Técnica transforma areia do deserto em solo fértil para plantio

A empresa Desert Control, fundada pelo cientista norueguês Kristian Olesen, desenvolveu uma tecnologia chamada Liquid Nano Clay (LNC) que combina nanopartículas de argila e água e as transformam em um novo componente. O produto permite que até mesmo o solo árido do deserto se transforme em um local propício para plantio.

A areia do deserto tem baixa capacidade de retenção de líquido, o que impossibilita o cultivo da maioria dos alimentos. Quando misturado à areia do deserto, o LNC permite que o solo arenoso passe a reter água, tornando o deserto em um solo fértil.

O processo de transformação do solo árido em fértil é bem simples e feita diretamente no local. O componente é aplicado no sistema de irrigação comum ao longo da área afetada. O solo com o componente retêm a água como uma esponja, criando uma camada de 40 a 60 cm de terra fértil.

O processo de transformar um solo arenoso em um solo fértil leva cerca de 15 anos, já com o produto, isso pode ser possível em apenas 7 horas. Uma aplicação do LNC dura até cinco anos.

Testes no deserto

A metodologia já foi testada em 2005 em uma fazenda no deserto dos Emirados Árabes, uma região que fica necessita três vezes mais água para o processo de irrigação comparado a lugares de clima temperado. A economia no consumo de água apontada pelos testes foi de 50%, o que garante o dobro da área de plantio com a mesma quantidade do líquido.

Toda a água utilizada no deserto precisa ser comprada e transportada até o local. Por isso, ter acesso a uma técnica que maximize seu consumo sem aumentar os gastos é essencial. Esse sistema também possibilita o cultivo de variados tipos de alimentos, mesmo no deserto, outro benefício a ser levado em conta, principalmente nos Emirados Árabes, que importa 80% dos alimentos consumidos no país.

O custo da tecnologia, no entanto, ainda é bastante caro. Um hectare tratado com essa técnica custa pelo menos USD$ 1.800,00 dólares americanos. A ideia da Desert Control é vender inicialmente a argila líquida para governos regionais para depois expandir para o público consumidor.

Confira o vídeo do projeto feito pela organização WWF (em inglês):

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*Por Emily Santos / Fonte: ciclovivo

 

Deserto mais seco do mundo acaba se tornando coberto de rosa

*Só um adendo:
Estive por lá em 2018 numa bela trip de moto com 3 outros amigos. Uma viagem incrível, inúmeras história. Não pegamos essa época das flores, mas mesmo assim lhes garanto que a beleza do deserto e a sensação que a imensidão nos passa, seja lá em que época for, é fantástica!
Banjomanbold

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O deserto de Atacama, o mais seco do mundo, é visto como um local de aparência homogênea e com muito pouca vegetação. No entanto, há um fenômeno que transforma este lugar em um paraíso, e ocorre apenas a cada 4 ou mais anos.

O fenômeno é conhecido como “deserto florido” e se caracteriza por transformar um local monótono e sem cor em uma paisagem colorida pelas mais de 200 espécies de flores, sendo muitas delas endêmicas – que existem apenas naquele local. Ocorrendo entre setembro e novembro, o local vira um legítimo paraíso.

Em março, chuvas intensas ocorreram no país e causaram inundações aluviais e fortes inundações fluviais nas regiões de Arica e Parinacota, Tarapacá, Antofagasta e Atacama. Já este ano o deserto florido é mais maravilhoso do que nunca.

O segredo por trás desse maravilhoso fenômeno está no solo do local.

Com as chuvas escassas no norte do país, as sementes e os bulbos permanecem inativos, aguardando o florescimento das condições certas. Isso geralmente ocorre quando a precipitação excede 100 mm no inverno.

O fenômeno acaba atraindo muitos turistas e biólogos, que vão tentar obter seu melhor registro.

*Por Ana Almeida

 

 

 

 

 

 

 

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*Fonte: educadores

O Deserto do Saara pode suprir consumo mundial de energia com campo solar

A instalação de campos de energia solar no Deserto do Saara tem potencial para suprir a energia consumida em todo o mundo. Essa informação foi afirmada por Mehran Moalem, professor e PhD em matérias nucleares da Universidade da Califórnia, em entrevista para a Forbes.

Segundo Moalem, o deserto é ideal para a absorção de energia solar por conta da extensão territorial e dos fatores climáticos do local. No Deserto do Saara, a incidência solar ultrapassa 12 horas.

Os cálculos da NASA apontam que cerca de 2 a 3 kilowatts-hora de energia são produzidos por m². Isso faz com que o Saara se torne uma usina solar mundial em potencial. O cálculo ainda revela que um espaço de 355 km² seria suficiente para gerar 17, 4 Terawatts de energia – equivalente ao que foi consumido pela população do planeta terra em 2018.

Como nem tudo são flores – ou cactos, quando estamos no deserto –, construir essa possível usina solar custaria cerca de 5 trilhões de dólares, mesmo que o potencial e a viabilidade das placas solares seja grande.

*Por Evelyn Nogueira

 

 

 

 

 

 

 

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*Fonte: casaabril

Vídeo da NASA mostra como Amazônia é fertilizada pelo deserto do Saara

Um vídeo recente disponibilizado pela NASA é mais uma das demonstrações de como a natureza surpreende cada dia mais. Um mar de areia saindo do Deserto do Saara em direção a floresta Amazônica, fazendo uma viagem de mais de 2000 km.

Os dados foram coletados entre os anos de 2003 a 2007, porém a sociedade só teve acesso as informações recentemente.

A estimativa é de que, aproximadamente, 182 mil toneladas de areia do Saara atravessem o oceano Atlântico para chegar até a América, sendo que desse total, cerca de 28 milhões chegam a cada ano na bacia amazônica.

O Dr. Hongbin Yu., coordenador da pesquisa relata que “Todo o ecossistema da Amazônia depende do pó do Saara para reabastecer suas reservas de nutrientes perdidos”.

*Por Rodrigo Andrade

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*Fonte: hotelurbano

Atacama em flor. A extraordinária florada no deserto mais árido do mundo.

O Deserto do Atacama é um dos lugares mais mágicos, bonitos e insólitos do mundo. Fui visitá-lo algumas vezes, e sempre me surpreendi com a sua beleza. Mas era sempre uma beleza seca, pois o Atacama, com seus 105 mil quilômetros quadrados de imensidão vazia entre o Chile e o Peru, é regado por uma média de apenas 15 milímetros de chuva ao ano. Isso faz dele um dos lugares mais áridos e inóspitos do planeta. No entanto, até no Atacama, onde areia, rochas e minas de sal são os elementos dominantes, é possível assistir, uma vez a cada 6-7 anos, um milagre da natureza. O céu de repente se enche de nuvens, aguaceiros banham a terra e, alguns dias depois, uma florada espetacular transforma essa paisagem lunar numa colorida pradaria alpina.

Normalmente, esta é a aparência do Deserto do Atacama: seco, desolado, todo tingido com a mais completa paleta dos ocres, amarelos e marrons.

O mérito pertence às precipitações do início da primavera, que periodicamente se manifestam com excepcional abundância e permitem, naquelas raras ocasiões, que as sementes de mais de 200 espécies de flores desabrochem ao mesmo tempo, como se tocadas por alguma varinha mágica.

Este ano, o espetáculo da florada do Atacama se manifestou com muita antecipação e atraiu ao deserto milhares de turistas armados com celulares e máquinas fotográficas.

A florada deste ano é excepcional não apenas pelo período anômalo em que ocorre, mas porque segue a menos de 24 meses a florada precedente, que aconteceu em 2015. Confira abaixo uma pequena galeria de fotos dessa florada, e não deixe de ver o belo vídeo que encerra a matéria. Para viajar Nas Asas do Tempo – a nova rubrica deste site.

*Por: Luis Pellegrini

Sun City Camp: o acampamento para quem quer se sentir em Marte

Este é o Sun City Camp, um acampamento estilo marciano em que as pessoas podem relaxar e curtir a vida na calmaria de um local totalmente desértico e sem importuno.

O lugar fica em Uádi de Rum, também conhecido como O Vale da Lua, no sul da Jordânia e 60 km ao leste de Ácaba.

A experiência, no entanto, fica um pouco longe dos perrengues que as pessoas encontrariam em Marte. Há uma variedade de serviços de alto padrão e comodidades para escolher. Além de diversas atividades de entretenimento, relaxamento e aventuras.

Os hóspedes podem escolher entre as tendas panorâmicas com vista para as montanhas, sejam as tradicionais tendas beduínas (trinta tendas), as barracas reais (oito suítes), suítes familiares (duas suítes) ou exclusivas cúpulas marcianas (vinte quartos).

Este acampamento está equipado com uma grande tenda de recepção com Wi-Fi, juntamente com a área de jantar.

Um local maravilhoso para contemplar a natureza, o nascer, pôr do sol e principalmente as estrelas durante a noite.

*Por Flávio Kroffi

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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*Fonte: geekness

Huacachina – Peru

Huacachina é uma vila que se localiza na região sudoeste do Peru. Essa vila foi erguida ao redor de um pequeno oásis que parece até fake. O que impressiona é a altura das dunas. Está localizada na província de Ica, a cerca de cinco quilômetros da cidade de Ica, no distrito de mesmo nome.

Huacachina tem uma população permanente de cerca de 100 pessoas, embora hospede muitas dezenas de milhares de turistas a cada ano. Huacachina foi construída em torno de um pequeno lago natural no deserto. Chamado de “oásis da América”, ela serve como um resort para famílias locais da cidade vizinha de Ica e cada vez mais como uma atração para turistas atraídos pelos esportes de sandboard e passeios de bugre em dunas de areia que se estendem várias centenas de metros de altura.

Uma lenda local diz que a lagoa foi criada quando uma bela princesa nativa foi presa durante um banho por um jovem caçador. Ela fugiu, deixando a piscina de água em que ela se banhava tornar-se a lagoa. As dobras de seu manto, que se contorciam atrás dela enquanto ela corria, tornaram-se as dunas de areia ao redor da lagoa. E a própria mulher viveria no oásis como uma sereia.

Esse lugar quase foi pro saco, quando proprietários privados próximos ao oásis instalaram poços, o que reduziu o nível de água no oásis. Para compensar esta perda de água e preservar o oásis como um destino esteticamente agradável para os turistas, a cidade iniciou um processo artificial de bombeamento de água para o oásis, recompondo o lençol freático.

Acho curioso como a América do Sul tem lugares incríveis pouco conhecidos. Um belo destino de viagem para fotos.

*Por Philipe Kling David

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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*Fonte: mundogump

Startup australiana organiza corrida de carros voadores no deserto

Fórmula 1, caminhão, moto, bicicleta, rolimã… Tem corrida de tudo quanto é coisa, basta essa coisa se mexer. Mas nessa a startup australiana Alauda se superou: ela já está organizando o racha entre carros que ainda nem existem direito: os voadores.

A primeira corrida de quadricópteros pode acontecer em 2019, e no deserto. A empresa começou nesta semana a levantar dinheiro pelo Kickstarter para financiar a empreitada e transformar em realidade não apenas o evento, mas o carro voador em si. Por enquanto, a máquina é um protótipo em tamanho reduzido e ganhou o nome de Mark 1 Airspeeder.

Esse tipo de veículo é nada mais que um drone gigante, com decolagem e pouso na vertical. Por questões de segurança, logística e custo, especialistas têm avaliado esses carros como pouco viáveis em larga escala num futuro próximo, mas o CEO da Alauda, Matt Pearson, discorda. Para ele, colocar esses brinquedos para correr vai empurrar o desenvolvimento da tecnologia, assim como acontece em outras categorias de competição a motor.

O Alauda Mark 1 é um carro elétrico de baixa altitude com formato de veículo de corrida – um Fórmula 1 dos ares, no melhor estilo pod do Star Wars. Ele carrega apenas uma pessoa e chega à velocidade de 200 km/h.

Nos últimos dois anos, a companhia esteve trabalhando às escondidas, mas agora ela acredita que a novidade está madura o suficiente para os primeiros testes sérios. Um voo demonstrativo com piloto já está previsto para acontecer em janeiro de 2018.

Mais do que entrar no circo da velocidade, a Alauda quer chamar a atenção e vencer a corrida pelo mercado. Concorrentes como Airbus e Uber já estão trabalhando em veículos parecidos, mas não têm previsão de quando a tecnologia estará no dia a dia das pessoas.

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*Fonte: storia

Estudo revela como era o Saara antes de se tornar um deserto

Entretanto, o que poucos sabem é que antes de ser essa região extremamente seca e desértica, o Saara era uma região cheia de árvores, animais, plantas e muita chuva. Essas informações estão sendo estudadas por pesquisadores da Universidade de Estocolmo, na Suécia, e de Columbia e do Arizona, nos Estados Unidos.

De acordo com matéria publicada no site da BBC, os pesquisadores que buscam um padrão de chuvas no norte da África descobriram que entre 5 mil e 10 mil anos atrás, o deserto do Saara era conhecido como “Saara Verde” e tinha precipitações anuais entre 35 e 100mm de chuva, clima que colaborava com a fertilidade da terra local.
Saara Verde

O professor do departamento de Ciências Atmosféricas, Planetárias e da Terra do Massachusettes Institute of Technology (MIT), David McGee, equipara a vegetação existente anteriormente no Saara com a do Serengeti, localizado no norte da Tanzânia e sudoeste do Quênia, região que ainda é palco da maior migração de animais mamíferos de todo o mundo.

McGee explicou ao site da BBC Mundo: “Havia no Saara corpos hídricos permanentes, savanas, pradarias e até alguns bosques”. Ele ainda constatou outras evidências de fósseis de animais não encontrados mais na região e a presença de grandes faunas.

No Saara também são encontradas pinturas rupestre e antigos anzóis, revelando um estilo de vida completamente diferente do que é encontrado hoje. Entretanto, para o professor do MIT, mesmo sendo muito complicado saber o tamanho exato da vegetação, estima-se que ela tenha se ampliado para o norte do Saara, onde estão localizadas a Líbia, Argélia e Egito.
Do surgimento do Saara Verde até a sua desertificação

Para Francesco Pausada, da Universidade de Estocolmo, o Saara Verde surgiu da aproximação do Sol com a Terra durante o período de verão, colaborando com essas mudanças. Ele ainda explica: “O Saara se tornou verde quando saímos do período glacial. O sol do verão se tornou mais forte há uns 9 mil anos e isso trouxe uma série de consequências.”

Com as temperaturas extremas, as chuvas de monções aumentaram consideravelmente, colaborando com o surgimento da vegetação e, consequentemente, com a redução das emissões de poeira e diminuição do reflexo da luz. Essas precipitações são conhecidas como albedo, uma das principais causas da aridez na região.

Essa intensificação do albedo no Saara contribuiu significativamente com a desertificação da região. Porém, ainda é incerto quando aconteceu essa mudança drástica no clima.

Muitos cientistas acreditam que essa transformação aconteceu há 5 mil anos, devido aos fenômenos periódicos isolados que aconteceram na região. Outra hipótese é que essa transformação ocorreu de uma hora para outra, sem uma explicação especifica.

Já em 2008, mais um estudo foi divulgado por pesquisadores na Universidade de Colônia, na Alemanha, estimando que essa mudança foi mais lenta e aconteceu há apenas 2,7 mil anos. A pesquisa só foi possível após a análise de amostras de sedimentos retirados do lago Yoa, no norte do Chade, que mostraram o processo gradual de desertificação do Saara.

Entretanto, o estudo realizado por Pausata mostrou que as precipitações que aconteceram revelaram que os seres humanos que lá povoavam, abandonaram a região há 8 mil anos, em decorrência da forte seca que durou mil anos.
Possível influência humana

Estudos realizados recentemente pelo arqueólogo David Wright, da Universidade Nacional de Seul, consideram a hipótese de que os seres humanos tiveram um papel fundamental nas mudanças climáticas do deserto do Saara. Para o pesquisador existem provas arqueológicas de que o primeiro pastoreio provocou sérias consequências na ecologia da região.

Conforme a vegetação era removida e alterada para criação de gado e rebanhos, o fenômeno albedo sofria uma ampliação que colaborava com a diminuição das chuvas de monções. Porém, para Pausata, essa pesquisa não está bem fundamentada e afirmou: “Embora exista um consenso de que o crescimento intenso do rebanho de gado que pasta possa ser prejudicial à variedade de plantas, o pasto leve e moderado pode ter resultados positivos.”
O Saara Verde pode retornar?

Mesmo McGee acreditando que os seres humanos tiveram uma grande participação na desertificação do Saara, outros fatores também ajudaram no desencadeamento do problema, assim como as mudanças cíclicas. Para ele, o Saara verde aconteceu também há 125 mil anos, porém, naquela época, não houve interferência humana e sim uma mudança climática que foi do úmido para árido.

“Desta forma, se o fenômeno for cíclico, é bem provável que o Saara volte a ser verde, mesmo com as atividades humanas recentes”, declarou Pausata. E concluiu: “Daqui a milhares de anos o ciclo se repetirá. O problema agora são as forças antropogênicas. A influência humana será mais um efeito, fora da variação natural, que poderá mudar o equilíbrio no futuro do planeta, não apenas no Saara.”

 

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*Fonte: pensamentoverde