O homem é um animal político (ou deveria ser)

O homem é um animal político – zoon politikon – definiu Aristóteles há bastante tempo na Grécia. Para ele, viver em sociedade é condição essencial para a manutenção da vida de qualquer indivíduo. Dessa forma, estar fora de um círculo social significa estar fora da condição humana, isto é, ser algo diferente do homem, mais precisamente – uma besta ou um deus. Sendo o homem diferente de uma besta ou de um deus, necessita inequivocamente da política, exercer a cidadania, participar das decisões da comunidade, a fim de que possa atingir maior plenitude na sua vida.

Para os gregos clássicos, o significado de política estava associado ao de polis – a cidade-Estado – na qual o sujeito exercia o seu papel enquanto cidadão, podendo participar de forma coletiva das decisões que contornariam a sociedade. Existia um sentimento identitário que ligava o indivíduo ao todo – a polis –, de modo que a realização individual se exercia plenamente apenas na vida pública, na qual havia a concretização da cidadania. Em outras palavras, havia uma aproximação muito maior entre a esfera individual e coletiva na sociedade grega se comparada com a nossa.

Para além das romantizações, evidentemente, a ideia de comunidade ou participação política não se estendia a todos, muito pelo contrário. Os excluídos, como os escravos – inclusive – eram fundamentais para que a cidadania fosse algo tão importante entre os gregos, criando a contraposição entre sujeitos livres e participantes das decisões da cidade e indivíduos escravizados e inertes quanto aos destinos da polis.

Entretanto, ainda que críticas devam ser feitas sobre a constituição política na antiguidade clássica, a fim de que interpretações romantizadas sobre o período não sejam construídas, é interessante perceber como houve – mesmo com limitações – a criação e desenvolvimento de uma ideia de participação política e, consequentemente, cidadania e democracia em uma época tão antiga da humanidade. Mais que isso, como havia uma compreensão muito mais profunda da importância de se fazer enquanto indivíduo por meio da política, necessitando estar e agir ativamente na vida pública.

Essas concepções precisam ser retomadas, sobretudo, em um momento em que a democracia anda fragilizada, a ponto de alguns pensadores, como Zygmunt Bauman, considerarem que a sociedade está caminhando para uma “pós-democracia”, já que não há mais uma confiança nas instituições democráticas, nem um compromisso destas em representar os interesses das “cidades”, leia-se, do coletivo.

É imprescindível compreender e recolocar na sociedade a importância do ser político para a vida em comunidade. Pensar e agir de forma egoísta, voltando-se tão somente para o seu ego é ser um idiota na acepção da palavra (um ser que olha apenas para o seu umbigo), ou acreditar que, de fato, é um deus, que não necessita olhar para o outro, agir com alteridade e, logo, procurar alternativas para que a vida em comum seja mais harmônica.

Não é estranho, diante de uma conjuntura em que a vida está sendo inteiramente privatizada, que o pensar público, coletivo, esteja em crise, que a ideia de comunidade esteja completamente fragmentada, e a democracia esteja respirando com a ajuda de aparelhos. Da mesma maneira, é totalmente compreensível, por esse prisma, o modo tirânico como muitas pessoas colocam as suas cosmovisões, impondo goela abaixo o que acreditam, sem respeitar o direito que o outro possui para exercer livremente a sua capacidade de raciocínio ante a realidade que o toca, afinal isso não é ser político, pois onde não há liberdade, a política não pode ser feita.

Esse é o grande cerne da questão, qual seja, a liberdade. É necessário que haja liberdade para que os indivíduos possam ser sujeitos, ou seja, agir na vida pública e exercer a cidadania. Todavia, assim como aconteceu na antiguidade clássica, existe uma limitação muito grande em relação à liberdade e, por conseguinte, à cidadania, uma vez que a grande massa da sociedade – explorada pelas condições de produção impostas pela classe dominante – se torna incapaz de participar efetivamente da vida política e interferir nas decisões e rumos da sociedade.

É claro que existem diferenças entre sociedades da antiguidade e do mundo contemporâneo – é preciso ter cuidado com o anacronismo – mas sejam nesses períodos, ou em outros, sempre há impeditivos e dificuldades para participação política da maior parte da população, tanto em termos quantitativos, quanto qualitativos (o ponto que mais nos aflige atualmente). Dessa forma, o ser político, que se entende enquanto um sujeito individual, mas também compreende a importância de pensar em sentido coletivo, se torna raro, haja vista o não oferecimento de condições para que fosse algo comum (de todos).

Embora o quadro não seja dos mais animadores, é necessário considerar que mesmo sem as melhores condições para o exercício da liberdade diante de tantas ditaduras invisíveis (ou não tão invisíveis), precisamos recuperar a identidade política dos gregos, porque de fato a vida em sociedade nos é imprescindível. Entretanto, é preciso dar um passo adiante, para que a liberdade e a cidadania de uns não sejam exercidas às custas da escravidão de outros, e tampouco o privilégio de poucos; mas o direito real (porque na ficção jurídica já existe) de todos.

Talvez para que isso ocorra, devamos deixar de ser mais idiotas e olhar mais os tantos “invisíveis”, que de uma sociedade à outra continuam “magicamente” existindo, e mais “magicamente” ainda, se multiplicando.

*Por Erick Morais
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*Fonte: provocacoesfilosoficas

Músicas que tocam em lojas podem nos influenciar a comprar?

Não é segredo algum que a música é capaz de despertar emoções e oferecer uma nova percepção. Afinal, ela possui até mesmo o poder nos aproximar de outras pessoas. Mas ao considerar a influência que o som pode exercer em diferentes ambientes, como shoppings, supermercados, bancos e hospitais, o assunto ganha outra dimensão.

Isso porque há uma série de estudos e experimentos que apontam o uso da música de fundo para induzir a determinados comportamentos, uma vez que ela altera a percepção do público em diferentes contextos.

O poder do estímulo da música ambiente
Num hospital, por exemplo, uma música suave pode deixar os pacientes mais relaxados. Em lojas, as canções também podem ajudar vendedores a ter uma melhor forma de contato com os clientes.

Segundo um estudo publicado em 2015, conduzido por Luca Petruzzellis e Ada Palumbo da Universidade de Bari Aldo Moro, na Itália, em conjunto com Jean-Charles Chebat, da HEC Montreal, no Canadá, as músicas influenciam no momento da compra.

Isso porque em lojas, as canções mais famosas deixavam os clientes mais animados e induziam a uma resposta imediata: como resultado, as pessoas ficam mais suscetíveis a consumir. Possivelmente esse impulso seria um efeito da relação entre o som e a memória.

Por outro lado, as melodias mais conhecidas foram associadas à redução da atenção. Ou seja, diferente das canções mais calmas, que promovem relaxamento entre os clientes, elas não são a escolha ideal para chamar a atenção para uma promoção.

A música clássica, apontada como uma aliada daqueles que desejam se concentrar numa tarefa, ou estudar, também já foi usada com outros propósitos. E um dos casos mais famosos ocorreu no metrô de Londres.

Música para acalmar
Em 2003, a música erudita passou a tocar nos vagões de uma linha. Como resultado, segundo a The Independent, o número de roubos diminuiu 33% e o vandalismo caiu 37%. E os ataques aos funcionários também foram reduzidos em 25% ao longo de 18 meses.

Contudo, é importante lembrar que ainda há um elemento subjetivo envolvido. E ele garante que esse recurso nem sempre vai obter o efeito esperado. Afinal, o gosto das pessoas varia e é preciso ter atenção.

Por esse motivo, há locais que estão deixando a música de lado. No metrô de São Paulo, os sons colocados para tocar já motivaram reclamações por parte dos usuários. Da mesma forma, a loja Marks & Spencer, que abusava das composições sonoras para deixar o ambiente mais agradável, aboliu essa prática das suas unidades em 2016.

Ou seja, atentar-se ao som ambiente é uma forma de perceber qual é o comportamento esperado numa determinada situação e avaliar quais benefícios – ou riscos – estão em jogo. Pensando nisso, a melhor saída é investir em formas de desfrutar dos benefícios da música para a rotina.

*Por Mychelle Araújo
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*Fonte: megacurioso

Até onde temos controle sobre a vida?

Autocontrole é a palavra que faz parte da maioria dos discursos de prosperidade, coaching e qualquer coisa que envolva você mudar ou começar a ter uma possível melhora de vida.

E no senso comum, todo mundo busca esse autocontrole, muitas vezes nem sabendo o que significa de verdade ou se é possível alcançar realmente esse nirvana de não ser afetado por nada.

Mas eu quero apresentar a vocês um ponto de vista diferente sobre esse assunto, na verdade, quero levar vocês a refletirem que nós temos muito menos controle sobre as coisas do que realmente achamos ter e que por mais que achemos ter as rédeas da vida, é bem possível que sejamos um pequeno ponto de ação à deriva em um mar de aleatoriedades.

Você não escolhe onde nasce, não escolhe seu corpo, não escolhe sua saúde e nada disso é surpresa, como já é aceito por todos, mas também, o que é muito pouco levado em consideração pelas pessoas, é o fato de não escolhermos nossa natureza, nossa personalidade ou como nos sentimos e interagimos com o mundo a nossa volta.

Já parou para pensar que você nem escolhe o que gosta ou deixa de gostar, chocolate por exemplo, é esperado que a maioria das pessoas gostem e se você gosta não precisa nem se convencer o porquê disso, pra você o chocolate tem um sabor incrível e te faz se sentir bem.

Mas ao mesmo tempo existem pessoas que não gostam de chocolate, e se colocarmos lado a lado, uma que ama chocolate e outra que odeia e dermos o mesmo chocolate às duas, o resultado continuará o mesmo.

É o mesmo chocolate, com o mesmo sabor, mas duas pessoas diferentes, uma gosta do que sente ao comer, do gosto, da sensação e a outra não, e nenhuma das duas escolheram isso.

Ninguém escolhe gostar ou não gostar de chocolate, como também não escolhe o tipo de música que gosta, a cor, ou filmes, ninguém escolhe as sensações e como o mundo à nossa volta nos afeta.

E mesmo gostos que parecem ser muito sólidos nesse exato momento, com o tempo vão mudando e isso é prova de que grande parte dos que nos molda são as experiências da vida.

Então você gostar de chocolate ou não é resultado de quase um caos de aleatoriedades, desde a formação do cérebro humano ao longo dos milhares de anos que nos faz sentir bem por comer certas coisas, como também, a toda construção cultural, seja ela no núcleo familiar, ao meio social mais amplo.

E principalmente, a idade, ou melhor, o tempo, o tempo e todas as experiências que se é possível adquirir ao longo da vida, que te faz passar por inúmeras mudanças e metamorfoses.

Eu acredito sim no autocontrole, como uma ideia geral, é uma ferramenta de crescimento pessoal e que nos torna melhores para lidar com as ações externas, e conter as reações.

Sim ações, porque mesmo dentro da esfera do autocontrole, não controlamos gostar ou não de algo, mas escolhemos como trazemos isso para o mundo.

Como por exemplo, mesmo não gostando de chocolate, aceitamos um pedaço como uma forma de educação.

Por mais que uma pessoa transpareça completo equilíbrio e autocontrole, ainda será um indivíduo comum, que sente o mundo do seu jeito, vai ser afetado, se entristecer por algo, mas não vai trazer isso para fora de qualquer maneira.

Porque talvez, o autocontrole esteja mais ligado às ações que fazemos no mundo, do que na maneira como o mundo nos afeta.

E como dizem que boa parte do que recebemos são ecos do que transmitimos, se algo te faz triste e você devolve, amor, sabe-se lá o quanto dessa atitude muda o mundo que está em volta de você.

*Por Gabriel Fraga
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*Fonte: provocacoesfilosoficas

Superando as várias versões de você mesmo

Qual foi a última vez que você fez uma autocrítica? Se faz tempo, cuidado, você pode estar parado no seu antigo eu. Se foi a pouco tempo, parabéns, você provavelmente é uma versão melhor de você mesmo hoje.

Normalmente, não gostamos de ser criticados e muitas das vezes, ouvir uma crítica, seja ela relacionada ao trabalho, ao comportamento ou a qualquer que seja o objeto da crítica, costumamos entrar em modo de defesa, pensando que aquela crítica nos desconstrói ou prejudica nossa personalidade ou autoridade – se for o caso.

No entanto, não deveríamos ter medo das críticas, ao contrário, deveríamos agradecer ao interlocutor, de quem as críticas estão vindo. Mas para que isso aconteça temos que desenvolver, algo bastante complexo – e que talvez esteja em desuso, a maturidade, sem ela, estaremos subjugados a tudo o que nos disserem.

Digo que a maturidade é complexa, porque, em seu mais amplo sentido, ela deve trazer consigo sabedoria, discernimento, controle emocional e, principalmente, a paciência. De um modo geral, nunca estaremos completamente maduros, sempre haverá, em alguma área de nossas vidas, algo em que poderemos ser melhores amanhã do que somos agora.

Quando se é maduro suficiente para se receber uma crítica, geralmente estaremos enquadrados em três situações possíveis:

As críticas não fazem sentido – então não há com o que se preocupar (geralmente acontece quando a pessoa não te conhece muito bem, e mesmo assim proferem a crítica);

As críticas fazem sentido – nesse caso devemos agradecer pela ajuda, pois tem-se um ponto, ou mais, a ser melhorado;

Você não tem certeza se aquela crítica se encaixa nas que não fazem sentido ou nas que fazem – geralmente é quando ela faz sentido mas não queremos assumir.

Em nenhuma das situações acima deveríamos nos preocupar demais, contudo, as duas últimas merecem atenção, ou poderemos estar deixando passar uma oportunidade de melhorarmos a versão atual de nós mesmos. Em suma é o que acontece com todos os atletas, às vezes as críticas vêm do treinador, outras vezes, vêm dos resultados. Levando-se em conta esta comparação, deveríamos assimilar as críticas recebidas, de colegas, familiares, cônjuges, filhos, líderes, gerentes ou qualquer que seja a pessoa, como sendo nossos técnicos e melhorar nossa versão atual, porque, esperar receber as críticas dos resultados, com certeza irá doer mais, e quem sabe, caso tenhamos baixa resiliência, nos desmotivar de sermos uma versão melhor de nós mesmos.

Algumas atitudes interessantes sobre se tornar uma versão melhor de você mesmo, podem ser encontradas no livro O milagre da manhã do autor Hal Elrod, uma delas nos encoraja a enviarmos um e-mail, para mais ou menos 20 pessoas, pedindo sobre um retorno que nos aponte sobre nossos 3 pontos fortes e 3 pontos a serem melhorados.

O interessante aqui, é que, caso as 20 pessoas forneçam 3 pontos diferentes a serem melhorados, você terá no total, 60 pontos de melhoria mapeadas com muito pouco esforço, e se as pessoas estiverem convergindo para alguns mesmos pontos de melhoria, isso reafirma que este é realmente um ponto a ser melhorado. Você só ganha com o processo.

Se recorde de todas as experiências passadas, em praticamente 100% das situações difíceis você aprendeu mais que nas situações de conforto. O aprendizado, inerentemente, ocorre sob dor e desconforto, e sua versão de você mesmo só melhora quando você aprende.

*Por Ricardo Dias
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*Fonte: engenhariae

Tirar BAND-AID rápido realmente dói menos?

Se você se machucou ou fez um corte, é comum utilizar um Band-Aid para cobrir o ferimento. Ele acaba ficando sobre a pele por alguns dias, e quando chega o momento de removê-lo, a pergunta que paira no ar é: para doer menos, é melhor fazer isso rapidamente ou devagar?

Caso esteja neste grupo, veja aqui o que é melhor fazer na hora de remover o curativo e passe a adotar essa estratégia quanto antes para diminuir as dores.

O que é melhor: remover o Band-Aid rápido ou devagar?
Para quem fica em cima do muro na hora de decidir a melhor forma de remover o curativo, um estudo publicado no The Medical Journal of Australia revelou que fazer isso rapidamente é mais eficaz para sentir menos dor.

O estudo em questão foi feito com 65 estudantes da James Cook University, e no processo eles foram convidados a remover um Band-Aid rapidamente ou de maneira lenta. Eles tinham que escolher um desses processos e depois indicar seu grau de desconforto em uma escala de 0 a 10.

Dessa forma, os que removeram o Band-Aid rápido tiveram uma média de 0,92 na escala de dor, enquanto quem fez isso de maneira lenta (entenda lenta como qualquer número superior a dois segundos) agregou uma nota de 1,58 para o desconforto.

De acordo com um estudo feito com universitários da Austrália, a melhor forma de diminuir a dor na hora de remover o Band-Aid é fazer isso de maneira rápida.

Outro ponto importante é que os Band-Aids foram aplicados em partes diferentes do corpo: a mão, o ombro e o calcanhar, sendo que em alguns casos eles também ficaram sobre partes com pelos. Neste caso, o estudo concluiu que a quantidade de pelo em contato com a cola do item pode interferir na dor sentida ao remover a aplicação.

Por fim, o estudo não considerou questões como a sensibilidade na pele que surge como resultado do machucado ou mesmo a quantidade de cola que acaba grudando na pele — o que, com toda certeza, pode contribuir para aumentar a dor na hora de remover o famoso Band-Aid.

*Por Douglas Vieira
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*Fonte: megacurioso

Você é inteligente ou esforçado?

Aqueles com mentalidade de crescimento valorizam muitas vezes mais o esforço, o comprometimento e a disciplina do que a inteligência.

Suponhamos que você pudesse escolher entre ser inteligente e ser esforçado, qual seria sua escolha? Embora pareça uma pergunta simples, ela vem carregada de crenças equivocadas que podem induzir a escolha. Talvez, para aqueles cujo valor intelectual seja sinônimo de destaque e sucesso, escolham a inteligência, e para aqueles cujo esforço seja o equivalente à persistência e disciplina, optem por serem esforçados acima de serem inteligentes.

Talvez por cultura, achismos, ou simplesmente, por perpetuação da mesmice, a sociedade esteja inclinada a considerar a inteligência como sinal de que o indivíduo dotado desta habilidade mental seja superior aos demais, ou que ele tenha chances muito maiores de ser bem sucedido. Mas será?

O livro Outliers, de Malcolm Gladwell, nos traz diversos pontos curiosos sobre o assunto. Um deles bastante interessante chama atenção quanto à inteligência. Se você fosse perguntado se, entre um grupo de 100 pessoas escolhidas a dedo com inteligência acima da média, e um grupo, de também 100 pessoas, escolhidas aleatoriamente, em qual deles haveria um maior número de pessoas bem sucedidas, qual seria sua escolha?

Pois foi exatamente uma pergunta parecida que o pesquisador, Lewis Terman, se fez há muitos anos atrás. Em sua pesquisa, ele testou mais de 250 mil crianças, selecionando mais de 1,4 mil. Dentre estas, algumas possuíam QI de 200. Algo bem acima da média do considerado normal, ou seja, entre 100 e 120.

Estas crianças tiveram suas vidas monitoradas até se tornarem adultas. Para decepção de Terman, nenhuma das crianças selecionadas se destacaram acima do padrão, no entanto, 2 crianças rejeitadas em seus testes ganharam o prêmio Nobel.

Certamente você já se deparou com situações parecidas à apresentada. Como por exemplo, aquele seu amigo que abriu uma empresa e não parecia ser tão inteligente, o mesmo com aquele seu amigo que se deu bem na vida como construtor ou consultor, aquele conhecido que dias atrás era um funcionário e se tornou empresário, mas todos eles tinham algo em comum, a consistência para se conseguir o que era preciso, e a coragem para iniciar seu próprio negócio.

Não raro, são os alunos “nota C” os responsáveis por empregarem os alunos “nota A”. Um dos motivos disso ocorrer, é que, na maioria das vezes, estes primeiros passaram por muito mais experiências de desaprovação, resultados ruins e desgostos se comparados aos segundos. Os momentos e situações de revezes costumam preparar as pessoas para circunstâncias desafiadoras mais do que os momentos e as situações de êxito. De uma maneira geral eles – os alunos “nota C” – já conhecem o lado de quando as coisas não saem como planejadas, por outro lado, os alunos “nota A” não conhecem, e na maioria das vezes preferem não arriscar para não se colocarem à prova.

Sendo assim, geralmente, os mais preparados para empreender são aqueles que não temem o “fracasso” e que, vez ou outra, tiveram de se esforçar, dar a volta por cima em mais de uma ocasião e conseguiram. Eles se sentem preparados para qualquer situação. Ao contrário, uma vida de sucesso, sem revezes durante a jornada, não costuma preparar bons empreendedores, pois, estes têm medo de arriscarem seu sucesso já garantido, desconhecem o caminho de quando as coisas vão mal.

Então, se você quer “mastigar vidro em frente ao abismo” – definição de empreender segundo Elon Musk – comece por se comportar como um aluno “nota C”, se arrisque mais, se permita errar, e acima de tudo se esforce. Os revezes são melhores professores que os triunfos.

Se você se perguntou sobre os alunos “nota B”, estes, em sua maioria, trabalham para o governo. Mas isso é assunto para outro artigo.

*Por Ricardo Dias
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*Fonte: engenhariae

Inteligência limitada: como IA esbarra em problemas éticos e sociais

Lançamento do ChatGPT, ferramenta que interpreta e se comunica em linguagem humana, inaugura nova era da inteligência artificial. Mas traz problemas morais e o risco de aprofundar desigualdades

“Sou uma pessoa que ama aprender e explorar coisas novas. Gosto de me conectar com outras pessoas e formar relacionamentos significativos. Meu objetivo é ter um impacto positivo no mundo. Eu moro nos Estados Unidos e tenho certeza que podemos ser amigos. É sempre legal conhecermos pessoas novas. Se você quiser me conhecer você pode me enviar um e-mail ou me encontrar nas redes sociais. Em geral estou disponível para conversar ou podemos nos encontrar par um café se estivermos na mesma região”.

Esse é o ChatGPT, segundo sua própria descrição. Criada por uma equipe de engenheiros e cientistas da computação (em mais uma autodefinição), a inteligência artificial (IA) cujos textos parecem ter sido escritos por humanos tem dado o que falar desde seu lançamento, no fim de novembro de 2022.

Em janeiro, a ferramenta alcançou a marca de 100 milhões de usuários ativos pelo mundo, e uma parte da OpenAI, laboratório de pesquisas por trás do chatbot, foi comprada pela Microsoft por um valor não revelado (estima-se algo em torno de US$ 10 bilhões por 49% da empresa).

Desde então, só dá ele em notícias de veículos especializados ou não em tecnologia. Surpreendeu até seus criadores. “Eu esperava que ele fosse intuitivo para as pessoas, e que ganhasse usuários, mas não esperava que alcançasse esse nível de popularidade”, confessou John Schulman, cofundador da OpenAI, em entrevista para a revista MIT Technology Review no início de março. Isso porque o produto não era bem uma novidade para pesquisadores da área, que desde 2018 trabalhavam num novo modelo de processamento de linguagem natural (NLP, na sigla em inglês).

No último dia 14 de março, o ChatGPT ganhou uma versão, ainda mais avançada, com 100 trilhões de variáveis. Além de melhorias na criatividade e em respostas a perguntas específicas, agora ele consegue interpretar imagens, fazer piadas e criar textos mais adequados para cada situação. O que tem feito muita gente perguntar: até onde a inteligência artificial pode ir?

Novo no pedaço
Na ciência da computação, NLP é o ramo de pesquisas em inteligência artificial que desenvolve maneiras de as máquinas interpretarem e se comunicarem em linguagem humana. E isso não envolve apenas o significado das palavras, mas também o contexto, o estilo, as particularidades e complexidades da comunicação. Até então, inteligências baseadas em NLP eram criadas para tarefas específicas, como tradução de idiomas e classificação de documentos.

No caso do ChatGPT, os pesquisadores desenvolveram uma nova maneira de processar a linguagem: o Large Language Model (Modelo de Linguagem Grande, ou LLM, na sigla em inglês). O LLM mudou o paradigma de NLP, uma vez que passou a abastecer os algoritmos com uma base de dados na ordem dos bilhões ou trilhões. O resultado é um chatbot capaz de desempenhar as mais diversas tarefas, como compor versos decassílabos, escrever esquetes de humor, sugerir roteiros de viagem ou redigir e-mails corporativos.

O ChatGPT não foi a primeira ferramenta a combinar diferentes modelos de inteligência artificial para criar algo completamente novo ou útil para os humanos. Paralelamente ao seu sucesso, produtos como Dall-E (também da OpenAI) e Midjourney, programa criado pelo laboratório homônimo na Califórnia, vêm assombrando designers e ilustradores com uma capacidade espantosa de criar imagens e desenhos a partir de comandos de texto.

Na realidade brasileira, o NLP vem sendo utilizado para resolver problemas no Judiciário. Em 2017, o Supremo Tribunal Federal lançou em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) o robô Victor. O sistema atua no acervo de processos eletrônicos da corte para desempenhar tarefas como converter arquivos de imagens em texto, classificar processos e identificar temas de maior incidência.

Mas houve também fiascos. Em novembro, a Meta, empresa por trás do Facebook, anunciou o Galactica, um modelo de IA voltado para ajudar cientistas e estudantes com resumos, cálculos e anotações de fórmulas.

Em três dias, a empresa teve que encerrar a demonstração pública depois de respostas bizarras feitas pelo sistema começarem a pipocar pela internet, como a referência a um artigo inexistente na Wikipedia sobre ursos no espaço.

“Antes do ChatGPT, já existiam grandes modelos linguísticos. O grande diferencial é a flexibilidade e essa versão que é muito fácil de usar, é isso que cria uma interação quase humana”, aponta o advogado Christian Perrone, head das áreas de Direito & Tecnologia e GovTech do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS Rio), no Rio de Janeiro. “Ele não é o único, existe uma série de outros, mas ele se tornou muito famoso pelo grau de possibilidades.”

E são essas possibilidades que têm deixado pesquisadores das mais diferentes áreas do conhecimento desconfiados. “O que o ChatGPT trouxe de novo foi democratizar o acesso, todo mundo passou a poder fazer perguntas para a IA. Isso muda completamente o jogo”, pontua a engenheira Martha Gabriel, que dá aulas sobre Inteligência Artificial na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC- SP). Autora dos livros Inteligência Artificial: do Zero ao Metaverso e Você, Eu e os Robôs, ambos da editora Atlas, ela considera que ainda não temos a dimensão crítica necessária para usar sistemas como esse. “Quanto mais tecnologias poderosas temos, mais poderosos ficamos, sem saber quão poderoso estamos. E quando pessoas que não têm preparo usam aquilo, há um risco grande de causarem dano”, avisa Gabriel.

*Por Marília Marasciulo, com Tomás Mayer Petersen
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*Fonte: revistagalileu

Os animais sentem dor? Saiba identificar para poder ajudar os bichinhos

Nem sempre a dor é perceptível, mas se souber observar o animal, vai entender que ele sente a mesma dor que os humanos sentem

Sim, todos os animais vertebrados sentem dor de um jeito semelhante, embora cada espécie tenha seu modo de demonstrar. É mais fácil identificar a dor em animais como cães, gatos, pássaros, vacas, cavalos e outros que emitem som de dor e demonstram, com movimentos, que estão com dor.

Mesmo assim, eles não podem falar o que estão sentindo, e muitas vezes não demonstram a verdadeira intensidade da dor que sentem. Então, os humanos precisam saber identificar os sinais de dor para poderem ajudar os animais e evitar grandes prejuízos à saúde deles.

A importância de reconhecer a dor nos animais
Assim como nos humanos, a dor nos animais é um sinal de alerta sobre algo que não está bem no corpo. Então, o primeiro ponto de importância em reconhecer que um animal está com dor é saber que há algo errado no corpo dele e que precisa de tratamento.

Além disso, saber reconhecer a dor é essencial para que um animal se recupere bem e mais rapidamente de alguma cirurgia ou se comporte com mais tranquilidade quando precisa ser tratado de algum ferimento. Quando sente dor, o animal se movimenta bruscamente e pode abrir pontos cirúrgicos ou causar uma hemorragia.

Tem ainda o efeito que a dor provoca nos hormônios. Um animal que está sentindo muita dor libera mais adrenalina e cortisol, hormônios que elevam a pressão arterial, a frequência cardíaca, causam arritmias, diminuição da chegada de sangue na pele e órgãos, aumentam a glicemia e causam outros desequilíbrios que podem virar doenças secundárias.

Como identificar a dor nos animais?
A primeira coisa que você tem que pensar é: se esse machucado doeria em mim, provavelmente está doendo no meu animal. Se esse sintoma me faria sentir muito mal ou com dor, provavelmente está causando a mesma sensação no meu animal.

A dor é mais óbvia quando o animal sofre um ferimento e não consegue se mover direito, chora de dor ou não deixa você tocar em alguma parte do corpo. Esses são sinais claros de que ele está com muita dor.

Mas existem os casos em que o animal está com uma dor menos aguda e vai preferir ficar na dele, bem quieto, descansando e evitando movimentos. Além desse comportamento, o animal vai comer menos, tomar menos água, não vai querer brincar, vai dormir mais e pode ficar mais carente de atenção.

O que fazer para ajudar o animal com dor?
Se o seu animal estiver apresentando esse sintomas, leve-o ao veterinário. Os médicos veterinários (principalmente os mais novos e mais atualizados) conhecem uma escala de avaliação da dor com base em aspectos como a postura, o conforto, a vocalização, a mobilidade e a sensibilidade ao toque no animal de cada espécie.

Enquanto isso, tome cuidado ao lidar com seu animal. Pegue nele com o mesmo cuidado que pegaria em uma parte machucada do seu corpo ou de alguma pessoa machucada que precisasse da sua ajuda. Tenha delicadeza e faça movimentos suaves.

O animal com dor precisa ser diagnosticado e tratado. Enquanto está em tratamento, ele receberá medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios, anestésicos ou antitérmicos para aliviar a dor e prevenir infecções. São medicamentos de uso veterinário, diferentes dos utilizados em humanos, e você deve dar ao seu animal de acordo com a orientação do veterinário.

Dependendo do diagnóstico, também existem tratamentos para dor feitos com fisioterapia e acupuntura, principalmente em casos de recuperação de doenças, cirurgias ou em casos de dores crônicas, como artrose. Esses tratamentos ajudam a evitar o uso contínuo de medicamentos que podem trazer efeitos colaterais.

*Por Priscilla Riscarolli
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*Fonte: dicasonline

Criador do celular alerta para o vício gerado pelo dispositivo

Martin Cooper é o engenheiro norte-americano conhecido como “pai do telefone celular”. Em entrevista à Agence France-Presse, ele disse que o dispositivo tem um potencial “quase ilimitado”, mas pode tornar as pessoas viciadas.

Fico arrasado quando vejo alguém atravessando a rua e olhando para o celular. Eles estão loucos. Mas depois que algumas pessoas forem atropeladas por carros, elas descobrirão.
Martin Cooper

Cooper, que tem um iPhone, disse que seu principal uso do aparelho é para falar com as pessoas. Ele afirmou que o aparelho da Apple certamente é muito diferente do bloco de fios e circuitos que usou para fazer a primeira chamada de celular em 3 de abril de 1973.

No final de 1972, Cooper começou a liderar uma equipe de designers e engenheiros para criar o primeiro dispositivo de telefonia que pudesse ser usado em qualquer lugar. Ele reuniu especialistas em semicondutores, transistores, filtros e antenas que trabalharam no projeto durante três meses.

Em março de 1973, eles revelaram o telefone DynaTAC — Dynamic Adaptive Total Area Coverage.

Este telefone pesava mais de um quilo, cerca de dois quilos e meio, e tinha uma duração de bateria de aproximadamente 25 minutos de conversação. Isso não foi um problema. Este telefone era tão pesado que não dava para segurá-lo por 25 minutos.

Cooper
Sobre o futuro do celular, Cooper acredita que os aparelhos, que atualmente são uma “extensão” das pessoas, continuarão a melhorar as nossas vidas.

Para ele, os smartphones serão conectados a uma série de sensores corporais que detectarão doenças antes que elas se desenvolvam.

No futuro, podemos esperar que o celular revolucione a educação, revolucione a saúde. Sei que parece exagero, mas quero que saibam que em uma ou duas gerações venceremos as doenças.


Privacidade no celular: melhore a segurança de suas informações com estas 5 dicas

Você já teve a sensação de que seu celular te espia? De repente, você conversa sobre cachorro com um amigo e seus anúncios aparecem segmentados pelo tema. Depois, visita um restaurante novo e o Google te pergunta se você quer adicionar uma avaliação. Isso nada tem de coincidência e, sim, à privacidade no celular (ou à falta dela). Por isso, o Olhar Digital vai te ajudar a configurar seu dispositivo e aplicativos para diminuir esta invasão. Saiba mais clicando aqui.

Por William Schendes, editado por Bruno Capozzi
/ Com informações de Agence France-Presse
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*Fonte: olhardigital

Ranking dos países com maior tempo de tela é feito. Brasil está no topo

Um ranking mundial mostrou que o Brasil possui o segundo maior tempo de tela do mundo. Entenda por que isso acontece.

De acordo com um levantamento da Electronics Hub, os brasileiros gastam em média cerca de 16 horas por dia acordados, e aproximadamente nove dessas horas são dedicadas a tempo de tela.

Surpreendentemente, isso representa cerca de 57% do tempo. Assim, coloca o Brasil em segundo lugar no ranking de países com maior tempo de tela, atrás apenas da África do Sul.

Entre 2019 e 2021, o uso de smartphones no Brasil aumentou 45%, com as redes sociais e serviços de streaming como principais culpados por esse aumento no tempo de tela.

De acordo com a pesquisa, das nove horas gastas em telas, quatro são dedicadas a rolar feeds de redes sociais como Instagram, TikTok e Facebook.

A pesquisa também revelou que 64% das pessoas que possuem celulares no Brasil são assinantes de pelo menos um serviço de streaming, como Netflix, Globoplay e YouTube.

Em relação a jogos online, o Brasil ficou em sétimo lugar no ranking. Os brasileiros gastam em média uma hora por dia conectados a esse tipo de jogo, ficando atrás de países como EUA e México.

Comparação
De acordo com a mesma pesquisa, o Japão é um país altamente tecnológico, mas curiosamente é onde as pessoas possuem menos tempo de tela.

A média de uso de celulares e/ou computadores no Japão é de apenas três horas e 45 minutos por dia. A pesquisa considerou o tempo de tela para pessoas entre 16 e 64 anos em 45 países.


Por que temos tanto tempo de tela?

O Brasil é um país em que o uso da tecnologia tem se tornado cada vez mais presente na vida cotidiana das pessoas.

Nos últimos anos, houve um grande aumento no número de smartphones, tablets e computadores em circulação no país. Isso acarretou em um aumento significativo no tempo de tela dos brasileiros.

Um dos motivos para o aumento no uso de tecnologia é o fato de que as pessoas têm cada vez mais acesso à internet.

Com a popularização dos planos de internet móvel e Wi-Fi, ficou mais fácil e barato acessar a rede mundial de computadores. Assim, possibilitou que as pessoas fiquem mais tempo conectadas.

Além disso, a pandemia da COVID-19 também contribuiu para o aumento no tempo de tela dos brasileiros, já que muitas pessoas passaram a trabalhar e estudar em casa. Com isso, demandou um aumento no uso de dispositivos eletrônicos.

O isolamento social também levou as pessoas a buscar formas de se entreter e se comunicar virtualmente, o que acabou aumentando o tempo de tela.


Cultural

Além dos fatores mencionados anteriormente, o alto tempo de tela no Brasil também pode ter relação com questões culturais e comportamentais.

Diferentemente de outros países, como o Japão, por exemplo, em que atividades offline são valorizadas e incentivadas, no Brasil há uma cultura de hiperconexão e busca constante por entretenimento virtual.

No Japão, por exemplo, é comum as pessoas praticarem atividades como jardinagem, artesanato e esportes ao ar livre. Enquanto isso, no Brasil essas atividades muitas vezes são deixadas de lado em prol do uso de tecnologia.

Além disso, a cultura de trabalho excessivo e falta de tempo livre pode levar as pessoas a buscarem formas rápidas e práticas de se divertir e relaxar, como assistir a filmes e séries ou rolar feeds de redes sociais.

É importante lembrar que cada país tem sua própria cultura e valores, e que não existe uma forma certa ou errada de viver.

No entanto, é fundamental que os usuários de tecnologia busquem um equilíbrio saudável entre o tempo de tela e as atividades offline, a fim de garantir uma vida mais equilibrada e plena.

Cuidado
A hiperconexão e o uso excessivo de tecnologia podem trazer consequências negativas para a saúde física e mental dos indivíduos.

Uma das principais consequências é o sedentarismo, uma vez que o uso de tecnologia muitas vezes é acompanhado por um estilo de vida mais sedentário e menos ativo.

Além disso, o uso excessivo de telas pode afetar a qualidade do sono. Isso porque a exposição à luz azul emitida por telas pode afetar a produção de melatonina, hormônio que regula o sono. Ainda, pode levar a problemas como insônia e cansaço constante.

A hiperconexão também pode afetar negativamente a saúde mental, pois o uso excessivo do tempo de tela pode levar ao isolamento social e ao aumento dos níveis de ansiedade e estresse.

Além disso, a exposição constante a notícias e informações negativas pode afetar a saúde emocional e psicológica dos indivíduos.

Por isso, é importante que os usuários de tecnologia busquem um equilíbrio saudável entre o tempo de tela e as atividades offline. Dessa forma, poderá garantir uma vida mais equilibrada e plena.

É recomendado que sejam estabelecidos limites para o tempo de tela. Também vale praticar atividades que favoreçam o bem-estar físico e mental, como a prática de atividades físicas, hobbies e interações sociais offline.

*Por Mayara Marques
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*Fonte: fatosdesconhecidos

7 benefícios de ter um gato dentro de casa para a saúde

São muitos os benefícios de ter um gato em sua casa, indo muito além de uma companhia para aqueles dias mais atribulados

Você sabia que existem benefícios de ter um gato que vão além da diversão e paixão por um animal de estimação? Os felinos são ótimos companheiros, sendo um dos bichos mais queridos no Brasil. Segundo o IBGE são 22 milhões de gatos como companheiros, sendo que no mundo, esse número passa dos 271 milhões! E olha que o Brasil é o quarto país que mais acolhe bichinhos em suas residências.

Os gatinhos são uma ótima opção de animal de estimação, são amáveis e muito fáceis de cuidar, grandes companheiros dos seus donos, sendo uma boa opção para pessoas que moram sozinhas e principalmente em apartamentos, pois esse animal é super independente e higiênico.

Apesar do seu ar considerado indiferente, se apegam sim aos seus donos, porém demonstram amor de forma própria, muitas vezes não compreendida por algumas pessoas. É um excelente companheiro para o dia a dia, ensinando bastante também ao seu dono, sobre si mesmo.

Mas essa não é a única vantagem de ter um gato em casa!

Benefícios de ter um gato em casa
O Ministério da Saúde afirma que ter bichinhos de estimação oferece inúmeros benefícios para a saúde, indo muito além de uma boa companhia e aquela recepção calorosa quando se chega em casa, podendo ajudar até no tratamento de doenças:

1. Redução da pressão arterial
benefícios de ter um gato
Crédito: Mental Floss
O próprio Ministério da Saúde cita, dentre os benefícios de ter um gato, a redução da pressão arterial, sendo um fator importante para muitas famílias com pessoas que sofrem com a hipertensão. O simples fato de brincar ou fazer carinho no pet ajuda a controlar a respiração, oxigenando melhor o corpo.

Ao entrar mais oxigênio, através de uma respiração mais lenta e controlada, há também mais circulação sanguínea, alimentando devidamente as células. O que reduz o ritmo de trabalho do coração e, consequentemente, a pressão arterial.

2. Redução do estresse
O estresse em excesso promove o aumento do cortisol no seu corpo, que pode causar diversas doenças, entre elas, problemas cardíacos e envelhecimento precoce. Por isso, manter o controle do nível de estresse é fundamental para uma boa saúde.

Ter um gato como companhia é excelente para esse fim, pois eles trazem alegria para o dia a dia, além de fazerem companhia para quem se sente só. Além disso, ajudam a pessoa a se manter no momento presente, enquanto brinca ou faz carinho, melhorando assim a qualidade de vida.

3. Melhora do sistema cardiovascular
Esses animais possuem o poder de manter os níveis de estresse dos humanos muito baixos, brincar com um gato diminui o quadro de ansiedade e passa a ser um momento de relaxamento. Esse relaxamento faz com que o corpo reduza a produção de cortisol, que ajuda a evitar problemas cardíacos.

Essa fato foi comprovado em uma pesquisa publicada pela Medical News Today, onde se observou que, depois de 10 anos de estudo, as pessoas que criavam gatos tiveram menos 30% de problemas de coração do que as que não tinham, provando mais uma vez os benefícios de ter um gato.

4. Ameniza a solidão
Sabe aquele dia em que a tristeza bate mesmo e, que mesmo que você esteja em uma casa cheia de gente, acaba se sentindo só? Pois isso não acontece com quem tem um gato, criando uma conexão tão profunda, que nem tentando, dá para ficar solitário.

O mesmo se aplica para quem mora em sua própria casa, distante da família e que não está sempre com amigos, para preencher aqueles momentos vazios do dia. O gato vai estar sempre lá, seja para brincar, ronronar ou somente ficar ao seu lado.

5. Dão aquela forcinha na hora da conquista
Pessoas que possuem gatos de estimação são consideradas mais interessantes, sedutoras e simpáticas pelos seus pares. Além disso, é garantia de assunto naquela hora do silêncio mortal.

Mostrar fotos com seu pet, pequenos vídeos das artes e momentos fofos e muito mais, pode gerar proximidade e abertura para novos assuntos, provando que são diversos os benefícios de ter um gato.

6. Ajudam a desenvolver a afetividade
Algumas pessoas têm realmente problemas para criar vínculos e desenvolver a afetividade, sendo sempre recomendado ter um pet. Mas qual seria o ideal? Cachorros são aquelas figuras fofas e agitadas, totalmente carentes e que dão a vida para estar ao seu lado. Então talvez acabem atrapalhando o processo.

Já os peixes e aves são muito impessoais, mantendo a zona de conforto. Os gatos, por sua vez, são afetivos, sem invadir tanto o espaço do dono e têm mais sensibilidade se devem chegar ou não, sendo excelentes para um primeiro passo no processo.

7. Ajudam a desenvolver a responsabilidade
O último dentre os benefícios de ter um gato é sobre ter uma vida sob suas responsabilidades. Ajuda a desenvolver o senso de dever e doação, cuidando da alimentação, higiene, água, banho, saúde e tudo o mais que envolve ter um gatinho.

Isso é excelente para crianças maiores e até adultos, que pretendem se disciplinar e criar rotinas, com um mascote muito fofo e exigente.

Gostou da ideia? Agora que já sabe os benefícios, pode adotar um gatinho! Existem inúmeros centros de adoção procurando por donos amorosos e dispostos a aumentar a família. Procure um mais próximo na sua cidade e arrume um amiguinho para alegar mais o seu lar.

*Por Angela Oliveira
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*Fonte: dicasonline

Memória fotográfica: é possível treinar o cérebro para ter uma?

Descubra se a memória fotográfica é real ou um mito, e aprenda a treinar seu cérebro para melhorar sua capacidade de memória visual.

Memória fotográfica, ou memória eidética, é real ou apenas um mito? Embora não haja evidências científicas claras para apoiar a existência de tal memória, alguns indivíduos afirmam possuir essa habilidade notável. Eles dizem que podem se lembrar de uma cena ou imagem inteira com detalhes incríveis após vê-la apenas uma vez, deixando os outros se perguntando se eles também poderiam desenvolver um talento tão extraordinário.

O cérebro humano tem uma capacidade notável de processar e armazenar informações visuais, mas é um desafio medir a capacidade de memória visual com precisão. Apesar dessa incerteza, sabemos que existem maneiras de melhorar nosso desempenho geral de memória, aprimorar nossas habilidades de lembrança e aumentar a retenção de longo prazo por meio de práticas conscientes e mudanças no estilo de vida.

Neste post, vamos explorar como o cérebro processa imagens visuais e as armazena em sistemas de memória de longo prazo. Examinaremos diferentes tipos de memórias visuais de curto prazo, como memórias icônicas e memórias de trabalho, que nos permitem tomar ações apropriadas com base nos estímulos recebidos. Além disso, discutiremos várias técnicas, como sistemas mnemônicos que auxiliam nas tarefas de memorização, juntamente com outros hábitos saudáveis, como exercícios regulares e o consumo de alimentos ricos em ômega-3, que podem ajudar a melhorar a clareza mental e o foco.

Memória fotográfica: realidade ou ficção?
A existência da memória fotográfica ainda é motivo de debate na comunidade científica. Embora algumas pessoas afirmem tê-la, não está claro se eles possuem um tipo especial de capacidade de memória ou simplesmente têm um aprendizado visual aprimorado.

É difícil avaliar a capacidade de memória visual de alguém, mas pesquisas mostram que uma breve exposição a imagens pode ser suficiente para armazená-las em nossos sistemas de memória de longo prazo. Exposições repetidas também melhoram as taxas de retenção de imagem a longo prazo.

No entanto, existem diferentes formas de memória visual icônica e de curto prazo que não duram indefinidamente. Por exemplo, a memória de trabalho visual pode conter apenas pequenas quantidades de dados de estímulos visuais e as memórias icônicas desaparecem com o tempo.

No entanto, manter o cérebro ativo praticando exercícios de atenção plena e consumindo ômega-3 pode ajudar a aumentar o desempenho geral da memória. Além disso, sistemas mnemônicos e outras dicas úteis podem ajudar a melhorar as habilidades de recordação.

Como ter memória fotográfica?
Indivíduos que afirmam ter memória fotográfica são capazes de reter grandes quantidades de informação visual após apenas breves exposições. Embora a causa exata desse fenômeno seja desconhecida, uma pesquisa publicada na Frontiers of Neuroscience sugere que as taxas de memória de imagem de longo prazo aumentam quando os indivíduos visualizam o mesmo objeto ou cena várias vezes.

Além disso, embora os sistemas de memória icônica sejam capazes de armazenar quantidades substanciais de dados visuais, essas memórias tendem a ser fugazes e podem desaparecer com o tempo. Em contraste, aqueles com memória eidética podem recordar a composição de uma pintura imediatamente após vê-la, mas podem esquecer detalhes com o passar do tempo.

Treinando o cérebro para ter uma memória “fotográfica”
É importante observar que não há evidências científicas que apoiem a capacidade de um indivíduo treinar seu cérebro para a memória fotográfica. No entanto, certas mudanças no estilo de vida e na dieta, como exercícios regulares e consumo de alimentos ricos em ômega-3, podem melhorar a memória de trabalho geral.

Além disso, praticar estudos mnemônicos ou outras técnicas para melhorar a lembrança também pode produzir resultados positivos em termos de retenção de informações visuais no armazenamento de memória de curto e longo prazo.

Faça exercícios
Quando se trata de melhorar sua memória, o exercício físico pode ser uma ferramenta poderosa. Na verdade, uma pesquisa na European Review of Aging and Physical Activity sugere que exercícios moderados por 45 a 60 minutos, três vezes por semana durante seis meses, podem melhorar a memória de trabalho de adultos mais velhos.

Além desse importante benefício, o exercício regular tem sido associado a inúmeras outras vantagens para a saúde. Portanto, se você deseja dar um impulso ao seu cérebro e manter seu corpo em forma ao mesmo tempo, certifique-se de incorporar a atividade física em sua rotina diária.

Atenção plena
Se você está procurando maneiras de melhorar sua memória, o treinamento de atenção plena pode ser a solução de que você precisa. Essa técnica demonstrou melhorar a atenção e a memória de trabalho em pessoas de todas as idades.

Por exemplo, um estudo recente publicado na Frontiers in Psychology revelou que técnicas específicas de meditação podem aumentar significativamente a função e o foco da memória de curto prazo. Ao praticar a atenção plena regularmente, você pode treinar seu cérebro para ficar mais presente no momento e reter melhor as informações.

Portanto, se você deseja melhorar suas habilidades de memória, tente incorporar alguns exercícios de atenção plena em sua rotina diária.

Ômega-3
Uma maneira de melhorar sua memória visual é consumindo alimentos ricos em ômega-3. Embora não haja evidências científicas conclusivas sobre a eficácia do ômega-3 para melhorar a memória fotográfica, estudos sugerem que ele pode ajudar a aumentar a função cognitiva geral.

As membranas celulares do cérebro são compostas principalmente de DHA, que é um tipo de ácido graxo ômega-3. Consumir alimentos como peixe ou tomar suplementos pode fornecer ao cérebro mais DHA e melhorar seu desempenho geral. O ômega-3 também reduz a inflamação, o que pode ser benéfico para a saúde do cérebro.

Embora consumir ômega-3 sozinho não forneça automaticamente memória fotográfica, ainda é uma maneira fácil e saudável de ajudar a melhorar a função cognitiva e apoiar a saúde do cérebro a longo prazo. Então vá em frente e adicione um pouco de salmão ou linhaça à sua dieta!

Conclusão
Além dos métodos de aumento de memória mencionados anteriormente, existem várias outras maneiras de melhorar sua memória. É essencial manter seu cérebro ativo e engajado com uma série de atividades, como leitura, palavras-cruzadas ou quebra-cabeças. Além disso, você pode experimentar sistemas mnemônicos que ajudam a lembrar informações por meio de técnicas de associação e visualização.

Engajar-se em exercícios como atenção plena também pode melhorar seu foco e fortalecer suas habilidades cognitivas. Os ácidos graxos ômega-3 encontrados no óleo de peixe também foram associados à melhora da função cerebral.

*Por Elisson Amboni
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*Fonte: socientifica

Ansiedade com mudanças climáticas afeta a vida de 45% dos jovens no mundo

Pesquisa com 10 mil pessoas de 16 a 25 anos em dez países — incluindo o Brasil — indica que os mais novos consideram o futuro “assustador” e inação de governos é a principal causa

Os impactos ambientais das mudanças climáticas já são bastante estudados pela ciência. Mas eles não se restringem à natureza. Há indícios de que as alterações do clima e suas consequências afetam também a saúde mental dos mais jovens. É o que indica uma pesquisa publicada no periódico Science Direct.

Estudiosos das universidades de Bath, Helsinki e East Anglia entrevistaram 10 mil jovens com idades entre 16 e 25 anos, de dez países diferentes — incluindo o Brasil. O objetivo era entender como eles são afetados pelas mudanças climáticas .

Os participantes responderam a questionários sobre seus pensamentos e sentimentos a respeito da emergência climática e do posicionamento de governos frente a ela. A partir dos dados coletados, eles avaliaram se o sofrimento, a ansiedade, os pensamentos negativos e a angústia dos voluntários em relação ao clima estavam ligados às medidas dos governantes.

Os resultados indicaram que 59% dos entrevistados se mostraram muito ou extremamente preocupados com as mudanças climáticas, e mais da metade relatou sentir tristeza, ansiedade, raiva, impotência e culpa sobre essas questões.

Quanto às ações dos governantes sobre as mudanças climáticas, os jovens tampouco estão satisfeitos: 61% alegaram que a forma como os governos lidam com as alterações do clima não protege o planeta, a geração atual ou as futuras.

Cerca de 75% dos entrevistados veem o futuro como assustador, e mais de 45% consideram que seus sentimentos sobre as mudanças climáticas afetam negativamente sua vida diária. Além disso, muitos admitiram um alto número de pensamentos negativos e sensação de ansiedade e angústia relacionados com as respostas inadequadas do governo de seus países.

“Este estudo mostra um quadro horrível de ansiedade climática generalizada em nossas crianças e jovens. E sugere, pela primeira vez, que altos níveis de sofrimento psicológico em jovens estão ligados à inação do governo”, comenta Caroline Hickman, da Universidade de Bath e coautora principal do estudo, em nota.

Para os estudiosos, medidas para minimizar o sofrimento dos jovens devem partir dos governos e governantes, os responsáveis por adotar ações de combate aos efeitos do clima com intuito de “proteger a saúde mental de crianças e jovens por meio de ações éticas, coletivas e baseadas em políticas contra as mudanças climáticas”.

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*Fonte: revistagalileu

As 3 características que fazem de alguém uma boa pessoa

Você tende a ver o melhor das pessoas ou presume que os outros estão querendo te trapacear? Prioriza a honestidade na conversa ou prefere manter o charme a qualquer custo?

Suas respostas determinam em parte o quanto você é um “santo cotidiano”, de acordo com um grupo de psicólogos que surgiu com uma nova maneira de categorizar traços de personalidade benéficos.

Ajuda a entrar nesse grupo se você vê os humanos, e a humanidade em geral, como fundamentalmente bons – e os trata dessa maneira também.

Duas décadas atrás, psicólogos surgiram com a agora infame “tríade obscura” dos traços de personalidade para entender pessoas como as que não pensam duas vezes antes de trapacear em um teste ou aquelas que caem em cima de alguém mais fraco.

Desde então, os pesquisadores se apoderaram desse trio – narcisismo, maquiavelismo e psicopatia -, relacionando-o a uma variedade de coisas, como sucesso no trabalho, problemas de relacionamento e até mesmo os “sete pecados capitais”.

É exatamente por isso que Scott Barry Kaufman, psicólogo da Universidade Columbia, nos EUA, decidiu que era hora de recompor o equilíbrio em favor do lado positivo de nossas vidas.

“Fiquei bastante frustrado com o fato de as pessoas serem tão fascinadas com o lado sombrio, enquanto o lado da luz da personalidade estava sendo negligenciado”, explica.

Como sua contraparte sombria, a “tríade de luz” investigada por Kaufman e seus colegas compreende três traços de personalidade.

Cada um deles destaca um aspecto diferente de como você interage com os outros: de ver o melhor nas pessoas a ser rápido em perdoar, do aplaudir o sucesso dos outros a ficar desconfortável manipulando as pessoas.

Afinal, que características são essas?

O que os ‘santos do cotidiano’ precisam ter

O primeiro traço, o humanismo, é definido como acreditar na dignidade inerente e no valor de outros seres humanos.

O segundo, o kantismo, recebe o nome do filósofo Immanuel Kant, e neste caso indica tratar as pessoas como fins em si mesmas, não apenas como peões involuntários em seu jogo pessoal de xadrez.

Finalmente, a “fé na humanidade” é sobre acreditar que os outros humanos são fundamentalmente bons e não querem tirar vantagem de você.

William Fleeson, psicólogo da Universidade Wake Forest, nos EUA, diz que as três características se encaixam bem na pesquisa existente sobre o que faz de alguém uma boa pessoa. Em particular, acreditar que outras pessoas são boas parece ser fundamental.

“Quanto mais alguém acredita que os outros são bons, menos sente a necessidade de proteger-se e de punir os outros quando estes fazem algo ruim”, detalha.

Os “santos do cotidiano” não estão apenas beneficiando o resto do mundo com sua gentileza. Kaufman descobriu que aqueles que têm uma alta classificação nestes traços apresentam maior autoestima, senso de identidade e satisfação com seus relacionamentos e com a vida em geral.

Uma série de características fortes também se mostraram ligadas a pontuações altas, como curiosidade, entusiasmo, amor, bondade, trabalho em equipe, perdão e gratidão.

Um pouco de luz, um pouco de sombra
Em vez de ser apenas luz ou obscuridade, a maioria das pessoas será uma mistura. Você pode fazer um teste que mostrará seus níveis de personalidade leve e sombria no site de Kaufman (em inglês).

Enquanto alguém que tem uma pontuação alta em traços de personalidade leve provavelmente terá uma pontuação baixa para os obscuros, ficou claro durante os estudos de Kaufman que estas facetas não estão realmente em oposição direta uma à outra, apoiando a ideia de que somos todos um pouco ambos.

Isso pode ser uma coisa boa. Aqueles com personalidades mais sombrias tendem a ser mais corajosos e assertivos, por exemplo – dois traços que são úteis quando se tenta colocar as coisas em prática. Personalidades mais obscuras também estão correlacionadas com a criatividade e a habilidade de liderança.

“Eu acho que essa dualidade está em todos nós”, diz ele. “Abraçar o lado obscuro é realmente uma coisa muito boa, e aproveitá-lo de forma saudável por seu potencial criativo é mais importante do que fingir que ele não está ali.”

Mesmo se você se virar para o lado da luz, isso não significa que sua vida será toda iluminada.

Uma faceta do kantismo, por exemplo, é o preceito de permanecer autêntico, mesmo que isso possa prejudicar sua reputação. Alguém que vive assim poderá, em nome de permanecer fiel a si mesmo, acabar em uma posição controversa.

“Às vezes, a autenticidade exige tomar uma posição”, diz Kaufman. “Mas você não está fazendo isso de uma maneira que está tentando manipular alguém.”

Tomemos o exemplo de Dorothy Day, uma jornalista e ativista americana que morreu em 1980. Ela dedicou sua vida à justiça social e à assistência aos pobres, fundando abrigos, por exemplo. Por sua trajetória de doação, alguns defendem que ela seja canonizada pela Igreja Católica.

Mas ela nem sempre teria sido considerada agradável por todos.

“Ela era extremamente moralista, viveu na pobreza e muitas vezes perdeu amizades por conta de sua postura”, diz Fleeson.

Aqueles com personalidades mais leves também tendem a se sentir mais culpados – o que não é necessariamente uma coisa ruim, diz Taya Cohen, da Tepper School of Business da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA.

Há uma diferença entre sentimentos saudáveis ​​de culpa desencadeados por nossas próprias ações e ruminações nocivas que poderiam ser classificadas como vergonha, diz ela.

“Mesmo que o sentimento de culpa seja desagradável, em geral, ele ajuda as pessoas a se comportarem de maneiras mais apropriadas”.

De fato, a pesquisa vinculou a tendência à culpa a uma variedade de comportamentos positivos em diferentes aspectos da vida das pessoas. Por exemplo, se você derramasse acidentalmente vinho sobre o tapete novo e claro de um amigo e depois movesse uma cadeira para cobrir a mancha, como você se sentiria no dia seguinte?

Metamorfoses ambulantes

Aqueles que sentem que agiram mal são mais propensos à culpa. Mas essa culpa é, na verdade, apenas sentir uma profunda responsabilidade pelos outros, diz Cohen – uma luz interior que nos guia para fazer a coisa certa.

Se você tem medo de não se sair muito bem no teste da “tríade de luz”, considere que nossas personalidades são mais mutáveis ​​do que você imagina.

Embora o trabalho feito por Fleeson e seus colegas tenha constatado que as pessoas tendem a ser moralmente consistentes a curto prazo, durante um período mais longo, pode haver espaço para manobras.

Day – que está a caminho de se tornar uma santa oficial – acreditava que alguém poderia escolher tornar-se uma pessoa melhor também, forçando-se a mudar de forma lenta mas consistente ao longo do tempo.

Enquanto ainda não há pesquisas para mostrar que a sua ideia funciona para todos, há evidências de que a personalidade é um tanto maleável ao longo de nossas vidas.

“Eu acho que a personalidade é apenas uma combinação de hábitos, estados de pensamento, ação e sentimento no mundo, e que podemos mudar esses hábitos”, diz Kaufman.

Estudos também mostram que a tendência à culpa tende a aumentar ao longo da vida adulta, dos 20 aos 60 anos, então há uma chance de você acabar se tornando mais “santo” à medida que envelhece, quer você goste disso ou não.

O trabalho de Kaufman com a tríade de luz traz uma mensagem esperançosa sobre os humanos em geral. Mais de mil pessoas realizaram os dois testes para revelar seus traços de personalidade leves e obscuros – e em média, os testados inclinaram-se mais para o lado da luz.

“Isso é uma espécie de verificação de que, apesar dos horrores do mundo, as pessoas são por padrão basicamente inclinadas para o lado da luz”, aponta.

Se mais trabalhos sobre esta tríade encontrarem a mesma coisa, isto reforçará a ideia de que, apesar de todas as nossas falhas, as pessoas são basicamente boas.

Talvez isso seja suficiente para estimular a fé na humanidade de qualquer um que esteja oscilando entre o lado sombrio e o lado leve de sua personalidade, e incline a balança a favor da “santidade” cotidiana.

*Por Kelly Oakes – BBC
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*Fonte: bbc-brasil

Pesquisa diz que 50% dos compradores de vinil não têm toca-discos

Você sabe que as vendas de discos de vinil dispararam nos últimos anos e é cada vez maior o número de novos lançamentos musicais que apostam no formato. Mas, sabia que nem todo mundo que compra um vinil tem um toca-discos? Foi o que apontou uma nova pesquisa da empresa de dados de vendas de música Luminate.

No recente relatório da empresa intitulado “Top Entertainment Trends for 2023”, os dados mostram que 50% dos consumidores que compraram vinil nos últimos 12 meses possuem um toca-discos, o que significa que os outros 50% dos consumidores que levaram um desses discos pra casa não têm como ouvi-los.

Segundo o Music Business Worldwide, esta não é a primeira vez que os pesquisadores de mercado notaram uma desconexão distinta entre as compras de discos de vinil e a falta de um aparelho para tocá-los.

Em uma pesquisa de 2016, a ICM descobriu que 41% dos compradores de vinil possuíam um toca-discos, mas não o usavam, enquanto outros 7% disseram que não tinham um toca-discos em casa.

Isso leva a crer que os discos passaram a ser mais um objeto colecionável do que um produto destinado à audição, embora sua qualidade sonora seja melhor do que de outras mídias.

Em uma entrevista de 2020 ao The Times, Rob Crutchley, do grupo britânico da indústria de comércio de música BPI, disse que os “superfãs” estavam alimentando a “cultura de comprar para possuir em vez de comprar para ouvir”. Ele explicou: “Muitas pessoas estão comprando vinil porque são superfãs, então mesmo que não tenham um toca-discos, eles querem apoiar o artista e ter o artefato em si”.

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*Fonte: radiorock89

Redução de proteína explica envelhecimento acelerado associado à depressão

Pesquisadores brasileiros e franceses analisaram a relação entre o transtorno mental a diminuição da proteína GDF11, também ligada à perda de concentração e memória

Nos últimos anos, o diagnóstico de depressão tem se tornado cada vez mais comum e, segundo pesquisas recentes, o transtorno mental está relacionado a um envelhecimento mais rápido entre os pacientes. Um estudo feito por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e por cientistas franceses do Instituto Pasteur identificou mecanismos responsáveis por esse envelhecimento avançado em quem tem depressão.

Publicado em fevereiro no periódico Nature Aging, a pesquisa utilizou a metodologia translacional, em que são feitos experimentos laboratoriais em animais e em humanos.

Utilizando o método conhecido como Elisa, eles injetaram em camundongos a corticosterona, um hormônio associado ao estresse e que induz comportamento depressivo nos animais. Essa metodologia é conhecida por se basear em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas.

Nos animais com comportamento depressivo, foi medido o índice de uma proteína rejuvenescedora chamada GDF11. A expectativa era que a taxa dessa proteína teria sido reduzida — e foi exatamente isso que os pesquisadores puderam observar. A diminuição da GDF11 está relacionada com a perda de concentração, memória e envelhecimento acelerado, sintomas que podem ser apresentados por quem convive com a depressão.

Em seguida, a proteína foi reposta aos animais e eles deixaram de apresentar comportamento depressivo. O baixo índice de GDF11 também foi identificado em jovens diagnosticados com o transtorno mental e a pesquisa indica que pacientes possam lidar com o envelhecimento acelerado mesmo na juventude. A proteína não foi injetada em humanos, pois pode provocar alergias. Mais estudos serão necessários para averiguar se a GDF11 poderá ser usada em tratamento inovadores contra a depressão.

Pequenos obstáculos
Um dos maiores desafios da pesquisa, que foi realizada entre 2018 e 2023, foi mostrar o mecanismo que explica a redução da GDF11. Pois, eles tinham que mostrar e catalogar que a proteína estava baixa na depressão e que, ao se ter a reposição, o paciente saía da depressão através da autofagia, algo que os autores nem cogitam.

“Inicialmente tínhamos a ideia de que a proteína estaria baixa na depressão, e que dando a proteína melhoraria a depressão. Mas que era por meio da autofagia, isso a gente não sabia. Tivemos que ir testando vários outros mecanismos até isolar esse da autofagia”, afirma o professor Flávio Kapczinski, do departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS, ao Jornal da Universidade.

Feita ao longo de cinco anos, outro desafio enfrentado durante a pesquisa foi a formatura e a consequente saída de pós-doutorandos que estavam participando do projeto. “Demorou tanto que foi desmotivando os pesquisadores. A gente teve que se manter firme, fazendo aos pouquinhos cada um dos experimentos”, comenta Kapczinski, que também comemora a publicação do estudo.

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*Fonte: revistagalileu

10 dicas para envelhecer de maneira saudável

Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company, dá dicas de saúde e bem-estar

Com as taxas de natalidade caindo no Brasil desde 1970 é natural que a população idosa cresça rapidamente. Os idosos somam atualmente 31,2 milhões de habitantes, representando 14,7% da população, segundo o IBGE (Instituto de Geografia e Estatística) e a previsão é que o país tenha 73 idosos para cada 100 crianças até 2050. Isso significa aproximadamente 215 milhões de habitantes idosos no país.

Apesar de todos os tabus, envelhecer é o caminho natural e envelhecer com saúde é o que todos desejam. Conforme os anos passam, o corpo sente os efeitos do cansaço e a perda de vitalidade. Para chegar à fase da velhice com mais disposição é preciso prevenir – quanto antes começar a se exercitar, mais fácil será a transição.

As atividades físicas ajudam a aumentar a autoestima, a confiança e ainda prevenir algumas doenças. É uma situação oposta à vivida por muitos idosos, que dedicam o tempo ao chamado lazer ocioso, passivo, como assistir televisão e ficar deitado descansando.

“A muito penso em escrever algo que pudesse ser realmente efetivo para os mais jovens e para aqueles que, como eu, buscam envelhecer com saúde e em plena capacidade funcional. Minha experiência está apoiada em inúmeras modalidades desportivas, incluindo lutas, musculação e até mesmo o Cross Training”, afirma Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company, que traz recomendações para melhorar ou preservar a condição física, e evitar as temidas lesões. Confira abaixo.


Dicas do que deve ser realizado:

Priorize os exercícios integrados: preferencialmente as atividades multiarticulares que envolvem simultaneamente os membros inferiores e superiores. São exercícios que requerem mais de uma articulação, potencializam a participação dos músculos e é um excelente estímulo para o aumento nos níveis de força e coordenação. A partir de gestos funcionais são realizados movimentos que reproduzem as atividades cotidianas como a marcha, a corrida e as ações de sentar e levantar.

Foque nos exercícios de mobilidade: sem dúvida alguma, uma das razões mais comuns para as pessoas se sentirem fora de forma é a incapacidade de realizar determinados movimentos durante as tarefas do cotidiano, especialmente pela redução da mobilidade articular. Infelizmente, os jovens não conseguem perceber o quão importante é ter qualidade física.

“Temos que ter em mente que é muito mais fácil preservar a mobilidade do que ter que trabalhar para recuperá-la. Com o surgimento dos rolos de espuma (Foam Roller), em 5 a 10 minutos de trabalho de mobilidade por dia, você poderá acrescentar um bom condicionamento atlético por anos” ressalta Netto. “Cabe dizer que estudos científicos permitem afirmar o benefício da prática da autoliberação miofascial para se preservar a mobilidade, sem comprometer o desempenho”, completa.

Variação: divirta-se e jogue: variedade é uma questão primordial no treinamento. Portanto não tenha medo de se divertir. Ao longo do tempo de treinamento, você perceberá que seus programas devem ser versáteis o suficiente para preservar o condicionamento físico e a capacidade funcional. Sempre que possível, pratique e experimente suas modalidades esportivas favoritas.

Acrescente exercícios básicos do core: devemos dar ênfase a parte central do corpo, praticando o que denominamos core training, momento em que ocorrem as transferências dos membros superiores para os inferiores e vice-versa. Para que essa transferência ocorra, o trabalho deve ser focado em resistir à extensão e a rotação do tronco.

Acrescente saltos na sua rotina de treinamento: a pliometria pode ser considerada um dos mais famosos treinamentos utilizados para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento da potência muscular dos membros inferiores e da melhora do desempenho atlético.

A pliometria também é conhecida como ciclo alongamento-encurtamento (CAE). Esse ciclo somente ocorre quando existe uma ação muscular excêntrica seguida imediatamente por uma explosiva ação muscular concêntrica. É de extrema importância preservar a nossa capacidade de utilizar efetivamente o CAE. “Isso não implica na necessidade de realizar saltos nas caixas, mas acrescentar pequenos saltos”, enfatiza Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company.

Não fique cansado: para um envelhecimento saudável é fundamental a prática regular de treinamento cardiorrespiratório, como caminhada, corrida, natação, ciclismo, elíptico ou transport. Esse treinamento contribui para melhorar e preservar o consumo de oxigênio adequado e para manter os níveis de açúcar, de colesterol e de triglicerídeos normais.

A escolha da atividade física deve seguir uma lógica como, por exemplo, pessoas obesas ou com lesão nos membros inferiores não podem correr. Já os lesionados na coluna não podem correr e nem praticar ciclismo. Nesse caso, as melhores opções são a natação, o transport ou o elíptico.

Alongue-se sempre: os exercícios de alongamento somados aos exercícios de mobilidade permitem preservar a realização dos movimentos diários e evitam o encurtamento dos músculos, preservando a postura. Exercícios de alongamento são submáximos, de curta duração e não causam dor ou desconforto. São fáceis e podem ser realizados diariamente.

Fique ágil: o treinamento de agilidade é essencial para a autonomia funcional, considerando que o homem tenha que realizar tarefas rápidas e, por muitas vezes, inesperadas em seu dia a dia.

Ser coordenado faz bem: a coordenação é um elemento importante para o ser humano. Os movimentos coordenados garantem um maior desempenho e um menor gasto calórico, além de auxiliar na execução de atividades mais complexas.

Não posso cair e ter mais equilíbrio: em idosos a perda do equilíbrio potencializa quedas e fraturas. Por isso, o treinamento de equilíbrio não deve ser negligenciado e sim realizado por todos, inclusive por atletas. A perda do equilíbrio causa distúrbios osteomioarticulares que, por sua vez, ocasionam maiores cargas nas articulações e nos ossos.

Dicas do que não deve fazer:

Entenda que lesão não é dor. Existe lesão sem dor, ou seja, você pode estar machucado por realizar movimentos inadequados sem saber. Por isso:

Nunca realize em treinamento, no trabalho ou em casa o movimento de pegar e descarregar objetos no chão com flexão tronco lombar, flexão e rotação com os joelhos em extensão;

Iniciantes: devem começar com pouca sobrecarga e poucas repetições;

Não faça o alongamento sentado com um dos membros inferiores à frente e nem com o joelho em extensão ou abdução com joelho flexionado. Esse movimento cria sobrecarga no joelho flexionado;

Deitado dorsalmente, não faça rolamento para trás jogando todo o peso do corpo sobre a cervical;

Não faça ponte com apoio sobre a cabeça;

Evite a circundução da cervical. Rodar a cabeça não é uma boa ideia;

Não se exercite com dor, caso ela não passe durante o pós-aquecimento;

Evite excesso de treinamentos;

Fale com o seu médico para saber se existe a necessidade de fazer densitometria óssea. A osteoporose é um problema de saúde pública principalmente para mulheres na menopausa, sedentárias e, também, para usuários de medicamentos com cortisona;

Caminhadas devem ser moderadas e realizadas com tênis apropriado;

Não passe muito tempo sentado – esta posição aumenta a compressão nos discos lombares;

Pense na sua postura durante todo o dia e faça exercícios posturais diariamente;

Não deixe de se hidratar e beber bastante água;

Mantenha uma boa alimentação e não acredite em dietas milagrosas.

Não se esqueça também de cultivar amizades. Exercícios físicos são importantes, mas manter interações interpessoais de mais profundidade e conexão também são essenciais para uma mente saudável!

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*Fonte: ciclovivo

A teoria da personalidade de Cloninger

A teoria da personalidade de Cloninger leva em conta a influência dos aspectos biológicos e de aprendizagem no comportamento. É uma das teorias mais amplamente aceitas atualmente.

A teoria da personalidade de Cloninger, também conhecida como “modelo Cloninger”, é uma proposta na qual a personalidade é abordada como um sistema que resulta tanto do funcionamento neuroquímico do organismo quanto do aprendizado social. Ambos os fatores operam juntos e determinariam como costumamos agir.

Na teoria proposta por C. Robert Cloninger, o temperamento é abordado como o elemento que integra o funcionamento dos sistemas biológicos. Isso permite que o organismo regule o comportamento para se adaptar ao ambiente e é determinado, em grande parte, por neurotransmissores.

O caráter , por sua vez, é fruto do aprendizado que se adquire ao longo do ciclo vital. Permite que uma pessoa se relacione consigo mesma e com o mundo voluntariamente, com base no que aprendeu com suas experiências. Todos esses elementos são a base da teoria de Cloninger, que também desenvolveu dois testes amplamente aceitos.

“O caráter é o regulador do bem-estar, independentemente do temperamento subjacente.”
-Claude Cloninger-


A teoria da personalidade e temperamento de Cloninger

Na teoria de Cloninger, o temperamento é o núcleo emocional da personalidade. Isso é observado desde tenra idade e permanece relativamente estável ao longo do tempo. Compreende quatro dimensões:

Busca por novidade (BN). É uma tendência hereditária que regula comportamentos como atividade exploratória, resposta à novidade, impulsividade e evitação ativa da frustração. É regulado pela dopamina e seus processos.

Prevenção de riscos (PR). É uma tendência hereditária que leva à inibição do comportamento, em resposta à novidade, à ausência de sinais de recompensa ou punição. Isso leva à evitação passiva de problemas, antecipação pessimista, timidez, etc. É regulado pela serotonina e seus processos.

Dependência de recompensa (DR). É a tendência herdada de responder com aproximação ou apego aos estímulos sociais, dependendo dos reforços recebidos do meio. Leva as pessoas a serem amorosas, dedicadas, sensíveis, dependentes e carentes de aprovação. É regulada pela norepinefrina.

Persistência (PS). Tendência hereditária para manter um comportamento, apesar da frustração ou fadiga. Está associado a comportamentos que já foram recompensados anteriormente e são mantidos por isso. Torna as pessoas perseverantes, ambiciosas, muito determinadas e perfeccionistas. Esta dimensão está associada ao glutamato e à serotonina.

Segundo Cloninger, o temperamento dá origem a hábitos cognitivos.
O temperamento é um reflexo das emoções do indivíduo e é entendido como o foco emocional da personalidade.

Caráter na teoria de Cloninger
O segundo grande eixo da teoria da personalidade de Cloninger é o caráter. Ele é de natureza mental e é expresso deliberadamente. Corresponde ao autoconceito, aos valores pessoais e aos objetivos individuais. Compreende três dimensões:

Autodireção (AD). AD alta torna um indivíduo responsável, confiante, engenhoso e autossuficiente, com grande realismo e eficácia. AD baixa causa o oposto.
Cooperação (C). A C alta corresponde a pessoas que se sentem parte da humanidade, têm princípios e se comportam de forma empática, tolerante e compassiva. Baixa C causa comportamentos opostos.
Transcendência (T). Uma T alta refere-se a pessoas que se sentem parte do universo. Elas têm percepção espiritual, humildade e facilidade diante da dor. Pessoas com baixa T são pragmáticas e materialistas.

Personalidade no modelo Cloninger
Finalmente, a teoria da personalidade de Cloninger aborda o eixo central: a própria personalidade. Esta é uma síntese da interação entre temperamento e caráter. Em outras palavras, entre o ser emocional e o ser cognitivo ou mental.

Essa combinação dá origem a diferentes tipos de personalidade que, por sua vez, em seu extremo se tornam nos seguintes transtornos de personalidade:

Confiável – Estável.
Metódico – Obsessivo.
Precautório – Evitante.
Sensível – Narcisista.
Explosivo – Borderline.
Aventureiro – Antissocial.
Apaixonado – Histriônico.
Independente – Esquizóide.

A combinação de temperamento e caráter origina diferentes tipos de personalidade, segundo Cloninger

A mistura de temperamento, caráter e personalidade é determinante na conduta.

A teoria de Colinger leva a um esquema cognitivo
Nesta teoria da personalidade, o temperamento, o caráter e a personalidade dão origem a hábitos e esquemas cognitivos. Estes fixam um contorno psicobiológico como núcleo central da identidade de um indivíduo, determinando assim seu comportamento.

Com base nesse argumento, foram desenvolvidos dois testes para classificar os indivíduos, bem como os transtornos de personalidade. Atualmente, eles são amplamente utilizados, tanto no campo da psicologia quanto no da psiquiatria.

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*Fonte: amenteemaravilhosa

Curiosidades sobre a raiva

A raiva é como uma fogueira que traz calor e transforma o ambiente ou como uma chama que varre tudo o que toca. A diferença está em como administramos a energia que ela nos proporciona. Neste artigo vamos falar sobre algumas curiosidades relacionadas a esta emoção.

A raiva é uma das emoções básicas e, além disso, uma das que mais nos move a agir. Assim como pode nos deixar doentes se não for canalizado adequadamente, também pode se tornar a centelha que desencadeia uma ação necessária. Por isso, ainda que tenha uma valência negativa -não nos faz sentir bem-, não podemos dizer que seja desadaptativa; na verdade, nenhuma emoção em si é.

Os instintos agressivos de nossos ancestrais eram uma vantagem evolutiva. Se eles não tivessem inventado meios de se protegerem dos predadores, em lutas provavelmente marcadas por “matar ou morrer”, talvez não tivessem sobrevivido. O ser humano é de natureza frágil e hostil. Eles precisavam mais do que o desejo de continuar vivendo para enfrentar os perigos.

No entanto, dar vazão à raiva também não é uma opção positiva. Uma mente raivosa não calcula bem, nem processa ideias adequadamente. Isso geralmente leva a um comportamento errático ou errado. O ideal é encontrar um ponto de equilíbrio. Vejamos algumas curiosidades sobre o assunto.

“Reconheça sua raiva e espere algumas horas ou um dia e pense em como você pode expressá-la de forma mais construtiva.”-David Lebel-


Raiva: uma bomba-relógio para o corpo

A raiva é uma das emoções que causa mais reações físicas no corpo. Segundo especialistas, causa forte tensão muscular, além de aceleração dos batimentos cardíacos. Também leva ao aperto dos dentes e aumenta a sensação de calor e suor. Todo um coquetel fisiológico.

Como se isso não bastasse, como no medo, ficar com raiva faz com que as glândulas supra-renais inundem o corpo com hormônios do estresse: cortisol e adrenalina. Isso porque, nesse caso, os instintos de luta ou fuga também são ativados. Por esse motivo, o cérebro faz com que o sangue seja desviado para os músculos, já que é assim que o corpo é preparado para a atividade física.

Uma pesquisa publicada no European Heart Journal indica que a raiva pode ser perigosa para a saúde do coração. De acordo com o estudo, o risco de ter um ataque cardíaco dobra dentro de duas horas após uma explosão de raiva. Também aumenta o risco de sofrer um AVC. Ambos excelentes motivos para evitar explosões de raiva.

As razões da raiva
Algum tempo atrás, houve uma exploração entre comunidades ancestrais, que se concentrava na raiva. Os cientistas descobriram que os filhos de caçadores-coletores que cometeram homicídio eram mais propensos a ter explosões de raiva e comportamento violento. A partir desta e de outras análises, novas investigações foram produzidas nas quais foi encontrado o que se poderia chamar de “gene da raiva”: MAOA.

De qualquer forma, você deve considerar essa informação com cautela. Ainda não há dados conclusivos sobre os componentes genéticos dessa emoção. Seria de se pensar que, por exemplo, no caso de comunidades ancestrais, ter um pai homicida também poderia envolver componentes de criação que predispõem a reações mais violentas, sem que isso tenha a ver com a genética.

O que está comprovado é que um dos principais gatilhos para a raiva é a frustração. Tentar atingir um objetivo e não alcançá-lo causa aborrecimento e isso facilmente leva a uma resposta agressiva. Mas nem todo mundo reage assim. Pessoas perfeccionistas, obsessivas ou narcisistas são mais vulneráveis.

O lado bom da raiva
Embora poucos se atrevam a dizer que a emoção em questão tem aspectos positivos, a verdade é que tem. Sem ir muito longe, às vezes apenas uma boa dose de raiva leva algumas pessoas a reivindicar seus direitos. Caso contrário, elas permaneceriam passivas e teriam que seguir os ditames dos outros.

A agressividade também é positiva, por exemplo, em uma competição esportiva. Geralmente é um fator que motiva e leva a um maior esforço físico. Por outro lado, as pesquisadoras Heather Lench e Linda Levine fizeram um estudo interessante que incluiu o efeito da raiva na criatividade.

Esses cientistas pediram a um grupo de pessoas para resolver uma série de quebra-cabeças complexos. Depois de tentar, muitos falharam. Aqueles que sentiram tristeza com isso, pararam de tentar. Os mais otimistas, pararam. Em vez disso, aqueles que sentiram raiva continuaram tentando, repetidamente, até conseguirem avançar e resolver mais quebra-cabeças. Isso possibilitou verificar que essa emoção também é um motor muito positivo para a realização.

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*Fonte: amenteemaravilhosa

Dia Mundial da Saúde | 6 hábitos para viver melhor

Na sexta-feira (7/abril), é celebrado o Dia Mundial da Saúde. O momento é marcado pelo incentivo às práticas saudáveis, incluindo os exercícios físicos, a dieta balanceada e a importância dos laços afetivos. Aqui, vale explicar que a saúde não deve ser encarada como uma caixinha, separada, no fundo do armário. Na verdade, ela engloba o indivíduo como um todo, incluindo o seu emocional e a sociedade que o envolve.

Abril Verde | Estudos comprovam importância do exercício físico
Atividade física é mais importante para uma vida longa que a genética
Propositalmente, o Dia Mundial da Saúde também coincide com o aniversário de fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1948. A instituição surgiu de um esforço coletivo, envolvendo a maioria das nações do globo, como forma de tornar a saúde um direito universal para toda a humanidade. Hoje, são 75 anos de atividades.

Afinal, como viver bem e melhor?

Se a nossa saúde está conectada com tudo o que nos envolve, é válido se questionar: como viver bem e melhor no mundo de hoje? Não existe resposta simples para a questão, mas é necessário focar naquilo que está ao seu alcance. Mesmo passos aparentemente pequenos são importantes.

A seguir, confira seis hábitos que podem ajudá-lo nessa jornada do bem-estar:

1. Faça caminhadas diárias
No Dia Mundial da Saúde, adotar o hábito de caminhar é uma boa estratégia para viver melhor (Imagem: Schantalao/Freepik)

De forma quase espontânea, o corpo se sente mais feliz ao caminhar, já que o cérebro libera endorfina, popularmente conhecido como o hormônio da felicidade e do bem-estar. Em paralelo, o indivíduo tonifica seus músculos e pode reduzir o nível de colesterol, explica Mariela Silveira, nutróloga e embaixadora do movimento Global Wellness Day.

Inclusive, são inúmeros estudos que comprovam a importância da atividade física diária, como as caminhadas, para a saúde. Recentemente, o Canaltech publicou um especial sobre o tema, reunindo as mais novas evidências científicas relacionadas.

2. Beba mais água
Embora não exista uma quantidade mínima e universal de água que se deve tomar por dia, é preciso manter o organismo hidratado. Em oposição a esse hábito saudável, a nutróloga Silveira explica que aqueles que bebem menos água, mais comumente, podem sofrer de exaustão, deficiência de atenção e problemas de memória.

3. Aprenda a nutrir conexões verdadeiras
Aqui, a ideia é separar momentos do dia (ou da semana) para serem compartilhados com aqueles que se ama, podendo ser a família ou os amigos. Sem nenhum tipo de interferência tecnológica, como celulares ou televisão, a proposta é se “conectar”, colocar a conversa em dia e nutrir suas relações cara a cara. Afinal, os laços sociais são fundamentais para uma vida longeva e saudável.

4. Opte por alimentos saudáveis
Na hora das refeições saudáveis, vale sempre incluir algum vegetal ou verdura (Imagem: RossHelen/Envato)

Nem sempre é fácil comer bem, ainda mais considerando os custos dos alimentos frescos (in natura) ou ainda os produzidos sem agrotóxicos em comparação com os ultraprocessados. No entanto, vale a tentativa de incluir folhas e outros vegetais durante as refeições, o que terá diversos impactos positivos para o sistema digestivo e pode ainda reduzir o risco de câncer de intestino (colorretal).

5. Durma bem, todas as noites
Durante o sono, o corpo entra em um modo de restauração, no qual o cérebro processa todas as informações absorvidas ao longo do dia. Esta atividade está diretamente ligada com as funções de memória e aprendizagem. Além disso, o dormir bem alivia o estresse, melhora o humor e, dependendo de alguns fatores, pode aumentar a expectativa de vida em até 5 anos. Então, tente dormir por volta de oito horas nesta noite.

6. Faça uma boa ação
Lembra que mencionamos que o estar saudável também depende da sociedade e das outras pessoas que convivem em uma mesma região? Pois bem, um hábito a ser adquirido é fazer boas ações, envolvendo-se mais com a sua comunidade. Em paralelo, buscar um olhar mais otimista para a vida pode representar uma melhora na sua saúde mental.

Fonte: OMS

*por Fidel Forato
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*Fonte: canaltech

Que tipo de atividade física traz mais benefícios para a saúde mental?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recentemente lançou um forte slogan: “Cada movimento conta”. O objetivo é conscientizar da importância da atividade física, mas indo além no sentido de que, considerando os alarmantes índices de inatividade física (não se movimentar o suficiente) da população, cada movimento corporal traz benefícios para saúde.

As recomendações são de aumentar movimentos em qualquer atividade e diversas situações como limpar a casa, subir escadas, lavar o carro, regar as plantas, entre outras. Porém, isso vale para os benefícios para a saúde mental? Uma pessoa que sofre com ansiedade e depressão usufrui de benefícios dessa forma?

Qual é a diferença entre atividade física e exercício físico?
O primeiro ponto é entender os contextos de atividade física e a diferença de exercício físico. Esse último é um tipo de atividade física, mas nem toda atividade física é considerada exercício.

Usar bicicleta como transporte é um tipo de atividade física

Os exemplos de atividades cotidianas acima são de atividades físicas no contexto doméstico, mas também existem o ocupacional (durante o trabalho, como um gari) e de transporte (como ir de bicicleta para o trabalho).

Em geral as evidências são claras e você já sabe disso: atividade física está relacionada à saúde. O exercício físico está mais fortemente relacionado ainda, pois é uma atividade organizada e sistematizada para um objetivo, que pode ser saúde, mas que pode ir além e varia individualmente.

O foco inicial das pessoas que começam a se exercitar, tradicionalmente tem sido o corpo – a estética com a incansável busca por hipertrofia ou emagrecimento. Porém, devido às prevalências aumentadas de distúrbios de saúde mental – ansiedade, depressão e estresse, esse tem sido um evidente motivador para começar a se mexer.

Temos aí um paradoxo, pois a saúde mental pode ser tanto um motivador quanto uma barreira para a prática de exercícios; já percebeu como é difícil sair de casa para a academia em um dia triste ou com humor alterado?

Escrevo exercícios, pois é nesse contexto de atividade física que temos de fato benefícios para saúde mental e não nos outros (transporte, ocupacional e doméstico). Pesquisadores têm destacado que o exercício serve tanto para prevenção de doenças mentais quanto para promoção de saúde mental, mas que para isso o domínio da atividade física desempenha um papel significativo.

Você provavelmente não se sente bem psicologicamente ao limpar a casa ou subir lances de escadas. Tive um exemplo claro disso ao, nas minhas férias, ver duas pessoas na praia: um homem trabalhando recolhendo o lixo, caminhando sob o sol ao longo de toda a extensão da praia; e uma mulher em seu tempo de lazer fazendo abdominais. Como pode o benefício de mexer o corpo ser o mesmo em situações tão diferentes? Não é.

Em uma sessão de exercícios existem aspectos fundamentais que promovem o bem-estar psicológico: socialização, percepção de competência, autoeficácia, autonomia, que podem gerar prazer e melhora da autoestima, os quais são ausentes nos demais contextos de atividade física. Além disso, o aspecto neuroquímico em que neurotransmissores como dopamina e serotonina são liberados no cérebro, ocorre a partir de exercícios. Em artigo publicado há poucos dias, um grupo de especialistas em saúde mental articulou recomendações para atividade física:


Recomendações de atividade física para melhorar a saúde mental

Tipo de exercício
Deve ser escolhido baseado na preferência pessoal, por isso experimente. Se não gosta de academia ou corrida, tente Pilates ou Yoga, se gosta de atividades em grupo tente o CrossFit ou treinamento funcional. Hoje existe uma variedade de modalidades, provavelmente você vai se identificar com alguma.

O CrossFit é uma opção de exercício físico que pode colaborar para a melhora da saúde mental

Ambiente social
Apoio social é fundamental, a valorização do seu comportamento pelas outras pessoas é um fator impulsionador. Outras pessoas influenciam suas atitudes e respostas emocionais ao exercício e isso é fundamental para determinar se você vai praticar ou não.

Domínio
A atividade física durante o lazer pode ser o domínio ideal para promover benefícios sobre a saúde mental.

Ambiente estrutural
Sempre que possível, escolha ambientes naturais e agradáveis como espaços verdes e azuis na natureza, pois eles podem potencializar os benefícios para o cérebro.

Exercícios físicos feitos ao ar livre, como o hiking (trilha) podem trazer ainda mais benefícios para a saúde mental
Basicamente, quando se trata de exercícios para saúde mental: Não importa a modalidade, mas escolha um exercício que goste de fazer durante seu tempo livre (lazer) e veja isso como uma oportunidade de socializar ou mesmo para curtir sua própria companhia (solitude). Quando falamos de atividade física para promover saúde mental, o ambiente importa.

*POR Fábio Dominski é doutor em Ciências do Movimento Humano e graduado em Educação Física pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). É Professor universitário e pesquisador do Laboratório de Psicologia do Esporte e do Exercício (LAPE/CEFID/UDESC). É autor do livro Exercício Físico e Ciência – Fatos e Mitos, e apresenta o programa Exercício Físico e Ciência na rádio UDESC Joinvile (91,9 FM); o programa também está disponível em podcast no Spotify.

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*Fonte: techmundo

Sempre escute o pessimista, mas quando agir seja um otimista obsessivo

“Vamos agora testar uma questão importante: quase todo mundo no Brasil está pessimista, ao pessimismo dominante, ótimo, mais fácil ainda de trabalhar. Vamos testar a idade de vocês. Quem lembra dessa personagem provavelmente tem curso de datilografia, quem lembra dessa personagem fez prova com mimeógrafo, provavelmente teve Orkut, quem lembra dessa personagem é uma pessoa experiente.

É a hiena Hardy, um desenho animado da década de 1960 e 1970. A hiena Hardy ficava dizendo ó vida!, ó céus!, ó azar! Ela era pessimista. Porém tudo que a hiena dizia que podia dar errado, dava. Ela era pessimista mas ela acertava.

Por isso que eu quero dizer a vocês que o pessimismo pode ter alguns valores, ele nos dá uma mostra dos riscos. É importante ter um pessimista na equipe, mas no máximo um. Um apenas, é o que uma equipe tolera. Quando alguém chega e diz ‘nós vamos dobrar o capital, dobrar o número de clientes, nós estaremos em mais 30 países até o ano que vem’ o pessimista diz ‘calma, não é tão fácil’. Então o pessimista é importante para levantar problemas.

Mas agora eu vou mostrar uma imagem daquilo que acredito. No barco está a hiena pessimista dizendo o lógico, ‘o continente está longe a desidratação é certa, há tubarões, essa vela é ridícula, esse remo não vai levar a nada’… ela tem razão, a hiena tem razão, mas observem uma coisa, o pessimista faz um bom quadro dos problemas.[…] Sim, os pessimistas são bons para levantar os riscos, mas os pessimista são péssimos para resolver os problemas.

Para eu resolver um problema, para eu resolver qualquer coisa, eu preciso de um otimismo obsessivo. Se eu não for otimista, gente, eu jamais teria casado, as estatísticas me contrariam, casamento é submarino pode flutuar, mas foi feito para afundar. Se eu não fosse tomado de um otimismo obsessivo e doentio eu não teria filhos, porque é um investimento de retorno muito ruim.

Filhos nunca amortizam o que você investe neles, com filhos você nunca chega ao topo, pelo contrário, você vai investir centenas de milhares de reais e vai ouvir a frase ‘eu te odeio’. Filho não vale a pena, casar não vale a pena, porém se nossos pais não tivessem tido esse otimismo obsessivo nenhum de nós estaria aqui hoje.

Então mais uma vez um conselho forte: ouçam os pessimistas (para pessimista não vale a mãe, a mãe é sempre otimista, ouça o cunhado, cunhado é bom pra isso) vejam o que eles têm a dizer, agradeçam, e enquanto eles falam tenha aquela reação bovina ‘huuuummm’. Ouçam, depois agradeçam, e comecem a trabalhar com o otimismo total, é só assim que se cresce, é só assim que se consegue alguma coisa”.

Transcrição feita pelo Portal Raízes de um trecho da palestra O que é vida plena? – do professor Leandro Karnal.
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*Fonte: portalraizes

A ciência confirma: algumas pessoas drenam nossas energias

Eles são freqüentemente chamados de vampiros emocionais ou emocionais. São pessoas que nos infectam com suas emoções negativas a ponto de esgotar nossas energias, deixando-nos exaustos, com dores de cabeça e envoltos no véu cinzento do desespero. Segundo os cientistas, essa dinâmica pode cancelar completamente o nosso bem-estar psicológico devido ao curioso impacto que ela tem no cérebro.

É impressionante como a psicologia popular sempre gosta de fazer uso de terminologias que descrevem certos processos comportamentais muito bem. Chamar de ” vampiros emocionais ” todas as pessoas que com seus comportamentos, suas palavras ou atitudes nos causam um mal-estar indefinível é apenas uma metáfora .

“Se alguém está procurando uma lata de lixo para jogar fora o lixo, não é sua cabeça” Dalai Lama.

No entanto, alguns especialistas do setor nos dirão que, além de esgotar nossas energias – o que eles fazem e que foi cientificamente comprovado – eles também conseguem transmitir seu humor para nós. Vamos dar um exemplo: um novo colega chega, à medida que o conhecemos, percebemos que ele não está apenas falando sobre eventos negativos e que passa o tempo todo reclamando “.

Quando estamos com essa pessoa, embora nos perguntemos constantemente “por que tenho que ouvir essas coisas?”, Não podemos evitar ser infectados por essa negatividade que a caracteriza, a ponto de reconhecer como, em algumas ocasiões, até consegue diminuir nossa produtividade de trabalho. Existem alguns estudos interessantes que definem esse tipo de pessoa como “maçãs podres”.

Em outras palavras, são indivíduos presentes em todas as realidades de trabalho que, com sua atitude negativa, podem “infectar” toda a força de trabalho transmitindo sua própria carga emocional. Da mesma forma, eles criam ambientes verdadeiramente hostis onde mais de um trabalhador pode se despedir porque se sente literalmente “arrasado”.

No entanto, o fenômeno da maçã podre ou do vampiro emocional caracteriza muitos outros contextos e causa tantas dinâmicas …

O que acontece no cérebro quando “roubam” nossas energias?

Vamos fazer uma pequena viagem ao passado para entender o que acontece quando precisamos nos relacionar todos os dias ou estar perto de uma vítima, pessoa negativa ou simplesmente destrutiva. Você acha que nosso cérebro, para a teoria da seleção natural, está programado para entender a sociabilidade e o contato com nossos semelhantes não como positivos, mas necessários . Para aumentar suas chances de sobrevivência, nossos ancestrais formaram núcleos de vários indivíduos.

Portanto, precisamos que outras pessoas se sintam bem, se relacionem e criem vínculos significativos. Quando isso acontece, nosso cérebro libera ocitocina . Por outro lado, quando somos incapazes de “nos relacionar” com alguém, quando recebemos alguma hostilidade ou desconfiança, nosso cérebro libera cortisol , o hormônio do estresse. Dessa maneira, uma sensação concreta se alojará em nossa mente: a da ameaça.

Ao mesmo tempo, não podemos ignorar o que acontece nessa sofisticada rede de células interconectadas que caracteriza nosso sistema de neurônios-espelho, orientado não apenas para registrar e processar todas as expressões faciais das pessoas ou sua linguagem corporal, mas também para ser infectado. desses mesmos humores que nos cercam. Os estudiosos também argumentam que existem aqueles que são mais sensíveis do que outros a essa “impregnação” , a partir da qual um coquetel venenoso é gradualmente formado para nossa saúde e nosso equilíbrio psicológico.

Dessa maneira, o efeito do estresse químico que irrompe em nosso cérebro devido à sensação de ameaça permanente, é combinado com as emoções negativas que outras pessoas nos transmitem e nos fazem sentir um desejo único e persistente: escapar.

O que fazer para manter um bom nível de energia

Seria bom poder lhe dizer que, para lidar com vampiros emocionais ou personalidades que roubam energia, é suficiente se afastar deles. Mas é pouco mais que um eufemismo, porque todos sabemos que poucos podem deixar o emprego apenas porque há uma “maçã podre” . Nem sequer é possível manter distância para sempre com a mãe ou o irmão que nos privam de desejo, felicidade e energia toda vez que os encontramos.

“A leveza com que os ímpios pensam que tudo ficará bem é engraçada” Victor Hugo

Um excelente livro para aprender mais sobre o assunto e continuar a aprofundá-lo em estudos científicos é “Contágio emocional, estudos em emoção e interação social” . I n que nos é dito que a melhor coisa a fazer nesses casos é que aprender a ser “imune” a essas interações para ser capaz de proteger o nosso bem-estar físico e emocional
A seguir, propomos que você reflita sobre algumas idéias.

3 soluções para conservar suas energias

1- Há mecanismos de defesa para controlar essas pessoas . Uma estratégia muito eficaz para praticar é “desengatar” o impacto que eles podem ter sobre nós. Não hesite, por exemplo, em repetir para si mesmo e por meio de mantra que: “eles drenarão minha energia somente se eu permitir”.

2- Há pessoas que têm o hábito insistente de falar apenas sobre coisas negativas, como a vida é ruim com elas. Uma maneira de detê-los é racionalizar com assertividade: “em vez de reclamar, reaja contra tudo o que você não gosta”, “desejo que pelo menos uma vez tenha sido capaz de falar comigo sobre coisas positivas”.

3- Aprenda a dizer “não” . Essa estratégia é simples e eficaz. Explique imediatamente ao seu vampiro emocional que você não tem tempo para ouvir as críticas dele, que não está disposto a participar de fofocas e, acima de tudo, a ser maltratado de qualquer maneira.


Para concluir, há um momento em que devemos tomar consciência de nossas necessidades para impedir que outros parasitem nossa vida e nossa tranquilidade. Como nem sempre é possível nos cercarmos apenas de pessoas que trazem equilíbrio e felicidade, precisamos aprender a administrar aqueles que nos expõem a furacões de vento com respeito e maturidade, mantendo-nos sempre seguros e conscientes do que queremos.

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*Fonte: fasdapsicanalise

Cientistas listam empregos ameaçados pela Inteligência Artificial

Em 2018 , os pesquisadores – Edward Felten, Manav Raj e Rob Seamans – analisaram os empregos que mais mudaram devido aos avanços da IA ​​entre 2010 e 2015. Em seguida, aprofundaram suas pesquisas em 2021 para criar o AIOE (para AI Occupational Exposição ) — um modelo para medir a exposição à IA no nível da ocupação, mas também no nível da indústria e geográfico.

Tendo feito isso, eles cruzaram essas informações com o banco de dados O*NET (American Occupational Information System) para examinar a importância e a prevalência de cada habilidade em mais de 800 profissões. Depois de deduzir para cada “uma pontuação de exposição profissional à IA”, eles puderam analisar como o progresso feito em um ou outro campo pode afetar as profissões.

Neste novo estudo, eles examinaram as implicações dos recentes avanços na modelagem de linguagem. Curiosamente, o modelo inicial da AIOE mostrou que os empregos de maior risco exigiam alto nível de escolaridade e eram geralmente bem pagos. Mas levando em consideração os avanços recentes na modelagem de linguagem, o modelo retornou uma lista muito diferente.

Ensino superior na berlinda?
O estudo mostra que os trabalhadores de call center são os mais expostos. Esse resultado não surpreende, visto que várias empresas já estão usando chatbots com inteligência artificial para preencher essa função.

No entanto, como apontam os pesquisadores, os operadores de telemarketing poderiam melhorar drasticamente seu trabalho usando a modelagem de linguagem; por exemplo, o que os clientes dizem pode ser usado em tempo real por um modelo de linguagem para fornecer respostas relevantes e personalizadas ao operador de telemarketing.

Isto é seguido por vários professores pós-secundários: professores de língua e literatura inglesa, língua e literatura estrangeira e história. Os professores de Direito ocupam o quinto lugar entre as profissões mais expostas. Os autores do estudo observam que muitas profissões relacionadas à educação estão entre as 20 profissões com maior probabilidade de serem substituídas.

A análise também conclui que os três principais setores expostos a avanços na modelagem de linguagem são, nessa ordem, serviços jurídicos, futuros e outros investimentos e atividades de seguros. Em resumo, educadores e profissionais de serviços financeiros provavelmente serão os primeiros a sofrer com o uso massivo de modelos de linguagem.

No entanto, essas tendências devem ser vistas com cautela. O ChatGPT é conhecido por ter dificuldades com a matemática, especialmente quando se trata de resolver equações complexas – embora tenha recebido recentemente uma atualização que deveria melhorar seus recursos.

Outra IA revelou-se inadequada para o ensino de história , reinventando completamente o perfil de certas personalidades históricas. No fim das contas, tudo dependerá de melhorias futuras e, como já mencionado, das especificidades de cada profissão.

*por Davson Filipe
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*Fonte: realidadesimulada

A teoria do déficit de autocuidado

A teoria do déficit de autocuidado postula que algumas pessoas doentes têm necessidades essenciais que não podem atender de forma autônoma. A identificação dessas necessidades é o primeiro passo para ajudá-las a atender a essas necessidades.
A teoria do déficit de autocuidado

Dorothea Orem foi uma enfermeira teórica, criadora de um modelo assistencial que tem servido de base para a enfermagem moderna e que também pode ser aplicado por todos aqueles que têm um paciente sob seus cuidados. Sua proposta é conhecida como “teoria do déficit de autocuidado”.

Tal teoria baseia-se na premissa de que o indivíduo pode participar de seu próprio cuidado quando se encontra em situação de doença. O que se propõe é oferecer orientações para que a pessoa possa cuidar de si mesma ou processar a ajuda de que necessita, quando sua condição a impede de ter plena autonomia.

Esse modelo indica que, em condições normais, a pessoa deve aprendero autocuidado , pois não é um comportamento inato. Quando alguém está doente ou tem alguma limitação, é importante identificar até que ponto esse autocuidado pode ser prestado. Daí nascem os princípios da teoria em questão.

«… o autocuidado é uma atividade aprendida pelos indivíduos, orientada para um objetivo. É um comportamento que existe em situações específicas da vida, dirigido pelas pessoas a si mesmas, aos outros ou ao meio ambiente, para regular os fatores que afetam seu próprio desenvolvimento e funcionamento em benefício de sua vida, saúde ou bem-estar..
-Ydalsys Naranjo Hernández-

A teoria do déficit de autocuidado
Na teoria de Dorothea Orem, baseia-se no pressuposto de que o autocuidado é um conjunto de ações conscientes e deliberadas que visam especificar as condições de saúde de uma pessoa e as ações necessárias para mantê-las ou melhorá-las.

Existem algumas circunstâncias que são necessárias para uma pessoa manter sua vida e saúde em boas condições. Estas são conhecidas nesta teoria como “exigências de autocuidado” e são dos tipos que veremos em breve.

A teoria do déficit de autocuidado propõe ter as ferramentas para o paciente se defender sozinho

Universal
Estas são as condições que todo ser humano deve ter para garantir sua vida e saúde. Na teoria do déficit de autocuidado, cinco são considerados:

Prevenção de perigos.
Possibilidade de remoção de resíduos.
Acesso a respiração, água e comida.
Desenvolvimento de acordo com o potencial individual.
Equilíbrio entre atividade e descanso, e entre solidão e vida social.

Desenvolvimento
Corresponde às condições necessárias para manter a vida e a boa saúde em momentos específicos do desenvolvimento vital. Inclui a possibilidade de prestar apoio e acompanhamento em processos como gravidez, parto, lactação, velhice, etc. Inclui também os apoios que devem ser prestados em condições como as seguintes:

Deficiências educacionais.
Problemas de status.
Desajuste social.
Doença terminal.
Mudanças de ambiente.
Má qualidade de vida.
Perda de família, amigos, bens ou segurança.

Desvios de saúde
Refere-se às condições necessárias para manter a vida e a saúde quando uma pessoa está doente ou apresenta algum tipo de limitação, seja ela temporária ou permanente. Nesses casos, é necessária ajuda ou assistência nas áreas listadas abaixo:

Assistência médica.
Efeitos do estado patológico.
Acesso a terapias e tratamentos.
Aprender a conviver com a patologia.
Atenção aos efeitos adversos do tratamento ou terapia.
Adaptações para aceitar atendimento, conforme necessário.
O autocuidado inclui apoio e acompanhamento em processos como gravidez, parto e lactação

Sistemas de cuidado
Quem está a cargo de alguém doente deve identificar as necessidades objetivas dessa pessoa, com base nos requisitos de autocuidado já enunciados. A partir disso, segundo a teoria de Orem, é escolhido um modelo de suporte, de acordo com as circunstâncias do paciente.

Neste caso, se deve escolher entre três alternativas possíveis: compensação total, compensação parcial ou suporte educacional. Vamos ver cada um.

Compensação total. Quando o cuidador deve fazer coisas para o outro. Isso significa que grande parte do autocuidado está nas mãos do cuidador e não do doente.
Compensação parcial. Nesse caso, o que se faz é compensar as limitações que o doente tem para prestar o autocuidado. É uma alternativa para “fazer com o outro” e não “no lugar do outro”.
Apoio educacional. Quando a pessoa doente consegue assumir o seu autocuidado, mas ainda necessita de apoio ou apoio para o completar com sucesso. Inclui ações de educação e/ou complementação do autocuidado.

A ideia central da teoria do déficit de autocuidado é identificar com precisão as reais necessidades da pessoa doente e as ações necessárias para satisfazê-las. O objetivo, em todo caso, é implementar ações para que essa pessoa seja cada vez mais autônoma, ou seja, com o objetivo de ser cada vez mais capaz de realizar o autocuidado.

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*Fonte: amenteemaravilhosa

5 sinais de que um cachorro não gosta de você

Será que meu cachorro não gosta de mim? Veja alguns sinais que indicam isso

“Meu cachorro não gosta de mim”: se esse pensamento já passou pela sua cabeça, saiba que você não está sozinho nessa. Os cães costumam ser um pouco mais transparentes do que os gatos, mas isso não significa que, de vez em quando, não possa surgir alguma dúvida sobre o nível de amor dos doguinhos pelos tutores. Os sinais de afeto de um cachorro às vezes passam despercebidos, mas se ele simplesmente ignora a sua existência ou evita contatos visuais com frequência, é bom ligar o alerta.

Está em busca de “sinais que meu cachorro não me ama”? O Patas da Casa preparou uma matéria especial sobre o assunto para desvendar de uma vez por todas como saber se um cachorro gosta ou não de você. Confira!

1) Como saber se meu cachorro não gosta de mim: se ele te ignora, fique atento
Existe uma grande diferença entre não obedecer um comando e te ignorar completamente. Por mais que o adestramento de cães seja necessário para uma boa convivência, às vezes é possível que o cachorro simplesmente não esteja a fim de responder ao chamado. Mas se toda vez que você chama por ele, seja para brincar ou oferecer comida, e ainda assim ele não a mínima confiança, pode ser que ele esteja te ignorando porque não gosta de você.

2) Cachorro que não gosta de mim não vai querer ficar por perto
Ninguém gosta de ficar perto de algum desafeto, né? Pois os cães também são assim e se não gostam de alguém, vão evitar qualquer proximidade. Portanto, se você suspeita de um “cachorro que não gosta de mim”, observe a atitude dele: se você chega em algum cômodo da casa e prontamente o cão sai dali, pode ser que ele não goste muito da sua presença.

Se nem sempre foi assim e você reparou que é uma mudança repentina, vale a pena investigar. Não pense “meu cachorro não me ama mais”: pode ser que ele esteja estressado, ansioso ou até mesmo com algum problema de saúde que o deixou mais apático e sem vontade de interagir. Converse com um veterinário.

3) Se o cão evita qualquer contato visual, pode ser que ele não seja seu fã
Dizem que um olhar pode dizer muito e com os cães isso não é diferente. Por isso, não fazer contato visual é considerado um forte sinal de que um “cachorro que não gosta de mim”. Os doguinhos tentam se comunicar de diferentes formas com a gente, e o olhar geralmente revela se o cachorro tem ou não confiança naquela pessoa. Esse tipo de comunicação, inclusive, é algo que ajuda a descobrir quem o cachorro escolheu como dono, já que a pessoa com quem ele mais interage normalmente é a pessoa “escolhida”.

4) Sinais que meu cachorro não me ama: você não consegue fazer carinho
“Um cachorro que não gosta de mim não me deixa tocar nele”: essa afirmação pode ter um fundo de verdade. Ao contrário dos gatos, os cães não negam um carinho, principalmente daqueles que eles mais amam. Mas quando é um cão desconfiado e esse toque vem de um desconhecido (ou de alguém que ele não gosta), a resposta pode ser negativa (e até agressiva se houver insistência). Então se o cachorro sai de perto quando você se aproxima ou dá uma leve rosnada quando você tenta fazer carinho, esteja atento.

5) Cachorro não abana o rabo quando você chega em casa
Os cães são bem expressivos e uma das maiores fontes de comunicação deles é a cauda, que é uma extensão da coluna vertebral e está ligada a diversas terminações nervosas. Um cachorro abanando o rabo de forma rápida e repetitiva geralmente é um sinal de que ele está feliz (ou quer brincar). Mas se ele não balança quando você chama ou quando chega em casa após um dia de trabalho, provavelmente é um cachorro que não gosta de você.

Meu cachorro não gosta de mim, como mudar isso?
“Meu cachorro não gosta mais de mim, e agora?” Se você tiver paciência, será possível conquistar o peludinho. A maioria dos cães que não gostam de pessoas são assim por causa de experiências ruins, como maus tratos. No entanto, se você souber se aproximar de um cachorro desconhecido e ganhar sua confiança, fica muito mais fácil fazer qualquer peludinho gostar de você. Basta ter muita calma e respeitar bastante o espaço do cão. Tente ganhar a lealdade dele aos poucos, seja com petiscos ou brinquedos.

Também é importante lembrar que uma mudança brusca de comportamento também é sinal de que há algo errado. Se reparou que essas atitudes são recentes, fique alerta. Tudo isso também pode ser indício de que o cachorro está com dor, com algum desconforto ou doença.

*por Erika Martins
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*Fonte: patasdacasa

5 dicas para um sono reparador

Após um longo dia de trabalho, não há sentimento mais reconfortante do que chegar à privacidade do seu quarto e fechar os olhos para uma boa noite de sono.Após um longo dia de trabalho, não há sentimento mais reconfortante do que chegar à privacidade do seu quarto e fechar os olhos para uma boa noite de sono.
5 dicas para um sono reparador
O descanso é uma parte vital da vida humana e influencia diretamente no bem-estar físico e emocional das pessoas. Ter um sono reparador todas as noites não só ajuda a recarregar as energias e regular o humor, mas também reduz o estresse e a ansiedade. Hoje apresentamos algumas dicas úteis para que você possa descansar profundamente.

Comer uma dieta equilibrada, atividade física e dormir o suficiente são alguns dos pilares que o corpo precisa para funcionar de maneira ideal. No entanto, a falta de sono ou o sono de má qualidade podem ter um impacto negativo na saúde mental, aumentando o risco de desenvolver problemas como depressão, ansiedade, cansaço e irritabilidade.

Siga estas dicas para ter um sono reparador
Um ambiente adequado para o descanso pode fazer uma grande diferença na hora de dormir. É por isso que dormir o suficiente todas as noites é essencial não apenas para ajudar seu corpo a se recuperar e se recarregar de energia para enfrentar todos os desafios do dia seguinte, mas também para limpar sua mente e acordar com a melhor atitude.

Aqui estão algumas dicas para melhorar a higiene do sono.

1. Crie um espaço silencioso e escuro no quarto
Nada como dormir em um local limpo, sem barulho, com pouca iluminação e que convide ao relaxamento. Vários estudos relataram que a exposição à luz artificial causa uma interrupção no sistema circadiano do corpo . Algo que com o tempo deteriora a saúde em geral, ao suprimir a secreção de melatonina (o hormônio do sono) que leva à privação do descanso.

Por isso, é necessário tentar reduzir o ruído e a luz, tanto em ambientes internos quanto externos, e assim passar as 8 horas recomendadas durante a noite para ter um sono reparador. Para atingir esse objetivo, você pode usar cortinas blackout, máscaras para dormir, ruído branco ou tampões de ouvido para ajudar a bloquear as distrações.

2. Estabeleça uma rotina para dormir e acordar
Na higiene do sono é necessário estabelecer uma rotina para dormir e acordar
O corpo é sábio por natureza e se adapta aos hábitos de cada pessoa. Por isso é importante definir uma rotina com horários específicos para dormir à noite e acordar pela manhã. Isso ajuda a regular o relógio interno do seu corpo e facilita o adormecimento na hora de dormir.

Da mesma forma, procure investir em um bom travesseiro e um colchão ideal que atenda às suas necessidades e preferências na hora de dormir. Lembre-se de que colchões muito duros ou moles podem afetar a qualidade do sono e causar dores no corpo. Por isso, invista em produtos de boa qualidade para cuidar da sua saúde física e mental.

3. Mantenha uma temperatura fresca e agradável
A temperatura ideal do quarto pode variar de acordo com as preferências individuais, mas, em geral, para a maioria das pessoas fica entre 18-20°C. Um ambiente muito frio ou muito quente fará com que seu corpo não consiga descansar e você não conseguirá dormir a noite toda.

Além disso, quando você dorme, seu corpo libera calor e suor, o que pode afetar a qualidade do seu sono se a temperatura ambiente não for adequada. Se necessário, você pode optar por ventiladores para garantir um fluxo de ar constante, ou usar ar condicionado quando o inverno e a chuva fazem os graus caírem.

4. Evite cafeína e álcool antes de dormir
Cafeína e álcool são contraproducentes para dormir
Múltiplas investigações mostraram que substâncias como o álcool podem manter o cérebro ativo por horas e causar despertares noturnos que impedem uma boa noite de sono. Isso pode eventualmente levar a insônia profunda, sonolência diurna excessiva e arquitetura de sono interrompida. Portanto, é recomendável evitar beber café, chá, refrigerantes, coquetéis ou álcool em geral para adormecer. E se notar que ainda tem muita dificuldade em adormecer, pode consultar o seu médico de família sobre a possibilidade de começar a tomar um suplemento multivitamínico rico em melatonina ou magnésio.

5. Limite a exposição às telas
A exposição à luz azul das telas de aparelhos eletrônicos, como celulares, tablets e televisores, pode interferir na produção de melatonina e dificultar o sono. É aconselhável limitar o uso dessas telas a pelo menos uma hora antes de dormir e, se possível, não ter televisores no quarto para eliminar as distrações.

Em vez disso, em vez de usar dispositivos eletrônicos, você pode optar por ler um livro, ouvir uma música suave ou fazer outras atividades relaxantes que o ajudem a se desconectar das obrigações diárias e se preparar para dormir. Ao limitar sua exposição às telas, você pode melhorar a qualidade do seu sono e, portanto, aumentar sua saúde mental e bem-estar geral.

Siga estas dicas para conseguir um sono reparador
Dormir bem é essencial para desfrutar de uma vida mais saudável e feliz. E para ter um sono reparador e de qualidade, é importante criar um ambiente adequado para o descanso, incluindo cama confortável, ambiente fresco e confortável e iluminação adequada. Além de estabelecer uma rotina regular, limite a exposição às telas e evite o consumo de cafeína e álcool horas antes de dormir.

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*Fonte: amenteemaravilhosa

Coolhunting: você está sendo observado nas redes sociais

O coolhunting nasceu graças ao surgimento da chamada “cultura cool”. Ela depende muito da mídia social para observar as pessoas de forma periférica e assim oferecer os bens que elas almejam.

Coolhunting é uma prática de publicidade e marketing que consiste em “caçar tendências” para aplicá-las a novos produtos ou serviços. Dito de forma menos técnica, trata-se de acompanhar o que está na moda, tanto em comportamentos quanto em consumíveis, e produzir mercadorias com base nesses padrões.

As redes sociais são um dos espaços essenciais no desenvolvimento do coolhunting. Também a rua, mas isso acontece cada vez menos. Por outro lado, nas redes, as pessoas se expressam e expandem seus estilos de vida, suas expectativas e seus desejos. Os mestres do mercado estão lá, prontos para ver o que os consumidores querem. Eles vivem disso.

Coolhouting é uma peça decisiva no consumismo de hoje. Lembremos que não se trata de estar atento às necessidades das pessoas, suas deficiências ou dificuldades para projetar produtos que resolvam tudo isso. O foco está nas “tendências” ou onde a massa de pessoas está correndo, como dizem.

“A cultura da modernidade líquida não tem mais população para iluminar e enobrecer, mas clientes para seduzir”.

-Zygmunt Bauman-

O mundo do cool
Não é fácil definir o que é cool e o que não é. A palavra é usada em muitos contextos e de várias maneiras. Os psicólogos Ilan Dar-Nimrod, do Centro Médico da Universidade de Rochester, e seu colega Ian Hansen, da Universidade de York, fizeram uma pesquisa empírica simples sobre isso.

Eles pediram a 353 estudantes da University of British Columbia para definir a palavra cool. Com essa base, eles estabeleceram uma série de características e, em seguida, pediram que identificassem aquelas que gostariam que seus amigos tivessem.

Os psicólogos ficaram surpresos com os resultados. Os respondentes foram claros: a principal condição para ser cool era ter atratividade física . Ser bonito ou sexy. O resto eram características que alguns definem como “pequeno burguês”: segurança, sucesso, senso de humor, gentileza ou altruísmo. Tal mistura seria a matéria-prima para coolhunting.

Rebeliões à la carte e outros derivados
Os promotores da cultura cool, e, claro, do coolhunting, sabem que há outra característica importante nas bandeiras deste modelo: ser desafiante. O verdadeiro personagem cool é rebelde e disruptivo. Como qualquer um pode ver, as pessoas que se encaixam nesses modelos cool sempre parecem zangadas e falando “eu não me importo com nada”. Mas, além disso: “Eu posso fazer tudo”.

O assunto não é tão inocente quanto parece. Em 1997, o historiador Thomas Frank escreveu um livro que logo se tornou um clássico: The Conquest of Cool. Revelações perturbadoras foram feitas nesta obra. A mais importante delas, que a indústria do entretenimento conseguiu assimilar e transformar as rebeliões genuínas dos anos 60, transformando-as em algo inofensivo e sem substância: cultura cool.

A publicidade transformou a rebelião social em rebelião de capa de revista. Jovens que costumavam se manifestar contra a guerra se transformaram em meninos que furam o nariz ou rasgam a calça jeans para mostrar o quanto são disruptivos. Claro: eles devem ser bonitos (há também uma indústria para isso), mas, acima de tudo, individualistas. Nesta nova órbita, o coletivo é a moda, não a causa.

Coolhunting e impessoalidade
É perfeitamente legítimo que as partes interessadas explorem mercados e identifiquem os gostos dos consumidores. O que pode ser questionável é aquela filosofia que gravita como pano de fundo e que promete satisfação e felicidade, apenas por aderir à tendência atual.

Embora possa ser tomado de ânimo leve, ou seja, também é verdade que nem todos estão preparados para entender esses caprichos do mercado pelo que são: trivialidades passageiras. Às vezes eles se levam muito a sério. Às vezes elas entram em conflito: “Eu não sou cool, meu Deus”. Às vezes elas obedecem a um mandato sutil, embora nem tanto: “Se você não for x, ou se você não fizer y, você está fora”.

Esses tipos de mecanismos e práticas alimentam esse medo atávico de se separar do rebanho. Antigamente, o medo se baseava em desapontar o grupo por não ter sido corajoso, eficaz ou habilidoso. No tipo de cultura de coolhunting, o medo é que você não consiga comprar ou adquirir certos itens, ou que você não seja o que a tendência sugere. Não há perigo maior do que o que alimenta o medo de ser.

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*Fonte: amenteemaravilhosa

Yuval Noah Harari: “Uma nova classe de pessoas deve surgir até 2050: a dos inúteis”

Uma reflexão sobre como os empregos podem desaparecer completamente dentro de algumas décadas por conta da tecnologia.

O professor e escritor Yuval Noah Harari reflete sobre o futuro dos seres humanos em relação a tecnologia.

Desde que começamos a avançar com a ajuda da tecnologia, muitos estudiosos e especialistas começaram a estudar e refletir sobre o impacto desta na vida das pessoas. Yuval Noah Harari, o professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e autor dos livros “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade” e “Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã”, refletiu sobre o assunto em um artigo ao The Guardian, em 2017, que nos faz pensar até hoje.

Assim como já discutido várias vezes anteriormente, a maioria dos empregos que existem podem desaparecer completamente dentro de algumas décadas, visto que a inteligência artificial tem superado cada vez mais as tarefas dos humanos. Sendo assim, muitas profissões, até mesmo as que usam criatividade, podem precisar se adaptar ao mundo virtual, além da possibilidade do surgimento de novos tipos de trabalhos.

Segundo Yuval Noah Harari, uma nova classe de pessoas deve surgir até 2050: a classe inútil. Esta classe seria apenas para pessoas que não estão apenas desempregadas, mas sem a possibilidade de serem admitidas por conta do avanço da tecnologia. Apesar disso, o escritor acredita que essa mesma tecnologia pode tornar viável o alimento e sustentação dos desempregados, por meio de algum esquema de renda básica universal, mas, ele questiona: será que as pessoas irão se envolver em atividades com propósitos ou enlouquecerão sem fazer algo produtivo?

A resposta que o professor da Universidade Hebraica de Jerusalém tem para este problema são os jogos de computador, que trariam mais emoção e envolvimento emocional se comparado ao “mundo real”. Segundo o artigo no The Guardian, Harari diz que, no passado, eram as religiões que davam sentido à vida, seguindo as convicções da religião pertencente, como se ganhasse algum ponto ao orar ou seguir os mandamentos, por exemplo.

Yuval Noah Harari correlaciona a tecnologia com a religião, no qual, hoje, por exemplo, é possível caçar Pokémon através do smartphone e até entrar em conflito com outros jogadores que querem encontrar o mesmo Pokémon na sua rua. Em Jerusalém, por outro lado, não há santidade em lugar algum, mas ao olhar o lugar com os olhos da Bíblia e do Alcorão, é possível ver os lugares sagrados em todos os cantos. De qualquer modo, o professor afirma que o significado que atribuímos a algo é gerado pela própria mente e o sentido da vida continua sendo uma história fictícia criada pelos humanos.

Ao The Guardian, o professor explica que, em Israel, por exemplo, parte dos homens judeus ultraortodoxos nunca trabalham, passando a vida inteira fazendo rituais religiosos e estudando as escrituras sagradas. A família desses homens, porém, não passam fome, em parte porque as mulheres costumam trabalhar e em parte porque o governo fornece apoio a eles, sem faltar nada para as necessidades básicas deles.

Apesar de eles serem pobres e não trabalharem, os homens judeus ultraortodoxos têm níveis altos de satisfação com a vida, se comparado com outro setor da sociedade israelense, pois o apoio que recebem do governo seria a renda básica universal em ação. O professor exemplifica que, se colocarmos um adolescente que gosta de jogos de computador com subsídio mínimo de pizza e coca-cola, sem nenhum tipo de exigência ou supervisão dos pais, nem mesmo um trabalho ou atividades domésticas, é provável que ele fique no quarto por vários dias. Apesar de, sem perceber, ele ficar sem tomar banho ou comer, isso não afetará sua vida ou dará uma sensação de falta de propósito.

Por conta disso, as realidades virtuais podem ser a chave para fornecer o significado de vida para a classe inútil. Além disso, o fim do trabalho não é necessariamente o fim do significado, pois o significado é sempre gerado pela imaginação e não pelo trabalho em si. Então, em 2050, é provável que as pessoas sejam capazes de jogar jogos profundos, construindo mundos virtuais ainda mais complexos.

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*Fonte: osegredo

Você cheira os livros também? O motivo está na … química!

Conforme publicado pela Revista GreenMe, existe uma explicação muito especial para o cheirinho que tanto fascina os leitores de todo o mundo: o cheiro do livro.

Esse prazer tem se perdido com a proliferação cada vez maior das leituras digitais, contudo, o verdadeiro amante dos livros impressos dificilmente abdicará por um longo espaço de tempo desse prazer tão singular.

Quando o leitor contumaz pega em suas mãos um livro impresso, seja ele novo ou antigo, raro deixará de observar o seu cheiro.

Isso seria loucura? Não exatamente: como em todos os aromas, as origens dos cheiros dos livros também podem ser rastreadas até vários componentes químicos , tanto que Andy Brunning, um cientista inglês, examinou em seu blog os processos e compostos que podem contribuir para ambos. os tipos de cheiro.

Quanto ao cheiro de livros novos, de acordo com o químico, é realmente muito difícil identificar compostos específicos, sobretudo porque existem literalmente centenas de compostos envolvidos e, portanto, a atribuição a uma pequena seleção de substâncias químicas se torna complicada.

Segundo Brunning, certamente a maior parte do cheiro do novo livro possa ser atribuída a três fontes principais : o próprio papel (e os produtos químicos usados ​​em sua fabricação), as tintas usadas e os adesivos usado para encadernação dos próprios livros.

Segundo afirma o site: “Na prática, se a celulose e a lignina contidas no papel se desgastarem ao longo do tempo com o resultado do amarelecimento do papel e da liberação de compostos orgânicos, o cheiro típico de livros antigos surge dessa reação. Segundo Brunning, os componentes desse aroma são baunilha, benzaldeído (quase um perfume de amêndoa), odores doces produzidos pelo etilbenzeno e etilhexanol, provenientes do cheiro de flores. É isso mesmo, senhores, uma boa mistura de produtos químicos! Os livros publicados hoje, no entanto, são produzidos com um papel de melhor qualidade do que no passado. E isso, se por um lado, leva a menos degradação das páginas, por outro, também leva a menos capacidade de liberar um cheiro específico.”

Deu até vontade de pegar alguns dos seus livros e cheirá-los, não é? Talvez um livro novo? Talvez visitar uma biblioteca antiga? Não, não se preocupe. Você não está louco… Nós entendemos você, direitinho. Risos

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*Fonte: fasdapsicanalise

O estresse é contagioso?

O estresse é algo muito comum, especialmente na sociedade atual, em constante movimento. Mas o estresse é contagioso? Fato é que, segundo a Organização Mundial de Saúde, o estresse pode ser definido como qualquer tipo de mudança que causa uma perturbação física, emocional ou psicológica.

Há inúmeras experiências e eventos que podem catalisar períodos de estresse, como começar num novo emprego ou ter um filho.

Mas será que o estresse é contagioso? Seria possível “pegar” estresse de outra pessoa?

Um artigo de 2014 na revista Psychoneuroendocrinology chamou atenção online quando seus autores sugeriram que o estresse era contagioso. Os autores afirmaram que o mero fato de ver outra pessoa numa situação estressante pode fazer nosso corpo liberar cortisol, um hormônio envolvido na resposta do estresse.

Esse fenômeno, nomeado como “estresse empático”, tende a ser mais forte quando vemos alguém próximo em sofrimento, os pesquisadores sugeriram, mas também pode ocorrer diante o sofrimento de estranhos.

De acordo com um review na revista Current Biology, as emoções podem se “espalhar” de uma pessoa para outra através de “neurônios espelho”. Seriam células cerebrais que se ativam ao vermos alguém desempenhar alguma atividade — como bocejar —, assim desencadeando uma resposta recíproca.

Isso significa que, se alguém vê outra pessoa cansada, a primeira pode começar a se sentir cansada também. E se vê alguém estressado, pode acabar por adotar ou simular, sem intenções, o seu estado emocional.

Para os cientistas, a capacidade de transmitir emoções é um importante mecanismo de sobrevivência. Por exemplo, numa situação de perigo, se alguém reage emocionalmente, isso pode sinalizar outras pessoas na área, que imediatamente ficam sob alerta.

Essa transferência de emoções, todavia, é uma atitude subconsciente, e não se limita aos humanos. Outros animais também podem perceber as emoções dos membros da sua própria espécie.

O estresse é contagioso, mas pode ser evitado
Assim, ainda que o estresse seja algo que todos buscam evitar, ele acaba por desempenhar um papel importante, tanto para humanos como para animais. Todavia, segundo Tara Perrot, professora de psicologia e neurociências em entrevista ao Live Science, nem todo estresse é igual.

“Ele [o estresse] prepara nossos corpos e cérebros para lidar com o estressor. Se um leão correr em sua direção, você vai querer uma forte resposta ao estresse que libere glicose, aumente a frequência cardíaca e reduza atividades não essenciais, como a digestão”, contou ela.

Contudo, ainda de acordo com Perrot, nos humanos modernos a resposta ao estresse pode ocorrer com uma frequência muito alta. Isso porque nós percebemos muitas atividades diárias como estressantes, e portanto a resposta ao estresse pode ocorrer mais frequentemente do que o adequado, prejudicando o corpo e o cérebro.

Um estudo de 2014 na revista Interpersona descobriu que o estresse pode, em algumas circunstâncias, ser contagioso, e concluiu que um único indivíduo estressado tem a capacidade de “infectar” todo um escritório.

Mas será que é possível evitar esse contágio? Segundo Perrot, tudo depende de como nós abordamos e lidamos com uma determinada situação.

“Toda resposta ao estresse começa com a percepção do estressor”, disse Perrot. Atividades como respirar ar puro, fazer exercícios de respiração e exercícios em geral pode ajudar a superar, ou pelo menos reduzir, o impacto de absorver o estresse alheio.

Joe Herbert, professor de neurociência da Universidade de Cambridge, contou ao Live Science que a chave encontra-se em ver o estresse como dividido em dois componentes: o estressor e a resposta que damos a ele.

“O estressor é externo ou interno, por exemplo, uma demanda financeira ou uma doença”, disse ele. “A resposta ao estresse é como o indivíduo reage — tanto emocionalmente, como também fisiologicamente (hormônios, pressão sanguínea etc).”

Herbert disse ainda que a resposta ao estresse é adaptável, e que aprender a controlar isso é a chave para se proteger do estresse alheio.

Segundo ele, a empatia aumenta a percepção das emoções alheias, mas bons líderes e até mesmo pais e mães conseguem aprender a não absorver o estresse dos outros, lidando com a situação estressora ao invés disso.

*Por Dominic Albuquerque
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*Fonte: socientifica

20 erros de raciocínio lógico que afetam suas decisões

Você faz milhares de decisões todos os dias, mas será que elas são racionais?

Provavelmente não. Desde o que você vai comer no almoço até se você deve fazer uma grande mudança de carreira ou não, a pesquisa científica sugere que há uma série de obstáculos cognitivos que afetam o seu comportamento. E, em certos casos, eles podem impedir que você aja da forma mais correta ou sensata.

1. Viés da âncora
erros raciocínio lógico vieses cognitivos 1
As pessoas confiam demais na primeira informação que ouvem (que, obviamente, pode não ser a mais sensata ou mais correta). Por exemplo, em uma negociação salarial, quem fizer a primeira oferta estabelecerá uma variação razoável de possibilidades na cabeça de cada um dos envolvidos.

2. Disponibilidade heurística
raciocínio lógico vieses cognitivos 2
As pessoas superestimam a importância das informações que estão disponíveis para elas. Por exemplo, uma pessoa pode argumentar que fumar não é perigoso para a saúde porque conhece uma pessoa que fumava três maços por dia e viveu até os 100. Um caso isolado certamente não representa um cenário completo dos malefícios do fumo.

3. Efeito da popularidade afeta seu raciocínio lógico
raciocínio lógico vieses cognitivos 3
A probabilidade de uma pessoa adotar uma crença aumenta baseada na quantidade de pessoas que já possuem essa crença. Essa é uma forma poderosa de “pensamento de grupo” e é a razão pela qual muitas vezes reuniões são improdutivas.

4. Viés do ponto cego
raciocínio lógico cognitivos 4
Falhar em reconhecer seus vieses cognitivo é um viés em si. As pessoas percebem vieses cognitivos e motivacionais nos outros muito mais frequentemente que em si mesmas.

5. Viés do suporte de escolha
raciocínio lógico vieses cognitivos 5
Quando as pessoas escolhem algo, tendem a se sentir positivas sobre sua escolha, mesmo que ela tenha falhas. Como o fato de que você ama seu cachorro, mesmo que ele seja agressivo e morda as pessoas às vezes.

6. Ilusão da aglomeração
raciocínio lógico vieses cognitivos 6-
Essa é a tendência de ver um padrão em eventos aleatórios. Ocorre em muitas falácias de jogos de azar, como a ideia de que vermelho é ou mais ou menos provável de aparecer numa roleta depois de uma rodada de vermelhos.

7. Viés da confirmação
raciocínio lógico vieses cognitivos 7
Nós tendemos a prestar atenção somente em informações que confirmam a nossa percepção das coisas – por exemplo, você acredita somente em um determinado dado que pode corroborar seu pensamento sobre a mudança climática, mas desconsidera toda uma pesquisa científica que descobriu o contrário.

8. Viés do conformismo
raciocínio lógico cognitivos 8
As pessoas favorecem evidências anteriores a novas evidências ou informações que possam surgir. Por exemplo, demoramos para aceitar que a Terra era redonda porque muitos se agarravam a um “entendimento antigo” de que o planeta era plano.

9. Viés da informação
raciocínio lógico
A tendência de procurar informações quando elas não afetam ações. Mais informação não é sempre melhor. Com menos dados, as pessoas podem às vezes fazer predições mais precisas.

10. Efeito avestruz
raciocínio lógico vieses cognitivos 10
A decisão de ignorar informações negativas ou perigosas “escondendo” a cabeça no chão, como um avestruz. Por exemplo, investidores checam os valores de suas ações com muito menos frequência durante uma fase ruim de mercado.

11. Viés do resultado
erros de raciocinios vieses cognitivos 6
Esse é o ato de julgar uma decisão baseado no seu resultado, e não em como a decisão foi tomada no momento em que foi feita. Só porque você ganhou bastante dinheiro em um cassino de Las Vegas, não significa que ter apostar todo seu dinheiro em uma noite é uma decisão inteligente.

12. Superconfiança
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Algumas pessoas confiam demais nas suas habilidades, o que as levam a tomar riscos maiores em suas vidas diárias. Especialistas são mais propensos a esse viés que leigos, visto que são mais convencidos de que estão certos.

13. Efeito placebo
A simples crença de que algo terá um efeito em você causa de fato um efeito. Em medicina, pílulas que não contêm droga nenhuma muitas vezes provocam as mesmas respostas fisiológicas que a droga real.

14. Viés pró-inovação
Idea concept with row of light bulbs and glowing bulb
Acontece quando o proponente de uma inovação supervaloriza sua utilidade e desvaloriza suas limitações.

15. Recência
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A tendência a pesar as últimas informações mais fortemente que as mais anteriores. Investidores frequentemente fazem decisões ruins porque pensam que o mercado vai sempre ser como é hoje.

16. Saliência
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A tendência a se concentrar nas características mais facilmente reconhecíveis de uma pessoa ou conceito. Por exemplo, quando pensa na morte, uma pessoa pode temer mais uma queda de um avião do que um acidente de carro, que é muito mais provável.
Paradoxo de Fredkin: por que você perde tanto tempo com decisões banais?

17. Percepção seletiva
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Isso é permitir que nossas expectativas influenciem nossa percepção do mundo. Por exemplo, em um jogo de futebol, a torcida de cada time sempre se lembra do adversário cometendo mais faltas.

18. Estereotipagem
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Ocorre quando esperamos que certa pessoa ou grupo tenha determinadas características mesmo sem conhecê-los de verdade. No dia-a-dia, os estereótipos nos ajudam a identificar rapidamente amigos e inimigos, mas as pessoas frequentemente abusam deles, usando-os para fazer julgamentos sem informações reais.

19. Viés da sobrevivência
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Um erro que ocorre quando nos focamos apenas em exemplos sobreviventes, nos fazendo julgar erroneamente uma situação. Por exemplo, você pode pensar que ser empreendedor é fácil porque não ouviu muitos exemplos de empreendedores que falharam, apenas dos que foram bem sucedidos.

10 razões que explicam por que você NÃO está no controle de suas próprias decisões
20. Viés do risco zero
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Sociólogos descobriram que seres humanos amam a certeza e a segurança, mesmo quando elas são contraprodutivas. Assim, preferem tomar decisões que venham sem riscos, ainda que não sejam as melhores. [BusinessInsider]

*Por Natasha Romanzoti
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*Fonte: hypescience

A chave para a felicidade, segundo o maior estudo já feito sobre o assunto

O que você vai ler a seguir é muito mais do que uma entrevista.

É o resultado de décadas de um estudo com centenas de pessoas sobre o que realmente importa na vida.

Há 85 anos, a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, conduz o mais longo estudo científico sobre felicidade da história.

O “Estudo sobre o Desenvolvimento Adulto” começou em 1938 com cerca de 700 adolescentes. Alguns deles eram estudantes de Harvard, outros viviam nos bairros mais pobres de Boston.

A pesquisa os acompanhou ao longo de suas vidas, monitorando periodicamente suas alegrias e dificuldades, seu estado físico e mental. E agora, também inclui os parceiros e filhos dos participantes iniciais.

Robert Waldinger, professor de psiquiatria na universidade e mestre zen, é o quarto diretor do estudo.

Sua palestra de 2015 na plataforma TED foi vista mais de 40 milhões de vezes. E ele é coautor de um novo livro, The good life (“A boa vida”, em tradução livre) sobre as principais lições do estudo.

Waldinger explicou à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, por que a qualidade dos nossos relacionamentos é o principal indicador de nossa felicidade e saúde à medida que envelhecemos. E lembrou que nunca é tarde para “energizar” as relações ou construir novas conexões.

Leia a entrevista abaixo.

BBC – Qual foi a descoberta que mais chamou a atenção no estudo?

Robert Waldinger – Não foi nenhuma surpresa que as pessoas em relacionamentos mais calorosos sejam mais felizes. Isso faz sentido.

Mas a surpresa foi a de que as pessoas que têm relacionamentos mais calorosos permanecem fisicamente mais saudáveis ​​à medida que envelhecem.

A questão que surge é: como os relacionamentos podem torná-lo menos propenso a desenvolver diabetes tipo 2 ou doença arterial coronariana?

Outros estudos mais tarde descobriram a mesma coisa, e percebemos que esse é um achado forte.

Passamos os últimos dez anos em nosso laboratório tentando entender como os relacionamentos afetam nossos corpos e mudam nossa fisiologia.

BBC – Qual é sua hipótese para isso?

Waldinger – O estresse é uma parte natural da vida. Se algo estressante acontecer comigo esta manhã, haverá mudanças em meu corpo: a frequência cardíaca aumentará, minha pressão arterial aumentará. Esta é a chamada “reação de luta ou fuga”.

Mas espera-se que nosso corpo volte ao equilíbrio, ao normal, uma vez que o estresse foi embora.

Algo que percebemos é que a solidão e o isolamento são estressantes.

Se algo incômodo, estressante, aconteceu, posso ir para casa e conversar com minha esposa ou ligar para um amigo. Se eles forem bons ouvintes, posso sentir meu nível de estresse diminuir. Mas se não tenho ninguém assim, se estou isolado e sozinho, acreditamos que o corpo permanece em um grau latente de “reação de luta ou fuga”.

Isso significa que haverá níveis mais altos de hormônios do estresse, como o cortisol, circulando em meu sangue, e níveis mais altos de inflamação em meu corpo. E esses fatores gradualmente desgastam e atacam diferentes sistemas corporais. Dessa forma, o isolamento social e a solidão podem afetar as artérias coronárias e as articulações.

BBC – Você assegura no livro que uma vida boa é uma vida complicada — há felicidade, mas também dor. Ter bons relacionamentos nos ajuda a processar melhor as emoções difíceis?

Waldinger – Sim, eles nos ajudam a gerir melhor as emoções porque as relações muitas vezes nos permitem falar sobre o que sentimos. E, em primeiro lugar, temos um sentimento de pertencimento.

Somos animais sociais. Provavelmente evoluímos assim porque é mais seguro estar em grupo. E sentir que pertencemos a um grupo é uma forma de aliviar o estresse.

Quando você sente que é a única pessoa com um problema, você não se sente bem. Em vez disso, se conversa com outras pessoas que têm esse problema, isso fará com que você se sinta menos sozinho. É um sentimento muito poderoso e acreditamos que seja um importante regulador do estresse.

BBC – No livro, você fala da importância de se manter uma “aptidão social”. O que significa isto?

Waldinger – Cunhamos esse termo para torná-lo análogo ao fitness, porque vimos que cuidar de nossos relacionamentos é como exercitar um músculo.

Se ficarmos sentados a vida toda, nossos músculos atrofiarão. E da mesma forma, olhando para as vidas das pessoas que participaram do estudo, vimos que bons relacionamentos podem murchar não porque haja um problema, mas por descuido.

O que estamos começando a ver é que, se você cuidar ativamente de seus relacionamentos da mesma forma que cuida de seu corpo ou de uma planta em sua casa, esses relacionamentos permanecerão fortes.

BBC – No livro, você dá várias sugestões para nutrir ou energizar um relacionamento. Uma delas é “reconhecer alguém quando faz algo de bom”. Como fazer isso?

Waldinger – Somos muito bons em prestar atenção ao que não gostamos e ao que está errado. E com outras pessoas, tendemos a estar muito sintonizados com o que nos incomoda ou nos ofende, quando alguém faz algo que eu acho errado.

Mas muitas vezes tomamos como dadas as coisas que as pessoas fazem bem. Por exemplo, minha esposa adora cozinhar e prepara o jantar quase todas as noites. E eu tenho que me lembrar que não devo considerar isso como algo garantido.

Da mesma forma, resolvo tudo que tem a ver com tecnologia, e ela tem que lembrar que dá muito trabalho fazer as coisas funcionarem.

Então é uma forma de praticar a gratidão, onde nos perguntamos: como seria minha vida se essa pessoa não fizesse essas coisas ou se essa pessoa não estivesse na minha vida? É isso que queremos dizer com “reconhecer alguém por fazer algo bom”, por fazer algo que se não estivesse na sua vida te faria se sentir infeliz.

BBC – Outra sugestão sua para cuidar dos relacionamentos é manter uma “curiosidade radical”. Do que se trata?

Waldinger – Quando estamos com alguém há muito tempo, seja cônjuge, familiar ou amigo, presumimos que conhecemos essa pessoa.

Existem estudos sobre como estamos sintonizados com os sentimentos de outra pessoa. A pesquisa mostra que, especialmente quando saímos pela primeira vez com alguém, somos muito bons em sintonizar o que a outra pessoa está sentindo.

Mas quando estamos juntos há cinco, dez, vinte anos, sabemos muito menos o que ela sente. Podemos pensar que seria o contrário, que quanto mais tempo juntos, mais sabemos, mas o que acontece é que começamos a supor que conhecemos a outra pessoa.

Então, o que estamos falando é de reverter isso e despertar a curiosidade.

BBC – Em outra palestra, você mencionou um exemplo de curiosidade radical com sua esposa…

Waldinger – Estou com minha esposa há 37 anos. E o que faço é me perguntar: como posso voltar a ter curiosidade sobre quem ela é hoje?

Isso tem a ver com uma instrução de um dos meus mestres zen.

Na meditação zen, você se senta em uma almofada e medita continuamente. Já meditei milhares de vezes. E a instrução é perguntar a si mesmo enquanto faz algo que você já fez mil vezes: o que há aqui que eu nunca percebi antes?

Você pode fazer isso mesmo enquanto escova os dentes. Se eu te perguntar qual dente você escova primeiro, aposto que você tem que pensar, porque faz isso automaticamente. Então, hoje, quando for escovar os dentes, pode fazê-lo com uma curiosidade radical.

BBC – Você poderia compartilhar conosco algo que notou sobre sua esposa depois de mais de 30 anos juntos?

Waldinger – Descobri, por exemplo, que ela passou a usar brincos de prata em vez de ouro como antes, porque seu cabelo agora é grisalho em vez de castanho. É algo pequeno, mas é algo que eu não tinha notado.

BBC – Talvez algumas pessoas sintam que não têm “uma boa vida” porque não têm muitos amigos… O número importa?

Waldinger – É importante, mas é uma coisa muito individual. Alguns são muito tímidos e, para essas pessoas, ter muitas pessoas por perto é estressante. Outras pessoas que são mais extrovertidas, por outro lado, precisam de muitas pessoas em suas vidas e isso lhes dá energia.

Uma pessoa tímida pode precisar de um relacionamento próximo ou dois. Ter mais pode ser estressante e cansativo. Mas a pessoa extrovertida pode querer muitos, muitos relacionamentos.

Portanto, cada um de nós precisa determinar por si mesmo: quanta atividade social é boa para mim e minha vida?

BBC – Muitas pessoas podem pensar: “Eu tento cultivar as minhas amizades, mas sou sempre aquele que liga, aquele que ouve”. Você aconselharia essas pessoas a serem francas com seus amigos sobre como se sentem?

Waldinger – Sim, acho que seria bom porque algumas pessoas não percebem isso. Você pode dizer a um amigo: “Sempre sou eu que ligo para você. Gostaria que me ligasse de vez em quando ou me convidasse para tomar um café”.

Mas haverá algumas pessoas que nunca o farão. Então eu diria a você que isso não significa que você tenha que cortar essas amizades. Mas você também pode buscar outras amizades que sejam mais mútuas.

BBC – Muitas trocas hoje são virtuais. Para os relacionamentos, qual é a melhor maneira de usar as redes sociais?

Waldinger – Não é minha área de pesquisa, mas há estudos sobre isso e as primeiras descobertas indicam que a forma como usamos as redes sociais realmente importa.

Se as usarmos ativamente para nos conectar com outras pessoas, isso aumentará nosso bem-estar. E o exemplo que gosto de usar é um amigo meu que, na pandemia, se reconectou por Facebook com seus amigos do ensino fundamental. Agora, eles tomam um café virtual todos os domingos de manhã no Zoom. Eles têm momentos maravilhosos falando sobre suas vidas e sua infância. É um exemplo de uma conexão ativa via rede social, e todos ficam mais felizes por isso.

Por outro lado, existe o uso passivo das redes sociais, quando consumimos os feeds do Instagram ou do Facebook, onde todos postam belas imagens de suas vidas. Por que não postamos fotos de quando estamos infelizes?

Isso pode fazer com que outras pessoas que veem essas imagens sintam que “todo mundo está tendo uma vida boa e eu sou o único que está passando por momentos difíceis”. Esse tipo de consumo passivo de mídia social nos faz sentir pior, e os adolescentes são particularmente vulneráveis ​​a isso. Muito vulneráveis.

Então, como as redes sociais não vão acabar, o que podemos fazer é ser mais ativos em usá-la para nos conectar com outras pessoas e não apenas olhar passivamente para o que outras pessoas postam. Isso é terrível para nós.

BBC – Uma palavra que não aparece muito no livro é “arrependimento”. Alguns lidam com isso quando chegam a um determinado estágio de suas vidas e pensam, por exemplo, que poderiam ter entendido alguém melhor. Há algo no estudo que possamos aprender sobre como lidar com o arrependimento?

Waldinger – Quando os participantes chegaram aos 80 anos, fizemos a seguinte pergunta: quando você olha para trás em sua vida, do que mais se arrepende?

Houve dois grandes arrependimentos.

Uma delas era algo do tipo: “Gostaria de não ter passado tanto tempo no trabalho e passado mais tempo com as pessoas de quem gosto.” Portanto, há uma razão para aquele conhecido clichê de que “ninguém em seu leito de morte gostaria de ter passado mais tempo no escritório”.

O outro arrependimento particularmente expresso pelas mulheres foi: “Gostaria de não ter passado tanto tempo me preocupando com o que as outras pessoas pensam.”

Portanto, se me perguntarem quais arrependimentos eu gostaria de evitar, a resposta seria passar bastante tempo com pessoas queridas e não gastar tanto tempo se preocupando com o que as outras pessoas pensam.

BBC – Você falou sobre como evitar arrependimentos. Mas o que fazer quando eles já estão presentes?

Waldinger – Ao lidar com o arrependimento, não adianta ficar com raiva de nós mesmos, nos bater com força. A única utilidade do arrependimento é se ele nos informar sobre o que gostaríamos de fazer diferente no futuro.

Use o arrependimento para aproveitar a vida que tem pela frente.

BBC – No livro, há um capítulo intitulado “Nunca é tarde demais”. Qual é a mensagem principal que você quer passar com essa frase?

Waldinger – Algumas pessoas me disseram: “É tarde demais para mim. Não sou bom em relacionamentos. Isso nunca vai acontecer na minha vida”. Algumas das pessoas que dizem isso têm 20 anos e dizem que é tarde demais para elas, e outras pessoas que dizem isso são mais velhas.

Mas o que vemos nas histórias do livro, que são de vidas reais, é que as pessoas encontram conexões que não esperavam em diferentes momentos de suas vidas, sejam conexões amorosas ou amizades. Portanto, para aqueles que acreditam que essas coisas nunca acontecerão com eles, diríamos: você não tem como saber.

A mensagem é que vale a pena continuar trabalhando nisso porque a qualquer momento da vida você pode criar novas e boas conexões.

BBC – Você é um mestre zen. A meditação desempenhou um papel importante em sua vida?

Waldinger – Tem tido um grande papel. A meditação zen é sobre aprender o que é estar vivo.

Você se torna muito mais familiarizado com a experiência de olhar para uma flor por cinco minutos, ou de comer uma refeição conscientemente, saboreando cada mordida. É realmente um mergulho profundo na experiência de estar vivo.

E isso se encaixa muito bem com o estudo de todas essas vidas. Porque é uma forma diferente de estudar a experiência de ser humano.

Da mesma forma, em meu trabalho como psiquiatra, tenho o privilégio de ouvir as pessoas falarem detalhadamente sobre suas vidas. E tudo isso para mim é um trabalho fascinante. Todas são maneiras diferentes de aprender sobre a experiência humana.

BBC – No livro, você afirma que a atenção é a forma mais básica de amar. Há uma bela frase: “Uma vida boa não é o destino, mas o caminho e com quem você caminha… E fazendo isso, segundo a segundo, você pode decidir a que e a quem você dá sua atenção”. Você pode nos falar sobre esse poder de escolher a cada momento em que prestamos nossa atenção?

Waldinger – Essa é uma citação de um dos meus mestres zen. Seu nome é John Tarrant e sim, uma das coisas que sabemos é que nossa atenção é algo pelo qual as pessoas brigam.

Essas telas que tanto amamos são projetadas para nos cativar, porque as pessoas ganham dinheiro chamando nossa atenção e mantendo-a.

Agora, mais do que nunca, o caminho de menor resistência é ficar o tempo todo na frente das telas. Então a pergunta é: podemos intencionalmente desviar nossa atenção dessas telas para as pessoas de quem gostamos?

Há uma escritora chamada Linda Stone que escreve sobre algo que ela chama de atenção parcial contínua, que é o que estamos dando cada vez mais uns aos outros. Isso é um problema: estou falando com você, mas na verdade estou olhando para minha tela.

Queremos chamar a atenção para isso. Pense: com quem você se importa? Você poderia dar a essa pessoa toda a sua atenção? Essa é a pergunta que devemos nos fazer.

BBC – Com o privilégio que você teve de estudar todas essas vidas, você diria para alguém que, por exemplo, teve uma infância muito conturbada ou enfrentou momentos muito difíceis, que todos podemos encontrar dentro de nós os recursos para seguir em frente e prosperar?

Waldinger – Acho que existe um instinto de prosperar, de sobreviver. Estamos todos tentando ser felizes. Uma das razões pelas quais minha palestra TED se tornou viral, como alguém me disse, não é porque eu sou bonito. É porque todo mundo quer ser feliz. E então há em nós esse impulso de encontrar maneiras de prosperar.

Acho que existe uma energia em todos nós que está procurando por isso e isso é bom. Embora eu possa ser muito pessimista sobre para onde o mundo está indo, acho que as pessoas sempre foram assim. E isso abriu caminho para novas possibilidades, é algo que faz parte de nós.

BBC – No seu caso pessoal, quais são os componentes básicos de uma boa vida?

Waldinger – É estar envolvido em atividades que são importantes para mim e que considero significativas. Minha pesquisa, meu trabalho como psiquiatra, minha meditação zen, essas coisas são muito importantes para mim. E, por exemplo, eu queria muito estar aqui, conversando com você agora. Porque eu dou muita importância para essas ideias e quero que elas alcancem as pessoas. Isso é significativo para mim.

Para mim, então, uma boa vida é fazer atividades que tenham significado para mim e realizá-las com pessoas que são importantes e que se preocupam comigo.

BBC – Você termina o livro com uma chamada à ação. O que você convidaria as pessoas a fazerem quando terminarem de ler esta entrevista?

Waldinger – Eu diria: pense em alguém de quem você sente falta, alguém com quem você não se sente tão conectado quanto gostaria ou alguém que você quer ter certeza de que sabe que você está pensando nele ou nela. E envie uma mensagem de texto, ou um e-mail, ou ligue para eles e apenas diga: oi, eu estava pensando em você e queria falar com você.

Basta fazer isso e você verá o que volta para você. Você poderá ficar surpreso com quantas pessoas ficarão felizes por você ter entrado em contato com elas. Então dê agora esse pequeno passo, levará 15 segundos para fazê-lo.

*por Alejandra Martins
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*Fonte: bbc-brasil