras preferem a mostarda resfriada. Faça sua decisão com sabedoria.

Fruta de Caroço
Frutas de caroço, como pêssegos, damascos, nectarinas e ameixas amadurecem melhor em temperatura ambiente. Portanto, é melhor evitar colocá-las na geladeira, a menos que você não planeje comê-las imediatamente. Mas de qualquer forma, deixe-as amadurecer em temperatura ambiente primeiro.
Se as frutas com caroço forem deixadas para amadurecer na geladeira, elas podem se tornar vítimas de danos causados ​​pelo frio. Quando uma fruta é deixada para amadurecer em temperaturas abaixo de 10ºC, o processo de amadurecimento pára completamente. O resultado é uma fruta farinhenta e sem sabor.

Tomates
Outra fruta que você nunca deve colocar na geladeira é o tomate e há evidências científicas para comprovar isso. Isso mesmo! Uma nova pesquisa confirmou recentemente que expor as frutas a temperaturas frias, como a geladeira, danifica as células que realçam o sabor.
Os pesquisadores estão tentando modificar geneticamente os tomates para evitar que isso aconteça, mas por enquanto, se você quiser preservar o sabor dos tomates, é melhor mantê-los longe da geladeira. Além disso, o peitoril da janela é um bom lugar para amadurecer tomates verdes.

Melaço
Manter o melaço na geladeira é simplesmente impraticável. O melaço já é uma substância altamente viscosa e quando você mantém em uma temperatura tão baixa, como na geladeira, ele fica sólido e impossível de usar. Portanto, encontre outro lugar para mantê-lo.
A maioria recomenda manter o melaço em um recipiente hermético em uma área fresca, como a sua despensa. Um frasco fechado de melaço geralmente permanece bom por cerca de um ano. Depois de aberto, sua expectativa de vida é reduzida pela metade, em torno de apenas seis meses.

Nozes e Frutas Secas
Nozes e frutas secas não devem ser armazenadas na geladeira. A temperatura fria da geladeira pode abafar o sabor de nozes e tornar as frutas secas muito firmes e insípidas. É melhor manter as nozes e frutas secas em um recipiente hermético na despensa, em vez de na geladeira.
E lembre-se, se as nozes ainda estiverem em suas cascas, elas podem absorver o odor das coisas próximas a elas. Portanto, armazene-os separadamente. Se você tiver nozes na geladeira, dê-lhes uma torrada rápida no forno antes de usá-las para qualquer coisa.

Bananas
A localização de suas bananas vai depender de se elas estão maduras. As bananas verdes devem ser mantidas fora da geladeira e será possível dizer se estão maduras pela cor. As bananas verdes são verdes e firmes.
Se suas bananas já estão maduras e você não vai comê-las nos próximos dias, você pode colocá-las na geladeira para evitar que amadureçam demais e estraguem. E lembre-se de não mantê-las perto de outras frutas e vegetais que você não deseja que amadureçam devido ao gás que as bananas emitem.

Chocolate
Algumas pessoas gostam de manter seus chocolates e barras de chocolate na geladeira. A isso dizemos, “a cada um o seu”. Mas, na verdade, manter o chocolate na geladeira é prejudicial ao chocolate e estraga seu sabor e textura.
Quando o chocolate é mantido na geladeira, ocorre um fenômeno chamado “flor de açúcar”. A flor do açúcar pode ser vista na camada externa do chocolate. Ele literalmente se parece com pequenas flores e faz com que o chocolate fique granulado e arenoso.

Pão
Nunca é recomendável manter o pão refrigerado. Isso vai secar muito o seu pão e torná-lo rapidamente murcho. É melhor apenas armazenar o pão em temperatura ambiente. O pão pré-fatiado deve permanecer fresco por até uma semana.
Apenas certifique-se de que a embalagem esteja hermeticamente fechada após o uso. Se você estiver com muito pão, pode sempre congelar o que não precisa e aquecê-lo mais tarde. Assim, você sempre terá pão à mão e não precisará se preocupar com a possibilidade de estragar.

Pepino
Outro vegetal que pode surpreendê-lo é o pepino. Os pepinos são melhores e mais saborosos quando armazenados em temperatura ambiente. A Universidade da Califórnia até fez um estudo sobre isso. Eles descobriram que armazenar o vegetal em temperaturas abaixo de 10ºC causava danos ao pepino.
Portanto, basta manter os pepinos em sua despensa (longe de maçãs e bananas) e eles terão uma vida útil mais longa e manterão seu sabor delicioso por mais tempo. Continue a leitura! O próximo alimento que você nunca deve manter na geladeira vai te chocar.

Cereais
Este alimento pode surpreender alguns de vocês. Algumas pessoas mantêm seus cereais na geladeira e, ao fazer isso, podem danificar a textura do cereal. Devido à umidade, os cereais podem perder rapidamente sua crocância ao mantê-los na geladeira.
Sem mencionar que as caixas de cereais vão ocupar muito espaço na geladeira. Ainda assim, há uma série de razões pelas quais algumas pessoas optam por manter seus cereais na geladeira, incluindo problemas de insetos. Então, isso, podemos entender. Faça o que for preciso para manter essas formiguinhas incômodas longe!

Abóboras
Você tem muitas abóboras para o Halloween e quer guardar algumas das médias e pequenas para usar depois? Sem problemas. Mas não os coloque na geladeira, mesmo se você tiver espaço. O frio vai, de fato, danificar a abóbora, e não preservá-la.
Em vez disso, armazene suas abóboras em um ambiente seco e fresco, como sua despensa. Sente um padrão surgindo? A maioria das coisas pode ser armazenada com segurança em sua despensa (é para isso que serve!), exceto para a maioria dos alimentos lácteos … sempre os leve à geladeira.

Temperos
Não há nada pior do que especiarias perdendo o sabor e se aglomerando. Isso é exatamente o que acontece quando você mantém seus temperos na geladeira. Não faça isso. A maioria dos temperos moídos são bons por anos em armazenamento seco.
Coloque os temperos secos no armário da cozinha ou na prateleira de temperos. À temperatura ambiente, são mais potentes, têm um sabor melhor e são mais aromáticos do que se fossem guardados na geladeira ou no congelador. Você vai se agradecer por isso no longo prazo.

Maçãs
Pode ser arriscado manter as maçãs na geladeira, pois são frutas produtoras de etileno. Se você mantê-las com outras frutas e vegetais, elas amadurecerão mais rapidamente. Às vezes, isso pode acontecer muito rápido e ainda estragar outras frutas e vegetais.
As maçãs podem durar uma ou duas semanas na mesa e podem ser uma peça bastante decorativa com suas cores deliciosas. Se você acabar guardando-as na geladeira (pois elas vão durar mais), certifique-se de mantê-las separadas! E lembre-se, uma maçã podre estraga todas as outras!

Molho Picante
O molho picante é feito de alguns ingredientes muito fortes – tão fortes, na verdade, que criam ambientes inóspitos para bactérias e doenças transmitidas por alimentos. Como tal, o molho picante não requer refrigeração. Alguns molhos picantes até solidificam se os colocar na geladeira, por isso tome cuidado!
Dito isso, seu molho picante terá uma vida útil mais longa se você mantê-lo na geladeira e o sabor durará mais. Então, realmente depende de que tipo de usuário de molho picante você é. Você guarda apenas uma garrafa por anos? Ou você gasta uma garrafa mensalmente? Se você é um usuário mais frequente, mantenha-o afastado e desfrute do sabor mais fresco.

Pimentões
Os pimentões não precisam ir para a geladeira e duram vários dias na bancada. No entanto, isso só acontece se eles não forem cortados. Se você cortou o pimentão e deseja guardar uma parte dele, é melhor colocá-lo na geladeira para mantê-lo crocante e suculento por mais tempo.
Conforme os pimentões passam de sua maturação primária, eles ficam mais macios e secos. Se o seu pimentão estiver macio, provavelmente é hora de jogá-lo fora. Felizmente, isso não deve acontecer com muita frequência, já que os pimentões têm uma vida útil considerável, mesmo depois de cortados, se armazenados corretamente.

Arroz
O arroz em grãos secos não precisa ser armazenado na geladeira. A melhor maneira de armazenar o arroz é em um recipiente hermético para mantê-lo o mais seco possível e em uma área com o mínimo de luz, como em um armário ou despensa.
Pode até ser útil incluir um saquinho de absorção de oxigênio com o arroz seco para garantir que ele permaneça seco. Tal como acontece com outros itens desta lista, isso só acontece quando está na forma seca. Depois de cozido, é melhor guardar na geladeira – mas lembre-se de que o arroz cozido estraga rapidamente.

Biscoitos e Outros Alimentos Assados
Pode parecer contra-intuitivo, mas manter alimentos assados ​​como biscoitos e brownies na geladeira retira a umidade deles rapidamente. Isso porque o ar frio pode secar bastante.
A menos que o alimento assado tenha como componente principal um laticínio, como o chantilly, é melhor armazená-lo em um recipiente hermético em temperatura ambiente. Sabemos que muitos de vocês podem achar isso difícil de acreditar, mas isso inclui bolos. (Sim, bolos.) A boa notícia é que provavelmente não durarão muito, já que biscoitos e bolos curiosamente acabam rápido demais.

Feijão Seco
Tal como acontece com o arroz, feijões secos não devem ser colocados na geladeira. Na verdade, eles também não devem ser mantidos nos sacos plásticos em que costumam vir. Os sacos plásticos tornam os grãos suscetíveis à umidade e a pragas. Para otimizar a vida útil e preservar o sabor, opte por um recipiente de plástico hermético e armazene o recipiente em um local fresco e escuro que não exceda 21ºC.
A boa notícia é que, se armazenado de maneira adequada, a vida útil do feijão pode ser longa, embora os especialistas recomendem cozinhá-los e comê-los dentro de um ano para obter o sabor ideal.

Molho de Soja
Você pode pensar que, depois de abrir uma garrafa de molho de soja, deve guardar o restante na geladeira. Mas isso não é necessário. Mesmo depois de abrir a garrafa, não há problema em mantê-la no armário ou despensa, desde que a tampa da garrafa esteja bem fechada.
Isso porque o molho de soja tem um teor muito alto de sódio, e o sódio é um conservante natural que evita que ele se estrague. Dito isso, o produtor de molho de soja Kikkoman diz para mantê-lo em um “lugar fresco”.

Molho Para Saladas
Alguns molhos para salada não precisam ser colocados na geladeira, mesmo depois de abertos. Isso, claro, vem com uma ressalva: molhos cremosos como ranch ou thousand island certamente precisam ir à geladeira depois de abertos.
No entanto, os molhos à base de óleo, como a maioria dos vinagretes, não precisam ser armazenados na geladeira depois de abertos. Em vez disso, certifique-se de que a tampa esteja bem rosqueada ou, se você preparou o vinagrete, coloque-o em um recipiente hermético para alimentos, como Pirex ou Tupperware, e guarde-o na bancada em local fresco e seco.

Geleia
Tende a haver muitas dúvidas com relação à geleias, mas o veredicto é: você não precisa armazenar geleia na geladeira, mesmo depois de abri-la. Isso porque a geleia é puro açúcar, que é um conservante natural que evita que se estrague rapidamente, desde que a tampa esteja bem fechada e guardada em local fresco e seco, como armário ou despensa.
Mas os amantes de geleia preferem fazê-lo – principalmente se a geleia tiver resíduos do tempo de uso, como migalhas de pão. Muitos potes de geleia recomendam refrigerar após a abertura para preservar o sabor, então esta é uma questão de escolha pessoal.

Frutas Cítricas
Como muitas outras frutas, as frutas cítricas não precisam ser armazenadas na geladeira. Faz sentido – elas amadurecem na videira no auge do clima quente de verão.
O amadurecimento natural das frutas cítricas preserva seu teor de umidade. As baixas temperaturas da geladeira realmente secam as frutas. No entanto, isso só lhe dá cerca de uma semana para comê-las antes que comecem a estragar. Se você não for consumir suas frutas cítricas dentro deste período, poderá estender sua vida útil mantendo-as na geladeira.

Frutas Tropicais
Vindo dos climas mais quentes do mundo, as frutas tropicais não gostam do frio. É por isso que faz sentido que elas percam seu rico sabor e não se conservem muito bem quando armazenadas em uma geladeira.
Para ajudá-las a preservar seu sabor ao máximo, é ideal manter as frutas tropicais fora da geladeira a cerca de 10ºC. É claro que isso é para preservar o sabor – se você tem uma fruta tropical saborosa e está preocupado em não conseguir consumi-la a tempo, mantê-la na geladeira pode colocar alguns dias a mais em seu prazo de validade.

Abóboras de Inverno (butternut, inverno, etc.)
As abóboras preferem lugares frescos e secos mais do que gostam da geladeira. Se elas pudessem, ficariam na faixa de 10-15ºC, com níveis de umidade de 50-70%. A luz solar acelera muito seu processo de amadurecimento. Para que sua vida útil seja prolongada, mantenha-as fora da luz, como em uma despensa ou armário.
É preferível armazenar as abóboras em uma prateleira elevada do chão. Evite armazená-las perto de frutas maduras, pois elas não se dão bem com gás etileno.

​​Latas Abertas
Alimentos enlatados vêm com sucos para cobrí-los e dar-lhes saturação, favorecendo a conservação na lata por longos períodos de tempo. No entanto, depois de abri-la, o ar que entra causa a oxidação processada que torna o estanho, o ferro ou o alumínio da lata mais fáceis de penetrar nos alimentos.
Isso não só dará à sua comida um sabor metálico desagradável, mas também apresenta riscos para a saúde. Se você abrir uma lata, mas quiser guardar uma parte de seu conteúdo para mais tarde, transfira o conteúdo para outro recipiente adequado para alimentos (como uma tigela de cerâmica ou recipiente Tupperware) para evitar que se estrague.

Milho
Milho não é um vegetal e também não deve ser armazenado na geladeira. Colocar milho na geladeira por um ou dois dias pode não ser uma má ideia, pois retarda o processo de reação química que pode fazer com que o milho perca sua doçura.
Mas, ao mesmo tempo, mantê-lo na geladeira também o desidrata, fazendo com que seu sabor suculento desapareça da noite para o dia. Isso o tornará insípido para você. Além disso, sua textura ficará emborrachada; não terá um sabor fresco. Portanto, evite guardar milho na geladeira.

Charque (Jerky / Biltong)
Charque é apenas carne seca, não é ideal ser mantido no ambiente úmido da geladeira. É por isso que não é de se espantar que você pode manter a carne seca por mais tempo fora da geladeira.
Você deve armazenar o charque em temperatura ambiente para melhor sabor na hora de comê-lo. A umidade da geladeira vai torná-lo irregular, tirando os efeitos dos ingredientes usados ​​para obter a secura. Fora da geladeira, você pode comer charque por um longo período sem se preocupar com sua vida útil. Armazená-lo na geladeira reduzirá sua vida útil.

Pêras
Você pode não gostar de ver pêras nesta lista de alimentos que você não deve manter na geladeira. No entanto, a pele das peras é delicada e o ar frio pode prejudicar sua suculência e maciez.
Além disso, a pele fica opaca e sem gosto e fica sem cheiro na geladeira, o que não é ideal quando se vai saborear uma pêra. Se você está com vontade de comer frutas geladas, experimente outras frutas de verão, como melancia, pêssegos, maçãs ou pepinos.

Cenouras
Como pepinos, a geladeira não é o melhor lugar para armazenar cenouras. O ar frio vai acelerar seu processo de apodrecimento. Isso ocorre devido à presença de água natural nessas hortaliças e frutas.
A composição genética das cenouras reage rapidamente com o ambiente frio. Essa pode ser a razão pela qual você observa uma camada de cor branca dentro de uma cenoura quando a corta. O refrigerador encurtará sua vida útil. Dito isso, armazená-los por algumas horas na geladeira pode não afetar o sabor ou a aparência das cenouras.

Croutons
Embora sejam uma bela adição a uma salada, as pessoas não devem guardar seus croutons na geladeira. O crocante saboroso dos croutons quando você está comendo uma salada de frango fará com que as pessoas queiram manter os croutons por mais tempo. No entanto, os croutons comprados em lojas permanecerão frescos por muito tempo devido à falta de umidade no pão.
Embora esses croutons não durem muito tempo na despensa, você pode armazená-los em temperatura ambiente por mais de seis meses. Claro, isso muda quando os croutons forem feitos em casa porque muita umidade pode se acumular.

Xarope De Bordo
O xarope de bordo é um dos condimentos mais duradouros que você pode manter fora da geladeira. Os campistas experientes sabem que não há nada melhor do que panquecas recém-saídas da frigideira embebidas em xarope de bordo. Contanto que você armazene o xarope em um local fresco e seco e em um recipiente de qualidade, sinta-se à vontade para estocar o xarope de bordo por até um ano.
No entanto, depois de abrir uma garrafa de xarope de bordo, é aconselhável deixá-la na geladeira por algumas semanas depois de aberto. Na realidade, você nunca precisa colocar xarope de bordo na geladeira, a menos que tenha perdido a tampa, pois a exposição constante ao ar pode estimular o crescimento de mofo.

Xarope De Milho
Contanto que você o armazene corretamente, o xarope de milho permanecerá fresco e delicioso por anos a fio. O xarope de milho é um dos principais ingredientes de suas comidas e bebidas favoritas, como doces, refrigerantes, glacês e muito mais. Embora certamente haja um debate sobre a salubridade do xarope de milho, não há como argumentar que ele pode saciar qualquer desejo.
Depois de abrir um recipiente de xarope de milho, você ainda não precisa refrigerá-lo. O xarope de milho aberto tem uma vida útil de cerca de seis meses, dando a você tempo suficiente para usá-lo em seus projetos de panificação antes de precisar estocá-lo.

Pêssegos
Ao contrário da crença popular, armazenar na geladeira pêssegos comprados em lojas não ajudará a manter seu sabor de qualidade. Em vez disso, ajudaria se você deixasse as frutas arejar no balcão da cozinha até que estejam maduras. Se você armazenar pêssegos apenas em temperatura ambiente, como regra geral, eles permanecerão frescos por até vinte dias fora da luz solar direta.
Só faz sentido refrigerar pêssegos se você quiser armazená-los durante todo o ano, caso em que a fruta pode durar até nove meses. Se for esse o caso, recomendamos deixar os pêssegos descongelarem por uma hora antes de servi-los. No entanto, se a sua mercearia oferece pêssegos frescos sempre, faz mais sentido comprar conforme a necessidade.

Tortas De Frutas
Todo mundo sabe que uma torta de maçã perde o sabor no momento em que você coloca as sobras na geladeira. Felizmente, desde que sua torta contenha açúcar (que psicopata não colocaria açúcar?), você pode deixar a torta de maçã ao lado dos pães no balcão. Apenas certifique-se de embrulhar a sobremesa em papel alumínio ou um saco plástico para evitar o crescimento excessivo de bactérias que levarão à deterioração.
Além disso, tenha em mente não guardar a torta de maçã ao lado de uma tigela de limões ou maçãs. Quando essas frutas amadurecem, o gás liberado pode fazer com que os produtos próximos a elas fiquem manchados. Para outros tipos de tortas feitas com laticínios, você deve refrigerar porque elas estragam mais rápido que o açúcar.

Mangas Verdes
Como pêssegos, mangas são outra fruta que você não precisa refrigerar. Quando você compra mangas na loja, as chances são de que o carregamento de frutas não tenha começado a amadurecer porque as empresas de caminhões e mercearias as mantêm em temperaturas mais baixas para manter a qualidade visível. Depois de chegar em casa do supermercado e lavar todas as frutas, mantenha as mangas em um local fresco e seco, longe de qualquer luz solar direta.
Armazenar as mangas em temperatura ambiente permite que elas iniciem o processo de amadurecimento. Nos próximos dias, as mangas ficarão mais macias e doces, o que significa que estão prontas para comer.

Pães Frescos
Há uma razão pela qual os padeiros acordam de madrugada para começar a assar o pão. Uma vez refrigerados, os pães frescos começam a perder aquela crocância que levou você a comprar em primeiro lugar. Em vez disso, se você não tiver tempo para terminar seu rolinho de canela, armazená-lo em um saco de papel é a melhor maneira de mantê-lo fresco.
Outra maneira de manter os doces de padaria frescos por algumas horas é armazená-los em um saco ziplock. Retire suavemente o máximo de ar antes de fechar o saco para o efeito de vedação a vácuo. No entanto, se você quiser manter os doces com qualidade de padaria por um período mais longo, a geladeira também não é o melhor lugar. Em vez disso, os doces ultracongelados em um freezer são a melhor maneira de manter uma qualidade fresca.

Champanhe
Para os não iniciados, guardar uma garrafa de champanhe cara na geladeira é uma das maneiras mais fáceis de desperdiçar dinheiro. Em vez da geladeira, boas garrafas de champanhe precisam ser armazenadas em algum lugar em temperatura ambiente e longe da luz solar. As flutuações de temperatura de uma geladeira típica farão com que o sabor refinado azede.
Em vez disso, uma adega é um dos melhores lugares para armazenar qualquer garrafa de bebida alcoólica, principalmente champanhe. No entanto, nem todos nós temos acesso aos barris de amontillado, então um porão ou armário funcionarão bem.

Óleo De Coco
Um item popular na lista de compras de todos é o óleo de coco. Embora seja famoso como óleo de cozinha, o óleo de coco refinado tem muitos benefícios para a saúde, como estimular uma flora intestinal e uma pele saudáveis. Depois de abrir um recipiente de óleo de coco, você não precisa se preocupar em substituí-lo por mais dois anos.
No entanto, a longa vida útil do óleo de coco depende do seu método de armazenamento. Por exemplo, dependendo do layout da sua cozinha, não guarde a garrafa de óleo de coco sob luz solar direta. Como o óleo de coco refinado é um produto caro, você deve mantê-lo corretamente para extrair o máximo de benefícios.

Sal Do Himalaia
Como acontece com a maioria das especiarias, não precisamos de uma geladeira para manter o sal fresco e limpo. Em vez disso, tudo o que você precisa é de um local fresco e seco que você sabe que não é propenso a vazamentos. Civilizações antigas já travaram guerras pelo acesso às minas de sal, porque suas propriedades antimicrobianas impediam que a carne ficasse rançosa com bactérias.
Se você deseja armazenar muito sal do Himalaia por meses ou até anos, comprar blocos de sal é a opção mais econômica. Contanto que seu local de armazenamento esteja bem conservado, você não precisa se preocupar muito com a sujeira do sal. A manutenção regular requer apenas um banho de esponja suave todos os meses.

Molho De Peixe
Tal como acontece com muitos condimentos nesta lista, o molho de peixe possui uma vida útil extraordinariamente longa. O molho de peixe de qualidade alimentar tem uma cor vermelha clara que deve estar livre de detritos. Um dos problemas que as pessoas enfrentam com o molho de soja é o fato de que poucas receitas pedem o ingrediente. Como resultado, as pessoas comprarão uma garrafa grande no supermercado e não a usarão por um mês.
Felizmente, a despensa é o local perfeito para uma garrafa de molho de peixe. Armazená-lo na geladeira degradará o sabor, e a refrigeração não é necessária devido ao nível mais alto de sódio na maioria das garrafas compradas em lojas.

Vodca
Todo mundo sabe que se você deixar uma boa garrafa de vodca na geladeira, ela não vai congelar por causa das propriedades químicas do álcool. No entanto, isso não significa que a geladeira seja o melhor local para armazenar sua bebida. Preservar o sabor da vodca exige que você a armazene em temperatura ambiente, e as temperaturas mais frias de uma geladeira interferem no processo natural de envelhecimento do licor destilado.
No entanto, isso não quer dizer que você deve deixar garrafas de vodca espalhadas pela cozinha. À medida que a temperatura da sua casa sobe e desce ao longo do ano, a vodca exposta começará a evaporar com essa mudança climática. Uma despensa fresca e seca funcionará bem, assim como um freezer projetado especificamente para armazenar bebidas alcoólicas, como vodca, cerveja ou uísque.

Uísque
Semelhante à vodca e ao champanhe, a geladeira não é o lugar para uísque de boa qualidade. Muitas pessoas acham que resfriar um copo de uísque é um método eficaz para resfriar a bebida antes de servi-la. Os bares costumam ter salas especiais projetadas para manter a temperatura interna ideal para garrafas de uísque.
Outra dica de armazenamento que a maioria dos entusiastas do uísque segue é manter o licor armazenado na posição vertical. Ao contrário das garrafas de vinho e champanhe, que ficam bem deitadas, o licor destilado mantém suas qualidades por mais tempo quando o recipiente é armazenado na vertical.

Pimenta Moída
Quando as pessoas armazenam adequadamente a pimenta moída, ela pode durar até quatro anos e ter um ótimo sabor. No entanto, como a maioria dos ingredientes de longo prazo, o local de armazenamento precisa estar seco e fresco durante todo o ano.
O calor e a luz são os principais componentes que levam à deterioração da pimenta moída, e é por isso que a parte de trás de uma despensa é o melhor lugar para armazená-la a longo prazo. A pimenta preta é um ótimo tempero para ter sempre à mão, e é por isso que o cuidado adequado ajudará a temperar os alimentos por anos.

Melancias
Outro alimento que não precisa ser refrigerado rapidamente são as melancias. Depois de dar um tapa na melancia e determinar que está madura o suficiente para levar para casa, você pode guardar as melancias no balcão da cozinha por quase duas semanas. Os melões amadurecem quando expostos à temperatura ambiente; no entanto, você precisa manter as melancias perto de outras frutas, como maçãs.
Frutas como maçãs e laranjas liberam certos gases à medida que amadurecem, e esses produtos químicos podem fazer com que outros alimentos, como melancias, se deteriorem antes mesmo de atingirem o amadurecimento.

Massa
Outro item das dietas em todo o mundo, a massa, não requer refrigeração. Embora a refrigeração possa parecer lógica para ajudar a massa a durar mais tempo, o que ela precisa é o recipiente original em um local fresco e seco. Por esse motivo, é uma atividade comum nos supermercados comprar macarrão para um mês de cada vez. A massa pode durar até dois anos antes que você precise substituir seu suprimento.
No entanto, você deve sempre ficar de olho na qualidade do seu macarrão ao longo do tempo. Após cerca de dois anos de armazenamento, a ferrugem do mofo pode começar a se desenvolver na massa devido a elementos fora do controle de qualquer pessoa.

Biscoito Pop Tart
Quem não gosta de um biscoitinho no café da manhã? Para quem quer liberar algum espaço na geladeira, a embalagem do biscoito Pop Tart te permite armazená-los em sua despensa sem problemas.
Pop tarts são uma excelente adição matinal ao café da manhã para os pais, porque exigem apenas um ou dois minutos na torradeira. Em vez de gastar tempo limpando a panela, fritando alguns ovos, servindo e ainda tendo que sair de casa a tempo para chegar à escola antes do trânsito, os pais podem aquecer rapidamente esse biscoito.

Frutas Secas E Castanhas
Qualquer andarilho experiente lhe dirá o quão satisfatório é um saco de frutas secas e castanhas após um longo dia na floresta. Felizmente, as frutas secas não precisam de refrigeração. No entanto, as pessoas devem sempre ficar de olho nessas datas de validade irritantes.
Um dos benefícios das frutas secas e das castanhas para os entusiastas do ar livre é a mistura de carboidratos e proteínas, permitindo que os andarilhos se mantenham hidratados e abastecidos para continuar caminhando por uma trilha íngreme. Além disso, nas populares pochetes tamanho viagem, você pode armazenar o equivalente a um dia de suplementos em uma mochila e esquecê-los até ficar com fome.

Proteína Em Pó
Contanto que você mantenha um recipiente de proteína em um ambiente fresco e seco (longe da pia da cozinha), as pessoas podem complementar suas refeições por meses a fio. Enquanto os ratos de academia podem passar por um recipiente de 3 quilos em uma semana, a proteína em pó pode durar por longos períodos sem precisar da geladeira.
À medida que mais pessoas incorporam proteínas em pó em suas dietas, existem receitas na internet para quase tudo: panquecas, rabanadas, brownies e muito mais. As empresas também ouviram as reclamações no passado sobre o sabor e adicionaram novas opções que agradam ao paladar de todos.

Carnes Enlatadas
Os alimentos enlatados são um ótimo complemento para qualquer plano de armazenamento de alimentos a longo prazo. De acordo com fontes como o USDA (o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), os alimentos enlatados mantêm-se frescos por cinco anos. Obviamente, essa capacidade de durar muitas estações depende da confiabilidade de um local de armazenamento.
Embora armazenar alimentos enlatados na geladeira não prejudique sua longevidade, simplesmente não faz sentido devido ao espaço que ocupa em uma geladeira ou freezer. Alimentos que precisam de refrigeração, como legumes ensacados, devem ter precedência sobre alimentos que podem durar cinco anos na despensa.

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*Fonte: news sicence

Queijo brasileiro é considerado o melhor do mundo

O queijo canastra ficou em primeiro lugar no ranking elaborado pelo site americano The Taste Atlas

O queijo Canastra ganhou, na última quarta-feira (22), o título de melhor queijo do mundo. O produto é feito com leite, “pingo” e sal, tendo um sabor ácido, mas com um fundo meio adocicado. A iguaria costuma ser comida no pão de queijo, com café, com doce de leite ou sozinho mesmo.

O queijo ficou no topo do ranking elaborado pelo site americano The Taste Atlas. O top foi formado por voto popular. O canastra ficou na frente do italiano Parmigiano Reggiano, do francês Mont d’Or e do português Serra da Estrela.

A lista completa tem 50 queijos do mundo todo. O The Taste Atlas é um guia gastronômico e seu conteúdo é consumido por viajantes ao redor de todo o mundo. [ LISTA / AQUI ]

O queijo Canastra tem o nome da serra que circunda as oito cidades fabricantes do alimento. São mais de 70 produtores na região.

O modo artesanal foi registrado como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

*Por Nathalia Matos
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*Fonte: fatosdesconhecidos

4 chás para acelerar o metabolismo no inverno

Para muita gente, o inverno é um momento em que comemos mais e podemos até engordar. Mas, para a nutricionista Viviane Scheifer é justamente o contrário: a estação é ideal para queimar gordura. Para aquecer o corpo, o organismo gasta mais energia e isso contribui para acelerar o metabolismo.

Mesmo com a “funcionalidade” natural do corpo, a nutricionista explica que é possível potencializar essa ação com algumas receitas de chás termogênicos, que auxiliam na queima de gordura.

“Existem excelentes opções para diminuir excessos de radicais livres, melhorar o rendimento durante a atividade física e, principalmente, ativar o metabolismo”, explica Viviane. A especialista sugere quatro receitas de chás gostosos e funcionais!

Chá para auxiliar na queima de gordura
1/2 maçã picada
1/4 de pêssego
Casca de tangerina
Romã
Faça infusão durante 15 minutos em 250 ml de água. Esse chá é termogênico, anti-inflamatório e antioxidante. É uma ótima bebida para ser consumida no pré-treino e pós-treino. É excelente para modular a dislipidemia (desequilíbrio de lipoproteínas LDL e HDL, além de triglicerídeos) e uma boa estratégia para diminuir excessos de radicais livres produzidos diariamente.

Chá para produção de óxido nítrico
1 colher (chá) chá verde em folhas
2 folhas de hortelã
1 colher (café) coco ralado grosso e sem açúcar
1 colher (café) de nibs de cacau
Ferva durante oito minutos com 250 ml de água. Aumenta a produção de óxido nítrico e melhora o rendimento durante a atividade física.

Chá Termogênico
1 pedaço pequeno de gengibre
1 pedaço de canela em rama (cerca de três centímetros)
4 cravos
Casca de meia laranja
Misture em 250 ml de água e ferver durante oito minutos. Ativa o metabolismo com a ajuda do gengibre.

Chá termogênico para diminuir a vontade por doces
1 colher (sopa) de hibiscus
1 colher (sopa) de chá matte
1 pedaço de gengibre (cerca de três centímetros)
1/2 limão siciliano
Ferva o gengibre ralado durante oito minutos em 250 ml de água, após esse tempo desligue o fogo e acrescente hibiscus e o chá matte. Deixe tampado durante cinco minutos. Só na hora de ingerir, esprema o limão. Se necessário adoçar com mel.

*Por Mayra Rosa
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*Fonte: ciclovivo

Os efeitos nocivos do açúcar no cérebro

A discussão científica sobre nutrição mudou muito nos últimos anos. Os últimos estudos revelam que o açúcar é uma das piores coisas para a saúde geral de uma pessoa, especialmente no caso da obesidade. Mas a maioria das pessoas não sabe que os efeitos nocivos do açúcar se espalham até o cérebro .

O uso de açúcar não está ligado apenas a problemas cardíacos e diabetes. Mas também causa todos os tipos de problemas em nossa mente. Neste artigo você pode aprender mais sobre os efeitos mais nocivos do açúcar. Mas antes de abordarmos essa questão, primeiro precisamos desfazer alguns dos mitos sobre o açúcar.

Há algum efeito prejudicial do açúcar?
Nós crescemos e estamos sobrecarregados com ideias idealistas sobre saúde e nutrição. Mas algumas dessas crenças são completamente incorretas. Por exemplo, aprendemos que comer gordura é o principal fator de risco para doenças cardíacas.

O açúcar tem sido promovido por muito tempo como uma substância completamente inofensiva sem nenhum efeito ruim na saúde. Mas uma pesquisa em 2016 revelou que a indústria do açúcar subornou pesquisadores ao longo da história. Com qual finalidade? Eles queriam manter os efeitos nocivos do açúcar escondidos. Porque agora sabemos que isso tem a ver com, por exemplo, câncer e doenças cardíacas.

É viciante
O vício em açúcar é um problema real. Todos os dias toca mais pessoas. As pessoas com esse distúrbio sentem que precisam usar mais e mais dessa substância para se sentir bem. De fato, quem quer que bane o açúcar de sua vida, experimenta sintomas desagradáveis ​​de inconsciência nos primeiros dias.

Depois que os viciados abandonam o uso de açúcar, por exemplo, eles podem sofrer de dores de cabeça, tontura, fraqueza muscular, ansiedade e estresse. Felizmente, esses sintomas não são permanentes. Eles duram apenas até o corpo funcionar sem essa substância.

Como esse vício funciona? Quando o corpo absorve açúcar, libera uma grande quantidade de endorfinas no cérebro. Então, quando não estamos tão satisfeitos com outros aspectos de nossas vidas, podemos pegar esse material para nos sentirmos bem.


Açúcar causa problemas de memória e insight

Um estudo da Universidade da Califórnia investigou os efeitos do consumo de frutose (um tipo de açúcar encontrado em frutas, vegetais e mel). Esta pesquisa revelou que a frutose tem um efeito prejudicial na formação das sinapses no cérebro. Quando você come muita frutose, a capacidade do cérebro de entender e formar novas conexões diminui.

A pesquisa também mostrou que as pessoas que comem muita frutose têm níveis mais baixos de BDNF. Esta substância ( fator neurotrófico derivado do cérebro ) tem um efeito fundamental na nossa capacidade de criar novas memórias e aprender novas informações.

Alguns estudos também sugerem que o consumo de açúcar pode estar diretamente relacionado à doença de Alzheimer. A comunidade médica está realmente pensando em classificar essa doença como diabetes tipo 3.


Afeta nosso humor

Mas não apenas nossas habilidades cognitivas estão em perigo. Nosso humor muda para um grau extremo devido à glicose. Porque a glicose tem um efeito sobre a insulina no corpo. Como resultado, os picos de açúcar podem causar depressão, ansiedade e mudanças bruscas de humor.

A longo prazo, esses efeitos nocivos do açúcar podem se tornar ainda piores.Quando ingerimos glicose, nossos cérebros liberam a serotonina. Esta substância é um dos neurotransmissores que nos dão uma sensação de prazer. Mas o suprimento dessa substância no corpo não é ilimitado. Porque toda vez que o cérebro libera a serotonina, a quantidade em seu cérebro diminui.

Uma pessoa que ingira quantidades excessivas de açúcar por longos períodos, depois de um tempo, achará difícil ter um sentimento positivo sustentado.

Impede de nos sentirmos saciados
Finalmente, estudos recentes descobriram que a glicose “seqüestra” nosso mecanismo de saciedade. Então, quando nós comemos muito dessa substância, isso levará a uma constante fome por esse motivo. Isso está diretamente relacionado à obesidade e ao excesso de peso.

Aqui estão os efeitos do açúcar na ocitocina e sua função no cérebro, o problema. Mas as consequências para o seu cérebro podem até ser mais preocupantes. Você quer evitar os efeitos nocivos do açúcar e manter uma boa saúde física e mental? Em seguida, tente reduzir o consumo de açúcar o máximo possível.

Artigo publicado no site Verken je Geest, para ler o texto original clique aqui

“Este conteúdo tem apenas o caráter informativo, portanto não deve jamais ser usado como ferramenta de diagnóstico. Para obter um diagnóstico confiável é recomendado que você consulte um profissional especializado antes de tomar ou abster-se de qualquer ação com base no conteúdo gratuito em nosso site.”

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*Fonte: pensarcontemporaneo

Consumo de laranja ajuda no combate ao diabetes

Estudo realizado na Universidade de São Paulo (USP) sugere que compostos bioativos existentes na laranja ajudam a modular a taxa de açúcar no sangue, o que pode transformar a fruta em um aliado no combate ao diabetes. Os achados foram divulgados na revista Clinical Nutrition Espen.

A investigação foi conduzida por uma equipe do Centro de Pesquisas de Alimentos da Universidade de São Paulo (Forc), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF-USP).

Participaram 12 voluntários saudáveis, de ambos os sexos, que após uma noite em jejum ingeriram uma refeição rica em gordura e carboidratos, com 1.037 kcal. Eles foram divididos em três grupos: um que bebeu apenas água durante a refeição, outro que tomou suco de laranja e um terceiro que recebeu uma bebida à base de glicose com teor de carboidratos equivalente ao do suco de laranja.

O nível de glicose no sangue dos voluntários foi analisado uma, três e cinco horas após o término do desjejum. Logo na primeira medição, como esperado, os três grupos apresentaram um aumento da glicemia. Curiosamente, os valores de glicemia (taxa de glicose no sangue) e insulinemia (taxa de insulina no sangue) do grupo que tomou suco de laranja não diferiram significativamente daqueles observados no grupo da água em todas as avaliações.

“Se a ingestão de suco de laranja não difere da ingestão de água, podemos concluir que os carboidratos do suco não promoveram aumento significativo da glicemia em nosso modelo experimental, diferentemente do que ocorreu com a bebida à base de glicose”, explica Bruna Jardim Quintanilha, doutoranda em nutrição pela Faculdade de Saúde Pública (FSP-USP) e primeira autora do artigo.

Segundo Quintanilha, tal resultado sugere que outros componentes presentes no suco, como fibras e compostos bioativos, podem ter contribuído para conter a elevação da taxa glicêmica.

O passo seguinte foi investigar de que forma o suco de laranja teria ajudado a conter o aumento da glicemia. Para isso, os cientistas coletaram amostras de sangue dos voluntários e analisaram a expressão dos chamados microRNAs, um tipo de RNA que tem a função de regular a expressão dos genes por meio de interações com o RNA mensageiro.

“Notamos que o suco de laranja teve ação em especial sobre o microRNA 375 ou miR-375, que é um biomarcador da função das células beta do pâncreas”, explica Franco Lajolo, professor emérito da FCF-USP e integrante do FoRC.

Como explica o pesquisador, as células beta são muito numerosas no órgão e são responsáveis por sintetizar e secretar a insulina – hormônio que permite a entrada da glicose nas células.

Os resultados indicam, portanto, que o suco de laranja pode ter uma ação benéfica sobre a produção de insulina e, por tabela, sobre a modulação da glicemia.

“Nossos resultados apontam o miR-375 como possível responsável por essa ação, mas é algo que ainda precisa ser confirmado. São necessários, por exemplo, estudos com pacientes diabéticos para entender exatamente como esse mecanismo funciona”, afirma Lajolo.

*O artigo Ingestion of orange juice prevents hyperglycemia and increased plasma miR-375 expression pode ser lido AQUI
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*Fonte: saberesaude

Como a ciência explica por que é tão difícil resistir a comidas doces e gordurosas

Por que é tão mais fácil escolher comer um donut em vez de uma porção de brócolis cozido no vapor?

Não há dúvida de que algumas comidas despertam mais a nossa vontade do que outras — sobretudo aquelas ricas em açúcar e gordura.

Mas por que são tão irresistíveis?

Experimentos científicos nos oferecem algumas pistas sobre o que acontece em nossos cérebros quando optamos por certos alimentos.

Segundo o neurocientista Fabian Grabenhorst, se você entrasse em uma máquina de ressonância magnética e te oferecessem um milk-shake de chocolate, poderíamos ver o sistema de recompensas do seu cérebro se iluminar como um parque de diversões.

Logo acima dos olhos, está localizado o córtex orbitofrontal, uma parte do cérebro que é especialmente desenvolvida em humanos e primatas.

Nela, grupos de neurônios respondem a diferentes sensações e nutrientes — sabor, cheiro, quão cremoso e encorpado o milkshake é — e quanto mais seus neurônios se iluminam, mais apetitosa a comida em questão parece.

Duas coisas que alegram particularmente estes neurônios de recompensa são a gordura e o açúcar.

E combinações de gordura e açúcar podem ser ainda mais atraentes, como no caso do milkshake, de um donut ou de uma fatia de torta.

Mas nossos neurônios não respondem apenas a essas sensações, eles também são ativados quando você está planejando o que comer — em uma espécie de competição entre si para serem “escolhidos”.

E uma vez que você decide, os mesmos neurônios acompanham seu progresso — à medida que você come, eles vão ficando cada vez menos ativos, conforme você se aproxima da saciedade.

Mas não estamos totalmente à mercê das demandas de nosso córtex orbitofrontal. Ter informações sobre os alimentos pode fazer uma grande diferença.

Vamos voltar àquela máquina de ressonância magnética, e tomar agora um pouco de sopa. Tem dois tipos — uma sopa é identificada como de ‘sabor rico e delicioso’, e a outra como ‘água de legume cozido’.

Seus neurônios se iluminam mais ao tomar a sopa de ‘sabor rico e delicioso’, e menos com a ‘água de legume cozido’.

Mas tem uma pegadinha: é a mesma sopa. A única diferença é o nome, e isso é suficiente para mudar completamente sua experiência, conforme mostram estudos.

Este experimento também foi feito com vinho — dizer às pessoas que determinado vinho era mais caro aumentava a atividade dos neurônios e deixava o vinho com um sabor melhor.

Outra parte do cérebro envolvida na escolha dos alimentos é a amígdala — estrutura localizada no lobo temporal (lateral), que processa nossas emoções.

Ela também tem um papel quando você decide onde ir comer com outra pessoa.

Se você já viu no passado o que esta pessoa prefere, sua amígdala terá desenvolvido os chamados neurônios de simulação — que permitem a você prever as intenções do outro e incluir assim em suas próprias sugestões do que comer juntos.

As diferenças em nossos genes também são um fator que explica quão suscetíveis somos ao canto da sereia dos nossos neurônios de recompensa — algumas pessoas são naturalmente mais responsivas à recompensa que sentimos ao comer açúcar e gordura do que outras.

Aspecto social

Experimentos científicos nos oferecem pistas sobre como nossos cérebros computam nossas escolhas sobre o que comer, mas a maneira como lidamos com essas escolhas em nossas vidas e na sociedade também é complexa.

De acordo com Emily Contois, professora assistente de Estudos de Mídia da Universidade de Tulsa, nos EUA, vários fatores influenciam nossa escolha do que comer.

“O que está disponível no supermercado? O que é conveniente? O que é acessível financeiramente? O que traz boas lembranças? O que é gostoso para nós? O que achamos saudável? Qual é o nosso estado de saúde atual? O que define nossas ideias sobre quem somos?”, enumera ela para a BBC Ideas.

E as redes sociais, segundo ela, ganharam um papel importante neste processo.

“O Instagram, e o desejo de que as pessoas sejam capazes de tirar belas fotos de comida, transformaram a ideia de que ‘você é o que você come’, em ‘você é o que você posta'”, avalia.

Contois afirma que buscamos uma série de coisas diferentes a partir dos alimentos que consumimos — como conforto, conexão com nossa família ou nossa herança ancestral e até mesmo um senso de controle.

“Quando vivemos em momentos repletos de conflitos econômicos, políticos e sociais, às vezes buscamos na comida aquela sensação de segurança e proteção. Então, nesses momentos, às vezes vemos as pessoas se interessarem muito por ideias relacionadas à simplicidade, saúde e pureza, como uma maneira de nos protegermos de contextos fora do nosso controle”, explica.

Desta forma, a comida fala um pouco também sobre quem somos.

“(Sobre) Toda a complexidade da nossa identidade. O que comemos conta histórias sobre nosso gênero e nossa sexualidade, nossa raça e nossa etnia, nossa classe social ou nossas aspirações em relação à nossa classe social, a região onde vivemos, seja uma área urbana ou rural. O que comemos conta essas histórias contraditórias e complexas sobre quem somos”, diz ela.

No futuro, podemos usar nosso conhecimento sobre o que acontece em nossos cérebros para criar alimentos atraentes com poucas calorias e saudáveis.

E podemos nos ajudar entendendo como nossos neurônios de recompensa tramam para conseguir o que querem.

Podemos ficar atentos a momentos em que tendemos a fazer escolhas erradas, como quando optamos por determinado alimento por causa de um rótulo que consideramos atraente, e não pelo teor em si.

No fim das contas, pelo menos não estamos totalmente à mercê de nossos neurônios de recompensa. Podemos usar nossa compreensão para ajudar a pensar em alimentos saudáveis ​​e fazer escolhas saudáveis.

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*Fonte: bbc-brasil

Por que comer menos pode ser o segredo para uma vida mais longa e saudável

Em um restaurante em um futuro não tão distante, há um homem e uma mulher em seu primeiro encontro. Depois que os nervos iniciais se acalmaram, tudo vai bem.

O homem conta que tem 33 anos, passou a maior parte da vida solteiro e, embora ele não mencione, está tentando estabelecer-se e formar família. A mulher responde que tem 52 anos, foi casada, divorciou-se e tem filhos com pouco mais de 20 anos. Ele não fazia ideia disso – ela parecia ter a sua idade ou menos.

Este é o sonho de Julie Mattison, do Instituto Nacional do Envelhecimento (NIA, na sigla em inglês), nos Estados Unidos. Ela imagina um tempo em que o envelhecimento cronológico aumenta um ponto todos os anos, mas a idade biológica pode ser definida por um cronômetro diferente, segundo o qual a palavra “idoso” não tem o mesmo significado atual.

Parece algo distante, mas a nossa sociedade já fez grandes avanços rumo a esse objetivo, graças aos progressos da medicina e melhorias da vida saudável. Em 2014, por exemplo, a Pesquisa Nacional de Saúde dos Estados Unidos concluiu que 16% das pessoas com 50 a 64 anos de idade enfrentavam dificuldades diárias, causadas por doenças crônicas. Três décadas antes, esse número era de 23%.

Em outras palavras, além do aumento da expectativa de vida, também estamos vivendo “períodos saudáveis” mais longos – e cada vez mais flexíveis. Parafraseando – e atualizando – o discurso do então presidente norte-americano John F. Kennedy durante a primeira Conferência da Casa Branca sobre o Envelhecimento em 1961, pode-se realmente acrescentar vida aos anos, em vez de apenas anos à vida.

Alimentação pode ser a solução
Mas o que precisamos fazer para aumentar ainda mais a duração e a qualidade da nossa vida? Pesquisadores de todo o mundo estão examinando diversas ideias, mas, para Mattison e seus colegas, a resposta é uma simples alteração na alimentação.

Eles acreditam que a solução para uma velhice melhor pode ser reduzir a quantidade de alimento nos nossos pratos, em uma abordagem chamada de “restrição de calorias”. Essa dieta vai além de reduzir alimentos gordurosos de vez em quando; ela propõe a redução gradual e cuidadosa do tamanho das porções, de forma permanente.

Desde o início dos anos 1930, verificou-se que uma redução de 30% da quantidade de alimento consumido por dia proporcionou vida mais longa e ativa a minhocas, moscas, ratos, camundongos e macacos. Em outras palavras, a restrição de calorias é comprovadamente o melhor remédio para os estragos causados pelo tempo em todo o reino animal – e é possível que os seres humanos também só tenham a ganhar com isso.

Relatos históricos
A noção de que a alimentação de uma pessoa influencia sua saúde é, sem dúvida, anterior a qualquer relato histórico que tenha sobrevivido até hoje. Mas, como ocorre frequentemente com qualquer área da ciência, os primeiros relatos detalhados remontam à Grécia Antiga.

Hipócrates – um dos primeiros médicos a afirmar que as doenças têm causas naturais e não sobrenaturais – observou que muitas enfermidades são associadas à gula. Podia-se observar claramente que os gregos obesos normalmente morriam com menos idade que os gregos magros.

Fora desse epicentro da ciência da antiguidade, essas mesmas ideias foram adotadas e adaptadas ao longo dos séculos – até que, no final do século 15, Alvise Cornaro, um aristocrata com saúde frágil de uma pequena aldeia perto de Veneza, na Itália, mudou por completo o conhecimento aceito na época.

Se a alimentação excessiva é prejudicial, será que a moderação alimentar seria benéfica?

Para descobrir a resposta, Cornaro, então com 40 anos de idade, passou a comer apenas 350 g de alimentos por dia – ou cerca de mil calorias, segundo estimativas recentes. Ele comia pão, panetela (uma espécie de canja) ou caldo e ovos. As carnes escolhidas eram de vitela, cabra, boi, perdizes, pássaros, qualquer outra ave que estivesse disponível e Cornaro comprava peixe pescado nos rios da região.

Restringindo a quantidade, mas não a variedade, Cornaro afirmava ter atingido “saúde perfeita” até sua morte, mais de 40 anos depois. Ele alterava sua data de nascimento à medida que envelhecia, afirmando que havia chegado aos 98 anos, mas acredita-se que ele tenha morrido com cerca de 84 anos de idade – ainda assim, um feito impressionante no século 16, quando uma pessoa com 50 ou 60 anos já era considerada idosa.

Em 1591, seu neto publicou seu livro póstumo em três volumes intitulado “Tratado da Vida Sóbria”, que apresentou a restrição alimentar para o público e redefiniu o próprio envelhecimento.

Cornaro afirmava que, com um estímulo adicional de boa saúde no final da vida, os idosos, com total posse das suas capacidades mentais, poderiam fazer bom uso de suas décadas de conhecimento acumulado. Com sua dieta, a beleza estava na velhice, não na juventude.

Estudos sobre a longevidade
Cornaro foi uma pessoa fascinante, mas suas descobertas não devem ser consideradas irrefutáveis por nenhum ramo da ciência. Mesmo que seu relato seja verdadeiro e ele não tenha sofrido problemas de saúde por quase meio século, o que parece improvável, ele foi um estudo de caso de uma pessoa, que não representa os seres humanos como um todo.

Um estudo fundamental em 1935 com ratos brancos demonstrou que a restrição alimentar de 30 a 50% amplia o período de vida, retardando a morte por doenças e distúrbios relativos à idade – mas é claro que o que funciona para ratos ou outros animais de laboratório poderá não funcionar para seres humanos.

Testes de longo prazo, que acompanhem seres humanos do início da idade adulta até a morte, são raros. “Não considero estudos de longevidade em seres humanos como programas de pesquisa financeiramente viáveis”, afirma Mattison. “Mesmo se você começar com pessoas com 40 ou 50 anos de idade, ainda estará possivelmente considerando mais 40 ou 50 anos [de estudo].”

E ela também acrescenta que é quase impossível evitar que fatores externos – prática de exercícios, fumo, tratamentos médicos e bem-estar mental – influenciem os resultados finais do teste, em nossa espécie social e culturalmente complexa.

Por isso, no final dos anos 1980, dois testes de longo prazo independentes – um no NIA e outro na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos – foram estabelecidos para estudar a restrição de calorias e o envelhecimento em macacos Rhesus, que não apenas compartilham 93% do nosso DNA, mas também envelhecem da mesma forma que nós.

Lentamente, após a meia-idade (cerca de 15 anos, nos macacos Rhesus), as costas começam a curvar-se, a pele e os músculos começam a cair e seus pelos, quando ainda crescem, mudam de coloração, de marrom para cinza.

As similaridades vão ainda mais longe. Nesses primatas, a ocorrência de câncer, diabete e doenças cardíacas aumenta com a idade, tanto em frequência quanto em severidade. “Eles são um excelente modelo para estudar o envelhecimento”, segundo Rozalyn Anderson, gerontologista da Universidade de Wisconsin.

E seu controle é mais fácil. As dietas dos 76 macacos da Universidade de Wisconsin e dos 121 animais do NIA, compostas de biscoitos especialmente preparados, são específicas para cada idade, peso e apetite natural. Todos os macacos receberam o complemento total de nutrientes e sais minerais de que seus corpos necessitam – mas a metade dos macacos (o grupo com restrição de calorias) comeu 30% menos.

Esse grupo sequer chegou perto de passar fome ou sofrer subnutrição. Um exemplo é Sherman, um macaco com 43 anos de idade do NIA. Mattison afirma que, desde que foi colocado em restrição de calorias em 1987, com 16 anos de idade, Sherman não manifestou nenhum sinal explícito de fome, tão característico na sua espécie.

Sherman é o macaco Rhesus mais idoso já registrado, cerca de 20 anos mais velho que a expectativa de vida média da sua espécie em cativeiro. Enquanto macacos mais jovens desenvolviam doenças e morriam, ele parecia ser imune ao envelhecimento. Mesmo na casa dos 30 anos de idade, quando teria sido considerado um macaco idoso, ele não se parecia nem agia como um animal de mais idade.

O mesmo ocorreu, ainda que com variações, com seus companheiros de experimento no NIA. “Temos menor incidência de diabete e câncer nos grupos com restrição de calorias”, afirma Mattison. Em 2009, o estudo da Universidade de Wisconsin publicou resultados similares – e excelentes.

Não apenas os macacos em restrição de calorias pareciam sensivelmente mais jovens – com menos queda da pele e pelos em maior quantidade, com coloração marrom em vez de cinza – que os macacos que receberam alimentação padrão, mas também seus organismos internos eram mais saudáveis e livres de patologias. As ocorrências de câncer, como o adenocarcinoma intestinal, que é comum entre eles, foram reduzidas em mais de 50%. O risco de doenças cardíacas também foi reduzido pela metade.

E, enquanto 11 dos macacos com alimentação ad libitum (“à vontade”, em latim) desenvolveram diabete e cinco exibiram sinais de pré-diabete, a regulação da glicose no sangue pareceu saudável em todos os macacos com restrição de calorias. Para eles, a diabete não era um problema.

Ao todo, apenas 13% dos macacos no grupo com restrição de calorias haviam morrido de causas relativas à idade em 20 anos. No grupo ad libitum, 37% haviam morrido, quase três vezes mais que no outro grupo. Em um estudo de atualização da Universidade de Wisconsin em 2014, esses percentuais permaneceram estáveis.

“Demonstramos que o envelhecimento pode ser manipulado em primatas”, afirma Anderson. “Parece pouco significativo porque é óbvio, mas conceitualmente a importância é enorme. Significa que o envelhecimento é um objetivo razoável para intervenções clínicas e tratamento médico.”

Em outras palavras, se o envelhecimento puder ser retardado, todas as doenças associadas à idade também serão. “Tratar de cada doença, uma de cada vez, não ampliará significativamente a expectativa de vida das pessoas, pois elas morrerão por outras causas”, afirma Anderson. “Se você curar todos os cânceres, não postergará a morte por doenças cardiovasculares, demência ou distúrbios associados à diabete. Mas, se combater o envelhecimento, você pode retardar todo o conjunto de doenças de uma vez só.”

A restrição de calorias entre os seres humanos
Comer menos certamente parece ajudar os macacos, mas a restrição de calorias é muito mais difícil para as pessoas no mundo real. Nosso acesso a refeições regulares com alto teor de calorias, por exemplo, nunca foi mais simples; com serviços como o iFood e o Uber Eats, não é mais necessário andar até o restaurante. Além disso, ganhar peso simplesmente é mais natural para algumas pessoas.

“Existe um enorme componente genético em tudo isso e permanecer magro é muito mais difícil para algumas pessoas que para outras”, ressalta Anderson. “Todos nós conhecemos alguém que pode comer um bolo inteiro e nada acontece – ele simplesmente não engorda – enquanto outra pessoa apenas caminha ao lado de uma mesa onde há um bolo e já precisa comprar uma calça maior.”

Idealmente, a quantidade e os tipos de alimentos que comemos devem ser especificamente definidos para quem nós somos – nossa predisposição genética para ganhar peso, a forma como metabolizamos os açúcares, como armazenamos gordura e outros fluxos fisiológicos que estão além do escopo das instruções científicas no momento e, talvez, para sempre.

Mas a predisposição à obesidade pode ser usada para orientar as escolhas da vida e não ser tomada como algo inevitável. “Eu mesma tenho histórico genético de obesidade em toda a minha família e pratico uma forma flexível de restrição calórica”, afirma Susan Roberts, cientista alimentar da Universidade Tufts em Boston, nos Estados Unidos.

“Mantenho meu Índice de Massa Corporal em 22 e [calculei] que preciso comer 80% do que comeria normalmente se meu IMC fosse de 30, como todos os outros membros da minha família”, afirma ela. Roberts salienta que não é difícil – ela segue seu próprio programa de controle de peso com uma ferramenta chamada iDiet para ajudá-la a comer menos, mas evitando sentir fome ou não ter prazer ao comer. Se isso não fosse possível, ela diz que não praticaria a restrição de calorias.

Roberts não apenas testemunhou os problemas de obesidade na família, mas também conhece os benefícios da restrição de calorias mais que a maioria das pessoas. Há mais de 10 anos, ela é uma das principais cientistas do estudo conhecido como Determinação Abrangente dos Efeitos a Longo Prazo da Redução da Ingestão de Energia (ou Calerie, na abreviação em inglês). Ao longo de dois anos, 218 homens e mulheres saudáveis, com idades de 21 a 50 anos, foram divididos em dois grupos. Em um deles, permitiu-se que as pessoas comessem como fariam normalmente (ad libitum), enquanto os demais comeram 25% menos que o normal (redução de calorias). Ambos os grupos examinaram sua saúde a cada seis meses.

Ao contrário dos estudos com macacos Rhesus, os testes ao longo de dois anos não conseguiram determinar se a redução de calorias diminui ou retarda as doenças relacionadas com a idade, pois simplesmente não há tempo suficiente para o seu desenvolvimento. Mas o estudo Calerie verificou os eventos mais próximos: os primeiros sinais de doenças cardíacas, câncer e diabete.

Publicados em 2015, os resultados após dois anos foram muito positivos. No sangue das pessoas com restrição de calorias, a relação entre colesterol “bom” e colesterol “ruim” havia aumentado, as moléculas associadas à formação de tumores – chamadas de fatores de necrose tumoral (TNFs, na sigla em inglês) – foram reduzidas em cerca de 25% e os níveis de resistência à insulina, que sinalizam a diabete, caíram em cerca de 40%, em comparação com pessoas com alimentação normal. De forma geral, a pressão sanguínea também era mais baixa.

É verdade que alguns dos benefícios podem advir da perda de peso. Os exames iniciais do estudo Calerie haviam incluído pessoas obesas e também com índice de massa corporal (IMC) saudável de 25 ou menos e o emagrecimento certamente teria aumentado o bem-estar dos participantes com peso mais alto.

“O que ficou bastante claro há muito tempo é que ser obeso ou mesmo estar apenas acima do peso é ruim para você”, segundo Roberts. Ela acrescenta que as doenças e os distúrbios que antigamente se acreditava serem associados à idade agora estão aparecendo na população obesa.

Mas os resultados mais recentes indicam que benefícios significativos para a saúde podem ser obtidos em corpos já saudáveis – pessoas que não são obesas, nem estão abaixo do peso. Ou seja, aquelas com IMC de 18,5 a 25.

Apesar desses resultados, evidências de testes adicionais serão necessárias antes de aconselhar a alguém que já tenha IMC saudável que reduza sua ingestão de calorias – e aconselha-se a qualquer pessoa que deseje mudar sua alimentação a consultar antes um profissional médico.

O que desencadeia o processo?
Os cientistas esperam que seus macacos Rhesus possam ajudar a compreender exatamente por que a restrição de calorias pode trazer esses efeitos.

Com cerca de 30 anos de dados sobre vivos e mortos e amostras de sangue e tecidos de cerca de 200 macacos, o trabalho do NIA e da Universidade de Wisconsin pretende aumentar o conhecimento sobre a restrição de calorias, esclarecendo como ela retarda o envelhecimento.

Com menos alimentos, o metabolismo é forçado a ser mais eficiente com o que recebeu? Existe uma chave molecular reguladora do envelhecimento que é ligada (ou desligada) com menos calorias? Ou existe um mecanismo ainda desconhecido que determina nossa vida e nossa morte?

As respostas a essas questões poderão demorar para chegar. “Se eu fizesse 10 clones de mim mesma e todos eles trabalhassem sem parar, [mesmo assim] acho que não resolveríamos a questão”, afirma Anderson. “A biologia é extraordinariamente complicada.”

Esta é uma tarefa compensadora – compreender como a redução de calorias e outros tratamentos poderão ser utilizados para abordar essa parte específica da nossa biologia. O envelhecimento poderia ser tratado diretamente, ou seja, sem necessidade de restrição de calorias. “E acho que este realmente é o bilhete dourado”, afirma Anderson.

Mesmo na falta de uma explicação clara, a restrição de calorias é um dos caminhos mais promissores para melhorar e prolongar a saúde na nossa vida. “Não há nada nas pesquisas que nos faça pensar que a restrição calórica não funcione nas pessoas”, segundo Roberts, do estudo Calerie. E, ao contrário dos tratamentos com remédios, ela não traz uma longa lista de possíveis efeitos colaterais. “As pessoas do nosso estudo não sentiam mais fome, seu humor era bom e suas funções sexuais, também. Tentamos de todas as formas descobrir efeitos ruins, mas não encontramos”, afirma Roberts.

Um problema esperado era uma leve redução da densidade óssea, frequentemente relacionada à perda gradual de peso, segundo Roberts. Mas, como precaução, os voluntários receberam pequenos suplementos de cálcio ao longo de todo o estudo.

Mesmo com essas descobertas promissoras, “isso [o estudo Calerie] é o primeiro estudo da sua espécie e acho que nenhum de nós teria confiança suficiente para dizer ‘está bem, vamos recomendar isso para todas as pessoas do mundo'”, afirma Roberts. “Mas é uma perspectiva realmente fascinante. Acho que retardar a progressão de doenças crônicas é algo que todos nós podemos apoiar e que pode nos deixar empolgados, pois ninguém quer passar a vida com uma dessas doenças.”

Alex Riley é escritor e vive em Berlim, na Alemanha. Sua conta no Twitter é @riley_alex.

Importante: Todo o conteúdo desta reportagem é fornecido apenas como informação geral e não deverá substituir o conselho profissional do seu médico ou de outro profissional de assistência médica. A BBC não é responsável por nenhum diagnóstico elaborado pelos usuários com base no conteúdo deste site. A BBC não é responsável pelo conteúdo de nenhum site de internet externo mencionado, nem recomenda nenhum serviço ou produto comercial mencionado ou comercializado em nenhum desses sites. Consulte sempre o seu médico em caso de qualquer preocupação com a sua saúde.

*Por Alex Riley
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*Fonte: bbc-brasil

Chocolate e café podem virar produtos de luxo se a humanidade seguir destruindo o planeta

Se hoje o chocolate e o café são consumidos como alimentos do dia a dia, abundantes e acessíveis nos supermercados do mundo todo, em breve as mudanças climáticas podem torná-los em verdadeiros artigos de luxo, tão caros quanto raros.

Oferta e demanda são palavras-chave para compreender essa previsão, apontada por diversos estudos recentes: tornados populares entre os séculos XVII e XIX, tanto o café quanto o chocolate poderão ter seus cultivos reduzidos consideravelmente com a elevação da temperatura global, que atingirá grande parte das terras utilizadas para a produção dos dois produtos, entre tantos outros alimentos ameaçados de extinção.

Chocolate em risco
Uma pesquisa recente realizada pelo Environmental Change Institute (Instituto de Mudança Ambiental), da Universidade de Oxford, no Reino Unido, aponta que áreas de cultivo em países como Gana e Costa do Marfim podem se tornar inviáveis para a produção de cacau, por exemplo, se as emergências climáticas elevarem a temperatura em dois graus.

As previsões afirmam que, até 2050, metade das terras utilizadas para o cultivo de café poderão se tornar improdutivas, alterando de forma inequívoca e radical a produção e oferta dos alimentos: em suma, café e chocolate possivelmente voltar a ser produtos de luxo.

Café em risco
Segundo outro estudo, no mesmo período o impacto das alterações também será sentido de forma dramática nas regiões de cultivo da América Latina: a redução nas fazendas de café da região poderá ser de 88% até 2050 por conta do aumento das temperaturas.

Algumas especiarias e temperos como açafrão e baunilha já têm atualmente sua produção reduzida pelos mesmos motivos, causando aumentos agudos nos preços, sugerindo que, em breve, diversos alimentos que hoje fazem parte do cardápio diário das populações podem se tornar inacessíveis. A intensidade e a recorrência maior de fenômenos meteorológicos como chuvas intensas e furacões também poderão impactar essas produções.

Foi somente em meados do século XIX que o chocolate deixou de ser uma comida rara para começar a se tornar um alimento acessível e popular no mundo todo, principalmente após o químico holandês Coenraad Johannes van Houten ter desenvolvido o processo de fabricação do chocolate em pó, permitindo assim que o produto passasse a ser fabricado em maiores escalas.

Já o café começou a conquistar o mundo no século XVII, depois que os europeus carregaram suas mudas da Etiópia e de outros países africanos para ser produzida em todo o mundo – hoje o café é a segunda bebida mais consumida do planeta, atrás somente da água.

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*Fonte: hypeness

Esses 4 alimentos parecem saudáveis mas não são

Nos dias atuais, a busca por um estilo de vida mais saudável e hábitos alimentares positivos é o que a maioria das pessoas está querendo. Aumentar a expectativa de vida e se preocupar com o ‘como’ viverá os anos seguintes é quase regra atualmente.

E todos sabem que uma boa alimentação pode influenciar na nossa saúde e na disposição que temos para enfrentar o dia a dia. O segredo não está em apenas comer frutas e legumes. Mas sim fazer uma dieta equilibrada com todos os alimentos em quantidades certas. Isso porque o nosso corpo precisa de um pouco de cada alimento para que se tenha uma vida saudável.

Nessa busca, existem algumas armadilhas alimentares. Elas são os alimentos que parecem ser saudáveis mas, na realidade, não são. Por mais que se saiba que as melhores opções são sempre os ingredientes naturais, como frutas, legumes, vegetais e carnes magras, parar com o hábitos ruins nem sempre é fácil.

Claro que às vezes, alguns produtos industrializados podem ser consumidos sem que isso atrapalhe muito no objetivo da pessoa. Seja ele emagrecer, ganhar massa muscular ou melhorar a saúde. Contudo, é preciso sempre estar atento a essas armadilhas.

Segundo a nutricionista Aline Huguenin, alguns alimentos devem ser ignorados por ter muito açúcar, gordura, sal e aditivos, e não ter nenhum valor nutricional. Mostramos aqui quais são essas principais armadilhas alimentares.

1 – Suco de caixinha
Os sucos são bons para a saúde. Mas os sucos de caixinha não são necessariamente naturais. Eles podem ter conservantes, corantes e grandes quantidades de açúcar, até mesmo mais do que alguns refrigerantes. Por conta disso, Huguenin diz que o ideal é substituí-los pelos sucos naturais.

2 – Barrinhas de cereal
Claro que se pode encontrar barrinhas de cereal que sejam saudáveis, ricas em fibras, com baixo teor de açúcar e poucos aditivos químicos. Contudo, em alguns casos a embalagem pode ser mais convidativa do que a nutrição do produto. Por isso é importante ficar atento e ver se elas não tem altos níveis de glicose, conservantes, gorduras e corantes.

3 – Peito de peru
Substituir presunto, salame e mortadela pelo peito de peru pode até ser menos agressivo para o organismo, mas isso não quer dizer que seja mais saudável. Até porque, todos eles são da mesma família de embutidos. “Tem grande quantidade de sódio e aditivos como o nitrato”, ressaltou Huguenin.

4 – Chocolate diet
Da mesma maneira que qualquer outro produto diet, ele não é necessariamente mais saudável e nem menos calórico. “Próprio para pessoas diabéticas e não para quem procura perder peso ou ter uma alimentação saudável, pois contém maior quantidade de gorduras”, pontuou a nutricionista.

5 – Olhar rótulos
A última dica é mais geral. Para ficar bem atento aos rótulos dos produtos e saber interpretá-los. “Perca nem que seja um minutinho olhando a lista de ingredientes. E quando for abrir uma exceção e comer coisas não tão saudáveis (o que pode e deve ser feito, às vezes, sim), faça com consciência, bom senso e com o que realmente vale a pena”, recomendou a endocrinologista e metabologista Paula Pires.

*Por Bruno Dias
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Fonte: fatosdesconhecidos

Beber café pode diminuir o risco de desenvolver Alzheimer, diz estudo

E para os apaixonados por café, uma boa notícia. De acordo com um estudo australiano da Edith Cowan University (ECU), beber o líquido em grande quantidade pode diminuir a probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer.

A pesquisa acompanhou durante 10 anos mais de 200 australianos e o processo da ingestão de café diário em seus organismos. A investigadora principal, Dra. Samantha Gardener, disse que os resultados do estudo mostraram uma associação entre o café e vários marcadores importantes relacionados à doença degenerativa.

“Descobrimos que participantes sem problemas de memória e com maior consumo de café no início do estudo tinham menor risco de transição para comprometimento cognitivo leve – que geralmente precede a doença de Alzheimer – ou de desenvolver a doença de Alzheimer ao longo do estudo”, contou.

Beber café diariamente reduz o risco de morrer por doenças no fígado
Beber café pode diminuir o risco de desenvolver Alzheimer, diz estudo. Imagem: Polina Lebed (Pixabay)
Publicada na Frontiers of Aging Neuroscience e divulgada pelo Medical Xpress, a pesquisa também relacionou os resultados positivos na melhora cognitiva à bebida, especificamente a função executiva que inclui planejamento, autocontrole e atenção. Para a pesquisadora, apesar de mais estudos serem necessários, a descoberta pode ajudar a retardar a doença.

“É uma coisa simples que as pessoas podem mudar. Pode ser particularmente útil para pessoas que correm o risco de declínio cognitivo, mas não desenvolveram nenhum sintoma. Podemos ser capazes de desenvolver algumas diretrizes claras que as pessoas possam seguir na meia-idade e, com sorte, ter um efeito duradouro”, afirmou.

O estudo, no entanto, não conseguiu estabelecer um número exato de xicaras de café por dia para que o possível desenvolvimento da doença seja atrasado. Contudo, segundo Gardener, “se a xícara média de café feita em casa é 240g, aumentar para duas xícaras por dia poderia reduzir o declínio cognitivo em 8% após 18 meses[…] [além de] 5% no acúmulo de amiloide no cérebro no mesmo período.”

Por ora, o estudo também não conseguiu diferenciar o café com cafeína do descafeinado, nem os benefícios ou consequências da forma como foi preparado (método de preparação, presença de leite e / ou açúcar, etc.).

“[Ainda] precisamos avaliar se a ingestão de café poderia um dia ser recomendada como um fator de estilo de vida com o objetivo de retardar o aparecimento da doença de Alzheimer”, destacou a especialista.


*Por Tamires Ferreira

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*Fonte: olhardigital

Regra dos 5 segundos: a comida que cai no chão é segura?

Um biscoito ou um pedaço de pão recém-saído do pacote fatalmente cai no chão. Nessa situação trágica, é comum que alguém invoque a regra dos 5 segundos. Ou seja, se o alimento for resgatado do chão em até 5 segundos, a contaminação não é perigosa.

Para entender a regra dos 5 segundos, é primeiro preciso entender a distribuição de microrganismos em uma superfície. Bactérias, fungos, vírus e protozoários estão presentes em praticamente todos os ambientes da superfície do planeta. O chão das nossas cozinhas, não é exceção.

Para as bactérias, especialmente, há a característica de ubiquidade. Ou seja, estes microrganismos (milhares de espécies diferentes) estão distribuídos de forma mais ou menos uniforme em praticamente toda superfície que tenha as condições adequadas. Dentre estas bactérias estão também as patogênicas, causadoras da cólera, salmonela e tantas outras doenças.

Assim, quando um bolinho ou um pedaço de chocolate cai no chão, não existe limite de tempo para o resgate. Isso porque a contaminação é instantânea, e em torno de 99% dos microrganismos que estão na superfície se transferem para a comida derrubada.

Em poucas palavras, a regra dos 5 segundos não é uma forma de evitar microrganismos. Apesar disso, é muito difícil que ela vá te matar. Não por conta do tempo em si, mas porque o corpo humano tem milhões de barreiras e defesas contra patógenos.


O segredo, então, é o sistema imune, e não a velocidade para reaver a comida derrubada. Ainda assim, é um comportamento arriscado.


Fatores que influenciam a contaminação da comida que cai no chão

Como dito acima, a contaminação é invariável. Contudo, pesquisas mostram que a extensão da contaminação pode depender das superfícies, tanto do alimento quanto do chão.

Alimentos mais úmidos, como um pedaço de melancia ou uma carne crua, facilitam a passagem de microrganismos para a comida. Isso porque a aderência das bactérias, sobretudo, é maior. Além do mais, a umidade é essencial para estes microrganismos de fato se manterem vivos após o contato.

O mesmo vale, ademais, para a superfície do chão. Pisos mais lisos e, evidentemente, mais sujos, tendem a acumular mais microrganismos. O chão também é significativamente mais contaminante que uma mesa ou bancada devido à frequência de limpeza e contato com microrganismos. Calçados tendem a carregar grãos de sujeira repletos de bactérias e vírus.

Ainda de acordo com o CDC (Centers for Disease Control and Prevention ), em torno de 12% de todos os casos de doenças infecciosas ligadas à alimentação ocorrem pelo contágio por superfícies, como o piso da cozinha.

*Por Matheus Marchetto
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*Fonte: socientifica

Confira 3 dicas para deixar o café feito em casa mais gostoso

O preparo do café em casa faz parte da rotina diária de muitas pessoas. Porém, algumas dicas podem deixar o cafezinho caseiro ainda mais gostoso.

As formas de preparo para deixar a bebida ainda mais saborosa são do blog Coffee & Joy. Assim, o texto de Débora Reis mostra alguns cuidados básicos e fáceis que podem ser tomados em casa para que o café do dia a dia fique melhor ainda. Isto independente se o preparo é no filtro de papel, de pano, na prensa francesa ou qualquer outro método.

Confira as dicas para fazer um bom café:

1. A água do café: ferver ou não ferver?
A água é um ingrediente fundamental no preparo do café, já que cerca de 90% do café é composto por água. Portanto, o ideal é utilizar sempre água filtrada ou mineral, que não tenha um gosto excessivo de cloro.

“Evite usar água direto da torneira, já que, em alguns lugares, essa água tem muitos minerais com sabores fortes, inclusive o cloro”, indica o Coffee & Joy.

O ideal é que a água seja retirada do fogo assim que ferver. “Logo que a água ferver, use uma parte dessa água imediatamente para escaldar os equipamentos. Isso vai ajudar a limpar, tirar resquícios de papel ou pano, se estiver usando coador ou filtro.”

Lembre-se de descartar em seguida a água que usou para escaldar.

“Fazendo este processo bem rápido e não ultrapassando 1 minuto, o tempo entre a fervura da água e a limpeza dos equipamentos será suficiente para que o restante da água da chaleira fique em uma boa temperatura para usar no café.”

2. Como escolher o café e qual a proporção correta
Segundo o Coffee & Joy, um café de qualidade demanda um árduo trabalho no campo. Saber a origem e o produtor responsável fazem toda a diferença.

“Dessa maneira, é possível ter a garantia de estar consumindo algo de qualidade e também beneficiando o trabalho dedicado que foi realizado pelo produtor, o principal responsável pelo café. Optar por uma torra fresca e bem feita garante que as características aromáticas e de sabor de um grão estejam acentuadas. Isso não significa que o café torrado há muito tempo fique impróprio para consumo.”

Com um café de qualidade em mãos, outra dica importante é moer o café na hora.

Observe as proporções. O equilíbrio é o segredo para ter um café saboroso. Nem muito concentrado e nem muito ralo. Por isso, é importante acertar as medidas na hora de preparar o café.

Para não errar mais, uma colher de sopa muito cheia possui cerca de 13 a 15 gramas de café. Um copo americano cheio, até a marca da linha antes do topo, possui 130ml de água.

Para cafés especiais, um bom ponto de partida é usar 10g de café para cada 100ml. Mas é só uma recomendação.

O importante é ir experimentando e encontrar a medida ideal que atenda ao gosto pessoal de quem vai tomar o café.

3. Como guardar o café
Se a embalagem original não for adequada ou se preferir colocar em outro utensílio, não utilize potes transparentes. Prefira os vidros marrons e potes escuros.

Também certifique-se de que o pote esteja bem tampado para não entrar ar e evitar o processo de oxidação.

Não guarde o café na geladeira. A mudança de temperatura e o aroma de outros alimentos que ficam na geladeira afetam o sabor do café.

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Fonte: huddocafe

Os aditivos químicos presentes em 4 de cada 5 alimentos vendidos nos mercados do Brasil

Quando a nutricionista Vanessa Montera investigou a presença de aditivos em alimentos vendidos nos supermercados, ela levou um susto — não só porque muitos tinham (o que ela já esperava), mas porque alguns tinham vários aditivos, e muitos deles só servem para disfarçar que certas comidas poderiam ser difíceis de engolir de outra forma.

Seu estudo mostrou que os aditivos estão por toda parte no mercado: quatro em cada cinco dos quase 9,9 mil alimentos analisados tinham ao menos um aditivos entre os ingredientes e um quarto tinham seis ou mais.

O estudo de Montera foi o primeiro do tipo a ser feito nessa escala no Brasil. A nutricionista diz que, apesar de ser esperado que alimentos industrializados contenham aditivos — substâncias naturais ou sintéticas que são usadas para alterar as características de um produto —, ela não imaginava que os encontraria nesse número.

“Alguns alimentos são coquetéis de aditivos. Chegamos a encontrar um produto de panificação que tinha 35. Foi o recorde.”

Outra coisa que chamou sua atenção foi o uso intensivo dos aditivos cosméticos, como são chamados por uma parte dos profissionais da área aqueles aditivos que mudam o sabor, o aroma e a forma dos alimentos, embora essa classificação não seja oficialmente reconhecida por autoridades brasileiras.

Corantes, saborizantes, aromatizantes, emulsificantes, entre outros, garantem que alimentos que passaram por vários processos industriais na sua fabricação correspondam ao que os consumidores esperam deles. São usados porque esse processamento pode às vezes alterar os alimentos a ponto de deixá-los irreconhecíveis.

Diferentemente de outros aditivos, como os conservadores, por exemplo, os aditivos cosméticos não ajudam a fazer com que as comidas sejam mais baratas, durem mais tempo, cheguem a mais pessoas ou possam ser consumidas com mais segurança.

Na prática, são o equivalente a uma maquiagem dos alimentos. “Não precisariam nem estar ali”, diz Montera.

Sua presença nos alimentos, principalmente quando são muito frequentes, funciona como um indicativo de que este alimento é ultraprocessado — e cada vez mais pesquisas associam esse tipo de comida a doenças.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regula o uso dos aditivos em alimentos e estabelece os níveis máximos de consumo diário para uma pessoa.

Mas alguns nutricionistas têm dúvidas se esses limites são realmente seguros, porque comemos cada vez mais alimentos ultraprocessados, que têm muitos aditivos.

Eles apontam ainda para evidências de que há aditivos que podem fazer mal à saúde — o que a indústria nega — e também para problemas na forma como esses ingredientes são informados nos rótulos.

Por isso, defendem que as regras sejam revistas pela agência, e está previsto que isso ocorra em breve.

Outro questionamento vem da comparação desta pesquisa brasileira com um estudo semelhante na França, que apontou um uso substancialmente menor de aditivos por lá.

Isso indicaria, de acordo com cientistas, que muitos produtos vendidos no Brasil são mais artificiais e de pior qualidade.

O que são aditivos alimentares

Aditivos são qualquer ingrediente adicionado ao alimentos sem o propósito de nutrir.

Eles modificam as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais do produto, durante sua fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação.

Essas substâncias ajudam a garantir que podemos consumir um alimento sem riscos, por exemplo.

Embora bastante associados à alimentação moderna, eles não são uma novidade. Já eram usados em sociedades antigas, como o sal que é adicionado para preservar uma comida.

O vinagre das conservas, o açúcar dos alimentos cristalizados e a fumaça da defumação são outros exemplos de aditivos bastante comuns.

Mas também se tornaram bem comuns aditivos sintéticos, que passaram a ser empregados pela indústria para produzir comida em larga escala e fazer com que ela chegue em boas condições para os consumidores.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso dos aditivos se justifica quando ele tem uma utilidade clara, como preservar o valor nutricional ou a estabilidade de um alimento, e não é usado para enganar o consumidor.

Cientistas também apontam que seu uso excessivo pode ser problemático.

Aditivos por toda parte
A nutricionista Vanessa Montera investigou em seu estudo como esses aditivos são usados pela indústria no Brasil.

Esse trabalho foi sua tese de doutorado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e foi publicado no periódico Food and Function, da Sociedade Real de Química, do Reino Unido.

A nutricionista analisou uma base de dados elaborada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor a partir da visita a dez lojas das cinco maiores redes de supermercado do país em duas cidades, Salvador e São Paulo.

Todos os produtos embalados tiveram seus rótulos fotografados. De cerca de 14 mil itens, foram excluídos os que estavam duplicados, as águas engarrafadas e aqueles que não tinham informações nutricionais nas embalagens. Restaram 9.856 alimentos, que foram divididos em 25 categorias.

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Em seguida, foram verificados os ingredientes de cada um deles. A cientista concluiu que 79,4% tinham ao menos um aditivo.

Mas isso conta apenas uma parte da história, porque a minoria (11,6%) tinha um aditivo só, enquanto 19,8% tinham dois ou três, 23,2% tinham quatro ou cinco e 24,8% — a maior parcela do total — tinham seis ou mais.

Os produtos com mais aditivos foram as bebidas de fruta saborizadas (com teor de suco abaixo de 30% e pós e concentrados para preparo de refrescos). Nesses produtos, em média, os aditivos representavam 79,7% do número total de ingredientes listados.

Também se destacaram refrigerantes (74,5%), outras bebidas (57,3%) — tais como aquelas à base de soja, chás prontos para consumo, bebidas para desportistas, leite de coco —, produtos lácteos não adoçados (51,1%), néctares (49,7%), produtos lácteos adoçados (45,6%) e doces e sobremesas (45,4%).

Entre os cinco aditivos mais usados, quatro eram do tipo cosmético — a exceção foram os conservadores, que fazem com que os alimentos durem mais tempo.

Os aromatizantes, que dão cheiro a um produto, foram de longe o aditivo mais comum. Estavam em 47,1% dos produtos.

Depois, vieram os conservadores (28,9%), os corantes (27,8%; conferem cor à comida), os estabilizantes (27,6%; mantêm a dispersão de componentes) e os emulsificantes (19,4%; mantêm uma mistura).

“Os conservadores têm um propósito, porque a indústria precisa fazer com que esses produtos possam ficar mais tempo na prateleira, mas os aditivos cosméticos só servem para deixar o pão mais fofinho, fazer o iogurte ficar rosa, deixar o creme de leite mais branco. Seu único propósito é tornar o produto mais atraente para o consumidor e, por isso, não são estritamente necessários”, avalia Montera.

A nutricionista argumenta que sua pesquisa mostra que a indústria de alimentos está pesando a mão no uso desses ingredientes.

“Tinha um produto que tinha um umectante [que previne a perda de umidade] e um antiumectante [que impede a absorção de umidade]. Qual é o sentido disso?”, questiona.

O que dizem as regras
A principal preocupação é com o impacto no corpo que o consumo desses aditivos causa, dizem os nutricionistas.

O Ministério da Saúde se negou a comentar o assunto e disse à BBC News Brasil que caberia à Anvisa tratar do tema.

A agência afirmou por sua vez, em comunicado, que analisa os riscos envolvidos no consumo de aditivos e determina quais são permitidos e seus limites máximos, para que a indústria possa tirar proveito deles sem prejudicar os consumidores.

As substâncias são avaliadas caso a caso, segundo a Anvisa, e o fabricante precisa comprovar que elas são seguras, necessárias e que o consumo médio esperado não traz perigos.

A agência disse ainda que segue as regras e recomendações da OMS, da Organização para Alimentação e Agricultura, e o que é praticado na União Europeia e nos Estados Unidos.

Mas nutricionistas ouvidas pela reportagem acreditam que a Anvisa pode (e deve) fazer melhor.

Um dos problemas apontados é que os limites diários determinados pela agência levam em conta a ingestão de um aditivo individualmente e determinam o quanto pode ser usado em um único produto.

Mas isso seria colocado em xeque pelo aumento em todo o mundo, medido por diversas pesquisas, do consumo de produtos ultraprocessados, que contêm muitos aditivos.

Isso significa que, na prática, não é difícil alguém consumir mais de um alimento que contém o mesmo aditivo e ir além do limite considerado seguro.

Também não seria levado em consideração nas regras atuais que esses aditivos são consumidos muitas vezes de forma combinada. Como a pesquisa de Vanessa Montera mostra, é comum que alimentos tenham vários aditivos.

Por fim, a lei brasileira não exige que o rótulo informe a quantidade de aditivos usada em cada produto, explica Daniela Canella, pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens-USP).

“Não temos como saber o quanto estamos comendo. A indústria diz que isso é segredo industrial e que não revela para que os concorrentes copiem seus produtos, mas isso significa que a gente desconhece o quanto a gente consome de aditivo no Brasil”, diz Canella, que também é professora da Uerj e orientou Montera em sua pesquisa de doutorado.

O que diz a Ciência

A Ciência ainda é inconclusiva sobre se os aditivos causam ou não prejuízos à saúde.

Há estudos que apontam indícios de que seu consumo por pode estar ligado a distúrbios de comportamento, transtornos mentais, alergias, alterações no metabolismo do corpo, obesidade e câncer.

Existe ainda a preocupação com o fato de os ultraprocessados acostumarem nosso paladar a um excesso de certos ingredientes, como sódio e açúcar, tornando mais difícil adquirir o gosto pelos alimentos in natura, que são fontes de nutrientes.

A indústria de alimentos diz que os aditivos são importantes para garantir a segurança e o valor nutricional dos alimentos e que não há por que se preocupar.

A Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Ingredientes e Aditivos para Alimentos disse à BBC News Brasil que o número de aditivos na composição de um produto “não tem nenhuma relação” com o alimento ser saudável ou não.

“A quantidade máxima permitida leva em conta a interação entre os aditivos em todas as categorias de alimentos, bem como a ingestão diária aceitável, com base no perfil alimentar da população brasileira”, declarou a entidade.

Por sua vez, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos disse à reportagem que os aditivos são usados em “pouquíssimas quantidades” e controlados rigorosamente.

“Não há evidências que demonstrem que a combinação de aditivos num mesmo alimento possa oferecer riscos à saúde humana”, afirmou a associação.

Um dos motivos é que essas pesquisas quase não são feitas, argumenta Daniela Canella.

“Não há estudos no Brasil e existem pouquíssimos no mundo que analisam os aditivos somados, isso normalmente é feito com cada um deles sozinho. É possível que o efeito cumulativo deles não seja seguro”, afirma a nutricionista.

Vanessa Montera aponta outros problemas. De acordo com a pesquisadora, a maioria das pesquisas, que são feitas pela própria indústria, analisam apenas se os aditivos são tóxicos ou causam mutações nas células e não investigam os prejuízos que podem causar ao metabolismo, ou seja, ao funcionamento do corpo.

“Tem alguns estudos que apontam efeitos preocupantes, mas realmente não é nada que nos faça bater o martelo. Mas, ainda assim, deveria ser adotado o princípio da precaução, porque, da mesma forma que não dá pra dizer com 100% de certeza que são prejudiciais, também não dá pra garantir que não são”, diz a cientista.

Além disso, os estudos são realizados majoritariamente em animais, explicam os especialistas. Não seria ético fazer pesquisas dos efeitos em humanos, dando aditivos às pessoas para ver o que acontece.

A saída, explica Canella, é fazer os chamados estudos observacionais, em que se acompanha um grupo de pessoas por um tempo e se analisam seus hábitos e estilo de vida e os problemas de saúde para ver se há alguma correlação.

“É difícil fazer estudos assim porque sempre pode ter havido outra influência. Pode ter sido a poluição, e não o aditivo, que causou uma doença, por exemplo. Por isso, o nível de evidências nunca vai ser o ideal, o que é uma maravilha para a indústria, que sempre vai poder dizer que não dá pra estabelecer uma relação de causa e consequência, e é verdade”, diz a pesquisadora da USP.

Anvisa vai rever regras de aditivos
Uma outra preocupação surge com a comparação do estudo feito por Montera no Brasil com outro na França.

A pesquisa com 126 mil produtos alimentícios disponíveis nos supermercados franceses apontou que 53,8% tinham aditivos e 11,3% tinham cinco ou mais aditivos — bem abaixo dos índices encontrados no estudo brasileiro.

“Isso mostra que talvez a qualidade dos alimentos que estão sendo oferecidos aqui é pior do que a dos alimentos de lá”, diz Montera.

A nutricionista afirma ainda que, se a amostra do estudo nacional fosse tão grande quanto a da pesquisa francesa, os resultados poderiam ser ainda piores.

“A Europa tem um controle maior sobre o uso de alguns aditivos alimentares”, explica Montera.

Ter mais aditivos é sinal de pior qualidade porque essas substâncias são usadas muitas vezes para substituir ingredientes naturais.

Em tese, por exemplo, uma empresa poderia usar morangos de verdade para deixar o iogurte rosa, mas morangos são mais caros do que um corante.

Os aditivos também servem para “maquiar” os produtos ultraprocessados, diz Canella, tornando seu aspecto, textura e gosto aceitáveis.

A nutricionista defende que cabe ao governo brasileiro exigir padrões de qualidade melhores das fabricantes de alimentos.

“Os países têm legislações mais e menos rigorosas. Se em um lugar você pode usar matéria-prima de pior qualidade, esse país se torna um refugo da indústria. Se dá pra produzir mais barato e a legislação não barra, por que uma empresa vai ter mais despesa e menos lucro?”, questiona Canella.

Também seria bom que os rótulos informassem melhor sobre esses ingredientes, indicando sua quantidade, por exemplo, acrescenta Montera.

O Brasil terá uma oportunidade de aprimorar suas regras para os aditivos. Está prevista na agenda da Anvisa para o período entre 2021 e 2023 a modernização das regras e procedimentos para autorização do uso dos aditivos em alimentos.

Mas, questionada sobre esse assunto, a agência disse à BBC News Brasil que não iria comentar.

*Por Rafael Barifouse
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*Fonte: bbc-brasil

Startup evita o desperdício de mais de 10 toneladas de alimentos

Empresa recupera excedentes de produção e oferece refeições com até 70% de desconto aos consumidores

Em 2020, cerca de 811 milhões de pessoas passaram fome no mundo ao mesmo tempo em foram desperdiçadas 931 milhões de toneladas de alimentos. No Brasil, esta triste contradição se repete: o país está novamente no mapa da fome, com quase 50 milhões de pessoas nas faixas de insegurança alimentar grave ou moderada, enquanto muita comida vai parar no lixo, todos os dias.

Os dados do Programa Mundial de Alimentos (WFP), da Organização das Nações Unidas (ONU) retratam um grave problema social e também ambiental. A perda e desperdício de alimentos deixa uma pegada de carbono de 3,3 gigatoneladas de CO2. Além disso, para a produção de comida que vai parar no lixo, são usados recursos naturais que acabam sendo também desperdiçados.

Combater o desperdício de alimentos é uma das medidas mais importantes para solucionar o problema da fome e a crise climática, além do desequilíbrio ambiental. E um dos focos do desperdício está em estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes e padarias, que acabam descartando alimentos em perfeitas condições que estão próximos à data de vencimento ou são excedentes da produção.

Atuando nesta etapa, entra a startup Food To Save. Com um modelo simples e sustentável, a empresa oferece aos consumidores próximos aos estabelecimentos parceiros, entregas de alimentos ou refeições com até 70% de desconto, evitando o desperdício, gerando receita para os comerciantes e economia para os clientes.

A foodtech já evitou que mais de 10 toneladas de alimentos fossem descartados na Capital Paulista e Grande ABC, nos últimos cinco meses.

A venda dos produtos é feita por meio de“sacolas surpresa”, que podem ser adquiridas via delivery ou retiradas diretamente nos estabelecimentos escolhidos.

São mais de 100 estabelecimentos cadastrados na Capital Paulista e Grande ABC, entre restaurantes, padarias, hortifrutis, sacolões, docerias, e muitos outros.

“QUEREMOS COMBATER O DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS NO PAÍS E FAZER COM QUE MAIS PESSOAS TENHAM ACESSO A BONS ALIMENTOS. SE A GENTE PODE FAZER ISSO DE FORMA MAIS SUSTENTÁVEL E AJUDANDO O MEIO AMBIENTE, POR QUE NÃO?”

Lucas Infante, CEO e cofundador da startup desperdício de alimentos food to save

O CEO e cofundador da startup, Lucas Infante, revela tem como objetivo chegar a 600 estabelecimentos até o fim do ano, expandindo a atuação para todos os bairros da grande São Paulo, e muito em breve estar nas principais cidades do país.

Ainda segundo Infante, o diferencial da plataforma é também buscar estar presente em todos os lugares, desde bairros nobres até regiões mais periféricas.

Como funciona a Food To Save?
Os pedidos podem ser feitos direto no site da foodtech, ou pelo aplicativo, disponível para Android e IOS. Basta inserir o CEP da residência em que deseja receber os produtos ou retirá-los, e visualizar os estabelecimentos mais próximos que possuem sacolas disponíveis no dia.

De acordo com o que estiver disponível, a plataforma mostra o valor que deverá ser pago e o tipo de produto que irá na sacola surpresa, podendo o cliente escolher entre doce, salgada e mista.

*Por Natasha Olsen
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*Fonte: ciclovivo

‘Bananapocalipse’: a banana como a conhecemos está caminhando para a extinção

Se você pensa que a banana é a mais extraordinária, saborosa e importante fruta que existe, saiba que, de modo geral, o resto do mundo concorda: trata-se da fruta mais popular e que mais movimenta economias e até mesmo a nutrição em todo o planeta. Enquanto uma população estadunidense consome uma média individual de 12 quilos de banana por ano, fazendo desta a fruta mais consumida no país, em Uganda, por exemplo, esse número se multiplica de forma assombrosa: são cerca de 240 quilos anuais de banana consumida em média pela população. Assim, naturalmente que uma fruta, espécie de símbolo também do Brasil, movimenta economias entre fazendeiros e mesmo nações por todo o planeta – mas o alarme sobre o banana já está soando há alguns anos, pois essa fruta tão incrível estáameaçada de extinção .

Já falamos da banana naturalmente azul e com gosto de sorvete de baunilha?


O problema que ameaça uma banana tão amada é essencialmente genético: uma das primeiras frutas a ser domesticada pelo ser humano, há mais de 7 mil anos, uma banana se reproduz de forma assexuada, e o desenvolvimento de novos tipos é complexo, demorado e não necessariamente irá agradar os consumidores. Uma banana que consumimos hoje, por exemplo, é muito diferente de sua versão original. Até os anos 1950 o tipo mais consumido de banana no mundo era chamado de Gros Michel – uma versão mais longa, delgada e doce do fruto, exportado essencialmente da América Central.Em descrição dos anos 1950, porém, um fungo provocou o chamado Mal do Panamá, dizimando boa parte dos bananais da região: a solução encontrada foi investir em outra variedade, a chamada banana Cavendish, então imune ao mal, que até então era cultivada em um palácio na Inglaterra, e que representa atualmente mais da metade da quantidade da fruta consumida no mundo.

Fungos: o apocalipse das Bananas

No Brasil a banana Cavendish é conhecida como nanica ou d’água – e o restante da produção global (que em 2018 passou das 115 milhões de toneladas globais) fica entre as outras mais de mil variedades da fruta, como a Maçã ou a Prata, plantadas no Brasil porém bastante suscetíveis a outras doenças similares ao Mal do Panamá – que seguem marchando pelo mundo, ameaçando o futuro da fruta. Pois é isso que os produtores vem chamando de ‘bananapocalipse”: a incapacidade de se diversificar, se misturar, torna a fruta especialmente frágil a males e fungos, que não costumam ser tratáveis nem desaparecem do solo, mesmo décadas após a infecção.

Invenção pode evitar desperdício de 250 milhões de bananas por ano

É o caso do Sigatoka-Negra, mal provocado pelo fungo Mycosphaerella fijiensís Var. difformis, que atualmente é visto como a principal ameaça para o cultivo. Além disso, uma variação do Fusasrium, fungo que provoca o Mal do Panamá, também surgiu – e essa afetou as plantações de banana Cavendish. O novo fungo é chamado TR4, e provoca o mesmo mal, fazendo a história se repetir com um nada discreto agravante: não há atualmente alguma variante que seja imune e possa substituir a Cavendish ou os outros tipos também ameaçados. Se as populações mais ricas podem simplesmente substituir o fruto, para muitas pessoas ele é a principal fonte de nutrição e renda – e a ameaça é realmente apocalíptica.

2 a cada 5 espécies de plantas no mundo estão em risco de extinção

Existem, como já foi dito, muitos tipos de banana, mas nem todos são do agrado do público ou mesmo são mais resistentes contra os fungos. Uma solução a curto prazo são como bananas alteradas geneticamente, que já existem e foram testadas em algumas partes do mundo, mas que não costumam ser bem aceitas pelo público em geral. Enquanto isso, fazendeiros e cientistas obtêm tentando desenvolver novos tipos, mais resistentes e adequados para a produção e o consumo – mas o futuro segue incerto. O que se sabe é que depender somente da Cavendish ou de outro tipo de banana atualmente não é uma solução, mas sim uma passagem mais rápida e trágica para uma nova crise sem precedentes envolvendo o fruto mais amado do planeta.

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*Fonte: hypeness

Como as comidas processadas se tornaram tão danosas à saúde

Desde o momento em que um humano antigo inovador decidiu cozinhar sua carne na fogueira, há pelo menos 400 mil anos, até o advento da agricultura, de 10 mil a 15 mil anos atrás, as pessoas processam alimentos.

Nossos ancestrais faziam fermentação (essencial para o álcool e laticínios), moíam e assavam (pães e massas) e descobriram como conservar a carne salgando-a ou deixando em salmoura.

O processamento de alimentos foi essencial para a expansão da civilização humana.

Mas como ele se tornou sinônimo de dietas com alto teor de gordura, açúcar e sal? E será que os alimentos processados ​​que consumimos hoje têm alguma semelhança com suas formas originais?

Cada uma das primeiras formas de processamento de alimentos mencionadas acima tem um propósito claro: cozinhar adiciona sabor e amacia os alimentos — tornando as raízes e legumes mais fáceis de mastigar e de se extrair nutrientes a partir delas.

Fermentar, moer e assar também tornam alguns alimentos mais acessíveis do ponto de vista nutricional e mais fáceis de digerir.

É muito difícil para nosso corpo extrair qualquer coisa útil de um grão de trigo, mas ao fermentá-lo para produzir cerveja ou moê-lo em forma de farinha, você consegue obter um alimento rico em calorias.

Técnicas como o salgamento e a pasteurização tornam os alimentos mais seguros e prolongam sua duração.

Isso permitiu que os humanos viajassem mais longe e sobrevivessem a invernos frios ou períodos de fome severa.

Ainda fazemos isso hoje. Grande parte do processamento de alimentos consiste em tornar os alimentos mais seguros e duradouros, o que é melhor para o meio ambiente, pois significa menos desperdício de comida.

Mas é claro que alguns alimentos processados ​​fazem muito mal à saúde. Em que momento isso aconteceu?

O 4º Conde de Sandwich talvez seja mais conhecido por dar seu nome ao que conhecemos hoje como duas fatias de pão com um recheio no meio. No entanto, também tem o dedo dele em algo básico nas refeições — o refrigerante.

As bebidas com gás surgiram na Grã-Bretanha há 250 anos. O conde de Sandwich detinha então o título de primeiro lorde do almirantado e supervisionava o bem-estar da Marinha britânica.

As viagens marítimas no século 18 eram lentas e terríveis. Podiam durar meses longe da terra e do suprimento de água e alimentos frescos.

As tripulações dependiam de seus suprimentos.

A água podia ser armazenada por semanas ou meses no porão (a dessalinização era uma ciência incipiente e ainda não era amplamente usada no século 18), onde apodrecia e ficava rançosa. Não é de se admirar que os marinheiros preferissem rum.

Em busca de uma maneira de tornar a água potável vencida mais palatável, Sandwich recorreu ao químico Joseph Priestley.

A água com gás natural de nascentes já era consumida por seus benefícios à saúde — Priestley queria fabricar a sua própria.

Em um panfleto de 1772, Priestley descreveu um método de produção de 15 minutos de um recipiente de “água impregnada com ar fixo [dióxido de carbono]”.

Ele acreditava que a água com gás (carbonatada) — que ele chamava de água medicinal — poderia prevenir o escorbuto:

“Em geral, as doenças nas quais a água impregnada com ar fixo provavelmente serão úteis são aquelas de natureza pútrida”, ele escreveu.

Ele estava errado. Mas esbarrou com algo razoavelmente útil: a água gaseificada é ligeiramente ácida, o que significa que é um pouco antimicrobiana e, portanto, fica rançosa mais lentamente do que a água fresca.

“As bactérias não são grandes fãs do ácido carbônico”, diz Michael Sulu, engenheiro bioquímico da Universidade College London (UCL), no Reino Unido.

Com a aprovação do conde de Sandwich, a água medicinal de Priestley foi um sucesso.

Impulsionadas pela inovação, as águas medicinais decolaram. Os primeiros exemplos bem-sucedidos incluíam a água tônica, feita com quinino da casca da árvore da cinchona, que agia como um antimalárico.

A água tônica com quinino foi amplamente consumida pelos europeus a partir de meados do século 19 por esse motivo (embora as propriedades antimaláricas da casca de cinchona fossem conhecidas havia séculos pelos indígenas sul-americanos).

O que aconteceu a seguir é uma história semelhante a de muitos dos alimentos altamente processados ​​nas prateleiras do supermercado.

Os refrigerantes modernos com alto teor de açúcar são “fortemente vilipendiados”, diz Sulu — bem longe de suas origens benéficas.

Da mesma forma, os cereais matinais estão muito distantes dos grãos que nossos ancestrais moíam, e o chocolate, as carnes, os laticínios e até mesmo o sorvete moderno seriam irreconhecíveis para nossos ancestrais.

Então, como chegamos a esse ponto?

A busca por extratos naturais para fortificar as bebidas com gás no século 19 levou a águas medicinais ainda mais exóticas. Várias empresas começaram a produzir bebidas estimulantes e cafeinadas com extratos da noz de cola.

A Pepsi-Cola, originalmente inventada na década de 1890 e chamada de “Brad’s Drink”, era um digestivo.

Acredita-se que seu nome seja uma referência à pepsina, uma das enzimas digestivas, ou à dispepsia, o nome científico da indigestão, e ao sabor de cola, embora a receita não contivesse noz de cola nem pepsina.

A Coca-Cola, aromatizada com noz-de-cola e folhas de coca, foi anunciada pela primeira vez como um “tônico cerebral ideal” no fim do século 19.

A combinação de cafeína e folhas de coca a tornava uma bebida estimulante.

As folhas da coca são mastigadas cruas ou preparadas no chá para liberar seus agentes psicoativos por indígenas sul-americanos há séculos. (A Coca-Cola diz que a bebida nunca conteve cocaína, que pode ser derivada de folhas de coca).

À medida que os consumidores começaram a pedir sabores, cheiros e cores consistentes, e as regras e regulamentos passaram a proibir certos ingredientes, os fabricantes de alimentos tiveram que adaptar seus produtos.

Foi a demanda por um condimento consistente de tomate, por exemplo, que levou ao desenvolvimento do ketchup da Heinz.

O sabor e a textura de um produto podem ser recriados com um extrato em vez de um ingrediente integral? Os avanços na química estavam tornando isso possível. E podiam deixar os alimentos mais baratos.

“O problema é que, no último meio século, um tipo diferente de processamento de alimentos foi desenvolvido”, diz Fernanda Rauber, epidemiologista nutricional da Universidade de São Paulo (USP), sobre o que hoje chamamos de “alimentos ultraprocessados “

“Estas substâncias não seriam encontradas em nossa cozinha. Normalmente, contêm pouca ou nenhuma proporção de alimentos de verdade.”

“Muito comumente, eles usam o que chamamos de aditivos cosméticos — cores, sabores, espessantes, emulsificantes, agentes gelificantes — para melhorar as propriedades sensoriais dos alimentos, para dar algo à substância que de outra forma não teria gosto de nada, apenas de amido puro”, diz Priscila Machado, nutricionista de saúde pública da Universidade Deakin, em Geelong, na Austrália.

“O problema quando você pensa sobre essas substâncias é que isoladamente elas não adicionam nada particularmente nutritivo à comida. O alimento é mais do que a soma dos nutrientes que ele contém. Não há antioxidantes e fitoquímicos que encontragmos em alimentos integrais, se eles são retirados no processamento.”

Mesmo quando os nutrientes são adicionados de volta, como cereais fortificados com ferro ou fibras, a comida pode não ser tão saudável quanto parece. Nutrientes adicionados não funcionam tão bem quanto aqueles encontrados em alimentos integrais, diz ela.

“São esses fitoquímicos — flavonoides, polifenóis — que oferecem benefícios à saúde”, concorda Eileen Gibney, vice-diretora do Instituto de Alimentos e Saúde da University College Dublin, na Irlanda.

Se você checar a lista de ingredientes da Coca-Cola moderna, encontrará apenas “sabores naturais”, cuja fórmula é segredo.

A Coca-Cola ainda continha extratos da folha de coca até pelo menos 1988, mesmo que a cocaína tenha sido removida muito antes.

A bebida fez sucesso por causa do sabor de coca, não por causa de seu efeito “tônico”.

Sulu afirma que parte do processamento moderno de alimentos é feito por motivos estéticos, e não pelo motivo original, que pode ter se tornado redundante.

Assim como as bebidas com gás, o chocolate moderno está muito distante de sua versão original.

O chocolate é originário da antiga Mesoamérica, onde os grãos de cacau eram fermentados como uma bebida quente de sabor amargo.

Sabemos de uma maneira geral como esse chocolate quente era preparado ao analisar camadas de resíduos absorvidos no interior das cerâmicas dos antigos maias: os grãos de cacau eram moídos, mas não em um pó seco como poderíamos esperar hoje — e, sim, em uma polpa oleosa.

Após a fermentação, os óleos ficariam na parte de cima da bebida, e os grãos afundariam, criando camadas no interior dos copos.

Representações de consumidores de chocolate quente nas obras de arte dos antigos maias também revelam que a bebida pode ter sido destinada ao uso comum em cerimônias.

Os astecas foram responsáveis pela inovação seguinte em termos de chocolate, optando por tomar seu chocolate frio e temperado.

Separar a gordura da manteiga, moer e torrar a massa de grão seco para produzir cacau em pó foi uma inovação que veio depois e pode ter facilitado o armazenamento e transporte.

Ao secar o pó, o chocolate poderia ser comercializado como mercadoria ou transportado de navio pelos mares. Não precisava mais ser preparado apenas fresco para cerimônias.

Os químicos começaram a experimentar novas reformulações para o chocolate à medida que o mercado de confeitaria crescia.

Mas só na década de 1840 que alguém tentou produzir em massa uma barra de chocolate sólida misturando cacau em pó, açúcar e manteiga de cacau.

Hoje, a adição de açúcar contribui para muitos dos problemas de saúde que as pessoas associam aos alimentos processados ​​(eles representam mais de 10% do total de calorias das pessoas).

Mas nem sempre foi o caso. O açúcar foi por muito tempo um produto de luxo.

Então, por que o açúcar refinado é adicionado em tanta quantidade aos alimentos processados, e por que não usamos mais açúcares naturais, como a frutose?

“Açúcares obtidos por síntese química, como xarope de milho rico em frutose e açúcar invertido, são ingredientes comuns de baixo custo em alimentos ultraprocessados”, diz Rauber.

“Os açúcares são usados ​​em grandes quantidades pela indústria para dar sabor a alimentos que tiveram seus sabores intrínsecos processados ​​e para mascarar sabores desagradáveis ​​no produto final. Esses açúcares não são usados ​​apenas como adoçantes, mas têm funções tecnológicas importantes nos alimentos, proporcionando textura, volume, cor e atuando como conservantes.”

É verdade que as frutas contêm muito açúcar natural, “mas (o nível) é surpreendentemente baixo para a doçura que você obtém”, diz Sulu.

Em comparação, os produtos de confeitaria processados ​​contêm mais açúcares para alcançar a mesma doçura.

Grande parte do açúcar está lá para encorpar os alimentos processados.

O açúcar, a gordura e o sal têm sido tema de campanhas de saúde pública, mas, como diz Rauber, nem sempre é simples retirá-los de alimentos em que cumprem uma função química.

Veja, por exemplo, as emulsões adicionadas a alimentos com baixo teor de gordura para dar a sensação de gordura na boca, que é amplamente considerada como o “sexto sabor”.

Podemos precisar nos acostumar a mais processamento — mas por razões de saúde pública — no futuro, conforme encontrarmos maneiras de manter os alimentos frescos e com sua melhor aparência sem esses ingredientes.

Encontrar novas maneiras de estruturar os alimentos será uma forma importante de processamento de comida no futuro, concorda Gibney, à medida que avançamos em direção a uma dieta à base de plantas.

“As dietas à base de plantas realmente vão desafiar o conceito de que vamos processar menos”, diz ela.

“A natureza de ter que extrair nutrientes das plantas para criar produtos que os consumidores vão querer que tenham o mesmo sabor, textura e cheiro significará que precisaremos processar alimentos.”

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.

*Por William Park
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*Fonte: bbc-brasil

4 dicas saborosas para fazer pizzas vegetarianas

O chef Henrique Campos ensina como alcançar sabores intensos nas pizzas sem carne.

Atualmente estima-se que 30 milhões de brasileiros são vegetarianos, ou seja, não comem nenhum tipo de carne ou ingrediente de origem animal. Esse é, portanto, um mercado em expansão para os chefs de cozinha, que inovam para criar pratos saborosos extraindo o melhor de frutas, legumes, verduras e oleaginosas.

O chef Henrique Campos é especialista em gastronomia italiana e notou a necessidade de incluir pratos vegetarianos e veganos no cardápio do seu restaurante, o Figurate Italian Food, principalmente nos sabores das pizzas. “Cada vez mais os pedidos sem carne crescem e é preciso estar atento à demanda. O grande segredo de uma pizza vegetariana ou vegana gostosa de verdade é testar ingredientes e combinações até extrair o máximo de sabor das combinações”, afirma.

Com pizzas vegetarianas e veganas em seu cardápio, a operação gastronômica que atende por delivery em Curitiba, o chef Henrique Campos elenca dicas para quem deseja fazer uma deliciosa pizza sem carne. Anote:

1. Explore queijos diferentes
Existem centenas de receitas de queijos feitos com ingredientes de origem vegetal disponíveis na internet, todas muito, mas muito saborosas. Para quem acha que o gosto é diferente, não se engane, fica muito similar, inclusive com a textura parecida. Os mais comuns são com oleaginosas, como amêndoas e castanhas, mas existem receitas até com grão de bico e mandioca.

“A dica é testar, eu gosto muito dos queijos com castanha, ficam semelhantes a um queijo feito de leite, combina muito com pizza e são mais fáceis de encontrar”, diz o chef.


2. Capriche no molho de tomate

A receita tradicional do molho de tomate é vegana, já parou para pensar nisso? É cebola, alho, tomate e temperos à gosto, fácil e rápido.

“O molho de tomate faz toda a diferença na pizza, por isso aconselho caprichar nessa etapa, escolhendo bem os tomates e temperando com atenção. Isso vai fazer toda a diferença”, ressalta.


3. Aposte na abobrinha

A abobrinha é um ingrediente versátil, rápido de fazer e que a maioria das pessoas aprova. Seja em lasanhas, salgados, empadões, a abobrinha harmoniza fácil com outros ingredientes. Uma pizza com queijo e abobrinha temperada pode ser um bom início para quem está começando a preparar ou consumir pizzas vegetarianas e veganas.

4. Cogumelos sempre
Os cogumelos são um clássico da culinária internacional e o funghi é, inclusive, um dos ingredientes mais queridos da gastronomia italiana. Está presente em massas, risotos, sopas e, claro, pizzas. Que tal experimentar em sua próxima

“Cogumelos são saborosos e trazem uma textura interessante para a pizza, além do valor protéico. Vale a pena investir”, finaliza o chef.

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*Fonte: ciclovivo

É verdade que a água faz diferença no sabor da cerveja?

O universo cervejeiro é cheio de histórias, e quanto mais cerveja é consumida, mais relatos surgem, e mais pessoas se consideram experts no precioso líquido. Uma dessas lendas é a certeza que muitos têm de que determinadas águas especiais são o “segredo” para o sabor diferenciado de algumas cervejas.

Nessa categoria de cervejas mitológicas estariam a Brahma e a Skol de Agudos (SP), a Bohemia com água da serra de Petrópolis (RJ), a saudosa Antarctica produzida em Pirapora (MG). Internacionalmente, são famosas: a irlandesa Guinness feita com água do rio Liffey de Dublin e a Pilsen, fabricada na cidade do mesmo nome na República Tcheca.

Infelizmente, por mais românticas que possam parecer, essas histórias não são reais. Pelo menos, nos tempos atuais. Segundo Maurício Beltramelli, autor do livro Cervejas, Brejas & Birras, “a um custo baixo, qualquer indústria consegue purificar a água de sarjeta e dotá-la das características ideais para cada tipo de cerveja”.

Qual a importância da água na fabricação da cerveja?

No entanto, o fato de a mudança das características físico-químicas da água ser uma atividade corriqueira desde o início do século XX, isso não significa que a água não tenha um papel essencial na fabricação da cerveja. Afinal, entre 90% a 95% da cerveja são compostos por água.

E, dentro do mundo cervejeiro, o insumo hídrico é dividido em quatro tipos: mole, média, dura e super dura. Assim, as Pilsens, por exemplo, usam água mole em sua fabricação, enquanto as cervejas de estilo Munique são feitas com água dura, com grande teor de cálcio e magnésio.

Mas, se não é pela água, por que é que a cerveja é mais gostosa quando tomada perto do lugar onde é fabricada? A resposta aqui é simples: isso ocorre porque o deslocamento e as viagens afetam a qualidade da bebida. Alguns itens interferem no sabor final, como exposição à luz, lugar de armazenamento, o chacoalhar das garrafas e as alterações bruscas de temperatura.

E, quando ouvimos alguém dizer que “a melhor cerveja é a que se toma olhando a chaminé da fábrica”, a explicação é a idade da bebida, pois, ao contrário do vinho, quando mais nova a cerveja, melhor ela é.

*Por Jorge Marin
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*Fonte: megacurioso

Consumo regular de café traz benefícios à saúde, afirmam cientistas

Acordar com o cheirinho do café passando, fazer uma pausa no meio do dia para uma xícara de café, se sentar para um café com pessoas queridas… O café faz parte do nosso dia a dia e normalmente é associado a bons momentos.

Mas esta bebida que é uma das preferidas no Brasil também está associada a benefícios para a saúde. Estudos recentes relacionam o consumo regular de café a diminuição de riscos de doenças e aumento do bem estar físico e mental.

Pesquisadores das Universidades de Southampton e Edimburgo, publicaram na BMC Public Health, um estudo que revela que beber qualquer de três a quatro xícaras de café por dia reduziu o risco de desenvolver e morrer de doença hepática crônica. E os benefícios aparecem com o consumo de diversos tipos de café.

Quase meio milhão de pessoas com níveis conhecidos de consumo de café foram examinados por meio de dados do UK Biobank. De todos os participantes incluídos no estudo, 78% (384.818) consumiam café moído ou instantâneo com cafeína ou descafeinado, enquanto 22% (109.767) não bebiam nenhum tipo de café. Durante o período do estudo, houve 3.600 casos de doença hepática crônica, incluindo 301 mortes.

Em comparação com os que não bebiam café, os que bebiam café tiveram um risco reduzido de cerca de 21% de desenvolver doença hepática crônica ou gordurosa e um risco reduzido de 49% de morte por doença hepática crônica.

O benefício máximo foi observado no grupo que bebeu café moído, que contém altos níveis dos ingredientes kahweol e cafestol, que se mostraram benéficos contra doenças crônicas do fígado em animais.

Durante muito tempo, o café esteve na lista de possíveis carcinógenos da Organização Mundial da Saúde. Apenas em 2016, a OMS o retirou da lista, mas, mesmo assim, em 2018, a Califórnia aprovou uma lei exigindo que os produtores de café coloquem rótulos de advertência de câncer em seus produtos.

No entanto, descobriu-se que o café realmente ajuda na prevenção de certos tipos de câncer, como o câncer de pele e de próstata.

A “descoberta” do café
Em um programa de história do rádio da BBC, historiadores detalham que o primeiro registro de uso e consumo de grãos de café veio do Iêmen, região que a maioria das pessoas não associa à planta. Segundo os historiadores, um pastor suspeitou dos grãos ao notar suas cabras comendo-o e exibindo hiperatividade.

Depois de consumir os grãos, ele escreveu conseguia ficar acordado a noite inteira orando – uma descoberta pela qual muitos estudantes universitários poderiam ter empatia.

Em alguns grãos de café podem ser encontrados cerca de mil componentes químicos diferentes, e os cientistas muitas vezes lutam para descobrir quais compostos são responsáveis ​​pelos muitos benefícios observados.


Café e saúde

Um estudo da Universidade de Harvard detalha que “há evidências consistentes de estudos epidemiológicos de que o maior consumo de cafeína está associado a um risco menor de desenvolver a doença de Parkinson – 24% por 300 mg de cafeína.

Uma meta análise com mais de 330 mil participantes também identificou a redução de 24% do risco de desenvolver depressão com o consumo de café. Mais uma vez, quanto maior o número de xícaras consumidas, menor o risco. A mesma lógica se aplica para outra análise de estudos que avaliou a relação entre o café e o risco de suicídio – 53% menor para aqueles que beberam 4 ou mais xícaras, 45% menor para aqueles que beberam 2-3 xícaras.

Também vem da Universidade de Harvard uma pesquisa que relatou evidências de que o café pode ajudar a prevenir diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer, Alzheimer e até cálculos biliares.

Apesar do café estar associado à agitação e frequência cardíaca elevada, estudos com milhares de pessoas demonstraram repetidamente riscos mais baixos para várias doenças cardíacas e eventos como acidente vascular cerebral, geralmente com um limite inferior de 11% encontrado com café descafeinado e 25% para cafeinado.

Um estudo publicado pela Nature, em 2019, revelou que o café estimula um tipo de produção de gordura que neutraliza o tipo que leva à obesidade. Descobriu-se que as células in vitro têm estimulação imediata na produção de gordura marrom, um tipo de célula de gordura usada para gerar calor corporal em contraste com a gordura branca, que armazena calorias como energia.

Os resultados, de que o café estimula a produção de gordura marrom, foram replicados em humanos, levando os pesquisadores da Universidade de Nottingham a concluir que o café tem um papel no combate à epidemia de obesidade.

Com todos esses benefícios comprovados pela ciência, temos mais motivos para uma boa xícara de café. Mas é sempre bom lembrar sempre que os excessos podem trazem riscos e que é sempre importante consultar um profissional de saúde para saber os tipos de alimentos mais indicados para o nosso corpo.

*Por Natasha Olsen
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Fontre: ciclovivo

Como o café e o chocolate abalaram a medicina do século XV

Em 1580, durante uma viagem ao Egito, o botânico italiano Prospero Alpini se deparou com um acervo de plantas incomuns, como bananas de formas estranhas, papoulas de ópio vermelhas e baobás robustos.

Quando voltou para a Europa três anos depois, ele divulgou suas descobertas em dois livros: De Plantis Aegypti e Da Medicina Aegyptiorum. Entre suas ilustrações da flora do Oriente Médio e do Norte da África, estava o cafeeiro.

Alpini descreveu que os árabes e egípcios faziam uma bebida quente da planta, que também era vendida em todos os bares como se fosse uma espécie de vinho. Rapidamente, os médicos começaram uma jornada para tentar descobrir o impacto do café na saúde das pessoas, lutando para entender os efeitos dele e de duas outras bebidas que chegaram juntas em meados do século XVI: o chocolate e o chá.

A teoria humoral de Galeno

Na Grécia Antiga, os escritores Hipócrates e Claudio Galeno acreditavam que o corpo era composto de quatro tipos de humores (ou fluídos): sangue, catarro, bile negra e bile amarela. Para eles, cada pessoa tinha uma composição humoral única dentro desse sistema pseudomédico, e que o corpo seria acometido por doenças se essas funções se desequilibrassem.

Em O Poder dos Alimentos, um dos textos mais famosos de Galeno, o médico e filósofo classificou os alimentos como a base em seus poderes humorais. Deixando claro que médicos deveriam usar comida para tratar doenças muito antes de recorrer a cirurgias ou cauterizações, ele descreveu várias receitas em seu livro.

“Galeno acreditava que um bom médico também deveria ser um bom cozinheiro”, disse o historiador Mark Grant.

Em vez de medicamentos, os médicos prescreviam alimentos que ajustassem o equilíbrio humoral do paciente adoentado. Quem sofria de febre, por exemplo, deveria ingerir alimentos frios, como saladas e vegetais. Ao menor sinal de indigestão, tomar pimenta e vinho era a saída adequada.

A derrocada teórica

Com o crescimento do comércio ao longo dos séculos XVI e XVII, a demanda por café, chocolate e chá explodiram, desnorteando os médicos da época que tentavam entender o impacto desses alimentos no humor do corpo.

O chocolate era um problema a parte, visto que mudava de forma e qualidade. “Algumas pessoas diziam que o chocolate é gorduroso, portanto quente e úmido”, disse Ken Albala, professor de História na Universidade do Pacífico. “Mas outros médicos diziam que, se você adicionasse açúcar, ficava amargo e adstringente, por isso era indicado para doenças fleumáticas. Como algo poderia ser seco e úmido ou quente e frio ao mesmo tempo?”.

Conforme as bebidas foram se popularizando pela Europa, os conceitos médicos estabelecidos foram cada vez mais questionados, fazendo desmoronar a teoria humoral.

“Mas os médicos persistiram em manter o sistema humoral galênico e resistiram às pessoas que argumentavam contra ele”, disse Mary Lindermann, professora de História da Universidade de Miami.

No entanto, com a entrada do século XIX, os estudos nos campos da fisiologia, anatomia avançada e farmacologia revolucionaram a Medicina de maneira que o sistema humoral não teve mais como se sustentar.

*Por Julio Cezar de Araujo
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*Fonte: megacurioso

Quanto tempo cada alimento dura na geladeira?

Inegavelmente, a geladeira foi uma invenção do ser humano que revolucionou a forma como armazenamos comida. Até por isso, tornou-se bastante comum que as pessoas acabem esquecendo certos alimentos dentro desses eletrodomésticos e continuarem achando que eles estão em boas condições apenas por estarem sendo mantidos em baixas temperaturas.

O problema, entretanto, é que na prática as coisas não funcionam bem assim. Laticínios, carnes, vegetais e qualquer outro tipo de alimento estão sujeitos a sofrer deterioração e possuem um tempo estimado para serem consumidos de maneira segura e é sobre isso que falaremos nesse texto.

Atenção no mercado

O primeiro passo para evitar com que os alimentos estraguem na geladeira começa ainda dentro do mercado. Mantenha-se sempre atento na hora das compras e busque por sinais que mostrem que o produto adquirido permanece próprio para consumo após sair das prateleiras.

No caso de vegetais, frutas, saladas e produtos não industrializados, o ideal é ficar de olho na aparência. Veja se nenhum deles já está estragado ou amassado. Sobretudo, as cascas desses alimentos devem estar sempre intactas para assegurar a integridade. Já para carnes embaladas à vácuo, escolha sempre aquelas sem sinais de bolhas de ar, com aspecto liso e de cor avermelhada.

Por fim, outro ponto essencial para prestar atenção são os rótulos dos produtos industrializados. Além das tradicionais informações sobre data de fabricação e data de validade, alguns rótulos trazem dados importantes sobre a maneira como cada alimento deve ser conservado e sobre o tempo máximo de consumo após aberto.

Tempo de consumo

Pensando na segurança dos consumidores brasileiros, o Serviço Social do Comércio (Sesc) desenvolveu uma série de cartilhas educativas do programa “Mesa Brasil – Segurança Alimentar e Nutricional” para estabelecer a temperatura e o tempo máximo de armazenamento de produtos refrigerados. Então, atente-se para os seguintes detalhes na sua geladeira após estes produtos serem abertos:

Leites e derivados: 5 dias a 7?°C
Ovos: 7 dias a 10?°C
Carnes: 3 dias a 4?°C
Frutas, verduras e legumes: 3 dias a 5?°C
Produtos de panificação e confeitaria: 5 dias a 5?°C
Frios e embutidos: 3 dias a 4?°C
Sobremesas e preparações com laticínios: 3 dias a 4?°C
Maionese: 2 dias a 4?°C

*OBS: Vale ressaltar que o consumo de alimentos impróprios pode resultar em diarreia, cólicas abdominais, náuseas, vômitos e perda de apetite. Em caso de um desses sintomas, busque ajuda médica imediatamente.


*Por Pedro Freitas

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*Fonte: megacurioso

Qual é a diferença entre ‘diet’ e ‘light’?

Pois é: você vai ao mercado e frequentemente vê rótulos com os termos diet e light e fica com uma certa dúvida do que realmente significam. Por estes termos estarem em alta e serem direcionados pela mídia a um público que se preocupa com a saúde, o processo de influência é considerado eficiente e, assim, você realiza a compra desses produtos e tem como estratégia manter esses produtos na alimentação sem qualquer tipo de conhecimento e recomendação médica a nutricional.

Como o rótulo diz pouco sobre o alimento, muitas vezes há uma grande atração e expectativa sobre eles, e, principalmente pela falta de conhecimento, acontece a ingestão indiscriminada e sem recomendação. A grande questão é que eles podem não ser tão interessantes nutricionalmente, por isso, vamos entender as diferenças entre eles e quando devem ser consumidos.

Quando comer alimentos diet e light?

Por serem utilizadas palavras em inglês, há uma certa falta de compreensão e confusão sobre seus significados. Muitas pessoas acabam achando que produtos diet são para diabéticos, por não conter açúcar, e os produtos light são saudáveis, por não conter gordura. Mas não é bem esta a definição:

Diet

Corresponde a produtos que possuem a exclusão total de um ingrediente, como sal, açúcar, gordura etc., e são direcionados a pessoas que possuem restrição na alimentação por conta de comorbidades, como pressão alta (evitar a ingestão de sódio), diabetes (ter uma dieta pobre em diversos tipos de açúcares/carboidratos), colesterol alto (diminuir o consumo de gorduras saturadas e trans), triglicérides alto (evitar gordura e açúcar).

Por isso mesmo, este não é um produto que possui baixas calorias, como normalmente é pensado. Por conta da ausência de um ingrediente, é necessária a adição de outros componentes para que alguns produtos fiquem saborosos. No contexto final, ele pode acabar sendo mais calórico que alimentos normais ou convencionais e nutricionalmente não saudável.

Light

Caracteriza-se por produtos que têm redução de pelo menos 25% de um ingrediente que está em sua composição (sal, gordura, açúcar etc.) ou diminuição calórica. Assim como o produto diet, o light implica em algumas questões: por ter algum ingrediente, como a gordura, diminuído em 25%, esquecemos de verificar a quantidade dos outros elementos, como o sal e o açúcar, que podem ser mais altos. Por isso, sempre olhe o rótulo antes de comprar qualquer produto.

Esteja sempre atento ao rótulo. A composição do alimento encontra-se lá (quantidades de sódio, gordura, açúcar, por exemplo). Faça a comparação com produtos convencionais. Não se influencie por estes termos, pois eles não são sinônimos de saudável, já que são industrializados e também bem mais caros.

*Por Marcela Andrade Lopes

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*Fonte: megacurioso

Alimentos criados em laboratório serão o futuro das suas refeições?

Pense em um hambúrguer vermelhinho, suculento, saboroso. Mais: nenhum animal precisou morrer para saciar sua fome. A batata frita, macia por dentro e crocante por fora, pode ter vários tipos de design, porque é moldada em uma impressora 3D. O restaurante de comida japonesa deixou o rodízio para trás e dispensou o sushiman; no lugar, sushis que não são feitos de peixe, preparados sob medida para cada cliente. Cenas de um futuro distante? Se depender de cientistas e startups, será a realidade em breve.

E não é capricho. Se hoje somos 7,7 bilhões de pessoas no planeta, em 2050, seremos 10 bilhões, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). A produção de comida terá de ser 70% maior e, de preferência, prejudicando o mínimo possível o meio ambiente. Para isso, precisamos rever como nos alimentamos. O último Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas, divulgado em agosto, estabelece que precisamos reduzir o consumo de carnes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. O documento destaca que dietas baseadas em proteína animal contribuem com o desmatamento de importantes biomas do mundo, como a Amazônia, e defende uma alimentação rica principalmente em vegetais.

A grande aposta da indústria nesse sentido é desenvolver carnes à base de plantas ou de células de animais — com sabor, textura e qualidade nutricional iguais aos da carne de um bicho. “É um mercado ainda em desenvolvimento, mas não tem volta”, diz Jayme Nunes, biólogo da Merck, empresa alemã de ciência e tecnologia que investiu, no ano passado, 7,5 milhões de euros na startup Mosa Meat, fundada pelo cientista Mark Post.

Em 2013, Post apresentou o primeiro hambúrguer de laboratório do mundo, criado a partir de células de uma vaca. Para elaborar o disco de carne sem matar o animal, o professor da Universidade de Maastricht (Holanda) desenvolveu um método que usa células-tronco retiradas do músculo bovino. O resto do processo acontece no laboratório: em um biorreator, as células-tronco se transformam em células musculares. O resultado é uma pasta de carne que pode ser moldada.

A produção do primeiro hambúrguer de Post custou US$ 325 mil. Hoje, o valor fica entre US$ 9 mil e U$S 10 mil — e o preço promete cair ainda mais nas próximas décadas. “A tendência é de que custe US$ 50 em 2030, quando a carne deve estar disponível em restaurantes do guia Michelin”, estima Nunes. Ele acredita que, em 2050, a carne de células será vendida por US$ 20 o quilo, diretamente ao consumidor.

Enquanto as opções conhecidas como cell-based (baseado em células, em tradução livre) ainda engatinham, já é possível comprar hambúrgueres plant-based (à base de plantas) a preços acessíveis. Nos EUA, duas empresas se destacam: a Beyond Meat foi a primeira a ter seu hambúrguer de óleo de coco, romã e beterraba nos supermercados do país, em maio de 2016; já a Impossible Foods, que lançou um hambúrguer de plantas em julho do mesmo ano, inovou ao fazer a peça “sangrar”. Na lista de ingredientes estão proteína isolada de soja, proteína de batata e óleos de coco e de girassol. O sabor e o aspecto vermelho vêm da leghemoglobina de soja, uma proteína encontrada na raiz de leguminosas. Assim como a hemoglobina, presente no sangue de animais e humanos, ela é composta de glóbulos vermelhos — a responsável, portanto, pelo tom avermelhado.

O uso da leghemoglobina chamou a atenção da Food and Drug Administration (FDA), agência norte-americana que regula alimentos e remédios, pelo alto potencial alergênico. No dia 31 de julho, porém, a FDA concluiu que a proteína é segura para consumo e autorizou a venda do Impossible Burger em mercados a partir de 4 de setembro. O produto já era comercializado em restaurantes desde 2016, e tem se popularizado cada vez mais.

Em agosto, o Burger King anunciou nas lojas dos EUA uma versão do sanduíche Whopper feita com o Impossible Burger. No dia 10 de setembro, a novidade desembarca no Brasil. Aqui, no entanto, o hambúrguer vegetal da rede de fast-food será da Marfrig, gigante brasileira da indústria da carne que acaba de entrar para o time dos fabricantes de produtos plant-based.

*Por Nathalia Fabro

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*Fonte: revistagalileu

Carboidratos são cruciais ou desnecessários?

Carboidratos são um fonte crucial de fibra e energia ou um alimento que aumenta de forma prejudicial o nível de açúcar no nosso sangue?

Estas biomoléculas formadas por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio são um dos três principais grupos de nutrientes que são encontrados em alimentos, junto com gorduras e proteínas.

Os carboidratos também têm três subtipos: amido, açúcar e fibra. No Ocidente, comemos muito batatas, trigo e carboidratos à base de milho, e também grandes quantidades de carboidratos refinados, como massa, pão branco e biscoito.

Para responder a essa pergunta, a BBC convidou um grupo de especialistas em dieta para discutir os méritos de uma dieta com poucos carboidratos comparada a uma com muitos.

OS ARGUMENTOS A FAVOR

“Um terço do que comemos deve vir de carboidratos ricos em amido”, diz o professor de Ciência da Nutrição Louis Levy. Isso porque, apesar de sua má reputação, os carboidratos têm papel chave no funcionamento do nosso corpo.

1. Carboidratos nos dão energia e nos ajudam a fazer exercícios

Os carboidratos são nosso principal combustível. O corpo transforma o amido em açúcares e os absorve na corrente sanguínea, criando a glicose.

Isso se converte em energia de que precisamos para manter nossos corpos e cérebros ativos para fazer tudo, desde respirar até fazer exercícios.

Gorduras e proteínas também geram energia, mas, durante um treinamento cardiovascular, o corpo queima açúcares mais rápido. Então, o consumo de carboidratos, que processados mais rapidamente pelo organismo, é recomendável.

Uma dieta baixa em carboidratos pode te deixar com pouca energia e fazer com que você se sinta mais cansado quando estiver fazendo exercício.

2. Os carboidratos são uma fonte importante de fibra

Há evidências de que a fibra pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e câncer de intestino.

Grande parte da fibra que obtemos vem de carboidratos com amido, por isso, ao reduzir o consumo desses carboidratos, corremos o risco de ingerir pouca fibra.

“Se incentivarmos as pessoas a deixarem de comer carboidratos, é difícil que elas obtenham fibra o bastante”, alerta Anthony Warner, também conhecido como “The Angry Chef” (o chef bravo, em inglês).

Podemos obter fibra também de frutas e verduras, mas, como diz Megan Rossi, do Kings College, de Londres, “há cerca de cem tipos diferentes de fibra”, e todas desempenham um papel importante para a nossa saúde.

Um estudo mostra que pessoas que comem fibras de cereais têm menos risco de desenvolver câncer colorretal. Ao cortar totalmente os grãos, estamos nos privando de “um tipo único de fibra”, diz Rossi.

3. Carboidratos podem curar a prisão de ventre

A fibra dos alimentos de origem vegetal é um material que o corpo não consegue digerir e é crucial para que os alimentos se movam dentro do nosso intestino.

4. Os carboidratos são uma fonte de nutrientes

As fontes saudáveis de carboidratos (verduras, frutas e legumes) também são uma fonte importante de vitaminas e minerais, como cálcio, zinco, ferro e vitamina B.

Eliminar os carboidratos significa reduzir também estes nutrientes essenciais.

5. A redução do consumo de carboidratos pode levar a uma dieta mais rica em gordura

Os carboidratos como massa e batata agregam volume aos pratos e nos fazem sentir satisfeitos depois de comer.

Reduzir a quantidade de carboidratos e substituí-los por mais proteínas gordurosas, como carne vermelha e queijo, nos faz ingerir mais gordura saturada, o que pode aumentar a quantidade de colesterol no sangue.

OS ARGUMENTOS CONTRA

Algumas pessoas, incluindo médicos e pacientes, estão optando por reduzir significativamente a quantidade de carboidratos que consomem. Em alguns casos, fazem isso para controlar obesidade ou diabetes, mas outros, apenas porque acham que se sentem melhor assim.

1. Os carboidratos causam picos e baixas de açúcar no sangue

Comer carboidratos refinados faz com que o nível de açúcar no sangue varie drasticamente. Ao ser quebrado rapidamente, os carboidratos causam um aumento do açúcar no sangue, seguido por uma baixa.

Uma dieta com poucos carboidratos torna mais estáveis os níveis de sangue no açúcar.

Muitos de nós sentiremos esse sobe e desce de ânimo se comermos massa no almoço. Essa variação pode ter implicações mais sérias do que simplesmente sentir-se sonolento. Um aumento de glicose faz seu corpo responder aumentando a produção de insulina.

O doutor Aseem Malhotra, um dos cardiologistas mais influentes do Reino Unido, explicou como o consumo de carboidratos refinados está “claramente ligado” à obesidade e à diabetes tipo 2.

Uma espectadora do debate, Margery, concordou com esse ponto de vista. Ela tratou sua diabetes reduzindo carboidratos. “Pude reverter minha condição com a ajuda de uma dieta baixa em carboidratos. Agora, nem tomo mais remédios.”

Estes carboidratos incluem açúcares e grãos refinados, que não têm fibras e nutrientes.

2. Proteínas e as gorduras nos mantêm satisfeitos por mais tempo

Os carboidratos fazem seu corpo reter água. Quanto mais massa e arroz você come, mais inchado poderá se sentir. Os carboidratos podem te deixar satisfeito no curto prazo, mas essa sensação logo desaparecerá.

Em contraste, os alimentos com baixo índice glicêmico, como proteínas e gorduras, ajudam a fazer os níveis de açúcar no sangue aumentarem ou diminuírem lentamente, o que pode fazer a sensação de saciedade durar mais.

3. Nem todos os carboidratos têm fibra

Já falamos que carboidratos são boa fonte de fibra. Mas vale a pena ressaltar que os carboidratos que comemos contêm pouca fibra. Quando são refinados, o farelo de trigo e a fibra são eliminados.

Podemos encontrar mais fibras em frutas, verduras e legumes do que em massas ou bolos.
Afinal, os carboidratos são nossos amigos ou inimigos?

Há argumentos bons a favor e contra o consumo de carboidratos, então, qual é a resposta? Na verdade, é preciso achar um equilíbrio.

Fiona Godlee, do periódico British Medical Journal, destaca que um estudo do Instituto Nacional de Saúde do Reino Unido publicado no início de 2018 demonstrou que tanto as dietas com muito pouco ou com muito carboidrato são prejudiciais.

E está claro que a ideia de que um só modelo funciona para todos “simplesmente não é adequada”. diz. “Para algumas pessoas, é melhor comer pouco (carboidrato), mas, para outras, é bom comer mais.”

A chave é saber o que é bom para você. O mais importante é comer o tipo certo de carboidratos, concordam os especialistas. Devemos optar por uma ampla gama de carboidratos ricos em fibra como trigo integral, aveia e quinoa, dizem.

Ah, e é bom também evitar os carboidratos simples, como bolo e pão, que têm com frequência muita gordura e açúcar.

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*Fonte: bbc-brasil

Brasileiros criam ingredientes para produzir comida por impressão 3D

Em um futuro próximo, imagina-se que será possível produzir alimentos com formatos, texturas, sabores e cores personalizadas, mais atraentes e saudáveis para crianças e idosos, por exemplo, por meio de impressão 3D.

Um grupo de pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em parceria com colegas da Ecole Nationale Vétérinaire Agroalimentaire et de l’Alimentation Nantes Atlantique (Oniris) e do Institut National de la Recherche pour l’agriculture, l’alimentation et l’environnement (INRAE), da França, está avançando na viabilização dessa ideia. Eles desenvolveram géis à base de amidos modificados que podem ser usados como “tintas” para a produção de alimentos por impressão 3D.

“Desenvolvemos ao longo dos últimos anos diferentes tecnologias para modificação de amidos e obter géis com as características ideais para serem usados como ‘tintas’ para produzir alimentos por impressão 3D”, diz ao Pesquisa para Inovação Pedro Esteves Duarte Augusto, professor da Esalq-USP e coordenador do projeto.

Os primeiros géis produzidos pelos pesquisadores durante um projeto anterior, também apoiado pela Fapesp, foram à base de amido de mandioca. Para obtê-los, desenvolveram e empregaram, inicialmente, um método de modificação da estrutura e de propriedades de amidos da planta com ozônio.

O método consiste na aplicação de uma descarga elétrica no oxigênio para produzir ozônio. O gás é então borbulhado em um recipiente com uma mistura de água e amido de mandioca em suspensão. A mistura é seca para retirada da água e obtenção do amido modificado.

Ao variar as condições do processo, com a concentração de ozônio, temperatura e o tempo, foi possível obter géis com propriedades distintas de consistência, apropriadas para a impressão.

“Ao controlar as condições do processo, conseguimos obter tanto géis mais fracos, que são mais interessantes para outras aplicações, como géis mais firmes, ideais para impressão 3D por manterem a forma da estrutura impressa, sem escorrer ou perder água”, afirma Augusto.

Nos últimos dois anos, os pesquisadores desenvolveram outro método de modificação de propriedades de amidos por aquecimento a seco em que amidos de mandioca e de trigo são aquecidos em um forno, sob temperatura e tempo controlados.

Por meio do novo método também foi possível obter géis à base de amidos modificados de mandioca e de trigo com bom desempenho de impressão – medido pela capacidade de formar um objeto 3D por deposição de camada por camada e de manter a estrutura uma vez impresso. A nova técnica também permitiu ampliar as possibilidades de textura das amostras impressas com gel de amido de trigo.

“Obtivemos bons resultados com ambos os métodos, que têm as vantagens de serem simples, baratos e fáceis de serem implementados em escala industrial”, ressalta Augusto.

As amostras de gel de amido de mandioca e de trigo foram impressas na Oniris e no INRAE, na França, por meio de um projeto voltado a desenvolver géis para impressão 3D com base em amidos funcionais, financiado pela região francesa de Pays de la Loire por meio de um programa chamado “Food 4 tomorrow”.

Por meio da parceira com os franceses, a pesquisadora da Esalq Bianca Chieregato Maniglia fez pós-doutorado na Oniris e no INRAE, onde pôde aplicar as técnicas de modificação de amido de mandioca e de trigo por ozônio e por tratamento térmico a seco para obter géis para impressão 3D de alimentos.

As técnicas foram desenvolvidas em parceria com outros pesquisadores vinculados ao Grupo de Estudos em Engenharia de Processos (Ge²P) da Esalq-USP.

“Juntando a experiência de todos os pesquisadores envolvidos no projeto, conseguimos obter géis com melhor qualidade de impressão, resultando em alimentos com melhor forma, definição e textura, que são parâmetros essenciais para a aceitabilidade do produto”, afirma Maniglia.

Novos ingredientes

Os pesquisadores da Esalq-USP pretendem estudar, agora, outros métodos de modificação e fontes para produção de géis para impressão 3D de alimentos.

Com a recente aquisição de uma impressora 3D pela Esalq-USP, será possível imprimir as estruturas desenvolvidas com os novos géis também na instituição.

“Em razão da pandemia da COVID-19, não conseguimos nem tirar a impressora da embalagem. Mas a ideia é que, com o retorno das atividades e a volta da Bianca à Esalq, em novembro, comecemos a fazer as impressões com os géis também aqui”, diz Augusto.

Os géis com amidos modificados de mandioca e de trigo podem ser usados como base para impressão de alimentos, como uma sobremesa. O objetivo dos pesquisadores, porém, é estender para aplicações em áreas como a biomédica, para produzir cápsulas de remédios ou alimentos com ingredientes com a função não só de nutrir, mas também de conferir benefícios à saúde – os chamados nutracêuticos.

“Conseguimos demonstrar a viabilidade da ideia de produzir alimentos por impressão 3D e obter ingredientes tailor made [feitos sob medida]. A ideia, agora, é expandir as aplicações e testar outras matérias-primas”, afirma Augusto.

O artigo “Dry heating treatment: A potential tool to improve the wheat starch properties for 3D food printing application” (DOI: doi.org/10.1016/j.foodres.2020.109731), de Bianca C. Maniglia, Dâmaris C. Lima, Manoel da Matta Júnior, Anthony Oge, Patricia Le-Bail, Pedro E.D. Augusto e Alain Le-Bail, pode ser lido na revista Food Research International em https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0963996920307560.

*Por Elton Alisson

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*Fonte: revistagalileu

Como o trigo ‘domesticou’ a humanidade – e vice-versa

Do pãozinho de cada dia ao macarrão de domingo, o trigo é um dos alimentos mais consumidos no mundo atual. Mas o que não paramos para pensar entre um bocado e outro é que esse cereal, em suas variedades contemporâneas, é praticamente artificial.

Não fosse a ação do Homo sapiens, o trigo não seria assim.

Não fosse a evolução provocada pelo ser humano, esses tipos de trigo simplesmente não existiriam.

Mas, para muitos pesquisadores, o inverso também é verdade: não fosse o trigo ter conquistado nossos ancestrais, o homem não teria se tornado sedentário, não teria feito a chamada Revolução Agrícola, não teria se aglomerado em cidades.

O trigo domesticou a humanidade de tal forma que não é exagero dizer que ele acabou sendo o combustível – até mesmo literalmente, em forma de calorias ingeridas – para que as civilizações fossem criadas.
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Era só mato

Por volta de 18 mil anos atrás, com o fim da última Era Glacial, o aquecimento global provocou um período de fortes e intensas chuvas. Essa mudança climática favoreceu uma gramínea na região do Oriente Médio.

Era trigo, mas não como o conhecemos hoje. As sementinhas eram ralas e pequenas. O vento conseguia espalhá-las – e, assim, a planta se multiplicava. Os ancestrais humanos daquela época viviam em bandos nômades. Eram caçadores-coletores – alimentavam-se basicamente de carne e frutas.
homem colhe trigo

Em algum momento dessa história – ou em vários momentos, já que uma descoberta assim não ocorre de forma tão linear -, os Homo sapiens perceberam que havia animais que se alimentavam de gramíneas. E decidiram experimentar.

Conforme relata o historiador Heinrich Eduard Jacob (1889-1967) em seu livro Seis Mil Anos de Pão – A Civilização Humana Através de Seu Principal Alimento, começaram colocando sementes na carne. E viram que suavizava o sabor. Caía bem.

“As pessoas começaram a comer mais trigo e, sem querer, favoreceram seu crescimento e difusão”, afirma o historiador Yuval Noah Harari, no best-seller Sapiens: Uma Breve História da Humanidade. “Como era impossível comer grãos silvestres sem antes escolhê-los, moê-los e cozinhá-los, as pessoas que coletavam esses grãos os carregavam a seus acampamentos temporários para processá-los.”

Mas os grãos de trigo eram pequenos e numerosos. “Alguns deles inevitavelmente caíam a caminho do acampamento e se perdiam”, pontua Harari. “Com o tempo, cada vez mais trigo cresceu perto dos acampamentos e dos caminhos preferidos pelos humanos.”

Jacob frisa que, naquele tempo, trigo era só mato. Ou gramíneas. “Todos os cereais eram primitivamente plantas herbáceas selvagens”, escreve. “Todos os cereais foram originariamente herbáceas cujas sementes tinham um sabor de que o homem primitivo gostava. Mas o homem tinha, para além dos insetos, um rival bem mais temível que lhe estragava a colheita dessas plantas. Era o grande criador do tapete verde de ervas. O vento.”

Se o vento espalhava as sementes – e isto garantia a perpetuação do trigo -, ele atrapalhava o homem: afinal, não era possível colher o cereal maduro, este “voava” embora antes.

Seleção artificial: a domesticação do trigo

Sem entender nada de genética, nossos ancestrais acabaram interferindo na evolução do trigo. “O primeiro objetivo do homem teve de ser portanto o de conseguir fazer com que as espécies que eram mais do seu agrado não perdessem os grãos com tanta facilidade. E foi o que efetivamente sucedeu, já que o homem ao longo de milhares de anos foi cultivando apenas aqueles exemplares que guardavam os grãos durante mais tempo na espiga”, diz Jacob.

“Nasceram assim, a partir das herbáceas selvagens, devidamente protegidos pelos seus elmos, os heróis da nossa epopeia da alimentação”, completa o historiador, referindo-se às versões do cereal que, evoluídas, “têm frutos que se fixam tão bem ao eixo da espiga que só se desprendem com golpes ou sob pressão, ou seja, por intermédio de uma ação voluntária, aquilo a que chamamos a debulha.”

Como efeito disso, o trigo contemporâneo não sobrevive sem a mão humana. “A questão é precisamente o campo de batalha entre a robustez da espiga e o desejo que o homem tem de obter a farinha”, sintetiza Jacob. “Os ‘cereais domésticos’ morreriam amanhã se o homem desaparecesse.”

Harari conta que os acampamentos daqueles nômades começaram a se fixar ao redor de locais onde havia mais trigo. Para facilitar, eles “limpavam” o entorno, derrubando árvores e promovendo queimadas. Sem conhecer nem os rudimentos da agricultura, acabavam favorecendo justamente as gramíneas: que podiam crescer sem concorrência, livres das sombras das grandes árvores.

Foi o início do sedentarismo. O princípio da chamada Revolução Agrícola. “No começo, talvez eles acampassem por quatro semanas durante a colheita. Na geração seguinte, com a multiplicação e o alastramento do trigo, o acampamento da colheita talvez durasse cinco semanas, depois seis, até que se tornou um assentamento permanente”, conta Harari. “Evidências de tais acampamentos foram encontradas em todo o Oriente Médio, sobretudo no Levante, onde a cultura natufiana floresceu de 12,5 mil a.C. a 9,5 mil a.C.”

Os natufianos ainda eram caçadores-coletores, mas viviam em assentamentos permanentes. Inventaram ferramentas – como pilões de pedra para moer trigo -e armazenavam os cereais para épocas de necessidade.

Seus descendentes descobriram que podiam semear. Além disso, se enterrassem os grãos sob o solo, tinham resultados mais interessantes do que se simplesmente os espalhassem pela superfície.

Descobertas recentes apontam para a provável localização geográfica em que primeiro aconteceu esse fenômeno. Por meio de análises genéticas, cientistas descobriram que pelo menos a variedade Triticum monococcum começou a ser domesticada na região de Karaca Dag, no leste da atual Turquia, há cerca de 9 mil anos.

“À medida que dedicavam mais esforços ao cultivo de cereais, havia menos tempo para coletar e caçar espécies silvestres”, relata Harari. “Os caçadores-coletores se tornavam agricultores.”

No ano de 8,5 mil a.C., o Oriente Médio estava cheio de povoados fixos. O excedente de alimentos fez com que a população crescesse.

E o homem também acabou domesticado

No livro Sapiens, Harari apresenta uma visão interessante sobre essa evolução concomitante homem-trigo. Para ele, se a Revolução Agrícola aumentou o total de alimentos à disposição da humanidade, isso não se refletiu em uma dieta melhor – tampouco em uma vida melhor. “Em média, um agricultor trabalhava mais que um caçador-coletor e obtinha em troca uma dieta pior. A Revolução Agrícola foi a maior fraude da história”, diz ele.

“Quem foi o responsável? Nem reis, nem padres, nem mercadores”, completa. “Os culpados foram um punhado de espécies vegetais, entre as quais o trigo, o arroz e a batata. As plantas domesticaram o Homo sapiens, e não o contrário.”

Antes da descoberta do trigo, o ser humano se alimentava de carne e frutas

O historiador afirma que, para passar de gramíneas insignificantes a cereais onipresentes, o trigo “manipulou” o ser humano “a seu bel-prazer”. “Esse primata vivia uma vida confortável como caçador-coletor até por volta de 10 mil anos atrás, quando começou a dedicar cada vez mais esforços ao cultivo do trigo. Em poucos milênios”, ressalta, “os humanos em muitas partes do mundo estavam fazendo não muito mais do que cuidar de plantas de trigo do amanhecer ao entardecer.”

“Nós não domesticamos o trigo; o trigo nos domesticou”, enfatiza. “A palavra domesticar vem do latim ‘domus’, que significa casa. Quem é que estava vivendo em uma casa? Não o trigo. Os sapiens.”

Pesquisador do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o bioquímico Juliano Lindner corrobora a tese: para ele o trigo foi o principal motivo que levou a humanidade a se tornar sedentária.

“Quando o Homo sapiens deixou de ser coletor e passou a domesticar plantas e animais, o trigo foi um dos primeiros cultivos a serem controlados e se tornou uma das plantas mais prósperas na história do planeta”, diz ele, em entrevista à BBC News Brasil. “Esse momento da evolução, pelo simples efeito que a domesticação de animais e plantas gerou na possibilidade da sociedade se organizar sem a necessidade vital do nomadismo, ocasionou o grande salto da civilização humana.”

Tal tipo de relação entre homem e trigo, em que ambas as espécies sofrem um processo de transformação resultante da relação entre elas, é abordado pela médica e escritora Alice Roberts no livro Tamed – Ten Species That Changed Our World (Domesticadas – Dez Espécies que Mudaram O Nosso Mundo, em tradução livre). Além do trigo, a pesquisadora aponta que fenômenos semelhantes ocorreram com a vaca, o cachorro, o milho e a maçã, entre outras espécies.

Onipresença x pouca variedade

Saltemos para o século 20. A civilização humana, alimentada com derivados de trigo, chegou a um estágio de desenvolvimento industrial e científico intenso. O cultivo do estimado cereal, aliás, desde então cobre 2,25 milhões de quilômetros quadrados do globo – nove vezes o tamanho do Estado de São Paulo.

Harari conclui que o trigo “não ofereceu nada para as pessoas enquanto indivíduos, mas concedeu algo ao Homo sapiens enquanto espécie”. “O cultivo de trigo proporcionou muito mais alimento por unidade de território e, com isso, permitiu que o Homo sapiens se multiplicasse exponencialmente”, afirma o historiador.

A população da humanidade, atualmente na casa dos 7,7 bilhões de habitantes, confirma isso. E, sozinho, o trigo fornece 15% do consumo calórico global. De acordo com informações relatadas pelo pesquisador Juliano Lindner, da UFSC, mais de 75% das calorias ingeridas pela humanidade hoje são resultantes de plantas domesticadas milhares de anos atrás – além do trigo, o milho, o arroz, a batata, entre outros.
diferentes tipos de trigo

Mas ao mesmo tempo em que é onipresente, o trigo representa pouca variedade. Estudo publicado na quarta-feira (29) pelo periódico Science Advances analisou geneticamente 4506 amostras de trigo de todo o mundo – incluindo cepas regionais -, recolhidas em 105 países diferentes.

Os cientistas constataram que, se por um lado o trigo ajuda a traçar os antigos caminhos migratórios humanos, da Ásia para a Europa e, mais tarde, para a América, por outro lado a transformação do cereal em commodity dizimou sua variedade.

Sobretudo no período seguinte à Segunda Guerra Mundial, quando a chamada Revolução Verde passou a empregar tecnologia para incrementar a produção agrícola mundial, o chamado pool genético do trigo acabou modificado: atualmente, praticamente toda a produção em escala de trigo remonta a variedades que se desenvolveram na Europa – nas regiões sudeste, mediterrânea e ibérica.

“Nossa pesquisa traz novos olhares sobre a difusão e a diversidade genética mundial do trigo”, afirma à BBC News Brasil um dos autores do estudo, o geneticista François Balfourier, cientista do Instituto Nacional de Pesquisas Agronômicas da França. “Recentes seleções e disseminações levaram a um germoplasma moderno que é altamente desequilibrado em comparação com os ancestrais.”

Do ponto de vista da produção de trigo, seria estratégico entender e caracterizar as pouco exploradas comercialmente versões asiáticas do trigo, afirma o cientista. “Caracterizar melhor esses recursos genéticos podem resultar em exploração eficiente dos mesmos em programas de melhoramento, obtendo benefícios de sua resistência natural a estresses bióticos e abióticos”, comenta Balfourier.

*Por Edison Veiga

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*Fonte: bbc-brasil

Este fabricante de queijos suíços toca música para seus queijos ficarem melhores

O que será que faz com que os queijos suíços sejam tão bons? De acordo com este fabricante, a resposta é a música.

Desde setembro, Beat Wampfler coloca grandes sucessos musicais para tocar para seus queijos do tipo Emmental. Ele acredita que a batida possa influenciar o desenvolvimento e o sabor do alimento – e está disposto a provar isso.

Os experimentos são feitos colocando pequenas caixas de som sob as rodelas. A produção é então dividida por gêneros musicias: alguns laticínios amadurecem ao som de techno, outros recebem música ambiente e há ainda os clássicos, que esperam o tempo passar ouvindo Mozart. Hip-hop e rock também estão sendo testados em algumas das rodelas.

Embora tudo pareça saído da cabeça de um cientista louco, Beat conta com o auxílio de pesquisadores da Universidade de Artes de Berna. As análises são baseadas em um campo de estudos conhecido como sonoquímica que, basicamente, pesquisa o impacto do som e reações químicas em objetos sólidos.

Um time de jurados experts em queijos foi convocado para descobrir se os gêneros musicais surtiram algum efeito nas rodelas de Emmental. A prova final será feita no dia 15 de março do próximo ano.

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*Fonte: hypeness

6 alimentos para consumir no inverno

Dar preferência aos produtos típicos de uma estação pode ser um caminho para uma vida mais saudável e sustentável

A ida a uma feira orgânica ou de pequenos agricultores, em comparação com as gôndolas de supermercados, mostra, além de tantas outras, uma diferença marcante em relação a limitação na variedade de produtos. É porque nessas feiras, os produtores respeitam o ciclo da natureza – e os produtos surgem de acordo com a estação vigente no ano.

O respeito ao ciclo natural de amadurecimento dos alimentos, nas condições climáticas ideais, faz com sejam mais saborosos, aromáticos e tenham mais valor nutricional. Isso acontece porque o uso de fertilizantes durante o processo de produção, que permite a presença constante de alimentos fora de suas estações tradicionais, aumentam o teor de água, reduzindo os nutrientes.

Os produtos químicos também estão ligados ao empobrecimento do solo a longo prazo, já que essas plantações necessitam cada vez mais de adubação e de agrotóxicos para se desenvolver. Para o consumidor final, os produtos da estação ainda apresentam o benefício do baixo custo, devido a alta oferta, explica Giovanna Oliveira, nutricionista da Clínica Dra. Maria Fernanda Barca.

Abaixo, listamos alguns produtos típicos do inverno para você acrescentar no seu dia a dia. Mas lembre-se: a quantidade e como fazer isso deve ser acordada com um profissional de saúde de confiança.

Lista de alimentos para o inverno

Brócolis

Uma substância presente nesta verdura, chamada glicosinolato, atenua o acúmulo de gordura no fígado e inflamação – fatores presentes na obesidade e síndrome metabólica. O brócolis também conta com vitamina C – antioxidante natural e aliado na produção de colágeno, o que ajuda a evitar o envelhecimento precoce da pele.

Fonte de vitamina A e K, magnésio e zinco, auxilia na manutenção de ossos saudáveis e, por causa disso, é importante para combater a osteoporose.

Laranja e mexerica

As frutas cítricas, em especial nessa estação mexerica e laranja, contém vitamina C, flavonoides e ácido cítrico. Ou seja, uma combinação capaz de agir contra radicais livres, e de estimular o sistema imunológico. São também antioxidantes e anti-inflamatórios no organismo.

Abóbora, mamão e cenoura

A carotenoide, substância química presente na abóbora, no mamão e na cenoura, é responsável pela coloração desses alimentos. Apresenta potente efeito antioxidante, sendo capaz de reduzir os danos causados pelo estresse oxidativo nas células. O carotenoide é igualmente capaz de promover a melhora da resposta imunológica e reduzir o risco de infecções.

*Por Lucas Vasconcellos

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*Fonte: vidasimples