Tirar BAND-AID rápido realmente dói menos?

Se você se machucou ou fez um corte, é comum utilizar um Band-Aid para cobrir o ferimento. Ele acaba ficando sobre a pele por alguns dias, e quando chega o momento de removê-lo, a pergunta que paira no ar é: para doer menos, é melhor fazer isso rapidamente ou devagar?

Caso esteja neste grupo, veja aqui o que é melhor fazer na hora de remover o curativo e passe a adotar essa estratégia quanto antes para diminuir as dores.

O que é melhor: remover o Band-Aid rápido ou devagar?
Para quem fica em cima do muro na hora de decidir a melhor forma de remover o curativo, um estudo publicado no The Medical Journal of Australia revelou que fazer isso rapidamente é mais eficaz para sentir menos dor.

O estudo em questão foi feito com 65 estudantes da James Cook University, e no processo eles foram convidados a remover um Band-Aid rapidamente ou de maneira lenta. Eles tinham que escolher um desses processos e depois indicar seu grau de desconforto em uma escala de 0 a 10.

Dessa forma, os que removeram o Band-Aid rápido tiveram uma média de 0,92 na escala de dor, enquanto quem fez isso de maneira lenta (entenda lenta como qualquer número superior a dois segundos) agregou uma nota de 1,58 para o desconforto.

De acordo com um estudo feito com universitários da Austrália, a melhor forma de diminuir a dor na hora de remover o Band-Aid é fazer isso de maneira rápida.

Outro ponto importante é que os Band-Aids foram aplicados em partes diferentes do corpo: a mão, o ombro e o calcanhar, sendo que em alguns casos eles também ficaram sobre partes com pelos. Neste caso, o estudo concluiu que a quantidade de pelo em contato com a cola do item pode interferir na dor sentida ao remover a aplicação.

Por fim, o estudo não considerou questões como a sensibilidade na pele que surge como resultado do machucado ou mesmo a quantidade de cola que acaba grudando na pele — o que, com toda certeza, pode contribuir para aumentar a dor na hora de remover o famoso Band-Aid.

*Por Douglas Vieira
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*Fonte: megacurioso

Consumo de mel melhora os níveis de açúcar e colesterol no sangue, sugere estudo

Foi demonstrado que a alta ingestão de açúcares adicionados ou livres contribui para o aumento da obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

As diretrizes de saúde e nutrição pedem uma redução no consumo de açúcares adicionados, com as agências de saúde recomendando uma ingestão de não mais que 5% a 10% da ingestão total de energia por dia.

A maioria das agências reguladoras, incluindo a Organização Mundial da Saúde, a Heart and Stroke Foundation e a US Food and Drug Administration, incluem o mel em sua definição de açúcar livre ou adicionado. Em contraste, o mel é frequentemente considerado pelo público como uma alternativa mais saudável ao açúcar.

O mel é uma composição complexa de açúcares (comuns e raros), ácidos orgânicos, enzimas, proteínas, aminoácidos, minerais, vitaminas e substâncias bioativas produzidas pelas abelhas a partir do néctar das flores.

Mostrou muitos benefícios para a saúde cardiometabólica em ensaios clínicos, animais e in vitro.

Entre esses benefícios estão melhorias no peso corporal, inflamação, perfil lipídico e controle glicêmico.

No entanto, a evidência para este efeito em estudos humanos não foi sistematicamente avaliada e quantificada.

Além disso, não está claro se o efeito do mel difere de acordo com o tipo de mel, como fonte floral, e se o mel é cru ou processado.

“Nossos resultados são surpreendentes, porque o mel contém cerca de 80% de açúcar”, disse o Dr. Tauseef Khan, pesquisador da Universidade de Toronto e do Hospital St. Michael.

“Mas o mel também é uma composição complexa de açúcares comuns e raros, proteínas, ácidos orgânicos e outros compostos bioativos que muito provavelmente trazem benefícios à saúde”.

Dr. Khan e colegas conduziram uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios controlados para examinar o efeito da ingestão de mel na adiposidade, glicemia, lipídios, pressão arterial, marcadores de doença hepática gordurosa não alcoólica e marcadores inflamatórios e para avaliar a certeza da evidência usando a abordagem GRADE (Classificação de Recomendações, Avaliação, Desenvolvimento e Avaliação).

Eles incluíram um total de 18 ensaios controlados com 1.105 participantes em sua análise.

A dose média diária de mel nos testes foi de 40 gramas, ou cerca de duas colheres de sopa. A duração média do julgamento foi de oito semanas.

Os autores descobriram que o mel reduziu a glicose no sangue em jejum, colesterol total e LDL ou colesterol ‘ruim’, triglicerídeos e um marcador de doença hepática gordurosa; também aumentou o HDL ou colesterol ‘bom’ e alguns marcadores de inflamação.

O mel cru gerou muitos dos efeitos benéficos nos estudos, assim como o mel de fontes monoflorais, como robinia e trevo, que é comum na América do Norte.

“Embora o mel processado perca claramente muitos de seus efeitos à saúde após a pasteurização – normalmente 65 graus Celsius por pelo menos 10 minutos – o efeito de uma bebida quente no mel cru depende de vários fatores e provavelmente não destruiria todas as suas propriedades benéficas”, disse o Dr. Khan disse.

“A palavra entre os especialistas em saúde pública e nutrição há muito tempo é que ‘um açúcar é um açúcar’”, disse o Dr. John Sievenpiper, também da Universidade de Toronto e do St Michael’s Hospital.

“Esses resultados mostram que não é esse o caso, e eles deveriam dar uma pausa na designação do mel como açúcar livre ou adicionado nas diretrizes dietéticas”.

“Não estamos dizendo que você deve começar a comer mel se atualmente evita o açúcar”, acrescentou o Dr. Khan.

“O ponto principal é a substituição – se você estiver usando açúcar de mesa, xarope ou outro adoçante, trocar esses açúcares por mel pode diminuir os riscos cardiometabólicos.”

Os resultados foram publicados na revista Nutrition Reviews

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*Fonte: sabersaude

Por que o raio faz zigue-zague? Um estudo curioso responde

O raio poderia simplesmente descarregar em uma linha reta. Mas, ao invés disso, ele sempre acaba se dividindo em “galhos” e formando um zigue-zague no céu.

Essa questão acabou fazendo com que uma equipe de cientistas da Austrália realizasse um estudo sobre por que o raio faz um zigue-zague quando ocorre.

“Sabemos tudo sobre a maioridade das coisas na Terra […]. Mas ainda existem grandes mistérios sobre os velhos raios comuns”. Essa é uma fala do cientista John Lowke da University of South Australia sobre seu estudo que investiga o padrão curioso dos raios.

Lowke e seus colegas publicaram um estudo em dezembro de 2022 no Journal of Physics D: Applied Physics onde eles indicam por que o raio faz zigue-zague.

Segundo o estudo, esse formato acontece devido a um canal de oxigênio que se concentra irregularmente à medida que o raio segue para o solo, às vezes por grandes percursos.

Este fato foi percebido após os cientistas tirarem fotos rápidas dos raios, onde é possível ver que antes deles acontecerem, existem cargas de ar ionizado que se dividem no fundo de uma nuvem de tempestades.

Este ar, que também é chamado de “líder”, não pode ser visto a olho nu, mas são eles que formam o padrão em zigue-zague que o raio possui.

Para isso, eles criam uma região com alta concentração de moléculas de oxigênio com um estado de energia inferior ao normal.

Assim, o motivo do raio fazer zigue-zague é explicado devido à alta descarga elétrica nessa região segundos antes do raio acontecer de fato para ficar nesse formato.

O que os cientistas sabem sobre o “líder” do raio?
Os cientistas viram que o líder pode ter cerca de 50 metros de comprimento. Além disso, quando ele surge, acaba se ramificando em várias direções de forma natural.

Para fazer isso, o “líder” vai descarregando a eletricidade em etapas sucessivas que acontecem em cerca de um milésimo de segundo. Até a etapa acabar, as moléculas de oxigênio vão se dividindo em diversas direções, formando o zigue-zague.

O que causa os raios ainda é um mistério para os cientistas
A maioria das pessoas sabe como os raios acontecem. A explicação mais aceita é que eles surgem quando as nuvens carregadas eletricamente acabam gerando atrito entre suas massas resultando assim em raios no céu.

No entanto, nem todos os cientistas estão convencidos dessa versão da história. Lowke diz que esse fato não é conhecido com certeza, mostrando que ainda há estudos a serem feitos no campo dos raios.

Principalmente porque compreender melhor como os raios funcionam podem nos ajudar a sobreviver de tempestades e até informar melhor onde os pára-raios podem ser instalados em locais altos, como edifícios e mastros de rádios.

Mas, ao menos, já sabemos por que o raio faz zigue-zague. Apesar disso, Lowke afirma que “os mistérios não foram reconhecidos e não são conhecidos pelo público em geral” quando o assunto são os raios.

*por Letícia Silva Jordão
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*Fonte: socientifica

A chave para a felicidade, segundo o maior estudo já feito sobre o assunto

O que você vai ler a seguir é muito mais do que uma entrevista.

É o resultado de décadas de um estudo com centenas de pessoas sobre o que realmente importa na vida.

Há 85 anos, a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, conduz o mais longo estudo científico sobre felicidade da história.

O “Estudo sobre o Desenvolvimento Adulto” começou em 1938 com cerca de 700 adolescentes. Alguns deles eram estudantes de Harvard, outros viviam nos bairros mais pobres de Boston.

A pesquisa os acompanhou ao longo de suas vidas, monitorando periodicamente suas alegrias e dificuldades, seu estado físico e mental. E agora, também inclui os parceiros e filhos dos participantes iniciais.

Robert Waldinger, professor de psiquiatria na universidade e mestre zen, é o quarto diretor do estudo.

Sua palestra de 2015 na plataforma TED foi vista mais de 40 milhões de vezes. E ele é coautor de um novo livro, The good life (“A boa vida”, em tradução livre) sobre as principais lições do estudo.

Waldinger explicou à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, por que a qualidade dos nossos relacionamentos é o principal indicador de nossa felicidade e saúde à medida que envelhecemos. E lembrou que nunca é tarde para “energizar” as relações ou construir novas conexões.

Leia a entrevista abaixo.

BBC – Qual foi a descoberta que mais chamou a atenção no estudo?

Robert Waldinger – Não foi nenhuma surpresa que as pessoas em relacionamentos mais calorosos sejam mais felizes. Isso faz sentido.

Mas a surpresa foi a de que as pessoas que têm relacionamentos mais calorosos permanecem fisicamente mais saudáveis ​​à medida que envelhecem.

A questão que surge é: como os relacionamentos podem torná-lo menos propenso a desenvolver diabetes tipo 2 ou doença arterial coronariana?

Outros estudos mais tarde descobriram a mesma coisa, e percebemos que esse é um achado forte.

Passamos os últimos dez anos em nosso laboratório tentando entender como os relacionamentos afetam nossos corpos e mudam nossa fisiologia.

BBC – Qual é sua hipótese para isso?

Waldinger – O estresse é uma parte natural da vida. Se algo estressante acontecer comigo esta manhã, haverá mudanças em meu corpo: a frequência cardíaca aumentará, minha pressão arterial aumentará. Esta é a chamada “reação de luta ou fuga”.

Mas espera-se que nosso corpo volte ao equilíbrio, ao normal, uma vez que o estresse foi embora.

Algo que percebemos é que a solidão e o isolamento são estressantes.

Se algo incômodo, estressante, aconteceu, posso ir para casa e conversar com minha esposa ou ligar para um amigo. Se eles forem bons ouvintes, posso sentir meu nível de estresse diminuir. Mas se não tenho ninguém assim, se estou isolado e sozinho, acreditamos que o corpo permanece em um grau latente de “reação de luta ou fuga”.

Isso significa que haverá níveis mais altos de hormônios do estresse, como o cortisol, circulando em meu sangue, e níveis mais altos de inflamação em meu corpo. E esses fatores gradualmente desgastam e atacam diferentes sistemas corporais. Dessa forma, o isolamento social e a solidão podem afetar as artérias coronárias e as articulações.

BBC – Você assegura no livro que uma vida boa é uma vida complicada — há felicidade, mas também dor. Ter bons relacionamentos nos ajuda a processar melhor as emoções difíceis?

Waldinger – Sim, eles nos ajudam a gerir melhor as emoções porque as relações muitas vezes nos permitem falar sobre o que sentimos. E, em primeiro lugar, temos um sentimento de pertencimento.

Somos animais sociais. Provavelmente evoluímos assim porque é mais seguro estar em grupo. E sentir que pertencemos a um grupo é uma forma de aliviar o estresse.

Quando você sente que é a única pessoa com um problema, você não se sente bem. Em vez disso, se conversa com outras pessoas que têm esse problema, isso fará com que você se sinta menos sozinho. É um sentimento muito poderoso e acreditamos que seja um importante regulador do estresse.

BBC – No livro, você fala da importância de se manter uma “aptidão social”. O que significa isto?

Waldinger – Cunhamos esse termo para torná-lo análogo ao fitness, porque vimos que cuidar de nossos relacionamentos é como exercitar um músculo.

Se ficarmos sentados a vida toda, nossos músculos atrofiarão. E da mesma forma, olhando para as vidas das pessoas que participaram do estudo, vimos que bons relacionamentos podem murchar não porque haja um problema, mas por descuido.

O que estamos começando a ver é que, se você cuidar ativamente de seus relacionamentos da mesma forma que cuida de seu corpo ou de uma planta em sua casa, esses relacionamentos permanecerão fortes.

BBC – No livro, você dá várias sugestões para nutrir ou energizar um relacionamento. Uma delas é “reconhecer alguém quando faz algo de bom”. Como fazer isso?

Waldinger – Somos muito bons em prestar atenção ao que não gostamos e ao que está errado. E com outras pessoas, tendemos a estar muito sintonizados com o que nos incomoda ou nos ofende, quando alguém faz algo que eu acho errado.

Mas muitas vezes tomamos como dadas as coisas que as pessoas fazem bem. Por exemplo, minha esposa adora cozinhar e prepara o jantar quase todas as noites. E eu tenho que me lembrar que não devo considerar isso como algo garantido.

Da mesma forma, resolvo tudo que tem a ver com tecnologia, e ela tem que lembrar que dá muito trabalho fazer as coisas funcionarem.

Então é uma forma de praticar a gratidão, onde nos perguntamos: como seria minha vida se essa pessoa não fizesse essas coisas ou se essa pessoa não estivesse na minha vida? É isso que queremos dizer com “reconhecer alguém por fazer algo bom”, por fazer algo que se não estivesse na sua vida te faria se sentir infeliz.

BBC – Outra sugestão sua para cuidar dos relacionamentos é manter uma “curiosidade radical”. Do que se trata?

Waldinger – Quando estamos com alguém há muito tempo, seja cônjuge, familiar ou amigo, presumimos que conhecemos essa pessoa.

Existem estudos sobre como estamos sintonizados com os sentimentos de outra pessoa. A pesquisa mostra que, especialmente quando saímos pela primeira vez com alguém, somos muito bons em sintonizar o que a outra pessoa está sentindo.

Mas quando estamos juntos há cinco, dez, vinte anos, sabemos muito menos o que ela sente. Podemos pensar que seria o contrário, que quanto mais tempo juntos, mais sabemos, mas o que acontece é que começamos a supor que conhecemos a outra pessoa.

Então, o que estamos falando é de reverter isso e despertar a curiosidade.

BBC – Em outra palestra, você mencionou um exemplo de curiosidade radical com sua esposa…

Waldinger – Estou com minha esposa há 37 anos. E o que faço é me perguntar: como posso voltar a ter curiosidade sobre quem ela é hoje?

Isso tem a ver com uma instrução de um dos meus mestres zen.

Na meditação zen, você se senta em uma almofada e medita continuamente. Já meditei milhares de vezes. E a instrução é perguntar a si mesmo enquanto faz algo que você já fez mil vezes: o que há aqui que eu nunca percebi antes?

Você pode fazer isso mesmo enquanto escova os dentes. Se eu te perguntar qual dente você escova primeiro, aposto que você tem que pensar, porque faz isso automaticamente. Então, hoje, quando for escovar os dentes, pode fazê-lo com uma curiosidade radical.

BBC – Você poderia compartilhar conosco algo que notou sobre sua esposa depois de mais de 30 anos juntos?

Waldinger – Descobri, por exemplo, que ela passou a usar brincos de prata em vez de ouro como antes, porque seu cabelo agora é grisalho em vez de castanho. É algo pequeno, mas é algo que eu não tinha notado.

BBC – Talvez algumas pessoas sintam que não têm “uma boa vida” porque não têm muitos amigos… O número importa?

Waldinger – É importante, mas é uma coisa muito individual. Alguns são muito tímidos e, para essas pessoas, ter muitas pessoas por perto é estressante. Outras pessoas que são mais extrovertidas, por outro lado, precisam de muitas pessoas em suas vidas e isso lhes dá energia.

Uma pessoa tímida pode precisar de um relacionamento próximo ou dois. Ter mais pode ser estressante e cansativo. Mas a pessoa extrovertida pode querer muitos, muitos relacionamentos.

Portanto, cada um de nós precisa determinar por si mesmo: quanta atividade social é boa para mim e minha vida?

BBC – Muitas pessoas podem pensar: “Eu tento cultivar as minhas amizades, mas sou sempre aquele que liga, aquele que ouve”. Você aconselharia essas pessoas a serem francas com seus amigos sobre como se sentem?

Waldinger – Sim, acho que seria bom porque algumas pessoas não percebem isso. Você pode dizer a um amigo: “Sempre sou eu que ligo para você. Gostaria que me ligasse de vez em quando ou me convidasse para tomar um café”.

Mas haverá algumas pessoas que nunca o farão. Então eu diria a você que isso não significa que você tenha que cortar essas amizades. Mas você também pode buscar outras amizades que sejam mais mútuas.

BBC – Muitas trocas hoje são virtuais. Para os relacionamentos, qual é a melhor maneira de usar as redes sociais?

Waldinger – Não é minha área de pesquisa, mas há estudos sobre isso e as primeiras descobertas indicam que a forma como usamos as redes sociais realmente importa.

Se as usarmos ativamente para nos conectar com outras pessoas, isso aumentará nosso bem-estar. E o exemplo que gosto de usar é um amigo meu que, na pandemia, se reconectou por Facebook com seus amigos do ensino fundamental. Agora, eles tomam um café virtual todos os domingos de manhã no Zoom. Eles têm momentos maravilhosos falando sobre suas vidas e sua infância. É um exemplo de uma conexão ativa via rede social, e todos ficam mais felizes por isso.

Por outro lado, existe o uso passivo das redes sociais, quando consumimos os feeds do Instagram ou do Facebook, onde todos postam belas imagens de suas vidas. Por que não postamos fotos de quando estamos infelizes?

Isso pode fazer com que outras pessoas que veem essas imagens sintam que “todo mundo está tendo uma vida boa e eu sou o único que está passando por momentos difíceis”. Esse tipo de consumo passivo de mídia social nos faz sentir pior, e os adolescentes são particularmente vulneráveis ​​a isso. Muito vulneráveis.

Então, como as redes sociais não vão acabar, o que podemos fazer é ser mais ativos em usá-la para nos conectar com outras pessoas e não apenas olhar passivamente para o que outras pessoas postam. Isso é terrível para nós.

BBC – Uma palavra que não aparece muito no livro é “arrependimento”. Alguns lidam com isso quando chegam a um determinado estágio de suas vidas e pensam, por exemplo, que poderiam ter entendido alguém melhor. Há algo no estudo que possamos aprender sobre como lidar com o arrependimento?

Waldinger – Quando os participantes chegaram aos 80 anos, fizemos a seguinte pergunta: quando você olha para trás em sua vida, do que mais se arrepende?

Houve dois grandes arrependimentos.

Uma delas era algo do tipo: “Gostaria de não ter passado tanto tempo no trabalho e passado mais tempo com as pessoas de quem gosto.” Portanto, há uma razão para aquele conhecido clichê de que “ninguém em seu leito de morte gostaria de ter passado mais tempo no escritório”.

O outro arrependimento particularmente expresso pelas mulheres foi: “Gostaria de não ter passado tanto tempo me preocupando com o que as outras pessoas pensam.”

Portanto, se me perguntarem quais arrependimentos eu gostaria de evitar, a resposta seria passar bastante tempo com pessoas queridas e não gastar tanto tempo se preocupando com o que as outras pessoas pensam.

BBC – Você falou sobre como evitar arrependimentos. Mas o que fazer quando eles já estão presentes?

Waldinger – Ao lidar com o arrependimento, não adianta ficar com raiva de nós mesmos, nos bater com força. A única utilidade do arrependimento é se ele nos informar sobre o que gostaríamos de fazer diferente no futuro.

Use o arrependimento para aproveitar a vida que tem pela frente.

BBC – No livro, há um capítulo intitulado “Nunca é tarde demais”. Qual é a mensagem principal que você quer passar com essa frase?

Waldinger – Algumas pessoas me disseram: “É tarde demais para mim. Não sou bom em relacionamentos. Isso nunca vai acontecer na minha vida”. Algumas das pessoas que dizem isso têm 20 anos e dizem que é tarde demais para elas, e outras pessoas que dizem isso são mais velhas.

Mas o que vemos nas histórias do livro, que são de vidas reais, é que as pessoas encontram conexões que não esperavam em diferentes momentos de suas vidas, sejam conexões amorosas ou amizades. Portanto, para aqueles que acreditam que essas coisas nunca acontecerão com eles, diríamos: você não tem como saber.

A mensagem é que vale a pena continuar trabalhando nisso porque a qualquer momento da vida você pode criar novas e boas conexões.

BBC – Você é um mestre zen. A meditação desempenhou um papel importante em sua vida?

Waldinger – Tem tido um grande papel. A meditação zen é sobre aprender o que é estar vivo.

Você se torna muito mais familiarizado com a experiência de olhar para uma flor por cinco minutos, ou de comer uma refeição conscientemente, saboreando cada mordida. É realmente um mergulho profundo na experiência de estar vivo.

E isso se encaixa muito bem com o estudo de todas essas vidas. Porque é uma forma diferente de estudar a experiência de ser humano.

Da mesma forma, em meu trabalho como psiquiatra, tenho o privilégio de ouvir as pessoas falarem detalhadamente sobre suas vidas. E tudo isso para mim é um trabalho fascinante. Todas são maneiras diferentes de aprender sobre a experiência humana.

BBC – No livro, você afirma que a atenção é a forma mais básica de amar. Há uma bela frase: “Uma vida boa não é o destino, mas o caminho e com quem você caminha… E fazendo isso, segundo a segundo, você pode decidir a que e a quem você dá sua atenção”. Você pode nos falar sobre esse poder de escolher a cada momento em que prestamos nossa atenção?

Waldinger – Essa é uma citação de um dos meus mestres zen. Seu nome é John Tarrant e sim, uma das coisas que sabemos é que nossa atenção é algo pelo qual as pessoas brigam.

Essas telas que tanto amamos são projetadas para nos cativar, porque as pessoas ganham dinheiro chamando nossa atenção e mantendo-a.

Agora, mais do que nunca, o caminho de menor resistência é ficar o tempo todo na frente das telas. Então a pergunta é: podemos intencionalmente desviar nossa atenção dessas telas para as pessoas de quem gostamos?

Há uma escritora chamada Linda Stone que escreve sobre algo que ela chama de atenção parcial contínua, que é o que estamos dando cada vez mais uns aos outros. Isso é um problema: estou falando com você, mas na verdade estou olhando para minha tela.

Queremos chamar a atenção para isso. Pense: com quem você se importa? Você poderia dar a essa pessoa toda a sua atenção? Essa é a pergunta que devemos nos fazer.

BBC – Com o privilégio que você teve de estudar todas essas vidas, você diria para alguém que, por exemplo, teve uma infância muito conturbada ou enfrentou momentos muito difíceis, que todos podemos encontrar dentro de nós os recursos para seguir em frente e prosperar?

Waldinger – Acho que existe um instinto de prosperar, de sobreviver. Estamos todos tentando ser felizes. Uma das razões pelas quais minha palestra TED se tornou viral, como alguém me disse, não é porque eu sou bonito. É porque todo mundo quer ser feliz. E então há em nós esse impulso de encontrar maneiras de prosperar.

Acho que existe uma energia em todos nós que está procurando por isso e isso é bom. Embora eu possa ser muito pessimista sobre para onde o mundo está indo, acho que as pessoas sempre foram assim. E isso abriu caminho para novas possibilidades, é algo que faz parte de nós.

BBC – No seu caso pessoal, quais são os componentes básicos de uma boa vida?

Waldinger – É estar envolvido em atividades que são importantes para mim e que considero significativas. Minha pesquisa, meu trabalho como psiquiatra, minha meditação zen, essas coisas são muito importantes para mim. E, por exemplo, eu queria muito estar aqui, conversando com você agora. Porque eu dou muita importância para essas ideias e quero que elas alcancem as pessoas. Isso é significativo para mim.

Para mim, então, uma boa vida é fazer atividades que tenham significado para mim e realizá-las com pessoas que são importantes e que se preocupam comigo.

BBC – Você termina o livro com uma chamada à ação. O que você convidaria as pessoas a fazerem quando terminarem de ler esta entrevista?

Waldinger – Eu diria: pense em alguém de quem você sente falta, alguém com quem você não se sente tão conectado quanto gostaria ou alguém que você quer ter certeza de que sabe que você está pensando nele ou nela. E envie uma mensagem de texto, ou um e-mail, ou ligue para eles e apenas diga: oi, eu estava pensando em você e queria falar com você.

Basta fazer isso e você verá o que volta para você. Você poderá ficar surpreso com quantas pessoas ficarão felizes por você ter entrado em contato com elas. Então dê agora esse pequeno passo, levará 15 segundos para fazê-lo.

*por Alejandra Martins
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*Fonte: bbc-brasil

Amigo ou comida? Estudo busca compreender como os humanos enxergam outros animais

Como nós, os humanos, enxergamos os outros animais com os quais dividimos o planeta – e com os quais criamos amizades ou dos quais nos alimentamos? Quais animais vemos como amigos, e quais entendemos que vale a pena defender? Foram essas questões que um estudo recente buscou responder, para principalmente compreender a diferença do olhar sobre outros animais a partir de grupos humanos diversos –vegetarianos e ativistas pelos direitos dos animais e pessoas que não se enquadram nessas categorias.

Realizado em Cingapura e publicado na revista CABI Human-Animal Interactions, o estudo trabalhou com a classificação de 16 animais, como tubarão, jacaré, porco, cachorro, polvo, coelho, vaca e orangotango, utilizando o Modelo de Conteúdo Estereotipado (SCM) para uma bateria de entrevistas e questionários.

Curiosamente, apesar das aguardadas diferenças entre os vegetarianos e/ou ativistas – referidos na pesquisa como “absolutistas” – e quem não se enxerga em tal grupo – intitulados “neutros” no estudo –, o resultado mostrou que os dois grupos são muito mais próximos do que eles próprios pensam.

O que mais chamou a atenção dos pesquisadores, segundo comunicado, foi o fato de “absolutistas” e “neutros” enquadrarem de modo geral os animais não humanos nos mesmos estereótipos, divididos entre classificações de “Calor” e “Competência”, nas categorias “Piedade”, “Desprezo”, “Inveja” e “Admiração” – a curiosa exceção foi a galinha, único animal classificado de forma diferente pelos grupos. Os animais, no entanto, não caíram, de acordo com o resultado da pesquisa, em quadrantes claros e, por isso, é necessário um estudo maior com mais espécies envolvidas no futuro.

A galinha foi o único animal visto de forma diferentes pelos dois grupos de pessoas da pesquisa

“Nós obviamente ‘amamos’ o cão ou o orangotango, que são altamente calorosos e competentes e ‘temos pena’ dos animais ruminantes agradáveis, mas indefesos, que usamos como fonte de alimento, como a vaca ou o cordeiro”, diz o artigo que apresenta a pesquisa. “As descobertas atuais sugerem que sentimentos humanos gerais sobre animais não humanos podem ser originados de atalhos mentais de julgamentos e permutações de valores sociais adaptativos”, afirmou Paul Patinadan, principal autor do estudo.

O orangotango foi posicionado junto do cachorro, como um animal amado e amigo na visão dos humanos

“As ideologias éticas das pessoas sobre animais não humanos não parecem afetar as permutações sociais que concedem às diferentes espécies”, diz Patinadan. “Entender o lugar de nossos próprios julgamentos morais entre os animais não humanos pode ajudar a finalmente definir a natureza nebulosa da interação humana com os seres que compartilham nosso mundo conosco”, conclui o comunicado.

*Por Vitor Paiva
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*Fonte: hypeness

Música estimula a mesma região que sexo e drogas no cérebro

Um estudo publicado no periódico Scientific Report confirmou o que qualquer amante de “sexo, drogas e rock ‘n roll” já sabia: música estimula o mesmo sistema de recompensa das drogas e do sexo no cérebro.

Uma equipe de neurocientistas, coordenados por Adiel Mallik, da Universidade McGill, do Canadá, recrutou 21 estudantes para o experimento, que deveriam trazer uma lista com suas músicas preferidas. Metade dos alunos tomou naltrexona — uma droga que bloqueia os receptores opióides do cérebro e reduz as emoções positivas e negativas, usada no tratamento de dependentes químicos —; a outra metade tomou um placebo.

Além de ouvir as músicas trazidas por elas próprias, as cobaias também escutaram dois sons emocionalmente neutros, escolhidos pelos pesquisadores. Foram observadas as ações fisiológicas, como expressões e sorrisos, e subjetivas, medidas através de um dispositivo que mensurava o quanto eles haviam gostado do som. Com os dados, os cientistas descobriram que os opioides são os responsáveis pelo prazer de escutar música.

“O fato de escutar música desencadear uma resposta neuroquímica bem definida sugere uma origem evolutiva para a música”, escreveram os autores, enfatizando as ressalvas: “Mas também é possível que a música tenha se desenvolvido para explorar um sistema de recompensa já existente que evoluiu para outros fins, como reconhecer e responder apropriadamente a várias vocalizações animais e humanas”.

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*Fonte: revistagalileu

Estudante cria “sem querer” bateria que pode durar 400 anos

Certas histórias parecem comprovar a velha máxima de que quanto mais estudamos, treinamos e nos preparamos, mais a sorte joga a nosso favor, não é mesmo? A doutoranda da Universidade da Califórnia Mya Le Thai realizou por acaso – enquanto simplesmente “brincava” em um laboratório – uma descoberta que pode revolucionar o universo tecnológico em um de seus mais frágeis e problemáticos aspectos: a bateria dos aparelhos e dispositivos.

Mya foi simplesmente realizar um experimento, e com ele descobriu um procedimento que pode fazer as baterias durarem até 400 anos.

A equipe de pesquisadores estava realizando experimentos com nanofios e sua aplicação em baterias, mas invariavelmente as recargas acabavam por romper os delicados e minúsculos fios que compõem a bateria de nanofios. Um dia, entretanto, por impulso Mya decidiu cobrir um grupo de nanofios de ouro com dióxido de manganês e uma espécie de gel eletrólito, e colocar a bateria para realizar ciclos de cargas, descargas e recargas – e foi aí que a surpresa se deu: enquanto as baterias normais duram cerca de 500 recargas até começaram a falhar, sua descoberta chegou a 200 mil recargas em um mês, em perfeito estado.

O campos das possibilidades tecnológicas, o impacto econômico, e principalmente ecológico, caso a descoberta se confirme, será o divisor de água. “Talvez seja uma maneira bastante simples de estabilizar os nanofios. Será um grande avanço para a comunidade”, afirmou um dos pesquisadores. Para quem estava simplesmente passando o tempo em um laboratório, Mya Le Thai acertou em cheio – confirmando que a sorte joga melhor com quem mais se dedica, e menos conta com ela. A “sorte” de Mya, nesse caso, pode ser a sorte do mundo.

*Por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae

Como a música pode te ajudar a aprender um novo idioma

Você muito provavelmente tem seus próprios gostos musicais ou foi impactado durante sua vida por preferências de amigos, ou familiares, não é? Saiba que você pode usar a música para até mesmo aprender uma nova língua!

A música é uma ótima ferramenta para alunos, pois é acessível para pessoas de todas as idades e quanto mais sua proficiência em um novo idioma aumenta, maior é a apreciação por essa arte. Além disso, pode ser uma maneira fácil de começar a aprender sobre a cultura e a história de um lugar. Eu, por exemplo, na minha adolescência era muito fã da dupla sueca Roxette, e foi traduzindo as letras das músicas que eles cantavam que eu comecei a aprender inglês, o que me motivou a me aprofundar no estudo do idioma! Hoje eu adoro escutar músicas de quase todos os estilos, principalmente rock e pop, e você?

Começando pela música

A música é, de longe, uma das introduções mais leves a um novo idioma. Filmes e livros podem parecer assustadores no início, porque queremos captar e entender todos os detalhes — mas a música é diferente, já que podemos apreciá-la sem entender tudo de uma só vez.

A música tem um poder tão incrível que também pode te apresentar como é um lugar, nesse exato momento. Plataformas de músicas como o YouTube e o Spotify, por exemplo, são ótimos lugares para começar a ouvir sons e gírias e se habituar com os idiomas. Garanto que será prazeroso e você terá alguns momentos incríveis de descoberta. Quem sabe não é um começo para aprender uma língua diferente?

Não existe uma maneira certa ou errada de aprender com a música. Se você compreender algumas palavras ou frases novas, isso é ótimo. Se você somente se sentir um pouco mais motivado a estudar, já vale a pena! E, claro, se você quiser usar a música para mergulhar de vez na linguagem, o que não falta é oportunidade.

Aprendendo e curtindo

Aprender um novo idioma em geral e até mesmo com música, não deve parecer uma tarefa difícil. Uma dica é começar ouvindo os mesmos gêneros de música que você já gosta. No Spotify, é interessante procurar uma combinação de um país que fale a língua que você está aprendendo e o gênero que quer ouvir. E se você já conhece um pouco da língua, pode tentar alguns termos de pesquisa no idioma também… Na maioria das vezes, as pessoas já criaram uma playlist para isso.

No Duolingo, valorizamos todas as formas de aprendizagem, ainda mais quando elas se tornam divertidas, pois acreditamos que você progride mais quando se diverte. Assim, a música é uma ótima maneira de se familiarizar com o idioma que você está aprendendo e a cultura daqueles com quem você se comunicará.

Para mais inspiração de música e aprendizado de idiomas, confira nossa série de apresentações musicais ”Songs with Duo” no canal do Duolingo no YouTube, que conta com apresentações de artistas em diferentes idiomas. E, claro, não deixe de praticar o idioma escolhido no app do Duolingo, de maneira fácil, grátis e divertida.

*Por Analigia Martins
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*Fonte: megacurioso

Estudo sugere melhor período para comer e perder peso

Pesquisadores também identificaram potenciais outros benefícios do hábito

Restringir a alimentação do dia para o período entre as 7h e 15h pode ajudar a perder peso, além de melhorar a pressão arterial e o humor. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista JAMA Internal Medicine.

Ao todo, 90 pessoas, com idades entre 25 e 75 anos e que sofrem de obesidade, foram recrutadas para este ensaio clínico randomizado com duração de quatorze semanas.

Estudo sugere melhor período para comer e perder peso
O objetivo era comparar se uma dieta com restrição de tempo, ou seja, durante um período que variasse das 7h às 15h, poderia ajudar a perder peso mais rapidamente do que comer por um período de doze horas ou mais.

A alimentação mais cedo com restrição de tempo teria permitido aos participantes perder 6,3 quilos em média, em comparação com 4 quilos para a dieta sem restrições. Por outro lado, para a perda de “gordura corporal ”, os resultados foram bem menos significativos.

Melhoria no humor
Para identificar os potenciais outros benefícios de uma restrição alimentar, como o jejum intermitente, eles também analisaram a pressão arterial, os níveis de glicose no sangue ou até a frequência cardíaca.

As pessoas que comiam apenas entre 7h e 15h viram sua pressão arterial diastólica e alguns de seus distúrbios de humor melhorarem acentuadamente.

Praticar o jejum intermitente, portanto, possibilitaria a perda de peso, mas também traria benefícios para nossa saúde geral. “ Estudos maiores são necessários sobre a perda de gordura ”, alertam os cientistas.

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*Fonte: catracalivre

Consumo moderado de álcool já aumenta risco de demências, diz estudo

Pesquisa observou que ingestão acima de 7 unidades de bebida alcoólica por semana é suficiente para aumentar o ferro no cérebro, fenômeno associado ao declínio cognitivo

Costumamos associar apenas o consumo abusivo de álcool a potenciais problemas de saúde, mas mesmo a ingestão moderada de bebida pode causar alterações significativas no nosso corpo.

Uma nova pesquisa da Universidade de Oxford, na Inglaterra, concluiu que consumir sete ou mais unidades de álcool por semana pode aumentar os níveis de ferro no cérebro, condição associada a problemas como Alzheimer e Parkinson.

O estudo, publicado no periódico PLOS Medicine nesta quinta-feira (14), acompanhou 20.965 participantes. Eles relataram seu próprio consumo de álcool e depois tiveram o cérebro escaneado por ressonância magnética. Do total de voluntários, 7 mil também fizeram ressonância do fígado para avaliar os níveis de ferro no órgão.

A média de idade dos participantes foi de 55 anos e 48,6% eram do sexo feminino. A ingestão média no grupo amostral foi de cerca de 18 unidades de álcool por semana, o que se traduz em 7 1⁄2 latas de cerveja ou 6 taças grandes de vinho.

A equipe de pesquisa descobriu que o consumo de álcool acima de sete unidades por semana estava associado a marcadores de ferro mais altos em um grupo de estruturas cerebrais chamadas gânglios da base. Eles são responsáveis, entre outras coisas, pelo controle dos movimentos motores, aprendizado, cognição e emoção.

“O ferro cerebral mais alto está associado a um desempenho cognitivo mais baixo. O acúmulo de ferro pode estar implícito no declínio cognitivo relacionado ao consumo de álcool”, alerta Anya Topiwala, do departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford, em comunicado.

Esse é o maior estudo até hoje sobre consumo moderado de álcool e acúmulo de ferro. Mesmo assim os cientistas reconhecem que há uma limitação no trabalho: as medidas da ressonância magnética são representações indiretas do ferro cerebral, podendo ser confundidas com outras alterações causadas pela ingestão acoólica.

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*Fonte: galileu

Tabagismo, sedentarismo e consumo de álcool juntos podem reduzir 12 anos de vida

A expectativa de vida tem sido amplamente utilizada como indicador de saúde, mas nos últimos anos tem havido um crescente interesse na quantificação da qualidade dos demais anos de vida.

A expectativa de saúde combina dados sobre mortalidade e morbidade ou incapacidade, como tal, fornece uma estimativa do número restante de anos de vida que se espera viver em estados favoráveis ​​de saúde ou sem incapacidade. Os indicadores de expectativa de saúde têm sido amplamente utilizados para comparar a saúde em diferentes populações, monitorar tendências temporais e explorar as desigualdades na saúde da população.

Pesquisadores da University College London, Inglaterra, publicaram um artigo na Scientific Reports, com o objetivo de analisar fatores envolvidos com a expectativa de vida.

Foram utilizados dados de dois estudos prospectivos de coorte sobre o envelhecimento: o Estudo Longitudinal Inglês do Envelhecimento (ELSA) na Inglaterra e o Estudo de Saúde e Aposentadoria (HRS) nos EUA. Estabelecido 10 anos após o HRS, o ELSA foi projetado para ser comparável em termos de amostragem populacional, periodicidade e conteúdo (incluindo o texto específico das perguntas).

Perguntou-se a todos os participantes se eles tinham dificuldades em realizar atividades da vida diária (por exemplo, vestir-se, atravessar uma sala, tomar banho ou tomar banho, comer, entrar / sair da cama, usar o banheiro) e atividades instrumentais da vida diária (por exemplo, usar um mapa, preparar uma refeição quente, fazer compras, fazer ligações, tomar medicamentos, administrar dinheiro).

Os participantes foram questionados se “algum médico já lhe disse que você tem …”: doença cardíaca coronária acidente vascular cerebral, doença pulmonar (bronquite crônica ou enfisema, câncer, diabetes e artrite. A expectativa de vida livre de doença crônica foi definida como tendo uma ou mais dessas condições.

A obesidade foi definida como índice de massa corporal (IMC) ≥ 30Kg / m2. O status de fumante foi categorizado em “Nunca ou ex-fumante” e “Fumante atual”. A frequência do consumo de álcool foi dicotomizada em “Menos de 5 dias por semana” e “5 a 7 dias por semana”. A atividade física foi definida como sendo “fisicamente ativa” se participando de atividade física vigorosa por mais de 2 dias por semana e “fisicamente inativa” caso contrário.

O indicador de status socioeconômico utilizado nas análises foi a riqueza total das famílias, definida como a soma da riqueza financeira líquida e da riqueza líquida da habitação menos todas as dívidas.

Os principais achados indicaram que fatores de risco comportamentais agrupados estão associados a menor expectativa de vida, bem como a menor expectativa de vida saudável. Nas idades de 50, 60 e 70, homens e mulheres com dois ou mais dos fatores de risco comportamentais (tabagismo, inatividade física, obesidade e consumo de álcool), poderiam esperar viver em média até 12 anos a menos do que aqueles sem risco fatores.

Deste modo, a pesquisa alerta sobre esses hábitos no dia a dia.

*Por Vitor Engracia Valenti
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*Fonte: universoracionalista

Dieta rica em gordura a longo prazo pode “encolher” o cérebro, diz estudo

Uma dieta baseada em alimentos gordurosos pode não apenas aumentar as medidas da cintura, mas também “encolher” o cérebro, segundo um estudo liderado pelos neurocientistas da Universidade da Austrália Meridional (UniSA) e publicado na Metabolic Brain Disease.

Os pesquisadores avaliaram as reações em ratos alimentados com uma dieta rica em gordura por 30 semanas, o que resultou em diabetes e uma deterioração subsequente em suas habilidades cognitivas, além do desenvolvimento de ansiedade, depressão e agravamento da doença de Alzheimer.

E, além da função cognitiva prejudicada, os camundongos também demonstraram maior propensão a ganhar peso de forma excessiva, devido à deficiência do metabolismo causada pelas alterações cerebrais.

Alimentos gordurosos podem não apenas aumentar as medidas da cintura, mas também “encolher” o cérebro, segundo pesquisa. 

Relação entre obesidade, diabetes e Alzheimer
No estudo, os camundongos foram alocados aleatoriamente para uma dieta padrão ou uma dieta rica em gordura a partir de oito semanas de vida. A ingestão alimentar, o peso corporal e os níveis de glicose foram monitorados em diferentes intervalos, juntamente com testes de tolerância à glicose e insulina e disfunção cognitiva.

Os ratos da dieta rica em gordura ganharam muito peso, desenvolveram resistência à insulina e começaram a se comportar de forma anormal em comparação com aqueles alimentados com uma dieta padrão.

Camundongos com doença de Alzheimer geneticamente modificados que receberam alimentos gordurosos também mostraram uma deterioração significativa da cognição e alterações patológicas.

Para os pesquisadores, as conclusões do estudo se somam às crescentes evidências que ligam a obesidade crônica e o diabetes à doença de Alzheimer, com previsão de atingir 100 milhões de casos até 2050.

*Por Jennifer Cardoso
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*Fonte: olhardigital

Por que tantos jovens concluem estudos sem desenvolver verdadeiro espírito crítico

A história conta que Sócrates era conhecido entre seus concidadãos como “a mosca de Atenas”. Diz-se também que ficou encantado com o apelido porque o descrevia muito bem: sua missão era provocar as pessoas por meio de perguntas e explicações que incomodavam e, sobretudo, faziam despertar.

Custou muito caro ao grande filósofo grego fazer pensarem certas pessoas que, na verdade, preferiam continuar dormindo. E decidiram que essa “mosca” que não parava quieta deveria tomar cicuta.

No entanto, seu espírito crítico resultou em uma das maiores revoluções da história.

Esse convite a pensar com critério — nos perguntar por que é que as coisas são assim e não de outro jeito, tentar descobrir verdades e desmantelar falsidades, e não deixar de dizer, como ele mesmo fazia, “só sei que nada sei” — não tem igual.

Basicamente porque o espírito crítico nos liberta da ignorância, ou seja, de qualquer pessoa ou coisa que queira pensar por nós; e já sabemos que estamos rodeados de pessoas e dispositivos tecnológicos dispostos a isso.

Certamente não há como conversar com pessoas imbuídas desse espírito, eles nos ensinam tudo o que foi dito e nos mostram que há pessoas com quem é muito agradável conversar.

Nosso pensamento atual e majoritário sobre a educação, essa voz indeterminada e envolvente que marca nosso caminho, aposta no espírito crítico.

Espírito de ‘bijuteria’
As novas gerações, dizem, devem melhorar o mundo, e precisamos de muitos Sócrates em escritórios, hospitais, escolas, partidos políticos, ruas e praças.

No entanto, a realidade mostra que, com esse discurso, não só se forma um espírito crítico, mas também, e cada vez mais, versões malsucedidas dele.

Não são poucos os jovens que, depois de passarem pelas diferentes etapas educacionais, incluindo a universidade, se apresentam na sociedade com um espírito crítico de “bijuteria”, bem distante do de Sócrates.

Ou repensamos a educação e suas políticas, e a comunidade passa a valorizar mais os espíritos críticos do que jogadores de futebol e celebridades, ou o corpo docente e as famílias que buscam cultivá-los no dia a dia verão sua alegria ir pelo ralo.

A seguir, vamos analisar três dessas “imitações” e, quem sabe, algumas soluções.

Algumas imitações

1. O espírito crítico é o conjunto de opiniões que alguém defende. O famoso lema que diz que o aluno é o protagonista da educação pode ser a principal causa desta curiosa imitação. Isso é o que queremos que aconteça, claro, mas deveríamos reconhecer que não pode ser logo de cara, pelo menos não em relação ao espírito crítico.

E não porque não se queira, mas porque o aluno não está em condições de assumir tal papel. Quem pensa que o evento educativo consiste, precisamente, em conduzir o aluno à conquista do seu protagonismo, isto é, da sua autonomia intelectual e moral, se surpreende ao ouvir que tal coisa “já vem da fábrica” ​​e que o que você precisa fazer é fortalecê-la ao máximo.

Assim sendo, se educa o “opinador”, indivíduo convicto de que sua opinião é tão válida quanto a de qualquer pessoa, também na qualidade de quem mais sabe; e encorajado a se manifestar em qualquer conversa dando palestras.

Não há espírito crítico quando passamos por cima do princípio que diz que, para opinar, devemos primeiro conhecer, quando deixamos de valorizar que a autonomia intelectual e moral consiste em percorrer um longo e duro trecho de verdades.

‘Um livro ou um filme é um clássico porque nunca acaba de dizer o que está dizendo, porque sempre nos desafia’

2. O espírito crítico é o domínio e o conhecimento do que está acontecendo hoje e agora. E é isso que estamos fazendo há anos: educar em respostas úteis, rentáveis e eficazes.

Porém, se há algo que mantém vivo o espírito crítico, são as grandes questões que afetam a todos e nunca saem de moda, e deveríamos pensar por que há tantos jovens que terminam a jornada educacional quase sem ter nada sério que perguntar sobre si mesmos e o mundo em que habitam.

Essas grandes questões costumam ser encontradas nos clássicos do pensamento, sim, naquelas obras que, como dizia Ítalo Calvino, tendem a relegar as atualidades à categoria de barulho de fundo, mas ao mesmo tempo não podem prescindir dele.

Por isso um clássico, seja há séculos ou dez anos, um livro ou um filme, é um clássico porque nunca acaba de dizer o que está dizendo, porque sempre nos desafia.

Por mais que seja difícil de acreditar, um espírito crítico sem clássicos tropeça, se é que realmente anda, e nos surpreende que os universitários, estudem a carreira que for, não tenham primeiro um curso de artes liberais, grandes ideias, humanidades, cultura geral ou como você quiser chamar.

3. O espírito crítico se manifesta de várias maneiras, de acordo com a natureza de cada um. Talvez os meios de comunicação e as redes sociais sejam a melhor vitrine do que está sendo dito aqui. No entanto, algo nos diz que a coisa vai na direção oposta, que esse espírito se conquista, que é você que deve se adaptar a ele.

Isso é demonstrado por aquelas pessoas que aprenderam a filosofar com delicadeza, humildade, prudência e boas palavras, que fogem do fervor, da grosseria, do rancor e vingança.

O espírito crítico também tem sua estética, algo que, devo dizer, não costuma constar na lista de competências de nossos currículos escolares e universitários.

Essa estética é aprendida muito bem pelos exemplos. Seria bom selecionar alguns deles e analisá-los semanalmente com nossos alunos.

Por fim, não disporemos de jovens com espírito crítico apenas com a intenção, muito menos ao reforçar imitações que não fazem mais nada do que obscurecer e desperdiçar o convite de Sócrates e de tantos outros que seguiram o seu caminho.

* Francisco Esteban Bara é professor associado do Departamento de Teoria e História da Educação da Faculdade de Educação da Universidade de Barcelona, na Espanha.

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*Fonte: bbc-brasil

As revelações do maior estudo sobre exercício físico e boa forma já realizado

Os benefícios da atividade física para a boa forma são amplamente conhecidos pela ciência. No entanto, a relação entre diferentes tipos de exercício – mais leve, mais intenso, aeróbico ou não – e a melhora nos índices de condicionamento físico e boa forma ainda não são totalmente compreendidos.

Para aprofundar esse conhecimento, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston (EUA) fizeram um amplo estudo com mais de 2 mil participantes – o maior estudo já feito com o objetivo de entender essa relação.

Embora a pesquisa tenha sido feita para avaliar os resultados em relação ao condicionamento físico e boa forma (e não em relação à saúde em geral), o condicionamento físico tem uma grande influência na saúde e está associado a um risco menor de doenças cardiovasculares.

Publicado no European Heart Journal, o estudo concluiu que exercícios intensos melhoram mais o condicionamento físico e a boa forma do que atividades físicas leves – como contar passos e andar 10 mil passos por dia (distribuídos ao longo do dia).

Exercícios intensos são três vezes mais eficientes para melhorar o condicionamento do que apenas caminhar e 14 vezes mais eficientes do que apenas diminuir o sedentarismo no dia a dia (como levantar para trocar o canal da TV, pegar escadas em vez do elevador, etc).

A conclusão pode parecer óbvia, mas na verdade há uma série de detalhes que foram aprofundados pela pesquisa, conduzida pela equipe do professor de cardiologia Matthew Nayor, da Universidade de Boston, e liderada por ele.

Por exemplo, uma pessoa que passa o dia todo sentada no escritório pode compensar esse tempo de sedentarismo fazendo exercícios mais intensos depois do expediente? Como a saúde dessa pessoa se compara com a de alguém que tem um trabalho onde há mais atividade física, mas não faz exercícios além disso?

Também havia incerteza sobre se o número de passos dados por dia (contados com contadores de passos) fazia de fato alguma diferença no condicionamento físico – e a conclusão foi que sim em todos os gêneros, faixas etárias e condições de saúde, confirmando que manter atividade ao longo do dia é benéfico para todo mundo.

Os pesquisadores também descobriram que pessoas que têm um número mais alto que a média de passos por dia e praticam exercícios mais intensos por um curto período têm também um condicionamento físico acima da média independentemente de quanto tempo elas ficaram sentadas. Ou seja, aparentemente é possível compensar os malefícios do sedentarismo ao longo do dia com o aumento da atividade física e de exercício em outros momentos.

A pesquisa investigou também como o corpo responde a diferentes intensidades de atividade física durante o começo, o meio e o pico de um exercício.

Os pesquisadores já esperavam encontrar entre os resultados o fato de que exercícios mais intensos promovem uma melhora na performance durante o pico da atividade. Mas eles descobriram também que exercícios de alta intensidade também são mais benéficos do que caminhadas leves para melhorar a capacidade do corpo de começar e manter níveis mais baixos de atividade.

Segundo Nayor, que liderou a pesquisa, outra dúvida era quais os impactos de hábitos passados relativos à saúde física e o nível de bem estar de uma pessoa no presente.

“Descobrimos que os participantes com altos índices de atividade em um primeiro momento, mas baixos níveis de atividade cerca de 8 anos depois, tinham níveis equivalentes de condicionamento. Isso sugere que possa talvez haver um ‘efeito memória’ de atividades físicas praticadas no passado com o atual índice de boa forma”, afirma Nayor em um artigo sobre a pesquisa publicado pela Universidade Boston e pelo Fórum Econômico Mundial.

A importância das atividades físicas leves
Matthew Nayor destaca que, apesar da conclusão ser que atividades mais intensas são melhores para o condicionamento, isso não quer dizer que atividades leves sejam desnecessárias.

“Nosso estudo confirmou que atividades leves também melhoram o condicionamento físico. E isso é muito importante especialmente para os mais velhos ou para pessoas que têm condições médicas que as impedem de fazer atividades mais intensas”, diz ele no artigo.

Mas se o seu objetivo é melhorar a boa forma, diz ele, realizar pelo menos um exercício mais moderado ou intenso é três vezes mais eficiente do que ser apenas uma pessoa que caminha muito, por exemplo.

O que é um exercício intenso?
Os pesquisadores usaram definições estabelecidas em outros estudos como base para o trabalho recente. Esses trabalhos consideram que andar entre 60 e 99 passos por minuto é um exercício leve, andar entre 100 e 129 passos por minuto é moderado e acima de 130 passos por minuto é intenso.

No entanto, no artigo da universidade, Nayor lembra que a velocidade talvez precise ser mais alta em pessoas mais jovens. O guia de atividades físicas dos EUA recomenda entre 2h30 e 5h de exercício moderado por semana e entre 1h15 e 2h30 de exercício intenso no mesmo período.

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*Fonte: bbc-brasil

Deu ruim para os guitarristas? Estudo americano diz que baixo é instrumento mais importante

De acordo com pesquisadores, percepção de tempo superior para timbres musicais graves explica o motivo pela qual instrumentos na faixa de frequência dos baixos são indicados para criar ritmos musicais

Aquela antiga e saudável disputa entre músicos sobre qual instrumento é o mais importante ganhou novo capítulo. Para desespero dos guitarristas de plantão, um estudo americano concluiu que o baixo é o instrumento mais fundamental dentro de uma banda.

Publicado pela prestigiada National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS), o estudo explica que a percepção de tempo superior para timbres musicais graves explica o motivo pela qual instrumentos na faixa de frequência dos baixos – como o baixo – são indicados para criar ritmos musicais.

“Até que ponto as convenções musicais são determinadas pela fisiologia humana moldada evolutivamente? Em todas as culturas, a música polifônica geralmente transmite melodia em sons agudos e ritmo em sons graves. Aqui, mostramos que, quando dois fluxos de tons são apresentados simultaneamente, o cérebro detecta melhor os desvios de tempo no fluxo mais baixo do que no fluxo mais alto e que a sincronização de toques aos tons é mais influenciada pelo fluxo mais baixo”, diz o estudo.

Baixo é mais importante?
Ainda no resumo do estudo, os pesquisadores complementam a explicação que mostra o instrumento como sendo o instrumento mais importante.

“Além disso, nossa modelagem revela que, com sons simultâneos, a codificação superior de tempo para sons mais graves e de tom para sons mais agudos surge precocemente na via auditiva na cóclea da orelha interna. Assim, essas convenções musicais provavelmente surgem da fisiologia auditiva muito básica”, conclui.

*Por Gustavo Maiato
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*Fonte: guitarload

Beber café pode diminuir o risco de desenvolver Alzheimer, diz estudo

E para os apaixonados por café, uma boa notícia. De acordo com um estudo australiano da Edith Cowan University (ECU), beber o líquido em grande quantidade pode diminuir a probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer.

A pesquisa acompanhou durante 10 anos mais de 200 australianos e o processo da ingestão de café diário em seus organismos. A investigadora principal, Dra. Samantha Gardener, disse que os resultados do estudo mostraram uma associação entre o café e vários marcadores importantes relacionados à doença degenerativa.

“Descobrimos que participantes sem problemas de memória e com maior consumo de café no início do estudo tinham menor risco de transição para comprometimento cognitivo leve – que geralmente precede a doença de Alzheimer – ou de desenvolver a doença de Alzheimer ao longo do estudo”, contou.

Beber café diariamente reduz o risco de morrer por doenças no fígado
Beber café pode diminuir o risco de desenvolver Alzheimer, diz estudo. Imagem: Polina Lebed (Pixabay)
Publicada na Frontiers of Aging Neuroscience e divulgada pelo Medical Xpress, a pesquisa também relacionou os resultados positivos na melhora cognitiva à bebida, especificamente a função executiva que inclui planejamento, autocontrole e atenção. Para a pesquisadora, apesar de mais estudos serem necessários, a descoberta pode ajudar a retardar a doença.

“É uma coisa simples que as pessoas podem mudar. Pode ser particularmente útil para pessoas que correm o risco de declínio cognitivo, mas não desenvolveram nenhum sintoma. Podemos ser capazes de desenvolver algumas diretrizes claras que as pessoas possam seguir na meia-idade e, com sorte, ter um efeito duradouro”, afirmou.

O estudo, no entanto, não conseguiu estabelecer um número exato de xicaras de café por dia para que o possível desenvolvimento da doença seja atrasado. Contudo, segundo Gardener, “se a xícara média de café feita em casa é 240g, aumentar para duas xícaras por dia poderia reduzir o declínio cognitivo em 8% após 18 meses[…] [além de] 5% no acúmulo de amiloide no cérebro no mesmo período.”

Por ora, o estudo também não conseguiu diferenciar o café com cafeína do descafeinado, nem os benefícios ou consequências da forma como foi preparado (método de preparação, presença de leite e / ou açúcar, etc.).

“[Ainda] precisamos avaliar se a ingestão de café poderia um dia ser recomendada como um fator de estilo de vida com o objetivo de retardar o aparecimento da doença de Alzheimer”, destacou a especialista.


*Por Tamires Ferreira

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*Fonte: olhardigital

Cientistas estão prestes a desvendar os mistérios do lado oculto da Lua

Um mistério para a ciência, as características do lado oculto da Lua – também chamado de lado escuro ou lado negro – pode estar prestes a ser desvendado por pesquisadores. Trata-se do hemisfério do satélite que não é visto da Terra.

Em artigo publicado no The Conversation, o professor de geociências na Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, Iraklis Giannakis, explica que essa parte da Lua é de grande importância devido às suas formações geológicas. Outra diferença, em relação ao lado conhecido, é que ela bloqueia todo o ruído eletromagnético da atividade humana, tornando-se o local ideal para a construção de radiotelescópios.
Em 2019, o módulo de pouso Chang’E-4 e seu robô Yutu-2 – enviados em missão espacial pela China – foram os primeiros objetos humanos pousar no lado oposto da superfície lunar.

Uma equipe liderada por Giannakis desenvolveu, então, uma ferramenta capaz de detectar com mais detalhes sobre as camadas abaixo da superfície lunar, algo que os radares orbitais mais antigos são eram capazes de fazer.

De acordo com o especialista, com esse novo modelo é possível “fazer estimativas mais precisas sobre a profundidade da superfície superior do solo lunar, que é uma maneira importante de determinar a estabilidade e a resistência da base do solo para o desenvolvimento de bases lunares e estações de pesquisa”.

Uma das hipósteses da ciência, que poderá ser esclarecida, é que em algum momento a Terra e a Lua tenham colidido, o que levou a aglomeração de materiais que formou o satélite.

Evolução dos métodos de pesquisa
Em seu artigo, o cientista explica que o GPR — ferramenta do rover Yutu-2 usada para penetração no solo — traz uma série de vantagens e pode ser usado para mapear a subsuperfície dos locais de pouso e lançar luz sobre o que está acontecendo abaixo do solo.

Giannakis explica que, para conseguir captar em ainda mais detalhes a complexidade da superfície lunar, a equipe do professor desenvolveu um método inédito. Ele foi usado para processar os dados GPR capturados pelo rover Yutu-2, do Chang’E-4, que pousou na cratera Von Kármán, parte da Bacia Aitken, no polo sul da Lua – a maior e mais velha cratera do local.

“Acredita-se que a cratera tenha sido criada por um impacto de meteoroide que penetrou na crosta da Lua e levantou materiais do manto superior (a camada interna logo abaixo). A nossa ferramenta de detecção revelou uma estrutura em camadas previamente invisível nos primeiros 10m da superfície lunar, que tinha sido entendida ser um bloco homogéneo”, destacou.

Essa estrutura em camadas complexam, recém-descoberta, sugere que pequenas crateras são mais importantes e podem ter contribuído muito mais do que se acreditava anteriormente para os materiais depositados por quedas de meteoritos – e para a evolução geral das crateras lunares.

“Isso significa que teremos uma compreensão mais coerente da complexa história geológica de nosso satélite e nos permitirá prever com mais precisão o que está abaixo da superfície da Lua”, finalizou Giannakis.

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*Fonte: epocanegocios

Nossas memórias mais antigas são de quando temos cerca de 2,5 anos

Estudo do Canadá revisou centenas de dados e artigos prévios para entender como nossa percepção sobre as primeiras lembranças mudam com o tempo

Um estudo feito na Universidade Memorial de Terra Nova, no Canadá, concluiu que as memórias mais antigas das pessoas são de quando elas tinham 2 anos e meio de idade, em média. O estudo demorou 21 anos para ser feito e levou também em consideração uma revisão de dados previamente coletados. A descoberta foi publicada na revista científica Memory.

“Acreditamos que as pessoas se recordam muito mais sobre o que ocorreu aos 2 anos de idade do que imaginam”, explica a professora Carol Peterson, especialista em amnésia infantil e líder do estudo.

Segundo ela, essa conclusão se dá por dois motivos. O primeiro é pela facilidade com que as pessoas recordam de suas mais antigas lembranças e como elas conseguem retroceder mais e mais quando perguntadas. O outro fator é que as datas das memórias não raro são gravadas erroneamente. “Por várias vezes, vimos pessoas acharem serem mais velhas do que realmente eram nas suas primeiras lembranças”, explica Peterson, em comunicado.

Efeito telescópio

Desde 1999, o laboratório de Carol Peterson vem conduzindo estudos sobre memória, com um foco particular na capacidade de crianças e adultos recordarem seus primeiros anos. Essa última pesquisa revisou 10 artigos sobre amnésia infantil escritos pela docente e analisou dados coletados nos últimos 21 anos de mais de 992 participantes, dos quais 697 tiveram suas lembranças comparadas com as de seus parentes.

Em algumas das pesquisas revisadas, as evidências para alterar o “relógio da memória” eram convincentes. Por exemplo, um estudo entrevistou as mesmas crianças dois e oito anos depois de sua lembrança mais antiga. Embora seguissem com a recordação, na segunda entrevista elas passaram a acreditar que o fato havia ocorrido em uma idade mais avançada.

“Oito anos depois, muitos acreditavam que eram um ano mais velhos. Assim, conforme as crianças envelhecem, elas continuam avançando a idade que tinham nas suas primeiras memórias”, descreve Peterson.

A esse fenômeno ela deu o nome de “efeito telescópio”. Quanto mais remota é uma lembrança, o efeito telescópio faz com que você a veja como sendo mais recente. Ele pode mover uma memória de um a três anos e meio adiante. Mas isso não ocorre mais a partir dos 4 anos de idade, tanto para adultos quanto para crianças.

*Por Marília Marasciulo
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*Fonte: revistagalileu

Estudo mostra que os cachorros são programados para entender os humanos desde seu nascimento

Que o cão é o melhor amigo do homem, isso não é novidade para ninguém. O relacionamento dos humanos com os cães é antigo. Entretanto, a história de como esse encontro aconteceu se perdeu no tempo. Por isso, não se sabe há quanto tempo exatamente essa relação existe.

Quem tem um cãozinho em casa, sabe o que é contar sempre com um amor e apoio incondicional. Os animais aparecem no topo da lista de maiores companheiros das pessoas por nunca abandonarem seus donos.

E quem ama cachorros e tem um sabe como é a relação com esses animais. E percebe que eles não só entendem o que o dono quer dizer, mas também a forma e o tom que eles dizem as coisas.

Justamente por conta desse comportamento, vários estudos recentes mostram percepções bem surpreendentes a respeito das formas como os cachorros estão programados para conseguirem se comunicar com as pessoas.

Estudo
O estudo mais recente desse tipo descobriu que os cachorros podem entender a diferença entre as ações acidentais e as intencionais dos seus donos. Além desse, outro estudo mostrou que mesmo quando o filhote cresce mais perto de outros cachorros do que de humanos, eles ainda assim conseguem compreender melhor as ações humanas do que filhotes de lobos que são criados com pessoas.

Um terceiro estudo mostrou como os filhotes nascem prontos para interagir com as pessoas sem precisarem passar por qualquer tipo de treinamento.

“As habilidades comunicativas dos cães os posicionam de maneira única para preencher o nicho que eles fazem ao lado dos humanos. Muitas das tarefas que eles realizam para nós, agora e no passado, ou seja, pastorear, caçar, detectar, agir como cães de serviço, são facilitadas por sua capacidade de compreender nossas pistas”, disse Emily Bray, pesquisadora de cognição canina da Universidade do Arizona, em Tucson.

O estudo mais recente também revelou que os cachorros podem saber a diferença entre uma pessoa desajeitada que quer dar a eles uma guloseima, e uma pessoa que está prendendo a guloseima de forma deliberada.

Experimento
Para ter certeza disso, os pesquisadores fizeram um experimento no qual uma pessoa e um cachorro foram separados por uma barreira de plástico que tinha uma lacuna pequena no meio para a mão da pessoa passar. Além disso, essa barreira não estava na sala inteira. Então, os cachorros podiam contorná-la se quisessem.

No experimento, as pessoas passaram a guloseima para os cachorros de três formas diferentes. A primeira, eles ofereceram a guloseima, mas deixavam ela cair do seu lado da barreira e diziam “oops”. Na segunda, se tentou passar a guloseima, mas a lacuna era bloqueada. E na terceira, eles ofereciam a guloseima, mas depois puxavam o braço para trás e riam.

Ao todo, os pesquisadores tentaram essas formas com 51 cachorros e cronometraram o tempo que cada um deles levou para contornar a barreira e pegar a guloseima.

Entendimento
Feito isso, os resultados mostraram que os animais esperaram bem mais para recuperar a guloseima quando a pessoa a segurou de forma proposital do que quando a pessoa a deixou cair ou não a passou pela barreira.

Esses resultados sugerem que os cachorros conseguem distinguir as ações das pessoas, se ela é ou não intencional, e então respondem de acordo.

*Por Bruno Dias
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*Fonte: fatosdesconhecidos

Alta do nível do mar na previsão do relatório do IPCC

Alta do nível do mar na previsão do último relatório do IPCC
Os dados deste post têm como origem um artigo publicado por Jeff Tollefson para a revista Nature, em agosto de 2021, e republicado pelo site Scientific American. Trata-se da primeira avaliação que encontramos na net sobre a alta do nível do mar cuja base é o último relatório do IPCC. Como não poderia deixar de ser, os dados são preocupantes.

Alta do nível do mar no relatório do IPCC
Compilado por mais de 200 cientistas e aprovado por representantes de governos de 195 países, o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) deixa poucas dúvidas de que os humanos estão alterando o funcionamento do planeta – e que as coisas vão piorar muito se os governos não tomarem medidas drásticas, dizem os pesquisadores do clima.

Os cientistas dizem que, com base nas políticas atuais, os governos não conseguirão cumprir as metas estabelecidas no Acordo de Paris de 2015 para limitar o aquecimento global a 1,5–2°C acima dos níveis pré-industriais.

E este é apenas o primeiro de um trio de relatórios que, em conjunto, farão a sexta maior avaliação do clima desde 1990. Os dois próximos serão, respectivamente, sobre os impactos e a adaptação, e sobre os esforços de mitigação, e serão publicados em 2022.

O grande problema é que até agora os esforços dos governantes em cortar as respectivas emissões não deram o resultado esperado. Segundo a avaliação de Jeff Tollefson, ‘o mundo está a caminho de quase 3°C de aquecimento’.

Relatório do IPCC de 2019
De acordo com Tollefson, ‘o mundo teve uma prévia de como os níveis do mar da Terra podem subir quando o IPCC divulgou um relatório especial em 2019’.

‘A ciência apresentada, que sem dúvida será incluída no lançamento da próxima semana, dizem os especialistas, apontou para uma elevação dos níveis médios do mar global entre 0,3 metros e 1,1 metros até 2100, dependendo das emissões de gases de efeito estufa’.

‘Isso é apenas um pouco mais alto do que as projeções anteriores, mas o relatório também citou estudos recentes que analisaram as opiniões de especialistas na área, que declararam que uma elevação de 2 metros não pode ser descartada’.

‘É difícil determinar o aumento do nível do mar’

Tollefson explica que ‘determinar o aumento do nível do mar é difícil porque depende de questões complexas sobre se os mantos de gelo na Groenlândia e na Antártida entrarão em colapso – e, em caso afirmativo, com que rapidez’.

A perde de gelo na Groenlândia, chegamos ao ponto de inflexão? Imagem, NASA, Maria-José Viñas.
Para alguns comentaristas a Groenlândia já teria atingido o ponto de inflexão. E a temperatura aumenta ano a ano na Antártica.

Jeff Tollefson explica: ‘os mantos de gelo na Groenlândia e na Antártica são tão grandes que exercem um efeito gravitacional que faz com que os oceanos inchem ao seu redor.

‘Quando parte do gelo derrete, o inchaço local diminui e a água é redistribuída em outros lugares, como no nordeste dos Estados Unidos – levando ao aumento do nível do mar ali.

Para Michael Oppenheimer, cientista climático da Universidade de Princeton em Nova Jersey e autor do relatório especial do IPCC, ‘é a primeira vez que o IPCC faz uma análise abrangente de todos esses efeitos locais e regionais’, diz Oppenheimer.

A informação é importante, diz ele, porque mesmo aumentos aparentemente pequenos nos níveis locais do mar podem ter impactos significativos – particularmente nas inundações durante as tempestades.

‘Enchentes anuais’
Segundo Oppenheimer, as enchentes que ocorrem uma vez a cada século se tornarão eventos anuais no final do século, mesmo sob os cenários climáticos mais otimistas.

Para Tollefson ‘há apenas uma década, os cientistas tendiam a questionar quando inquiridos sobre a ligação entre o aquecimento global e qualquer evento climático extremo, exceto para dizer que devemos esperar mais deles à medida que o clima esquenta’.

‘Duas coisas aconteceram para impulsionar essa mudança. A primeira é que os cientistas do clima desenvolveram modelos e métodos estatísticos aprimorados para determinar a probabilidade de que qualquer evento climático possa ocorrer, com ou sem mudança climática induzida pelo homem’.

Mas tão importante quanto, diz Seneviratne, a mudança climática em si está avançando, e estudos recentes mostram que eventos climáticos cada vez mais extremos estão surgindo acima do ruído da variabilidade natural.

Ou, nas palavras de Corinne Le Quéré, uma cientista do clima da Universidade de East Anglia em Norwich, Reino Unido, agora podemos ver os impactos do aquecimento global “com nossos próprios olhos”.

Que os líderes mundiais estejam muito inspirados para a COP 26, em Glasgow, Escócia.

*Por João Lara Mesquita
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*Fonte: marsemfim

Os sonhos refletem várias memórias e antecipam eventos futuros

Os sonhos resultam de um processo que muitas vezes combina fragmentos de múltiplas experiências de vida e antecipa eventos futuros, de acordo com novas evidências de um novo estudo.

Os resultados mostram que 53,5% dos sonhos foram atribuídos a uma memória, e quase 50% dos relatos com uma fonte de memória foram conectados a várias experiências passadas.

O estudo também descobriu que 25,7% dos sonhos estavam relacionados a eventos iminentes específicos e 37,4% dos sonhos com uma fonte de eventos futuros estavam adicionalmente relacionados a uma ou mais memórias específicas de experiências passadas.

Os sonhos orientados para o futuro tornaram-se proporcionalmente mais comuns no final da noite.

“Os humanos têm lutado para entender o significado dos sonhos há milênios”, disse a principal investigadora Erin Wamsley, que tem um doutorado em neurociência cognitiva e é professora associada no departamento de psicologia e programa de neurociência na Furman University em Greenville, Carolina do Sul.

“Apresentamos novas evidências de que os sonhos refletem uma função de processamento de memória. Embora se saiba há muito tempo que os sonhos incorporam fragmentos de experiências passadas, nossos dados sugerem que os sonhos também antecipam eventos futuros prováveis. ”

O estudo envolveu 48 alunos que passaram a noite no laboratório para avaliação do sono noturno por meio de polissonografia. Durante a noite, os participantes foram acordados até 13 vezes para relatar suas experiências durante o início do sono, sono REM e sono não-REM. Na manhã seguinte, os participantes identificaram e descreveram as fontes de vida desperta para cada sonho relatado na noite anterior. Um total de 481 relatórios foram analisados.

“Esta é uma nova descrição de como os sonhos são derivados simultaneamente de várias fontes da vida em vigília, utilizando fragmentos de experiências passadas para construir novos cenários, antecipando eventos futuros”, disse Wamsley.

De acordo com Wamsley, o aumento proporcional de sonhos orientados para o futuro no final da noite pode ser impulsionado pela proximidade temporal dos eventos que se avizinham. Embora esses sonhos raramente representem eventos futuros de forma realista, a ativação e a recombinação de fragmentos de memória relevantes para o futuro podem, no entanto, servir a uma função adaptativa.

O resumo da pesquisa foi publicado recentemente em um suplemento online da revista Sleep e será apresentado como um pôster a partir de 9 de junho durante o Virtual SLEEP 2021. SLEEP é o encontro anual das Associações Profissionais de Sono, uma joint venture da Academia Americana de Sono Medicine and the Sleep Research Society.

*Por
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*Fonte: pensarcontemporaneo

Por que é preciso estudar História?

A história que estudamos na escola não serve apenas para passar em concursos e no vestibular. Ela amplia o mundo no qual vivemos, dá sentido a ele, oferece outros sentidos que as notícias ou o jornal das 7 não consegue dar. E isso é fundamental para criarmos futuros que não estão previstos por este presente tão difícil em que vivemos.

A história da sala de aula vai muito além do ENEM dos concursos.Foto: Bill Wegener /Unplash.
Ao abrir os jornais nos deparamos insistentemente com notícias provenientes de diversas partes do mundo que falam de desemprego, pandemias, conflitos sociais motivados por episódios de machismo e racismo, guerras entre Estados, disputas comerciais, eleições marcadas por fake news e movimentos sociais lutando contra a sua criminalização.

Como chegamos até aqui? Porque existe racismo? Porque existe machismo, homofobia e feminicídios? Porque existem ricos e pobres, conflitos, guerras e eleições? Será que a vida das pessoas sobre a Terra sempre foi do modo como é hoje? Quem inventou essas coisas todas nas quais acreditamos ou às quais apenas ouvimos falar? Eis que o estudo da História pode nos ajudar. Ela não vai nos dar todas as respostas, mas pode, ao menos, nos ajudar a compreender melhor o comportamento humano, afinal de contas, nossas ações do mundo são informadas e formadas com base em ideias sociais que são históricas, isso é, ideias que são construídas ao longo do tempo e que são sempre marcadas por contextos.

A história que estudamos na escola não serve simplesmente e apenas para passar nas provas vestibulares, para concluir e ganhar um diploma do Ensino Fundamental, para realizar a prova do Enem e tentar um futuro em uma universidade brasileira. A história que estudamos na escola amplia o mundo no qual vivemos, dá sentido a ele, oferece outros sentidos que as notícias ou o jornal das 7 não consegue dar. E isso é fundamental para criarmos futuros que não estão previstos por este presente tão difícil em que vivemos.

…… Continue lendo em:
https://www.cafehistoria.com.br/porque-ainda-e-preciso-estudar-historia/ ISSN: 2674-5917.

*Referências
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo (Nova edição). São Paulo: editora Companhia das Letras, 2019.

PEREIRA, Nilton Pereira. Porque é preciso estudar História? (Artigo). In: Café História. Publicado em 5 de julho de 2021.

Conrad Wolfram: “80% do que se aprende nas aulas de matemática não serve para nada”

Físico, que ficou conhecido após palestra no TED viralizar e que está mudando o ensino de matemática, aposta no fim dos cálculos à mão.

Conrad Wolfram (Oxford, 1970) avalia que nós temos um problema com a matemática. Ninguém está satisfeito: os estudantes acham que é uma matéria difícil e desinteressante, os professores se sentem frustrados com os resultados de seus alunos e os governos sabem que ela é importante para a economia, mas não sabem como atualizar os currículos escolares. “Vivemos em um mundo cada vez mais matemático, mas o seu ensino está estancado”, avalia Wolfram, físico e matemático formado pela Universidade de Cambridge e fundador da Computer Based Math, uma empresa focada na revisão do ensino da matemática que lançou há dois anos o seu programa piloto numa parceria com o Governo da Estônia.

Em 2010, Wolfram chamou a atenção de educadores e especialistas em educação de várias partes do mundo com sua palestra na TED intitulada Como ensinar a matemática do mundo real às crianças, que teve mais de 1,5 milhão de reproduções e na qual analisa os motivos pelos quais os estudantes perderam o interesse pela disciplina que está por trás das “mais emocionantes criações da humanidade”, desde os foguetes até as bolsas de valores.

Um excesso de horas dedicadas a aprender a calcular grandes equações e fazer contas em geral. Essa é a grande falha, segundo Wolfram, que aposta na introdução da computação nas salas de aula, deixando que as máquinas façam os cálculos.

Pergunta. Se as crianças não aprenderem a calcular, fazendo as operações com o computador, como irão entender o que estão fazendo?

Resposta. Os matemáticos vão me odiar por dizer isto, mas antes da existência dos computadores a matemática não era muito útil no dia a dia, para a vida em geral. Como em qualquer campo em que se utilizam muitos dados, como a física, a biologia ou a saúde, a computação elevou a matemática um novo patamar. Os problemas reais do século XXI só podem ser solucionados com o uso do computador, por isso ele deve entrar no sistema educacional como uma parte fundamental da disciplina de matemática. Não tem mais sentido que as crianças façam cálculos de equações de segundo grau em sala de aula; é preciso ensiná-las a interpretar os dados e a explorar a matemática em toda a sua utilidade. Tudo bem ensinar o seu funcionamento básico, mas complicar isso tudo até o esgotamento é uma estratégia equivocada que distancia o aluno da disciplina para o resto da vida. Basta dar o exemplo da condução: não é preciso entender o funcionamento do motor para dirigir um carro.

P. Alguns especialistas dizem que o cálculo ajuda a apreender o sentido dos números e constitui uma boa ferramenta para treinar a tomada de decisões.

R. Quando foi a última vez que você multiplicou 3/17 por 2/15? Provavelmente aprendeu a fazer isso na escola, mas nunca mais voltou a fazer essa conta. Muitos especialistas dirão que ao multiplicar frações você aprende, mas, na verdade, está apenas relembrando um determinado procedimento. Na verdade, não entende para o que faz isso, nem para que isso serve. Um exemplo bastante simples: na equação x+2=4, lhe ensinaram que se você passar o 2 para a direita, o sinal muda e se transforma em menos 2. Nesse caso você também não entende o que está fazendo. A matemática tradicional já não faz sentido e provavelmente 80% do conteúdo das aulas não é útil e você jamais utilizará fora da escola.

Não faz mais sentido que durante as aulas as crianças façam elas mesmas os cálculos de equações de segundo grau
P. Alguém poderia objetar que deixar que o computador faça os cálculos na idade de aprendizado é coisa de preguiçoso.

R. Tentar saber como é que o computador funciona não requer menos trabalho para o cérebro. Muito pelo contrário. Os problemas a serem resolvidos são muito mais complexos, e é aí que as crianças deveriam ser treinadas. A programação é algo que hoje equivaleria ao cálculo à mão. Saber dizer ao computador de forma muito precisa, com códigos e números, o que ele tem de fazer. Matemática, programação e raciocínio computacional devem fazer parte de uma mesma disciplina.

P. Poderia dar um exemplo de uma situação da vida real do que o senhor está falando?

R. Se eu lhe mostro os dados de dois sites e pergunto qual dos dois funciona melhor, a primeira pergunta que você deve fazer é o que significa melhor. Pode ser o tempo que os usuários passam em cada um deles ou as vezes que têm de clicar em algumas das abas… No mundo real, você pode usar a machine learning ou a análise estatística para medir e analisar resultados. Escolher qual opção funciona melhor em cada caso é complicado, e esse tipo de conhecimento não é ensinado na escola. A matemática é muito mais do que cálculos, embora seja compreensível que durante centenas de anos tenhamos dado tanta importância a isso, pois só havia uma forma de fazê-lo: à mão. Acontece que a matemática se libertou do cálculo, mas essa libertação ainda não chegou ao ensino.

P. Sua empresa reinventou a disciplina da matemática, introduzindo a computação e novas habilidades a serem avaliadas, como a comunicação matemática. Como foi que conseguiu convencer o Governo da Estônia a implantar essa concepção nas escolas públicas?

R. Com 1,3 milhão de habitantes, a Estônia é considerado o país mais digitalizado da Europa. Seus habitantes podem votar, pagar impostos, acessar arquivos médicos ou registrar uma empresa a partir de seus computadores caseiros em poucos minutos. No último relatório PISA, o país ultrapassou os finlandeses em ciências e matemática e se tornou a nova referência em termos de inovação educacional na Europa. Há três anos, eu conheci em um colóquio o seu Ministro da Educação, que é físico. Dois anos depois, lançamos o primeiro projeto piloto, que está sendo adotado em 10% das escolas públicas do país. Focamos a disciplina, no caso dos estudantes do ensino médio, em probabilidade e estatística e mudamos o sistema de avaliação. Os alunos aprendem a resolver questões reais, como, por exemplo: as meninas são melhores em matemática? Minha estatura está na média? Estamos conversando também com a Irlanda e com a Austrália.

P. Já tentou oferecer o seu programa a escolas inovadoras do Reino Unido?

R. O colégio frequentado pela minha filha, que tem 13 anos, modernizou a disciplina de história. Na nossa época, costumávamos decorar datas e fatos históricos. Agora, o foco está em como pesquisar. O seu primeiro trabalho foi analisar a história da própria escola. O currículo de matemática, porém, continua intocado e estancado. A barreira fundamental, para as escolas, é o diploma; atingir os padrões de conhecimento predeterminados para poder entrar na faculdade. Um fato chama atenção: temos detectado que os países que ocupam as melhores posições no PISA são aqueles que estão mais abertos às mudanças, enquanto os outros, como no caso da Espanha, que está estagnada há 15 anos na mesma posição, são mais resistentes a elas.

A barreira, para as escolas, é o diploma; atingir os padrões para o aluno poder entrar na faculdade
P. A palestra na TED de 2010 marcou uma virada em sua carreira?

R. Trabalhei durante mais de 30 anos com meu irmão em nossa empresa de software Wolfram Research, que tem sede em Illinois, nos Estados Unidos, e conta com cerca de 500 funcionários. No mesmo ano da palestra na TED, eu montei um pequeno departamento em Oxford, com umas 30 pessoas, dedicado exclusivamente a repensar a disciplina da matemática. Nosso lema é redesenhar a matemática reconhecendo a existência dos computadores. A ideia surgiu a partir de um serviço que oferecíamos para a Apple, especificamente para a Siri, o seu sistema de busca por meio de reconhecimento da voz. Se você questiona esse sistema a respeito de qualquer operação matemática complexa, em segundos ele o remete para nós. Foi então que me perguntei por que obrigamos os estudantes a dedicarem tantos anos de suas vidas a aprender o que um telefone resolve em poucos segundos.

P. Acredita que os governos dariam mais atenção às reformas que o senhor propõe se ela partisse de uma grande universidade, com Cambridge, por exemplo?

R. Hoje em dia Cambridge, Oxford, Harvard ou o MIT são organizações comerciais, que buscam o lucro tanto quanto qualquer empresa. Os governos precisam refletir sobre isso e não retirar credibilidade de uma iniciativa determinada só porque ela não vem de uma universidade. O que os paralisa é a falta de evidências, e eles acham que não fazer nada é menos arriscado do que experimentar novos métodos. O sistema educacional está em falta cada vez mais com os estudantes, e isso se explica pela falta de perfis STEM (sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática). Os jovens precisam ver alguma utilidade neles: ter habilidade para diferenciar uma boa hipoteca ou o ceticismo suficiente para questionar as estatísticas divulgadas pelo Governo. A falta de motivação é uma das grandes tragédias da matemática.

*Por Ana Torres Menárguez
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*Fonte: elpais

Esse poder é verdadeiro? Um estudo sobre precognição que sacudiu a ciência

Entre os estudos científicos que surgiram na última década, talvez nenhum tenha sido mais controverso do que o artigo de 2011 do psicólogo americano Dr. Daryl Bem. Ele provou uma noção explosiva, que a precognição, a capacidade de ver eventos futuros, é verdadeiramente real, desencadeando um período conturbado entre psicólogos que ainda persiste até hoje. Como pode um eminente professor da Universidade Cornell chegar a tal conclusão, que está tão diretamente fora da ciência tradicional e sustentar a parapsicologia? Seus experimentos, que pareciam seguir procedimentos aceitos e métodos sonoros para chegar a essa prova inesperada, poderiam ser replicados?

O artigo “Feeling the Future: Experimental Evidence for Anomalous Retroactive Influences on Cognition and Affect” (Sentindo o futuro: evidências experimentais de influências retroativas anômalas na cognição e no afeto, em tradução livre), relatou nove experimentos envolvendo mais de mil participantes, com oito deles mostrando com sucesso que as respostas de uma pessoa poderiam ser influenciadas por eventos estimulantes que aconteceram após as respostas já terem sido feitas e gravadas.

Essa possibilidade apoiou fortemente a noção de precognição, onde os indivíduos parecem obter informações ou transferência de energia que nenhum processo físico ou biológico que conhecemos explica que eles devem ter.

Os experimentos que pareciam provar a tese de Daryl variaram em sua abordagem. Alguns dos estímulos utilizados eram de natureza erótica, com um experimento inicial que consistia em fazer que os voluntários do estudo olhassem para um par de cortinas em um computador. Eles deveriam adivinhar qual deles tinha uma imagem pornográfica por trás, com a resposta correta sendo escolhida aleatoriamente depois que o aluno tomou sua decisão. Curiosamente, os alunos tiveram um desempenho ligeiramente melhor do que a simples adivinhação teria produzido, com 53% escolhendo a localização correta da imagem.

Outro experimento fez com que os alunos examinassem conjuntos de palavras que eles teriam que digitar. De alguma forma, os alunos se saíram melhor no início lembrando as palavras que digitariam mais tarde. É como se ter a segunda oportunidade de praticar e lembrar que as palavras tinham benefícios que retrocedem no tempo.

O professor de neurociência cognitiva Chris Chambers, um dos críticos de Bem (e havia muitos), chamou a conclusão do artigo de “ridícula”. E ainda, “isso é realmente interessante porque se um artigo como este que está fazendo tudo normalmente e corretamente pode acabar produzindo uma conclusão ridícula, então quantos outros artigos que usam exatamente esses mesmos métodos que não chegaram a conclusões ridículas são igualmente falhos?” Chambers perguntou em uma entrevista. [Big Think]

*Por Marcelo Ribeiro

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*Fonte: hypescience

Nosso corpo envelhece em três turnos diferentes, como apontam mais de 4 mil exames de sangue

A vida é feita de ciclos, disso todos nós sabemos. O básico, que todos seguimos, é o seguinte: nascemos, crescemos e morremos. No entanto, é sabido também que a vida é muito mais do que isso. Nesse meio tempo, realizamos várias conquistas. Conhecemos pessoas, nos transformamos em pessoas melhores ou piores. Enfim, realizamos uma infinidade de coisas.

No entanto, o envelhecimento é algo normal e inevitável. Com o tempo, nosso corpo vai decaindo, é natural da vida de qualquer ser vivo. De acordo com pesquisas feitas em 2019, em termos de envelhecimento biológico, o corpo parece que muda de ritmo três vezes durante a vida.

O estudo foi feito com os principais limiares sendo pessoas de 34, 60 e 78 anos. E ele mostrou que o envelhecimento não é um processo longo e contínuo e que se move na mesma velocidade ao longo da vida.

Estudo

Essas descobertas feitas podem ajudar os pesquisadores a entender mais a respeito de como os corpos humanos começam a se decompor conforme vamos envelhecendo. E também como doenças específicas relacionadas à idade, como por exemplo o Alzheimer ou doenças cardiovasculares, podem ser combatidas de uma forma melhor.

Esse mesmo estudo também mostrou uma nova forma de prever, com segurança, a idade das pessoas usando os níveis de proteína no sangue.

“Explorando profundamente o proteoma do plasma em envelhecimento, identificamos mudanças ondulantes durante a vida humana. Essas mudanças foram o resultado de aglomerados de proteínas movendo-se em padrões distintos, culminando no surgimento de três ondas de envelhecimento”, escreveram os pesquisadores.

Para chegar nesse resultado, a equipe analisou os dados do plasma sanguíneo de 4.263 pessoas com idade entre 18 e 95 anos. Eles observaram os níveis de aproximadamente três mil proteínas diferentes que se movem pelos sistemas biológicos e agem como uma foto do que está acontecendo no corpo. Dessas três mil proteínas, 1.379 foram encontradas para variar com a idade.

Níveis

Por mais que os níveis de proteína frequentemente fiquem, relativamente, constantes, os pesquisadores conseguiram descobrir grandes mudanças que aconteceram nas leituras de várias proteínas. Isso aconteceu por volta da idade jovem adulta, 34 anos, meia-idade, 60 anos, e na velhice, 78 anos.

Contudo, o motivo e como isso está acontecendo ainda não está claro. Mas se as proteínas puderem ser rastreadas até suas fontes, isso poderia fazer com que um médico te avisasse que seu fígado está envelhecendo mais rápido do que o de uma pessoa normal, por exemplo.

“Sabemos há muito tempo que medir certas proteínas no sangue pode fornecer informações sobre o estado de saúde de uma pessoa. Lipoproteínas para saúde cardiovascular, por exemplo. Mas não foi avaliado que tantos níveis de proteínas diferentes, cerca de um terço de todas as que examinamos, mudam acentuadamente com o avançar da idade”, disse o neurologista Tony Wyss-Coray, do Centro de Pesquisa da Doença de Alzheimer de Stanford ( ADRC) na época.

E os pesquisadores conseguiram fazer um sistema no qual a mistura de 373 proteínas selecionadas no sangue poderia ser usada para prever, de forma precisa, a idade de uma pessoa em cerca de três anos. Quando esse sistema falhava ao prever uma idade muito jovem, a pessoa normalmente era muito saudável para a sua idade.

Mais descobertas

Outra descoberta feita também deu respaldo a uma coisa que os pesquisadores já suspeitavam. Basicamente, é que homens e mulheres envelhecem de forma diferente. Das 1.379 proteínas que foram alteradas com a idade, 895 foram significativamente mais preditivas para um sexo em comparação com o outro.

Os pesquisadores dizem que qualquer aplicação clínica ainda pode demorar de cinco a 10 anos porque essas descobertas são iniciais. Além do que vai dar muito trabalho para descobrir como todas essas proteínas são marcadores de envelhecimento. E se elas realmente contribuem ou não para esse processo.

*Por Bruno Dias

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*Fonte: fatosdesconhecidos

Futuro do planeta Terra está mais ameaçado do que se imagina

As próximas décadas serão complicadas para o planeta Terra, que vem aguardando desastres provocados pelas mudanças climáticas já anunciados há um bom tempo. Agora, de acordo com um novo estudo, a situação está ainda pior do que imaginamos.

O grupo de 17 pesquisadores da Austrália, Estados Unidos e México descreve no estudo, citando mais de 150 outras pesquisas, três grandes crises que vão ameaçar a vida na Terra nos próximos anos: distúrbios climáticos, redução da biodiversidade e consumo humano excessivo, além do aumento excessivo da população.

De acordo com o estudo, desde o início da agricultura, há 11 mil anos, a Terra já perdeu cerca de 50% de suas plantas terrestres e aproximadamente 20% da sua biodiversidade animal. Se a tendência continuar, pelo menos um milhão de espécies de plantas e de animais serão extintas em um futuro próximo.

Com a redução da biodiversidade, os principais ecossistemas do planeta serão prejudicados, existindo menos insetos para polinizar as plantas, sobrando poucas para fazer a filtragem do ar, água e solo, e consequentemente resultando em poucas florestas que protegeriam os humanos de enchentes e outros desastres naturais.

Devido às alterações climáticas, esses desastres naturais virão com ainda mais força e frequência até o ano de 2050, elevando o nível do mar e forçando pessoas de diversos países a se tornarem refugiadas, o que vai colocar mais vidas em risco e ainda provocar uma disrupção da sociedade. A estimativa é que, dentro deste prazo, a população chegue a 9,9 bilhões, aumentando a cada vez mais ao longo do século.

A superpopulação e a migração irão trazer problemas sociais graves, como instabilidade de moradia e alimentação, aumento do desemprego e desigualdade social. Além disso, quanto mais os humanos invadirem as áreas selvagens, maiores as chances de surgirem novas doenças zoonóticas, que podem ser mortais.

Os pesquisadores afirmam, no entanto, que não está garantido que os desastres vão acontecer, mas, para evitá-los, será preciso que líderes mundiais comecem a enfrentar as ameaças com mais seriedade. Então, assim que eles aceitarem a gravidade do que espera a humanidade, poderão começar a aplicar medidas de conservação do planeta.

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*Fonte: canaltech

Por que as pessoas trapaceiam?

Por que as pessoas trapaceiam?

Quando ouvimos que uma pessoa pobre deu um golpe em outras para conseguir dinheiro, podemos atribuir esse comportamento à pobreza delas, racionalizando que a pessoa violou a ética e a lei porque precisava do dinheiro.

Mas pessoas ricas e poderosas também trapaceiam: falsificam pedidos de empréstimo, sonegam impostos, fazem esquemas Ponzi para fraudar investidores de milhões.

Como um economista comportamental, fico fascinado por como o dinheiro afeta a tomada de decisões. Se dinheiro fosse o motivo por trás da trapaça, por exemplo, não faria sentido pessoas ricas quebrarem a lei para obter ganhos financeiros.

Para descobrir se a trapaça é motivada por necessidade econômica ou personalidade, o economista Billur Aksoy e eu conduzimos um experimento. Nós quisemos entender o papel que o dinheiro desempenha em fraudes financeiras.

Nossas descobertas, publicadas no Journal of Economic Behavior & Organization em julho, sugerem que a propensão das pessoas para trapacear não reflete a situação econômica delas. As pessoas inclinadas a trapacear vão fazê-lo não importa se forem ricas ou pobres.

Isolamento perfeito
Para conduzir nosso estudo, identificamos um lugar pouco usual — como uma placa de petri onde as mesmas pessoas experimentavam riqueza e pobreza. É um vilarejo cafeeiro remoto e isolado na base do vulcão Fuego na Guatemala.

Parte do ano, nos sete meses antes da colheita de outono, os habitantes experimentam escassez. Durante os cinco meses de colheita de café na Guatemala, porém, o vilarejo é relativamente próspero. Sem bancos ou acesso a crédito, os fazendeiros não conseguem fazer os ganhos durarem muito além do período de colheita.

Eu digo “relativamente”, porque, mesmo durante a colheita, o vilarejo da Guatemala ainda fica sem acesso à saúde, comida e água limpa. Os residentes nos disseram que ganham, em média, US$ 3 por dia. A colheita de café é um período de prosperidade que levemente melhora a pobreza deles.

A situação financeira única desse povo significou que poderíamos estudar o mesmo grupo de pessoas tanto em escassez quanto em abundância, sabendo que os fatores atenuantes — nível de estresse, atividade física, instabilidade doméstica e assim por diante — permaneceriam iguais em toda a população.

E, como um estudo recente conduzido em 23 países mostra que as pessoas trapaceiam em níveis iguais tanto em países pobres quando em ricos, sabíamos que nossos resultados não seriam exclusivos à Guatemala.

Rolando o dado
Nós visitamos o vilarejo da Guatemala pela primeira vez em setembro de 2017, antes da primeira colheita, quando os recursos financeiros deles estavam mais escassos. Voltamos em dezembro, quando as vendas de café aumentaram significativamente a renda.

Em ambas as visitas jogamos um jogo simples com a mesma amostra de 109 pessoas. Os participantes colocavam um dado em um copo e o faziam rolar. Eles então nos diziam — sem nos mostrar — o resultado, e mexiam o copo novamente para que ninguém soubesse qual tinha sido.

O desenho do jogo garantia que não saberíamos se os jogadores estavam reportando a verdade ou não.

Os habitantes eram pagos o equivalente a US$ 1 pelo número que tinham recebido. Por exemplo, se fosse quatro, recebiam US$ 4. Dois, recebiam US$ 2. A exceção era seis, que conforme nossa regra, não pagava nada.

Estatisticamente nós sabíamos que os pagamentos mais altos das seis rodadas possíveis — três, quatro e cinco — deveriam aparecer 50% das vezes. O resto deveria ser números baixos, um, dois e seis.

Mesmo assim, em ambas as visitas, os participantes reportaram ter rolado os números com o pagamento mais alto 85% do tempo. O número cinco, o mais lucrativo, foi reportado mais do que 50% das vezes. E quase ninguém admitiu ter recebido um seis, que não pagava nada.

Os resultados indicaram trapaça em larga escala, tanto em tempos prósperos quanto pobres. Se as pessoas estão inclinadas a trapacear e acham que podem se sair ilesas, parece que assim o farão — não importa se são ricas ou pobres.

Generosidade inesperada
Depois de fazer o primeiro experimento, o professor Aksoy e eu pedimos aos jogadores que jogassem o dado novamente.

Dessa vez, isso determinaria o pagamento para alguma outra pessoa no vilarejo. Em uma cidade pequena como essa vila, na prática isso significava que as pessoas estavam jogando para melhorar os rendimentos de seus amigos, família, vizinhos e colegas de trabalho.

Nessa rodada, os números que pagavam mais foram reportados menos vezes que na primeira — 73% durante a colheita e 75% durante períodos de escassez. Trapaças ainda ocorriam, mas menos frequentemente. Como na primeira rodada, a taxa de trapaça era semelhante em tempos de escassez e abundância.

O padrão mudou quando pedimos que os habitantes jogassem o dado para determinar o pagamento a um estranho — alguém de fora do vilarejo.

Em dezembro, um período de abundância, os moradores reportaram pagamentos altos e baixos 50% das vezes — bem alinhados com a probabilidade estatística. Eles não trapacearam pelo ganho financeiro de estranhos. Em tempos de escassez, no entanto, eles reportaram receber número de alto pagamento cerca de 70% do tempo, mentindo para beneficiar estranho quase na mesma taxa que o fizeram pelos vizinhos.

Por que as pessoas quebrariam as regras por alguém quando elas próprias estão pobres?

Nós acreditamos que os moradores se tornaram mais empáticos durante tempos de escassez, sentindo a mesma preocupação com estranhos que sentiam em relação aos amigos e família.

Na riqueza e na pobreza
Nossas duas maiores descobertas — que as pessoas vão trapacear o sistema mais ou menos nas mesmas taxas não importa se são ricas ou pobres e que a generosidade para estranhos não depende de riqueza — devem ser vistas com cautela. Esse foi só um estudo em um país.

Mas pesquisadores na Tailândia recentemente chegaram a conclusões semelhantes às nossas em um experimento que conduziram com fazendeiros de arroz. Os participantes no estudo não publicado também mentiram para ganho pessoal tanto em períodos bons quanto em ruins.

As evidências sugerem que a riqueza influencia a trapaça muito menos do que a ética da pessoa — isso é, se estão inclinadas ou não a trapacear. Essa conclusão vai na mesma linha de outros estudos recentes que sugerem que as pessoas que se envolvem em comportamentos antissociais ou cometem crimes podem ter uma predisposição genética para fazê-lo.

Em outras palavras, algumas pessoas podem nascer com uma propensão a trapacear e tirar dinheiro de outras. Se esse for o caso, fatores ambientais como pobreza e oportunidade não são as razões para a trapaça — são uma desculpa para o mau comportamento.

* Marco A. Palma é professor de Economia Agrícola e diretor do Laboratório de Comportamento Humano da Universidade A&M do Texas. O texto foi publicado originalmente em inglês no site The Conversation.
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*Fonte: revistagalileu

Estudo mostra que preferir gatos está associado a alta inteligência

Embora existam cada vez mais pessoas no mundo que possuem gatos, parece que os cães reinaram muito tempo supremos. E eu posso entender o apelo deles. Mas acho que não é preciso dizer que os cães não são para todos. Cães dão muito trabalho. E os cães também precisam caminhar.

Às vezes, os gatos podem ser exigentes, mas os cães são exigentes, o dobro. Preferir gatos é algo que nunca conseguimos explicar, defender ou justificar. Embora as pessoas que gostam de cachorros provoquem os amantes de gatos do mundo, somos de pele grossa – assim como nossos amigos felinos!

Para algumas pessoas, como nós, gravitamos naturalmente em direção aos gatos. E não há nada de errado nisso. No final do dia, é sua decisão inteligente. E você nunca deve sentir que preferir gatos é uma coisa ruim!

Mas sejam quais forem suas preferências, muitas pessoas rotularam injustamente os donos de gatos de “reclusos” ou “introvertidos” e até “anti-sociais” em comparação com aqueles que são cães dedicados.

Felizmente agora os amantes de gatos podem ter uma conotação nova e muito mais favorável: altamente inteligente!

Sim, está certo.

De acordo com um estudo sobre o assunto, entre 600 participantes, foi demonstrado que os donos de gatos e os que são atraídos pelo tipo felino em geral têm um QI mais alto.

Que tal preferir gatos o torna mais inteligente, exatamente? Bem, aqui está o que eles encontraram …

Em relação ao estudo, psicanalista e proprietário da Clínica McKeown, Steve McKeown disse à UNILAD:

“… As pessoas com cães podem ser mais sociais e extrovertidas e as pessoas com gatos são muito mais sensíveis e de mente aberta”.

Ele também observou que os donos de gatos eram menos neuróticos que os donos de cães.

Aqueles que preferem gatos tendem a não ser conformistas, alguém que defende o que acredita, apesar do que o outro pensa, o que de muitas maneiras talvez reflete a independência pela qual os gatos são famosos! E as pessoas com gatos também pontuam mais alto nos testes de inteligência e são mais instruídas.

Donos de gatos são mais propensos a possuir diploma universitário do que os donos de cães. Pessoas instruídas tendem a trabalhar mais horas e optam por animais de estimação que complementam suas circunstâncias pessoais e estilo de vida.

Coincidentemente, um estudo realizado em 2010 descobriu que dos 4.500 participantes, os amantes de cães tendem a ser mais extrovertidos.

Este mesmo estudo mostrou que os amantes de gatos foram relatados como conscientes, com um forte desejo de seguir regras. Assim como os felinos, parece que nós, os gatos, preferimos uma rima e uma razão a tudo o que fazemos!

*Por Modi Ramos

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*Fonte: resilienciamag

A revolução do acesso aberto

O acesso ao conhecimento pode ser muito caro. Cientistas que querem uma grande relevância para suas pesquisas são obrigado a tentar publicar em revistas científicas de grande impacto, com destaque para as editoras Nature e Elsevier. Grande parte das revistas de renome são pagas, cujos preços são muitas vezes abusivos. Até mesmo o Ciencianautas é afetado, quando restringido ao acesso de determinada pesquisa pelo preço, e impossibilitado, portanto, de escrever sobre tal pesquisa.

Uma pesquisa científica demanda muitas referências e fontes, ou seja, estudos de outras pesquisas, que também podem ser de acesso pago. Nenhum pesquisador ou aluno universitário pode bancar tanto acesso à revistas científicas. No Brasil, a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), uma fundação do Ministério de Educação, que atua no fomento à pesquisa científica, paga para todos os universitários (alunos, professores, pesquisadores) o acesso às principais revistas científicas do mundo, com mais de 45 mil títulos disponíveis.

Mesmo com a CAPES pagando por boa parte dos acessos, as universidades precisam pagar outros títulos para atender suas necessidades. Na proposta orçamentária da USP para 2019, a previsão de gastos com periódicos é de 6 milhões de reais, por exemplo.

Os altos preços são polêmicos e injustos porque as editoras não financiam pesquisas, não pagam aos autores e nem mesmo pela revisão, que é tradicionalmente feita de forma voluntária pelos acadêmicos. A editora tem, basicamente, o trabalho de administrar a revisão, fazer a formatação do artigo e publicar (imprimir ou hospedar) o artigo. Os altos preços são, portanto, insustentáveis. As margens de lucro são altíssimas — em 2013, a média da margem de lucro das editoras científicas era de 38,9%, maior do que os 29%, no mesmo ano, de um dos maiores bancos do mundo, o Banco Industrial e Comercial da China, como mostra um estudo publicado em 2015 que aponta para um Oligopólio das editoras científicas.

Como se não bastasse, muitas vezes, as pesquisas são financiadas com dinheiro público, ou seja, de impostos. A maior parte dos cientistas não concordam com esses abusos, mas são encurralados pelo ciclo vicioso, já que o renome das revistas são muitas vezes necessários para o impacto das pesquisas. Mesmo assim, muitos boicotes são feitos às editoras, como o recente rompimento da gigante Universidade da Califórnia com a Elsevier, a maior editora científica do mundo. Outras universidades pelo mundo já haviam tomado medidas parecidas.

“O conhecimento não deve ser acessível apenas para aqueles que podem pagar”, disse Robert May, presidente do Senado Acadêmico da Universidade da Califórnia. “A busca pelo acesso aberto total é essencial para que possamos realmente defender a missão desta universidade.”

Ultimamente, o número e o impacto das revistas de acesso aberto estão crescendo. Além disso, são vários os repositórios de artigos científicos na internet, como por exemplo o Cruesp (Repositório da Produção Científica do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas), que reúne trabalhos científicos publicados por pesquisadores da USP, Unicamp e Unesp.

Segundo o relatório Analytical Support for Bibliometrics Indicators – Open access availability of scientific publications, de 2018, o Brasil lidera em número de publicações em revistas de acesso aberto, com uma taxa de 75%. Um enorme contribuidor disso é o SciELO, uma biblioteca digital brasileira criada em uma parceria entre a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo) e o Bireme, (Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde), e que conta com a participação de diversos países.

Há diversas iniciativas, muitas internacionais, que visam acelerar a transição para o acesso aberto à publicações científicas. O Plan S, por exemplo, determina que todos os artigos acadêmicos resultantes de pesquisas financiadas por membros da coAllition S devem ser publicados em acesso aberto imediato a partir de 1° de janeiro de 2020, e propõe que pesquisas financiadas com dinheiro público também sejam publicadas nessa modalidade. Lançada em 2016 pela Max Planck Society, a OA2020, outra iniciativa do tipo, já conta com 136 organizações signatárias.

“O Plan S não defende um modelo específico, mas apenas determina o acesso imediato aos resultados de pesquisa”, disse à Pesquisa FAPESP o holandês Robert-Jan Smits, conselheiro sênior em Acesso Aberto da Comissão Europeia. “Acreditamos que a iniciativa contribuirá para o surgimento de novos periódicos de acesso aberto com qualidade. Isso ocorrerá gradualmente.”

As grandes editoras já estão se movimentando. Em 2016 a Elsevier adquiriu o repositório SSRN (Social Science Research Network).

Um gigante repositório, Sci-Hub, com mais de 60 milhões de artigos, publica com ajuda de acadêmicos de todo o mundo até mesmo artigos protegidos com direitos autorais, das grandes editoras, o que se encaixa como pirataria. Em 2017, a Corte de Nova York determinou que o Sci-Hub e o Library Genesis paguem mais de 15 milhões de dólares à Elsevier por violação de direitos autorais. Em 2016, a própria Nature, uma das editoras mais pirateadas pelo Sci-Hub, elegeu Alexandra Elbakyan, criadora do repositório, como umas das 10 pessoas mais importantes no ano.

Os preprints — artigos ainda não editados pelas editoras — também fazem sucesso. Um dos principais repositórios de preprints é o ArXiv, lançado em 1991.

“O acesso aberto estimulará uma pesquisa mais rápida e melhor – e maior equidade global de acesso a novos conhecimentos”, diz Ivy Anderson, diretora executiva associada da Biblioteca Digital da Califórnia, da Universidade da Califórnia.

*Por Felipe Miranda

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*Fonte: ciencianautas

Estudo revela: beber meio litro de cerveja por semana ajuda na memória

De acordo com pesquisadores dos EUA e da China, o consumo moderado de cerveja ajudaria a melhorar nossas propriedades cognitivas, que seriam ainda maiores do que as de quem não bebe. E agora? Como faz?

Desde tempos muito antigos foi nos passado de que o consumo da cerveja pode ser prejudicial, que beber é algo muito ruim e que a ressaca no dia seguinte não faz valer a pena… todas essas coisas podem ser verdade mas, no entanto, a cerveja ainda parece ser a bebida predileta de grande parte do mundo.

E embora todos saibamos que a cerveja dá aquela animada nas festas, também já foi mostrado por vários estudos que ela traz vários benefícios para o nosso corpo.

No mais recente, um grupo de pesquisadores dos EUA e da China apontou, através de um documento publicado no site da Jama Network, que consumir meio litro de cerveja por semana ajuda a melhorar as funções cognitivas relacionadas à memória. Ou seja, ela te ajuda a preservar uma boa memória.

Com base no HRS – um estudo com cerca de 20.000 pessoas de meia-idade e idosos nos Estados Unidos -, concluiu-se que o consumo MODERADO de álcool estava associado a uma melhor função cognitiva geral e também no nível individual em termos de memória das palavras, estado mental e até vocabulário.

Além disso, em comparação às pessoas que não bebiam semanalmente ou bebedores de ocasião, houve menos declínio cognitivo em todos os domínios estudados, o que está de acordo com estudos anteriores realizados sobre o assunto.

Obviamente, devemos levar em conta um detalhe importante: estamos falando de beber moderadamente, e não de pessoas que bebem sem filtro.

É muito importante que este estudo seja interpretado e entendido da maneira correta e saudável – e lembrando que apenas um estudo, então pesquise mais sobre o assunto.

De qualquer forma, um pequeno copo de cerveja antes do almoço ajuda a pensar melhor. Pelo menos é o que diz numa certa música que ouvi outra dia, e agora o estudo corrobora essa vontade!

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*Fonte: asomadetodososafetos

Sol pode estar acordando após emitir a luz mais forte já detectada

Sol pode estar despertando após emitir a maior luz já detectada. Fenômeno foi registrado na última sexta-feira (29) pela sonda Solar Synamics Observatory (SDO) da Nasa

Na última sexta-feira (29), o Sol emitiu a luz mais forte desde outubro de 2017, resultado de uma erupção solar detectada pela sonda Solar Synamics Observatory (SDO) da Nasa.

Essas explosões de radiação se originam nas manchas solares, regiões escuras e relativamente frias na superfície da estrela, que pode finalmente estar despertando.

As explosões são classificadas em três categorias: C, M e X, com cada uma sendo 10 vezes mais poderosa que a anterior. A que aconteceu na última semana se enquadra na classe M.

Como não era voltada para a Terra, não há chance da formação de auroras sobrecarregadas. Apesar disso, pode ser um sinal de que o Sol está entrando na fase mais ativa de seu ciclo de 11 anos.

Atualmente no Ciclo Solar 24, os cientistas atribuem o início de um novo ciclo ao chamado “mínimo solar”, momento em que a estrela possui menos manchas e atividade.

“No entanto, são necessários pelo menos seis meses de observações e contagem de manchas solares para saber quando isso ocorre”, escreveram os oficiais da Nasa.

“Como esse momento é definido pelo menor número de manchas solares em um ciclo, os cientistas precisam ver os números aumentarem consistentemente antes de que possam determinar quando exatamente aconteceu”, acrescentaram os pesquisadores.

Portanto, apenas após mais observações que se saberá se o Sol realmente está no Ciclo Solar 25. Até lá, porém, só resta observar.

*Por Davson Filipe

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*Fonte: realidadesimulada

As avós desempenharam um papel crucial na evolução humana

Por muitos anos, antropólogos e biólogos evolucionários não foram capazes de explicar o “porquê” da menopausa.

Como poderia ser benéfico para as mulheres deixar de poder ter filhos, quando ainda restam décadas para viver? A menopausa também é um estágio único presente apenas na vida humana, não é compartilhada com nossos parentes primatas.

Um estudo recente publicado na revista Proceedings da Royal Society B explica como responder a ‘por que a menopausa’ é a necessidade da mulher de ser avó e como esse tem sido um papel crucial na evolução humana.

A hipótese da avó explica que “a avó foi o passo inicial para nos tornar quem somos”.

Kristen Hawkes, antropóloga da Universidade de Utah e principal autora deste estudo publicado, explica que a avó nos ajudou a desenvolver “toda uma gama de capacidades sociais que são a base para a evolução de outras características distintamente humanas, incluindo a união de pares, cérebros maiores, aprendendo novas habilidades e nossa tendência para a cooperação ”.

Hawkes trabalhou ao lado de Peter Kim, um biólogo matemático da Universidade de Sydney, e também de James Coxworth, um antropólogo de Utah. Juntos, eles prepararam simulações de computador para fornecer evidências matemáticas da hipótese da avó.

Eles simularam o que aconteceria com a vida útil de uma espécie hipotética de primata se introduzissem a menopausa e as avós – como parte de uma estrutura social.

Os chimpanzés geralmente vivem entre 35 e 45 anos em seu habitat natural. Após seus anos férteis, é raro que eles sobrevivam. Para esta simulação, os pesquisadores deram a 1% da população feminina de chimpanzés uma predisposição genética para períodos de vida e menopausa semelhantes aos humanos.

Como as avós nos ajudariam a viver mais tempo? Há muitas vantagens de ter uma avó e morar perto dela. Ela ajuda a coletar e fornecer alimentos, alimenta as crianças e permite que as mães tenham mais filhos. As avós são cuidadoras suplementares e, como este estudo sugere – elas desempenham um papel crucial na evolução humana.

Sem a menopausa, as mulheres mais velhas poderiam continuar a ter filhos, em vez de agir como avós. Todas as crianças dependeriam unicamente de suas mães para sobreviver. Do ponto de vista evolutivo, as avós trabalham para aumentar a taxa de sobrevivência das crianças, em vez de gastar mais energia produzindo suas próprias.

Hawkes também argumenta que as relações sociais que acompanham a avó poderiam ter contribuído para cérebros maiores e outras características que distinguem os humanos: “Se você é um bebê chimpanzé, gorila ou orangotango, sua mãe está pensando em nada além de você”, diz ela.

“Mas se você é um bebê humano, sua mãe tem outros filhos com quem está se preocupando, e isso significa que agora há uma seleção em você – que não estava em nenhum outro macaco – para envolvê-la muito mais ativamente: ‘Mãe! Preste atenção em mim!’”

Como Hawkes compartilha: “A avó nos deu o tipo de educação que nos tornou mais dependentes um do outro socialmente e propensos a atrair a atenção um do outro.” Essa tendência também foi encontrada para impulsionar o aumento do tamanho do cérebro, juntamente com maior expectativa de vida e menopausa.

Esse pode ser apenas outro motivo para agradecer ou pensar em sua avó, embora essa simulação apóie a ideia de que as avós ajudam a desenvolver habilidades sociais e vidas mais longas, qualquer pessoa que tenha sido próxima da avó quando crescer já deve saber disso.

Não há nada como o amor das avós. Ela desempenha um papel essencial em nossa educação e ajuda as famílias a prosperar, sobreviver e superar os tempos difíceis.

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*Fonte: pensarcontemporaneo

Níveis crescentes de dióxido de carbono podem nos tornar mais burros

Novas pesquisas sugerem que as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera podem levar ao comprometimento da cognição humana até o final do século.

É claro que esse destino poderá ser evitado se o mundo reduzir com êxito as emissões de carbono, embora ironicamente esse impacto da mudança climática possa realmente prejudicar nossa capacidade de resolver o problema em si.

O ar com uma alta concentração de dióxido de carbono pode elevar os níveis de dióxido de carbono no sangue, reduzindo a quantidade de oxigênio que chega ao cérebro, aumentando a sonolência, os níveis de ansiedade e prejudicando a função cognitiva.

É um efeito semelhante à sensação sonolenta que você sente após ficar sentado em um quarto abafado por horas.

Desde que começamos a queima excessiva de combustíveis fósseis no século 19, os níveis de dióxido de carbono em nossa atmosfera aumentaram e atualmente alcançam mais de 410 partes por milhão (ppm), maior do que em qualquer ponto dos últimos 800.000 anos .

Em 2100, os níveis de dióxido de carbono ao ar livre podem chegar a 930 ppm, se as tendências atuais de emissões continuarem, enquanto as concentrações em ambientes fechados podem chegar a 1400 ppm – um nível muito superior aos níveis já experimentados pelos seres humanos.

Relatados na revista GeoHealth , cientistas liderados pela Universidade do Colorado Boulder acreditam que este último nível interno de dióxido de carbono será mais que suficiente para ver algum declínio na função cognitiva.

Pelas estimativas, as habilidades básicas de tomada de decisão podem ser reduzidas em cerca de 25% e o pensamento estratégico complexo pode ser reduzido em 50%.

“Nesse nível, alguns estudos demonstraram evidências convincentes de comprometimento cognitivo significativo”, disse a coautora Anna Schapiro, professora assistente de psicologia da Universidade da Pensilvânia, em comunicado.

“Embora a literatura contenha algumas descobertas conflitantes e muito mais pesquisa seja necessária, parece que domínios cognitivos de alto nível, como tomada de decisão e planejamento, são especialmente suscetíveis ao aumento das concentrações de CO2”.

A equipe de pesquisa analisou as tendências atuais das emissões globais e as emissões urbanas localizadas para ver como isso afetaria os níveis de dióxido de carbono em ambientes internos e externos e, por sua vez, o impacto na cognição humana.

Eles admitem que esse é um problema complexo, portanto, suas pesquisas podem não levar em consideração todas as variáveis.

No entanto, eles observam que atualmente não há muita pesquisa sobre a conexão entre a função cognitiva e o aumento das emissões de dióxido de carbono.

*Por Dadvson Filipe

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*Fonte: realidadesimulada

Nem plana nem circular: você sabe a verdadeira forma da Terra?

Qual é a forma da Terra? Parece uma pergunta bastante básica, mas é mais complexa de responder do que você imagina.

O que consideramos como “Terra”

Para começar, precisamos definir o que queremos dizer com “a Terra”. Talvez você não considere isso com frequência, mas há uma grande parte da atmosfera que realmente faz parte do nosso planeta.

O fato de que a porção do nosso planeta acima de nós é gasosa e as coisas abaixo de nós são sólidas é apenas um acaso de nossa densidade. Se fôssemos feitos de hélio, por exemplo, estaríamos todos flutuando e raramente nos incomodando com o material sólido abaixo de nós. Além disso, todos concordam que Júpiter é um planeta massivo, embora em grande parte seja composto por gás.

Dito isto, não é fácil escolher uma extremidade satisfatória da atmosfera para definir a forma do planeta. Outra possibilidade seria usar a superfície do solo (elevação / profundidade do fundo do mar), contudo este aspecto sempre sofre alterações, quando ocorrem um deslizamento de terra ou erupção vulcânica.

A forma esférica da Terra

Dessa forma, escolhemos uma superfície mais intuitiva para explorar a forma da Terra: o nível do mar. Esta é uma boa referência, porque a água flui para que sua superfície fique “plana” em relação à direção da gravidade.

Exemplificando, o líquido em sua xícara de café não pode acumular-se de um lado, porque a gravidade o puxará para baixo até que nenhum ponto seja maior que outro. Embora isso faça as coisas parecerem planas em pequena escala, já que a força da gravidade em ambos os lados da xícara aponta quase exatamente na mesma direção, em grande escala, a superfície é curva.

O que realmente está acontecendo aqui é que a atração da Terra está produzindo uma “superfície equipotencial”, em outras palavras, uma superfície de igual potencial gravitacional. O líquido fluirá para se equiparar em todos os pontos. A superfície do mar, portanto, é uma superfície equipotencial chamada de “Geoide”: a forma nocional da Terra.

O que é a forma do geóide?

Primeiramente, é importante entendermos que é pouco provável que uma esfera matematicamente perfeita seja encontrada em todo o universo. Essa concepção é, basicamente, uma construção do intelecto humano e dificilmente se apresenta de forma exata na natureza.

Tendo isso em mente, também temos que refletir que se a Terra fosse um corpo estático e uniforme, a gravidade a puxaria para a forma de uma esfera. No entanto, o nosso planeta também está girando em seu eixo, o que significa que a força da gravidade interna é equilibrada pela força centrífuga externa, no equador. Dessa forma, a esfera ‘incha’. Já nos pólos, a força gravitacional não é desafiada, então puxa a forma nessa direção.

Sendo assim, o modelo mais exato para expressar a forma da Terra é o geoide, ou seja, um formato quase esférico, mas com deformações, causadas por diferenças em determinados pontos e acúmulo de massa de maneira irregular ao longo de seu volume total. Além disso, as diferenças de altitude e profundidade não permitem também que o planeta seja exatamente esférico.

Vale destacar ainda que, as deformações do planeta dependem da escala em que a análise será feita. Se for vista de, mas em uma posição muito aproximada, a Terra apresentará mais claramente suas altitudes e depressões, sendo possível perceber, até mesmo, que o nível das águas dos oceanos varia muito de uma região à outra. Por outro lado, se considerarmos o planeta visto de longe, essas deformações tornam-se praticamente nulas.

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*Fonte: socientifica

Quanto mais café você toma, mais você vive

O café é um de nossos grandes companheiros no dia a dia. Presente em nossa cultura há mais de dois séculos, a bebida tradicional está presente em praticamente todas as mesas do país, seja no café da manhã, no lanche da tarde, para alguns até mesmo à noite.

Muitas pessoas se consideram viciadas em café e precisam tomar pelo menos uma xícara por dia, para manterem a disposição ou apenas para sentirem o sabor único da bebida. Se você é uma delas, um novo estudo tem uma ótima notícia para te dar!

Uma pesquisa em parceria realizada na Inglaterra, que reuniu o Instituto Nacional do Câncer, Instituto Nacional de Saúde e da Escola de Medicina Feinberg provou que nosso consumo de café pode influenciar diretamente em nossa longevidade, e que quanto mais café tomamos, mais tempo vivemos.

Sobre o estudo

O objetivo da pesquisa era verificar se o café realmente aumenta o risco de mortalidade, quando consumido em ingestão pesada, em especial aqueles que contam com polimorfismos genéticos comuns que prejudicam o metabolismo da cafeína.

Depois de um estudo realizado com mais de meio milhão de pessoas, os resultados mostraram associações inversas entre consumo de café mortalidade, entre participantes que bebiam de 1 a 8 ou mais xícaras por dia.

Conclusões

As conclusões do estudo mostram que, além de viverem mais, os consumidores regulares de café tendem a ter uma vida mais longa do que aqueles que o consomem moderadamente.

No entanto, o resultado é visto como uma correlação, e não uma conexão causal. Isso quer dizer que não é totalmente comprovado que o café seja, de fato, o responsável pela longevidade, mas que esse hábito, em conjunto com outros, são essenciais para uma vida mais saudável e longa.

Outros benefícios do café já são conhecidos por nós: redução de condições de saúde como depressão, Parkinson, câncer, diabete tipo 2, estresse e também o rejuvenescimento das células.

É possível que o café possa estar associado a um período de vida mais longo, mas para que a hipótese seja totalmente confirmada, serão necessárias mais pesquisas aprofundadas.

É muito importante que a bebida, ainda que consumida diariamente, seja feita com moderação e sempre colocando o bem-estar em primeiro lugar. Também é válido relembrar que o café não é recomendado para gestantes, e que quando se acrescentam complementos, a bebida pode perder as suas vantagens.

*Por Luiza Fletcher

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*Fonte: osegredo

Vídeo mostra como seria a Terra se toda a água desaparecesse

Vista do espaço, a Terra é um pálido ponto azul graças aos oceanos e mares que cobrem 71% de sua superfície. Mas como seria a Terra se toda a água desaparecesse?

Foi isso que James O’Donoghue, da Agência Espacial do Japão (JAXA), se perguntou. Entusiasmado, James criou uma simulação e a divulgou nas redes sociais.

De acordo com o cientista, a motivação surgiu após assistir um vídeo da NASA de 2008 com o mesmo intuito. Entretanto, a nova simulação é muito mais precisa, pois o pesquisador utilizou dados de novos estudos para tornar o vídeo ainda mais fiel à realidade.

“Fiquei muito surpreso com o aparecimento imediato de pontes terrestres, por exemplo”, disse James ao IFLScience. “Durante a última era glacial, a Grã-Bretanha e a Europa estavam ligadas, a Rússia e o Alasca, e a região entre a Ásia e a Austrália estava amplamente conectada”, explicou ele.

De acordo com o pesquisador, isso é importante porque “essas pontes permitiram que os humanos migrassem sem barcos, então este mapa explica bastante como era possível uma grande quantidade de migração humana naquela época. Em outras palavras, é uma lição de pré-história”.

*Por Giovane Almeida

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*Fonte: ciencianautas

A Juventude sedentária : 80% dos adolescentes no mundo inteiro não praticam atividades físicas

Espantosamente, 80% dos estudantes jovens no planeta não praticam nenhum tipo de atividade física, por motivos que todos já sabem, o uso excessivo em aparelhos tecnológicos. Que enfatiza o termo de jovens sedentários.

O aviso preocupante foi divulgado pela ONU, que anunciou que das causas categóricas que causam estagnação nos adolescentes e a necessidade de ter o celular sempre na mão.

A divulgação fornecida pela ONU tem relação com a pesquisa elaborada por estudiosos pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS), onde eles esclareceram dados de que 80% dos estudantes adolescentes do planeta não têm interesses em praticar atividade física, nem sequer por 1 dia e, no relatório, 85% são adolescentes do sexo feminino e 78% que envolvem jovens do sexo masculino.

Dados do estudo

As análises foram divulgadas na revista The Lancet Child & Adolescent Health que se fundamentou em relatos, onde foram analisados 6 milhões de estudantes de 11 a 17 anos, abrangendo todos os 146 países avaliados, nos anos de 2001 e 2016, sendo que as meninas jovens são as que menos têm interesse do que os meninos, exceto em Tonga, Samoa, Afeganistão e Zâmbia.

De acordo com o resultado das análises, 97% das jovens femininas do sul-coreanas e 93% dos garotos filipinos, demostraram baixos níveis em práticas de exercícios físicos, constatando que são os jovens menos ativos do planeta todo.

Recomendação da OMS

Em termos gerais, uma hora de atividades diárias representa muitos benefícios à saúde, de acordo com estudos realizadas em colaboração com a pesquisadora Leanne Riley, do seção de prevenção de doenças não transmissíveis da OMS.

Com base na análise de Leanne Riley, não precisa se utilizar de atividades intensas ou possantes, para isso, somente é necessário correr, caminhar, pedalar de bicicleta ou “apenas buscar ser mais ativo” essas atitudes podem fazer diferenças para a saúde de maneira geral.

Com base em dados da OMS, não praticar exercícios permite que as pessoas fiquem vulneráveis a uma série de doenças, podemos citar como exemplo : Diabetes, pressão alta, doenças cardíacas e qualidades de cânceres- de mama e o de cólon.

Pesquisa entre jovens brasileiros em relação a atividade física?

De acordo com os dados coletados no Brasil indicam que os adolescentes em geral não exercem atividades de nenhum tipo. Veja esses dados abaixo:

Meninos (2001): 80,1% – (2016): 78,0%
Meninas (2001): 89,1% – (2016): 89,4%
Geral (2001): 84,6% – (2016): 83,6%

Devido o número preocupante, no mundo e no Brasil . recomendamos que você pense em uma atividade: mova-se , o sedentarismo é uma condição prejudicial. Se você é jovem, adulto ou idoso , nunca deixe seu corpo parado. Sua saúde agradece.

*Por Rejane Regio

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*Fonte: cantinholivre

Memória funciona melhor (ou pior) dependendo da hora do dia, sugere estudo

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Tóquio, no Japão, identificou um gene em camundongos que influencia a memória, o BMAL1. Os cientistas descobriram que ele torna os ratos mais esquecidos imediatamente antes de acordarem. O estudo, publicado na revista Nature Communications, sugere que pode ser um passo para descobrir mais informações sobre o esquecimento humano.

De acordo com os autores da pesquisa, há duas categorias de esquecimento: uma relacionada ao aprendizado, ou seja, se você não aprendeu algo e, por isso, a informação não “entrou” na sua memória; e outra ligada à recuperação de informações armazenadas em seu cérebro, ou seja, se você não lembra de algo que sabe.

“Nós projetamos um teste que pode diferenciar entre não aprender e não ser capaz de lembrar”, disse Satoshi Kida, um dos autores do estudo, em comunicado. Os testes foram realizados com ratos com e sem o BMAL1. Os níveis da proteína normalmente variam: antes de dormir ela está em alta e, ao acordar, em baixa.

O resultado aponta que camundongos sem BMAL1 ficaram ainda mais esquecidos logo antes de acordarem. Segundo Kida, a comunidade de pesquisa em memória já suspeitava que esse “relógio interno” é responsável pelo aprendizado e a formação da memória.

“Se conseguirmos identificar maneiras de aumentar a recuperação da memória por esse caminho do BMAL1, poderemos pensar em aplicações para doenças humanas com déficit de memória, como demência e doença de Alzheimer”, acrescentou o especialista.

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*Fonte: revistagalileu

Como gastar seu dinheiro, de acordo com a ciência

Você já ouviu um monte de histórias de pessoas que ganharam na loteria, fizeram loucuras com o dinheiro e acabaram mais pobres do que eram antes. Ou então aquela celebridade que já recebeu milhões de dólares durante a carreira e mesmo assim é extremamente infeliz.

Então como gastar dinheiro da melhor forma a otimizar a felicidade? Um estudo responde, e o melhor de tudo é que a resposta se aplica para quem precisa administrar quantias mais modestas também.

Três psicólogos das universidades de British Columbia (Canadá), Harvard e Universidade da Virgínia (ambas EUA) publicaram um artigo no Journal of Consumer Psychology descrevendo que tipo de gastos financeiros resultam em felicidade.

“Dinheiro é uma oportunidade de felicidade, mas é uma felicidade que as pessoas rotineiramente desperdiçam porque as coisas que elas pensam que as tornarão felizes frequentemente não o fazem”, escrevem os autores.

Os autores listam oito princípios para gastar dinheiro de forma sábia:

8. Compre mais experiências e menos bens materiais

Nós nos adaptamos rapidamente a bens materiais. Pense naquelas roupas que você comprou no ano passado e que estão pegando pó no seu armário tendo sido usadas uma ou duas vezes. Ou nos armários novos da cozinha que já viraram paisagem neutra enquanto você procura um lanchinho.

As experiências, por outro lado, ficam com você. Elas se tornam uma parte central de sua identidade. Desenvolvemos conexões emocionais mais fortes com as experiências, e elas continuam intensas mesmo anos depois.

“Quando compramos coisas para nós, acabamos passando tempo com essas coisas. Imagine você jogando um vídeo game no smartphone ou seja lá o que for, você está frequentemente sozinho com suas coisas. Enquanto experiências, sim, temos algumas experiências sozinhos, mas muitas, muitas experiências são sociais”, explica Michael Norton, professor de Harvard que não participou do estudo, em entrevista ao Big Think.

7. Use dinheiro para benefício alheio

Estudos conduzidos por uma das pesquisadoras do trabalho, Elizabeth Dunn, mostrou que participantes que gastavam dinheiro de forma social obtinham maiores níveis de satisfação. Enquanto isso, gasto consigo mesmo não diminuía a felicidade da pessoa, mas também não a aumentava. O resultado era neutro.

Gastar com os outros inclui fazer uma doação para caridade, convidar alguém para almoçar ou presentear alguém. Nada disso precisa ser em um valor exorbitante, muitas vezes são os pequenos gestos que contam.

6. Não compre apenas coisas caras

Ao invés de gastar com coisas caras ou experiências caras apenas de vez em quando, prefira coisas mais simples, mas com maior frequência. “Ao nos presentear com prazeres frequentes e fugazes (ao invés de experiências mais esporádicas e prolongadas), os consumidores podem aproveitar a explosão de prazer que acompanha o primeiro minuto da massagem, a primeira mordida do bolo de chocolate e a primeira visão do mar”, escrevem os autores.

5. Evite seguros e garantias que você não precisa

Todos querem se proteger da dor de perder alguma coisa. Essa aversão a riscos nos deixa vulneráveis a seguros e garantias desnecessárias. Pense naquelas garantias estendidas. Teoricamente, garantias estendidas protegem seu bem caro de quebras. Na prática, é só uma forma de jogar dinheiro fora.

Nos Estados Unidos essas garantias movimentam US$40 bilhões por ano, e na maioria das vezes não são úteis para seus compradores, especialmente no caso de eletrodomésticos. Uma das poucas exceções são smartphones, que são levados para todos os lados e estão sujeitos a acidentes ou roubos.

4. Adie a gratificação

Gratificação adiada traz mais satisfação de várias maneiras. A principal é que tomamos decisões melhores quando não agimos imediatamente. É melhor dispensar um pequeno prazer hoje para ter uma recompensa maior amanhã.

Os autores explicam isso de forma simples: a antecipação é uma forma gratuita de felicidade. Você pode multiplicar sua felicidade ao adiar um pouco a recompensa.

Mesmo quando o prêmio em si – um presente ou uma viagem – acabam nem sendo tão bons assim, a empolgação da antecipação já pode ser positiva.

3. Leve em consideração como as compras podem afetar sua vida

A humanidade tem um problema importante: a tendência de ver o futuro de forma abstrata. Quanto mais longe este futuro, mais abstrata é nossa estimativa. Por isso, os autores recomendam sempre considerar como essas compras vão afetar sua rotina.

Por exemplo: se estiver em dúvida entre comprar pelo mesmo preço uma casa pequena que está em ótimo estado e uma casa maior que precisa ser reformada, pode ser uma decisão mais inteligente comprar a casa menor e evitar o estresse e gastos da reforma.

2. Cuidado com as compras por comparação

Ficar comparando produtos nos faz perder de vista nossos objetivos com aquele produto. Quando nos envolvemos na comparação, esquecemos de observar as características que nos fariam felizes naquele produto, e focamos na diferença entre as opções disponíveis.

Como resultado, compramos mais do que precisamos ou selecionamos o melhor negócio de forma global, e não o produto que melhor se encaixaria nas nossas circunstâncias personalizadas.

Além disso, os psicólogos observam que quanto mais opções estão disponíveis, menos felizes ficamos com a nossa escolha.

1. Seja Maria-vai-com-as-outras

De vez em quando pode ser vantajoso se basear na opinião das massas para tomar a sua decisão de como gastar dinheiro. Isso costuma ser verdade na escolha de quais filmes consumir, por exemplo. Se você gosta de comédias românticas, pode acabar se beneficiando com a opinião de outras pessoas que também gostam de comédia romântica.

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Pessoas que gastaram mal

Reunimos aqui casos de ganhadores da loteria que acabaram extremamente infelizes com suas escolhas sobre como gastar essa grana toda.

O canadense Gerald Muswagon, de 42 anos, ganhou US$10 milhões com um bilhete de US$2 na loteria. Ele comprou carros para ele mesmo e para amigos, comprou uma casa com o objetivo de dar festas, e comemorava sua sorte grande com drogas e álcool. Em um só dia, ele comprou oito TVs para os amigos dele.

Ele tentou começar seu próprio negócio de corte de madeira chamado Gerald’s Logging, mas não encontrou um mercado bom para vender suas madeiras e acabou perdendo dinheiro. No final das contas, ele gastou cada centavo de sua fortuna e acabou tendo que pedir um emprego de carregador na fazenda de seu amigo. Ele passou a viver em uma casa simples com sua namorada e seis crianças. Gerald entrou em depressão e acabou se matando sete anos depois de ganhar o prêmio.

Suzanne Mullins ganhou US$4,2 milhões, mas gastou tudo pagando dívidas médicas gigantescas para parentes que não tinham seguro de saúde nos Estados Unidos. Ela também perdeu uma disputa relacionada a um empréstimo não-pago.

Já o casal Lara e Roger Griffith ganhou US$2,3 milhões na loteria no Reino Unido em 2005 e acabou com US$9 em 2013. Eles compraram uma mansão, um Porsche conversível e um Lexus. Fizeram viagens 5 estrelas para destinos caríssimos. Ela investiu em um spa de luxo. Ele investiu em uma carreira de roqueiro. Em 2010 um incêndio destruiu grande parte da casa, que tinha um seguro insuficiente. O spa foi mal e teve que ser vendido, e atualmente Lara trabalha lá como funcionária. A carreira de roqueiro de Roger lhe rendeu a venda de apenas 600 CDs.

O casal também se separou com suspeita de adultério. “Eu não estou nem de volta à estaca zero, eu estou pior do que antes”, diz Lara em entrevista ao Daily Mail. Atualmente Roger vive com os pais dele e Lara vive com a mãe dela.

“A realidade é que 70% de todos os vencedores da loteria vão desperdiçar seus ganhos em alguns anos. No processo, eles verão a família e amizades destruídas e a segurança financeira que esperavam desaparecer”, dizem os consultores financeiros Michael Begin e Darl LePage ao Lincoln Journal Star.

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Dicas para não torrar todo o dinheiro da loteria

Vamos supor que você ganhe na loteria na semana que vem. É melhor estar preparado para isto e já ter um plano para colocar em ação. Confira 3 dicas importantes:

3. Seja discreto

O primeiro passo é ficar quietinho em casa discutindo com sua família imediata o plano a ser seguido. Não mude a rotina da família e tente retirar o prêmio de forma discreta.

2. Contrate profissionais para ajudar

A maioria das pessoas não está acostumada a administrar uma quantia enorme de dinheiro. Para não fazer besteira e não deixar de pagar nenhum imposto gigantesco, contrate escritórios de advocacia e contabilidade. Quando for pesquisar quem contratar, leve em conta indicação de pessoas de confiança, mas também considere profissionais sem ligação com nenhum conhecido seu. Também é interessante encontrar um assessor de imprensa para ajudar a lidar com o assédio da mídia.

1. Tente manter um padrão de vida confortável, mas sem exageros

Não comece uma vida de luxo imediatamente. Passe os primeiros seis meses planejando com cuidado o que fazer com o seu dinheiro e se os investimentos que você tem em mente vão se valorizar ou desvalorizar com a passagem do tempo.

Mesmo que você não pense em mudar de vida porque ganhou uma bolada, é possível que você seja obrigado a mudar de endereço para um local com acesso mais controlado. Isso porque a cidade inteira vai ficar tocando a campainha da sua casa pedindo dinheiro. [The Globe and Mail, Mail Online, Consumer Reports]

*Por Juliana Blume

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*Fonte: hypescience