Aprendemos com os erros, não com as dúvidas

Se você é uma daquelas pessoas que vive na dúvida, lembre-se de que assumir um certo nível de risco costuma ser uma condição essencial para seguir em frente. Descubra por quê!
Aprendemos com os erros, não com as dúvidas
Você já parou para pensar que nós aprendemos com os nossos erros, e não com as nossas dúvidas? Se você é uma pessoa indecisa, é provável que, em vários momentos da sua vida, tenha olhado com uma grande admiração para aqueles que são mais resolutos e determinados, para aqueles que se jogam mesmo com pontas soltas, mesmo sem possuir todas as habilidades, experiências e certezas necessárias.

A atitude deles pode parecer imprudente ou arriscada para você, mas na verdade são essas pessoas que costumam fazer mais progresso. Afinal, mesmo que elas falhem, todos aprendemos com os erros, mas não com as dúvidas.

O dilema entre correr riscos ou permanecer no conhecido pode surgir em múltiplas situações: ao aceitar um novo emprego, ao iniciar um relacionamento ou expandir o círculo social. Pode nos assaltar quando pensamos em mudar de cidade ou em comprar um imóvel.

Se você é um daqueles que prefere permanecer na dúvida, queremos mostrar-lhe as oportunidades que pode estar perdendo.

Por que continuamos em dúvida?
Analisar e refletir antes de tomar uma decisão é sempre positivo. No entanto, algumas pessoas tendem a ficar presas nesse processo sem nunca ousar dar o passo, mesmo quando o risco é moderado.

Por que esse fenômeno ocorre? Existem diferentes fatores de influência que devemos levar em consideração.

Superproteção
Pessoas que foram superprotegidas durante seu crescimento podem ter mais dificuldade para tomar decisões. Elas não tiveram oportunidade de assumir, de forma gradativa, a responsabilidade pelos seus atos.

Assim, podem não se sentir capazes ou preparadas para dar um rumo à sua vida, e optam por seguir a opinião dos mais próximos ou por permanecer onde estão, mesmo que não gostem.

Perfeccionismo
Se você vai realizar um novo projeto, é importante que se lembre da seguinte frase: “Melhor feito do que perfeito”. Existem aqueles que são freados e limitados pela sua própria demanda. Se você precisa que cada um dos seus passos seja um sucesso, é provável que não ouse começar, já que ninguém pode garantir a perfeição.

Em vez disso, adote uma mentalidade construtiva na qual você perceba que cada experiência traz um aprendizado. Assim, mesmo que não vá do ponto A ao ponto B em um único salto, você saberá avaliar o progresso que fez. Ao aliviar a pressão, você se sentirá mais apto a enfrentar novos desafios.

Medo de falhar
Se você tende a permanecer na dúvida, se deixa de correr riscos para alcançar seus objetivos, talvez seja por causa do medo do fracasso. Às vezes, isso constitui um mecanismo de defesa: “Se eu não tentar, não vou errar”, e essa retirada é mais fácil de assumir do que uma possível derrota.

Analise como você define o erro ou falha e o que acontece no seu diálogo interno. Quando você percebe que cometeu um erro, você considera isso intolerável e vergonhoso? Ou você assume que errar faz parte do caminho para o sucesso?

Falta de confiança
Todos cometemos erros, mas só quem tem boa autoestima pode tirar proveito deles. Quando uma pessoa não confia em si mesma, em suas habilidades e em suas oportunidades, é difícil para ela ultrapassar os limites da chamada zona de conforto.

No fim, o que importa não são os obstáculos que podem aparecer no caminho, mas a segurança pessoal de saber que vamos conseguir enfrentá-los.

Aprendemos com os erros, não com as dúvidas
Você se sentiu identificado com as características anteriores? Você sente que quer mudar de vida, em algum aspecto, mas não se atreve a dar esse passo? Portanto, você deve saber que muitas vezes se aventurar é a opção mais benéfica. Isso se deve aos seguintes motivos:

A dúvida é viciante. Quando você começar a repetir o mesmo processo de análise e reflexão passo a passo, indefinidamente, você se verá envolvido em um círculo sem fim no qual nunca obterá novas conclusões ou soluções. Decidir e agir é a única maneira de sair disso.
Cada vez que você hesita e decide recuar, desistir dos seus sonhos e objetivos, você enfraquece sua autoconfiança. Você não se permite tentar e, portanto, assume que não é capaz. Desta forma, será cada vez mais difícil ousar.
Se você se aventurar a tomar uma decisão ou empreender um projeto e fracassar, ainda assim terá obtido lições valiosas que irão ajudá-lo a continuar no caminho. Agora você sabe para onde não ir, o que modificar e o que manter.
Ao superar seus medos e entrar em ação, você se dá a oportunidade de descobrir que é mais capaz do que pensa e que o “fracasso” não é tão catastrófico e intransponível quanto você imaginava. Quando você cai, se levanta e segue em frente, você começa a fortalecer seu autoconceito. Os desafios a seguir parecem ser muito mais acessíveis.

Saia da dúvida, ouse crescer
Em suma, dar o salto para aquela proposta que tanto te assusta não garante que tudo vai dar certo, mas garante que você vai avançar e crescer pessoalmente. Talvez você esteja se perguntando há dois anos se deve iniciar uma empresa e, neste tempo, você só enfraqueceu. Se você tentar, em dois anos estará repleto de experiências, aprendizados e conhecimentos valiosos.

A vida é movimento; se as dúvidas o estagnam e limitam, trabalhe para superá-las.

Afaste-se das pessoas, lugares e situações que não parecem mais adequados para você e vá em direção àqueles que são, apesar do medo, apesar da incerteza. Afinal, a pior coisa que pode acontecer é você melhorar o seu crescimento pessoal. Lembre-se sempre de que aprendemos com os erros, e não com as dúvidas.

*Por
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*Fonte: amenteemaravilhosa

Warren Beatty, o produtor e o desrespeito nosso de cada dia

Enquanto muita gente comenta brincando sobre o que aconteceu no Oscar na noite de domingo passado, uma coisa não recebeu a devida atenção.

Vivemos numa época em que estamos todos divididos. Lutamos pelos nossos direitos de combater machismo, LGBTfobia, racismo, desigualdade social etc com unhas e dentes sempre defendendo apenas o nosso lado.

O que aconteceu no Oscar foi marcante porque um filme sobre um negro gay venceu na categoria principal. A sua equipe de produção, formada basicamente por negros, tomou o palco dos brancos que foram equivocadamente nomeados vencedores por Faye Dunaway e Warren Beatty, dupla que viveu o casal de assaltantes Bonnie & Clyde. Involuntariamente, foi uma bela mensagem de igualdade e força, mas o que chamou a atenção é um detalhe que poucos veículos falaram.

O produtor Jordan Horowitz (La La Land) recebeu elogios por sua atitude profissional e de assumir o controle da galhofa histórica da produção, mas fez isso cometendo uma tremenda grosseria com o veterano Beatty, de 79 anos. O produtor arrancou o envelope da mão do ator (que estava aguardando que o diretor Barry Jenkins subisse ao palco para que pudesse entregar o envelope) e anunciou ele mesmo que Moonlight era o grande vencedor da noite, para a surpresa do público que assistia ao evento no teatro e ao redor do mundo. Entendo o lado dele ter perdido o prêmio que reconhecia o seu trabalho e estar num momento embaraçoso, mas justifica mesmo deixar o nervosismo agir por cima do que é correto?

Beatty virou piada. Por conta da sua idade, críticos comentaram que ele estava com dificuldade em ler o nome no envelope. Outros disseram que Hollywood tinha que parar de colocar velhotes para apresentar prêmios. Ou seja, é mais fácil culpar um idoso do que imaginar que algo muito maior aconteceu. O constrangimento no rosto de Beatty era visível e foi a verdadeira injustiça da noite, já que o cara estava assumindo o erro de outra pessoa, provavelmente com metade da sua idade.

O que acontece é que as pessoas, nós todos em geral, somos egoístas. Lutamos por nosso direito de expressar quem somos ou queremos ser. Pela liberdade de não ter medo de nossos caminhos e escolhas. Negro, branco, hétero, gay, homem ou mulher, a única certeza que todos temos é que nosso corpo irá envelhecer com o passar dos anos, se a morte não bater em nossa porta antes.

Foram poucas as manifestações contra a atitude do produtor em tomar o envelope de Beatty, o que revela a grande falta de empatia pelos idosos.A nossa geração vai esperar ficar velha para lutar pelo respeito com os idosos, pois no momento isso não é uma preocupação. Isso reduz cada um de nós e nossas respectivas ideias de mundo melhor. Sem perceber o quanto foi deselegante e grosseira a ação do produtor e injustos os comentários na internet, nós demonstramos a nossa miopia para nosso próprio futuro.

Lutar por um mundo melhor e mais respeitoso não é olhar apenas para o próprio umbigo. É saber que a tendência natural da coisa é ficarmos velhos e que eles sofrem preconceitos diários de TODOS. O que aconteceu ontem foi uma vitória para negros e gays, mas uma demonstração da derrota social que nossa geração sofreu. Zelar pelos idosos é a única luta em que todos nós somos iguais e não estamos nem aí para isso no momento porque não é a nossa vez. Além disso, parece que somos incapazes de compreender que podemos lutar várias lutas ao mesmo tempo sem que isso determine que uma anule a outra. Todos merecemos ser respeitados.

 

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*Fonte: cinemadebuteco/ Tulio Dias