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Campanha “convida” algumas empresas a irem para Marte
Para Rede Brasil do Pacto Global da ONU não existe mais lugar na Terra para empresas que não são sustentáveis
Após anunciar nova estratégia para alcançar seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, em evento realizado no dia 27 de abril, em São Paulo, a Rede Brasil do Pacto Global da ONU lançou uma campanha inusitada: um convite para que as empresas que não apoiam as iniciativas de sustentabilidade corporativa se mudem para Marte.
“Não existe Planeta B. Precisamos agir e todas e todos nós precisamos fazer as nossas partes. Precisamos cada vez mais que as empresas se comprometam com metas e precisamos para agora. Não adianta pensar a longo prazo, já estamos muito atrasados. Por isso, a Rede Brasil do Pacto Global da ONU criou Movimentos, que são chamamentos ao setor privado para assumirem ambições importantes com prazos para o alcance dos objetivos da Agenda 2030. Compromissos sobre água, mitigação de carbono, direitos humanos, anticorrupção, todos temas fundamentais para o Brasil. Sem deixar ninguém para trás”, afirmou Carlo Pereira, diretor executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU.
A campanha, criada pela agência de publicidade AlmapBBDO, defende que não há mais espaço na Terra para empresas que não se preocupam com a sustentabilidade e com a sociedade, mas que elas serão muito bem-vindas em Marte.
Os argumentos para incentivar a mudança são vários, entre os quais: operações que se instalarem no Planeta não precisarão seguir nenhuma regra, pois lá não há florestas, rios e animais para serem preservados; os dias são mais longos, o que possibilita jornadas de trabalho maiores; um ano no Planeta equivale a quase dois anos da Terra, o que reduz o período de férias dos funcionários; não há exigências de salários justos; a carga tributária é zero; e não há práticas de equidade de gênero e raça.
Para fortalecer essa premissa, foi produzido um filme que enfatiza benefícios e vantagens para as empresas montarem suas operações em Marte, já que elas ainda não assinaram o compromisso do Pacto Global que visa potencializar a importância de questões sustentáveis, sociais e trabalhistas – confira o filme AQUI.
A campanha teve início com teasers vendendo Marte como um “novo conceito de destino de negócios” e agora pode ser conferida na íntegra nas redes sociais oficiais do Pacto Global. “Essa campanha marca o lançamento da Ambição 2030 da Rede Brasil do Pacto Global, que, por meio de sete movimentos ligados às suas plataformas de ação, vai engajar as empresas a assumirem compromissos relacionados ao alcance de sete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A hora de agir é agora e o planeta não pode mais esperar, por isso apostamos na ousadia desse tema da mudança para Marte”, explica Otavio Toledo, Head de Marketing, Eventos e Comunicação do Pacto Global.
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*Fonte: ciclovivo
Aliança entre Fiat, Jeep e Peugeot já tem data marcada para abandonar os motores a combustão
Este ano, a aliança entre Fiat, Jeep e Peugeot anunciou que abandonará a produção de motores a combustão. Dessa forma, o objetivo é comercializar apenas veículos elétricos e híbridos até 2025.
A aliança, advinda da fusão da Fiat Chrysler (FCA) e da Peugeot-Citroën (PSA) com outras 12 marcas, recebe o nome de Stellantis e teve sua criação em janeiro deste ano.
Motores elétricos e aliança entre Fiat, Jeep e Peugeot
Como os planos são a partir de 2025 abandonar os motores a combustão, a Stellantis vai trocá-los por novos modelos de motores elétricos.
Justamente porque a medida é uma exigência para seguir as normas ambientais, a fim de reduzir a emissão de gases poluentes.
Assim, o diretor-executivo da companhia, Carlos Tavares, anunciou que ela tem pressa em realizar a mudança e que pretende fazê-la rapidamente.
De fato, um alto planejamento é necessário para garantir o sucesso. Por isso, Tavares afirma que algumas estratégias estão sendo adotadas, como:
. Os engenheiros da companhia estão a todo vapor para potencializar as baterias e os motores elétricos;
. Adequação da plataforma para produção: a e-VMP;
. Parcerias importantes com fabricantes de motores elétricos, como a Nide, empresa japonesa e outras;
. Tudo isso a fim de garantir a estruturação do desenvolvimento dos motores elétricos e híbridos até 2025.
A fim de que a quarta maior montadora do mundo não fique para trás no mercado.
Vale ressaltar que aplicará a medida primeiro na Europa, depois na América do Norte. Por último, seguirá para os outros continentes.
Avanços
Como resultado, a aliança entre Fiat, Jeep e Peugeot confirmou que não pretende produzir novos motores a combustão.
Ademais, a plataforma e-VMP está sendo testada.
Nesse sentido, o carro elétrico Peugeot 3008, previsto para 2023, será o primeiro modelo fabricado na plataforma.
Com efeito, no futuro, a Stellantis planeja usar a tecnologia dos motores elétricos em todos os modelos a serem produzidos no catálogo das 14 marcas.
Em síntese, essa aliança segue os mesmos caminhos da Ford e Audi.
*Por Maria Natália Alves Ribeiro
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*Fonte: engenhariahoje
Ford usa “cães robôs” de quatro patas para escanear fábricas
Como os cães, eles têm quatro patas, cerca de 30 kg e podem se sentar, dar a pata e rolar. Também podem subir rampas, degraus e digitalizar o ambiente com câmeras de 360 graus. Fluffy e Spot são os dois simpáticos robôs que a Ford está usando em um programa piloto de manufatura nos Estados Unidos para economizar tempo, dinheiro e aumentar a eficiência na preparação de suas fábricas para a introdução de novos produtos.
Alugados da Boston Dynamics – conhecida por criar robôs móveis sofisticados – os autômatos estão sendo usados na fábrica de transmissões Van Dyke, em Michigan. Eles são equipados com cinco câmeras e podem andar a até 5 km/h com uma bateria com cerca de duas horas de duração, escaneando o chão de fábrica para auxiliar os engenheiros a atualizar a planta.
“Nós projetamos e construímos a fábrica. Depois, ao longo dos anos, são feitas alterações que raramente são documentadas”, diz Mark Goderis, gerente de engenharia digital da Ford. “Examinando as instalações com os robôs, podemos ver como elas realmente são agora e reequipá-las para receber novos produtos.”
Com a ajuda de Fluffy, fazer a atualização fica muito mais interessante.
“Costumávamos andar pelas instalações com um tripé, parando em locais diferentes e esperando cinco minutos para o laser digitalizar”, lembra Goderis. “A varredura de uma planta pode levar duas semanas. Com o Fluffy, leva a metade do tempo.”
A maneira antiga também era cara – quase US$ 300.000 para digitalizar uma instalação. Se esse piloto funcionar, a equipe de manufatura da Ford poderá escanear todas as fábricas por uma fração desse custo. Além de economizar dinheiro, as novas tecnologias ajudam a reorganizar as instalações mais rápido, acelerando a chegada de novos veículos ao mercado.
Com o tempo, diz Goderis, a intenção é operar os robôs remotamente, programando-os para missões na fábrica e recebendo relatórios imediatamente de qualquer lugar. Por enquanto, os robôs são programados para seguir um caminho específico e operados a até 50 metros de distância.
Para Paula Wiebelhaus, operadora dos robôs, a chave do sucesso de Fluffy e Spot é a agilidade. Eles são comandados por um controle semelhante aos de videogame, com visão remota da câmera. Se ocorrer algum problema, uma função de parada segura impede que eles colidam com qualquer coisa.
Os robôs têm três tipos de marcha – caminhada sobre terreno estável, lenta para terrenos irregulares e velocidade especial para escadas. Eles podem se agachar e alongar para entrar em áreas de difícil acesso e caminhar em terrenos difíceis. Se caírem, também podem se levantar e mantêm uma distância definida e segura dos objetos para evitar colisões.
Às vezes, Fluffy senta seus quadris robóticos na traseira de um pequeno robô móvel redondo, conhecido como Scouter. O Scouter desliza suavemente para cima e para baixo nos corredores da fábrica, permitindo que o Fluffy economize energia da bateria até a hora de começar a trabalhar. O Scouter pode navegar autonomamente pelas instalações enquanto digitaliza e captura nuvens de pontos 3D para gerar um CAD da instalação. Se uma área é muito estreita para Scouter, Fluffy entra em ação.
“Existem áreas na planta em que você pode não querer entrar porque são difíceis de se mover”, diz Wiebelhaus. “É mais fácil e seguro enviar o Fluffy para lá.”
Fluffy também é perfeitamente capaz de rolar e fazer outros movimentos graciosos, mas Wiebelhaus não pensa em levá-lo para exposições de cães.
“Fluffy é uma ferramenta de manufatura incrível e deve realmente ser valorizado pelo seu trabalho e tenacidade. Ele pode fazer muito mais do que dançar e rolar. Queremos levá-lo até os limites da fábrica e ver o valor que ele tem para a empresa”, diz.
*Por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae
Para sociólogo, política está privatizada e mercantilizada por empresas
Depois da absolvição da chapa Michel Temer-Dilma Rousseff, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o país parece estar em um beco sem saída. Agora, à espera da denúncia que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar contra Temer na próxima semana. Para o sociólogo Cândido Grzybowski, assessor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), a encruzilhada em que o país se encontra, mais do que uma crise conjuntural, é sintoma de uma estrutura contaminada. “Estamos num beco sem saída porque o sistema é corrupto. O modo de fazer política no Brasil é privatizado e mercantilizado pelas empresas.”
Para ele, o paralelo que se pode fazer entre a crise dos anos 1980 e o atual impasse mostra que o problema brasileiro é estrutural. Para a crise de hoje ser superada, será preciso instaurar um novo processo constituinte.
A reportagem é de Eduardo Maretti e publicada por Rede Brasil Atual – RBA, 12-06-2017.
“O primeiro movimento das ‘Diretas Já’ acabou na Constituinte de 1988. Naquele momento acabou no ‘Centrão’. Lembrando o ‘Centrão’ daquela Constituinte, a maioria do Temer é muito parecida. Isso mostra que a política não mudou. Houve avanços em direitos civis, políticos e sociais, mas nada na economia, em questões de propriedade ou tributárias. E com os governos do PT se adotou a conciliação como estratégia”, diz Grzybowski. O “Centrão” dos anos 1980 era formado pela ala conservadora do PMDB mais PFL, PDS, PTB e partidos menores. “Para usar a mesma imagem, o ‘Centrão’ de hoje está perdendo eficácia”, diz.
Na opinião do sociólogo, a encruzilhada a que chegou o país não é apenas para os setores progressistas. “Temer não tem condições mínimas de governar, mas só não caiu porque eles não têm solução no bolso. Quem eles podem colocar de imediato? Se tivessem, ele já teria caído. Mas o fato é que ele já não está mais servindo.”
Grzybowski acredita que a saída são as eleições diretas, mas dentro de um processo o mais democrático possível. Sem essa condição, nem uma saída via eleições pode ser favorável ao país. “Por exemplo, se o Lula se eleger e não se renovar o Congresso, é como não resolver nada. A eleição direta têm a vantagem de recuperar a legitimidade mínima. Mas ela só pode acontecer sem condicionalidades. Tem que ser levada às ultimas consequências. Se houver ‘Diretas Já’, precisa ser também para deputados e senadores junto. No mínimo, para criar legitimidade e se constituir uma aliança que talvez produza algumas alternativas.”
Se Temer será afastado, se alguma nova bomba está a caminho, se a denúncia de Janot vai redundar no fim do governo Temer ou não, ainda não se pode prever. “Mas precisávamos hoje de alguém um tanto neutro, como um Itamar Franco pós-Collor. Hoje não tem esse nome”, avalia o sociólogo. Seja quem for, essa personalidade “neutra” precisaria ser alguém “com compromisso de garantir que as eleições do ano que vem fossem democráticas, as mais diretas possíveis, sem interferência empresarial e como um pacto para se pensar numa Constituição nova, porque a atual Constituição foi desfigurada”.
Para Grzybowski, não está claro o que pretendem os grupos por trás dos atuais governantes e seus aliados. “Há personagens pequenos como Temer, Romero Jucá, figuras que não tem por que valorizá-las. E não é a movimentação de Fernando Henrique, Nelson Jobim e outros que interessa. Mas a dos grandes grupos, Bradesco, Itaú, a própria JBS. Em que jogada estão apostando? O ciclo da democratização revela a mesma coisa. Os personagens são diferentes, mas Sarney, que era vice, vinha do regime militar e virou presidente; o Temer, um vice, deu o golpe. São dois vices. O ‘Centrão’ hoje se chama base.”
Capitalismo selvagem
Na opinião do analista, o país tem hoje implantadas “as bases de um projeto do tipo capitalismo selvagem como no tempo militar”. A principal missão do governo Temer já foi feita: “a reforma constitucional da maldade”, que congelou os gastos com educação e saúde, além de inúmeras outras limitações. A Emenda 95 tirou o sentido do que tinha de melhor na Constituição de 1988, os direitos sociais, avalia.
“Se eles completarem as duas outras mudanças (trabalhista e previdenciária) precisará de muito tempo para mudar isso. Já impuseram uma agenda de longo prazo ao país. Para desfazer isso, só com um movimento de ‘Diretas Já’, capaz de gerar um impasse diferente: uma constituinte soberana que coloque o país nos trilhos.”
Na opinião de Grzybowski, a situação já esteve melhor para os atuais donos do poder. “Já há sinais como a greve (geral, de 28 de maio). As manifestações já são um sinal. E a mídia também não é mais um bloco só. Há evidências demais (contra Temer). Nada como um dia depois do outro. As contradições sempre contêm as soluções nelas mesmas. Podem levar a um impasse ou a uma crise ainda maior, mas não vejo como não ser a crise o berço da solução”, diz. “Nunca se deve dizer que a barbárie está fora do horizonte. Um pai da pátria pode aparecer como salvador. Estão fazendo muito para que seja assim. Mas isso não significa que vão sair ganhando.”
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*Fonte: Instituto Humanitas Unisinos