LeBron x Jordan: é possível dizer quem é o melhor de todos os tempos em um esporte?

Faltavam 10,9 segundos para terminar o terceiro quarto da partida dos Los Angeles Lakers contra o Oklahoma City Thunder na madrugada da última quarta-feira, dia 8 de fevereiro de 2023, quando LeBron James marcou seu 36º ponto na partida. Mais do que buscar a vitória do seu time, porém, com o lance o ala dos Lakers fez história, se tornando o maior pontuador da NBA em todos os tempos.

LeBron terminou a noite somando 38 pontos para completar um total de 38.390 convertidos ao longo de sua carreira: o feito não garantiu a vitória do seu time, mas derrubou um recorde que pertenceu por mais de três décadas a Kareem Abdul-Jabbar, que anotou 38.387 até 1989, quando se aposentou.

Além de ser o maior cestinha da liga estadunidense de basquete, LeBron também contabiliza quatro títulos e ainda quatro prêmios de melhor jogador do torneio, e outros quatro de melhor jogador das finais. Para os mais jovens ou seus mais ávidos fãs, tais números o confirmam como o melhor jogador de todos os tempos – ou “Goat”, como diz a sigla em inglês para “greatest of all time”. Essa questão é tema de árduos debates nos EUA: LeBron James é maior que Michael Jordan? Tal reconhecimento seria justo? E mais: é possível realmente apontar quem é o maior de um esporte?

Lebron recebendo a bola do jogo das mãos de Kareem Abdul-Jabbar, o antigo recordista de pontos

Para um atleta ser reconhecido como o maior de seu esporte, ele definitivamente precisa ser um vencedor. Mas não somente: é evidente que o impacto cultural, o sucesso com o público, a influência e até mesmo o estilo de um ou uma atleta também determinam sua grandeza – e se ele ou ela são de fato os maiores da história.

Assim, para mergulhar nessa espinhosa questão, levantamos algumas disputas e dilemas que movem os mais acalorados questionamentos em alguns esportes, a fim de determinar se um jogador é ou não é o maior – ou se nem sequer é possível apontar tal título.

LeBron James x Kobe Bryant
Kobe Bryant venceu cinco das sete finais que disputou pelos Lakers

Para muitos especialistas, antes de questionar se LeBron James é o maior de todos os tempos – se superaria o senso comum que reconhece Michael Jordan como o “Goat” – é preciso questionar se ele é maior que Kobe Bryant. O ex-jogador também dos Lakers marcou “apenas” 33.643 pontos em sua carreira como o quarto maior cestinha da história, mas conquistou cinco títulos de sete finais disputadas. Kobe, portanto, fez história tanto quanto James, mas teve um título a mais até aqui. Sua trágica morte, em um acidente de helicóptero em 26 de janeiro de 2020, ampliou a força da paixão de seus fãs e de seu impacto cultural, tornando ainda mais difícil determinar quem, entre Bryant e James, seria maior.

LeBron James x Michael Jordan
Não é exagero afirmar o impacto de Michael Jordan como de um fenômeno cultural global

Nessa comparação, quase nada favorece LeBron: apesar de o jogador ter pontuado mais do que Jordan – quinto maior cestinha da NBA, com 32.292 pontos –, o ex-ala dos Chicago Bulls não é reconhecido por acaso como o maior jogador de basquete de todos os tempos: além de atuar com excelência em todas as áreas do campo, Jordan venceu as seis finais que disputou sem nunca sequer chegar ao sétimo jogo, levando sempre o título antecipadamente. Esse é outro ponto que pesa contra LeBron: o jogador já participou de dez finais da NBA, perdendo o campeonato por seis vezes.

Jordan jamais perdeu uma final, nem nunca precisou chegar ao sétimo jogo para levar os títulos

Reconhecido seis vezes como o melhor jogador das finais e cinco vezes como melhor jogador da liga, não bastassem tais números, Jordan tornou-se também um verdadeiro ícone cultural global, comparado somente a nomes como Muhammad Ali e Pelé. Grande parte do imenso sucesso da NBA em todo o mundo hoje em dia se deve ao impacto que ele provocou no basquete e no planeta durante os anos 90 – como um verdadeiro acontecimento cultural.

Lewis Hamilton x Ayrton Senna
Senna venceu três títulos, e é apontado por muitos como o maior piloto de todos os tempos

Outro esporte que move paixões ao redor de quem seria o maior nome da história é a Fórmula 1 – e um perfeito exemplo da complexidade de tal debate é o de Ayrton Senna. Ainda que diversos pilotos tenham conquistado mais títulos que o brasileiro, morto precocemente em um acidente em 1994 com “apenas” três campeonatos, muita gente ainda hoje aponta Senna como o melhor piloto da história – o mais arrojado, inventivo, corajoso e singular.

O próprio piloto inglês Lewis Hamilton, que divide o recorde de 7 títulos da Fórmula 1 com o alemão Michael Schumacher, é um fã inveterado de Senna, e aponta o brasileiro como o maior. Senna também alcançou imenso sucesso e admiração no mundo todo, em processo que ajuda a ampliar, para além da frieza dos números, a grandeza do atleta.

Leonel Messi x Pelé
Pelé foi um dos maiores nomes do esporte moderno, e um dos grandes personagens do século

Assim como na comparação entre LeBron e Jordan, a disputa entre Pelé e Messi para determinar quem seria o maior jogador da história do futebol – e que ganhou traços mais acalorados com o título da Argentina na Copa de 2022 – é quase impossível para o argentino. Em números, a supremacia é total: Pelé é o maior artilheiro da história, com 1.283 gols, superando consideravelmente a marca de quase 800 gols de Messi até aqui. Em títulos mundiais, a diferença é igualmente abissal, já que Pelé é o único jogador do mundo a vencer três Copas do mundo, enquanto o argentino conquistou “apenas” a mais recente.

Mesmo que os números não favorecessem tanto o brasileiro, seu impacto cultural é um dos maiores da história do esporte e mesmo da cultura: Pelé é um dos grandes personagens do século 20, que ajudou a modernizar e popularizar o futebol em todo o mundo como um dos rostos e nomes mais reconhecidos do planeta. Não há dúvidas da importância e do tamanho de Messi para a história do futebol, como provavelmente o melhor jogador do mundo a surgir depois de Pelé – mas essa régua já oferece a dimensão da diferença.

Toda lista de melhores da história tem Pelé como parâmetro e medida de grandeza a ser almejada: na Argentina, afirmam que Maradona ou Messi são maiores que Pelé, como em Portugal podem dizer que Cristiano Ronaldo superou o brasileiro. A única coisa que se mantém em todas essas comparações é o próprio Pelé. E o mesmo acontece com Jordan no basquete: não há dúvidas que LeBron James está entre os cinco maiores jogadores da história da NBA, mas a pergunta sobre se é possível apontá-lo como maior que Jordan oferece a medida da grandeza do próprio Jordan, como atleta, como campeão e como fenômeno cultural.

*Por Vitor Paiva
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*Fonte: hypeness

Roberto Dinamite (R.I.P.)

Mais um de meus grandes ídolos históricos do futebol hoje nos deixou, Roberto Dinamite, grande craque do Vasco da Gama. Esse foi cedo, maldito câncer. Lembro de assistir na TV a diversos duelos dele contra o Flamengo de Zico, bons tempos, um futebol diferente, sem patrocínio nas camisetas, chuteiras pretas e muita raça dentro das 4 linhas. Também era figura certa no Canal 100, uma espécie de resumo jornalístico de alguma rodad de futebol que passava nas salas de cinema, um pouco antes do filme em cartaz começar. E que imagem eram aquelas cenas de jogo imensas num telão… báh!
Descanse em Paz Dinamite

Como os sites de apostas esportivas monitoram os jogos ao vivo?

Há toda uma engenharia desenvolvida em um site de apostas. Em uma partida de futebol, por exemplo, muitos sites disponibilizam opções apostas pré-jogo, e também ao vivo, se tornando um diferencial e expandindo o leque de possibilidades para se apostar durante um evento esportivo.

Em vários sites da área, é possível observar em cada jogo disponível um “radar” com informações, indicando qual time está com a posse de bola, se é um ataque perigoso, indicando um gol, um tiro esquinado, entre outras opções. Além disso, em lances de perigo, para aqueles que estão assistindo o evento ao vivo ou pela televisão, o site “trava” possíveis novas entradas ao vivo, pelo fato de um acontecimento importante que muda as apostas oferecidas.

Quem suspende as possibilidades ao vivo?
Em muitos casos, as casas de apostas contratam uma pessoa para acompanhar a partida in loco, preferencialmente de forma presencial. Este profissional fica com a função de fazer as alterações como gols, escanteios e outros lances, e fica também com a responsabilidade de travar possíveis novas apostas até que o evento importante seja finalizado. Com isso, esta pessoa consegue enviar informações em tempo real para a casa de apostas operar normalmente durante um evento esportivo.

Atrasos intencionais
Em alguns casos menos comuns, mais comuns em apostas voltadas para esportes eletrônicos como League of Legends, DotA, FIFA, CS:GO e outros jogos, há um atraso maior por parte do evento em sua transmissão. Em contrapartida, as casas de apostas conseguem a informação antes, e ajustam suas probabilidades mediante a situação, evitando um acompanhamento maior por parte de quem opta por entradas ao vivo.

E se não tiver cobertura?
Eventos de menor porte, que são realizados em locais de difícil acesso acabam tendo as apostas ao vivo suspensas pelas casas de apostas, pelo fato de que estas não conseguem regular as probabilidades ao vivo, o que poderia prejudicar as casas. Com isso, o jogo não fica disponível no momento, e seu resultado é confirmado alguns minutos após o término.

Eventos de grande porte com mais opções
Para grandes eventos esportivos, que possuem espectadores em vários lugares do planeta como Copa do Mundo e UEFA Champions League, há um vasto número de opções para entradas ao vivo, principalmente envolvendo estatísticas como determinado jogador para finalizar, desarmar, marcar gols ou assistências. Isto ocorre pelo fato do evento ser um grande atrativo e contar com um imenso número de sites e serviços de análise com dados, que possibilitam um controle eficiente das casas de apostas sobre todas as probabilidades em aberto.

*Por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae

Copa do Mundo 2022: os recordes quebrados no torneio do Catar

A Copa do Mundo 2022 da Fifa, realizada no Catar, foi um torneio em que aconteceu de quase tudo.

De seleções que surpreenderam a algumas tristes decepções, não podemos esquecer do espetáculo que alguns jogadores deram em campo.

Foram 64 partidas, que consagraram a Argentina como campeã do torneio, e vão deixar muitas lembranças na memória dos torcedores.

Mas também foi uma Copa do Mundo repleta de recordes, batidos tanto pelo torneio quanto pelos jogadores, sobretudo Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.

Mas não foram só eles.

Por isso, a BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, compartilha a seguir os principais marcos alcançados na Copa do Mundo de 2022.

Lionel Messi e sua jornada lendária
A participação de Messi no Mundial do Catar foi apoteótica.

Aos 35 anos, ele derramou as últimas gotas de seu imensurável talento, uma a uma, nesta Copa do Mundo.

E essa atuação espetacular também rendeu a ele alguns recordes, como o de jogador que mais disputou partidas em Copas do Mundo: 26.

O recorde pertencia ao alemão Lothar Matthäus, que disputou 25 jogos.

Além disso, no Catar, Messi se tornou o maior artilheiro da seleção argentina em uma Copa do Mundo: com os dois gols marcados contra a França, chegou a 13 gols — passando Gabriel Omar Batistuta, que fez 10.

Ele conseguiu superar, inclusive, um ícone histórico como Pelé, que marcou 12.

Mas ficou longe dos 16 gols marcados pelo alemão Miroslav Klose, que é o maior artilheiro da história da Copa do Mundo.

Além dos sete gols marcados no Catar, o camisa 10 da Argentina conquistou o feito histórico de fazer gol em todas as partidas da fase eliminatória, o chamado mata-mata.

Nas oitavas de final contra a Austrália, nas quartas de final contra a Holanda, nas semifinais contra a Croácia e na final contra a França.

E como se não bastasse, o capitão argentino se tornou o primeiro jogador a dar assistências em cinco Copas do Mundo diferentes.

Isso também significa que ele se junta ao seleto grupo de jogadores que disputaram cinco Copas do Mundo — ao lado deo alemão Matthäus, dos mexicanos Antonio Carbajal e Rafa Márquez e do português Cristiano Ronaldo.

Pênaltis e mais pênaltis
Com o pênalti concedido na final, a Argentina bateu mais um recorde: o de seleção que teve mais pênaltis marcados a seu favor em uma Copa do Mundo, somando cinco.

A seleção sul-americana superou assim a marca de quatro pênaltis que a Holanda havia cobrado em 1978 e Portugal, em 1966.

No entanto, nem a Holanda nem Portugal conseguiram conquistar o título, feito que a Argentina conseguiu.

Além disso, o triunfo argentino no Catar traz o troféu de volta à América do Sul. Algo que não acontecia desde que o Brasil ganhou a Copa do Mundo de 2002 na Coreia do Sul e no Japão.

Mbappé e sua marca na final
Apesar da derrota, a atuação de Kylian Mbappé na final foi histórica.

Três gols que permitiram à França ir para a disputa de pênaltis — e que fizeram do atacante do PSG o artilheiro do torneio com oito gols.

No total, o francês já fez 12 gols em Mundiais.

Portanto, está só a quatro gols do recorde de Klose — e isso com apenas dois torneios disputados e 23 anos.

Além disso, com o chamado hat-trick (três gols em um só jogo) contra a Argentina, se tornou o segundo a alcançar o feito em uma final de Copa do Mundo, depois do inglês Geoff Hurst em 1966,. E, somando-se estes ao gol que marcou na final contra a Croácia na Copa de 2018, ele é o primeiro a ter marcado 4 gols em finais de Mundial.

O legado de Cristiano
Havia muitos jogadores lendários nesta Copa do Mundo.

Um deles era, claro, Cristiano Ronaldo, que deixou mais alguns recordes.

O principal deles é que, com seu gol contra Gana, ele se tornou o único jogador a marcar em cinco Copas do Mundo diferentes.

Ronaldo marcou nas edições da Alemanha (2006), África do Sul (2010), Brasil (2014), Rússia (2018) e agora no Catar (2022).

Além disso, com sua participação no Catar, ele também passou a integrar o seleto grupo de jogadores que já disputaram cinco Copas do Mundo.

Os recordes do torneio

Vamos começar pelos gols. O Mundial terminou com 172 gols marcados, um recorde absoluto da Copa do Mundo, superando as edições de 1998 (França) e 2014 (Brasil), quando foram feitos 171 gols.

Mas, talvez, o principal feito desta Copa do Mundo seja que, pela primeira vez na história dos Mundiais masculinos, um trio de arbitragem composto por mulheres ficaria encarregado de apitar um jogo.

Aconteceu no confronto Alemanha x Costa Rica, quando Stephanie Frappart, Neuza Back e Karen Díaz arbitraram a partida.

Mas o torneio de 2022 bateu recordes desde a primeira partida: o Catar se tornou a primeira seleção anfitriã a perder no jogo de abertura.

A isso se soma o fato de que foi a primeira seleção local a perder as três partidas que disputou.

Em poucos dias, foi registrada a partida mais longa da história das Copas do Mundo na fase de grupos.

Foi o jogo Inglaterra x Irã, que terminou em 6 a 2 e teve, ao todo, 117 minutos — porque o juiz da partida decidiu adicionar 14 minutos de descontos no segundo tempo e 10 no primeiro.

As disputas continuaram, e os números e recordes também.

O Marrocos se tornou a primeira seleção africana a chegar às semifinais de uma Copa do Mundo.

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*Fonte: bbc-brasil

Copa do Mundo: as maiores teorias da conspiração da história dos mundiais de futebol

A Copa do Mundo de futebol é o evento esportivo mais assistido e celebrado do mundo, com uma audiência tão grande que supera em dobro a dos Jogos Olímpicos. Trata-se, portanto, de uma competição séria, que coloca as maiores seleções do mundo em disputa justa pela taça dourada – ou é isso que a FIFA quer que o público acredite. Pois é claro que um evento dessa grandeza – e que começou no distante ano de 1930 – carrega uma coleção de teorias da conspiração ao longo de seus quase 100 anos de história.

Justamente por se tratar do esporte mais popular do mundo, o futebol e a Copa movem paixões e forças culturais, econômicas e mesmo políticas imensas. É dessa importância que nascem as teorias, alimentando especulações e explicações – ou delírios – dos conspiratórios de plantão. Ainda que algumas teses tenham sido comprovadas ou explicadas com o passar dos anos, a maioria das especulações parece mero escape para a imponderável dor da derrota – ou serão elas a mais pura (e secreta) verdade?

Selecionamos algumas das mais célebres e debatidas teorias por trás de momentos misteriosos dos Mundiais. Com a aproximação da Copa do Qatar de 2022, é certo que a lista abaixo crescerá, e novos capítulos serão adicionados a essa longa história de paixão, competição – e conspiração.

Mussolini e a Copa de 34
As teorias começam já na segunda Copa do Mundo, ocorrida na Itália em 1934, durante o governo fascista de Benito Mussolini. O ditador de extrema-direita viu no Mundial uma oportunidade de celebrar o espírito nacionalista italiano – e, reza a lenda, não mediu esforços para garantir o título, com direito a ameaças e vastos investimentos secretos.

Além de jurar a morte de seus próprios jogadores caso perdessem a Copa, Mussolini teria selecionado e subornado árbitros, explicando assim apitos suspeitos em favor do país-sede em diversas partidas. Ao fim, depois de o Uruguai ganhar a primeira Copa, em 30, a Itália se sagraria a segunda campeã mundial de futebol, em 1934, e confirmaria o bicampeonato em 1938 – ainda durante o período fascista.

Garrincha na final de 62
Com Pelé machucado desde a primeira fase, o peso da tarefa de conquistar o bicampeonato brasileiro, em 1962, caiu inteiramente sobre Garrincha – e o ponta-direita do Botafogo realizou um torneio de gênio. Na semifinal contra o Chile, Mané fez história, com gol de fora da área, gol de cabeça, passes preciosos, dribles inalcançáveis, mas também um pontapé no chileno Rojas, que lhe garantiu um cartão vermelho. Com a suspensão causada pela expulsão, o Brasil iria para a final sem Pelé e sem Garrincha, o principal jogador da Copa.

Antes da final, porém, dirigentes brasileiros alegaram que o juiz não havia relatado a agressão na súmula do jogo. No julgamento de Garrincha, o bandeirinha, que seria testemunha, desapareceu. Mané acabou absolvido, jogou a final e o Brasil conquistou seu segundo título, por 3 a 1, na decisão contra a Tchecoslováquia. Anos depois, o árbitro brasileiro Olten Ayres de Abreu, que trabalhou na Copa, afirmou que uma mala com 15 mil dólares fez o bandeira “desaparecer” e garantiu Garrincha na final.

O gol fantasma da Inglaterra em 66
Trata-se de um dos lances mais controversos da história do futebol: a final da Copa de 1966 foi para a prorrogação empatada em 2 a 2, em um jogo duro e disputado entre a anfitriã Inglaterra e a Alemanha. Aos 11 minutos do primeiro tempo da prorrogação, o inglês Geoff Hurst recebeu a bola na área e bateu com força, o chute explodiu no travessão, a bola quicou no chão, aparentemente sobre a linha do gol, e foi afastada pelo zagueiro. O bandeirinha azeri Tofiq Bahramov e o juiz suíço Gottfried Dienst, porém, concluíram que a bola entrou, confirmando o terceiro gol inglês na final.

O jogo acabaria 4 a 2 para a seleção inglesa, mas a disputa em verdade nunca terminou. Nas fotos e vídeos, alguns ângulos mostram a bola quicando claramente dentro do gol, enquanto outros registros não deixam dúvidas de que a bola caiu sobre a linha, e que o gol teria sido, portanto, irregular.

O lance mudou o destino da partida e, desde então, os teóricos de plantão afirmam que o juiz recebeu prêmios e pagamentos das mãos da própria rainha – até hoje, não há conclusão inequívoca sobre se a bola, afinal, entrou ou não: assista ao lance aqui e chegue à sua própria conclusão.

A ditadura argentina na Copa de 78
Se a controvérsia em 1966 se deu por um lance, na Copa de 1978 a polêmica marcou o mundial como um todo. Realizada na Argentina durante a sangrenta ditadura do general Jorge Rafael Videla, a competição teria sido utilizada para abafar os horrores no país e vender ao mundo uma imagem positiva sobre a Argentina do período.

Vencer, portanto, era determinante para que essa estratégia internacional desse certo – e um regulamento alterado e confuso, com uma partida inacreditável, garantiram a Argentina na final e eliminaram o Brasil, mesmo a seleção canarinho não tendo perdido um único jogo.

Após a fase de grupos, a Copa era novamente dividida em grupos e, nessa etapa, para roubar a vaga do Brasil a Argentina precisava vencer o Peru por 4 gols de diferença – e a partida terminou em um milagroso 6 a 0. O jogo começou com duas horas de atraso, após o término da partida do Brasil, Videla visitou o vestiário peruano antes e depois da partida. Mais um detalhe: o goleiro do Peru, Ramón Quiroca, era naturalizado peruano, mas nascido na Argentina. Ao fim, o Brasil foi eliminado invicto, a Argentina – que perdeu um jogo – se sagrou campeã e as comemorações encobriram os protestos contra o regime nas ruas de Buenos Aires.

A água batizada do Brasil em 90
Em mais uma teoria envolvendo a Argentina, essa é uma das conspirações que, com o tempo, se confirmou: em 2004, o próprio Maradona detalhou, em entrevista, sobre quando o lateral brasileiro Branco foi intoxicado na partida contra a Argentina, ao tomar uma água “batizada” durante a disputa pelas oitavas de final da Copa de 1990. O calor era inclemente em Turim, e Branco aceitou a garrafa das mãos dos auxiliares argentinos no meio da partida.

De acordo com Maradona, a água de uma das garrafas continha o tranquilizante psiquiátrico Rohypnol, e o desempenho do brasileiro foi afetado a partir do gole. A Argentina aproveitou a oportunidade para dominar o jogo, Maradona enfileirou os brasileiros e colocou Caniggia na cara do gol de Taffarel para marcar o gol que eliminou o Brasil. A Argentina viria a perder a final da Copa de 1990 para a Alemanha.

EUA e a FIFA contra Maradona em 94
O corte de Maradona por dopping da Copa de 1994 é até hoje uma ferida aberta no coração da torcida argentina, e o próprio craque reiterou até o fim que foi vítima de um complô. O genial argentino havia sido pego com cocaína em 1991. Reza a lenda que o governo dos EUA não queria vê-lo campeão em solo norte-americano: ao fim do jogo contra a Nigéria, Maradona foi sorteado e, diante do resultado positivo, barrado do Mundial.

A teoria não para por aí e sugere que João Havelange, brasileiro que então presidia a FIFA, teria participado da trama, pois queria ver o Brasil campeão ainda durante sua gestão e precisava tirar Maradona do caminho – e o tetra brasileiro veio contra a Itália na final. Apesar de existirem livros e documentários denunciando o “complô”, muitos registros sugerem que Maradona de fato tomou remédios para emagrecer para estar em forma durante o torneio.

Nike e a FIFA na derrota de 98
A final da Copa de 1998 entre Brasil e França começou horas antes de o juiz iniciar propriamente a partida, e não terminou com o apito final, já que até hoje são intensos os debates sobre o que aconteceu naquele dia 12 de julho, na França. A história diz que o atacante Ronaldo teve uma convulsão antes do jogo, mas se recuperou e acabou escalado pelo técnico Zagallo. A atuação do jogador e de quase toda a equipe foi apagada e o Brasil terminou vice-campeão após sofrer um 3 a 0 retumbante da anfitriã.

O misterioso incidente com Ronaldo, porém, alimentou os teóricos, que suspeitam do envolvimento da Nike, patrocinadora do atacante. Algumas teses dizem que um esquema envolvendo a empresa, a CBF e a FIFA garantiu que o título ficasse com os donos da casa, enquanto outros conspiratórios afirmam que a gigante do material esportivo teria obrigado o técnico a escalar o jogador, mesmo sem condições. O mais provável, porém, parece ser mesmo o difícil de aceitar: o Brasil jogou mal, a França jogou melhor e terminou campeã.

7 x 1 em troca do ouro olímpico
O Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, foi cenário de uma das maiores derrotas da história do esporte, na semifinal da Copa de 2014, quando o Brasil foi eliminado pela Alemanha pelo emblemático placar de 7 a 1. Assim, ao mesmo tempo que um resultado tão elástico pode parecer impossível de ocorrer sem uma explicação extraordinária, esse é um dos casos mais fáceis de se compreender a busca por uma conspiração para justificar tamanha tragédia esportiva. Como seria possível, em condições normais, que o Brasil sofresse um revés tão grande em sua própria casa, afinal?

E assim começou o trabalho dos teóricos da conspiração, que acusam diversas farsas por trás do vexame do dia 8 de julho de 2014. A teoria começa com a lesão de Neymar no jogo anterior, contra a Colômbia, que seria encenada, e sugere que, por trás, estaria um acordo entre a FIFA, CBF, Alemanha, o Comitê Olímpico Internacional e até a Rede Globo, vendendo a semifinal da Copa em troca da medalha de ouro, até então inédita, que viria para o Brasil no Rio, em 2016, em uma final jogada justamente contra a Alemanha. Será?

Para refrescar a memória: a final da Olimpíada terminou nos pênaltis, após 1 a 1 no tempo normal, com a vitória do Brasil por 5 a 4 sobre a Alemanha. A derradeira cobrança – que valeu o ouro – foi de Neymar.

*Por Vitor Paiva
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Fonte: hypeness

Fifa vai usar tecnologia semiautomática de impedimento na Copa do Mundo 2022

Faltando pouco menos de cinco meses para a Copa do Mundo Qatar-2022, mais uma novidade foi revelada. Depois de mascote, sorteio e das últimas repescagens, a Fifa agora anunciou a tecnologia semiautomática que será usada para definir o impedimento nos jogos da maior competição do mundo.

A entidade internacional de futebol já testou a tecnologia em outros torneios e garantiu o sucesso do sistema. De acordo com a Fifa, ele fornece um alerta de impedimento automatizado para a equipe de arbitragem de vídeo e de campo, com uma animação 3D comunicando aos torcedores no estádio e telespectadores em casa.

O sistema usa 12 câmeras de rastreamento dedicadas, montadas sob o teto do estádio, para rastrear a bola Al Rihla e até 29 pontos de dados de cada jogador, 50 vezes por segundo, calculando a posição exata em campo. Os dados dos atletas incluem membros e extremidades relevantes para a definição de um impedimento.

A bola do mundial também vai detectar com um sensor de unidade de medição inercial dentro dela. O sensor, no centro da bola, envia os dados para a sala da arbitragem de vídeos 500 vezes por segundo, possibilitando a identificação específica do ponto de chute.

Combinando os dados e aplicando inteligência artificial, o alerta chega para a arbitragem, que verifica a proposta e define se houve ou não impedimento. A tecnologia semiautomática vai agilizar bastante a marcação da infração, reduzindo o tempo de espera para segundos.

A animação 3D vai mostrar aos espectadores detalhes do impedimento. Imagem: Reprodução
Depois de confirmada a decisão, a animação 3D será exibida nas telas, informando aos torcedores. A nova tecnologia da Fifa foi testada durante a Copa Árabe de 2021 e o Mundial de Clubes do mesmo ano. Nas competições, os dados foram analisados pelo MIT Sports Lab, com o TRACK da Victoria University validando cientificamente a tecnologia de rastreamento de membros.

“Essa tecnologia é o culminar de três anos de pesquisa e testes dedicados para fornecer o melhor para as equipes, jogadores e torcedores que irão para o Qatar no final deste ano, e a Fifa está orgulhosa desse trabalho, pois esperamos que o mundo vendo os benefícios da tecnologia semiautomática de impedimento na Copa do Mundo”, disse Gianni Infantino, presidente da Fifa.

A Copa do Mundo Qatar-2022 começa no dia 21 de novembro. O Brasil está no grupo G, junto com Sérvia, Suíça e Camarões. A seleção brasileira estreia no dia 24 de novembro, diante da Sérvia, às 15h (horário de Brasília), no Lusail Stadium.

*Por Karol Albuquerque
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*Fonte: olhardigital