Brasileiros criam cerveja que repõe nutrientes e retarda o envelhecimento de células

Pesquisadores da Unesp desenvolveram uma cerveja saudável que pode ser consumida após treinos físicos

O conceito de “beber uma” após um dia estressante é bem estabelecido na cultura de vários países. O Brasil não fica de fora, sendo o terceiro na lista dos territórios que mais tomam cerveja. Em média, o brasileiro consome seis litros do líquido feito a partir de cereais fermentados por mês.

No entanto, há contraindicações: o consumo excessivo de álcool pode resultar no aumento de casos de gastrite, doenças renais, infertilidade, infartos, trombose, entre outras doenças. Isso ocorre porque a maioria das cervejas com alto teor alcoólico apresenta grandes índices de carboidratos e calorias.

Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Araraquara resolveram transformar a bebida fermentada em algo mais saudável.

Durante os anos de doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFar), Deborah Oliveira De Fusco e Gustavo Henrique de Almeida Teixeira estudaram formas de transformar a bebida alcóolica em um drink mais saudável, sem causar estranhamento ao paladar do público-alvo ou ter grande rejeição no mercado.

Ao alterararem o processo de fermentação da cerveja, que apelidaram de “Pilsen”, os cientistas conseguiram transformá-la em um isotônico, ou seja, uma bebida com capacidade de repor eletrólitos, principalmente, além de sais minerais e nutrientes, podendo ser consumida após exercícios físicos. No procedimento, eles controlam a fermentação das leveduras e adicionam sódio e potássio. A fermentação dos cereais, que pode durar até 10 dias, é interrompida no segundo dia após a adição das leveduras.

Por conta desse procedimento, o teor alcoólico de Pilsen é inferior a 1%, chegando a 0,2%. Em termos de comparação, cervejas regulares costumam ter um teor alcoólico de 4% a 10%. Sendo assim, no mercado consumidor, a nova cerveja saudável irá disputar com as marcas que vendem “cervejas zero”.

A cerveja contém ainda propriedades antioxidantes, conhecidas por retardar o envelhecimento das células. Essas substâncias estão presentes na bebida principalmente em compostos fenólicos. O local onde os compostos fenólicos são extraídos, no caso da cerveja, é no malte e, na maioria das vezes, no lúpulo, durante o processo de composição da cerveja.

“Esses compostos presentes na cerveja irão atuar, de maneira semelhante aos compostos antioxidantes que são ingeridos em nossa dieta, que é quando comemos uma fruta ou verdura”, comenta o professor Gustavo Henrique de Almeida Teixeira, responsável pelo estudo dos antioxidantes na cerveja, em entrevista à GALILEU.

A Pilsen foi testada por 115 voluntários, que aprovaram o produto final.

A cerveja está patenteada pela Agência Unesp de Inovação (AUIN) e pode ser fabricada por qualquer cervejaria, sem a necessidade de investimentos extras ou complicações em processos. Até agora, não se tem nenhum contrato fechado entre qualquer empresa com a patente da cerveja feita pelos brasileiros.

*Por Maria Clara Vaiano
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*Fonte: revistagalileu

Cerveja de 2.500 anos encontrada foi produzida novamente. Você tomaria?

Arqueólogos descobriram uma antiga “cerveja” em um caldeirão de 2.500 anos em um local de sepultamento da Idade do Ferro, uma descoberta incomum entre restos mortais, ferramentas e artefatos de ouro.

A pesquisadora principal, Bettina Arnold da Universidade de Wisconsin-Milwaukee, e sua equipe encontraram um caldeirão de bronze, que continha quase 14 litros de uma bebida alcoólica desconhecida enterrada com o ocupante do túmulo.

Após a descoberta, a equipe recorreu aos serviços do Dr. Manfred Rösch, um paleobotânico, para analisar o conteúdo do caldeirão e criar uma receita para recriar a antiga bebida.

A equipe descobriu que o conteúdo do caldeirão era uma bebida alcoólica à base de mel contendo doce de prado e menta, duas espécies de plantas adicionadas como aromatizantes. Foi determinado como sendo um tipo de hidromel chamado braggot, que tem origens antigas.

Os produtores locais de cerveja Milwaukee, a Cervejaria Lakefront, ajudaram a equipe a criar a cerveja. Após sete horas para fazer a receita e duas semanas para fermentá-la, eles provaram o produto final.

A cerveja da Idade do Ferro era suave e agradável, com um toque de menta e ervas e embalada com um teor alcoólico. Não é provável se torne popular entre os consumidores de hoje, mas a capacidade da equipe de recriar a antiga receita proporciona uma visão dos aspectos há muito enterrados da cultura da Idade do Ferro.

A descoberta indica que era essencial enviar indivíduos para a vida após a morte não apenas com espadas e lanças, mas também com a bebida propriamente dita para se fazer uma festa na “chegada”.

*Por Damares Alves
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*Fonte: socientifica

5 Mitos bastante comuns sobre a cerveja

Poucas bebidas alcoólicas possuem perfil tão democrático quanto a cerveja: é consumida por diferentes classes sociais e gêneros, ao longo de todo o ano, e em vários locais. Todavia, a maneira de ser ingerida carrega em si mitos perpetuados pela desinformação sobre o que se consome. E isso ocorre por quem faz, vende e bebe.

Recentemente, um vídeo de um garçom publicado em um perfil no TikTok afirmava que havia uma forma de serviço que impediria que gás se acumulasse no estômago de quem bebesse. A informação é falsa, e mostra que, por mais que muito consumida, a bebida é cercada de desconhecimento. E vamos desmistificar alguns deles aqui. Confira!

1. Cerveja deve ser consumida gelada
Quem frequenta botecos está acostumado com apelidos dados às garrafas de cerveja geladas: “canela de pedreiro” e “véu de noiva” são alguns dos mais famosos. No entanto, a ideia de que o consumo da cerveja deve ser feito com ela estando estupidamente gelada é um mito. Quando ela está demasiadamente gelada, seu paladar é prejudicado, fazendo com que não consiga identificar sabores esperados pelo estilo da cerveja.

No caso de países tropicais, a temperatura da cerveja sempre esteve ligada ao calor, sendo ela consumida mais fria para regular a temperatura ambiente. Cada tipo de cerveja terá uma temperatura ideal para ser consumida.

Uma regra geral é que a temperatura esteja relacionada com a graduação alcoólica, de maneira ideal seria a mesma temperatura: uma cerveja com 4% de teor alcoólico deveria estar em 4 °C, uma cerveja com 10% de teor alcoólico, 10 °C.

2. Cervejas escuras são mais fortes
Há uma tendência em crer que cervejas escuras serão mais fortes, ou até que serão mais alcoólicas. E isso é um mito. Muitas cervejas escuras comercializadas nos supermercados possuem teor de álcool menor que as marcas mais comercializadas.

A mudança da cor se deve pela escolha do malte utilizado na preparação da bebida, e seu uso não influenciará que ela seja mais forte, nem mais amarga, necessariamente. Em especial, porque o responsável pelo amargor da cerveja é o lúpulo, não o malte.

3. Cerveja deve ser servida com o copo inclinado
Você pode ter ouvido aquele seu amigo bom de copo dizer que o caneco de cerveja precisa estar inclinado na hora de servir, preferencialmente a 45 graus. Na realidade, de acordo com cientistas, o ideal é um ângulo muito menor, cerca de 15 graus, para evitar que o sabor da bebida se perca pela rápida formação de bolhas.

O ângulo de 45 graus só vai ser apropriado para tipos de cerveja que necessitem ser servidas lentamente, em virtude de serem mais encorpadas. Também é importante que a distância entre a garrafa/lata/torneira e o copo não seja muito grande, para evitar formação de espuma em excesso, que leva a perda de sabor, deixando a bebida mais suave.

4. Cerveja em garrafa é melhor do que em lata
É importante saber que cada um tem direito a achar uma marca ou formato melhor, mas não há nenhuma lógica científica em afirmar que cervejas envasadas em garrafas de vidro sejam melhores do que em latas de alumínio. Inclusive, é muito mais provável que a bebida seja melhor na lata.

Isso porque as garrafas são translúcidas, e a luz em contato com a cerveja pode prejudicar sua qualidade. Outro aspecto diz respeito à vedação: a tampa, se estiver suja ou mal colocada, pode causar a oxidação da bebida, algo mais difícil de ocorrer na lata. Essa razão leva muitas marcas a substituir suas vendas nos supermercados.

5. Beber cerveja com outras bebidas alcoólicas faz mal
Beber cerveja e decidir trocar por uma bebida mais alcoólica não é responsável por te fazer mal. Você pode vir a passar mal pela quantidade de álcool que você ingere. Em geral, quando você está bebendo cerveja, faz a ingestão em um ritmo. Ao trocar por outro tipo de bebida, é comum que você mantenha o ritmo, fazendo com que fique bêbado mais rápido.

Então, se quiser tomar uma cerveja e na sequência uma caipirinha, está liberado. Apenas não exagere na quantidade – e não esqueça de se hidratar com água entre um copo e outro.

*por Alejandro Sigfrido Mercado Filho
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*Fonte: megacurioso

Síndrome da autocervejaria: quando nosso corpo fabrica álcool

Imagina você ter almoçado um belo prato de macarrão e, após voltar ao trabalho, sentir-se com sintomas de embriaguez, apresentando até hálito alcoólico, mesmo sem ter tomado uma gota de álcool sequer. Pode parecer estranho, mas essa condição é possível e é conhecida como Síndrome da Autocervejaria.

Síndrome do quê?!
Sim, pode parecer inacreditável, mas nosso corpo é capaz de produzir o seu próprio álcool. Também conhecida como Síndrome da Fermentação Intestinal, essa condição rara parece acontecer quando alguns seres habitantes do nosso intestino – fungos, bactérias etc. – convertem o carboidrato ingerido em álcool.

Em um caso relatado no ACG Case Reports Journal, um homem de 25 anos começou a se sentir muito bêbado mesmo nos dias em que não tinha consumido nada alcoólico. Após o fato ocorrer várias vezes, a esposa o levou ao pronto-socorro, pois ele apresentava sintomas como tontura, fadiga, fala arrastada, náusea e às vezes até “apagava” dormindo, acordando só no outro dia já sem os sintomas.

Depois de diversos testes e hipóteses se mostrarem inconclusivos, a opção que mais se mostrou válida foi a de que o indivíduo sofria da síndrome da autocervejaria, pois seu corpo estava transformando o carboidrato em etanol.

A saída foi adotar uma alimentação mais saudável – evitando, principalmente, alimentos processados e refinados – e com menor quantidade de carboidratos, além de medicação.

Esse caso não é o único, pois há diversos relatos espalhados pelo mundo, com grande incidência dos casos no Japão – não se sabe ainda a razão dos japoneses serem aparentemente mais suscetíveis.

Possíveis causas
Não há consenso na medicina sobre o que realmente provoca a síndrome. Até o momento, entende-se que a condição ocorre devido ao desequilíbrio dos microrganismos que vivem no nosso intestino.

Segundo os especialistas, o intestino dos pacientes com a enfermidade apresenta grande volume de microrganismos, em especial as leveduras Candida e Sacchharomyces (usada para fazer pão, vinho e cerveja) e as bactérias Helicobacter pylori e Klebsiella pneumoniae. Esses seriam os principais responsáveis por modificar o carboidrato.

A síndrome ocorre em pessoas saudáveis, mas a maior incidência é em pessoas com comorbidades como disfunção gastrointestinal, diabetes, obesidade, Doença de Crohn, síndrome do intestino irritável, entre outros.

Além disso, o consumo de alimentos ultraprocessados e de antibióticos por tempo prolongado são apontados como potenciais causadores da desregulação do microbioma intestinal.

Questões legais
Alguns advogados têm usado a Síndrome da Autocervejaria como uma forma de defender pessoas que estão sendo acusadas de dirigir embriagadas. Isso porque as pessoas que sofrem da condição podem apresentar odor de álcool no hálito e alta concentração de etanol no sangue e na urina.

Apesar do artifício ter sido apresentado com mais frequência, os tribunais ainda se mostram céticos quanto ao fenômeno.

*Por Jessica Parizzoto
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*Fonte: megacurioso

Os 10 países que mais bebem cerveja

Os países que mais bebem cerveja, em média, tiveram uma redução durante a pandemia. As estimativas para 2020 giravam em torno de 177.5 milhões de quilolitros (cerca de 375 bilhões de garrafas), numa diminuição de 12.8m kl em relação ao ano de 2019.

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Ainda que esses números possivelmente tenham se recuperado em 2021, há ainda uma crise global de cerveja. A escassez de C02, cevada, mão-de-obra e combustível, junto a uma situação geopolítica e climática cada vez pior, a inflação crescente e a redução do poder de compra do consumidor geram um problema para grandes e pequenos produtores.

A lista a seguir não é o consumo per capita, mas os números totais colhidos por Kirin Holdings nos questionários enviados para produtores mundo afora.

Os países que mais bebem cerveja

1. China

36.088 de quilolitros
No topo da lista dos países que mais bebem cerveja se encontra a China. Isso não surpreende, a considerar sua população de 1,4 bilhão de habitantes. A China é o maior consumidor de cerveja desde 2003. Os relatórios recentes indicam que a indústria de cerveja está ressurgindo após a pandemia, com um crescimento acelerado.

2. EUA
24.105 de quilolitros
Os Estados Unidos abrigam algumas das maiores produtoras do mundo, como a Molson Coors e a Constellation Brands. Além disso, apresenta uma crescente produção de cerveja artesanal.

3. Brasil
13.847 de quilolitros
O terceiro dentre os países que mais bebem cerveja, o Brasil é também o terceiro maior produtor. A preferência se deve em parte ao clima tropical, e há uma tendência crescente na América Latina pelo delivery de cerveja, serviço que pode se popularizar em outras partes do mundo.

4. Rússia
8.646 de quilolitros
A Rússia produz uma grande quantia de cerveja, que raramente sai do país, sendo consumida pelo mercado interno. Após a invasão da Ucrânia, grandes produtoras, como a AB InBev, suspenderam as atividades no país, uma decisão que pode reduzir o consumo total no futuro.

5. México
8.287 de quilolitros
Corona e Modelo são duas das 10 marcas de cerveja mais valiosas do mundo, e o México é o quarto maior produtor mundial. Contudo, o desastre climático está trazendo problemas à indústria, com o presidente Andrés Manuel Lopez Obrador pedindo aos produtores do norte do país para interromperem a produção devido à escassez de água na região.

6. Alemanha
7.746 de quilolitros
O consumo na Alemanha não se resume ao Oktoberfest. O país tem uma longa tradição com a produção de cerveja, ainda que a escassez de garrafas devido ao aumento dos custos, assim como desafios de logística, possam reduzir o consumo num futuro breve.

7. Japão
4.416 de quilolitros
Asahi é, atualmente, a 10ª marca mais valiosa de cerveja no mundo, e se tornou a cerveja oficial do Manchester City Football Club. Contudo, o mercado japonês de cerveja está se reduzindo. Isso fez com que Kirin (que realizou a pesquisa) trocasse a produção de cerveja pela área farmacêutica.

8. Reino Unido
4.088 de quilolitros
Seja nos estádios de futebol, num pub ou em casa, os britânicos sem dúvidas adoram uma boa cerveja. Contudo, como os preços continuam a subir, o consumo para muitos locais está se tornando mais incerto.

9. Vietnã
3.845 de quilolitros
As vendas de cerveja no Vietnã sofreram uma perda nos últimos anos, devido às quarentenas associadas à pandemia. Em 2021, a Heineken relatou que o volume de vendas no país tinha se reduzido pela metade devido às restrições. O Vietnã também tem grandes produtores locais, como a Sabeco no sul e a Habeco no norte.

10. Espanha
3.815 de quilolitros
Com a menor população na lista dos países que mais bebem cerveja, em torno de 47 milhões, encontra-se a Espanha. Contudo, as recentes greves das transportadoras ameaçam trazer uma escassez de bebida para os locais e turistas.

*Por Dominic Albuquerque
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*Fonte: socientifica

Cientistas desenvolvem método para fazer cerveja sem álcool com o sabor da bebida ‘normal’

Quem já provou sabe que, apesar da aparência ser quase perfeitamente idêntica, as cervejas sem álcool costumam ter um sabor consideravelmente diferente – e pior – do que as cervejas tradicionais. Um grupo de cientistas dinamarqueses, porém, afirma ter enfim resolvido esse problema, desenvolvendo um método sustentável e viável de produzir a bebida sem álcool mas sem abrir mão do sabor, ao incluir um grupo de moléculas capaz de fornecer e manter o devido e peculiar gosto da bebida original. A pesquisa foi publicada na revista científica Nature Biotechnology.

A pesquisa é pioneira no método de “manter” o sabor da cerveja sem álcool

-Cervejas sem álcool ganham espaço com jovens que pretendem beber menos

De acordo com a pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Copenhague, a chave para o sabor da cerveja normal é o aroma do lúpulo, planta utilizada como um dos ingredientes da feitura da cerveja. “Quando você remove o álcool da cerveja, por exemplo, aquecendo-a, você também mata o aroma que vem do lúpulo”, afirma Sotirios Kampranis, professor da Universidade de Copenhague, fundador da empresa de biotecnologia EvodiaBio, e um dos pesquisadores. “Outros métodos para fazer cerveja sem álcool, minimizando a fermentação, também levam a um aroma ruim porque o álcool é necessário para que o lúpulo passe seu sabor único para a cerveja”, explicou o professor.

O segredo da pesquisa para manter o sabor está em um grupo de de moléculas chamadas monoterpenóides, que fornecem o aroma do lúpulo, e que foram adicionadas ao processo de fabricação sem o álcool – que utiliza, portanto, não o lúpulo real, mas sim as moléculas que transmitem o aroma. Segundo Kampranis, é a primeira vez que uma cerveja 0% de álcool alcança o sabor correto, como um “divisor de águas” na produção da bebida. Mais do que simplesmente oferecer o melhor gosto da bebida, o novo método é também econômico e consideravelmente sustentável, se comparado aos processos tradicionais de fabricação.

Além de saborosa, a novidade é também sustentável, economizando água e transporte

“Com o método, pulamos completamente os lúpulos aromáticos e, portanto, também a água e o transporte. Isso significa que um quilo de aroma de lúpulo pode ser produzido com mais de 10.000 vezes menos água e mais de 100 vezes menos CO2”, afirmou Kampranis. A produção do lúpulo tradicional exige o uso de 2,7 toneladas de água para o cultivo de meio quilo da planta, que também impacto o meio-ambiente através de seu transporte e da necessidade de refrigeração.

*Por Vitor Paiva
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*Fonte: hypeness

É verdade que a água faz diferença no sabor da cerveja?

O universo cervejeiro é cheio de histórias, e quanto mais cerveja é consumida, mais relatos surgem, e mais pessoas se consideram experts no precioso líquido. Uma dessas lendas é a certeza que muitos têm de que determinadas águas especiais são o “segredo” para o sabor diferenciado de algumas cervejas.

Nessa categoria de cervejas mitológicas estariam a Brahma e a Skol de Agudos (SP), a Bohemia com água da serra de Petrópolis (RJ), a saudosa Antarctica produzida em Pirapora (MG). Internacionalmente, são famosas: a irlandesa Guinness feita com água do rio Liffey de Dublin e a Pilsen, fabricada na cidade do mesmo nome na República Tcheca.

Infelizmente, por mais românticas que possam parecer, essas histórias não são reais. Pelo menos, nos tempos atuais. Segundo Maurício Beltramelli, autor do livro Cervejas, Brejas & Birras, “a um custo baixo, qualquer indústria consegue purificar a água de sarjeta e dotá-la das características ideais para cada tipo de cerveja”.

Qual a importância da água na fabricação da cerveja?

No entanto, o fato de a mudança das características físico-químicas da água ser uma atividade corriqueira desde o início do século XX, isso não significa que a água não tenha um papel essencial na fabricação da cerveja. Afinal, entre 90% a 95% da cerveja são compostos por água.

E, dentro do mundo cervejeiro, o insumo hídrico é dividido em quatro tipos: mole, média, dura e super dura. Assim, as Pilsens, por exemplo, usam água mole em sua fabricação, enquanto as cervejas de estilo Munique são feitas com água dura, com grande teor de cálcio e magnésio.

Mas, se não é pela água, por que é que a cerveja é mais gostosa quando tomada perto do lugar onde é fabricada? A resposta aqui é simples: isso ocorre porque o deslocamento e as viagens afetam a qualidade da bebida. Alguns itens interferem no sabor final, como exposição à luz, lugar de armazenamento, o chacoalhar das garrafas e as alterações bruscas de temperatura.

E, quando ouvimos alguém dizer que “a melhor cerveja é a que se toma olhando a chaminé da fábrica”, a explicação é a idade da bebida, pois, ao contrário do vinho, quando mais nova a cerveja, melhor ela é.

*Por Jorge Marin
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*Fonte: megacurioso

Rush: Geddy Lee e Alex Lifeson se reúnem para lançamento hilário de cerveja da banda

Alex Lifeson e Geddy Lee, integrantes do lendário Rush, se juntaram para divulgar o lançamento da próxima parceria da banda com a cerveja Henderson Brewing, de Toronto.

A novidade sobre a bebida batizada de Rush Canadian Golden Ale foi anunciada através de um engraçado teaser estrelado pelos músicos. Lifeson aparece como um “Cientista da Cerveja”, enquanto Lee é o “Consumidor de Cerveja”.

No vídeo, o guitarrista aponta que eles experimentaram “20 cervejas diferentes” antes de escolherem três sabores. No site da banda, Alex descreveu alguns detalhes sobre a bebida final:

A Rush Canadian Golden Ale tem uma cor dourada e uma densa ponta de marfim. Apresenta um aroma terroso com notas de casca de laranja, pinho e centeio picante. Embora a ênfase seja no refresco, há elementos de pinho, centeio e um sabor de lúpulo cítrico que aumentam a complexidade sutil da cerveja.

Além da cerveja, a banda lançará uma blusa com a arte do rótulo da nova bebida. Em sua descrição, o grupo diz:

Os livros são para turistas. Cerveja é para gênios. As camisetas da cerveja Rush são para pessoas ainda mais inteligentes. […] Esta camiseta não vai deixar você bêbado, mas você pode ficar bêbado com ela.

A nova Golden Ale da banda está prevista para ser lançada em todo o Canadá em 30 de Agosto e você pode conferir abaixo o ótimo e engraçado teaser sobre a cerveja.

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*Por Lara Teixeira / Fonte: tenhomaisamigosquediscos

Cientistas pretendem produzir cerveja na Lua

Se uma das múltiplas circunstâncias possíveis para o fim da humanidade acontecer, todos nós teremos que ir para a Lua, para Marte ou para algum exoplaneta. Mas para isso, precisamos de bebidas.

Felizmente, cientistas estão projetando uma experiência para saber se é possível preparar cerveja na Lua.

Um grupo de estudantes da Universidade da Califórnia, em San Diego, projetou um experimento — finalista da competição Lab2Moon — para enviar a bordo da espaçonave da equipe indiana TeamIndus, que é uma das quatro finalistas do desafio Lunar XPRIZE do Google, que consiste em enviar uma espaçonave para a Lua.

O experimento é projetado para explorar como o fermento se comporta nas condições lunares, com ênfase a ver se é possível desenvolver produtos farmacêuticos e alimentos contendo levedura, como o pão, no espaço. Para testar isso, eles vão preparar cerveja.

A equipe projetou um sistema único para realizar esta experiência. Primeiro, o mosto (malte e água misturados) será misturado na Terra e colocado em um recipiente de fermentação especial. Em seguida, o sistema irá combinar os estados de fermentação (transformando o açúcar em álcool) e carbonatação (adicionando as bolhas na cerveja), que normalmente são feitos separadamente, para evitar a liberação de qualquer dióxido de carbono na nave espacial.

*Por Giovane Almeida

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*Fonte: ciencianautas

Fatores que influenciam o sabor, o aroma e a aparência da cerveja

A cevada, o lúpulo, a levedura e a água são os ingredientes que fazem a cerveja do jeitinho que nós conhecemos e tanto gostamos.

No entanto, apesar de serem poucos ingredientes, eles possuem diversas variações das quais acabam sendo responsáveis por influenciar diretamente no sabor, no aroma e na aparência da cerveja.

Isso é possível não só pela variedade dos grãos usados na produção da bebida, como também pela maneira em que eles são acrescentados nesse processo.

Para que a cerveja seja de qualidade, é muito importante que os ingredientes usados na produção também tenham uma boa procedência e sejam plantados e colhidos de forma correta.

Existem outros aspectos que também são alterados por conta dos ingredientes, dentre eles estão a densidade da bebida, o teor alcoólico e a sensação que ela causa na boca. A amargura e o azedume são diretamente afetados pelo tipo de metodologia usada durante o processamento da cerveja.

Ou seja, a cerveja deve passar por um processo de fabricação totalmente correto sem nenhum tipo de intereferência, pois isso poderá resultar em influencias nas características da bebida.

E você? Já conhece os fatores que fazem da sua cerveja favorita tão especial?

*Por Barbara Bozzi

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*Fonte:

Estudo revela: beber meio litro de cerveja por semana ajuda na memória

De acordo com pesquisadores dos EUA e da China, o consumo moderado de cerveja ajudaria a melhorar nossas propriedades cognitivas, que seriam ainda maiores do que as de quem não bebe. E agora? Como faz?

Desde tempos muito antigos foi nos passado de que o consumo da cerveja pode ser prejudicial, que beber é algo muito ruim e que a ressaca no dia seguinte não faz valer a pena… todas essas coisas podem ser verdade mas, no entanto, a cerveja ainda parece ser a bebida predileta de grande parte do mundo.

E embora todos saibamos que a cerveja dá aquela animada nas festas, também já foi mostrado por vários estudos que ela traz vários benefícios para o nosso corpo.

No mais recente, um grupo de pesquisadores dos EUA e da China apontou, através de um documento publicado no site da Jama Network, que consumir meio litro de cerveja por semana ajuda a melhorar as funções cognitivas relacionadas à memória. Ou seja, ela te ajuda a preservar uma boa memória.

Com base no HRS – um estudo com cerca de 20.000 pessoas de meia-idade e idosos nos Estados Unidos -, concluiu-se que o consumo MODERADO de álcool estava associado a uma melhor função cognitiva geral e também no nível individual em termos de memória das palavras, estado mental e até vocabulário.

Além disso, em comparação às pessoas que não bebiam semanalmente ou bebedores de ocasião, houve menos declínio cognitivo em todos os domínios estudados, o que está de acordo com estudos anteriores realizados sobre o assunto.

Obviamente, devemos levar em conta um detalhe importante: estamos falando de beber moderadamente, e não de pessoas que bebem sem filtro.

É muito importante que este estudo seja interpretado e entendido da maneira correta e saudável – e lembrando que apenas um estudo, então pesquise mais sobre o assunto.

De qualquer forma, um pequeno copo de cerveja antes do almoço ajuda a pensar melhor. Pelo menos é o que diz numa certa música que ouvi outra dia, e agora o estudo corrobora essa vontade!

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*Fonte: asomadetodososafetos

Cerveja é tão boa para o intestino quanto probióticos, diz pesquisa

Professor holandês afirma que a bebida pode ser saudável para saúde intestinal

Pode haver uma maneira mais agradável de melhorar a sua saúde intestinal do que tomar Activia. Segundo um professor da Universidade de Amsterdã, as cervejas fortes podem ser “muito, muito saudáveis” para a saúde intestinal quando consumidas com moderação.

Eric Classen apresentou sua pesquisa em uma conferência organizada pela Yakult. O estudo revelou que cervejas belgas mais fortes, como Hoegaarden, Westmalle Trip e Echt Kriekenbier têm mais probióticos em relação às mais fracas. A grande diferença está no processo de fermentação.

Enquanto a maioria das cervejas é fermentada apenas uma vez, as que passam pelo processo de fermentação por duas vezes possuem mais quantidade de um tipo específico de levedura probiótica, que mata bactérias causadoras de doenças intestinais. Probióticos regulares são mais comumente ligados a um trato digestivo saudável e aumentam o suporte do sistema imunológico.

Classen concluiu que “se você beber apenas uma dessas cervejas todos os dias, seria muito bom para você”. Entretanto, há ressalvas, beber em excesso pode danificar as bactérias saudáveis do intestino.

Embora essa possa ser uma maneira atrativa de melhorar a saúde digestiva, não é toda a comunidade científica que concorda com os benefícios dos probióticos. No ano passado, um estudo revelou que eles podem trazer “potenciais efeitos colaterais adversos”.

*Por Guilherme Preta

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*Fonte: olhardigital

Qual a diferença entre cerveja e chope?

Quase nenhuma. De acordo com Estacio Rodrigues, do Instituto da Cerveja, “eles podem ser o mesmo produto. Mas a cerveja, geralmente envasada em latas ou garrafas, passa pelo processo de pasteurização [aquecimento e resfriamento extremos e rápidos para matar micro-organismos], o que aumenta seu prazo de validade”.

Já o chope é servido sob pressão diretamente de barris, e é feito para ser tomado fresco. Em outros países não existe a palavra “chope”: há apenas dois tipos de cerveja, on tap, servida em uma torneira sob pressão direto no copo, e a de garrafa, envasada na fábrica – a bebida que nós chamamos simplesmente de cerveja.

*Por Bruno Vaiano

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*Fonte: superabril

Cerveja em garrafas de papel? Carlsberg anuncia embalagem sustentável

Carlsberg, conglomerado de cervejarias multinacional dinamarquesa, anunciou dois protótipos que apostam na embalagem sustentável para distribuir cerveja em garrafas de papel.

Chamada de Green Fibre Bottle, a garrafa é feita de fibras de madeira e tem camada interna impermeável. Em um dos protótipos, a proteção é uma camada fina de plástico confeccionada com garrafas PET recicladas. O outro utiliza polímero biodegradável PEF, produzido a partir de resíduos agrícolas ou florestais. Ambos são 100% biodegradáveis.

A iniciativa faz parte do projeto da Carlsberg, a quarta maior cervejaria do mundo, em zerar as emissões de carbono em suas cervejarias até 2030.

Com as garrafas sustentáveis, o objetivo é diminuir as emissões em 30% na cadeia inteira de produção – baita desafio quando se trata de uma empresa que possui o rótulo de mais de 500 marcas de cerveja em três continentes.

“Estamos contentes com os avanços com a Green Fibre Bottle,” disse Myriam Shingleton, vice-presidente de desenvolvimento da Carlsberg. “Ainda não chegamos lá, mas os dois protótipos são um passo importante para realizar nossa ambição final de trazer essa novidade ao mercado.”

Os protótipos são resultado de quatro anos de cooperação entre a Universidade Técnica da Dinamarca, a EcoXPac e o fabricante sueco de produtos de papel e celulose BillerudKorsnäs, que se juntou a fabricante de garrafas Ampla para fundar a Paboco, empresa que produz garrafas sustentáveis.
Cerveja em garrafas de papel? Carlsberg aposta em design sustentável
Multinacional se compromete com causa ambientais ao anunciar sua nova empreitada de cervejas em garrafas de papel

Outros gigantes do mercado internacional como a Coca-Cola, L’Oreal e Absolut fizeram parceria com a Paboco para avançar na pesquisa do desenvolvimento da garrafa de papel.

Gittan Schiöld, CEO interino da Paboco, diz que os parceiros “estão unidos em nossa visão de que a garrafa de papel se tornará realidade e mudará fundamentalmente esse setor para sempre”.

É um pequeno passo para um problema gigantesco. De pouquinho em pouquinho, será que a gente chega lá?

*Por Raquel Rapini

 

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*Fonte: geekness

Como a cerveja criou as civilizações

Até cerca de 12 mil anos atrás, os seres humanos viviam basicamente de frutas que caíam e dos bichos que caçavam. Por isso, eram chamados de caçadores-coletores. Isso mudou quando eles começaram a domesticar as primeiras plantas e criaram a agricultura. Ao manipular a natureza, não precisavam mais andar para cima e para baixo o tempo inteiro à procura de comida. Podiam se estabelecer, e nesses assentamentos surgiram as cidades. Com mais tempo livre, desenvolveram linguagens, ferramentas e tudo mais que evoluiria até hoje. Foi a chamada Revolução do Neolítico.

A evolução das religiões também seria uma consequência, já que quem não podia parar quieto em um lugar para viver não se daria o luxo de erguer um templo para chamar de seu. Mas um sítio arqueológico no sul da Turquia, perto da fronteira com a Síria, está questionando isso. Descoberto há duas décadas, Göbekli Tepe é um dos mais antigos templos de que se tem notícia, com pilares e altares de 11.600 anos. Em um cantinho desse templo, os arqueólogos acharam recipientes com resíduos microscópicos de gazelas e auroques, além de oxalato, um composto químico que indica a mistura de grãos e água. Em outras palavras, carne e cerveja, um belo de um churrasco em que esse álcool pré-histórico serviria para lubrificar o contato das pessoas com o plano espiritual (como outras bebidas e drogas fizeram e fazem em outras culturas).

 

 

 

 

 

Göbekli Tepe, Turquia (Divulgação/Divulgação)

Além disso, segundo os cientistas, a festança teria motivos pragmáticos: motivar a própria construção do templo. Os caçadores-coletores labutavam para trabalhar essas pedras de até 16 toneladas e seriam recompensados com a comilança – da mesma forma que você ajuda um amigo a pintar a casa dele e é pago em cerveja. Göbekli Tepe, concluíram os estudiosos, levou as pessoas a se estabelecerem na região para se congregar mais vezes (e aumentar o templo, consequentemente). Ou seja, a religião teria sido um dos motivadores para homens e mulheres se assentarem, e não uma consequência desse novo estilo de vida.

A segunda suspeita que o sítio sustenta é que não foi o pão que liderou a Revolução da Agricultura. Mas a cerveja. Uma das evidências mais antigas de grãos domesticados, um trigo chamado einkorn, foi encontrada a poucos quilômetros de Göbekli Tepe. Não há nada conclusivo, até porque o oxalato não garante que houve fermentação dos grãos (o que indicaria a produção de cerveja). Mas é bem possível. Por volta de 7.000 a.C., em Jiahu, na China, havia bebidas fermentadas de arroz, frutas e mel. Na mesma época, os habitantes da região passaram da fase caçador-coletor para a fazendeiro. Isso reforça a teoria da cerveja ser anterior ao pão, algo que começou a ser discutido já nos anos 1950. Se diferentes povos em lugares distantes uns dos outros têm experiências semelhantes, é porque, provavelmente, tem algo a mais nessa história. Pesquisas no México mostraram que o antepassado do milho usado lá servia muito bem para fazer cerveja, mas não para pão ou outras comidas.

Os humanos já conheciam o álcool obtido da fermentação natural. A chicha de batata, na América do Sul, e o vinho de palma, na África e na Ásia, têm cerca de 15 mil anos. Ao aprofundar esse conhecimento de produção de bebidas, e de como ela poderia deixar a vida menos difícil, faz sentido acreditar que a cerveja é tão antiga assim. O que seria mais útil para o florescimento das artes e das religiões? Pão? Acho que não.

“Primeiro a gente bebe, depois a gente vê”, teriam pensado nossos ancestrais. E aí a cerveja nos fez humanos.

*Por Felipe van Deursen

 

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*Fonte: superinteressante

Viagem Esta cidade tem uma fonte pública de cerveja. É só chegar e se servir

Não é fake news: a cidade de Žalec, situada no coração da Eslovênia, possui uma fonte pública de cerveja. Inaugurada em setembro de 2016, a atração busca valorizar um dos principais produtos da região: o lúpulo, ingrediente que confere amargor à bebida.

Essa é a primeira fonte pública de cerveja de que se tem notícia. A ideia surgiu como uma forma de impulsionar o turismo cervejeiro na cidade, que também possui um “museu do cultivo ecológico de lúpulo”.

Segundo o órgão de turismo de Žalec, a Eslovênia é o quinto maior produtor de lúpulo do mundo. Posicionada no centro da cidade, a arquitetura da fonte simboliza uma flor de lúpulo, expressa por dois semi círculos. O primeiro dele, é ocupado pela fonte cervejeira, enquanto o segundo se ocupa de oferecer água.

Em 2019, a temporada de abertura da fonte teve início no último sábado, 30 de março. Para degustar a bebida, os visitantes precisam comprar um copo especial, vendido por 8 euros (cerca de R$ 35) em diversas localidades de Žalec. Esse preço dá direito a provar seis tipos diferentes de cerveja – são 100 ml de cada.

*Por Mari Dutra

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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*Fonte: hypeness

O porque você gosta de café ou cerveja é mais sobre o seu sentimento do que pelo gosto delas

Você preferiria tomar um café preto amargo ou um gole de um café bem docinho? Pesquisadores que investigam diferenças em nosso paladar e ficaram surpresos ao descobrir que nossa preferência pelo sabor está relacionada não aos nossos genes gustativos, mas a genes relacionados às propriedades psicoativas de certas bebidas.

A cientista Marilyn Cornelis queria entender melhor o modo como nossas papilas gustativas trabalhavam com a ideia de que poderia ajudar a intervir nas dietas das pessoas. Mas os resultados que ela encontrou não eram o que ela esperava.

Café preto porque é bom

“A genética subjacente às nossas preferências está relacionada aos componentes psicoativos dessas bebidas”, disse Cornelis, professor assistente de medicina preventiva da Faculdade de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern.

“As pessoas gostam do jeito que o café e o álcool fazem eles se sentirem. É por isso que eles bebem. Não é o gosto.” Os resultados surpreendentes foram publicados na Human Molecular Genetics.

O artigo mostra como os componentes do comportamento-recompensa estão ligados à escolha da bebida; Estas descobertas ajudarão a entender os links genética e consumo de bebidas. Bebidas com alto teor de açúcar estão ligadas a muitas doenças e condições de saúde, incluindo obesidade e diabetes tipo 2.

Variante genética surpreende pesquisadores

O álcool também é um enorme fator que contribui para muitas doenças em todo o mundo e é responsável por até 6% das mortes no mundo. Outro achado surpreendente foi a variante de um gene chamado FTO. Cornelis descobriu que as pessoas que possuem uma variante no gene FTO preferiam bebidas adoçadas com açúcar – apesar de a mesma variante estar relacionada anteriormente ao menor risco de obesidade.

“É contra-intuitivo”, disse Cornelis. “FTO tem sido algo de um gene misterioso, e não sabemos exatamente como isso está ligado à obesidade. É provável que ele desempenhe um papel no comportamento, que estaria ligado ao controle de peso.”

“Até onde sabemos, este é o primeiro estudo de associação genômica do consumo de bebidas com base na perspectiva do paladar”, disse Victor Zhong, primeiro autor do estudo e pesquisador de pós-doutorado em medicina preventiva na Northwestern.

“É também o mais abrangente estudo de associação genômica do consumo de bebidas até o momento.”

Pesquisa graças ao bio-bank

O estudo foi conduzido usando o UK Biobank – um estudo de corte de dados genéticos, físicos e de saúde coletados em aproximadamente 500.000 indivíduos em todo o Reino Unido.

Inicialmente, as bebidas eram categorizadas em degustação amarga ou doce – o grupo amargo de café, chá, suco, cerveja, vinho tinto e licor e o grupo Sweet incluíam bebidas cheias de açúcar.

Esta classificação de sabor foi validada por estudos anteriores. A ingestão de bebidas em um período de 24 horas foi coletada por meio de recordatórios alimentares ou questionários.

O pesquisador fez um estudo de associação genômica do consumo de bebidas amargas e do consumo de bebidas doces. Os resultados foram então validados a partir de dados de três coortes dos EUA.

Com informações de IE.

*Por Any Karolyne Galdino

 

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*Fonte: engenhariae

Beber cerveja faz mais bem à saúde do que beber leite, diz estudo

Em um estudo, depois de examinar 200.000 mulheres que bebiam cerveja normalmente, descobriram que o risco de osteoporose era muito menor do que a média.

A cerveja parece ter sido feita para as mulheres, já que ajuda ainda mais do que leite ou cálcio em pílulas, de acordo com um estudo do Centro Nacional de Avaliação de Risco de Osteoporose publicado no site muhimu.

De acordo com um estudo, a cerveja é mais saudável e mais eficiente do que o leite, se quisermos prevenir a osteoporose.

Estudo começa as investigações:

Todos sabemos que, à medida que envelhecemos, é normal que a densidade óssea seja afetada, no entanto, um estudo indicou que consumir cerveja poderia ajudar a prevenir a osteoporose com mais eficiência do que o beber leite.
A cerveja tem mais benefícios que o leite:

A cerveja tem muitos outros benefícios para a saúde; como ajudar na recuperação física após um forte treinamento físico.

Há anos também ouvimos que, para evitar os sintomas de uma ressaca, o ideal é tomar uma cerveja gelada.

Início da pesquisa:

O estudo foi realizado em 200.000 mulheres, que mostraram que aquelas que bebiam cerveja tinham menos risco de osteoporose.

O que indica que se você é uma mulher e bebe um copo de cerveja regularmente, é menos provável que você tenha problemas ósseos durante sua vida.

Tem seu lado negativo

Outra pesquisa realizada pelo New England Journal of Medicine, que analisou 12.00 mulheres idosas, indicou que aquelas que normalmente bebiam um copo de cerveja por dia, tinham menos capacidade cognitiva em comparação com aquelas que não bebiam.

O que é o lúpulo?

O lúpulo é um ingrediente essencial para a fabricação de cerveja. Ele é da família do cânhamo e dos canabinóides. Ele atua como um substituto natural do hormônio, o que poderia reduzir as síndromes pré-menopáusicas.

Antigamente, usavam-no por seus efeitos sedativos e anti-sépticos, valorizando sua ação contra bactérias.

Também, na Europa, por suas propriedades antioxidantes e antidepressivas. Devido aos seus componentes psicoativos por ser uma planta canabinóide.

Claro que você não deve beber demais! Vale ressaltar que para obter esses benefícios, a recomendação é – entre um copo por dia – sem abusar da álcool, que não é bom para suas funções cognitivas.

 

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*Fonte: pensadoranonimo

Mosquitos: beber cerveja aumenta o número de picadas

Alguns especialistas alertam que cerveja pode aumentar o número de picadas dos insetos e, com isso, a chance de infecção pelos vírus da dengue, zika, chikungunya e malária. Veja como se proteger.

O Brasil é um dos países que mais bebem cerveja no mundo, com um consumo de cerca de 70 litros por ano por pessoa. O que é certo é que no verão se toma mais, porque para muita gente a estação mais quente do ano “pede” uma gelada. Mas é preciso ter cuidado. Alguns especialistas alertam que esta bebida, principalmente em excesso, pode aumentar a chance de infecção pelos vírus da dengue, zika, chikungunya e malária.

O professor titular do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP) do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Carlos Brisola Marcondes, cita dois estudos, um realizado no Japão e outro em Burquina Faso, que verificaram que a ingestão de cerveja atrai mais mosquitos para o bebedor.

Ou seja, a bebida aumenta o número de picadas dos insetos hematófagos transmissores de doenças em quem a consome, e, consequentemente o risco da doença.

Na pesquisa japonesa, foi testada uma dose de 350 ml de cerveja feita de cevada, para a atração do Aedes albopictus, parente próximo do Aedes aegypti. Em Burquina Faso, os pesquisadores deram aos participantes uma quantidade não informada de uma feita com sorgo (4% de álcool), localmente chamada de dolo, para verificar o resultado sobre a espécie Anopheles gambiae, transmissor da malária.

“Em ambos os estudos, se notou um aumento significativo na atração dos insetos”, conta Marcondes. “Além disso, no segundo trabalho, verificou-se também o estímulo ao voo dos mosquitos. Este efeito foi atribuído à dispersão do álcool pelo organismo com presença de etanol no suor.”

De acordo com ele, no estudo feito no Japão houve variações na temperatura corporal do bebedor, dependentes da sua tolerância ao álcool.

“Em Burquina Faso, no entanto, se observou que a redução de temperatura corporal e a quantidade de gás carbônico (CO2) exalado (esta última não influenciada pela cerveja) não tiveram efeito significativo sobre a atração”, informa Marcondes.

“Os autores supuseram que com a cerveja haveria maior produção de cairomônios (as substâncias voláteis emanadas dos bebedores), que atrairia mais mosquitos.”

O que atrai mosquitos

Esses cairomônios e o álcool não são as únicas substâncias que aumentam o número de picadas. “Há várias que atraem mosquitos, sendo as mais conhecidas o gás carbônico e o ácido láctico (liberado no suor), e certamente há outras que ocorrem naturalmente no corpo que os repelem.”, diz Marcondes.

“Para algumas espécies, crianças são mais atraentes que adultos e negros mais que brancos, mas para outras é o contrário. Isto é um campo de grande importância a ser explorado por mais pesquisas científicas.”

O médico sanitarista Rodolpho, Telarolli Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas do campus de Araraquara, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), enumera outros exemplos.

“Alguns estudos demonstram (mas isso não é unânime) que os mosquitos são atraídos por indivíduos cuja respiração contenha maiores teores de gás carbônico, como é o caso daqueles que acabaram de fazer exercícios físicos e estão com o metabolismo mais acelerado”, explica. “O mesmo valeria para as gestantes, que apresentam condição semelhante durante toda a gravidez, bem como os indivíduos com sobrepeso ou obesidade.”

De acordo ele, os insetos hematófagos teriam maior atração pelas pessoas e pelas áreas do corpo humano com maior temperatura. “É o caso dos indivíduos com febre, como os portadores de doenças transmissíveis, como a dengue, por exemplo”, diz Telarolli.

Segundo ele, por motivos ainda ignorados, alguns estudos demonstram que há espécies que têm preferência em picar indivíduos com tipo O de sangue, em detrimento daqueles com outros tipos (A, B e AB). “Outras pesquisas têm demonstrado que o uso de roupas escuras é um fator que pode atrair mais os mosquitos”, revela Telarolli.

“Então, em áreas de grande infestação por esses insetos, é prudente usar roupas de cor clara e os portadores de sangue tipo O devem redobrar os cuidados.”

O que se pode concluir, segundo Marcondes, é que a pele e o ar expirado exalam substâncias que influenciam a preferência de mosquitos, diferenciando os indivíduos e levando os insetos a ter preferência por crianças, diferente da que têm por adultos.

“Há também variações entre raças”, diz. “Mas a ecologia química da atração deles é um assunto difícil e ainda pouco compreendido. A hematofagia (ingestão de sangue) desses animais depende de fatores complexos, envolvendo olfato e visão, esta última principalmente em espécies diurnas, como a mosca tsé-tsé, da doença do sono, e o nosso bem conhecido Aedes aegypti.”

Como se proteger de picadas de mosquito

Algumas medidas simples ajudam a se proteger das picadas dos insetos, como usar repelente, manter telas em casa, evitar ir a lugares onde mosquitos circulam, como áreas próximas a cursos d’água ou jardins — Foto: Ministério da Saúde (via BBC) Algumas medidas simples ajudam a se proteger das picadas dos insetos, como usar repelente, manter telas em casa, evitar ir a lugares onde mosquitos circulam, como áreas próximas a cursos d’água ou jardins — Foto: Ministério da Saúde (via BBC)

Algumas medidas simples ajudam a se proteger das picadas dos insetos, como usar repelente, manter telas em casa, evitar ir a lugares onde mosquitos circulam, como áreas próximas a cursos d’água ou jardins — Foto: Ministério da Saúde (via BBC)

Para ele, deveriam ser feitos estudos com outras bebidas, além da cerveja, para verificar se é o álcool que afeta os mosquitos ou algo característico dela. “Seria também muito importante desenvolver testes no Brasil, com insetos de vários grupos, como borrachudos, flebotomíneos (moscas transmissoras de leishmaniose), maruins, e bebidas nacionalmente bastante consumidas, como a cachaça”, defende.

“Com poucos trabalhos sobre o assunto, é uma área aberta para pesquisas, que tem grande importância sanitária.”

Outro fator não estudado para aumentar a quantidade de picadas é a provável redução da capacidade de defesa contra as picadas das pessoas que beberam em excesso. “Pele de bêbado não tem dono”, brinca Marcondes. “Portanto, cuidado com a bebida, especialmente em grande quantidade, pois pode aumentar a chance de ser infectado com malária, dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos.”

Daí a importância de novos estudos. Ainda mais quando se sabe que um dos principais determinantes da transmissão de doenças originadas de insetos vetores é a frequência de picadas. “Desta forma, os fatores que influenciam a quantidade delas são de importância epidemiológica”, diz Marcondes.

“Assim, por exemplo, o controle de malária é mais eficiente se tiver como alvo principalmente os indivíduos que têm a preferências dos mosquitos. As gestantes estão entre essas pessoas que mais os atraem,”

Enquanto novas pesquisas não são realizadas, algumas medidas simples ajudam a se proteger das picadas dos insetos. “Evitar frequentar lugares onde os mosquitos circulam, como regiões próximas a cursos d’água ou jardins ou outras áreas infestadas pelos insetos é uma delas”, diz Telarolli.

“Não usar roupas escuras quando for necessário ir até esses locais; utilizar repelentes, que devem ser aplicados sobre as roupas e não diretamente sobre a pele; manter a casa com telas, quando viver em áreas infestadas; e quando tiver ingerido bebidas alcoólicas ou no caso das gestantes redobrar os cuidados com os mosquitos são outras medidas que devem ser tomadas.”

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*Fonte: g1

Cerveja emagrece e previne Alzheimer e gripe! Está provado!

Segundo vários estudos feitos por profissionais de saúde e investigadores de diversas partes do mundo, a cerveja emagrece! Para além de emagrecer, a cerveja pode reduzir os níveis de colesterol, prevenir o Alzheimer e combater a gripe.

Embora sempre tenhamos ouvido falar na “barriga de cerveja”, um estudo da Universidade de Barcelona defende que beber cerveja diariamente evita o ganho de peso, previne a diabetes, a hipertensão arterial e problemas cardíacos. Contudo, os investigadores espanhóis afirmam que estes benefícios são obtidos com apenas uma caneca por dia.

“A cerveja não é culpada pela obesidade, pois tem cerca de 200 calorias por caneca, o mesmo que um café com leite”, afirma a médica Rosa Lamuela, responsável pela investigação feita com 1249 homens e mulheres acima de 57 anos.
Na verdade, aquilo que engorda são os petiscos gordurosos que acompanham a cerveja, nomeadamente salgados e fritos.

Carlos Vilaça, endocrinologista, diz que esta investigação reforça os benefícios desta bebida à base de cevada e com baixa graduação alcoólica: “A cerveja tem baixo índice glicêmico e é constituída de elementos poderosos, como antioxidantes, ácido fólico, ferro, minerais e vitaminas, que previnem a ocorrência de doenças cardiovasculares, melhora índices do bom colesterol e previnem pedras nos rins por estimular o fluxo urinário”.

Os especialistas acresceram que o consumo regular de cerveja deve ser moderado e acompanhado de uma alimentação saudável e exercício físico.

Um estudo japonês, publicado na revista científica Medical Molecular Morphology, comprova que o lúpulo contido na cerveja tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes capazes de inibir a multiplicação do vírus respiratório e prevenir a pneumonia.

Um estudo finlandês descobriu que a cerveja pode reduzir em 40% os riscos de desenvolver pedras nos rins. Mas lembra-te, o consumo deve ser sempre moderado pois em excesso a cerveja pode agravar o quadro. As mulheres devem consumir até uma lata da bebida por dia e os homens até duas latas.

De acordo com uma investigação de uma universidade espanhola, o efeito sedativo da cerveja pode tratar a insónia e outros distúrbios de sono. O lúpulo aumenta a atividade do neurotransmissor GABA, substância com um efeito sedativo que reduz a ação do sistema nervoso e prepara o organismo para adormecer.

Segundo um estudo holandês, publicado na revista científica The Lancet, as pessoas que ingerem cerveja regularmente apresentam taxas de vitamina B6 cerca de 30% mais altas comparadas com outras que não têm o hábito de consumir esta bebida. Quando comparadas a pessoas que bebem vinho frequentemente, a concentração da vitamina chega a ser duas vezes superior. A vitamina B6 é responsável por ajudar a eliminar a homocisteína, substância que contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovascular quando existente em excesso. Uma pesquisa do Centro de Pesquisa Cardiovascular de Barcelona comprovou que a cerveja protege o sistema cardiovascular e reduz a cicatriz no coração provocada por um enfarte agudo do miocárdio.

A cerveja, principalmente a escura, contém uma grama de fibra solúvel por garrafa. As fibras são responsáveis por reduzir os níveis de colesterol LDL e reduzir o risco de doenças cardiovascular. Segundo um estudo publicado na revista científica Annals of Nutrition and Metabolism, o consumo moderado de cerveja beneficia o sistema imunitário e torna o organismo mais resistente a várias infeções. A pesquisa revelou que depois de um mês, o consumo diário de uma lata de cerveja para mulheres e duas para os homens é capaz de aumentar a concentração de células de defesa do sistema imunitário, elevando a produção de anticorpos.

Um estudo do Kings College, em Londres, veio provar que a cerveja fortalece a saúde dos ossos e do tecido conjuntivo, dado que o silício, presente na bebida, melhora a densidade óssea.

Finalmente, um grupo de cientistas da Universidade de Loyola, nos Estados Unidos, reviu 34 estudos que associam o consumo de álcool e problemas cognitivos, analisando ao todo 365 mil voluntários. Os resultados demonstraram que aqueles que bebem cerveja moderadamente apresentam um risco 23% menos de desenvolver Alzheimer e doenças semelhantes, quando comparados com pessoas que nunca ingerem a bebida.

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*Fonte: corujaprof

Como o aquecimento global pode levar à falta de cerveja no mundo

Não é que os cientistas estejam botando água no seu chope. Nem é que o aquecimento global vá terminar esquentando também seu copo. Na realidade, conforme mostra estudo publicado nesta segunda-feira, os fenômenos climáticos contemporâneos podem acabar com os estoques globais de cerveja.

A conclusão, publicada no periódico Nature Plants, é que as secas e ondas de calor concomitantes – que andam agravadas pelo aquecimento global provocado pelo homem – devem levar a declínios bruscos no rendimento das colheitas de cevada, gramínea cerealífera que é o principal ingrediente da apreciada bebida. Principalmente se os níveis de emissão de carbono continuarem como estão hoje.

A perda de produtividade nas colheitas de cevada pode chegar a 17%, o que deve fazer o preço da cerveja dobrar ou até mesmo triplicar em alguns lugares do mundo.

“Embora esse não seja o impacto futuro mais preocupante da mudança climática, extremos climáticos relacionados a isso podem ameaçar a oferta e a acessibilidade econômica da cerveja”, diz o estudo, desenvolvido por cientistas da Universidade da Califórnia, da Universidade Chinesa de Pequim, da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, do Centro Internacional Mexicano para Melhorias do Milho e do Trigo e da Universidade de East Anglia (Inglaterra).

A primeira consequência dessa queda de produção, segundo os modelos matemáticos do estudo, será um intenso aumento nos preços da bebida. A pesquisa avaliou a situação de 34 regiões produtoras de cevada, antes e depois do ano de 2050.

“Chegamos a essa conclusão integrando em nossa pesquisa as informações das mudanças climáticas, das safras de cevada, do comércio internacional e de condições socioeconômicas”, explicou à BBC News Brasil o economista Dabo Guan, professor de Economia das Mudanças Climáticas da Universidade de East Anglia. “Com todos esses dados juntos, pudemos estimar o impacto que o cenário terá na cerveja, um produto essencial para uma quantidade significativa de pessoas no mundo.”

“Nosso estudo não quer dizer que as pessoas vão beber mais cerveja hoje do que amanhã, tampouco que precisaremos nos adaptar para um novo consumo de cerveja”, prossegue Guan. “Na realidade, pretendemos alertar as pessoas, especialmente nos países desenvolvidos, que a segurança alimentar é importante – e que a mudança climática vai afetar seu dia a dia e sua qualidade de vida.”

Ele lembra que, no cenário de aquecimento global, todas as culturas serão afetadas. “Mas neste estudo, utilizamos a cevada para ilustrar esse problema”.

O que priorizar?

Pelas projeções dos cientistas, o cenário considerou como estará o planeta no futuro próximo considerando os níveis atuais de queima de combustíveis fósseis e emissões de dióxido de carbono. Na pior das hipóteses, as regiões do mundo onde mais se cultiva cevada – como pradarias canadenses, regiões da Europa e da Austrália, e a estepe asiática – devem experimentar secas e ondas de calor cada vez mais frequentes.

É importante lembrar que apenas 17% da cevada produzida no mundo é usada para a fabricação da cerveja. O restante é colhido e se torna alimento para gado. Os pesquisadores se perguntam como será o conflito no futuro, diante da escassez da cevada: os produtores deverão priorizar animais com fome ou humanos com sede?

Aplicando o modelo matemático que considera sazonais produções históricas um pouco mais baixas, a conclusão dos cientistas foi que, sim, nessa queda de braço quem costuma ganhar é o gado, e não o homem. Os produtores tendem a privilegiar a cadeia estabelecida do negócio bovino, em vez de destinar os grãos para a cerveja.
Direito de imagem Professor Martin Jones, Universidade de Cambridge
Image caption Plantação em Qinghai, a 3,000 metros acima do nível do mar.

O mesmo modelo ainda aponta como diferentes regiões do mundo devem reagir a seu modo diante da redução da produtividade de cerveja. Países mais ricos e amantes da bebida, como Bélgica, Dinamarca, Polônia e Canadá, por exemplo, devem resolver a equação subindo o preço final.

Nesse cenário, um pacote de seis cervejas comuns pode chegar a custar o equivalente a US$ 20 (R$ 75, na cotação atual), conforme estima o estudo – mesmo assim, populações de nações desenvolvidas talvez conseguissem absorver tal custo. Na média, conforme aponta o estudo, o preço da cerveja deve dobrar. A pesquisa considera que em casos de queda de 4% da produção de cevada, a bebida acaba custando 15% a mais.

Por outro lado, em países de população mais pobre, como a China e o Brasil, o consumo de cerveja tende a cair.

As projeções indicam que o fornecimento de cerveja em todo o mundo deve cair cerca de 16%. Segundo os pesquisadores, isso equivaleria a todo o consumo de cerveja dos Estados Unidos.

O que fazer a respeito?

A cerveja é considerada a terceira bebida mais consumida no mundo – e a primeira entre as alcoólicas -, só perdendo para a água e para o café. São 182 bilhões de litros por ano.

Se na média global, a produção de cerveja responde por 17% das lavouras de cevada, essa parcela varia muito conforme a região. No Brasil, por exemplo, onde não é comum alimentar gado com cevada, 83% do cereal cultivado é destinado para a produção da bebida. Na Austrália, esse número é de apenas 9%.
Direito de imagem Universidade Texas A&M
Image caption As projeções sindicam que o fornecimento de cerveja em todo o mundo deve reduzir em cerca de 16%. Segundo os pesquisadores, isto equivaleria a todo o consumo de cerveja dos Estados Unidos.

“Nosso estudo se concentrou na cevada, que é o principal ingrediente da cerveja. Analisamos a frequência com que vemos condições precárias para cultivar cevada em todo o mundo – anos com calor extremo e seca severa. Esses eventos extremos são muito mais difíceis para os agricultores se adaptarem do que as mudanças médias no clima”, disse à BBC News Brasil o pesquisador Nathan Mueller, professor do Departamento de Ciências da Terra da Universidade da Califórnia.

“Descobrimos que a incidência e a gravidade dos eventos extremos aumentam substancialmente à medida que as temperaturas médias globais sobem. Combinando um modelo de safra e um modelo da economia global de alimentos, podemos estimar as mudanças nos preços e no consumo de cerveja em todo o mundo resultantes desses eventos extremos.”

Mueller dá uma solução para que a estiagem não chegue aos nossos pobres copos: conscientização ambiental.

“Se conseguirmos diminuir nossas emissões de gases de efeito estufa e limitar a magnitude geral das mudanças climáticas, ajudaremos a evitar os piores cenários que simulamos nesta análise”, vislumbra. “Note que, enquanto os aumentos de preço em uma garrafa de cerveja são modestos em uma perspectiva de baixas emissões de carbono, eles realmente aumentam substancialmente em um mundo de alta emissão.”

*Por Edison Veiga

 

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*Fonte: bbcbrasil

Cerveja pode ficar bem mais cara devido às alterações climáticas

As mudanças climáticas não só causam o aumento do nível do mar, furacões mais fortes e incêndios florestais mais intensos, mas também podem aumentar o preço global da cerveja.

Segundo um estudo conduzido pelas universidades americanas UCI(Universidade da Califórnia) e UEA(Universidade de East Anglia) e publicado na revista científica Nature, as secas e as ondas de calor cada vez mais intensas podem causar quebras acentuadas na produção de cevada – um dos principais ingredientes da cerveja.

A pesquisa prevê que as mudanças climáticas podem afetar de forma severa o fornecimento global de cerveja. Além disso, os modelos econômicos utilizados no estudo apontam também para uma forte possibilidade de os preços aumentarem em vários países face à quebra na produção.

Para o estudo, pesquisadores de Reino Unido, China, México e Estados Unidos identificaram eventos climáticos extremos e projetaram os impactos na produção de cevada em 34 regiões do mundo.

“É a primeira vez que isso é feito”, disse à DW o coordenador do estudo e principal autor do Reino Unido, Dabo Guan, que é professor de economia da mudança climática na UEA. “Nosso objetivo era alertar as pessoas nos países ocidentais desenvolvidos de que a vida privada delas será seriamente afetada pelas mudanças climáticas. Talvez elas não venham a sofrer com a fome causada pela mudança climática da mesma forma que nos países em desenvolvimento, mas sua qualidade de vida será seriamente prejudicada”, afirmou o especialista.

“Com o aumento de eventos climáticos extremos, itens de luxo começarão a ficar muito caros ou mesmo indisponíveis”, frisou Guan. “É claro que isso não mata. Mas a qualidade de vida das pessoas será seriamente comprometida, e a estabilidade social ficará ameaçada. E talvez isso sirva de alerta para que as pessoas façam alguma coisa a respeito da mudança climática agora. A mudança climática é responsabilidade de todos. Precisamos agir juntos para combater o aquecimento global.”

*Por Any Karolyne Galdino

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*Font: engenhariae

Beber cerveja e café, aumenta suas chances de passar dos 90 anos

Você ja deve estar cansado de saber que levar um estilo de vida saudável e fazer exercícios regularmente é a chave para a longevidade, um novo estudo sugere que o café e o álcool merecem também atenção.

Um dos estudos realizados pelo centro de envelhecimento da Universidade da Califórnia, afirma que o consumo moderado de cerveja ou café podem se uma das chaves para viver mais de 90 anos.

A pesquisa foi realizada com 1600 pessoas, com testes realizados a cada seis meses, e os cientistas chegaram a conclusão que as pessoas que bebiam quantidades moderadas de álcool ou café viviam mais do que as que se abstinham.

As descobertas do estudo The 90+ Study, coordenado pela neurologista Claudia Kawas, é sobre bebidas alcoólicas. A ingestão de 2 copos de cerveja ou vinho aumenta em 18% a chance de se viver mais, em comparação aos participantes abstinentes. O Café, quando consumido moderadamente, também eleva, em cerca de 10%, a probabilidade de se passar dos 90 anos. Além disso eles deduziram, quem investe duas horas por dia em um hobby tem as chances de morrer precocemente reduzidas em 21%.

Esse estudo também descobriu que idosos com sobrepeso, mas não obesos, apresentam índices de morte precoce 3% menores, quando comparados a indivíduos com peso considerado “ o normal”.

Esses estudos relacionados ao consumo de álcool, incluindo o The 90+ Study, são observacionais, então nós só podemos dizer que alguma substância na bebida está associada à saúde e longevidade. Me deixa curiosa saber se os consumidores de álcool e café tem outros hábitos e estilos de vida que poderiam ser a verdadeira chave para a longevidade”, disse a nutricionista americana Jennifer Markowitz, ao The Daily Meal.

Quem não conhece a verdadeira cevada que é o principal componente da cerveja, a cevada é um cereal integral bastante nutritivo cuja planta lembra muito o trigo. A semelhança, porém, está mais na aparência que na composição; a cevada oferece mais nutrientes que o consumo de trigo.
Embora o consumo ainda seja minimo praticado e discutido entre os brasileiros, incluir a cevada na alimentação traz muitos benefícios para a saúde e ajuda a suprir a necessidade de uma boa variedade de nutrientes necessários para o bom funcionamento do nosso organismo.

A farinha de cevada verde é cheia de vitaminas A, do complexo B, C e K, além de minerais como cálcio, fósforo, selênio, zinco, iodo e cobre. Todos esses nutrientes são necessários para o bom funcionamento do organismo. Para quem deseja começar a aproveitar os benefícios do cereal pode ir muito além da inclusão de sua farinha na alimentação. Ainda que esta seja uma das mais conhecidas formas de consumo, está longe de ser a única: a cevada também pode ser consumida em grãos, em sua forma solúvel, em cápsulas e até em peelings.

 

As principais propriedades da cevada

Selênio: essa propriedade tem ação antioxidante, ajuda a regular os hormônios da tireoide, auxilia na prevenção de cânceres e na saúde do sistema imunológico.

Magnésio: responsavel por regular a absorção de minerais, auxilia na saúde de ossos e músculos. Também ajuda o corpo a produzir energia e a manter o ritmo cardíaco normal.

Cobre: o responsavel por auxiliar a atividade celular, ajudando na produção de energia e proteção.

Cálcio: responsavel por contribuir para a saúde de ossos e dentes, construindo-os e mantendo-os fortes.

Manganês: ajuda na formação do osso é um componente de enzimas que ajudam na regulação de colesterol, carboidratos e aminoácidos.

Fósforo: o cálcio, o fósforo está diretamente ligado à saúde de dentes e ossos. Além disso, ajuda a manter o pH do corpo em nível regular.

Vitamina B1: a vitamina B1, ou tiamina, é uma das principais vitaminas do complexo B presentes na cevada. Esta vitamina tem propriedades essenciais para o bom funcionamento do coração, do sistema nervoso e dos músculos.

Vitamina K: tem a proprieda de grande papel na coagulação sanguínea e contribui para a saúde do esqueleto.

 

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*Fonte: felizsaude

Os humanos inventaram a agricultura para fazer cerveja

A pré-história europeia escrita por a jornalista científica Karin Bojs (Lundby, Suécia, 1959) começa com um estupro. Um esbarrão sexual entre duas espécies humanas diferentes ocorrido há 55.000 anos na região hoje ocupada por Israel. O caráter consentido ou não da relação pode ser objeto de especulação, mas o sexo entre neandertais e Homo sapiens já foi comprovado cientificamente graças ao trabalho do geneticista sueco Svante Pääbo. Esse pioneiro da análise de DNA antigo conseguiu sequenciar o genoma completo da espécie extinta e agora sabemos que 2% de nossos genes são fruto daquele cruzamento.

Em seu livro Min Europeiska Familj (“minha família europeia”, ainda inédito no Brasil), Bojs reúne a informação mais atualizada sobre a vida dos habitantes do continente antes do surgimento da escrita. Os dados acumulados por diferentes métodos de pesquisa, da arqueologia mais clássica às inovações científicas introduzidas por profissionais como Pääbo, sugerem que os europeus de hoje são fruto de três ondas migratórias. A primeira, pouco depois do encontro com os neandertais no Oriente Médio, trouxe os caçadores e, provavelmente, acarretou a extinção daquela que até então era a espécie humana da Europa. Uma segunda onda trouxe os agricultores do que hoje é Síria e, com eles, seu conhecimento do cultivo das plantas. Por último, há 5.000 anos, partindo do sul do que hoje é a Rússia, chegou um povo de pastores que trouxe consigo as línguas indo-europeias atualmente faladas na Europa, os cavalos e uma sociedade patriarcal e estratificada.
Pergunta. Antes do conhecimento que o sequenciamento do DNA antigo proporcionou, acreditava-se que a agricultura foi inventada em muitos lugares ao mesmo tempo.

“A agricultura foi inventada uma vez e chegou à Europa com os povos que a haviam inventado”

Resposta. Sim, era como uma espécie de dogma. A teoria segundo a qual a agricultura veio da Síria com a migração dos próprios agricultores que a haviam inventado, que agora parece a correta, era chamada de “migracionismo” com um tom pejorativo. Os filhos da geração de 68 viveram uma reação ao nazismo. Antes da Segunda Guerra Mundial, a arqueologia e a história estiveram muito influenciadas pelos nazistas, e, quando chegou a reação, foi um pouco exagerada. Rejeitou-se tudo, negou-se que houvesse influência das migrações ou dos genes, tudo era cultura e sociologia, e afirmavam que os caçadores se reeducaram e decidiram que não queriam mais ser caçadores e passaram a ser agricultores. Se você pratica a agricultura, sabe que é muito difícil. São necessários muitos anos para aprender a cultivar. Havia uma minoria de arqueólogos que queria explicar a aparição da agricultura na Europa através da migração, e o DNA provou que esta minoria estava certa.

P. Mas parece que a agricultura apareceu em muitos lugares separados sem contato aparente, como na América e na Índia.

R. Isso foi um pouco depois, e de fato não podemos ter certeza. O que sim sabemos pelos dados da Europa é que a agricultura chegou acompanhada dos humanos que a conheciam e que migraram com ela através de grandes distâncias.

P. Em seu livro, você também fala da hipótese que propõe que a agricultura foi inventada, entre outras coisas, para produzir bebidas alcoólicas.

R. Arqueólogos alemães encontraram em um lugar chamado Göbekli Tepe, na parte leste da atual Turquia, taças e grandes baldes do tamanho de uma banheira onde viram enzimas que seriam restos da fabricação de cerveja. Eles estão convencidos de que havia um culto neste local erguido por culturas tardias de caçadores. As pessoas vinham de muito longe, até centenas de quilômetros, a fim de se reunir ali para celebrações. Esses arqueólogos acreditam que o consumo de cerveja era uma parte importante dessas celebrações, e isso faz sentido. Não acredito que comer purê fosse um impulso suficientemente importante para começar uma nova cultura e um novo estilo de vida.

“As pessoas vinham de muito longe a fim de se reunir ali para celebrações. Não acredito que comer purê fosse um impulso suficientemente importante para começar novo estilo de vida”

Os grãos já eram parte da dieta durante muitos anos antes da aparição da agricultura. Coletavam trigo e cevada, isso era parte do processo, mas se de repente você precisa de grandes quantidades de grão para produzir cerveja, acredito que seja um incentivo interessante. A agricultura obviamente foi um processo muito complicado, e também tem a ver com a mudança climática. Houve uma mudança climática muito brusca quando acabou a última glaciação e o Oriente Médio se tornou mais úmido e facilitou o cultivo. Se você havia tentado cultivar algumas plantas, estava no lado ganhador quando se produziu essa mudança de condições.

P. Alguns cientistas propõem que adotar a agricultura foi o pior erro da humanidade, que piorou suas condições de vida. Você discorda.

R. Não gosto dessa ideia. Acho que há vários divulgadores científicos que também insistem em que a agricultura foi uma catástrofe e que os caçadores viviam em um estado feliz e natural, e que a agricultura e o gado foram uma catástrofe. Acredito que seja uma forma muito simplista de analisar a mudança. Se você olha para a pré-história, há altos e baixos no nível de vida, no período dos caçadores e nos períodos da agricultura. Como outras invenções, não é algo que surgiu de uma decisão premeditada. Tratava-se de ir resolvendo pequenos problemas na vida daquelas pessoas. Por exemplo, a cerveja pode ter surgido assim. Sabemos que você pode ficar um pouco alterado se ingere uma substância, e os agricultores fizeram isso. E então pensaram em produzir mais disso que gostavam, e para fazê-lo precisavam cultivar. E assim se acumularam muitas soluções para pequenos problemas práticos que acabaram por produzir uma grande transformação.

P. Em seu livro, você considera provável que nossa espécie tivesse um papel importante na extinção dos neandertais, mas fala de uma convivência pacífica entre a primeira onda de caçadores que chegou à Europa e a dos agricultores.

R. Como a arqueologia só nos oferece alguns vestígios, não se pode saber com certeza, mas não há achados que indiquem que havia grandes enfrentamentos. Faz sentido, porque, se você for um caçador, precisa de animais para matar ou de peixes para comer. Se for um agricultor, precisa de um bom solo. Parece que eles conviveram bem. Ao cabo de um tempo, houve uma fusão. Os caçadores e os agricultores se encontraram e tiveram filhos. E isso pode ser visto muito claramente na Espanha.

Na Espanha vivia uma população de caçadores e depois chegaram os agricultores. Chegaram de barco através do Mediterrâneo, há 7.000 anos, e se pode ver que depois de certo tempo se fundem. A população basca da Espanha, e isso se vê também em seu DNA, são ainda os netos desta fusão, da primeira onda, dos caçadores, e da segunda, dos agricultores, mas não da terceira onda, a que trouxe as línguas indo-europeias. Eles falam basco, que não é uma língua indo-europeia. Talvez o basco seja como um vestígio de uma antiga língua dos agricultores.

*Por Daniel Mediavilla

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*Fonte: elpais

Estudo associa consumo de cerveja e café à longevidade

Beber cerveja ou café pode te ajudar a passar dos 90 anos, aponta estudo que acompanhou a rotina e o estilo de vida de mais de 1.800 pacientes
Todo mundo sabe que levar um estilo de vida saudável e fazer exercícios regularmente é a chave para a longevidade. Agora, um novo estudo sugere que o café e o álcool merecem também atenção. De acordo com o UCI MIND (UC Irvine Institute for Memory Impairments and Neurological Disorders), tomar estas duas bebidas moderadamente pode te ajudar a viver mais e melhor.

O estudo chamado “The 90+” acompanhou o estilo de vida e hábitos alimentares de mais de 1.800 pessoas. A cada seis meses, os participantes eram submetidos a diversos testes neurológicos, cognitivos e físicos. Os pesquisadores coletaram informações sobre suas dietas, estilos de vida, histórico médico, entre outras informações sobre saúde.

A descoberta surpreendeu a todos: justamente dois dos hábitos que ajudaram os pacientes a viverem mais foram beber álcool e café todos os dias. Aqueles que tinham o hábito de beber quantidade moderada de álcool ou café diariamente provavelmente viveriam mais do que aqueles que se abstiveram.

Os participantes que bebiam diariamente dois copos de cerveja ou duas taças de vinho eram 18% mais propensos a viverem mais, enquanto os amantes de café tinham 10% mais probabilidade de viverem mais tempo do que aqueles que não tinham o mesmo hábito.

“Eu não tenho uma explicação exata para isso“, admitiu a doutora Claudia Kawas, coordenadora do estudo. “Mas eu realmente acredito que beber moderadamente ajuda a longevidade.”

A pesquisa, porém, não é uma carta branca para você aumentar seu consumo de álcool ou café.

“Muitos dos estudos relacionados ao consumo de álcool, incluindo o The 90+ Study, são observacionais, então nós só podemos dizer que alguma substância na bebida está associada à saúde e longevidade. Me deixa curiosa saber se os consumidores de álcool e café compartilham outros importantes hábitos e estilos de vida que poderiam ser a verdadeira chave para a longevidade“, ponderou a nutricionista americana Jennifer Markowitz, ao The Daily Meal.

Para especialistas, na dúvida, ainda a melhor sugestão é a moderação.

 

 

 

 

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*Fonte: pragmatismopolitico

Estudo diz que quem bebe cerveja ou café tem mais chance de passar dos 90 anos

Ao mesmo tempo que não há dúvidas de que viver uma vida saudável, fazer exercícios regularmente e se alimentar direito são algumas das mais importantes chaves para uma vida longa, sabemos que há vida é um tanto misteriosa e até mesmo aleatória – e algumas pesquisas científicas provam o quanto é difícil realmente mensurar o segredo para uma boa e longa vida.

Um novo estudo realizado pelo instituto americano UCI MIND afirma que o uso moderado de café e álcool podem ajudar significativamente para que alcancemos com saúde os 90 anos de idade.

O estudo acompanhou a vida e os hábitos de mais de 1800 pessoas, com diversos testes realizados a cada seis meses. Seus históricos médicos, estilos de vida e, é claro, suas dietas, foram monitoradas com atenção – e uma das conclusões a que o estudo chega é que aqueles bebem café e álcool todos os dias possuem mais chances de viver mais do que os que não o fazem.

Dois copos de cerveja ou duas taças de vinho diárias, segundo a pesquisa, crescem em 18% as chances de uma vida mais longa. Já o café diário aumenta em 10% as probabilidades contra quem não toma.

Os médicos do instituto não sabem exatamente o motivo para tal descoberta, mas realmente concluíram que beber moderadamente ajuda a longevidade. Trata-se, no entanto, de um estudo observacional, que liga tais substâncias à longevidade, mas não revelam ou apontam outros hábitos que podem, esses sim, serem a chave para a longevidade.

Não se trata de uma autorização para que bebamos todo dia, mas sim de uma afirmação ainda em estudo sobre nossos hábitos – e sobre a possível benesse que esses deliciosos hábitos podem nos trazer.

O uso moderado de ambas as bebidas é ligado também à prevenção de diversas doenças.

 

 

 

 

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*Fonte: hypeness

Não peça estupidamente gelada! Veja 5 dicas para melhor tomar uma cerveja

Sabe aquela bela caneca congelada, branquinha, recém tirada do freezer que o garçom usa para servir o seu chope? E a cerveja 0ºC? Pois é, é uma boa evitá-las. Esses são alguns dos erros que cometemos na hora de beber uma cerva. Regras para apreciar uma gelada parecem chatas, mas elas podem ajudar a deixá-la mais gostosa. E nem é preciso ser muito metódico para segui-las. Conversamos com o beer sommelier e professor José Honorato, que além de tudo é um apaixonado pelo assunto. Ele deu dicas para melhorar a experiência cervejeira.

Estupidamente gelada?
Com a calor que faz no Brasil, um país tropical, é comum pedirmos a cerveja estupidamente gelada, mas segundo José Honorato, isso atrapalha a degustação. “Ao consumir a bebida gelada em excesso, ou seja entre 0ºC e -1ºC, anestesiamos nossas papilas gustativas responsáveis pelo sentido dos sabores”, explica. Isso não significa que se deva tomar quente. “Uma temperatura entre 2ºC e 5ºC podemos sentir o sabor e ainda assim ter no copo uma bebida gelada”, completa.

Diga não ao copo congelado
Se alguém lhe oferecer um copo saído do congelador, é melhor recusar. Eles até são bonitos pra foto nas redes sociais, mas também podem deixar a cerveja aguada. “Nele encontramos partículas de gelo. E em contato com o líquido, esse gelo se transforma em água. E ninguém gosta de água na cerveja”, diz o especialista.

Com colarinho, por favor
O beer sommelier lembra que é comum escutarmos frases como “Garçom, por favor sem colarinho”, mas ressalta a importância dele para a cerveja. “Colarinho é muito bem-vindo, se não fundamental, pois ele mantém o gás, protegendo a cerveja do contato com o oxigênio e ajuda a preservar a temperatura da sua bebida”.

Lave bem o copo
Sabe quando a cerveja é servida normalmente e mesmo assim não forma espuma? Muitas vezes o problema disso é o copo sujo. Segundo Honorato, o copo mal lavado é o maior vilão da falta de colarinho, e ainda pode conter rastros de gordura. “O copo deve estar limpo, lavado exclusivamente com detergente neutro e enxaguado com água corrente, pois desta forma não deixa aromas”, diz.

Use um copo… ou lave a latinha
Usar um copo é sempre preferível para degustar a bebida. “Os copos fazem com que você perceba melhor os aromas e, dependendo do formato, segura o aroma por mais tempo”, ressalta Honorato. Mas vai que você está naquele churrasco com os amigos, na piscina ou na beira da praia, e esqueceu deles. Ok, pode beber direto da latinha ou da boca da garrafa, mas lembre-se de lavá-la antes. Depósitos de bebidas podem não ser os lugares mais limpos do mundo, animais e insetos podem trafegar por eles, e assim contaminar o recipiente. Portanto, lave as latas e as garrafas antes de colocar a boca nelas.

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*Fonte: G1

15 termos cervejeiros que você precisa saber o significado

O universo cervejeiro é um campo muito vasto. Ele nos proporciona o mais variados aromas, sabores, harmonizações, experiências e também possui um amplo vocabulário que, muitas vezes, só cervejeiro entende. Se você está entrando nesse mundo agora, ou se já é um bom apreciador, mas ainda tem dúvidas em relação ao significado de alguns termos cervejeiros, esse post vai ajudar você a nunca mais passar vergonha na roda cervejeira e também a fazer uma degustação agregando conhecimento e identificando muitos desses termos na sua cerveja.

15 termos cervejeiros que você precisa saber

Confira uma lista básica com 15 termos cervejeiros que você precisa conhecer para você ficar por dentro das conversas de cervejeiros.

ABV: a sigla que significa álcool por volume é uma medida padrão de quantidade de álcool (etanol) contida em uma bebida alcoólica (expresso como uma porcentagem do volume total). O padrão ABV é utilizado em todo o mundo. O volume de álcool na solução pode então ser calculado pela variação de peso específico da solução antes e após a fermentação.

Adstringência: Sensação de contração e travamento na boca, em especial na língua, provocada por algumas substâncias como o tanino.

Brassagem: Fase de fabricação de cerveja que consiste na dissolução palavras-cervejeiras dos componentes açucarados do malte e dos cereais não-maltados em uma solução chamada de mosto, que posteriormente receberá o lúpulo para a transformação em álcool e CO2 e obtenção da cerveja.

Carbonatação: Característica natural da cerveja que lhe confere a efervescência, provocando a sensação de textura e aparência espumante. Esse efeito é produzido pela presença de dióxido de carbono (CO2) resultante do processo de fermentação ou de adição artificial.

Corpo: Sensação tátil da bebida em contato com as células sensitivas da boca e que nos dá a percepção de viscosidade e fluidez.

Draft Beer ou draught Beer: Conhecida no Brasil por chope, é a cerveja armazenada em barris e servida sob pressão. Em geral não é pasteurizada e, por isso, seu prazo de validade é bem curto. Também conhecida por tap beer. Em francês, bière à la pression; em alemão, bier vom fass. Alguns puristas na Inglaterra aplicam o nome draught beer apenas à tradicional “real ale”.

Dubbel: Significa “dobro” em neerlandês. O nome passou a ser usado no final do século XIX para designar as cervejas mais fortes produzidas na Bélgica, em especial no Mosteiro de Westmalle. Tornou-se um dos estilos de cerveja belga mais tradicionais, com características especiais de cor (âmbar-escura), aroma (maltado) e teor alcoólico (entre 6% e 7,6%).

Drinkability: Um dos critérios de avaliação de uma bebida, que considera quão agradável é a sensação final do produto a ponto de levar o degustador a repetir a dose. Quanto menor é a vontade de beber outra dose, menor é drinkability da cerveja.

Fermentação: Processo gerado pela levedura, no qual ocorre a conversão de açúcares do mosto em álcool e co2, transformando o líquido em cerveja.

IBU: INTERNATIONAL BITTERNESS UNITS SCALE é a Escala Internacional de Unidade de Amargor (IBU), mede o amargor de uma cerveja, que é calculado pelo lúpulo utilizado durante a infusão. O amargor é menos perceptível em cervejas com uma grande quantidade de malte, que em cervejas mais pesadas, serve para equilibrar o sabor.

Lúpulo: Flores que têm forma de cone. É o principal responsável por fornecer o amargor para a cerveja. Também oferece sabor e aroma variados, dependendo do perfil do lúpulo.

Levedura: Grupos de micro-organismos usados para realizar a fermentação a partir do açúcar e, como é o caso da cerveja, produzir álcool e CO2 (dióxido de carbono). Ex.: Saccharomyces Cerevisiae, Sacchromyces Calsbergensis, Saccharomyces Uvarum.

Maturação: A levedura refina os sabores da cerveja durante a maturação e ajuda no clareamento e acabamento. Pode ocorrer tanto na garrafa como em barril ou no próprio tanque da cervejaria.

Retrogosto: Sensação que permanece após a degustação e a ingestão da cerveja.

Malte: Utilizado na produção de cerveja, o malte é quem proporciona corpo e os açúcares que servirão de comida para a levedura transformar o líquido doce em uma bebida alcoólica. O malte mais utilizado é o da Cevada, pois oferece uma casca mais dura que ajuda na filtragem do mosto, maior quantidade de amido e baixo teor de proteína, sendo assim, mais adequado para a fabricação de cerveja.

*Por: Ana Paula Komar

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*Fonte: clubedomalte

Vai um copo de coquetel químico geladinho?

A cerveja é uma das bebidas preferidas dos brasileiros, seja por nos refrescar em nosso clima quente, como por ter, na maioria das vezes, teor alcoólico baixo, o que a torna um excelente socializador. Mas você sabe como ela vem sendo feita?

Uma lei fundamental pra história da cerveja é a Reinheitsgebot ou, como conhecemos no Brasil, a Lei de Pureza da Baviera, na Alemanha, criada em 1516 com o objetivo de arrecadar mais impostos sobre os insumos. Hoje, porém, ela se tornou a lei de proteção ao consumidor mais antiga do mundo ainda em vigor. O resumo da Reinheitsgebot é: dentro do seu copo de cerveja só pode haver água, malte, lúpulo e fermento (levedura). Fazer cerveja seguindo a Lei de Pureza não significa obrigatoriamente que ela será boa: o cervejeiro pode errar na escolha das matérias primas ou no processo. Mas, boa ou ruim, o consumidor sabe exatamente o que está bebendo.

No Brasil, a coisa é diferente. A legislação brasileira permite substituir o malte de cevada por até 45% de outra fonte de carboidratos, chamados de ‘carboidratos não malteados’. Até pouco tempo usava-se milho ou arroz; atualmente, utiliza-se a High Maltose (em português, Xarope de Alta Maltose), um concentrado superprocessado de açúcares provenientes do milho. Seria como se o milho fosse a cana de açúcar e o Xarope de Alta Maltose, o açúcar refinado. Então, os memes sobre cerveja de milho estão bem desatualizados: o correto seria ‘cerveja de Xarope de Alta Maltose’.

As marcas que usam High Maltose (HM) alegam que fazem isso para a cerveja ficar mais leve. Mas não é verdade. Usa-se HM apenas para diminuir o custo de produção: qualquer mestre cervejeiro conseguiria fazer uma cerveja puro malte leve e refrescante.

Mas há coisa pior.

Tabela da Anvisa com os aditivos cervejeiros permitidos no Brasil: 99% deles não precisam vir escritos no rótulo

A legislação brasileira libera o uso de muitas substâncias químicas para acelerar a fabricação da cerveja, mais químicos para mascarar o que este processo rápido causou de ruim na bebida e ainda mais químicos para conservá-la e estabilizá-la depois de pronta – e a grande maioria deles não precisa ser declarado no rótulo.

O tempo médio para uma cerveja fermentar e maturar deveria ser de 20 dias. Contudo, a grande indústria consegue fazer “cerveja” em 7 dias: usam enzimas para acelerar a mostura, substâncias para fermentar com rapidez e para decantar o fermento, antiespumante durante a fermentação para ganhar espaço dentro dos tanques, estabilizadores pós-filtragem, formadores de espuma para fingir que o trabalho foi bem feito, antioxidantes, conservantes, estabilizantes…. a lista é longa. Ainda colocam corante na pilsen para deixá-la amarela e não precisam declarar esse corante na lista de ingredientes. Aqueles que o usam, dizem que é para corrigir a cor do malte, que varia entre lotes. Em realidade, se não utilizassem, a coloração seria parecida com a da água, já que quase não há malte na receita.

Ainda no tópico ‘malte’: sabe aquela cerveja preta docinha? Então, não leva nada de malte tostado, o que seria o correto. Ela é apenas a cerveja pilsen com muito corante caramelo, por isso fica escura e doce. A cerveja escura preparada com malte tostado é o oposto disso: é seca, adstringente, tem aroma e sabor de café, chocolate amargo e toffee. Vale ressaltar: tudo isso é feito de acordo com a legislação e não está restrito só as megas cervejarias… Muitas “artesanais” utilizam a mesma prática. E como o consumidor consegue identificar esses truques na cerveja? Aí o negócio fica difícil… Teria que pesquisar a marca e estudar a cervejaria antes de beber. Mas nem sempre queremos ter esse trabalho na hora do happy hour.

A cerveja para ser boa não precisa seguir a Lei de Pureza da Baviera e ser apenas feita com água, malte, lúpulo e fermento. Há muitos estilos que levam frutas, ervas, especiarias e outras fontes de carboidratos que são usados para melhorar a bebida. O problema está na liberação de atalhos químicos com o único objetivo de baixar o preço final. Eu acredito na pressão dos consumidores para mudar esse cenário: precisamos não só parar de consumi-las e passar a comprar de quem faz bons produtos, como também pressionar os políticos para elaborar leis que beneficiem o consumidor, não as grandes empresas.

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*Fonte/texto: gastrolandia/ Alexandre Bazzo