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Lua pode, em breve, ter seu próprio fuso horário
A Lua é o único satélite natural da Terra e o foco de diversas empresas espaciais que planejam realizar muitas missões lunares. Devido a isso, a Agência Espacial Europeia está pensando em criar um fuso horário lunar.
Com o fuso, a Lua passaria a ter horário próprio, o que facilitaria as comunicações entre as explorações, já que o sistema utilizado hoje se mostra insustentável a longo prazo.
Sobre isso, a agência europeia salienta que esse é um problema que precisa de uma solução internacional, com a ajuda e consenso dos demais países que realizam viagens até a Lua.
O fuso horário lunar pode facilitar as comunicações
Tornar o contato mais rápido entre países e entidades é o principal objetivo da criação de um fuso horário lunar. Ao desenvolver um sistema de cronometragem universal para a Lua, as comunicações entre as equipes podem se tornar mais fácil.
Isso acontece porque hoje em dia diversas empresas espaciais planejam missões até a Lua. E para que elas obtenham um bom resultado, é interessante que a comunicação entre as empresas se torne mais fácil para que seja possível realizar observações sobre o satélite em conjunto.
A Agência Espacial Europeia já disse em um comunicado que “para que todas essas interações ocorram sem problemas, as missões precisam operar em um horário padronizado.”
No entanto, definir um fuso horário lunar envolve muitos países e entidades, o que levanta questões sobre como a cronometragem da Lua será feita.
Uma dessas questões é se o horário da Lua será definido no satélite ou se ele será sincronizado com o horário da Terra. Sobre isso, é preciso considerar que a sincronização do tempo seria difícil já que o tempo na Lua é mais rápido do que na Terra.
Mas, assim que o fuso horário lunar for estabelecido, ele será de grande utilidade para o andamento das próximas viagens lunares que estão planejadas para acontecer.
Próximas missões lunares
Existem cerca de 6 missões lunares previstas nos próximos anos que se originam em diferentes países.
Em primeiro lugar tem o módulo lunar M1, criado pela Ispace e que está programado para chegar à Lua em abril. Outra missão é o de um robô cilíndrico construído pela Intuitive Machines que será lançado à Lua no Falcon 9 da SpaceX.
Além delas também tem a NASA, que está se preparando para levar humanos à Lua novamente em 2025. Já a Agência Espacial Europeia está ajudando a NASA na construção da estação lunar Gateway.
A China também construiu uma estação lunar espacial e já havia demonstrado seu interesse em levar os astronautas chineses para a Lua em 2030.
Por fim, tem a espaçonave lunar Danuri, criada na Coreia do Sul que será lançada em direção ao satélite em um foguete da SpaceX em agosto.
Com tantas missões assim até a Lua, a necessidade de criar um fuso horário lunar para otimizar a comunicação se faz mais importante do que nunca neste momento da exploração espacial.
*Por Letícia Silva Jordão
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Fonte: socientifica
Quantas pessoas já pisaram na Lua?
Ao todo, 12 pessoas já pisaram na Lua, e 24 a orbitaram. Todos os pousos na Lua foram parte do Programa Apollo, que durou de 1968 a 1972. A mais famosa dessas missões foi a Apollo 11 em 1969, que levou os primeiros humanos até a superfície lunar.
As missões Apollo foram parte da corrida espacial entre a União Soviética e os Estados Unidos, no período da Guerra Fria. Em 1961, a União Soviética foi o primeiro país a enviar um humano até a órbita terrestre. Em resposta, os Estados Unidos afirmaram que iriam enviar os primeiros humanos até a Lua, desencadeando a corrida espacial.
Pessoas que já pisaram na Lua
Neil Armstrong pousou na Lua durante a missão Apollo 11 em julho de 1969. É dele a frase “um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade”.
Quem o acompanhava era Edwin “Buzz” Aldrin, astronauta presente na maioria das fotos tirada na missão. Aldrin também foi a segunda pessoa a caminhar sobre a superfície da Lua.
Outra missão em novembro de 1969, Apollo 12, permitiu que mais duas pessoas caminhassem pela Lua: Charles Conrad e Alan L. Bean passaram mais de um dia sobre a superfície lunar durante essa missão.
A próxima ocorreu em janeiro de 1971, a Apollo 14, onde Alan Shepard e Edgar Mitchel posuaram na superfície do satélite. O aspecto mais notório dessa missão foram as duas bolas de golfe que Shepard lançou com um taco de golfe improvisado.
A Apollo 15 ocorreu em julho do mesmo ano. Pela primeira vez, os astronautas tinham acesso a um veículo lunar. Os dois astronautas que pisaram na Lua durante essa missão foram David Scott e James Erwin. Essa missão marcou o início de uma abordagem mais científica para os pousso.
A Apollo 16 foi a quinta missão a alcançar a superfície da Lua. John Young e Charles Duke passaram três dias no satélite no evento, que ocorreu em 1972.
A última e mais recente missão ocorreu em dezembro de 1972. A Apollo 17 marcou o fim do Programa Apollo, e foi nela onde ocorreu a última vez que um humano pisou na Lua. Gene Cernan e Harrison Schmitt foram os dois astronautas a realizarem tal feito. Schmitt era um geólogo, e foi selecionado para a missão devido à pressão pública para que a NASA enviasse um cientista à Lua.
Pessoas que orbitaram a Lua
Em cada uma dessas missões havia um terceiro membro que permanecia em órbita enquanto os outros dois conduziam os experimentos na superfície lunar. Na primeira missão, essa pessoa foi Michael Collins. Collins recebeu o apelido de “o homem mais solitário do mundo” devido a foto que incluía a Apollo 11 e toda a humanidade numa única imagem.
A Apollo 12 teve Richard F. Gordon na órbita. A Apollo 13 tinha o objetivo de pousar na Lua, mas um problema nos tanques de oxigênio fez com que a missão fosse abortada. Assim, ao invés do pouso, os astronautas apenas fizeram a órbita antes de voltar para casa. Esse grupo incluía Jim Lovell, Jack Swigert e Fred Haise.
A Apollo 14 teve Stuart Rosa em órbita, e a Apollo 15 teve Alfred Warden, que orbitou a Lua 74 vezes nessa missão. Ken Mattingly ficou em órbita durante a missão Apollo 16, e Ronald Evans realizou a última órbita, tendo o recorde do maior tempo passado na órbita da lua na história da humanidade: 147 horas e 43 minutos.
Já faz mais de 50 anos que enviamos humanos à Lua. Felizmente, a NASA planeja repetir o feito ainda nesta década, com a esperança de também construir habitats na superfície da Lua que permitam um período maior de exploração.
*Por Dominic Albuquerque
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*Fonte: socientifica
Como a Lua está tornando dias na Terra mais longos
Sob influência reversa das marés que ele mesmo gera, nosso satélite natural se afasta da Terra a cerca de 4 centímetros por ano, estimam cientistas.
Ao longo da história humana, a Lua sempre foi uma presença misteriosa e inseparável sobre a Terra. Sua suave força gravitacional define o ritmo das marés e sua pálida luz ilumina os rituais nupciais noturnos de muitas espécies.
Civilizações inteiras definiram seus calendários pela Lua, conforme ela surgia e desaparecia. Alguns animais, como os besouros-do-esterco, usam a luz do Sol refletida na superfície da Lua para ajudar na sua orientação.
Mais fundamentalmente, algumas teorias afirmam que a Lua pode ter ajudado a criar as condições que possibilitaram a vida no nosso planeta e até a dar início à vida na Terra, desde o primeiro momento.
Também se acredita que a sua excêntrica órbita em torno do nosso planeta influencie alguns dos importantes sistemas meteorológicos que dominam nossa vida hoje em dia.
Mas a Lua também está se afastando de nós. A cada volta do seu balé espacial extraordinariamente equilibrado em volta da Terra – em círculos, mas sempre sem piruetas, o que explica porque nós sempre vemos o mesmo lado da Lua –, ela vai gradualmente se afastando do nosso planeta, em um processo conhecido como “recessão lunar”.
Disparando lasers em direção a refletores instalados sobre a superfície lunar pelos astronautas da missão Apolo, cientistas conseguiram recentemente medir com absoluta precisão a velocidade exata de afastamento da Lua. Eles confirmaram que a Lua está se afastando à velocidade de 3,8 cm por ano. E, conforme isso acontece, nossos dias vão ficando cada vez mais longos.
“É tudo questão de marés”, afirma David Waltham, professor de geofísica da Universidade de Londres Royal Holloway, que estuda a relação entre a Lua e a Terra.
“A força da maré na Terra reduz sua rotação e a Lua recebe essa energia na forma de impulso angular”, acrescenta.
Basicamente, à medida que a Terra gira, a gravidade da Lua em órbita do nosso planeta impulsiona os oceanos para criar a maré alta e a maré baixa. Essas marés, na verdade, são “volumes” de água que se estendem em forma elíptica, contra ou a favor da gravidade da Lua.
Mas a Terra gira sobre o seu eixo em velocidade muito maior que a órbita da Lua, o que significa que a fricção das bacias oceânicas em movimento no nosso planeta também arrasta a água com ela. Com isso, o volume de água move-se levemente à frente da Lua na sua órbita, que tenta puxá-la de volta.
Este processo suga lentamente a energia de rotação do nosso planeta, reduzindo sua velocidade, enquanto a Lua ganha energia, fazendo com que ela se mova para uma órbita mais alta.
Esta redução contínua da velocidade de rotação do nosso planeta significa que a duração do dia médio na Terra aumentou em cerca de 1,09 milissegundo por século desde o final dos anos 1600, segundo a última análise disponível.
Outras estimativas indicam um número um pouco mais alto, de 1,78 ms por século, com base em observações de eclipses mais antigos.
Nenhum desses números parece preocupante, mas, ao longo dos 4,5 bilhões de anos de história do planeta, a mudança acumulada é muito significativa.
Acredita-se que a Lua tenha se formado cerca de 50 milhões de anos após o nascimento do Sistema Solar.
A teoria mais aceita é que uma colisão entre a Terra em formação e outro objeto com o tamanho aproximado do planeta Marte, conhecido como Theia, tenha arrancado um pedaço de material e fragmentos que se agregaram para formar o que hoje chamamos de Lua.
Distância maior e dias mais longos
O que fica claro a partir de dados geológicos preservados em faixas rochosas na Terra é que a Lua ficava muito mais perto da Terra no passado, em relação a hoje.
Atualmente, a Lua fica a 384.400 km da Terra. Mas um estudo recente indica que, cerca de 3,2 bilhões de anos atrás – quando as placas tectônicas da Terra começavam a se mover e micro-organismos oceânicos estavam devorando nitrogênio –, a Lua ficava a apenas 270.000 km da Terra, ou cerca de 70% da sua distância atual.
“A rotação mais rápida da Terra reduziu a duração do dia, de forma que [em um período de 24 horas], o Sol nascia e se punha duas vezes, não apenas uma, como acontece hoje”, explica o geofísico Tom Eulenfeld, que liderou o estudo da Universidade Friedrich Schiller em Jena, na Alemanha.
“Isso pode ter reduzido a diferença de temperatura entre o dia e a noite e afetado a bioquímica dos organismos fotossintéticos”, segundo Eulenfeld.
O que estudos como o dele revelam é que a velocidade da recessão lunar também não é constante – ela já aumentou e diminuiu ao longo do tempo.
Um estudo da geóloga Vanina López de Azarevich, da Universidade Nacional de Salta, na Argentina, indica que, cerca de 550-625 milhões de anos atrás, a Lua talvez estivesse se afastando em até 7 cm por ano.
“A velocidade em que a Lua se afasta da Terra definitivamente se alterou ao longo do tempo e irá se alterar no futuro”, afirma Eulenfeld. Mas, em grande parte da história, a Lua se afastou em velocidade muito menor que a atual.
De fato, vivemos atualmente em um período em que a velocidade de recessão é anormalmente alta.
A Lua precisaria ter se afastado à sua velocidade atual por apenas 1,5 bilhão de anos para atingir a posição onde se encontra hoje. Mas esse processo vem ocorrendo desde a formação da Lua, 4,5 bilhões de anos atrás. Claramente, seu afastamento era muito mais lento no passado.
“A força da maré, atualmente, é três vezes maior do que o esperado”, afirma Waltham. O motivo pode ser o tamanho do Oceano Atlântico.
A configuração atual dos continentes faz com que a bacia do Atlântico Norte casualmente tenha proporções exatas para gerar um efeito de ressonância, de forma que a sua água se movimente de um lado para o outro em velocidade próxima à das marés. Com isso, as marés são mais acentuadas do que seriam normalmente.
Waltham explica que é como empurrar uma criança no balanço. Ela irá chegar mais alto se cada impulso for coordenado com o movimento existente.
“Se o Atlântico Norte fosse um pouco mais largo ou mais estreito, isso não aconteceria”, afirma Waltham. “Os modelos parecem mostrar que, se você voltar alguns milhões de anos, a força da maré era menor porque os continentes estavam em posições diferentes.”
Mas é provável que essa mudança continue no futuro. Modelos preveem que uma nova ressonância da maré irá surgir daqui a 150 milhões de anos. E um novo “supercontinente” só será formado daqui a cerca de 250 milhões de anos.
Podemos então esperar que, um dia, a Terra não tenha mais a Lua?
Mesmo na velocidade atual de afastamento, não é provável que a Lua chegue a abandonar totalmente a Terra. O trágico fim do Sol provavelmente ocorrerá muito antes, daqui a cerca de 5-10 bilhões de anos. E a humanidade provavelmente terá sido extinta muito antes disso.
Mas, no curto prazo, a própria humanidade pode ajudar a tornar os dias um pouco mais longos, reduzindo a quantidade de água capturada nas geleiras e as coberturas de gelo, devido ao derretimento causado pelas mudanças climáticas.
“O gelo, basicamente, suprime as marés”, explica Waltham. Ele observa que, cerca de 600-900 milhões de anos atrás, acredita-se que o nosso planeta tenha entrado em um período particularmente congelante, conhecido como Era do Gelo. E, naquela época, a velocidade de afastamento da Lua foi dramaticamente reduzida.
Mas é difícil prever o impacto futuro, que será parcialmente compensado pelas massas de terra que serão recuperadas à medida que o peso das placas de gelo for retirado delas e por outras complicações.
Teoricamente, o próximo grupo de astronautas que irá voar para a Lua no programa Artemis, da Nasa, vai poder verificar se observou seu planeta natal a uma distância maior do que a que viram seus predecessores do programa Apolo, 60 anos atrás – embora o ponto da sua chegada durante a órbita elíptica da Lua provavelmente seja mais determinante, já que a distância entre o apogeu e o perigeu varia em 43 mil quilômetros a cada 29 dias.
E, para quem fica por aqui, nossas vidas são breves demais para observar os picossegundos que são acrescentados à duração de cada dia que passa. Se você piscar os olhos, eles já se foram.
*Por BBC
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*Fonte: g1
Balão vai colocar turistas perto da órbita da Terra
A empresa Iwaya Giken pretende até o final do ano realizar voos tripulados a bordo de uma capsula presa a um balão estratosférico.
Os voo da empresa Iwaya Giken serão realizados a bordo de uma capsula presa a um balão (Credito: Iwaya Giken)
Agora você tem um novo destino para suas próximas férias, mas ele é um pouco inusitado. Uma empresa japonesa lançou recentemente uma chamada para passageiros que queiram voar a mais de 25 quilômetros de altura em uma cápsula transportada por um balão.
A ideia da empresa é “fazer turismo espacial para todos” e se você é um dos interessados, vai precisar desembolsar cerca de 175 mil dólares por uma viagem que vai durar uma hora. Apesar da altitude não estar nem próxima de atingir os limites do espaço sideral, os passageiros da cápsula poderão ver a curva da Terra.
A viagem é ideia da startup Iwaya Giken. Caso os planos da empresa deem certo, até o final do ano, o primeiro voo tripulado será realizado, e será o primeiro a chegar no mercado.
A startup vem planejando o voo conhecido como Open Universe Project desde 2012. Ela consiste em uma cápsula pressurizada de 2 lugares chamada T-10 Earther, com cerca de 1,5 metros de largura e é rodeada de janelas.
O processo de inscrição online para realização do voo foi aberto em fevereiro e os cinco primeiros passageiros serão selecionados em outubro. De acordo com o cronograma, os primeiros voos acontecerão em dezembro, mas a estreia pode ser alterada, a depender do clima.
O Open Universe Project vai decolar da ilha de Hokkaido, no norte do Japão;
Os passageiros selecionados vão subir no balão acompanhado de um piloto que chegará a altura de 25 quilômetros cerca de duas horas depois da decolagem.
Depois de uma hora apreciando a vista, a cápsula vai descer e pousar no mar;
A viagem inteira custa cerca de 24 milhões de ienes, o que no câmbio atual é cerca de R$ 900 mil. No pacote, além da “taxa de experiência de excursão espacial”, também estão incluídos os impostos. E caso o passageiro queira levar a cápsula T-10 Earther para casa, será preciso pagar mais 735 mil dólares.
Outras viagens espaciais para turistas
Apesar dos valores exorbitantes, os pacotes de viagem para turismo espacial estão em alta recentemente. As empresas oferecem desde viagens a órbita, a pacotes mais econômicos que levarão passageiros a bordo de uma cápsula presa a um balão, assim como a Iwaya Giken, apesar destes não chegarem ao espaço sideral, que oficialmente fica a 80 quilômetros de altitude segundo a Administração Federal de Aviação dos EUA ou 100 quilômetros, segundo a Federação Aeronáutica Internacional.
Um voo para órbita no Falcon 9 da SpaceX custa cerca de 55 milhões de dólares. Já a empresa Virgin Galactic oferece viagens para a sub órbita terrestre por 450 mil dólares. Ou seja, os pacotes em balões são bem mais em conta.
A empresa do Arizona, World View Enterprises também pretende transportar pessoas em altas atitudes, nos próximos dois anos por 50 mil dólares. Outras três empresas espanholas, Zero 2 Infinity, EOS X Space e HALO Space, também pretendem em 2024 ou 2025 levar passageiros em viagens de balões estratosféricos.
*Por Mateus Dias
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*Fonte: olhardigital
13 músicas de David Bowie sobre o espaço
De estrelas a roqueiros que fazem contato com alienígenas, o Universo sempre esteve presente na obra do músico
Os mistérios do Universo eram grande inspiração para Bowie, que escreveu um grande número de músicas fazendo menções espaciais. Abaixo, você confere as músicas que melhor expressam a relação do cantor com a fronteira final. Você pode ouvir todas elas em nossas playlists no Deezer e no Spotify.
Space Oddity (1969): o primeiro grande sucesso de Bowie foi lançado à mesma época que a missão Apollo 11, que chegaria à Lua. Foi um hit instantâneo, que tornou Bowie conhecido na Inglaterra, seu país natal, e no resto do mundo. Na letra, Major Tom é um astronauta que se comunica com o centro de controle sobre sua missão espacial… quando algo dá errado.
Life on Mars? (1971): Escrita para dar uma cutucada em Paul Anka, que comprou os direitos da versão francesa de uma de suas músicas (“Even a Fool Learns to Love”, que nunca foi lançada) e a transformou na famosíssima “My Way”, Life on Mars? foi considerada uma das 100 melhores músicas de todos os tempos no jornal The Daily Telegraph. Apesar de ter os mesmos acordes do clássico de Frank Sinatra, a canção de Bowie não poderia ser mais diferente: fala sobre violência, enfado e sonhos destruídos. Exausto com a realidade, o narrador se pergunta: “existe vida em Marte?”
Ziggy Stardust (1972): Escrita para o álbum The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, essa canção conta a história do roqueiro de mesmo nome, que tocava guitarra ao lado de suas aranhas marcianas e servia de transmissor de mensagens espaciais. Ziggy foi um personagem criado e interpretado pelo próprio Bowie, conhecido pelo seu viés político, glam-rock e bastante sexualizado.
Lady Stardust (1972): Essa balada feita ao piano foi escrita para a turnê de Ziggy Stardust e ficou marcada como a música que, durante os shows, Ziggy se vestia de mulher. É uma balada sobre um rapaz que era ridicularizado pelos outros, até subir nos palcos – quando a “senhorita Stardust”, a versão feminina de Ziggy, cantava junto com ele. Dizem que o rapaz da música é Marc Bolan, um dos ídolos de Bowie e pioneiros do glam rock.
Starman (1972): A letra se refere ao “Starman”, um alienígena que envia mensagens de esperança para a Terra por meio do roqueiro Ziggy Stardust. A história é contada do ponto de vista de um garoto que escuta a palavra de Ziggy. Bowie disse, em uma conversa com o autor de ficção científica William S. Burroughs, que Ziggy não era extraterrestre, ao contrário do que se pensava – apenas um rock star que se comunicava com o espaço. A balada é uma das músicas mais famosas de Bowie e foi vendida como single antes de integrar o álbum “The Rise and Fall…”.
Moonage Daydream (1971-1972): Bowie lançou essa canção como single e a regravou para sua versão mais conhecida integrar “The Rise and Fall…”. Na letra, conhecemos as palavras de um alienígena messiânico falando para aproveitarmos enquanto dá tempo, já que o mundo está prestes a acabar. É uma combinação de tudo que fez Ziggy Stardust ser o fenômeno que foi: uma mensagem sobre rebelião, sexo e paixões sociais.
Five Years (1971-1972): O clima “carpe diem” de Moonage Daydream é consequência do que ouvimos nessa canção aqui, também da turnê de Ziggy Stardust: “o cara do jornal chorou e nos contou / a Terra está realmente morrendo / chorava tanto, seu rosto estava molhado / foi assim que eu soube que ele não estava mentindo”. É uma canção incrível sobre o fim do mundo, com as reações das pessoas à notícia de que o fim virá em apenas cinco anos. Praticamente um filme apocalíptico.
The Prettiest Star (1970): Essa animada canção ficou famosa por ter sido usada por Bowie para pedir sua mulher, Angela, em casamento. “Um dia, talvez um dia / eu e você vamos subir até o alto / Tudo porque você é / A estrela mais brilhante”, cantou ele. O pedido, é claro, funcionou: “Angie” e Bowie foram casados entre os anos 70 e 80.
Ashes to Ashes (1980): A canção tem uma clara referência ao astronauta Major Tom, de Space Oddity, desconstruindo sua imagem de “astronauta hippie” e o reconhecendo como um homem triste e dependente de drogas. Para Bowie, a canção serviu para amarrar todo o seu trabalho dos anos 80: “foi um bom epitáfio”, concluiu ele.
Hallo Spaceboy (1995): Bowie se inspirou na banda Nine-Inch Nails para compor a canção que, de acordo com ele, resultou em algo como “Jim Morrison (da banda The Doors) industrial”. O narrador conversa com um garoto do espaço, falando sobre caos e dias terríveis, mas garante, à guisa de consolo: “poeira da Lua vai cobrir você”.
New Killer Star (2003): A música tem uma referência sutil aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 às torres gêmeas do World Trade Center. A música fala sobre a descoberta de uma nova estrela, enquanto o clipe, de forma surreal, mostra um astronauta quase aterrisando nos Estados Unidos moderno.
The Stars (Are Out Tonight) (2013): Fazendo uma homenagem à primeira fase de seu trabalho, Bowie brinca com o significado da palavra estrela: se refere a pessoas famosas como se fossem astros no céu.
Blackstar (2015): Na música-título de seu último trabalho, Bowie se despediu afirmando que não era uma estrela do rock, e sim uma “estrela negra”. No clipe, lançado em novembro de 2015, uma mulher encontra um astronauta morto e, em tom um tanto quanto lúgubre, realiza rituais com sua caveira. A crítica recebeu seu último trabalho como “maravilhosamente estranho”, como não podia deixar de ser, tratando-se de David Bowie.
*Por Claudia Fusco
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*Fonte: revistagalileu
Cientistas enviam sementes ao espaço em experimento inédito para obter cultivos mais resistentes às mudanças climáticas
Duas agências da ONU – a Aiea, Agência Internacional de Energia Atômica, e a FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – se uniram para uma iniciativa inédita em todo o mundo: enviar sementes ao espaço, a fim de colocá-las em condições extremas que ajudem a desenvolver novas culturas mais resistentes às mudanças climáticas.
As duas primeiras espécies eleitas para o experimento foram a planta Arabidopsis, já amplamente utilizada em testes genéticos devido às suas características, e o grão Sorgo, que possui grande variedade de nutrientes e já é muito usado para alimentação humana e também nos processos de produção de ração animal e etanol.
As sementes das duas espécies ficarão expostas por cerca de três meses a ambientes internos e externos da Estação Espacial Internacional em condições de microgravidade – “uma mistura complexa de radiação cósmica e temperaturas extremamente baixas”, segundo a Aiea.
Após esse período, as sementes retornarão à Terra e serão monitoradas de perto pelos cientistas das duas agências da ONU, a fim de identificar possibilidades de mutação para novas variedades de suas espécies.
“Milhões de pequenos agricultores em todo o mundo lidam, diariamente, com condições de cultivo cada vez mais desafiadoras. Esse experimento pretende dar luz à capacidade da ciência nuclear em contribuir nesse cenário de enfrentamento às mudanças climáticas, a partir do fornecimento de sementes resilientes e de alta qualidade que vão ajudar esses agricultores a se adaptar ao clima e aumentar seu suprimento de alimentos”, explicou Rafael Grossi, diretor-geral da Aiea.
Ainda segundo ele, apesar de este ser o primeiro experimento feito no espaço, a Aiea e a FAO já atuam há quase 60 anos, de forma conjunta, na indução de mutações em plantas, visando desenvolver novas variedades de culturas agrícolas. A parceria já criou cerca de 3,4 mil novas variedades de mais de 210 espécies de plantas diferentes, que já foram liberadas oficialmente para uso comercial em 70 países pelo mundo.
“Este é um caminho promissor para melhores processos agrícolas, melhor nutrição e, consequentemente, melhor qualidade de vida para toda a população mundial”, finalizou Grossi.
*Por Débora Spitzcovsky
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*Fonte: thegreenestpost
Saiba como a Terra é protegida de colisões de asteroides
De todas as coisas que podem acabar com o planeta Terra, uma colisão de um asteroide pode ser uma das que os humanos têm mais controle. Mas quem de fato protege o planeta de uma catástrofe como essa?
Uma colisão de asteroide está na parte de baixo da lista de possíveis fins do mundo. Em um mundo com armas nucleares, onde a atividade humana está permanentemente alterando habitats e o clima, e onde o uso excessivo de antibióticos está levando a novos tipos mortais de bactérias, uma ameaça externa é o menor dos problemas. Mas os efeitos de colisões de asteroides – tsunamis, vendavais e ondas de choque – podem ser catastróficos. Então, existem cientistas que dedicam seu tempo e pesquisa para se preparar em caso deste cenário.
Embora nenhum asteroide conhecido tenha chance de causar destruição em larga escala, aqueles potencialmente perigosos são assuntos diários para tabloides – o governo dos Estados Unidos e cientistas de todo o mundo os levam a sério. Em 2018, a Nasa, a FEMA (Agência Federal de Gestão de Emergências) e outras agências espaciais se uniram para imaginar como seria uma colisão de asteroides, simulando as tomadas de decisões necessárias caso os telescópios encontrassem uma possível ameaça.
O Sistema Solar se formou a partir de um disco de matéria que cercava o Sol em sua juventude. Esse material se aglutinou para formar os planetas. Na região entre Marte e Júpiter, por exemplo, a forte gravidade do gigante gasoso impediu a formação planetária e, em vez disso, muitos pequenos corpos rochosos colidiram uns com os outros, e, agora, existem como asteroides.
Ocasionalmente, as forças gravitacionais de Júpiter podem perturbar as órbitas desses objetos. Outros objetos, como os cometas gelados, eventualmente se aproximam da Terra em suas órbitas elípticas. Juntos, esses asteroides e cometas compõem os “Objetos Próximos à Terra”, ou NEOs. Por definição, um NEO é qualquer corpo dentro de 1,3 unidade astronômica do Sol, onde 1 UA equivale a 150 milhões de quilômetros, a distância entre o Sol e à Terra, incluindo cometas com órbitas ao redor do sol que duram menos de 200 anos.
Cientistas então elaboraram uma lista de NEOs com os quais devemos nos preocupar, chamados de asteroides potencialmente perigosos. Estes são corpos que cruzam a órbita da Terra e medem 140 metros de diâmetro ou mais, aproximadamente o tamanho de um estádio de futebol, e estão dentro de 0,05 UA do planeta, cerca de 20 vezes a distância média até a Lua.
Se algo desse tamanho se chocasse com à Terra, causaria uma catástrofe regional. O impacto de um meteorito pode gerar potenciais catástrofes, de ventos de alta velocidade a tsunamis ou imensas ondas de choque e calor o suficiente para cozinhar o corpo humano.
Impactos de asteroides há muito tempo vivem na preocupação pública. Já em 1694, o astrônomo Edmond Halley (do famoso cometa Halley) sugeriu que cometas poderiam se chocar com à Terra, teoria adotada por outros ao longo dos séculos seguintes.
Então, em 1908, o famoso evento de Tunguska arrasou uma floresta na Rússia, e na década de 1930, cientistas começaram a descobrir grandes asteroides passando perto da Terra – talvez o de Tunguska tenha sido um asteroide e talvez houvesse mais para nos preocuparmos. E, em 1980, uma equipe de pesquisadores encontrou o raro elemento irídio em uma camada de rocha de, aproximadamente, 65 milhões de anos, que deduziram ter sido trazida por um grande asteroide. Essa descoberta, assim como outras pesquisas, ajudou a embasar e aceitar a teoria de que um grande impacto provocou a extinção dos dinossauros. Mas essa teoria era controversa e levou 30 anos para alcançar seu status atual.
Mas talvez o momento mais importante dessa história não tenha ocorrido na Terra. Em 1993, os cientistas Carolyn e Eugene M. Shoemaker, e David Levy, descobriram um cometa na órbita de Júpiter. O interesse no cometa Shoemaker-Levy 9, tanto científico quanto público, disparou quando os pesquisadores perceberam que ele colidiria com o planeta, o que aconteceu em julho de 1994, deixando marcas escuras em Júpiter que ficaram visíveis durante meses.
Esse foi um divisor de águas na comunidade científica, afinal, se algo pode se chocar com Júpiter, então algo poderia atingir à Terra. Graças a tudo isso, o Congresso americano ficou interessado em proteger o planeta dos impactos.
O Congresso já havia solicitado à Nasa para criar um programa de observação de asteroides em 1992, mas em 1998 eles ordenaram que a agência catalogasse todos os asteroides próximos à Terra, com tamanho maior que um quilômetro, dentro de dez anos. Assim, a Nasa estabeleceu o Programa de Observação de NEOs, agora chamado de Centro de Estudos de NEOs, que compila e computa órbitas para asteroides próximos à Terra. Em 2005, o Congresso expandiu a meta de incluir 90% dos objetos com 140 metros, ou maiores, até 2020.
A defesa planetária é agora uma empreitada internacional, com um orçamento milionário. Para os EUA, o Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da Nasa é responsável por projetos que buscam asteroides próximos e comunicam governo, mídia e público, sobre potenciais perigos. Eles também desenvolvem técnicas de pesquisa para evitar impactos, e coordenam com o governo e agências como a FEMA para responder a uma possível colisão.
Agências espaciais ao redor do mundo, como a Agência Espacial Europeia, a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial, a Roscosmos e outras, realizam várias pesquisas e projetos sobre o monitoramento de NEOs.
E quanto ao fato de nos preocuparmos ou não? Por enquanto, não existem asteroides conhecidos que sejam dignos de preocupação. Nenhuma das órbitas de asteroides listadas no banco de dados CNEOS está prevista para causar impacto nos próximos 188 anos. Mas, se houver alguma preocupação, deve ser sobre os asteroides ainda não encontrados.
Apesar das várias pesquisas, simplesmente não há infraestrutura adequada para encontrar todas as rochas espaciais. Algumas das missões não foram projetadas com o levantamento de asteroides em mente.
Também existem asteroides menores, que podem causar danos locais e atacar com pouco, ou nenhum, aviso. O meteoro de 20 metros de Chelyabinsk explodiu acima da Rússia em 2013, quebrando janelas e ferindo 1.491 pessoas. Em dezembro de 2018, um meteoro explodiu sobre o Mar de Bering, com dez vezes a força da bomba de Hiroshima. Esses impactos ficam abaixo do limite estabelecido pelo Congresso, mas ainda têm potencial de causar danos em menor escala.
Quando se trata de avaliar a probabilidade de um impacto e o dano que ele pode causar, os pesquisadores consideram o tamanho da Terra, assim como quantas vezes os asteroides de diferentes tamanhos a atingem.
Meteoros inofensivos, do tamanho de grãos de poeira, atingem à Terra quase que constantemente e se queimam na atmosfera; a probabilidade de um asteroide de um metro atingir o planeta é de cerca de um impacto por ano e se tona menos provável com o tamanho do asteroide ao quadrado. As probabilidades de um impacto de uma rocha de 100 metros são uma vez a cada dez mil anos, e um asteroide de mil metros, uma vez a cada um milhão de anos.
E quanto a eventos maiores, eles são potencialmente evitáveis com o suficiente tempo de espera. Por exemplo, há a missão Teste de Redirecionamento de Asteroides Duplos (DART), uma demonstração que lançará uma espaçonave no asteroide menor no binário Didymos a 6 km/s.
A missão Hera da ESA acompanhará as observações dos efeitos da colisão. Os cientistas esperam que essas missões mudem a órbita do asteroide menor em torno do asteroide maior, e que, no futuro, as agências espaciais possam usar essas missões de “impacto cinético” para mudar a órbita de um asteroide ameaçador.
Existem também outras ideias para desviar asteroides perigosos. As agências espaciais poderiam colocar algo muito pesado ao lado da rocha para mudar sua rota através da gravidade, ou remover matéria da superfície do asteroide. E, claro, há sempre a opção de última hora de bombardear um asteroide que apresenta uma ameaça iminente – mas, no exercício de mesa da Conferência de Defesa Planetária deste ano, os cientistas escolheram bombardear um grande asteroide que arrasaria Denver, mas acabaram destruindo a cidade de Nova York.
Apesar da baixa probabilidade de um impacto de asteroide, suas terríveis consequências significam que esta continuará a ser uma área importante de pesquisa. Os cientistas agora levam a ameaça a sério.
*Por Vinicius Szafran
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*Fonte: olhardigital
Número de asteroides próximos da Terra atinge marca impressionante
Os astrônomos responsáveis pelo monitoramento de objetos espaciais em volta da Terra anunciaram que a contagem desses asteroides chegou à marca de 30 mil. Esse número é recebido com um pouco de preocupação, pois impactos de asteroides podem ser eventos perigosos que causam destruição em massa.
Felizmente, o monitoramento constante do Espaço ajuda na tomada de decisão em caso de alguma eventual rocha em rota iminente com a Terra. A missão DART foi um demonstrativo de como as ações de proteção espacial podem prosperar.
Cabe destacar que os 30 mil objetos observados e catalogados estão em uma distância de até 45 milhões de quilômetros da Terra, que representa aproximadamente 117 vezes a distância entre a Terra e a Lua. As observações são coletadas e rastreadas pelo Centro de Coordenação de Objetos Próximos à Terra (NEOCC) da Agência Espacial Europeia (ESA) e pelo Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS) da NASA.
Cerca de 400 objetos recém-descobertos teriam potencial de destruir uma cidade com um impacto direto, ou causar uma destruição considerável na região. Esses são os alvos de monitoramento dos astrônomos. Apenas um desses novos objetos mediu mais de 1 quilômetro de largura, dimensão suficiente de fazer um estrago ainda maior.
Felizmente, o número de asteroides potencialmente perigosos cresceu mais lentamente. Além disso, outras observações descartaram qualquer chance de impacto nas próximas décadas. Os 1.426 objetos que fazem parte de um grupo com chance de impacto diferente de zero estão sendo cuidadosamente estudados.
Asteroide que oferece maior risco à Terra está fora do radar dos astrônomos
O asteroide 1979XB é o que oferece maior risco para a Terra. Estima-se que ele tenha um diâmetro de cerca de 700 metros, uma medida preocupante, que poderia destruir um pequeno país. Como esse objeto não é visto desde 1979, os astrônomos não conseguem determinar com precisão onde ele está agora, porém há uma chance de que ele atinja a Terra em 2056.
Acredita-se que em dezembro de 2024, o 1979XB passe perto da Terra, nesse caso os astrônomos seriam capazes de calcular sua órbita com mais precisão e provavelmente descartar impactos futuros. O chefe de defesa planetária da ESA, Richard Moissl, declarou que mais da metade dos asteroides conhecidos e registrados foram descobertos nos últimos seis anos. Isso só mostra o quanto a busca por esses objetos está cada vez melhor.
*Por Isabela Valukas Gusmão
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*Fonte: olhardigital
O fim dos detritos espaciais na órbita da Terra pode estar próximo
Um voo da SpaceX realizou um experimento histórico da Nanoracks que pode ajudar as agências espaciais e os governos a lidar com os detritos perigosos encontrados no Espaço e na órbita da Terra. A empresa espacial hospedou um robô utilizado para suavizar o metal através do atrito.
Essa pode ser a tão desejada solução que o governo dos Estados Unidos e empresas privadas buscam para proteção espacial da Terra de objetos desgovernados e favorecimento da exploração e o uso do Espaço. Esse tema tem sido bem recorrente nas últimas semanas dentro do Congresso e a Comissão Federal de Comunicações norte-americana.
Essa missão foi chamada de Posto Avançado Mars Demo-1 e pretende ser a primeira de uma série de demonstrações em direção ao corte de metal no Espaço. A técnica demonstrada no objeto da missão Transporter-5, da SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, chama-se “fresamento de atrito”.
De acordo com o apresentador do experimento Nanoracks, esse procedimento utiliza ferramentas de corte que operam em alta rotação para suavizar o metal. Nesse caso, o braço robótico e as amostras utilizadas foram completamente selados neste experimento como uma precaução adicional contra a geração de novos detritos espaciais.
A Nanoracks é uma empresa privada de serviços espaciais, que hospeda experimentos a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), e tem como objetivo desenvolver várias estações do Posto Avançado que hospedam cargas a bordo de estágios expirados de foguetes, em um futuro próximo.
Controle de detritos espaciais
A primeira demonstração ocorreu a bordo de um foguete rideshare. Os envolvidos no projeto dos detritos alegam que ainda há muito o que aprender para futuras missões até que essa demonstração se torne realidade para todas as entidades participantes: Nanoracks, Voyager e Maxar, que forneceram o braço robótico.
Uma outra missão tinha como objetivo cortar um objeto feito de aço resistente à corrosão. O material utilizado é semelhante ao encontrado do lado de fora de um foguete Vulcan Centaur da United Launch Alliance, porém o robô não alcançou a meta.
Em um comunicado, o vice-presidente sênior de sistemas espaciais da empresa Nanoracks, Marshall Smith, declarou que irá investigar o motivo de a missão não ter saído da forma como era esperado pela equipe, se está relacionado com o material do objeto utilizado ou com a técnica empregada.
*Por Isabela Valukas Gusmão
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*Fonte: olhardigital
Cientistas encontram “Super-Terra” – e ela pode ser habitada
Planeta, que orbita estrela a cem anos-luz da Terra, recebe luz solar em níveis favoráveis à vida e pode ter água em sua superfície; físicos comemoram descoberta
Um time de cientistas anunciou a descoberta de dois planetas, com características similares à Terra, embora sejam bem maiores. E um deles pode apresentar condições propícias ao desenvolvimento de formas de vida. Ambos orbitam a estrela anã LP890-9, a cem anos-luz da Terra. Os corpos celestes foram localizados pela Nasa e a Universidade de Liège, na Bélgica, por meio dos telescópios Search for habitable Planets EClipsing ULtra-cOOl Stars (SPECULLOS), instalados no Chile e no arquipélago de Tenerife, na Espanha. A liderança da missão coube à astrofísica Laetitia Delrez, da Universidade de Liège.
O primeiro planeta encontrado não revelou muitas surpresas. O segundo, no entanto, intrigou os cientistas. O LP 890-9c ou SPECULOOS-2c, com uma órbita de 8,5 dias ao redor da estrela anã, se encontra um zona potencialmente habitável. Sua órbita permite que ele receba uma quantidade de radiação solar parecida com a da Terra. E pode haver água em sua superfície.
“Embora este planeta orbite muito próximo de sua estrela, a uma distância cerca de 10 vezes menor que a de Mercúrio ao redor do nosso Sol, a quantidade de irradiação estelar que ele recebe ainda é baixa e pode permitir a presença de água líquida desde que tenha uma atmosfera suficiente para isso”, explicou Francisco Pozuelos, co-autor do estudo.
O próximo passo é estudar a atmosfera do planeta. A ideia é estabelecer se ele pode de fato ser favorável a alguma forma de vida, como se acredita. Até agora, o LP 890-9c é um dos candidatos mais fortes a apresentar condições para isso. A descoberta tem sido comemorada pelos cientistas. “Trata-se de uma oportunidade única para entender melhor as condições de habitabilidade em torno das estrelas menores e mais frias de nossa vizinhança solar”, disse Laetitia Delrez.
E esse não foi o único achado importante recente. Há algumas semanas, os cientistas localizaram outra “super-Terra”, chamada de TOI-1452 b, que orbita uma estrela anã vermelha também a cerca de 100 anos-luz da Terra — algo considerado “bastante perto”. Os planetas descobertos vêm sendo estudados incessantemente pelos astrofísicos.
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*Fonte: exame
Por que planejamos voltar à Lua depois de 50 anos?
Última vez que estivemos na Lua foi em 1972. Desde então, com o fim da corrida espacial e outros projetos no espaço, levar humanos para o nosso satélite natural ficou em segundo plano. No entanto, com o lançamento da Artemis 1 na segunda-feira (29), tudo isso muda, já que a missão é apenas a primeira parte do projeto que visa restabelecer a presença humana no solo lunar. Mas por que voltar depois de tanto tempo?
Para entender direito a nossa ausência por lá nos últimos 50 anos, o Olhar Digital preparou essa matéria especial. No entanto, aqui vamos focar no que fez a NASA voltar a focar em enviar humanos para a Lua. A verdade é que a agência espacial dos EUA nunca abandonou por completo esse objetivo, mas questões políticas e outras prioridades no ramo da exploração espacial fizeram isso ser adiado. Até agora.
Por que voltar à Lua agora?
Mas depois de tanto tempo, porque estamos voltando à Lua agora? A missão Artemis surge depois de um momento de baixa para as missões tripuladas da NASA. No governo Obama, o programa Constellation, iniciado na era Bush, foi encerrado, assim como os ônibus espaciais foram aposentados. Isso foi motivado devido a atrasos e ao alto custo do projeto.
Como sabemos, isso não representou o fim da exploração espacial para os EUA. Na verdade, após a aposentadoria do programa dos ônibus espaciais, o congresso dos EUA aprovou que a NASA desenvolvesse um novo foguete para transportar a cápsula Orion. Assim nasceu o SLS e o programa Artemis começou a ganhar forma.
Isso não muda o fato de o programa ser extremamente caro e ter aumentado de custos desde sua previsão inicial. Até 2025, é estimado que o programa Artemis vai ter custado US$ 93 bilhões aos cofres americanos, o que motivou polêmicas e atrasos nos planos. Mas, por enquanto, o congresso segue mantendo o financiamento do projeto.
Mesmo com tudo isso, existem motivos para a Lua. Primeiramente, as missões da Apollo não exploraram de maneira profunda o nosso satélite natural e ainda existem diversas áreas pouco analisadas, como os polos, que devem ser o foco inicial da Artemis. Outro motivo, é que a operação pode servir de trampolim para um plano mais ousado: levar astronautas para Marte.
A ideia da NASA é ousada e envolve a construção de uma estação espacial na órbita lunar, a Gateway , que vai permitir retornos muito mais fáceis à Lua. No programa Apollo, a cada nova missão tudo precisava ser feito do zero, o que aumenta significamente os custos. A NASA também pretende usar essa base para apoiar uma eventual missão para enviar humanos a Marte no futuro.
Sobre o futuro da Artemis depois da 3, a NASA já planeja a 4 e missões de retorno para a Lua, incluindo a construção da Gateway em parceria com a agência europeia e a agência japonesa. Mas tudo isso, é claro, depende ainda da aprovação do Congresso dos Estados Unidos.
*Por Lucas Soares
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*Fonte: ciclovivo
Foguete da Nasa retorna à Lua 50 anos após missão histórica
Na última segunda-feira, a Agência Espacial dos EUA (NASA) anunciou que a missão Ártemis, que tem como direção a Lua, está pronta para ser lançada.
Após testar o foguete de propulsão que deve enviar a nave para o nosso satélite, a NASA qualificou que os equipamentos para o lançamento estão prontos.
A Missão Artemis deve enviar astronautas para a Lua nos próximos anos de forma recorrente
Lançamento do foguete
Os testes foram feitos no Centro Espacial Kennedy da Nasa, na Flórida. Agora, há a expectativa que o lançamento do foguete seja realizado na próxima segunda-feira (29), entre as 9h33 e 11h33 da manhã. Caso algo dê errado, a agência tem datas de back-up nos dias 2 e 5 de setembro.
Basicamente, a empresa testou todas as fases de lançamento do foguete sem efetivamente mandá-lo para a atmosfera. Falta apenas uma fase do processo, que será testada no dia do próprio envio das sondas ao espaço.
A missão Ártemis vai viajar cerca de 2,1 milhões de quilômetros ao longo de 42 dias e, ao fim de sua missão, deve voltar ao planeta Terra e cair no Oceano Pacífico.
O lançamento marca a volta da exploração espacial em direção à Lua. Fazem 50 anos desde a última ida do homem ao satélite, realizada no ano de 1972, na missão Apollo 17.
Desde então, as empresas de exploração espacial públicas e privadas tem definido novas metas, como as sondas em direção a Marte e outros empreendimentos com fins privados.
Esta missão deve dar um reinício às explorações lunares. A cápsula Órion deve levar manequins, lembranças e outros equipamentos por fins de segurança, mas possui a capacidade de transportar seres humanos.
Astronautas mulheres
No futuro, planejam-se missões com as primeiras astronautas mulheres, que têm sido preparadas pela agência há décadas.
“Sou um produto da geração Apollo e veja o que isso fez por nós. E mal posso esperar para ver o que vem da geração Artemis, porque acho que vai inspirar ainda mais do que Apollo. Veja todo esse trabalho durante a revisão de hoje e saiba que estamos prontos para fazer isso”, disse Bob Cabana, administrador do Centro Espacial Kennedy, que lançará o foguete nas próximas semanas.
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*Fonte: hypeness
Locais da Lua têm temperaturas estáveis para humanos, descobrem pesquisadores
Esperando viver na lua um dia? Suas chances aumentaram um pouco.
A lua tem poços e cavernas onde as temperaturas ficam em torno de 17 graus Celsius, tornando a ocupação humana uma possibilidade, de acordo com uma nova pesquisa de cientistas planetários da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
Embora grande parte da superfície da lua passe por temperaturas de até 127°C durante o dia até -173°C graus de noite, os pesquisadores dizem que esses pontos estáveis podem transformar o futuro da exploração lunar e da habitação a longo prazo.
As áreas desses poços sombreados também podem oferecer proteção contra elementos nocivos, como radiação solar, raios cósmicos e micrometeoritos.
Para ter uma idéia, um dia ou noite na Lua equivale a pouco mais de duas semanas na Terra – dificultando a pesquisa e a habitação de longo prazo com temperaturas extremamente quentes ou frias.
Alguns poços são provavelmente tubos de lava colapsados
Cerca de 16 dos mais de 200 poços descobertos provavelmente vieram de tubos de lava colapsados – túneis que se formam a partir de lava ou crosta resfriada, de acordo com Tyler Horvath, estudante de doutorado da UCLA e chefe da pesquisa.
Os pesquisadores pensam que as saliências dentro desses poços lunares, que foram descobertos inicialmente em 2009, podem ser a razão para a temperatura estável.
A equipe de pesquisa também inclui o professor de ciência planetária da UCLA David Paige e Paul Hayne da Universidade do Colorado Boulder.
Usando imagens do Diviner Lunar Radiometer Experiment da NASA para determinar a flutuação das temperaturas do poço e da superfície da lua, os pesquisadores se concentraram em uma área do tamanho de um campo de futebol em uma seção da lua chamada Mare Tranquillitatis. Eles usaram modelagem para estudar as propriedades térmicas da rocha e da poeira lunar no poço.
“Os seres humanos evoluíram vivendo em cavernas, e para cavernas podemos retornar quando vivermos na lua”, disse Paige em um comunicado de imprensa da UCLA.
Ainda existem muitos outros desafios para estabelecer qualquer tipo de residência humana de longo prazo na Lua – incluindo o cultivo de alimentos e prudução de oxigênio. Os pesquisadores deixaram claro que a NASA não tem planos imediatos de estabelecer um acampamento base ou habitações lá. [NPR]
*Por Marcelo Ribeiro
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*Fonte: hypescience
Turismo espacial pode ser nova ameaça à camada de ozônio, diz estudo
Publicado na revista Earth’s Future, um estudo fruto da colaboração entre cientistas da University College London (UCL), University of Cambridge e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), projeta os potenciais danos do turismo espacial para a camada de ozônio, e a contribuição desse novo seguimento para o aquecimento global.
Emissão de gases, lixo espacial, aquecimento na reentrada. Esses foram alguns dos dados analisados pelos pesquisadores para tentar prever quais seriam os impactos dos lançamentos de foguetes para o turismo espacial.
Ao analisarem os dados de 103 lançamentos, que ocorreram ao redor do mundo, no ano de 2019, o modelo 3D de química atmosférica apontou alguns dados alarmantes.
Os resíduos liberados pelos lançamentos dos foguetes são 500 vezes mais eficientes em manter o calor na atmosfera do que todas as outras fontes de fuligem e gases somados, inclusive os da indústria da aviação.
Outro fator observado, é que esses resíduos são liberados diretamente na estratosfera, durante o desacoplamento dos estágios dos foguetes, afetando a camada de ozônio.
Desde 1987, com a implementação do Protocolo de Montreal, a emissão de gases e fuligem tem sido amplamente discutidas, a fim de manter e recuperar a camada de ozônio.
Esse tratado internacional tem obtido sucesso em seu objetivo, mas caso não haja uma regulamentação para a indústria do turismo espacial, pode haver uma regressão nessas conquistas.
Com investimentos crescentes, o turismo espacial não está mais apenas no mundo das ideias. Empresas como a SpaceX, Blue Origin e Virgin Galatic, têm projetos bastante audaciosos no seguimento.
Mesmo que atualmente as emissões e impactos sejam mínimos, devido ao cenário eminente, os pesquisadores discutem sobre a importância da criação de uma regulamentação, para que os danos sejam minimizados, desde já, evitando que os avanços conquistados, como a recomposição da camada de ozônio, por exemplo, não sejam perdidos.
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*Fonte: tecmundo
NASA divulga possíveis datas de lançamento da missão Artemis 1 (e pode ficar para o ano que vem)
Ainda no aguardo de concluir o principal teste de pré-lançamento pelo qual deve passar (o chamado “ensaio molhado”), o megafoguete Space Launch System (SLS), bem como a cápsula Orion, já têm novas datas programadas pela NASA para, finalmente, seguirem rumo à Lua, no primeiro voo do Programa Artemis.
Como se sabe, esse programa tem por objetivo levar a humanidade a pisar novamente em solo lunar, o que ocorreu pela última vez em dezembro de 1972. Antes que isso aconteça, no entanto, o gigantesco complexo veicular (que tem 98 metros de altura e pesa 2,6 mil toneladas) será lançado sem tripulação para um voo em órbita retrógrada ao redor da Lua, por meio da missão Artemis 1, que visa demonstrar os sistemas integrados de naves espaciais e testar uma reentrada de alta velocidade no sistema de proteção térmica da Orion.
Enquanto a equipe de técnicos e engenheiros da NASA estão trabalhando para lidar com um problema de vazamento de hidrogênio em um dos braços umbilicais que ligam a torre ao foguete, além dos reparos necessários em uma válvula defeituosa (identificados durante as primeiras tentativas de abastecimento), a agência revelou o calendário de janelas de lançamento da missão inaugural.
Confira as possíveis datas de lançamento da missão Artemis 1
Segundo a agência espacial norte-americana, o calendário foi feito levando-se em consideração algumas restrições que envolvem, por exemplo, a mecânica orbital e a disponibilidade da infraestrutura do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, de onde o SLS vai partir.
Um dos fatores excludentes é que a cápsula Orion não pode ficar por mais de 90 minutos sem acesso à luz do Sol, fundamental para gerar energia para manter a nave na temperatura correta. Sendo assim, os planejadores da missão descartam as datas que potencialmente poderiam deixar a cápsula no escuro, à sombra da Terra, durante longos períodos.
Abaixo, está a lista completa de oportunidades consideradas para essa missão. Segundo a NASA, o calendário (que você pode acessar na íntegra aqui) está sujeito a alterações.
26 de Julho a 10 de Agosto: 13 oportunidades de lançamento, excluindo 1, 2 e 6 de agosto;
23 de agosto a 6 de setembro: 12 oportunidades de lançamento, excluindo 30, 31 de agosto e 1º de setembro;
20 de setembro a 4 de outubro: 14 oportunidades de lançamento, excluindo 29 de setembro;
17 de outubro a 31 de outubro: 11 oportunidades de lançamento, excluindo 24, 25, 26 e 28 de outubro;
12 de novembro a 27 de novembro: 12 oportunidades de lançamento, excluindo 20, 21 e 26 de novembro;
9 de dezembro a 23 de dezembro: 11 oportunidades de lançamento, excluindo 10, 14, 18 e 23 de dezembro.
Caso nenhuma dessas datas de 2022 sejam aproveitadas, a missão poderá ser lançada no ano que vem, considerando a programação a seguir:
7 a 20 de janeiro: 10 oportunidades de lançamento, excluindo 10, 12, 13 e 14 de janeiro;
3 a 17 de fevereiro: 14 oportunidades de lançamento, excluindo 10 de fevereiro;
Março: 19 oportunidades de lançamento entre 1º e 17 de março e de 29 a 31 de março, excluindo dia 11 e de 18 a 28 de março;
Abril: 14 oportunidades de lançamento entre 1º e 13 de abril e de 26 a 30 de abril, excluindo 2, 3, 7, 9 e de 14 a 25;
Maio: 14 oportunidades de lançamento entre 1º e 10 de maio e de 26 a 31 de maio, excluindo dia 8 e de 11 a 25 de maio;
Junho: 13 oportunidades de lançamento de 1º a 6 de junho, em 20 de junho e de 24 a 30, excluindo 5, de 7 a 19 e de 21 a 23.
A data de lançamento da missão também determinará por quanto tempo a cápsula Orion ficará no espaço. Segundo a NASA, a missão poderá ter entre 26 e 28 dias de duração, ou de 38 a 42 dias, a depender do dia em que o SLS puder decolar. “A duração da missão é variada realizando meia volta ou 1,5 voltas ao redor da Lua na órbita distante retrógrada, antes de retornar à Terra”, explicou a agência em comunicado.
Com previsão de aproximadamente 48 horas de duração, os testes começaram no dia 1º de abril, mas, ao identificar uma série de falhas críticas no carregamento de hidrogênio líquido e oxigênio líquido nos propulsores do SLS, a NASA resolveu interromper o processo para dar prioridade ao lançamento da missão Ax-1, primeiro voo tripulado de caráter privado à Estação Espacial Internacional (ISS) sem a presença de um astronauta da ativa de qualquer agência federal, que aconteceu do dia 8 de abril.
Assim, o ensaio molhado foi retomado na segunda-feira seguinte (12), com previsão de conclusão na quarta-feira (14). Dessa vez, as equipes responsáveis preferiram modificar os procedimentos, abastecendo com hidrogênio líquido e oxigênio líquido apenas o estágio principal, deixando de preencher o estágio superior.
O megafoguete, com a cápsula Orion no topo, posicionado na plataforma 39B do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida, para uma das tentativas frustradas de abastecimento, que configuram o chamado “ensaio molhado”. Imagem: NASA/Joel Kowsky
No entanto, novamente as coisas não saíram como planejado, tendo sido suspenso o ensaio, com expectativa de retomada, a princípio, no dia 21 daquele mês. Depois de divulgar essa possível data, a NASA anunciou o recolhimento da pilha SLS + Orion de volta ao Edifício de Montagem de Veículos (VAB) para proceder com uma análise criteriosa e os reparos necessários na válvula defeituosa identificada na torre de lançamento móvel e um vazamento de hidrogênio em um dos braços umbilicais que ligam a torre ao foguete.
Por volta das 7h da manhã do dia 26, pelo horário de Brasília, o megafoguete e a espaçonave Orion chegaram ao VAB, no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, após uma viagem de 10 horas partindo da plataforma de lançamento 39B, de onde foram retirados para revisão.
Desde então, as equipes estão trabalhando na solução dos problemas identificados. A válvula defeituosa já foi substituída, e os engenheiros descobriram que detritos de borracha impediram que ela selasse corretamente. Segundo a agência, os detritos não eram parte da válvula, e sua origem permanece sob investigação.
Eles também detectaram que alguns dos parafusos de um dos braços umbilicais que ligam a torre ao foguete se soltaram ligeiramente devido à compressão relaxada em uma junta, levando ao vazamento de combustível.
Agora, serão realizados checkouts adicionais, para só então o conjunto SLS+Orion voltar à plataforma de lançamento para a retomada do ensaio molhado, que deve ocorrer em meados ou fim de junho.
*Por Flavia Correia
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*Fonte: olhardigital
O que os astronautas fazem caso tenham diarreia no espaço?
Conhecido internacionalmente por seus filmes de desastres globais, Roland Emmerich apresentou, no início de fevereiro, Moonfall — Ameaça Lunar, revelando como o planeta se comportaria caso a Lua iniciasse rota de colisão com a Terra. Porém, diferentemente de suas produções anteriores (2012, O Dia Depois de Amanhã), o longa conta com um forte apelo científico e detalha algumas curiosidades sobre a condição humana no espaço, como o impacto da diarreia no organismo durante uma viagem para além da atmosfera.
Como é de se imaginar, a Estação Espacial Internacional da NASA possui grandes limitações, especialmente em relação aos aspectos sanitários, visto que os equipamentos de eliminação de resíduos atendem às condições de tamanho, peso e potência impostas pelos sistemas das espaçonaves. Dessa forma, tripulantes que apresentem problemas intestinais ou possuam Síndrome do Intestino Irritável (SII) normalmente enfrentam algumas barreiras durante suas missões.
Porém, desde a década de 1970, mais especificamente ao final das missões Apollo, engenheiros da agência espacial norte-americana investiram mais de US$ 19 milhões em cômodos especiais, garantindo que os astronautas utilizem banheiros adequados e estejam equipados com trajes preparados para lidar com tais inconvenientes. Hoje, a estação abriga seis ou sete tripulantes internacionais de cada vez, com todos compartilhando um ou dois cômodos sanitários movidos à sucção.
Para garantir que não haja acúmulos ou problemas de má higiene, o tempo de ocupação em banheiros é rigidamente controlado, exigindo um trabalho mental especialmente para novatos, que não estão acostumados com os impactos da gravidade no organismo e podem sentir vontades anormais. Apesar disso, segundo o cirurgião da NASA Josef Schmid, os tripulantes possuem horários flexíveis e podem adaptar o tempo de suas tarefas, realizando as pausas necessárias para fazer o número 2.
“Há muitas pessoas que têm problemas”, diz Schmid. “Uma coisa que me lembro da minha formação médica é que a única pessoa ‘normal’ simplesmente não foi avaliada o suficiente. Uma das coisas que pergunto a eles todos os dias quando chegam à órbita é: ‘como você está se alimentando?’ E a próxima coisa que pergunto a eles é: ‘como está indo a função do banheiro?’ Porque eu sei que uma vez que não há constipação, eles estão realmente acomodados e indo bem”.
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Como o “número 2” funciona na prática?
Normalmente, os lançamentos espaciais são longos e estressantes, e os astronautas são forçados a ficarem por horas dentro de um foguete em uma posição pouco agradável — com os pés no mesmo nível do coração. Com o tempo, os fluidos se acumulam e a constipação torna-se um evento esperado graças à desidratação. Desta forma, os viajantes, além de terem a opção de ir ao banheiro antes da decolagem, voam equipados com um saco plástico de três camadas em um balde.
A ida ao banheiro é um módulo de treinamento e permite que os astronautas trabalhem seu corpo para se ajustar às condições adversas. Todos são indicados a cumprir um cronograma de dieta e hidratação monitorado, ao mesmo tempo que recebem muitas orientações de especialistas e descobrem a melhor forma de contornar sintomas de diarreia ou problemas gástricos em potencial.
Após relatos de “vários eventos de diarreia atribuídos a múltiplas causas” em voos espaciais, segundo relatório de 2016 do Human Research Project, a NASA busca priorizar o tratamento alimentar e intestinal de seus colaboradores, visando as próximas missões de exploração e mais riscos ocasionados pelo desconforto.
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*Fonte: equilibrioemvida
Campanha “convida” algumas empresas a irem para Marte
Para Rede Brasil do Pacto Global da ONU não existe mais lugar na Terra para empresas que não são sustentáveis
Após anunciar nova estratégia para alcançar seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, em evento realizado no dia 27 de abril, em São Paulo, a Rede Brasil do Pacto Global da ONU lançou uma campanha inusitada: um convite para que as empresas que não apoiam as iniciativas de sustentabilidade corporativa se mudem para Marte.
“Não existe Planeta B. Precisamos agir e todas e todos nós precisamos fazer as nossas partes. Precisamos cada vez mais que as empresas se comprometam com metas e precisamos para agora. Não adianta pensar a longo prazo, já estamos muito atrasados. Por isso, a Rede Brasil do Pacto Global da ONU criou Movimentos, que são chamamentos ao setor privado para assumirem ambições importantes com prazos para o alcance dos objetivos da Agenda 2030. Compromissos sobre água, mitigação de carbono, direitos humanos, anticorrupção, todos temas fundamentais para o Brasil. Sem deixar ninguém para trás”, afirmou Carlo Pereira, diretor executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU.
A campanha, criada pela agência de publicidade AlmapBBDO, defende que não há mais espaço na Terra para empresas que não se preocupam com a sustentabilidade e com a sociedade, mas que elas serão muito bem-vindas em Marte.
Os argumentos para incentivar a mudança são vários, entre os quais: operações que se instalarem no Planeta não precisarão seguir nenhuma regra, pois lá não há florestas, rios e animais para serem preservados; os dias são mais longos, o que possibilita jornadas de trabalho maiores; um ano no Planeta equivale a quase dois anos da Terra, o que reduz o período de férias dos funcionários; não há exigências de salários justos; a carga tributária é zero; e não há práticas de equidade de gênero e raça.
Para fortalecer essa premissa, foi produzido um filme que enfatiza benefícios e vantagens para as empresas montarem suas operações em Marte, já que elas ainda não assinaram o compromisso do Pacto Global que visa potencializar a importância de questões sustentáveis, sociais e trabalhistas – confira o filme AQUI.
A campanha teve início com teasers vendendo Marte como um “novo conceito de destino de negócios” e agora pode ser conferida na íntegra nas redes sociais oficiais do Pacto Global. “Essa campanha marca o lançamento da Ambição 2030 da Rede Brasil do Pacto Global, que, por meio de sete movimentos ligados às suas plataformas de ação, vai engajar as empresas a assumirem compromissos relacionados ao alcance de sete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A hora de agir é agora e o planeta não pode mais esperar, por isso apostamos na ousadia desse tema da mudança para Marte”, explica Otavio Toledo, Head de Marketing, Eventos e Comunicação do Pacto Global.
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*Fonte: ciclovivo
Primeiro eclipse solar de 2022 ocorre neste sábado (30)
Astrofísico da FEI explica o que esperar e como acompanhar o fenômeno celeste!
Neste sábado, dia 30 de abril, ocorrerá o primeiro eclipse solar de 2022. De tipo parcial, ele deve mostrar a Lua cobrindo mais de 50% da forma visível do Sol. E, embora não possa ser acompanhado em sua totalidade no Brasil, o fenômeno celeste deve atrair a atenção de cientistas e astrônomos amadores, ficando mais perceptível no sudeste do Oceano Pacífico e extremo sul da América Latina, principalmente na Argentina, Uruguai, Chile e Bolívia.
“Como seu ápice ocorrerá por volta de 17h40, no horário de Brasília, o fenômeno celeste tem sido chamado de ‘eclipse do pôr do sol’”, explica Cássio Barbosa, astrofísico e professor do departamento de Física da FEI. “Infelizmente, nas grandes cidades brasileiras, não será possível acompanhar a Lua obscurecendo parte da luz do Sol. Mas, se houver condições de visibilidade no dia e for feito o uso de filtros apropriados, será possível ver a Lua cobrindo marginalmente o Sol e os corpos celestes mais próximos, algo que pode ser interessante também”, conta ele.
Conforme esclarece o docente da FEI, eclipses solares acontecem quando, do ponto de vista terrestre, a Lua parece bloquear a luz do Sol, algo que, geralmente, se passa durante a fase de Lua nova. “No caso dos eclipses solares totais, com os dois corpos celestes plenamente alinhados, o disco lunar consegue sobrepor por completo a face da estrela. Já nos eclipses solares parciais, a interposição da Lua atravessa apenas o arco do disco solar”, diz Barbosa.
Ainda de acordo com professor, apesar do evento do próximo sábado (30/04) não ser plenamente visível no Brasil, ele marca a abertura da temporada de observações de fenômenos astronômicos naturais no ano.
“A boa notícia é que este eclipse não vem desacompanhado. Teremos outros três ao longo de 2022, sendo dois eclipses solares e um eclipse lunar, que ocorrerá no próximo dia 16 maio. Inclusive, para este último, não será necessário qualquer tipo de equipamento especial para acompanhar. Um bom binóculo é o suficiente para ver em detalhes”, recomenda.
Como acompanhar
Se não é possível ver com os próprios olhos, ao menos será possível acompanhar na página do Observatório Nacional no Youtube. O fenômeno terá início às 15h45 (horário de Brasília) e retransmissão ao vivo terá início um pouco mais cedo, às 15h.
Em casos em que seja possível avistar o eclipse, fica o alerta da Agência Brasil: a observação de eclipses solares nunca deve ser feita nem a olho nu, nem com óculos escuros, chapas de Raio X ou filmes fotográficos, porque a claridade e o calor do Sol podem danificar seriamente a retina. Uma sugestão dada por especialistas é comprar, em lojas de ferragens ou de materiais de construção, o chamado vidro de solda. A tonalidade desse vidro deve ser, no mínimo, 14. O vidro deve ser colocado diante dos olhos para uma observação segura do Sol.
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*Fonte: ciclovivo
Detectado enigmático objeto no espaço que emite sinais a cada 18 minutos
Um dos radiotelescópios mais sensíveis do mundo captou pulsações cuja fonte desconhecida intriga pesquisadores
A radioastrônoma Natasha Hurley-Walker e uma equipe de estudantes de pós-graduação estavam verificando as informações fornecidas por um dos mais poderosos radiotelescópios do planeta, quando descobriram algo para o qual ninguém ainda tem uma explicação. Eles detectaram uma onda de rádio que pulsava a partir do espaço com uma regularidade muito precisa: uma vez a cada 18 minutos e 18 segundos. Os pesquisadores ficaram surpresos, pois trata-se de “uma periodicidade incomum”.
Fenômeno misterioso
A descoberta aconteceu durante um projeto abrangente de estudo do céu chamado GaLactic and Extragalactic All-Sky MWA eXtended. O estranho fenômeno se estendeu no tempo durante cerca de três meses, entre janeiro e março de 2018, até desaparecer repentinamente.
Os astrônomos acreditam que o objeto de onde emanam as pulsações se encontra a 4 mil anos-luz da Terra, e que pode se tratar de uma anã branca, ou seja, uma estrela pequena e quente que possui um campo magnético ultrapoderosos. Outra hipótese diz que talvez a fonte seja um magnetar, ou seja uma estrela de nêutrons com similares características magnéticas. Eles abordaram o tema em um estudo publicado no periódico científico Nature.
“Ao medir a dispersão dos pulsos de rádio com respeito à frequência, localizamos a fonte dentro de nossa própria galáxia, e sugerimos que possa ser um magnetar de período ultralongo”, afirmam os astrônomos na publicação, esclarecendo que, mesmo se essa for a explicação, ainda seria um fenômeno incomum e surpreendente.
Sobre a hipótese de um magnetar, Hurley-Walker afirma que, “de alguma maneira, está transformando a energia magnética em ondas de rádio de forma muito mais eficaz que tudo que já vimos antes”. Ela compara o objeto com o registro de uma anã branca situada 10 vezes mais próxima da Terra, e 100 vezes mais fraca que o objeto estudado. Os pesquisadores continuarão a investigar o fenômeno para descobrir se trata-se de um comportamento incomum apresentado por objetos conhecidos ou se é algo completamente desconhecido pela ciência.
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*Fonte: historychannel
A superfície da lua tem oxigênio suficiente para manter bilhões de pessoas vivas por 100.000 anos
Juntamente com os avanços na exploração do espaço, recentemente vimos muito tempo e dinheiro investidos em tecnologias que poderiam permitir a utilização eficaz dos recursos espaciais . E na vanguarda desses esforços está um foco nítido em encontrar a melhor maneira de produzir oxigênio na Lua .
Em outubro, a Agência Espacial Australiana e a NASA assinaram um acordo para enviar um rover feito na Austrália para a Lua sob o programa Artemis, com o objetivo de coletar rochas lunares que poderiam fornecer oxigênio respirável na lua.
Embora a Lua tenha uma atmosfera, ela é muito fina e composta principalmente de hidrogênio, néon e argônio. Não é o tipo de mistura gasosa que poderia sustentar mamíferos dependentes de oxigênio, como os humanos.
Dito isso, há bastante oxigênio na lua. Simplesmente não está na forma gasosa. Em vez disso, ele está preso dentro do regolito – a camada de rocha e poeira fina que cobre a superfície da lua.
Se pudéssemos extrair oxigênio do regolito, isso seria suficiente para sustentar a vida humana na Lua?
A amplitude do oxigênio
O oxigênio pode ser encontrado em muitos dos minerais do solo ao nosso redor. E a Lua é feita principalmente das mesmas rochas que você encontrará na Terra (embora com uma quantidade um pouco maior de material proveniente de meteoros).
Minerais como sílica, alumínio e óxidos de ferro e magnésio dominam a paisagem lunar. Todos esses minerais contêm oxigênio, mas não na forma que nossos pulmões podem acessar.
Na Lua, esses minerais existem em algumas formas diferentes, incluindo rocha dura, poeira, cascalho e pedras que cobrem a superfície. Este material foi resultado dos impactos de meteoritos que caíram na superfície lunar ao longo de incontáveis milênios.
Algumas pessoas chamam a camada da superfície da Lua de “solo” lunar, mas, como cientista do solo, hesito em usar esse termo. O solo que conhecemos é uma coisa muito mágica que só ocorre na Terra. Ele foi criado por uma vasta gama de organismos trabalhando no material original do solo – regolito, derivado de rocha dura – ao longo de milhões de anos.
O resultado é uma matriz de minerais que não estavam presentes nas rochas originais. O solo da Terra está imbuído de notáveis características físicas, químicas e biológicas. Enquanto isso, os materiais na superfície da Lua são basicamente regolito em sua forma original e intocada.
Uma substância entra, duas saem
O regolito da Lua é composto de aproximadamente 45% de oxigênio . Mas esse oxigênio está fortemente ligado aos minerais mencionados acima. Para romper esses laços fortes, precisamos colocar energia.
Você pode estar familiarizado com isso se souber sobre eletrólise. Na Terra, esse processo é comumente usado na manufatura, como para produzir alumínio. Uma corrente elétrica é passada através de uma forma líquida de óxido de alumínio (comumente chamada de alumina) por meio de eletrodos, para separar o alumínio do oxigênio.
Nesse caso, o oxigênio é produzido como subproduto. Na Lua, o oxigênio seria o produto principal e o alumínio (ou outro metal) extraído seria um subproduto potencialmente útil.
É um processo bastante direto, mas há um porém: ele consome muita energia. Para ser sustentável, ele precisaria ser sustentado por energia solar ou outras fontes de energia disponíveis na lua.
A extração de oxigênio do regolito também exigiria equipamentos industriais substanciais. Precisaríamos primeiro converter o óxido de metal sólido na forma líquida, aplicando calor ou combinando calor com solventes ou eletrólitos.
Temos a tecnologia para fazer isso na Terra, mas mover este aparelho para a Lua – e gerar energia suficiente para operá-lo – será um grande desafio.
No início deste ano, a startup de Serviços de Aplicações Espaciais com sede na Bélgica anunciou que estava construindo três reatores experimentais para melhorar o processo de produção de oxigênio por eletrólise. Eles esperam enviar a tecnologia para a Lua até 2025 como parte da missão de utilização de recursos in-situ da Agência Espacial Européia (ISRU) .
Quanto oxigênio a Lua poderia fornecer?
Dito isso, quando conseguirmos retirá-lo, quanto oxigênio a Lua pode realmente fornecer? Bem, bastante, ao que parece.
Se ignorarmos o oxigênio preso ao material rochoso mais profundo da Lua – e considerarmos apenas o regolito, que é facilmente acessível na superfície – podemos fazer algumas estimativas.
Cada metro cúbico de regolito lunar contém 1,4 toneladas de minerais em média, incluindo cerca de 630 quilos de oxigênio. A NASA diz que os humanos precisam respirar cerca de 800 gramas de oxigênio por dia para sobreviver. Portanto, 630 kg de oxigênio manteriam uma pessoa viva por cerca de dois anos (ou pouco mais).
Agora vamos supor que a profundidade média do regolito na Lua é de cerca de 10 metros , e que podemos extrair todo o oxigênio disso. Isso significa que os primeiros 10 metros da superfície da Lua forneceriam oxigênio suficiente para sustentar todas as 8 bilhões de pessoas na Terra por algo em torno de 100.000 anos.
Isso também dependeria da eficácia com que conseguimos extrair e usar o oxigênio. Independentemente disso, esse número é incrível!
Dito isso, temos muito bom aqui na Terra. E devemos fazer tudo o que pudermos para proteger o planeta azul – e seu solo em particular – que continua a sustentar toda a vida terrestre sem nós nem mesmo tentarmos.A conversa
John Grant , professor de Ciência do Solo, Southern Cross University .
Este artigo foi republicado de The Conversation sob uma licença Creative Commons. Leia aqui o artigo original (em inglês)
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*Fonte: sabersaude
Elon Musk afirma que humanos estarão em Marte dentro de 10 anos
Elon Musk, o polêmico CEO e fundador da SpaceX, concedeu, no dia 28 de dezembro de 2021, uma entrevista ao podcast do cientista Lex Fridman e, como sempre ocorre quando o bilionário participa desses eventos de mídia, sobraram polêmicas. Uma delas foi especialmente ambiciosa: ele afirmou que os seres humanos estarão no planeta Marte no máximo em dez anos.
“A melhor hipótese é em torno de cinco anos, e a pior, 10 anos”, especificou o empreendedor. Para ele, tudo se resume a uma questão de custos. Embora considere sua nave Starship “o foguete mais complexo e avançado já construído”, Musk entende ser fundamental minimizar o custo para orbitar e o custo final até a superfície de Marte.
Fazendo a conta com números inteiros, o dono da SpaceX estima que com US$ 1 trilhão (R$ 5,6 trilhões) não dá nem para chegar até Marte. Para viabilizar a viagem, Musk projeta reduzir os custos operacionais da nave em cerca de US$ 100 bilhões a US$ 200 bilhões por ano. Levando-se em conta que o orçamento operacional da NASA para 2021 foi menos de US$ 25 bilhões, é praticamente impossível pensar sobre esse avanço de engenharia projetado.
A previsão sobre humanos em Marte pode se realizar?
Embora a SpaceX tenha realizado feitos notáveis, como a reutilização dos foguetes propulsores e diversas viagens bem-sucedidas à Estação Espacial Internacional (ISS), a aposta de Elon Musk na verdade se baseia em um veículo – a Starship – que ainda não voou no espaço. Apesar de termos motivos para crer que seu lançamento da Terra terá sucesso, certamente há muito o que fazer antes que nave chegue a Marte, ou decole de lá.
Um desses desafios, o pouso na Lua pelos astronautas do programa Artemis, marcado para 2025, envolverá a Starship e um veículo de pouso. Ou seja, concluída essa importante etapa, Musk ainda teria mais cinco anos para cumprir sua previsão sobre o desembarque em Marte. Um feito improvável, mas não impossível.
*Por Jorge Marin
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*Fonte: tecmundo
NASA irá desviar asteroide em teste de ‘defesa planetária’
No blockbuster de Hollywood “Armagedom” de 1998, Bruce Willis e Ben Affleck correm para salvar a Terra de ser pulverizada por um asteroide.
Enquanto a Terra não enfrenta esse perigo imediato, a NASA planeja colidir uma espaçonave viajando a uma velocidade de 24.000 km/h em um asteroide no próximo ano em um teste de “defesa planetária”.
O Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo (DART, na sigla em inglês) tem como objetivo determinar se esta é uma maneira eficaz de desviar o curso de um asteroide caso alguém venha a ameaçar a Terra no futuro.
A NASA forneceu detalhes da missão DART, que tem um orçamento de US$ 330 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão), em um conferência de imprensa na quinta-feira.
“Embora não haja um asteroide conhecido atualmente em curso de impacto com a Terra, sabemos que existe uma grande população de asteroides próximos à Terra por aí”, disse Lindley Johnson, oficial de Defesa Planetária da NASA.
“A chave para a defesa planetária é encontrá-los bem antes que se tornem uma ameaça de impacto”, disse Johnson. “Não queremos estar em uma situação em que um asteroide esteja sendo dirigindo à Terra e então ter que testar essa capacidade”.
A espaçonave DART está programada para ser lançada a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9 às 22h20, horário do Pacífico (2h20 no horário de Brasília), em 23 de novembro, na Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia.
Se o lançamento ocorrer nessa época ou próximo a essa data, o impacto com o asteroide a cerca de 11 milhões de quilômetros da Terra ocorreria entre 26 de setembro e 1º de outubro do próximo ano.
O asteroide alvo, Dimorphos, que significa “duas formas” em grego, tem cerca de 150 metros de diâmetro e orbita em torno de um asteroide maior chamado Didymos, “gêmeo” em grego.
Johnson disse que embora nenhum dos asteroides represente uma ameaça para a Terra, eles são candidatos ideais para o teste por causa da capacidade de observá-los com telescópios terrestres.
As imagens também serão coletadas por um satélite em miniatura equipado com uma câmera, fornecido pela Agência Espacial Italiana, que será ejetado pela espaçonave DART 10 dias antes do impacto.
Um pequeno empurrão
Nancy Chabot, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, que construiu a espaçonave DART, disse que Dimorphos completa uma órbita em torno de Didymos a cada 11 horas e 55 minutos “como um relógio”.
A espaçonave DART, que pesará 549 quilos no momento do impacto, não “destruirá” o asteroide, disse Chabot.
“Isso só vai dar um pequeno empurrão”, disse ela. “Ele vai desviar seu caminho ao redor do asteroide maior”.
“Haverá apenas uma mudança de cerca de um por cento naquele período orbital”, disse Chabot. “Então, o que era 11 horas e 55 minutos antes pode ser 11 horas e 45 minutos”.
O teste é projetado para ajudar os cientistas a entender quanto impulso é necessário para desviar um asteroide no caso de um dia se dirigir para a Terra.
“Nosso objetivo é estar o mais direto possível para causar a maior deflexão”, disse Chabot.
A quantidade de deflexão dependerá até certo ponto da composição de Dimorphos e os cientistas não estão totalmente certos de quão poroso é o asteroide.
Dimorphos é o tipo mais comum de asteroide no espaço e tem cerca de 4,5 bilhões de anos, disse Chabot.
“É como meteoritos condritos comuns”, disse ela. “É uma mistura de grãos finos de rocha e metal juntos”.
Johnson, oficial de defesa planetária da NASA, disse que mais de 27.000 asteroides próximos à Terra foram catalogados, mas nenhum atualmente representa um perigo para o planeta.
Um asteroide descoberto em 1999 conhecido como Bennu, com 503 metros de largura, passará a uma distância da Terra que é a metade da distância entre nós e a Lua no ano de 2135, mas a probabilidade de um impacto é considerada muito pequena.
*Por Julio Batista
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*Fonte: universoracionalista
Cientistas detectam sinal de rádio vindo de dentro da Via Láctea, mas sua causa é desconhecida
Pela primeira vez em um bom tempo, um sinal de rádio veio de dentro da Via Láctea, de acordo com cientistas do Experimento Canadense de Mapeamento da Intensidade de Hidrogênio (CHIME) e da Pesquisa de Emissão de Rádio Transitória 2 (STARE2).
Oficialmente chamadas de “rajadas rápidas de rádio”, ou simplesmente “FRB” (Fast Radio Bursts) pela sigla em inglês, essas emissões duram menos que um milissegundo, mas sensores capacitados conseguem detectá-las sem muita dificuldade.
A situação é inédita para especialistas, uma vez que FRBs tendem a ocorrer fora de nossa galáxia, posicionadas a bilhões de anos luz de distância. Essa nova detecção, porém, foi facilmente posicionada a aproximadamente 30 mil anos luz de nossa posição, o que facilitou muito a sua captura.
“O [pessoal do] CHIME sequer estava olhando na direção certa e ainda viu [o sinal] alto e claro em sua visão periférica”, disse Kiyoshi Masui, professor assistente de Física no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). “O STARE2 também o viu, e eles são apenas um conjunto pequeno de antenas de rádio”.
A novidade pode facilitar o estudo de sinais de rádio que recebemos do espaço, algo que a comunidade científica sempre teve certa dificuldade em fazer, dada a distância: “nós podemos aprender mais sobre uma fonte a 30 mil anos luz de distância do que de outra a um bilhão de anos luz. Finalmente, nós conseguimos uma fonte próxima para pesquisarmos”, celebrou Masui.
Outro problema das FRBs é a sua duração praticamente efêmera: por um lado, elas são 100 milhões de vezes mais poderosas que o Sol, liberando em um milissegundo um volume de energia que nossa principal estrela levaria 100 anos para produzir. Entretanto, elas ficam ativas por tempos extremamente curtos.
Normalmente, um sinal de tamanha energia requer apenas que nós apontemos nossos telescópios em sua direção, mas FRBs não ficam estáticas. No tempo que você leva para piscar, elas já atravessaram galáxias inteiras e sumiram.
Ainda assim, nosso conhecimento sobre elas nos possibilitou gerar uma base de gravações de eventos bem consistentes – o suficiente para que cientistas como Matsui pudessem aferir a frequência com a qual elas ocorrem: ”Todas as buscas pelo céu sugerem que milhares desses eventos ocorrem todo dia”.
Entretanto, pouquíssimo sobre suas origens pode ser determinado. Segundo Matsui, é certo que rajadas rápidas de rádio – dentro ou fora da Via Láctea – têm origem em pontos bem pequenos no espaço. “Não mais do que algumas centenas de quilômetros de tamanho”, diz o cientista.
O problema: isso não reduz as opções. Estrelas de nêutrons, cordas cósmicas e anãs brancas, por exemplo, atendem a essas características.
Graças à FRB descoberta dentro da Via Láctea – e um pouco de trabalho de detetive -, os cientistas puderam determinar que o ponto de origem deste sinal foi uma magnetar, um tipo de estrela de nêutron jovem, nascida de uma explosão supernova cujos efeitos lhe ainda são incidentes.
Magnetares não têm esse nome à toa: dotados de um campo magnético cinco quatrilhões de vezes (o número “5”, seguido do zero, repetido 15 vezes) mais poderoso que o da Terra, eles são os ímãs mais poderosos do universo.
Segundo toda a bibliografia que temos disponível no estudo do assunto, sabemos que essas rajadas rápidas de rádio emitem radiação eletromagnética de curta duração – especificamente, raios-x e raios gama. Ambos os raios emitem pequenas explosões de curtíssima duração. A teoria científica é a de que essas explosões liberam ondas de rádio, o que pode ser indício das magnetares como origem das FRBs.
No caso da recente descoberta – a que os cientistas se referem como “FRB 200428” -, foi determinado que ela veio da constelação de Vulpecula, que é a “casa” da magnetar SGR 1935+2154. E essa FRB veio acompanhada de emissões de raios-x, reforçando a teoria dos especialistas.
Outros telescópios e centros de observação também detectaram um aumento súbito de raios gama e raios-x na mesma região, então agora todos eles precisam reunir os dados e discutir a validade das teorias estipuladas.
*Por Rafael Arbulu
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*Fonte: olhardigital
Socorro! O computador de backup do Hubble também quebrou
Há quase duas semanas, a NASA tenta religar o Telescópio Espacial Hubble depois que ele misteriosamente parou de funcionar em 13 de junho.
Mas consertar o telescópio de 31 anos ficou muito mais complicado.
Após uma série de testes durante a última semana, pesquisadores descobriram que o computador de backup do Hubble — o computador para o qual eles planejavam mudar caso suas tentativas de consertar o telescópio falhassem — também parece danificado, de acordo com o Insider.
Possível Culpado
O computador de backup foi ligado “pela primeira vez no espaço”, desde que os astronautas o instalaram em 2009, disse a NASA em seu blog. Quando isso aconteceu, a agência descobriu que o computador de backup estava passando o mesmo problema que o computador principal.
Isso significa que o hardware principal nem o de backup são a fonte dos problemas do Hubble. Em vez disso, pode ser hardware em módulos separados, como o regulador que alimenta os computadores, ou um formatador de dados que está causando problemas.
“Como é altamente improvável que todos os elementos de hardware individuais tenham problema, a equipe agora está analisando outro hardware como o possível culpado”, disse a NASA na atualização.
A última viagem do Hubble
Desde que entrou em órbita em 1990, o icônico telescópio foi responsável por algumas das descobertas mais inovadoras e cativantes da história astronômica moderna, incluindo a descoberta de novas luas ao redor de Plutão, permitindo que os pesquisadores calculassem a idade do universo, e mostrando aos astrônomos imagens de galáxias que se formaram logo após o Big Bang.
Assim, a perda do Telescópio Espacial Hubble seria o fim de uma era para a exploração espacial moderna e a ciência como a conhecemos, não muito diferente da perda de Da Vinci para o mundo da arte.
Se isso sinalizar o fim do Hubble, a NASA usará um sistema instalado em 2009 para guiá-lo de volta à atmosfera da Terra, onde queimará na reentrada — dando ao telescópio uma última oportunidade para permitir que todos o admiremos enquanto nos despedimos.
*Por Marcelo Ribeiro
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*Fonte: hypescience
Balão gigante vai levar turistas à “beira” do espaço
As viagens para o espaço, ainda mais as turísticas, podem até parecer coisa de filme, só que agora se aproximam da realidade. Inclusive, se por acaso pensou que seria em um foguete, saiba que há outras opções. A empresa Space Perspective anunciou que fará uma viagem até a “beirada” do espaço com um balão gigante.
Após o primeiro teste, o qual chegou a uma altitude de 33 quilômetros, a empresa de viagens espaciais disse que oferecerá o passeio a partir de 2024. O valor da passagem será de US$ 125 mil, ou R$ 613,5 mil, na cotação atual.
O custo pode soar caro e inclui o transporte de outras sete pessoas durante seis horas no balão, chamado de Spaceship Neptune. A estrutura conta com um bar e banheiro, com expectativa de que chegue a altura de 30 quilômetros, que é quase três vezes a de um avião normal.
A empresa explicou que o lançamento será feito a partir do Aeroporto Regional da Costa Espacial, na Flórida, próximo do Kennedy Space Center, que é de onde saem os foguetes da Nasa e da SpaceX. Porém, o destino ainda é incerto e depende de como os ventos vão se comportar na ocasião.
Já a aterrissagem poderá acontecer no oceano Atlântico ou próximo ao Golfo do México, local onde o teste realizado pela Space Perspective no último 18 de junho parou.
Ao site “Space News”, a cofundadora da empresa, Jane Poynter, revelou que foram registradas 25 inscrições de pessoas interessadas durante um evento online de anúncio da novidade e que o número total já seria “muito maior”.
A ideia de ter o passeio pelo espaço é mais uma na disputa pelo mercado de turismo espacial. Tanto que pela Blue Origin, Jeff Bezos (CEO da Amazon) anunciou que irá viajar para o espaço no próximo dia 20 de julho junto do irmão.
Ademais, o Spaceship Neptune chegará a cerca de 30 quilômetros, enquanto as empresas com foguetes alcançarão a linha de Kármán (100 quilômetros), que define o limite entre a atmosfera da Terra e o espaço.
Mas, cá entre nós, dessa altitude, já vai dar para ver a curvatura da Terra e a cor real do espaço profundo, podendo ser considerado como “espaço” para muita gente.
*Por Gabriela Bulhões
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*Fonte: olhardigital
Pesquisadores querem criar um ‘backup’ genético da Terra na Lua
Como 2020 já nos mostrou, a humanidade e o próprio planeta Terra são bastante vulneráveis. Imagine, por exemplo, que a letalidade do SARS-CoV-2, causador da Covid-19, fosse drasticamente mais alta. Nesse caso, a extinção da raça humana, ou ao menos o fim da sociedade como é, seria um risco considerável. Contudo, não queremos despertar gatilhos de ansiedade. É por essa fragilidade que pesquisadores propuseram a criação de um backup genético da Terra, na Lua, só para variar.
A proposta foi apresentada durante a Conferência Aeroespacial do IEEE, no último dia 06. Na proposta, os pesquisadores sugerem a criação de uma estação lunar que pudesse abrigar um banco genético de todas as 6,7 milhões de espécies de plantas, animais e fungos do planeta. A estrutura ficaria abrigada nos tubos de lava que se formaram na Lua durante os seus primeiros milhões de anos de existência.
A proposta, de fato, é uma boa ideia. No entanto, você pode imaginar que criar uma super estrutura na Lua não é algo muito barato. O prédio precisaria ter estruturas que conectassem o subsolo à superfície lunar por elevadores, além de salas a mais ou menos 190°C negativos. Contudo, a parte mais cara da ideia é o transporte. Segundo os autores, cada espécie teria 50 amostras de DNA armazenadas. Isso iria requerer mais de 250 viagens espaciais, sem contar aquelas para a construção da base.
Além do mais, estimativas mostram que, para se criar uma espécie novamente, apenas com o DNA, cientistas precisariam de mais de 500 amostras do material genético. Esse número possibilitaria uma diversidade genética sustentável, mas também deixaria o banco de DNA 10 vezes mais caro.
O risco do sumiço de material genético
O maior banco genético atualmente está hospedado na Noruega e conta com mais de 1 milhão depósitos genéticos, sobretudo de plantas usadas para agricultura. Entretanto, mesmo essa arca norueguesa pode sofre catástrofes como tsunamis ou mesmo o impacto de um meteoro.
Pensando nisso, os autores da proposta argumentam que a base lunar poderia proteger o DNA da radiação solar (uma vez que ficaria no subsolo) e ao mesmo tempo facilitar a conservação, já que os tubos de lava lunares atingem os 15°C negativos. Esse refúgio em outro astro só seria ameaçado por um impacto direto de asteroide – ou por uma bomba atômica.
(Imagem de István Mihály por Pixabay )
Pandemia, mudança climática, crises diplomáticas internacionais, eventos astronômicos. Essas são ameaças reais à espécie humana e à biodiversidade da Terra. A proteção dessa diversidade é uma responsabilidade, portanto, da própria espécie humana. Apesar dos custos altíssimos, os pesquisadores acreditam que a arca lunar pode se tornar viável nos próximos 30 anos, com todos os avanços tecnológicos e aeroespaciais já observados até o momento.
*Por Matheus Marchetto
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*Fonte: socientifica
As imagens mais espetaculares na história da exploração espacial: o pouso da sonta Perseverance em Marte
A NASA divulgou um vídeo do Rover Perseverance em Marte enquanto ele descia pela atmosfera do planeta e pousou como planejado na Cratera Jezero na última quinta-feira.
Falando em uma coletiva de imprensa na segunda-feira, David Gruel, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, disse que a equipe de vídeo manteve suas expectativas modestas: “Conseguimos o que conseguimos e não ficamos chateados”.
O que eles fizeram estão entre as imagens mais espetaculares na história da exploração espacial.
Seis pequenas câmeras compõem o sistema EDL Cam (Entrada, Descida e Aterrissagem, na sigla em inglês). Elas sobreviveram à viagem e funcionaram perfeitamente, capturando a abertura do paraquedas da espaçonave, separação do escudo térmico, descida e o suave pouso do Rover Perseverance na superfície marciana.
Há detalhes extraordinários no vídeo. A espaçonave balança um pouco debaixo do paraquedas e estabiliza à medida que os propulsores do módulo de descida assumem e o paraquedas é lançado para longe. Uma câmera no módulo de descida mostra o Rover enquanto ele desce com a ajuda de três cabos. Uma câmera no Rover captura a mesma cena de baixo; uma vez na superfície os cabos desconectam e o módulo de descida voa para longe.
Havia também dois microfones na espaçonave. Gruel disse que não conseguiu capturar o áudio do pouso, mas uma vez na superfície um dos microfones gravou – pela primeira vez – sons de Marte. O clipe disponibilizado pela NASA contém um zumbido silencioso do funcionamento do Rover, e uma rajada de vento marciana varrendo o módulo de pouso. Outro clipe cancela o som do Rover, deixando apenas a brisa.
*Por Marcelo Ribeiro
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*Fonte: hypescience
Drone Ingenuity, da Nasa, será o primeiro a explorar Marte
O rover Perseverance, que está a caminho de Marte – com previsão de chegada para o próximo dia 18 – traz dentro de si um equipamento que fará sua estreia nas missões de exploração da Nasa. O helicóptero Ingenuity fará os primeiros voos controlados em outro planeta, enquanto registra imagens de um antigo leito marciano.
Quando pousar na cratera Jazero, o Perseverance será o quinto rover a percorrer a superfície do Planeta Vermelho, mas o Ingenuity é o primeiro veículo do seu tipo a ser utilizado fora da Terra – muito mais como demonstração de tecnologia, com um escopo limitado, que custou US$ 85 milhões.
“No futuro, isso poderia transformar a forma como fazemos ciência planetária e, eventualmente, ser como um batedor para que possamos descobrir onde exatamente precisamos enviar nossos robôs”, afirmou o administrador da Nasa, Jim Bridenstine, em uma entrevista coletiva antes o lançamento do rover, em julho de 2020.
O Ingenuity possui quatro pás de fibra de carbono, dispostas em dois rotores que giram em direções opostas a cerca de 2.400 rpm. O helicóptero também conta com células solares, baterias e outros componentes – mas não leva quaisquer instrumentos científicos. O drone é um experimento separado Perseverance.
Como acontece com qualquer tecnologia pioneira, especialmente no espaço, o Ingenuity enfrenta desafios que podem minar sua missão. A fina atmosfera de Marte (99% menos densa que a da Terra) torna difícil conseguir sustentação suficiente. Por isso o Ingenuity tem que ser muito leve (1,8 kg) e com pás muito maiores e que giram muito mais rápido do que seria necessário para um helicóptero com a mesma massa na Terra.
Os aquecedores internos do helicóptero terão que mantê-lo aquecido durante as noites geladas de Marte, que podem chegar a -90°C. Além disso, o Ingenuity não pode ser controlado em tempo real com um joystick, como um drone qualquer. O atraso na comunicação entre Terra e Marte são uma parte inerente do trabalho da Nasa.
O helicóptero tem, inclusive, autonomia para tomar suas próprias decisões sobre como voar até um local de interesse ou se manter aquecido. Os engenheiros projetaram e programaram o Ingenuity para realizar até cinco voos autonomamente, em um período de 30 dias marcianos (aproximadamente um mês na Terra).
Perseverance e Ingenuity na superfície de Marte.
“O Ingenuity é um empreendimento de alto risco e alta recompensa”, avalia Matt Wallace, vice gerente de projetos do Perseverance do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. O seu primeiro voo irá apenas testar se o helicóptero pode sair do solo e pairar cerca de 3 metros no ar. A partir daí, cada teste será mais complexo do que o anterior, culminando em um voo final de 300 metros sobre o solo marciano.
Duas câmeras na parte inferior do drone irão capturar imagens da superfície marciana – uma em cores e outra em preto e branco. Do solo, o Perseverance também observará o drone. “Vamos ser capazes de ver com nossos próprios olhos, com vídeos, esse tipo de atividade acontecendo em outro mundo. E eu simplesmente não posso dizer o quão animado estou”, afirmou Bridenstine.
*Por Renato Mota
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*Fonte: olhardigital
Chuva de meteoros Orionids estará visível entre hoje e amanhã
Os fãs de efeitos visuais no céu podem comemorar: da noite desta segunda-feira (19) até quarta-feira (21), será possível ver a passagem da chuva de meteoros Orionids, resultado de detritos e outros rastros deixados pelo cometa Halley. Esta chuva popular pelos meteoros luminosos está ativa desde o dia 02 de outubro e deve permanecer assim até o dia 07 de novembro – porém, acompanhá-lo a olho nu será mais fácil somente essa semana.
O fenômeno – que tem esse nome por ser visível próximo à constelação de Orion, popularmente onde estão as conhecidas estrelas Três Marias – é resultado de detritos e outros rastros deixados pelo cometa Halley. É possível vê-lo ao menos duas vezes por ano, em períodos específicos nos quais a terra atravessa a órbita do famoso cometa: no segundo semestre, quando é chamado de Orionids; e no primeiro semestre, em que recebe o nome de Eta Aquariidis (ocorre entre abril e maio, tendo seu pico nos primeiros dias do mês das noivas).
“Estamos em num possível periodo de aumento de atividade de meteoros dentro de um ciclo total de 12 anos. Acreditamos que 2020 poderá marcar justamente o aumento dessa atividade, podendo chegar a detecções de vinte a trinta meteoros por hora. É possível ver alguns deles, é claro, desde que se esteja em lugares com pouca luminosidade e com o céu limpo”, explica Marcelo de Cicco, astrônomo, pesquisador e coordenador geral do projeto de doutorado exoss, que trata de estudo de meteoros, ligado ao Observatório Nacional.
O pesquisador garante que nenhum desses eventos é catastrófico ou com potencial de trazer danos à Terra. “Chance zero”, nas próprias palavras dele.
Ainda assim, é claro que num ano tão controverso quanto 2020, algo de inédito deve acontecer. Amanhã (20), além dos efeitos da Orionids, talvez seja possível ver uma potencial chuva associada ao NEO 2015 TB145, que pode ser o núcleo de um cometa extinto que passou pela Terra pela última vez em 2015. O “diferencial” desse corpo celeste é que sua imagem por radar se assemelha à de uma caveira – por isso, ele foi apelidado de ‘Neo Halloween’ da primeira vez em que passou pelo planeta.
Este ano, o fenômeno deve estar visível em um horário muito mais cedo do que as habituais chuvas de meteoros, por volta das 19 horas. Para ter uma ideia, outros eventos como esse atingem seu ápice de visibilidade à meia-noite ou depois disso.
“Para vê-lo, é preciso olhar entre o leste e o sul, regiões em que provavelmente vão surgir meteoros. Com essa passagem, vamos comprovar que esse asteroide realmente era o núcleo de um cometa desativado”, finaliza de Cicco.
*Por Karian Souza
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*Fonte: exame