A chave para a felicidade, segundo o maior estudo já feito sobre o assunto

O que você vai ler a seguir é muito mais do que uma entrevista.

É o resultado de décadas de um estudo com centenas de pessoas sobre o que realmente importa na vida.

Há 85 anos, a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, conduz o mais longo estudo científico sobre felicidade da história.

O “Estudo sobre o Desenvolvimento Adulto” começou em 1938 com cerca de 700 adolescentes. Alguns deles eram estudantes de Harvard, outros viviam nos bairros mais pobres de Boston.

A pesquisa os acompanhou ao longo de suas vidas, monitorando periodicamente suas alegrias e dificuldades, seu estado físico e mental. E agora, também inclui os parceiros e filhos dos participantes iniciais.

Robert Waldinger, professor de psiquiatria na universidade e mestre zen, é o quarto diretor do estudo.

Sua palestra de 2015 na plataforma TED foi vista mais de 40 milhões de vezes. E ele é coautor de um novo livro, The good life (“A boa vida”, em tradução livre) sobre as principais lições do estudo.

Waldinger explicou à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, por que a qualidade dos nossos relacionamentos é o principal indicador de nossa felicidade e saúde à medida que envelhecemos. E lembrou que nunca é tarde para “energizar” as relações ou construir novas conexões.

Leia a entrevista abaixo.

BBC – Qual foi a descoberta que mais chamou a atenção no estudo?

Robert Waldinger – Não foi nenhuma surpresa que as pessoas em relacionamentos mais calorosos sejam mais felizes. Isso faz sentido.

Mas a surpresa foi a de que as pessoas que têm relacionamentos mais calorosos permanecem fisicamente mais saudáveis ​​à medida que envelhecem.

A questão que surge é: como os relacionamentos podem torná-lo menos propenso a desenvolver diabetes tipo 2 ou doença arterial coronariana?

Outros estudos mais tarde descobriram a mesma coisa, e percebemos que esse é um achado forte.

Passamos os últimos dez anos em nosso laboratório tentando entender como os relacionamentos afetam nossos corpos e mudam nossa fisiologia.

BBC – Qual é sua hipótese para isso?

Waldinger – O estresse é uma parte natural da vida. Se algo estressante acontecer comigo esta manhã, haverá mudanças em meu corpo: a frequência cardíaca aumentará, minha pressão arterial aumentará. Esta é a chamada “reação de luta ou fuga”.

Mas espera-se que nosso corpo volte ao equilíbrio, ao normal, uma vez que o estresse foi embora.

Algo que percebemos é que a solidão e o isolamento são estressantes.

Se algo incômodo, estressante, aconteceu, posso ir para casa e conversar com minha esposa ou ligar para um amigo. Se eles forem bons ouvintes, posso sentir meu nível de estresse diminuir. Mas se não tenho ninguém assim, se estou isolado e sozinho, acreditamos que o corpo permanece em um grau latente de “reação de luta ou fuga”.

Isso significa que haverá níveis mais altos de hormônios do estresse, como o cortisol, circulando em meu sangue, e níveis mais altos de inflamação em meu corpo. E esses fatores gradualmente desgastam e atacam diferentes sistemas corporais. Dessa forma, o isolamento social e a solidão podem afetar as artérias coronárias e as articulações.

BBC – Você assegura no livro que uma vida boa é uma vida complicada — há felicidade, mas também dor. Ter bons relacionamentos nos ajuda a processar melhor as emoções difíceis?

Waldinger – Sim, eles nos ajudam a gerir melhor as emoções porque as relações muitas vezes nos permitem falar sobre o que sentimos. E, em primeiro lugar, temos um sentimento de pertencimento.

Somos animais sociais. Provavelmente evoluímos assim porque é mais seguro estar em grupo. E sentir que pertencemos a um grupo é uma forma de aliviar o estresse.

Quando você sente que é a única pessoa com um problema, você não se sente bem. Em vez disso, se conversa com outras pessoas que têm esse problema, isso fará com que você se sinta menos sozinho. É um sentimento muito poderoso e acreditamos que seja um importante regulador do estresse.

BBC – No livro, você fala da importância de se manter uma “aptidão social”. O que significa isto?

Waldinger – Cunhamos esse termo para torná-lo análogo ao fitness, porque vimos que cuidar de nossos relacionamentos é como exercitar um músculo.

Se ficarmos sentados a vida toda, nossos músculos atrofiarão. E da mesma forma, olhando para as vidas das pessoas que participaram do estudo, vimos que bons relacionamentos podem murchar não porque haja um problema, mas por descuido.

O que estamos começando a ver é que, se você cuidar ativamente de seus relacionamentos da mesma forma que cuida de seu corpo ou de uma planta em sua casa, esses relacionamentos permanecerão fortes.

BBC – No livro, você dá várias sugestões para nutrir ou energizar um relacionamento. Uma delas é “reconhecer alguém quando faz algo de bom”. Como fazer isso?

Waldinger – Somos muito bons em prestar atenção ao que não gostamos e ao que está errado. E com outras pessoas, tendemos a estar muito sintonizados com o que nos incomoda ou nos ofende, quando alguém faz algo que eu acho errado.

Mas muitas vezes tomamos como dadas as coisas que as pessoas fazem bem. Por exemplo, minha esposa adora cozinhar e prepara o jantar quase todas as noites. E eu tenho que me lembrar que não devo considerar isso como algo garantido.

Da mesma forma, resolvo tudo que tem a ver com tecnologia, e ela tem que lembrar que dá muito trabalho fazer as coisas funcionarem.

Então é uma forma de praticar a gratidão, onde nos perguntamos: como seria minha vida se essa pessoa não fizesse essas coisas ou se essa pessoa não estivesse na minha vida? É isso que queremos dizer com “reconhecer alguém por fazer algo bom”, por fazer algo que se não estivesse na sua vida te faria se sentir infeliz.

BBC – Outra sugestão sua para cuidar dos relacionamentos é manter uma “curiosidade radical”. Do que se trata?

Waldinger – Quando estamos com alguém há muito tempo, seja cônjuge, familiar ou amigo, presumimos que conhecemos essa pessoa.

Existem estudos sobre como estamos sintonizados com os sentimentos de outra pessoa. A pesquisa mostra que, especialmente quando saímos pela primeira vez com alguém, somos muito bons em sintonizar o que a outra pessoa está sentindo.

Mas quando estamos juntos há cinco, dez, vinte anos, sabemos muito menos o que ela sente. Podemos pensar que seria o contrário, que quanto mais tempo juntos, mais sabemos, mas o que acontece é que começamos a supor que conhecemos a outra pessoa.

Então, o que estamos falando é de reverter isso e despertar a curiosidade.

BBC – Em outra palestra, você mencionou um exemplo de curiosidade radical com sua esposa…

Waldinger – Estou com minha esposa há 37 anos. E o que faço é me perguntar: como posso voltar a ter curiosidade sobre quem ela é hoje?

Isso tem a ver com uma instrução de um dos meus mestres zen.

Na meditação zen, você se senta em uma almofada e medita continuamente. Já meditei milhares de vezes. E a instrução é perguntar a si mesmo enquanto faz algo que você já fez mil vezes: o que há aqui que eu nunca percebi antes?

Você pode fazer isso mesmo enquanto escova os dentes. Se eu te perguntar qual dente você escova primeiro, aposto que você tem que pensar, porque faz isso automaticamente. Então, hoje, quando for escovar os dentes, pode fazê-lo com uma curiosidade radical.

BBC – Você poderia compartilhar conosco algo que notou sobre sua esposa depois de mais de 30 anos juntos?

Waldinger – Descobri, por exemplo, que ela passou a usar brincos de prata em vez de ouro como antes, porque seu cabelo agora é grisalho em vez de castanho. É algo pequeno, mas é algo que eu não tinha notado.

BBC – Talvez algumas pessoas sintam que não têm “uma boa vida” porque não têm muitos amigos… O número importa?

Waldinger – É importante, mas é uma coisa muito individual. Alguns são muito tímidos e, para essas pessoas, ter muitas pessoas por perto é estressante. Outras pessoas que são mais extrovertidas, por outro lado, precisam de muitas pessoas em suas vidas e isso lhes dá energia.

Uma pessoa tímida pode precisar de um relacionamento próximo ou dois. Ter mais pode ser estressante e cansativo. Mas a pessoa extrovertida pode querer muitos, muitos relacionamentos.

Portanto, cada um de nós precisa determinar por si mesmo: quanta atividade social é boa para mim e minha vida?

BBC – Muitas pessoas podem pensar: “Eu tento cultivar as minhas amizades, mas sou sempre aquele que liga, aquele que ouve”. Você aconselharia essas pessoas a serem francas com seus amigos sobre como se sentem?

Waldinger – Sim, acho que seria bom porque algumas pessoas não percebem isso. Você pode dizer a um amigo: “Sempre sou eu que ligo para você. Gostaria que me ligasse de vez em quando ou me convidasse para tomar um café”.

Mas haverá algumas pessoas que nunca o farão. Então eu diria a você que isso não significa que você tenha que cortar essas amizades. Mas você também pode buscar outras amizades que sejam mais mútuas.

BBC – Muitas trocas hoje são virtuais. Para os relacionamentos, qual é a melhor maneira de usar as redes sociais?

Waldinger – Não é minha área de pesquisa, mas há estudos sobre isso e as primeiras descobertas indicam que a forma como usamos as redes sociais realmente importa.

Se as usarmos ativamente para nos conectar com outras pessoas, isso aumentará nosso bem-estar. E o exemplo que gosto de usar é um amigo meu que, na pandemia, se reconectou por Facebook com seus amigos do ensino fundamental. Agora, eles tomam um café virtual todos os domingos de manhã no Zoom. Eles têm momentos maravilhosos falando sobre suas vidas e sua infância. É um exemplo de uma conexão ativa via rede social, e todos ficam mais felizes por isso.

Por outro lado, existe o uso passivo das redes sociais, quando consumimos os feeds do Instagram ou do Facebook, onde todos postam belas imagens de suas vidas. Por que não postamos fotos de quando estamos infelizes?

Isso pode fazer com que outras pessoas que veem essas imagens sintam que “todo mundo está tendo uma vida boa e eu sou o único que está passando por momentos difíceis”. Esse tipo de consumo passivo de mídia social nos faz sentir pior, e os adolescentes são particularmente vulneráveis ​​a isso. Muito vulneráveis.

Então, como as redes sociais não vão acabar, o que podemos fazer é ser mais ativos em usá-la para nos conectar com outras pessoas e não apenas olhar passivamente para o que outras pessoas postam. Isso é terrível para nós.

BBC – Uma palavra que não aparece muito no livro é “arrependimento”. Alguns lidam com isso quando chegam a um determinado estágio de suas vidas e pensam, por exemplo, que poderiam ter entendido alguém melhor. Há algo no estudo que possamos aprender sobre como lidar com o arrependimento?

Waldinger – Quando os participantes chegaram aos 80 anos, fizemos a seguinte pergunta: quando você olha para trás em sua vida, do que mais se arrepende?

Houve dois grandes arrependimentos.

Uma delas era algo do tipo: “Gostaria de não ter passado tanto tempo no trabalho e passado mais tempo com as pessoas de quem gosto.” Portanto, há uma razão para aquele conhecido clichê de que “ninguém em seu leito de morte gostaria de ter passado mais tempo no escritório”.

O outro arrependimento particularmente expresso pelas mulheres foi: “Gostaria de não ter passado tanto tempo me preocupando com o que as outras pessoas pensam.”

Portanto, se me perguntarem quais arrependimentos eu gostaria de evitar, a resposta seria passar bastante tempo com pessoas queridas e não gastar tanto tempo se preocupando com o que as outras pessoas pensam.

BBC – Você falou sobre como evitar arrependimentos. Mas o que fazer quando eles já estão presentes?

Waldinger – Ao lidar com o arrependimento, não adianta ficar com raiva de nós mesmos, nos bater com força. A única utilidade do arrependimento é se ele nos informar sobre o que gostaríamos de fazer diferente no futuro.

Use o arrependimento para aproveitar a vida que tem pela frente.

BBC – No livro, há um capítulo intitulado “Nunca é tarde demais”. Qual é a mensagem principal que você quer passar com essa frase?

Waldinger – Algumas pessoas me disseram: “É tarde demais para mim. Não sou bom em relacionamentos. Isso nunca vai acontecer na minha vida”. Algumas das pessoas que dizem isso têm 20 anos e dizem que é tarde demais para elas, e outras pessoas que dizem isso são mais velhas.

Mas o que vemos nas histórias do livro, que são de vidas reais, é que as pessoas encontram conexões que não esperavam em diferentes momentos de suas vidas, sejam conexões amorosas ou amizades. Portanto, para aqueles que acreditam que essas coisas nunca acontecerão com eles, diríamos: você não tem como saber.

A mensagem é que vale a pena continuar trabalhando nisso porque a qualquer momento da vida você pode criar novas e boas conexões.

BBC – Você é um mestre zen. A meditação desempenhou um papel importante em sua vida?

Waldinger – Tem tido um grande papel. A meditação zen é sobre aprender o que é estar vivo.

Você se torna muito mais familiarizado com a experiência de olhar para uma flor por cinco minutos, ou de comer uma refeição conscientemente, saboreando cada mordida. É realmente um mergulho profundo na experiência de estar vivo.

E isso se encaixa muito bem com o estudo de todas essas vidas. Porque é uma forma diferente de estudar a experiência de ser humano.

Da mesma forma, em meu trabalho como psiquiatra, tenho o privilégio de ouvir as pessoas falarem detalhadamente sobre suas vidas. E tudo isso para mim é um trabalho fascinante. Todas são maneiras diferentes de aprender sobre a experiência humana.

BBC – No livro, você afirma que a atenção é a forma mais básica de amar. Há uma bela frase: “Uma vida boa não é o destino, mas o caminho e com quem você caminha… E fazendo isso, segundo a segundo, você pode decidir a que e a quem você dá sua atenção”. Você pode nos falar sobre esse poder de escolher a cada momento em que prestamos nossa atenção?

Waldinger – Essa é uma citação de um dos meus mestres zen. Seu nome é John Tarrant e sim, uma das coisas que sabemos é que nossa atenção é algo pelo qual as pessoas brigam.

Essas telas que tanto amamos são projetadas para nos cativar, porque as pessoas ganham dinheiro chamando nossa atenção e mantendo-a.

Agora, mais do que nunca, o caminho de menor resistência é ficar o tempo todo na frente das telas. Então a pergunta é: podemos intencionalmente desviar nossa atenção dessas telas para as pessoas de quem gostamos?

Há uma escritora chamada Linda Stone que escreve sobre algo que ela chama de atenção parcial contínua, que é o que estamos dando cada vez mais uns aos outros. Isso é um problema: estou falando com você, mas na verdade estou olhando para minha tela.

Queremos chamar a atenção para isso. Pense: com quem você se importa? Você poderia dar a essa pessoa toda a sua atenção? Essa é a pergunta que devemos nos fazer.

BBC – Com o privilégio que você teve de estudar todas essas vidas, você diria para alguém que, por exemplo, teve uma infância muito conturbada ou enfrentou momentos muito difíceis, que todos podemos encontrar dentro de nós os recursos para seguir em frente e prosperar?

Waldinger – Acho que existe um instinto de prosperar, de sobreviver. Estamos todos tentando ser felizes. Uma das razões pelas quais minha palestra TED se tornou viral, como alguém me disse, não é porque eu sou bonito. É porque todo mundo quer ser feliz. E então há em nós esse impulso de encontrar maneiras de prosperar.

Acho que existe uma energia em todos nós que está procurando por isso e isso é bom. Embora eu possa ser muito pessimista sobre para onde o mundo está indo, acho que as pessoas sempre foram assim. E isso abriu caminho para novas possibilidades, é algo que faz parte de nós.

BBC – No seu caso pessoal, quais são os componentes básicos de uma boa vida?

Waldinger – É estar envolvido em atividades que são importantes para mim e que considero significativas. Minha pesquisa, meu trabalho como psiquiatra, minha meditação zen, essas coisas são muito importantes para mim. E, por exemplo, eu queria muito estar aqui, conversando com você agora. Porque eu dou muita importância para essas ideias e quero que elas alcancem as pessoas. Isso é significativo para mim.

Para mim, então, uma boa vida é fazer atividades que tenham significado para mim e realizá-las com pessoas que são importantes e que se preocupam comigo.

BBC – Você termina o livro com uma chamada à ação. O que você convidaria as pessoas a fazerem quando terminarem de ler esta entrevista?

Waldinger – Eu diria: pense em alguém de quem você sente falta, alguém com quem você não se sente tão conectado quanto gostaria ou alguém que você quer ter certeza de que sabe que você está pensando nele ou nela. E envie uma mensagem de texto, ou um e-mail, ou ligue para eles e apenas diga: oi, eu estava pensando em você e queria falar com você.

Basta fazer isso e você verá o que volta para você. Você poderá ficar surpreso com quantas pessoas ficarão felizes por você ter entrado em contato com elas. Então dê agora esse pequeno passo, levará 15 segundos para fazê-lo.

*por Alejandra Martins
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*Fonte: bbc-brasil

7 Lições da filosofia para uma vida feliz

Talvez toda a discussão da filosofia ao longo do tempo pudesse ser resumida em algumas perguntinhas simples e enigmáticas: qual o sentido da vida? O que é preciso para nos sentirmos felizes?

Vários filósofos se debruçaram sobre estes questionamentos. Para Sêneca, por exemplo, felicidade significava “viver de acordo com a natureza”. Ele escreveu sobre o tema em um ensaio chamado Sobre a vida feliz, em que discorre sobre algumas lições que considera importantes para quem quer atingir algum tipo de paz de espírito. Neste texto, trazemos algumas de suas ideias, que podem ser importantes para nós até hoje!

1. Olhar para a morte ou para a comédia com o mesmo semblante
Aqui, Sêneca não sugere que a gente ria com a morte ou chore com o humor, mas está nos sugerindo a gerenciar nossos extremos emocionais para que eles não nos controlem.

2. Sustentar a força do corpo pela força de minha mente
Sêneca coloca aqui uma constatação importante e que só foi confirmada nos séculos seguintes: uma boa vida é a que equivale os esforços físicos e os esforços intelectuais. Os idosos só conseguem envelhecer bem à medida que exercitam o cérebro (aprendem coisas novas, leem, se desafiam, etc.) e exercitam o corpo. Ler e caminhar são duas atividades simples que podem ser revolucionárias.

3. Desprezar as riquezas quando não as temos
Aqui, Sêneca não fala exclusivamente de dinheiro ou poder. Ele sugere que, se as riquezas estiverem em outro lugar, não deixe que isso o assombre; se estiverem ao redor, então que não nos torne mais excitados do que deveríamos ser.

Sua lição é sobre o apego: tanto à riqueza quanto à falta dela. Hoje já sabemos que o materialismo em excesso causa depressão, inclusive.

4. Todas as terras pertencem a mim e à humanidade
Dentro do tema do apego, Sêneca aponta que a miséria não vem apenas de se agarrar às coisas, mas de se segurar com muita força ao que se tem. Fala-se aqui sobre a ideia de que a solidariedade é a chave de uma boa vida: todos somos irmãos e irmãs, e assim, dividir deve ser um princípio de vida.

5. Viver para lembrar que nascemos para os outros, e agradecer à Natureza por isso
Nesta lição, Sêneca nos fala sobre o poder da caridade e o quanto ela é um presente para o doador, antes de ser para quem recebe. Servir aos outros é um dos caminhos para encontrar a felicidade – e a ciência já comprovou que a caridade e o voluntariado aumentam o bem-estar.

6. Não fazer nada pela opinião pública, mas pela consciência
Em tempos de hipervisibilidade nas redes sociais, esta é uma lição importantíssima. Ela sugere, primeiramente, que devemos resistir à comparação social. Em segundo, precisamos agir na vida privada da mesma forma que na vida pública.

Fazer o bem visando a aprovação alheia, por exemplo, é entregar-se à hipocrisia e afastar-nos de nossa integridade.

7. Deixar esta vida com a consciência limpa
Sêneca aqui nos aponta que o caminho para uma boa morte é considerar o bem que fizemos ou podemos ainda fazer aos outros. Alguns estudos já mostraram que pessoas que estavam morrendo de câncer tiveram um fim mais pacífico quando viram sua doença como uma oportunidade de dar aos outros – por exemplo, incentivando os amigos, ensinando lições aos netos ou participando de estudos clínicos que poderiam vir a beneficiar mais pessoas.

Provavelmente por isso, a morte de Sêneca pintada por Peter Paul Rubens mostrou o filósofo (que foi forçado a cometer suicídio) morrendo em pé, com ar pacífico.

*Por Maura Martins
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*Fonte: megacuioso

Gente feliz não incomoda ninguém

Gente feliz não se incomoda com o sucesso alheio, com a roupa que fulana vai vestir, com a última postagem de ciclano na rede social, com as escolhas da Maria, com as desistências do João, com a felicidade de quem quer que seja. Gente feliz vibra por você, e não torce o nariz quando te vê crescer.

Outro dia, ao ser indagado sobre sua ex namorada, um amigo me respondeu: “torço pela felicidade dela. Gente feliz não enche o saco de ninguém”.

A frase e o contexto em que foi respondida me fisgaram. Pois é isso mesmo. Por mais difícil que tenha sido um término, ele pode se tornar ainda mais difícil e doloroso se uma das partes estiver profundamente infeliz.

Do mesmo modo, qualquer relacionamento pode se tornar tóxico ou insuportável se uma das partes for insegura, ter baixa autoestima ou estiver atravessando um período complicado.

É preciso entender que nem sempre o relacionamento é ruim; muitas vezes, o sentimento interno das pessoas envolvidas é que o tornam ruim.

Quantas vezes não estamos bem, e acabamos tendo uma percepção distorcida do mundo ao nosso redor? Quantas vezes nossa infelicidade ou insatisfação atinge a visão que temos das pessoas e das coisas, e acabamos filtrando de forma deturpada palavras e ações de quem está ao nosso lado?

É importante estarmos atentos às nossas próprias emoções, pois muitas vezes interferimos de forma negativa em nossos relacionamentos devido à dificuldade de lidarmos com nosso mundo interno.

Gente feliz não se incomoda com o sucesso alheio, com a roupa que fulana vai vestir, com a última postagem de ciclano na rede social, com as escolhas da Maria, com as desistências do João, com a felicidade de quem quer que seja. Gente feliz vibra por você, e não torce o nariz quando te vê crescer.

Quando meu filho era pequeno, qualquer lugar – por melhor que fosse – se tornava um péssimo lugar se ele não estivesse bem (com sono, fome ou qualquer outro incômodo). Porém, qualquer lugar – por pior que fosse – se tornava o melhor lugar se ele estivesse calmo e feliz. Assim era meu pequeno; assim somos nós.

A felicidade não é determinada pelo que acontece fora de você, e sim dentro.

Quantas vezes você experimentou começar um relacionamento com alguém por quem não tinha tanto interesse, e percebeu – automaticamente – a outra pessoa ficar completamente apaixonada por você? E, ao contrário, quantas vezes você afugentou alguém por estar completamente obcecada por essa pessoa?

A resposta para esse fenômeno está no peso de nossas emoções. Quando temos interesse, bate também o medo de perder, e com isso… perdemos.

É preciso cuidar mais de nós. Amparar nossos medos, soltar nossas inseguranças, resgatar nosso amor-próprio. Curar nossas feridas, ventilar nossas culpas, libertar nossos ressentimentos.

Entender que o mundo que temos à nossa disposição é o reflexo do nosso mundo interno, e se temos tanta necessidade de controlar a vida alheia, talvez seja o momento de nos perguntarmos: que emoções estão fragilizadas dentro de mim?

Quem carrega medo dentro de si, quer dividir o medo com você

Quem carrega tristeza dentro de si, quer dividir infelicidade com você

Quem carrega amargura dentro de si, quer fazer da vida do outro um inferno

Quem carrega amor dentro de si, quer dividir amor com o mundo

Quem carrega felicidade dentro de si, quer dividir otimismo e alegria com você

Quem tanto quer cuidar da vida do outro, é quem precisa cuidar mais de si.

GENTE FELIZ NÃO SE INCOMODA COM O SUCESSO ALHEIO. GENTE FELIZ VIBRA POR VOCÊ, E NÃO TORCE O NARIZ QUANDO TE VÊ CRESCER.

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*Fonte: seuamigoguru

Se você não está alegre, não precisa fingir. Ninguém é obrigado a demonstrar um sentimento irreal!

As pessoas buscam a felicidade na vida, isso é comum, todo mundo quer ser feliz…

O que não é preciso é fingir felicidade, alegria, obrigar-se a fazer algo que não gosta – ou não quer – só porque todo mundo faz, para obter a tão desejada alegria e felicidade… Cada um é feliz de uma forma, não existe um padrão, uma fórmula específica e padronizada para se obter a felicidade, para ficar alegre.

É possível que algo que outros façam, para sentirem alegria, não funcione com você. Respeite sua forma de ser, respeite o que realmente o faz bem e feliz. Cada pessoa tem suas necessidades, vontades.

Existem datas que a sociedade impõe, como aniversário, Ano Novo, Natal, Carnaval … Que é quase como uma obrigação que as pessoas sintam-se bem, alegres, felizes, e muitas vezes, elas não estão se sentindo dessa forma e ficam até com um sentimento estranho como se não pudessem ter tristeza, ou não estivessem alegres ou felizes… Simplesmente as datas – e certas situações – não estão tocando seu coração, e tudo bem…

Ninguém é obrigado a sentir, a demonstrar um sentimento que não é real.

Existem muitas exigências culturais, sociais, familiares, de todos os grupos, para que tenhamos determinados comportamentos de acordo com situações, datas, convenções, como se todos precisassem se comportar igual, sentirem igual, uma certa padronização do sentir. Isso não é algo bom, nem saudável.

Cada pessoa encontra-se em um momento, em um contexto, cada experiência é única, sentida e vivenciada em cada um de nós.

Não cobre a você, nem a ninguém, expressar-se de determinado jeito, porque senão estará destoando do grupo, da sociedade, do evento cultural…

Umas das sensações mais desagradáveis é a pessoa fingir uma emoção que não sente de verdade. Exemplo: A pessoa acreditar que precisa ficar muito alegre porque é Carnaval, precisar comemorar algo porque está em uma determinada data, e isso é muito desgastante.

Independente de qualquer data, evento, momento, você só precisa acolher o que sente de verdade. Pode ser que tenha motivos para estar um pouco triste, queira estar um pouco mais em sua companhia e de mais ninguém, que não queira distribuir tantos sorrisos por aí, e está tudo bem. Compreenda o seu momento, respeite muito todas as suas emoções, acolha todos os seus sentimentos, não exija de você algo que não pode oferecer, não exija de você uma falsa alegria porque socialmente existe uma cobrança em determinada data, ou evento em que todos estejam sorrindo, muito contentes, alegres, saltitantes, se você não se sente assim.

Você é de um jeito, de uma forma, os outros são de outra forma e de outro jeito. Ninguém precisa sentir igual ao outro, igual a todo mundo.
Quanto mais fiel e verdadeiro você for a você, melhor serão os seus sentimentos sobre você.

Não se obrigue, não se force a nada, liberte-se dessas obrigações padronizadas e fora de uma lógica humana.

Seja você, exatamente como você é. Quando quiser ficar mais tranquilo, avesso às exigências de datas, de festividades, de eventos, tudo bem, está tudo bem, você só está se respeitando e tendo empatia com a sua pessoa, isso é muito bom!

Busque a felicidade e a alegria dentro de você, busque a paz, onde não há paz sempre existirá intranquilidade, desequilíbrio, falta de amor… Onde há paz, há permissão para sentir o que for, onde há paz existe compreensão, existe tranquilidade em ser verdadeiro com suas emoções e sentimentos, em se expressar da forma mais confortável e real.

Para ser alegre, não necessita estar eufórico, para estar feliz não necessita estar rindo, e contente com tudo.

A felicidade, a alegria podem ser sóbrias e com muita paz.

Cada um sente de um jeito, expressa de uma maneira. Vamos respeitar toda forma do “Ser”.

Não se cobre além da conta, respeite seus limites, busque a alegria nas pequenas coisas, respeite os momentos difíceis, não exija de você estar alegre, quando não sente isso.

Contentamento, bem-estar, felicidade e paz são individuais, são também construções das pequenas coisas da vida e dentro de nós.

Seja feliz e alegre da sua maneira, bem do seu jeito, do seu estilo, de acordo com sua compreensão, entendimento, com suas reais necessidades, e não igual a como todo mundo é.

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*Fonte: osegredo

Hormônios da felicidade: como aumentar seus níveis no corpo

Você já ouviu falar nos hormônios da felicidade? Existem quatro substâncias bioquímicas principais que estão associadas ao sentimento de felicidade e sensação de bem-estar: serotonina, dopamina, endorfina e oxitocina.

Apesar de serem chamadas popularmente de “hormônios da felicidade”, é importante entender que nem todas substâncias dessa lista são hormônios – embora a mesma terminação em “-ina” possa nos induzir ao erro.

Enquanto a serotonina e dopamina são neurotransmissores, a endorfina e oxitocina são hormônios. Aqui, vale apontar apenas que esses compostos bioquímicos têm formas diferentes de atuação no corpo humano.

Se você quer uma vida mais feliz, é importante você conhecer cada um desses hormônios e neurotransmissores e saber como eles funcionam no seu corpo. Afinal, diariamente há muitos gatilhos de ansiedade, estresse e tristeza no mundo que chegam até nós, inclusive pelas redes sociais.

Serotonina: o que é e para que serve
A serotonina é um neurotransmissor que desempenha um papel importante no humor. Por isso que ouvimos falar nela quando buscamos formas para reduzir a depressão e regular a ansiedade.

Além de estar associada à felicidade, a serotonina ajuda a regular outras funções em seu corpo, como digestão, sono e saúde óssea.

Como aumentar serotonina
A chave para aumentar a serotonina é promover sua confiança. Se você está preso em um ciclo de baixa autoestima ou tem pessoas te criticando constantemente, pode ser difícil recuperar sua confiança.

Em outras palavras, se você não priorizar sua necessidade de respeito e status, sua confiança será afetada e, por consequência, seu nível de serotonina.

“A confiança desencadeia a serotonina. Macacos tentam se superar porque estimula a serotonina. As pessoas geralmente fazem o mesmo”, explica Loretta Breuning, fundadora do Instituto do Mamífero Interior (Inner Mammal Institute em inglês) e autora do livro “Habits of a Happy Brain” (“Hábitos de um cérebro feliz”, ainda sem edição em português).

Para desenvolver sua crença no seu valor próprio, foque no que você já conquistou na vida. Outra maneira de aumentar sua confiança é praticar exercícios físicos e buscar formas de sair da sua zona de conforto.

Dopamina: o que é e para que serve
A dopamina é um neurotransmissor que está associado à motivação e recompensa. É por isso que você sente bem quando define uma meta empolgante ou importante, e por que é prazeroso alcançá-la.

“Aproximar-se de uma recompensa libera dopamina. Quando um leão se aproxima de uma gazela, sua dopamina aumenta e a energia que ele precisa para a caça é liberada. Seus ancestrais liberavam dopamina quando encontravam um poço de água”, diz Breuning.

Por outro lado, o nível baixo de dopamina (que os especialistas dizem que pode ocorrer com a depressão) pode explicar os sentimentos de baixa motivação ou perda de interesse em algo que você costumava gostar.

Como aumentar dopamina
A taxa de dopamina pode ser aumentada com hábitos não tão saudáveis, como beber cafeína, comer açúcar, certas drogas recreativas e até usar redes sociais. Mas, você consegue aumentá-la sem usar substâncias potencialmente prejudiciais ou viciantes.

“Abrace um novo objetivo e dê pequenos passos em direção a ele todos os dias. Seu cérebro o recompensará com dopamina cada vez que você der um passo. A repetição construirá um novo caminho de dopamina até que seja grande o suficiente para competir com o hábito de dopamina que você está melhor sem”, diz Breuning.

Endorfina: o que é e para que serve
As endorfinas são hormônios que estão reconhecidamente ligados ao exercício. Após uma corrida ou treino intensos, há uma liberação desse hormônio do prazer.

Outra característica desses hormônios é atuar como analgésicos naturais, minimizando a dor e maximizando o prazer. Isso ajuda a explicar porque um corredor não consegue perceber uma lesão até que termine o esporte.

“No estado de natureza, ajuda um animal ferido a escapar de um predador. Ajudou nossos ancestrais a correr para pedir ajuda quando feridos. As endorfinas evoluíram para a sobrevivência, não para festas. Se você estivesse com altas endorfinas o tempo todo, tocaria o fogo quente e andaria com perna quebrada”, explica Breuning.

Como aumentar a endorfina
Embora as endorfinas sejam liberadas em resposta à dor, isso não significa que você deva procurar maneiras de se machucar (como se exercitar demais ou se esforçar além de seus limites) apenas para se sentir bem.

A maneira mais gostosa de aumentar as endorfinas naturalmente é rir. Outras formas igualmente eficazes são comer chocolate amargo, assistir seu drama favorito na Netflix, malhar e meditar.

Oxitocina: o que é e para que serve
A oxitocina (também escrita ocitocina) é comumente chamada como “hormônio do amor”. Isso porque esse hormônio está associado à forma como as pessoas se unem e confiam umas nas outras.

Esse composto também é importante na contração do útero durante o parto, na amamentação e no relacionamento dos pais com o bebê após o nascimento.

Como aumentar a oxitocina
Certas atividades como beijar, abraçar e fazer sexo podem desencadear a liberação de oxitocina no cérebro. Mas, para além do aspecto físico, a conexão emocional é importante para que a oxitocina seja liberada.

“A confiança social é o que libera a oxitocina. Se você abraça alguém em quem não confia, não se sente bem. A confiança vem em primeiro lugar. Você pode construir a confiança social dando pequenos passos positivos em relação às pessoas”, diz Breuning.

Uma dica para aumentar a oxitocina é entrar em contato com um amigo próximo. Se você ainda não tem uma rede de confiança, entre em contato com um conhecido e construa aos poucos sua relação com ele. Outra opção é ter um animal de estimação que você possa abraçar bastante.

*Por Layse Ventura
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*Fonte: olhardigital

As 10 Música mais Felizes do Mundo, segunda a ciência

Que tal espantar a tristeza e a depressão com as músicas mais felizes do mundo? A lista, que combina com o famoso ditado popular “quem canta seus males espanta”, foi criada pelo neurologista holandês Jacob Jolij, que assumiu a missão de descobrir por que determinadas faixas musicais são tão eficazes na estimulação dos hormônios da felicidade.

Conforme o especialista, as associações pessoais e o contexto social são essenciais para explicar a dose de alegria fornecida por uma certa música. Mas há também outros fatores, mais tangíveis, capazes de deixar o ouvinte com um ânimo maior, como o tom das canções.

Neste quesito, as músicas que tenham entre 140 e 150 batidas por minuto (BPMs) são “mais felizes” do que aquelas tocadas em tom menor, de acordo com Jolij. Ele também afirmou que as letras das canções têm forte influência no humor da audiência, sendo as que tratam de eventos positivos (amor, diversão, festa etc) consideradas as melhores para espantar a tristeza, assim como os versos que não fazem nenhum sentido aparente.

Eis a lista das 10 músicas mais felizes do mundo, de acordo com a ciência.

1. “Don’t Stop Me Now”, Queen

Considerada por muitos como a “música mais feliz de todos os tempos”, esta canção da banda inglesa Queen foi lançada em janeiro de 1979, se tornando um dos maiores sucessos na voz de Freddie Mercury.

2. “Dancing Queen”, ABBA

Lançada pelo grupo sueco ABBA em agosto de 1976, “Dancing Queen” foi considerada um dos principais hits daquela década.

3. “Good Vibrations”, The Beach Boys

Uma canção que em tradução livre significa “Boas Vibrações” não poderia ficar de fora da lista. Ela chegou às rádios em outubro de 1966, por meio da banda americana Beach Boys.

4. “Uptown Girl”, Billy Joel

Pouco tempo depois de estrear, em 1983, a música do cantor Billy Joel chegou ao topo da parada no Reino Unido, obtendo sucesso também nos Estados Unidos.

5. “Eye of the Tiger”, Survivor

Um ano antes, em 1982, a banda Survivor lançou “Eye of the Tiger”, que até hoje é lembrada como parte da trilha sonora do filme Rocky III.

6. “I’m a Believer”, The Monkees

Gravada originalmente pelo grupo americano The Monkees, em 1966, a canção ganhou várias versões posteriormente, uma delas incluída na animação Shrek (2001).

7. “Girls Just Want to Have Fun”, Cyndi Lauper

Lançada em 1979 por Robert Hazard, “Girls Just Want to Have Fun” se tornou um grande sucesso na voz da cantora Cyndi Lauper, que apresentou a sua versão em 1983, transformando-a em um dos maiores hits dos anos 1980.

8. “Livin’ on a Prayer”, Bon Jovi

Considerada pelo canal VH1 como uma das melhores músicas dos anos 80, “Livin’ on a Prayer” foi lançada em outubro de 1986 pela banda Bon Jovi. A música também é lembrada pelos fãs da série Todo Mundo Odeia o Chris, pois ganha destaque no último episódio da atração.

9. “I Will Survive”, Gloria Gaynor

Lançada em 1978 pela cantora Gloria Gaynor, “I Will Survive” é outra que ganhou versões diferentes nas décadas seguintes, fazendo parte da trilha sonora de novelas, filmes e seriados.

10. “Walking on Sunshine”, Katrina & the Waves

Finalizando a lista das músicas mais felizes do mundo segundo a ciência, temos uma faixa lançada em 1983 pela banda britânica Katrina & the Waves. Porém, a melodia não fez sucesso de imediato, só caindo no gosto popular quando relançada dois anos mais tarde.

*Por Andre Luiz Dias Gonçalves
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*Fonte: megacurioso

Muitas pessoas estão sempre buscando a felicidade, mas não percebem que já são felizes

Muitas pessoas estão sempre buscando a felicidade, mas não percebem que já são felizes.

É importante que comecemos a conceber a felicidade como um modo de vida e como um caminho, não como um objetivo que devemos alcançar a longo prazo.

Por que você procura a felicidade quando já a tem?

VOCÊ VIVE EM CONSTANTE ANSIEDADE E NÃO CONESGUE SUPRIR AS SUAS NECESSIDADE, VOCÊ BUSCA A FELICIDADE COMO SE ELA JÁ TIVESSE SIDO SUA ANTES, E VOCÊ A TIVESSE PERDIDO AO LONGO DO CAMINHO. ÀS VEZES, ESSA BUSCA, TORNA-SE O ÚNICO OBJETIVO DA SUA VIDA. É HORA DE REPENSAR…

Para atingir esse objetivo, não faltam livros de autoajuda que tentam convencê-lo da necessidade de fazer mudanças. Práticas como Mindfulness ou cursos de coaching, cada vez mais famosos, também são comuns.

Apesar de todos os recursos que você tem, você ainda não a sente. É como uma eterna busca pelo Santo Graal, onde nunca se encontra o caminho certo, o sinal divino, a revelação do último momento.

O QUE ESTÁ DANDO ERRADO?

A felicidade não está no que temos

Não importa quantas posses temos. No final, muitas pessoas acabam cedendo ao imenso bem-estar que a compra compulsiva produz. Para muitos, é o mais próximo que podem chegar de “felicidade”. Um sentimento positivo que infelizmente não dura muito.

O número de objetos ao nosso redor não nos fará sentir melhor . Em muitos casos, é apenas uma forma de tentar preencher um vazio existencial.

De fato, uma pesquisa de uma equipe da Universidade de Michigan revela que recorremos às compras com muita frequência, a fim de reduzir nossa tristeza diária.

Devemos levar em consideração o seguinte:

O material é isso mesmo. Coisas às quais damos valor, mas que não nos preenchem completamente.
Tentar cobrir o que nos falta com elementos externos nos afasta ainda mais da felicidade. Esse sentimento não se compra com dinheiro.

A felicidade não é um objetivo

Acreditamos que tudo o que fazemos em nossas vidas visa alcançar a felicidade. No entanto, quais são os objetivos mais comuns se perguntarmos ao nosso redor?

Ter um bom emprego: tirar boas notas nas aulas e trabalhar em uma grande empresa com um bom salário é algo que muitos precisariam para serem felizes.

Encontrar uma “cara metade”: um bom emprego não é tudo se você fracassar em seus relacionamentos amorosos. Por isso, encontrar aquela pessoa que te complementa é uma condição essencial.

Formar sua própria família: agora que você tem tudo, precisa pensar em sua prole. As crianças vão dar sentido à sua vida.

Aproveitar sua aposentadoria cercado de netos: você já trabalhou muito, você merece se divertir. Viaje, brinque com seus netos e aproveite seu parceiro, aquele com quem você compartilhou milhares de momentos.

Você busca a felicidade dessa forma?

Você realmente acha que seguir esse padrão de comportamento é sinônimo de sucesso? Lembre-se que nem todo mundo quer ter filhos. Além disso, que existem pessoas que não querem procurar e capturar um parceiro estável .

Não podemos todos nos medir pela mesma medida, nem tentar nos encaixar em um molde que não é para nós. Vamos deixar de lado o que a sociedade espera e focar no que queremos.

A felicidade não tem a mesma medida para todos

Se buscamos a felicidade, é hora de esquecermos os passos que nos foram impostos. Nossa vida não é a mesma de nossa família, amigos ou conhecidos.

Todos devem encontrar o que os faz se sentir bem, independentemente dos clichês. Muitas vezes, obcecados em encontrar aquela felicidade tão almejada, não percebemos que a temos à nossa frente.

Além disso, como explica este estudo de uma equipe da Universidade de Harvard , não podemos percebê-lo porque nossas mentes estão sempre muito ocupadas. Um cérebro sempre errático, que não sabe apreciar o aqui e agora, molda uma mente infeliz.

A felicidade está em equilíbrio

Quando nos referimos à felicidade, não estamos falando de um estado de espírito, mesmo que seja definido dessa forma. Pelo contrário, estamos aludindo a esses momentos de nossa vida cheios de bem-estar.

As emoções flutuam. Nem sempre podemos ser felizes, porque somos humanos e os estímulos que nos cercam às vezes nos fazem sentir tristes, felizes, melancólicos, etc.

Porém, independente de nossas emoções, hoje podemos estar no melhor momento de nossas vidas , aquele que chamamos com o rótulo de “felicidade”.

NO PRESENTE É ONDE ESTÁ A VERDADEIRA FELICIDADE.

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*Fonte: seuamigoguru

Felicidade é saber apreciar as coisas simples da vida

As coisas simples da vida são como aquelas estrelas que brilham em noites claras. Elas estão sempre lá, nos cercando, nos oferecendo sua magia sutil; No entanto, nem todos os dias paramos para olhar para elas ou lembramos que elas existem.

Somente quando estamos perdendo, somente quando a vida nos dá um revés pequeno ou grande, subitamente apreciamos o que realmente constrói nosso coração, o que constitui cada uma daquelas cordas internas que dão música e significado à nossa existência.

“As coisas simples, amáveis ​​e discretas formam dia a dia a borda da nossa vida, onde repousar em dias tempestuosos e onde todas as nossas alegrias fazem sentido.”

Algumas pessoas dizem que quanto mais simples o nosso modo de vida, menos preocupações teremos e menos erros faremos. Agora, todos estão livres para complicar suas vidas o quanto quiserem, todos nós temos o direito de assumir riscos, projetar sonhos e ter um círculo social tão amplo e variado quanto quisermos.

O principal, a chave de tudo, não é levar uma vida simples, mas ser simples em pensamentos e saber o que é importante, o que realmente faz nosso coração feliz e nos identifica. De lá, todos nós somos muito livres para construir nossos microuniversos individuais. Nós convidamos você a refletir sobre isso.

Coisas simples são as maiores coisas da vida

Há um fato que nos impressiona, o Google publicou há poucos dias quais são as pesquisas mais comuns entre os usuários. Entre elas, o que é quase sempre uma tendência é uma em particular: “como ser feliz?”

“Ser feliz é fechar os olhos e não querer mais nada e, para isso, basta deixar de medir a felicidade pelo dinheiro que temos ou não temos: mas por aquelas coisas simples que não mudaríamos por todo o dinheiro do mundo.”

Todos nós temos mais de uma coisa que nunca mudaríamos nem pela mais incrível das riquezas. A vida de seus filhos, seu parceiro, seus irmãos … E talvez até seus animais de estimação. Porque o que eles nos dão e o que lhes oferecemos é uma troca de afetos que não tem preço.

Agora, o problema com tudo isso é que a vida, às vezes, não é nada fácil. Você sabe, por exemplo, que a coisa mais importante para você são seus filhos, mas você deve completar um longo dia de trabalho que o impeça de estar com eles o tempo que desejaria.

Você gostaria, indubitavelmente, que tudo fosse mais fácil e, a partir daí, que às vezes nos sentíssemos perdidos diante de tantas pressões, tantas obrigações que dia após dia nos afastam do que é realmente essencial. Portanto, seria interessante pensar nesses aspectos por alguns instantes.

Levar uma vida plena e consciente
Levar uma vida plena e consciente é saber entender em que momento da sua vida você está e sentir o seu presente, o aqui e agora.

Devemos ser conscientes do que nosso coração nos diz e das necessidades que você tem ao seu redor. Você pode, por exemplo, trabalhar mais horas, dando-lhe a oportunidade de ter mais coisas, mas sabe que, apesar de tudo, prefere investir esse tempo em sua família.

Viver uma vida plena também é entender que todo esforço vale a pena, porque tudo que você faz te faz feliz e oferece felicidade aos seus.

Se não houver reciprocidade, não há cumprimento. Olhe para a sua vida como se fosse um círculo: se não houver equilíbrio consigo mesmo e com o que o rodeia, será difícil desfrutar dessa felicidade.

O prazer do simples é uma atitude
Nem todas as pessoas sabem como aproveitar as coisas simples que a vida lhes oferece. Talvez porque eles são incapazes de vê-los, outros porque não os apreciam e estão mais inclinados para o apego material, para satisfação imediata, o que não dura …

“Respire, ame, seja feliz, aproveite as coisas simples da vida … Este é o único urgente, o resto, embora você não acredite, é secundário.”

Desfrutar do prazer do simples é uma atitude que muitos cultivam porque já possuem uma paz interior adequada e sem artifício. O gozo do simples chega a alguns depois de uma longa jornada onde, de repente, agem de consciência e descobrem prazeres que não haviam tido em conta anteriormente:

– O prazer de boas amizades.
– Um bom dia e uma inesperada carícia.
– Do riso contagiante de uma criança.
– O vento embriagante depois de uma tempestade
– De um sol que afunda no oceano em absoluto silêncio
– De um despertar de domingo sem qualquer preocupação na mente …

Não hesite em praticar essa simplicidade de pensamento e emoções no seu dia-a-dia, porque quando finalmente encontrarmos essa felicidade interior, ela durará para sempre porque estará conectada ao nosso verdadeiro eu.

*Por Por Valeria Sabater (site La mente es Maravillosa)
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*Fonte: pensarcontemporaneo

Pessoas maduras procuram a felicidade e não a opinião dos outros

Pessoas maduras procuram a felicidade e não a opinião dos outros.

PESSOAS MADURAS NÃO QUEREM TER ENCRENCAS COM NINGUÉM, NÃO SE COMPARAM COM OS OUTROS, NEM SE INTROMETEM ONDE NÃO SÃO CHAMADAS.

Não é nada fácil deixar de opinar sobre a vida de quem amamos, pois queremos que ele acerte, que sua vida dê certo.

Pais opinam com propriedade e devem orientar sempre seus filhos, pois isso faz parte da responsabilidade parental, mas, quando não temos responsabilidade alguma com a pessoa e nem fomos chamados para opinar, o silêncio deve prevalecer.

Mesmo assim, existem pessoas que jamais conseguirão se controlar e irão se intrometer nas nossas vidas, mesmo que nem haja intimidade suficiente para tanto. Ainda que ninguém tenha perguntado o que elas acham.

Caberá, então, a nós lidar com as intromissões da melhor forma possível, no sentido de nos resguardarmos e de não nos importarmos com os pitacos que não são bem vindos.

Também não dá para nos fecharmos a toda e qualquer opinião alheia, uma vez que existe quem torça realmente por nós e se importa com a nossa vida de forma verdadeira e bondosa.

Muitas vezes, quando estamos em meio a um redemoinho emocional, por exemplo, ficamos mais vulneráveis, sensíveis, enfraquecidos, o que pode nublar nossas tomadas de decisão.

Nesses casos, orientações de quem enxerga o caos de fora podem ajudar bastante. Mas de alguém confiável.

NA VERDADE, QUANTO MAIS A GENTE VIVE, MAIS A GENTE APRENDE A SELECIONAR O QUE CHEGA E O QUE SAI DE NOSSAS VIDAS.

Mais a gente consegue filtrar o que vem nos atingir, porque a gente percebe que é preciso proteger o nosso coração daquilo que nos torna infelizes.

O amadurecimento faz a gente buscar com mais força a felicidade, porque entendemos que tudo passa, e passa rápido, ou seja, o que é bom precisa ser vivido, revivido, sentido e guardado com intensidade.

O objetivo da vida é ser feliz, do seu jeito, com quem você ama, perto de quem te faz bem, fazendo o que te emociona, sem machucar ninguém nessa caminhada.

Pessoas maduras não querem ter encrencas com ninguém, não se comparam com os outros, nem se intrometem onde não são chamadas. E ainda selecionam com o que se importar, pois estão ocupadas em sorrir e em afastar a tristeza, sem azucrinar a paciência alheia.

É tão lindo vê-las cuidando da própria vida. Ah, essas pessoas maduras…

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*Fonte: seuamigoguru

24 sinais de que você é um vencedor (embora ainda não saiba)

Mesmo em épocas de alegre chegada do tempo bom, paradoxalmente vivemos dias de crise nos quais lamentamos nossa situação. Seja isso uma astenia primaveril ou desânimo, nessas situações nos tornamos chorões e tendemos a filosofar sobre nossa vida, não precisamente em tom jovial. Os especialistas em psicologia positiva observam como muitas vezes nos queixamos por vício e sem que exista um motivo verdadeiro.

Em algumas ocasiões também protestamos até quando as coisas estão indo bem. “Embora o sucesso seja medido por cada um de nós, o importante é o prazer que sentimos em cada momento, saber identificar e expressar os próprios talentos, sentir qual é o propósito de nossa vida e dispor de relações construtivas com as quais compartilhá-la”, explicam com base nessa orientação.

Como disse Napoleão Bonaparte, “o sucesso não está em vencer, mas em não desanimar nunca”. O governante francês punha ênfase na persistência e em manter o esforço, apesar das dificuldades. É a mesma opinião de Dafne Cataluña, psicóloga e coach do Instituto Europeu de Psicologia Positiva, que esclarece que não existe uma definição universal do sucesso, mas isso depende do que nos rodeia: “da cultura, do entorno e da própria forma de ser”. Especificamente, o triunfo é definido por cada um de nós, levando em conta aspirações, metas, sonhos e valores. “Algumas pessoas têm como objetivo a glória de se sentir plenas com sua vida, outras em conseguir ser pai, algumas em encontrar uma profissão que as preencha e muitas outras em ter amigos ou companheiros com os quais se sintam com a liberdade de serem elas mesmas”, observa a especialista.

A felicidade também tem uma definição subjetiva, mas existem alguns indicadores de que as coisas vão bem, até mesmo melhor do que poderíamos pensar. A coach e escritora norte-americana Shannon Kaiser, especialista em conseguir a conexão de seus clientes com o próprio “eu” para que possam viver seu verdadeiro objetivo vital, descreve, entre os sinais de sucesso, alguns dos estados cotidianos de nossa realidade nos quais nem sequer reparamos, mas que se relacionam com aquilo que, segundo a psicologia positiva, facilita a sensação de plenitude.

Sucesso e felicidade… material?
Madonna não parece ser a única material girl. Na realidade, todos tendemos a medir o quanto estamos bem em função de nosso poder aquisitivo, sendo esse um fenômeno global próprio da sociedade de consumo: vivemos para consumir e ansiamos pela acumulação material, por ser a que nos dá o status e a segurança. Mas não somos mais felizes do que nossos antepassados que viveram uma carestia real. Por que isso acontece? A psicologia explica isso pelo princípio da habituação, que aplicado a este caso significa o seguinte: “Por mais que eu goste de algo, quanto mais eu o tiver, menos me impressiona”. Ou, o que dá no mesmo: nós nos acostumamos a tê-lo, então, com o tempo, nos parece normal, por isso deixamos de apreciá-lo como no começo. Pode ser que isso aconteça pelo fato de a novidade nos causar excitação e sempre procurarmos conseguir o que não temos.

SOBRE A EXIGÊNCIA PRÓPRIA E ALHEIA

1. Deixou de culpar-se por essa viagem frustrada há semanas. Haverá mais opções…

2. Cada vez controla melhor sua ira e faz menos dramas

3. Deixar de ser mileurista (com renda mensal por volta de mil euros, o equivalente a 3 mil reais) seria bom, mas não é sua prioridade

4. Aceita os defeitos de seus pais com naturalidade

5. Quando se deparou com sua ex há meses e a encontrou feliz, se alegrou (e não foi encenação)

Com essas atitudes conseguiu relaxar o nível de exigência, permitindo que a magia triunfe no que se refere a não se sentir culpado por não conseguir certos objetivos, além de liberar de culpa os demais.

SOBRE O AMOR PRÓPRIO

6. Você não está gordinho: é só um amante dos prazeres da vida, alguém que adora comer

7. Vista-se como quiser, sem se importar com o que digam

8. Festejou a última promoção de seu colega de trabalho

9. Quando elogiam a sua inteligência, não enrubesce. Sim, é verdade!

Quando a necessidade de aprovação diminui, a insegurança se transforma em autoestima e a pessoa fica satisfeita com o que é, independentemente das conquistas e da opinião dos demais.

SOBRE O ENTORNO

10. Pediu ajuda naquela vez em que precisou

11. É capaz de se colocar no lugar do outro

12. Quando chega o domingo, tem a quem telefonar para tomar um café

Comunicar as necessidades pessoais com empatia incrementa as possibilidades de criar e manter relações satisfatórias. Perder o medo de pedir ajuda favorece as relações satisfatórias. Tan Bem Shahar, professor da Universidade Harvard, descreve os “perfeccionistas” como pessoas que não têm finalidade, já que sempre se propõem metas cada vez mais altas e objetivos mais difíceis. Em seu livro Seja Mais Feliz, Shahar observa como, no entanto, “quando conseguem suas metas não sentem a satisfação nem a felicidade que esperavam, já que essa expectativa idealizada se esmigalha e o equilíbrio entre o esforço e o desfrute se torna negativo ao ter o esforço um peso desproporcional”. Conclusão: menos ambição e mais amigos.


SOBRE A ACEITAÇÃO

13. Quando chega a sua casa, suspira: “Ufa, enfim em casa”.

14. Decorou a sala de um modo que você gosta

15. Não acontece todos os dias, mas, às vezes, fica surpreso com a própria beleza no reflexo do espelho

16. Sabe com fundamento que é um bom trabalhador

Claro, não só de amigos vive o homem. Assim, é necessário que em seu canto de casa e do trabalho impere uma certa ordem. Isso não se traduz em habitar uma mansão de sonhos ou ser o funcionário mais brilhante da empresa, mas em, como proclamava o empresário Henry Ford, “desfrutar do que se obtém como a chave do sucesso”. Pense em sua última conquista no trabalho, e festeje.


SOBRE A REBELIÃO

17. Reconhece as más pessoas e as expulsa de sua vida

18. Não se lamenta pelos males do fumo: simplesmente, deixou o cigarro

19. Recorda perfeitamente da última vez que disse “não”

A aceitação só é positiva se for acompanhada de assertividade, uma palavra que agora todos os especialistas em psicologia usam para definir o ponto exato em que somos capazes de nos fazer respeitar sem recorrer à agressividade

SOBRE OS SONHOS COMPATÍVEIS COM O TALENTO

20. Ao falhar naquele exame, estudou mais para o próximo

21. Tem metas para cumprir

Não se acovardar ante a adversidade é uma grande conquista. Em geral, isso significa conhecer aquilo em que é bom e, além disso, o faz se sentir bem: “Conhecer nossos pontos fortes tem um impacto positivo no bem-estar”, explica a diretora do Instituto Europeu de Psicologia Positiva. Já detectou os seus pontos fortes e estabelece os seus objetivos de acordo com eles? Então, você é uma pessoa de sucesso.

SOBRE O AMOR

22. Pode enumerar, pelo menos, cinco pessoas que o amam

23. Diz-lhes “te amo” com frequência

24. Em todas as ocasiões, essa declaração é verdadeira

A capacidade de amar e ser amado é uma das 24 forças pessoais descritas pelos psicólogos Seligman e Peterson. Sentir-nos queridos significa também nos sentirmos seguros. Como também dizia o psicólogo Bowbly em seus estudos das relações do apego na infância, “quando criamos um apego seguro com as pessoas que se encarregaram de nosso cuidado na infância, as possibilidades de desenvolver relações afetivas e saudáveis são muito maiores”.

Esclarecidos os termos de felicidade e vitória, é hora de passar para o teste infalível. Porque, sim, há uma série de sinais que às vezes ignoramos, e que dizem que você é uma pessoa bem-sucedida. Se você se reconhece neles, diga adeus à melancolia e dê as boas-vindas a um grande vencedor.

*Por Patricia Peyro Jimenez
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*Fonte:

O homem que tem a receita para ser feliz

O psicólogo norte-americano Dan Gilbert conhece a receita da felicidade. E ela é infalível. O pesquisador da Universidade Harvard lembra o caso de Moreese Bickham, cidadão negro de Luisiana (EUA) que, em 1958, viu dois policiais ligados ao Ku Klux Klan chegarem à entrada de sua casa e atingi-lo com uma bala no estômago. Apesar do ferimento, Bickham, aos 42 anos, conseguiu pegar uma arma e se defender. Matou os dois agentes. Agiu em legítima defesa, mas acabou sendo condenado à morte pelas instituições racistas do sul dos EUA de cinquenta anos atrás. Passou mais de 37 anos na prisão, 14 deles no corredor da morte. Trancado 23 horas por dia em total isolamento. Até que, após pressões da sociedade civil, foi solto em 1996. Ao sair da prisão, comentou da seguinte forma o tempo que passara na cadeia: “Não lamento um único minuto sequer. Foi uma experiência gloriosa”.

Gilbert, nascido em 1957, sorri antes de contar um outro caso, o de Ronald Wayne. Em 1976, com dois amigos, chamados Steve Jobs e Steve Wozniak, ele criou uma empresa de fabricação de computadores, que ganhou o nome de Apple. Em seguida, temendo que o projeto acabasse fracassado, vendeu as suas ações, por 800 dólares. “Hoje, elas valeriam 62 bilhões de dólares”, afirma Gilbert. “Nunca me arrependi da minha decisão”, declarou Wayne, um engenheiro aposentado que vive feliz perto de Las Vegas.

Moreese Bickham, detido injustamente durante 37 anos nos EUA, avaliou a experiência na prisão como “gloriosa”

O psicólogo de Harvard continua o seu relato, durante sua primeira palestra na Espanha, realizada no centro cultural CaixaForum a convite do instituto social “a Caixa”. Os ingressos se esgotaram 15 dias antes do evento. Gilbert é uma estrela da oratória. Suas apresentações na TED, disponíveis na internet, já foram vistas por mais de 20 milhões de pessoas. “Anthony Weiner era um político famoso, jovem, bonito e brilhante. Vivia o auge do sucesso. Muitas pessoas achavam que chegaria a ser presidente dos Estados Unidos. Mas ele tinha um mau hábito: fazer fotos de seu pênis e enviá-las a mulheres jovens que não eram sua esposa”, continua Gilbert.

“Não é a melhor das ideias se você pretende ser presidente dos EUA”, brinca. Ao ser pego, em 2011, Weiner caiu em desgraça, afundou a sua família no desespero e renunciou ao mandato de deputado. Sua carreira política estava arruinada. No entanto, um ano depois, em uma entrevista, Weiner confirmou que aqueles acontecimentos tinham feito com que ele mudasse, para melhor. Era um outro homem, uma pessoa melhor. “2011 foi o melhor ano de minha vida”, afirmou.

Gilbert tem a receita da felicidade quase na ponta de língua. Mas, antes, ele exibe uma última fotografia. Nelas aparecem, muito jovens, John Lennon, Paul McCartney e George Harrison, juntamente com um quarto músico que não é Ringo Starr. Trata-se de Pete Best, o primeiro baterista dos Beatles. Ele deixou a banda em 1962, pouco antes de ela se tornar um fenômeno mundial. “Estou feliz com o meu estilo de vida”, disse Best, que continuou tocando bateria em Liverpool e hoje é um avô contente.

“Os seres humanos sempre supervalorizam o quanto serão infelizes diante de alguma adversidade”, diz Gilbert

Os olhos do pesquisador norte-americano brilham, pois ele já reuniu os quatro ingredientes da felicidade: “Renuncie ao seu posto em meio a um escândalo, se possível humilhando a sua companheira; seja preso de forma injusta; venda a sua participação de 62 bilhões de dólares em uma empresa por um punhado de dólares; e nunca, jamais, se torne um dos Beatles”.

Parece uma receita estapafúrdia, mas ela funcionou para os quatro protagonistas dessas histórias. Na verdade, Gilbert não fala sobre como ser feliz, nem sobre por que as pessoas não são felizes, mas sim sobre por que as pessoas não sabem o que as fará felizes. “Os seres humanos subvalorizam sua própria resiliência: não percebem como será fácil mudar a sua visão do mundo caso aconteça algo ruim. Sempre supervalorizam o quanto serão infelizes diante de alguma adversidade”, observa o psicólogo durante uma conversa com jornalistas em Madri.

O cientista compara essa capacidade de adaptação com “um sistema imunológico psicológico, semelhante ao que defende o corpo dos vírus e doenças”.

Essas defesas da mente, assim como as do corpo, são mais fortes em certas pessoas do que em outras. “Minha mulher nunca fica doente, e eu pego todos os resfriados possíveis. O mesmo acontece com o sistema imunológico psicológico. Há pessoas que são resilientes diante da pior tragédia. Outras se entristecem diante de coisas mínimas. O interessante, porém, é que a imensa maioria dos seres humanos são do primeiro tipo”, afirma. “75% das pessoas voltam a ser felizes dois anos depois do pior trauma que você posa imaginar”.

O cientista compara a capacidade de adaptação a “um sistema imunológico psicológico, semelhante ao que defende o corpo contra os vírus”
O psicólogo de Harvard sabe que se move em um terreno escorregadio: o da milionária indústria da felicidade, uma metralhadora de palestras, cursos de coaching e livros de autoajuda. Um universo repleto de charlatães e farsantes. “Não sei quais são as suas motivações, mas na indústria da felicidade há muita gente que está equivocada”, admite Gilbert, diplomaticamente.

Ele é diferente. Suas pesquisas são publicadas nas melhores revistas científicas. Uma de suas experiências consistiu em um aplicativo para celular que perguntava periodicamente a 5.000 pessoas de 83 países como elas estavam se sentindo, o que estavam fazendo e se estavam pensando em alguma coisa diferente daquela que estavam fazendo na hora. Os resultados, publicados na revista Science, mostraram que as pessoas pensam em coisas que não estão acontecendo quase tanto quanto nas coisas que estão diante de seus narizes. E os dados revelaram que essa “mente errante” as tornava, frequentemente, infelizes.

“A indústria da felicidade é uma boa ideia, mas tem de se embasar na ciência. É muito fácil passar receitas sobre a sua vida para as pessoas. Isso é feito há milhares de anos. Todo padre, todo rabino, todo orador motivacional, todo garçom, todo taxista, todos têm uma opinião a dar sobre a felicidade. Quais opiniões são certas, e quais não são? Só existe uma forma de saber: a ciência”, afirma.

O laboratório de Gibert mede os sentimentos de milhares de pessoas para tentar desmontar afirmações que são sempre das como incontestáveis. “O nosso cérebro nos transmite informações erradas sobre se seremos felizes ou infelizes em determinadas circunstâncias futuras. Se você se pergunta o quanto ficará feliz se ficar cego, a maior parte de nós dirá que será infeliz por muito tempo ou até mesmo pelo resto da vida. Mas, se medirmos a felicidade das pessoas que ficaram de fato cegas, veremos que elas são perfeitamente felizes. E observamos esse padrão em todas as circunstâncias”, diz.

“Ganhar na loteria nos fará felizes para sempre e ficarmos cegos nos deixará infelizes? Nenhuma das duas coisas é certa”

“A pessoa pensa: isso será terrível, ou isso será maravilhoso. Mas, depois, medimos a situação e vemos que não existe nada tão terrível nem tão maravilhoso. Ganhar na loteria nos tornará felizes para sempre e ficar cegos nos tornará infelizes? Nenhuma das duas coisas é certa”, resume.

Gilbert, autor do best-seller O que nos faz felizes, também participou nesta semana de um curso na Universidade Complutense de Madri, organizado pelo matemático José Manuel Rey e pelo psicólogo Carmelo Vázquez. Ele fez a mesma palestra do que na CaixaForum, intitulada “Felicidade: o que a sua mãe não lhe disse”.

A palestra parte do princípio de uma uma mãe sempre recomenda a seus filhos que se casem, que ganhem dinheiro com um bom emprego e que tenham filhos. Ao longo de sua apresentação, Gilbert derruba os pressupostos relacionados a esses três supostos ingredientes da felicidade. As pessoas casadas são, na média, mais felizes do que as solteiras, inclusive do que os casais não oficialmente casados. Mas o divórcio implica um adicional de alegria. Depois de uma ruptura, a felicidade dos homens dispara. E a das mulheres também, depois de alguns anos, segundo os seus dados.

“O dinheiro não compra a felicidade? Sim, ele compra. Não existe nenhum estudo que mostre que um euro a mais faça diminuir a felicidade”, diz Gilbert. Mas tem um porém. Quando se é pobre, um pouquinho a mais de dinheiro gera uma felicidade imensa. Já um milionário precisará de uma quantia enorme de dinheiro para ter a sua felicidade minimamente aumentada.

“Tentar ser mais feliz é como perder peso. Não há nenhum segredo”

“Há um ponto de inflexão”, destaca Gilbert, “a partir do qual ganhar mais dinheiro não faz você mais feliz: 60.000 euros (cerca de 222.000 reais) por ano, segundo estudos realizados nos EUA. “Quase não há diferença entre ganhar 60.000 euros e ganhar 60.000 bilhões”, afirma. A explicação é muito simples, segundo ele demonstra com um outro gráfico. As quatro atividades cotidianas que trazem mais felicidade são gratuitas: fazer sexo, fazer exercícios, ouvir música e conversar. A campeã, de longe, é fazer sexo. E os estudos mostram que dar uma escapadinha até Paris deixa a pessoa mais feliz do que comprar um carro esportivo”. “Investir em experiências é melhor do que investir em coisas materiais”, avalia Gilbert.

Assim, o casamento e o dinheiro têm uma relação complexa com a felicidade. O que ocorre com os filhos, o terceiro conselho da nossa hipotética mãe tradicional? O psicólogo de Harvard vai direto ao ponto: “As crianças são como a heroína”. A droga do prazer, mas que destrói todas as demais fontes de felicidade de uma pessoa, como a família e os amigos. Com os filhos, argumenta Gilbert, ocorre o mesmo. Os pais param de fazer sexo, de sair com os amigos ou assistir a concertos. “Muitas mães me dizem que seus filhos são a sua maior fonte de felicidade, e eu lhes digo que elas têm razão. Se você só tem uma fonte de felicidade, é claro que ela é a maior”, alfineta o pesquisador.

O cientista expõe, por fim, a sua verdadeira receita para ser feliz, à luz dos dados científicos. “A felicidade é uma questão de química cerebral. A genética influencia, mas as circunstâncias também. Tentar ser mais feliz é como perder peso. Não existe nenhum segredo para se perder peso: comer menos e fazer mais exercício. Com a felicidade, é a mesma coisa. Há algumas poucas coisas que se pode fazer e que, se as fazemos todos os dias, religiosamente, a média de felicidade vai aumentando”, começa.

“Por exemplo, passar mais tempo com a família e com os amigos. É um conselho meio chato, mas é bom. Somos o animal mais social do planeta, qualquer que seja o critério. Por isso, não é de espantar que a maior parte da nossa felicidade provenha dos relacionamentos sociais. Cuide da sua saúde física, faça mais exercícios. É outro conselho meio chato, mas também é certo”, continua Gilbert, gesticulando de forma a destacar que sabe que não está inventando a pólvora. “Se me dissessem que eu perderia uma perna dizendo o que nos torna felizes na vida, eu apenas diria ‘as outras pessoas’, antes de cair no chão”.

*Por Manuel Ansede
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*Fonte: elpais-brasil

Seja feliz com o ‘hygge’, o método do bem-estar ativo dinamarquês

Transforme qualquer lugar num lugar cálido e confortável para desfrutar de um momento em total confiança

O imprescindível filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard advertia que a maioria de nós busca o prazer com tanta velocidade que, nessa pressa, passamos por ele sem perceber. Com certeza essa é uma boa base para começar a buscar o hygge. Nós o temos mais perto do que pensamos. Na verdade, ele sempre esteve aqui. Ok, mas o que é? O que significa? Bem, essa não é uma pergunta tão simples, porque hygge é uma palavra que nem sequer tem tradução em nosso idioma, embora exista uma aproximação: comodidade, familiaridade, conforto… Quando um dinamarquês tenta nos explicar o que é o hygge, costuma recorrer a uma cena como esta: imagine que você está sentado numa poltrona em frente a uma lareira, tomando uma xícara de chá enquanto lê um livro envolto numa dessas mantas que conforta a nossa vista só de olhar para ela. Isso é o hygge, e essa é a ideia: transformar qualquer lugar num lugar cálido, confortável e agradável onde seja possível curtir o momento em total confiança. E quando dizemos qualquer lugar, é qualquer lugar. Porque o hygge não se pratica só em casa. Pode ser no local de trabalho, numa reunião de amigos no bar, numa noite solitária num pequeno hotel e, claro, nesse lugar em que vivemos sempre: nosso corpo. Porque hygge é sair com uma roupa confortável, não com uma que nos faça sentir embutidos, tensos e com predisposição para o mau humor. Todos sabemos do que estamos falando, e isso é o legal do hygge, porque tudo o que temos de saber para sermos um pouquinho mais dinamarqueses já sabemos. Tudo o que temos que ter já temos. E está em nossas mãos colocar um dinamarquês em nossa vida para nos ajudar a viver de forma mais… hygge.

Façamos de qualquer lugar o nosso refúgio. Não por acaso, o hygge nasceu num país com um clima adverso. Invernos longos, duros e exigentes que obrigaram os dinamarqueses a olhar para dentro de seus lares a fim de se sentirem seguros e confortáveis, experimentando a familiaridade.

Essa mudança de direção no olhar, para o interior, permitiu-lhes não apenas trabalhar no desenho dos espaços e das coisas que os habitam, mas também nas relações e seus círculos de amizades para ampliar o conceito de refúgio onde quer que se encontrem. Talvez lá fora caia neve e estejamos a 20 graus negativos, mas não em nosso refúgio. Talvez o mercado de trabalho seja inclemente e não tenha sentimentos, mas em nosso círculo não é assim. E é possível que estejamos fora de casa, passando a noite num hotel, mas podemos buscar a familiaridade e encontrá-la ao desfrutar desse momento. Porque talvez o mundo seja cruel e imprevisível, por vezes frio e impessoal, mas nesse lugar onde estamos podemos nos esforçar para sermos geradores de bem-estar ativo.

O bem-estar ativo é, simplesmente, realizar de forma consciente aquilo que nos faz bem. Pode ser tomar uma xícara de chá, comprar o romance que nos chamou a atenção ou respirar um pouco de ar puro num passeio noturno. Cada um saberá o que é, mas o que todos sabemos é que, para sermos geradores de bem-estar ativo, precisamos ser caçadores de momentos especiais que acontecem aqui e agora. Celebrar o cotidiano como parte de um momento que não se repete, conectar com essa parte de nós que gosta de calma, sossego, tranquilidade. Mesmo que seja só de vez em quando, poder frear a ânsia da hipercomunicação, do hiperconsumismo e da hipervelocidade dos nossos dias para curtir o momento. Porque, no final das contas, como dizia Cesare Pavese, não recordamos dias; recordamos momentos. E esses momentos são nosso melhor refúgio.

A cordialidade como princípio, começando por nós mesmos. Hoje, o hygge está tão na moda que podemos encontrar velas hygge, calças hygge, mantas hygge e agências de viagem hygge. É o sinal do nosso tempo: qualquer coisa se transforma em bem de consumo. Mas, além das exigências do mercado, o grande segredo hygge é a cordialidade, e isso não podemos encontrar em nenhuma loja. Devemos buscar em nosso interior. Essa é a grande mudança de olhar que devemos fazer. Ser cordiais, começando por nós mesmos. Dar-nos esse gesto simples e possível que nos arranque um sorriso. Cuidar de nossa alimentação, sem que por isso tenhamos de abrir mão de tudo continuamente. Ser cordiais com nosso corpo, dando-lhe de presente, de vez em quando, essa massagem que nos faz tão bem ou esse banho que nos relaxa. Ser cordiais com os demais, fazendo com que se sintam confortáveis – isso também é ser cordial consigo mesmo. Ser cordiais com o meio ambiente, com os animais e com tudo o que nos cerca. A cordialidade é o princípio do hygge porque, a partir dela, é possível construir um refúgio onde habitar. E a cordialidade em grandes quantidades ampliará nosso refúgio até abranger todos os âmbitos de nossa vida. Isso é o hygge – e todos nós podemos ativá-lo agora mesmo. Ou, melhor dizendo, conectar com isso porque está mais dentro de nós que nas coisas que nos rodeiam, como costuma acontecer com tudo aquilo que nos faz sentir, simplesmente, bem.

*Por Gabriel Garcia de Oro
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*Fonte: brasil-elpais

Ler nos torna mais felizes

Os leitores estão mais contentes e satisfeitos que os não leitores, de modo geral são menos agressivos e mais otimistas, diz estudo

“Aleitura nos torna mais felizes e nos ajuda a enfrentar melhor a nossa existência. Os leitores vivem mais contentes e satisfeitos do que os não leitores, e são, em geral, menos agressivos e mais otimistas”. A afirmação é dos responsáveis por uma análise efetuada recentemente pela Universidade de Roma III a partir de entrevistas com 1.100 pessoas. Aplicando índices como o da medição da felicidade de Vennhoven e escalas como a Diener para medir o grau de satisfação com a vida, os pesquisadores chegaram a essas conclusões, que demonstram, como afirma Nuccio Ordine, autor do manifesto A Utilidade do Inútil, que “alimentar o espírito pode ser tão importante quanto alimentar o corpo”. E que precisamos, bem mais do que se imagina, dessas experiências e conhecimentos que não se traduzem em benefícios econômicos.

Como nos sentimos e quais mudanças experimentamos ao mergulhar em uma história? Há um efeito transformador? Os protagonistas das ficções nos levam a que enxerguemos as nossas contradições e nossos desejos? Fazem com que nos recordemos de coisas essenciais, talvez esquecidas?

A ciência possui cada vez mais recursos para responder a essas perguntas. Artigos publicados em revistas especializadas expõem resultados de ressonâncias magnéticas que revelam a alta conectividade que se estabelece no sulco central do cérebro, região do motor sensorial primário, e no córtex temporal esquerdo, área associada à linguagem, enquanto lemos um livro e depois de acaba-lo.

O estresse se reduz e a inteligência emocional sai ganhando, assim como o desenvolvimento psicossocial, o autoconhecimento e o cultivo da empatia, segundo uma equipe de neurocientistas da Universidade de Emory, em Atlanta, que monitoraram as reações de 21 estudantes durante 19 dias seguidos. A leitura pode até mesmo alterar comportamentos por meio da identificação com os protagonistas das histórias lidas, defende Keith Oatley, romancista e professor de Psicologia Cognitiva da Universidade de Toronto.

“É muito custoso, para nós, colocarmo-nos no lugar do outro no dia a dia, mas quantas vezes já não nos colocamos na pele de um personagem de romance? Criamos uma empatia com ele, e isso nos ajuda a compreender melhor os sinais emitidos pelos outros”, argumenta Antonella Fayer, psicóloga e coach especializada no desenvolvimento de liderança, para quem “as lições sobre dilemas morais e emocionais que encontramos na literatura são necessárias para todas as pessoas, e muito especialmente para líderes e políticos, que estão convencidos de que não têm tempo. Atuam, avaliam e fazem discursos, mas seria conveniente para eles mesmos se conseguissem parar um pouco e fazer leituras para melhorar a sua compreensão dos outros”, assinala Fayer, fazendo uma alusão às palavras de Alan Brew, ex-editor do Financial Times: “Ler os grandes autores faz de você uma pessoa mais bem preparada para tomar decisões criativas, interessantes e educadas”.

O convencimento quanto aos benefícios gerados pela leitura é o que move a School of Life, um centro londrino de biblioterapia que prescreve livros para ajudar na superação de conflitos (rupturas, disputas…). Como diz o filósofo Santiago Alba Rico, autor de Leer con niños (Ler com crianças), um ensaio que estimula nos pais o prazer de compartilhar histórias com seus filhos, a leitura, como a paixão, é um “vício virtuoso”. Quando conhecemos o bem que ela nos proporciona, não conseguimos deixar de praticá-la. Voltemo-nos, portanto, para a literatura, como convidava Cortázar, “como se vai aos encontros mais essenciais da existência, como se vai ao encontro do amor e às vezes da morte, sabendo que fazem parte de um todo indissolúvel e que um livro começa e termina muito antes e muito depois de sua primeira e de sua última página”.

*Por Emma Rodriguez
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*Fonte: elpais-brasil

Seis chaves para ser feliz, segundo a Universidade de Harvard

Parece cada vez mais claro que a nova febre do ouro não está ligada a ficar milionário ou encontrar a fonte da juventude eterna. O tesouro mais cobiçado de nossos tempos é a felicidade, um conceito abstrato, subjetivo e difícil de definir, mas que está na boca de todos. Como ser feliz é até objeto de estudo da prestigiosa Universidade Harvard.

Alguns dos estudantes de psicologia dessa universidade americana têm sido um pouco mais felizes há vários anos, não apenas por estudar numa das melhores faculdades do mundo, mas também porque de fato aprenderam com um curso. Seu professor, o doutor israelense Tal Ben-Shahar, é especialista em psicologia positiva, uma das correntes mais presentes e aceitas no mundo e que ele próprio define como “a ciência da felicidade”. De fato, Ben-Shahar diz que a alegria pode ser aprendida, do mesmo modo como uma pessoa aprende a esquiar ou a jogar golfe: com técnica e prática.

Com seu best-seller Being Happy e suas aulas magistrais, os princípios tirados dos estudos de Tal Ben-Shahar já deram a volta ao mundo sob o lema “não é preciso ser perfeito para levar uma vida mais rica e mais feliz”. O secreto parece estar em aceitar a vida tal como ela é; isso, segundo Ben-Shahar, “o libertará do medo do fracasso e das expectativas perfeccionistas”.

Embora mais de 1.400 alunos já tenham passado por seu curso de Psicologia da Liderança, ainda seria o caso de fazer a pergunta: será que alguma vez temos felicidade suficiente? “É precisamente a expectativa de sermos perfeitamente felizes que nos faz ser menos felizes”, ele explica.

Seguem os seis conselhos principais do professor para ajudar as pessoas a se sentirem afortunadas e contentes:

1.Perdoe seus fracassos. E mais: festeje-os! “Assim como é inútil se queixar do efeito da gravidade sobre a Terra, é impossível tentar viver sem emoções negativas, já que fazem parte da vida e são tão naturais quanto a alegria, a felicidade e o bem-estar. Aceitando as emoções negativas, conseguiremos nos abrir para desfrutar a positividade e a alegria”, diz o especialista. Temos que nos dar o direito de ser humanos e perdoar nossas fraquezas. Ainda em 1992, Mauger e seus colaboradores estudaram os efeitos do perdão, constatando que os baixos níveis de perdão estão relacionados à presença de transtornos como depressão, ansiedade e baixa autoestima.

Aceitar a vida como ela é o libertará do medo do fracasso e das expectativas perfeccionistas Tal Ben-Shahar, professor de Harvard

2.Não veja as coisas boas como garantidas, mas seja grato por elas. Coisas grandes ou pequenas. “Essa mania que temos de achar que as coisas são garantidas e sempre estarão aqui têm pouco de realista.”

3.Pratique esporte. Para que isso funcione, não é preciso malhar numa academia até se cansar ou correr 10 quilômetros por dia. Basta praticar um exercício suave, como caminhar em passo rápido por 30 minutos diários, para que o cérebro secrete endorfinas, essas substâncias que nos fazem sentir-nos “drogados” de felicidade, porque na realidade são opiáceos naturais produzidos por nosso próprio cérebro, que mitigam a dor e geram prazer. A informação é do corredor especialista e treinador de easyrunning Luis Javier González.

4. Simplifique, no lazer e no trabalho. “Precisamos identificar o que é verdadeiramente importante e nos concentrar sobre isso”, propõe Tal Ben-Shahar. Já se sabe que quem tenta fazer demais acaba conseguindo realizar pouco, e por isso o melhor é se concentrar em algo e não tentar fazer tudo ao mesmo tempo. O conselho não se aplica apenas ao trabalho, mas também à área pessoal e ao tempo de lazer: “É melhor desligar o telefone e se desligar do trabalho nessas duas ou três horas que você passa com a família”.

5. Aprenda a meditar. Esse simples hábito combate o estresse. Miriam Subirana, doutora pela Universidade de Barcelona, escritora e professora de meditação e mindfulness, assegura que “no longo prazo, a prática regular de exercícios de meditação ajuda as pessoas a enfrentar melhor as armadilhas da vida, superar as crises com mais força interior e ser mais elas mesmas baixo qualquer circunstância”. Ben-Shahar acrescenta que a meditação também é um momento conveniente para orientar nossos pensamentos para o lado positivo; embora não haja consenso de que o otimismo chegue a garantir o êxito, ele lhe trará um grato momento de paz.

6. Treine uma nova habilidade: a resiliência. A felicidade depende de nosso estado mental, não de nossa conta corrente. Concretamente, “nosso nível de felicidade vai determinar aquilo ao qual nos apegamos e a força do sucesso ou do fracasso”. Isso é conhecido como locus de controle, ou “o lugar em que situamos a responsabilidade pelos fatos” – um termo descoberto e definido pelo psicólogo Julian Rotter em meados do século 20 e muito pesquisado com relação ao caráter das pessoas: os pacientes depressivos atribuem seus fracassos a eles próprios e o sucesso a situações externas à sua pessoa, enquanto as pessoas positivas tendem a pendurar-se medalhas no peito, atribuindo os problemas a outros. Mas assim perdemos a percepção do fracasso como “oportunidade”, algo que está muito relacionado à resiliência, conceito que se popularizou muito com a crise e que foi emprestado originalmente da física e engenharia, áreas nas quais descreve a capacidade de um material de recuperar sua forma original depois de submetido a uma pressão deformadora. “Nas pessoas, a resiliência expressa a capacidade de um indivíduo de enfrentar circunstâncias adversas, condições de vida difíceis e situações potencialmente traumáticas, e recuperar-se, saindo delas fortalecido e com mais recursos”, diz o médico psiquiatra Roberto Pereira, diretor da Escola Basco-Navarra de Terapia Familiar.

*Por Patricia Peyro Jimenez
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*Fonte: brasil-elpais

“Pessoas felizes não precisam consumir”, a afirmação brutal do filósofo Serge Latouche

O ideólogo do decrescimento analisa como nossa sociedade criou uma religião em torno do crescimento e do consumismo.

Nascido em Vannes (França) há 70 anos, diante de uma platéia que escutava sentada nos corredores de acesso ao salão do Colegio Larraona de Pamplona, ​​salientando que o ritmo atual de crescimento da economia global é tão insustentável como a deterioração e a falta de recursos no planeta.

Convidados pelo coletivo Dale Vuelta-Bira Beste Aldera, sob o título de sua palestra “A diminuição, uma alternativa ao capitalismo?”, Ele afirmou que a sociedade estabelecesse uma autolimitação do seu consumo e exploração ambiental. Do seu ponto de vista, não se trata de propor uma involução, mas de acoplar a velocidade do gasto dos recursos naturais com a sua regeneração.

Especialista em relações econômicas Norte/Sul, o prêmio europeu de sociologia e ciências sociais Amalfi, seu movimento decrescentista, nascido nos anos 70 e estendido na França, defende a sobriedade na vida e a preservação dos recursos naturais antes de sua exaustão.

Em sua opinião, se a queda não for controlada, “a queda que já estamos experimentando” será o resultado do colapso de uma forma insustentável de capitalismo, e também será excessiva e traumática.

Uma bomba semântica. Serge Latouche afirma que o termo decrescimento é um slogan, “uma bomba semântica causada para neutralizar a intoxicação do chamado desenvolvimento sustentável”, uma forma de pensar, sustentabilidade, estendida pelo economismo liberal dos anos 80, e que favorece o pagamento de tudo.

“Por exemplo, no caso do trigo, obriga-nos a pagar pelo excedente, pelo seu armazenamento e também temos de pagar para destruir o excedente.”

“Devemos falar sobre o A-crescimento”, ele disse como um convite para refletir sobre nosso estilo de vida, incluindo a exibição do supérfluo e do enriquecimento excessivo.

Do seu ponto de vista “vivemos fagotizados pela economia da acumulação que leva à frustração e a querer o que não temos e não precisamos”, o que, diz ele, leva a estados de infelicidade.

“Detectamos um aumento de suicídios na França em crianças”, acrescentou ele, para referir-se à concessão por bancos de empréstimos ao consumidor para pessoas sem salários e ativos, como aconteceu nos Estados Unidos no início da crise econômica global. . Para o professor Latouche, “pessoas felizes geralmente não consomem”.

Seus números como economista dizem que ele está certo: todos os anos há mais habitantes no planeta, enquanto os recursos estão diminuindo, sem esquecer que consumir significa produzir resíduos e que o impacto ambiental de uma pessoal equivale a 2,2 hectares, e que a cada ano 15 milhões de hectares de floresta são consumidos “essenciais para a vida”.

“E se vivemos nesse ritmo, é porque a África permite isso”, enfatizou. Para o professor Latouche, qualquer tipo de escassez, alimentos ou petróleo, levará à pobreza da maioria e ao maior enriquecimento das minorias representadas nas grandes empresas petrolíferas ou agroalimentares.

Trabalhe menos e produza de forma inteligente.

Tachado de ingênuo por seus detratores, postulou trabalhar menos e distribuir melhor o emprego, mas trabalhar menos para viver e cultivar mais a vida, insistiu.

A partir de um projeto qualificado como “ecossocialista”, além de consumir menos, a sociedade deve consumir melhor, para qual propos que se produzisse perto de onde mora e de forma ecológica evitar que por qualquer fronteira entre Espanha e França circule até 4 mil caminhões uma semana “com tomates da Andaluzia cruzando com tomates holandeses”.

Ele terminou com um louvor ao estoicismo representada em Espanha por Seneca: “A felicidade não é alcançada se não podemos limitar nossos desejos e necessidades.”

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*Fonte: pensarcontemporaneo

A Felicidade não é intuitiva

Para ser feliz precisamos aprender a contrariar a nossa natureza.

Uma das vantagens de ter crescido em Belo Horizonte, é que eu não precisava ir muito longe para achar uma trilha. Na adolescência, esse era um dos programas favoritos da minha turma de amigas. Com menos de 30 minutos de caminhada, chegávamos a um mirante maravilhoso, escolhíamos uma pedra para sentar, e os assuntos rendiam a tarde inteira. Em uma dessas ocasiões, eu estava andando entre as pedras quando uma cobra passou bem na minha frente. É curioso como o corpo reage nessas horas. As minhas pernas e braços congelaram e os segundos viraram horas, como se o mundo passasse em câmera lenta.

O que me marcou sobre essa história é que eu só percebi que uma cobra havia passado depois que tudo estava bem. Informações de perigo são processadas de forma tão rápida pelo nosso cérebro que primeiro reagimos e depois entendemos o porquê. Neste caso, o pânico fez com que eu ficasse imóvel e passasse despercebida. Para ameaças do tipo cobra, o pânico é adaptativo. Mas quando o que te assusta é uma apresentação no trabalho, a coisa não é bem assim. É que, infelizmente, o sistema que lida com diferentes medos é o mesmo. E nosso cérebro foi programado para lidar com problemas antigos demais.

É deste cérebro que depende a nossa felicidade. Um cérebro recheado de mecanismos automáticos, programados há milhares de anos para garantir a nossa sobrevivência. E garantir significa que essas programações não pedem nossa permissão para acontecer. Por isso, ser feliz não é uma tarefa simples. Temos uma série de vieses automáticos inscritos no nosso DNA que não contribuem para o nosso bem-estar. Para sermos felizes, precisamos contornar esses vieses, e para isso, é necessário conhecê-los em primeiro lugar.

Não damos valor para o que temos
Uma programação evolutiva que atrapalha a felicidade é a tendência à adaptação. Logo que perdemos ou ganhamos, ficamos felizes ou deprimidos. Depois, acostumamo-nos. É assim também com os estímulos neurais, neurônios deixam de responder a estímulos constantes. Se o objetivo é sobreviver, faz sentido que sejamos mais sensíveis às mudanças do que aquilo que já temos. É o desejo da conquista que nos põe em marcha. E para não desistirmos de lutar, a antecipação do prazer se fez maior do que o prazer da conquista de fato.

Quem já testemunhou o desejo da criança por um novo brinquedo, sabe que erramos grosseiramente quando estimamos a felicidade que a próxima conquista é capaz de nos dar. As pesquisas demonstram que o dinheiro, por exemplo, contribui para a felicidade até conseguirmos dar conta das nossas necessidades básicas. Para além delas, a corrida é em vão. A promoção, ou um novo relacionamento, tendem a nos encantar por antecipação, mas à medida que nos acostumamos com o novo patamar, os benefícios se tornam nossos por direito, parte do que é normal e esperado. Então, passamos a desejar algo que ainda não temos, esquecendo de aproveitar o que já está bom, hoje. E segundo a ciência, é no tempo presente que a felicidade está. Mas somos programados para acreditar que a felicidade está onde ainda não chegamos.

Queremos impressionar
Robert Frank explica que uma das razões por que corremos tanto é porque usamos o consumo e a conquista para ganhar status e relevância social. As pessoas querem o último IPhone não porque ele seja mais útil do que o modelo anterior, mas pelo que as pessoas pensam sobre quem já conquistou o último lançamento. Queremos sentir que somos especiais. E se o valor está na exclusividade, cada pessoa que consegue comprar o objeto do desejo desvaloriza a conquista dos demais. Então passamos a querer o que é ainda mais difícil para o outro, mas que também é difícil demais para nós. Um corpo mais jovem do que a própria idade, uma conta bancária com saldo maior do que podemos gastar, um cargo que demanda mais tempo do que você tem.

Achamos que estamos perseguindo a felicidade quando na verdade a nossa busca é por status, outra de nossas heranças evolutivas. Pessoas com status conseguiram mais favores, seguidores, recursos e vantagens no jogo da sobrevivência. Por isso, desenvolvemos mecanismos cerebrais automáticos que avaliam nossa posição social e a opinião do outro a nosso respeito, inconscientemente, inclusive. O pesquisador Erzo Luttmer descobriu que, entre pessoas que tinham o mesmo salário, as que moravam em bairros mais ricos se consideravam menos felizes do que as que moravam em bairros modestos. É que as pessoas se sentem piores quando ganham menos que seus pares. Tanto que em outra pesquisa, voluntários preferiram a hipótese de ganhar 90 mil por ano em uma empresa onde os colegas ganhariam 70 mil, do que ganhar 100 mil por ano se isso significasse que os colegas ganhariam 150 mil. O desejo por status, e não por felicidade, governa nossos comportamentos. Como resultado, encontramos estresse, ansiedade e burnout.

O negativo pesa mais que o positivo
Para o pesquisador Roy Baumeister, se você deseja ser feliz, precisa encarar uma terceira herança evolutiva. Para o seu cérebro, o negativo pesa mais que o positivo. Viés negativo é a tendência universal humana de sermos mais afetados pelo que é ruim do que pelo que é bom. Por exemplo, sofremos mais quando perdemos 100 reais, do que ficamos felizes quando achamos a mesma quantia. Preferimos um desconto de 50% na compra de dois produtos do que comprar um produto e ganhar o segundo grátis. Na prática, a matemática é a mesma, a diferença é que você interpreta o desconto como uma oportunidade de perder menos e o produto grátis, como oportunidade para ganhar mais. E quando temos escolha, preferimos não perder do que ganhar.

Isso acontece porque quando o foco é sobrevivência, é melhor priorizar o negativo do que o positivo. Ao longo da nossa evolução, poderíamos perder uma oportunidade de alimentação, mas se a cobra passasse despercebida, este poderia ser o nosso último erro. A questão é que nossa atenção é limitada, não conseguimos processar tudo o que acontece a todo momento. Então se o cérebro direcionar a atenção para o negativo o tempo inteiro, limitamos e empobrecemos a nossa experiência. E desta forma, não há felicidade que resista. Até porque o negativo não nos chama atenção apenas quando acontece. A antecipação sobre as coisas ruins que podem acontecer é uma das maiores causas de depressão e ansiedade. É o famoso sofrer por antecedência.

E porque pensamos mais no negativo do que no positivo, acreditamos que coisas ruins tem mais probabilidade de acontecer. Confundimos a probabilidade dos eventos com a presença deles na nossa imaginação. O que pode dar errado entra com mais peso na nossa conta. Erramos na avaliação de risco e nos tornamos irracionalmente cautelosos. Não tentamos algo que nos faria feliz por medo de falhar. Acreditamos mais em notícias ruins do que em notícias boas. Ficamos desmotivados para encarar um novo projeto porque focamos nas coisas que temos que abdicar para alcançar novas metas.

Tomando as rédeas da felicidade
De acordo com as pesquisas, os eventos negativos têm em média 2 a 3 vezes a intensidade emocional de eventos positivos de importância similar. Por isso, para quem tem o intuito de ser mais feliz, Baumeister sugere a Regra dos Quatro. Compense cada briga com quatro momentos agradáveis, e cada crítica, com quatro elogios.

Uma segunda estratégia com respaldo científico — e que também costuma ser desvalorizada por sua simplicidade — é a prática da gratidão. O diário da gratidão é uma das atividades com melhor custo-benefício quando o assunto é bem-estar. Basta escrever diariamente 3 coisas pelas quais você é grato e porque você é grato por elas. Pesquisas sugerem que a prática nos deixa mais atentos ao que temos de bom hoje, reduzindo a tendência de adaptação e o viés negativo também. Além de mais otimismo, manter um diário de gratidão por três meses ajudou voluntários a construir relacionamentos mais fortes, lidar com adversidades, aumentar a frequência das emoções positivas, dormir melhor, fazer mais exercícios, aumentar a imunidade, melhorar a saúde mental e claro, tornarem-se naturalmente mais gratos.

Outra forma de aumentar os níveis de felicidade é estar mais atento aos automatismos. Quando conhecemos a natureza dos nossos pensamentos e desejos automáticos, temos mais chances de tomar as rédeas dos nossos comportamentos. Escolhendo, por exemplo, aquilo que nos faz feliz em vez do que nos ajudou a sobreviver em um passado remoto. Como recurso, considere a meditação. A meditação traz um distanciamento emocional com relação à nossa experiência, e isso é suficiente para que consigamos escolher melhor as nossas ações. A terapia e a escrita são outros recursos que ajudam a conhecer e colocar os pensamentos em xeque.

Felicidade dá trabalho
Certamente sabemos, ou já ouvimos falar, sobre as escolhas que podem trazer felicidade. Sabemos que a felicidade é sobre aproveitar o que já temos, sobre ter tempo para relacionamentos saudáveis, sobre fazer o que amamos, sobre descobrir que o significado da vida está além da nossa própria. Mas saber muda pouca coisa, porque na prática é difícil agir assim. Felicidade dá trabalho porque ela não é intuitiva. Não fomos programados para sermos felizes. É preciso contrariar nossos automatismos, tarefa das mais difíceis. E mesmo que continuemos a ser governados por nossas heranças evolutivas, cada passo no sentido de mais felicidade vale a pena. Vale a pena treinar a gratidão e aprender a meditar. Vale a pena escrever e ter como norte a Regra dos Quatro. Para ser mais feliz vale a pena inclusive fazer terapia.

*Por: Adriana Drulla é Mestre em Psicologia Positiva pela Universidade da Pennsylvania (EUA) e pós graduada em Terapia Focada em Compaixão pela Universidade de Derby (Inglaterra), onde teve como mentores Martin Seligman, psicólogo fundador da psicologia positiva, e Paul Gilbert, psicólogo criador da Terapia Focada em Compaixão. Semanalmente fala sobre psicologia e mente compassiva no podcast Crescer Humano.
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*Fonte: vidasimples

Os quatro C’s para encontrar a felicidade em vez do prazer

Que alegria. Meses economizando dinheiro e finalmente ele é seu. Exceto massagem nos pés, faz de tudo. E pudera, com o dinheiro que custou. Mas ali está, tão elegante, tão novo. O smartphone de último modelo. Ou o carro. Ou o casaco. O capricho. A sensação de felicidade é inenarrável. Entorpece, preenche. Mas é felicidade? Os especialistas afirmam que não. Que isso que você sente é prazer, e que o prazer é efêmero. Porque, rapidamente, lançarão uma versão melhor do seu celular, um modelo mais completo do seu carro ou você encontrará um casaco mais bonito em qualquer loja, devolvendo-o ao ponto de partida. E, como se não fosse o bastante, começará a não saber o que é a verdadeira felicidade.

Contra a ditadura do bem-estar

Um assunto desagradável. “O prazer está relacionado com as sensações cruas, pontuais, à flor da pele, e por isso, tem uma duração muito curta”, explica Rosana Pereira, psicóloga do escritório Haztúa e especialista em psicologia positiva e gestão dos sentimentos, que completa: “Ao contrário, a felicidade é uma forma de vida em médio e longo prazo”.

Os dois estados são determinados pelos hormônios; a dopamina, neurotransmissor que desencadeia no cérebro as sensações de euforia e recompensa, é o motor do prazer, enquanto a serotonina, relacionada com a calma e a satisfação, é responsável pela sensação de felicidade. Mas — e agora vem o problema — a dopamina suprime a serotonina, ou, colocando de outra maneira, a busca do prazer pelo prazer nos afasta da felicidade autêntica.

Logo, tantas horas felizes em bares e tantos emoticons sorridentes revelam-se como manchas na procura do bem-estar momentâneo, que acostumam mal o indivíduo e colocam pedras no caminho da felicidade real. “A sociedade atual está focada unicamente no prazer, na satisfação em curto prazo, em não ter que dar nada em troca”, afirma Pereira, que aponta para a raiz do problema de muitas pessoas frustradas e deprimidas.

Pereira explica também o conceito de roda hedônica, a capacidade do ser humano de se adaptar ao prazer pelo prazer: “Como se fosse uma droga, cada vez mais precisamos de mais para experimentar o mesmo nível de bem estar”, afirma, e exemplifica com as primeiras saídas com os amigos na adolescência. Naquele momento, qualquer plano era uma caravana de novas sensações agradáveis; ir ao cinema, tomar um refrigerante… tudo valia. Prazer em estado puro. Mas, conforme o tempo passa, os planos precisam ser mais elaborados para conseguirmos desfrutar.


Frente ao hedonismo vazio, os quatro C’s

O americano especialista em saúde e bem estar Robert Lustig tem uma proposta para redirecionar e ordenar a dicotomia prazer-felicidade. Em seu livro, The Hacking Of The American Mind — algo como O saque da mentalidade americana ­—, o cientista investigou a dependência da dopamina e o hedonismo e propõe um caminho alternativo para abandonar a busca pela felicidade por meio de ações que, na verdade, sabotam as possibilidades de alcançá-la. E estabelece um plano em torno de quatro C’s: conectar, contribuir, cuidar-se e cozinhar.

Em primeiro lugar, encoraja a conexão com o mundo, mas de verdade. Nada de consultar o Facebook compulsivamente para estar em dia com as vidas das pessoas que não nos importam, nem de inundar o Whatsapp com simpáticas bolinhas amarelas de aspecto exultante. Para nos conectarmos de verdade, Lustig advoga relações pessoais, cara a cara, e, como reforça Rosana Pereira, do Haztúa, “a encontrar momentos de qualidade com os outros que nos levem a gerar empatia, um motor básico para a produção de serotonina e, portanto, de felicidade duradoura”.

Lustig também aconselha a contribuir, colaborar, dar algo aos demais sem pedir nada em troca. “Dar ao outro e comprovar como sua contribuição faz as outras pessoas felizes permitem se concentrar internamente, pensar no que se tem e não no que falta”, afirma Pereira. Porque a felicidade, afirma, é dar, enquanto que o prazer é baseado unicamente em receber.

O próximo C: cuidar-se. “É o básico. Se a máquina que o move não tem uma boa manutenção, é difícil que o resto funcione bem”, confirma Pereira, que também encoraja, agora sim, a não demonizar completamente o hedonismo: “A vida não tem que ser sempre sacrifício; por isso, a combinação da felicidade com o prazer encontra aqui o seu melhor ponto”. Por sua vez, Lustig sublinha como a falta de sono e descanso, o estresse ou a sobrecarga de tarefas aumentam o cortisol, motor da depressão. Por isso, convida ao cuidado e a não negligenciar a única pessoa que nos acompanhará, incondicionalmente, a vida inteira: nós mesmos.

Por último, talvez o C mais surpreendente: cozinhar. Novamente, para trabalhar na geração de serotonina. Afirma o especialista que o triptofano presente nos ovos ou nos peixes, os ácidos de gordura omega 3 e a frutose são geradores deste hormônio e, por isso, a cozinha — saudável, equilibrada — é uma prática precursora da felicidade. Ao contrário, a má alimentação é o motor do prazer. “Um hambúrguer industrial, com seus aditivos e potencializadores de sabor, nos dará um forte bem-estar pontual, mas, em longo prazo, levantará uma barreira entre nós e a felicidade”, afirma a psicóloga Pereira.

Mas também não nos tornemos cartuxos

O prazer é visceral; a felicidade, etérea. O prazer é receber; a felicidade, dar. O prazer é individual; a felicidade se compartilha. E o ânimo por se dar prazer é insaciável porque o corpo e a mente sempre querem mais. Um celular melhor, um carro com mais extras, um casaco mais caro. Embora tudo cumpra sua função, novamente, o equilíbrio é a chave: “O prazer não é ruim. Como seria? Fazer um capricho a si mesmo, comer, praticar sexo…o ruim é quando a vida se concentra unicamente neste sentido”, conclui Rosana Pereira.

Por isso, os quatro C’s e alguma permissividade não são um problema. Mas tem que ser pontual, se não quisermos terminar profundamente miseráveis. Como provavelmente terminou morrendo Arístipo de Cirene, discípulo de Sócrates e fundador da corrente filosófica do hedonismo. Sim, certamente desfrutou de maravilhosos banquetes, incríveis orgias e consagrou sua vida com os mais altos [ou baixos] prazeres terrenos. Mas talvez tenha morrido, na opinião dos especialistas, sentindo-se um autêntico miserável.

*Por Alejandro Tovar

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*Fonte: elpais

A maior felicidade é saber por que se é infeliz

Existem pessoas que cada vez que atingem o sucesso, como, por exemplo: um bom emprego, um relacionamento promissor, a compra de um carro novo, a viagem dos sonhos, ou seja, conquistaram pequenas ou grandes vitórias, porém, no momento de usufruir essas conquistas, se autossabotam por medo de ser feliz.

Em 1916, Freud escreveu um artigo de enorme repercussão no mundo científico intitulado “Os que fracassam ao triunfar”. Ele tratava dos sujeitos que tinham medo de vencer na vida e sentiam-se aliviados quando as atividades que realizavam não davam certo. É como se alguém tivesse tudo para ser feliz, entretanto, arrumava algum jeito de fugir da felicidade.

A autossabotagem pode se manifestar em diversos aspectos da vida: no namoro, no casamento, na educação dos filhos, na escola, no trabalho, em novos projetos, etc. Os psicoterapeutas são unânimes em afirmar – que o processo de cura – para esse tipo de doença emocional passa pela tomada de consciência de que as pessoas não estão apenas se sabotando, mas também destruindo o seu futuro.

A origem da autossabotagem pode estar nos traumas de infância, onde se herda os sentimentos de abandono, fracasso, rejeição, culpa, entre outros traumas, que irão influenciar na formação da personalidade e do temperamento dos adultos, que serão a sua base de percepção e atuação no mundo.

Esse comportamento pode ser grave ao ponto de provocar obesidade, depressão, cardiopatias, transtornos de ansiedade, pensamentos suicidas e nos casos mais graves a automutilação, que é quando os indivíduos causam flagelos físicos em si mesmos, para se punir e liquidar com a prosperidade ou a felicidade em todas as dimensões da vida.

No entanto, não se pode ter vergonha de falar e lidar com esse sofrimento, pois se trata de uma doença que sente prazer pelo desprazer, que significa que quanto mais a vida se torna difícil, mais as pessoas se satisfazem, chegando a ficar contentes com as derrotas. É uma reação provocada pelo inconsciente, que faz com que elas tenham atração por tudo que produz desconforto, tornando-se um complexo de inferioridade crônica.

Enfim, a autossabotagem é uma doença da alma que tem tratamento e cura, contudo, exige determinação, mudanças significativas de hábitos e atitudes, que não é somente o desejo de mudar ou fazer as coisas de modo diferente, mas de romper definitivamente com as velhas crenças e as condutas negativas, que levam a “puxar o próprio tapete”. É como disse o genial escritor russo Fiódor Dostoiévski: “A maior felicidade é saber por que se é infeliz.”

*Por Jackson César Buonocore (Sociólogo e Psicanalista)

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*Fonte: contioutra

Como ser feliz? Os 11 conselhos de Aristóteles

Quando se trata de alcançar a felicidade, a maioria das pessoas se pergunta: “O que devo fazer?” Não é estranho, imbuído como estamos na cultura do fazer e da plena ocupação do tempo até que não haja mais um minuto. Os grandes filósofos, no entanto, se perguntavam: “Que tipo de pessoa devo ser?”

O segredo está no equilíbrio

Muitos grandes pensadores costumavam recorrer à ética da virtude em busca de respostas. Aristóteles, um dos filósofos mais influentes de todos os tempos, desenvolveu um sistema integral de virtude que podemos perfeitamente pôr em prática nos tempos modernos para alcançar um estado de equilíbrio emocional e paz interior no qual a felicidade naturalmente floresce.

De fato, seu sistema de ética da virtude é especialmente projetado para nos ajudar a alcançar a “eudaimonia”, uma palavra muito interessante que geralmente é traduzida como “felicidade” ou “bem-estar”, mas que na verdade significa “floração humana”.

Isso significa que Artistóteles pensava que a felicidade é o resultado de um modo de vida e um modo de ser, que surge quando somos capazes de desenvolver nosso potencial como pessoa e construir um sólido “eu”. O que é esse modo de viver?

Aristóteles pensava que o segredo estava em equilíbrio, uma ideia relacionada a outros sistemas filosóficos como o budismo. Este filósofo pensava que uma vida de abstinência, privação e repressão não leva à felicidade ou a um “eu” completo. Mas uma vida hedonista também não é o caminho, uma vez que os excessos geralmente geram uma forma de escravidão ao prazer, gerando no final um vazio existencial.

“A virtude é uma posição intermediária entre dois vícios, um por excesso e o outro por padrão”, escreveu ele. E para desenvolver a virtude, devemos simplesmente aproveitar todas as oportunidades que surgem, uma vez que não se trata de conceitos teóricos, mas de atitudes, decisões e comportamentos que devem guiar nossas vidas.

As 10 virtudes aristotélicas para alcançar eudaimonia

Em Nicomachean Ethics, o livro mais conhecido de Aristóteles escrito no século IV aC. C., elenca as virtudes que devemos desenvolver para alcançar eudaimonia:

1. Elegibilidade.
É a capacidade de controlar nosso temperamento e as primeiras reações. A pessoa paciente não fica muito zangada, mas também não pára de ficar com raiva quando tem razões para isso.

2. Força.
É o ponto intermediário entre a covardia e a imprudência. A pessoa forte é aquela que enfrenta perigos por estar ciente dos riscos e tomar as precauções necessárias. Trata-se de não correr riscos desnecessários, mas também de evitar os riscos necessários para crescer.

3. Tolerância.
É o equilíbrio entre o excesso de indulgência e intransigência. Aristóteles pensava que é importante perdoar, mas sem cair no extremo de passar tudo, deixando que os outros atropelem nossos direitos ou deliberadamente nos machuquem sem responder. Tão negativo é ser extremamente tolerante como extremamente intolerante.

4. Generosidade.
É o ponto intermediário entre a mesquinhez e a prodigalidade, trata-se de ajudar os outros, mas não de nos dar tanto que nosso “eu” seja diluído.

5. Modéstia.
É a virtude que está no ponto intermediário entre não se dar crédito suficiente pelas conquistas feitas devido à baixa auto-estima e ter um ego excessivo que nos faz pensar que somos o centro do universo. Trata-se de reconhecer nossos erros e virtudes, assumindo as responsabilidades que nos correspondem, nem mais nem menos.

6. Veracidade.
É a virtude da honestidade, que Aristóteles coloca em um ponto justo entre a mentira habitual e a falta de tato para dizer a verdade, para que a pessoa se torne um camicaze da verdade. Trata-se de avaliar o alcance de nossas palavras e dizer o que é necessário, nem mais nem menos.

7. Graça.
É o ponto médio entre ser um palhaço e ser tão hostil que somos rudes. É um saber ser, para que outros gostem da nossa empresa.

8. Sociabilidade.
Muito antes de os neurocientistas descobrirem que temos que escolher nossos amigos com cuidado, pois nossos cérebros acabarão se assemelhando aos seus, Aristóteles já nos advertiu do perigo de sermos sociáveis demais com muitas pessoas, bem como da incapacidade de fazer amigos. O filósofo acreditava que deveríamos escolher nossos amigos com cuidado, mas também cultivar esses relacionamentos.

9. Decoro.
É o ponto médio entre ser muito tímido e ser sem vergonha. Uma pessoa decente respeita a si mesma e não tem medo de cometer erros, mas não cai em insolência ou impertinência tentando passar sobre os outros. Ele está ciente de que todos merecem ser tratados com respeito e exigem o mesmo respeito por si mesmos.

10. Justiça.
É a virtude de lidar de forma justa com os outros, a meio caminho entre o egoísmo e o total desinteresse. Consiste em levar em conta tanto as necessidades dos outros quanto as próprias, para encontrar o meio termo que nos permita tomar decisões mais justas para todos.

A coisa mais interessante sobre a proposta de Aristóteles é que há espaço para erro, para cometer erros, aprender e melhorar sem sentir que somos pessoas más ou que não conseguiremos alcançá-lo. O que você acha?

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*Fonte: pensarcontemporaneo

Pesquisas apontam: quem passa menos tempo no Facebook é mais feliz

Cientistas advertem: o Facebook ativaria um poderoso processo de comparação social. “Os indivíduos tendem a postar informação, fotos e anúncios que fazem com que suas vidas pareçam sensacionais. Exposição frequente a esse tipo de informação pode levar o outro a sentir que sua vida é, em comparação, pior”.

O Facebook me intoxica. Me intoxica com reclamações de pessoas que não conheço. Com fotos de comidas que às vezes parecem vômito. Com vídeos de animais sendo maltratados. Com frases que nunca foram escritas por Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Caio Fernando Abreu ou Mario Quintana.

Me intoxica com seu patrulhamento – sempre tem um pentelho para dizer que você não deve pensar, postar ou escrever algo – e com a avalanche de informações misturadas que se encontram ali: bons artigos, boas músicas, resenhas, vídeos interessantes.

Se eu fosse clicar em todos os artigos que me chamam a atenção, ou fosse escutar num só dia todas as boas músicas que os bons amigos indicam, não faria outra coisa da vida.

Portanto, não são apenas os sem-noção que colaboram para a minha intoxicação. Os com-noção (e excelentes postagens) colaboram, e muito, porque sempre fico com a sensação de que perdi alguma coisa quando não clico ou não leio algo que supostamente acharia interessante.

Além disso, as mensagens inbox. Às vezes simplesmente não estamos com saco (nem tempo) para começar uma conversa por ali e o truque de não visualizar para o outro não ser notificado não surte o menor efeito, pois ele percebe que você está online (uma vez que posta ou curte postagens alheias) e subentende que você não leu sua mensagem porque não quis. E entre o seu direito de não querer responder e o sentimento de rejeição do outro nasce a sua culpa e o julgamento do outro de que você é arrogante, metido, insensível ou sei lá o quê.

As notificações em avalanche, os convites para aplicativos malas, a inserção forçada em grupos que nada tem a ver com a gente, as páginas que nunca curtimos, mas que nos são entubadas, as brigas políticas e a perseguição dos “politicamente-corretos” – tudo isso me intoxica.

No entanto, o que mais me intoxica é a sensação de que a minha vida, em alguns momentos, está menos interessante do que a vida do meu vizinho que está sempre viajando para lugares paradisíacos e, claro, postando muitas fotos; frequentando festas badaladas, bares, shows e restaurantes incríveis, comendo comidinhas refinadas e de chefes famosinhos em plena segunda-feira, indo a exposições interessantíssimas em plena quarta-feira, enquanto eu, pobre de mim, estou derretendo no calor do Rio de Janeiro e tentando escrever um novo livro.

Desde que li uma matéria que dizia que pessoas que passam menos tempo no Facebook são mais felizes passei a diminuir minha frequência na bolha azul.

” O Facebook ativaria um poderoso processo de comparação social. “Os indivíduos tendem a postar informação, fotos e anúncios que fazem com que suas vidas pareçam sensacionais. Exposição frequente a esse tipo de informação pode levar o outro a sentir que sua vida é, em comparação, pior”.

O resultado do meu afastamento virtual foi surpreendente. Não me comparar com ninguém (quem nunca?) me trouxe uma sensação de que a minha vida vai bem, obrigada, sem tamanho. Quando viajo, então, passo semanas sem entrar. E é tão bom desfrutar do que temos (o presente) e não do que não temos (a vida dos outros).

Quando nos concentramos em nós, nas nossas vontades, necessidades, vivências e aprendizado – e não no que devemos ser para o outro; no que queremos que outro pense de nós – há uma diminuição de ansiedade quase palpável (e tempo de sobra para aplicar em coisas que realmente nos são caras).

As famosas selfies não me incomodam. Algumas até me divertem. Gosto de ver meus amigos se sentindo bonitos em tempos onde quase todo mundo odeia a própria imagem – sim, porque para postar uma selfie a pessoa tem que estar se achando linda na foto.

Aliás, nunca consegui concordar completamente com os analistas de plantão que garantem que o excesso de fotografias em redes sociais é sinônimo de narcisismo crônico e/ou produto de uma sociedade narcísica. Ok, existe esse componente, isso é inegável, mas fecho com Ítalo Calvino, em seu conto A aventura de um fotógrafo, no livro Amores Difíceis (Editora Companhia de Bolso):

“ Somente quando põem os olhos nas fotos parecem tomar posse tangível do dia passado, somente então aquele riacho alpino, aquele jeito do menino com o baldinho, aquele reflexo do sol nas pernas da mulher adquirem a irrevogabilidade daquilo que já ocorreu e não pode mais ser posto em dúvida. O resto pode se afogar na sombra incerta da dúvida”.

Ou como aponta em outro trecho:

“ É só você começar a dizer a respeito de alguma coisa: ‘Ah, que bonito, tinha era que tirar uma foto!’, que já está no terreno de quem pensa que tudo o que não é fotografado é perdido, que é como se não tivesse existido, e que então para viver de verdade é preciso fotografar o mais que se possa, e para fotografar o mais que se possa é preciso: ou viver de um modo o mais fotográfico possível, ou então considerar fotografáveis todos os momentos da própria vida. O primeiro caminho leva à estupidez, o segundo, a loucura”.

Penso que a mania de fotografar tudo-o-tempo-todo, inclusive a si mesmo – além do advento dos telefones com máquinas digitais – tem mais a ver com uma necessidade de se esquivar do sentimento de transitoriedade (e do que é efêmero) do que qualquer outra coisa.

Voltando ao assunto inicial: por que não abandono a bolha azul se ela me intoxica tanto? Porque tem o humor de páginas como Artes Depressão, boas dicas dos amigos, a sensação de que estou próxima de pessoas que não vejo há anos por morarmos em cidades diferentes, pela ótima ferramenta que é para divulgação do meu trabalho e, também, por ser uma boa distração em noites de insônia não produtiva. O segredo, aprendi, é dosar – assim como se bebe água junto à ingestão de bebida alcóolica para não passar mal depois, se deve passar menos tempo no Facebook para não enjoar dos outros e de si mesmo.

*Por Monica Montone
Venha tomar um café comigo no canal do YouTube Dois Cafés e uma água com gás, onde falo sobre livros, comportamento, arte, cultura, moda e beleza.

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*Fonte: obviousmag

Biodiversidade de aves e índices de felicidade humana estão ligados

Quanto maior a biodiversidade de pássaros, mais felizes são as pessoas nesta região. Esta é a conclusão de uma estudo publicado pelo German Center for Integrative Biodiversity Research. Os cientistas mostram que a conservação da natureza é tão importante para o bem estar das pessoas quanto a segurança financeira.

O estudo foi publicado na Ecological Economics (Economia Ecológica, em português) e, com dados de moradores de cidades europeias, determinou que os índices de felicidade estão relacionado a um número mínimo de espécies de pássaros.

“De acordo com nossas informações, os europeus mais felizes são justamente os que tem contato com um número maior de espécies de pássaros na sua rotina diária, ou aqueles que vivem perto de áreas verdes que abrigam muitas destas espécies”, explica o Dr. Joel Methorst, da Universidade Goethe, em Frankfurt, que liderou o estudo.

De acordo com os cientistas, estar Cercado de 14 espécies de pássaros tem o mesmo efeito no bem estar das pessoas do que uma aumento mensal de US$ 150.

Mais de 26 mil pessoas foram entrevistadas para a pesquisa. Foram usados dados da pesquisa sobre qualidade de vida realizada em 2021, European Quality of Life Survey, para explorar a conexão entre a diversidade de espécies no entorno de casas, bairros e cidades, e como esta informação está relacionada com índices de satisfação.

Os autores afirmam que os pássaros são um dos melhores indicadores de biodiversidade nas mais diversas áreas, porque estes animais podem ser vistos e ouvidos nos seus ambientes naturais, mas também em centros urbanos. No entanto, uma variedade maior de pássaros é encontrada em áreas verdes mais conservadas, regiões afastadas ou próximo de cursos de água.

Nos Estados Unidos, a observação de pássaros se tornou um hobby mais comum neste ano de pandemia. Apesar de não ser uma atividade nova, ela vem atraindo cada vez mais pessoas. Milhares de observadores de pássaros, entre experts e amadores, participaram de uma atividade anual de 3 semanas em Nova Iorque que reúne amantes da natureza para uma contagem de pássaros em áreas específicas, divididas por grupos.

“Conservar a natureza não garante apenas as nossas necessidades básicas para uma vida saudável, é um investimento no bem estar de todos.”

*Por Natasha Olsen

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*Fonte: ciclovivo

5 hábitos exóticos que irão fazê-lo mais feliz

A vida é basicamente feita de costumes. São poucos os que podem se dar ao luxo de inventar uma rotina diferente a cada dia. No entanto, mesmo em meio aos limites impostos por cada dia, podemos introduzir hábitos exóticos que têm o potencial de enriquecer significativamente nossas vidas.

Quando falamos de hábitos exóticos, não nos referimos a comportamentos estranhos ou fora do normal. São simplesmente costumes que não são comuns, mas não por isso são difíceis de adotar ou de internalizar.

Muitas das coisas que fazemos como rotina são aprendidas sem percebermos. Também não nos ocorre fazer uma análise objetiva e avaliar se esses costumes realmente nos ajudam a viver melhor ou simplesmente se mantêm pela inércia da própria repetição. Este é, então, um convite para revisá-los e também, talvez, para adotar hábitos exóticos que podem ser muito úteis.

“As correntes do hábito costumam ser fracas demais para que as sintamos, até que sejam fortes demais para que possamos quebrá-las.”
-Samuel Johnson-

1. Dormir em posição de capacitação

Pode parecer estranho, mas as posturas corporais que adotamos promovem determinadas atitudes em nós. Às vezes, por exemplo, andamos com a cabeça baixa. Isso é porque nos sentimos angustiados e frágeis. No entanto, ao mesmo tempo, andar assim reforça essas atitudes.

O surpreendente é que isso também se aplica a quando vamos dormir. Se nos enrolarmos em posição fetal, por exemplo, tenderemos a acordar sem muito ânimo e sentindo que o dia nos excede. Por outro lado, se nos esticarmos completamente, nos expandindo, nossa atitude provavelmente será mais positiva quando acordarmos.

2. Ter 3 experiências positivas para cada experiência negativa

É um dos hábitos exóticos que devemos adotar e praticar sem falta. Como o subtítulo diz, trata-se simplesmente de que, para cada experiência negativa, obtenhamos três positivas. Simples assim.

O propósito disso é purificar a mente e a alma dos restos que permanecem depois de viver algo ruim. Uma experiência negativa gera um eco, e isso pode arruinar nosso humor por um dia inteiro, ou mesmo por mais tempo. Ao compensá-la com três experiências positivas, os resíduos do que é ruim são dispersados e conseguimos recuperar o equilíbrio mais facilmente.

3. Fingir que está feliz, um dos hábitos exóticos que funcionam

O cérebro é um órgão misterioso e maravilhoso. É principalmente criativo. Sob certas circunstâncias, deixa de distinguir a linha que separa a realidade da fantasia. Por exemplo, quando vemos um filme muito triste, apesar de sabermos que é uma ilusão, o cérebro sente como se acontecesse na própria pele (neurônios-espelho).

Podemos usar este mecanismo extraordinário a nosso favor. Por exemplo, fingindo ser felizes mesmo que não nos sintamos bem. Podemos nos comportar como atores ou atrizes que devem desempenhar o papel de alguém feliz. Você pode se surpreender ao ver o que acontece depois de alguns dias “atuando” dessa maneira.

4. Enviar e-mails amigáveis ​​sem nenhum motivo

Esse é um dos hábitos exóticos que mais podem fazê-lo feliz. Parece com o anterior, no sentido de que você não precisa se sentir bem para adotar uma atitude positiva. Se o ânimo estiver para baixo, nada melhor do que fazer algo para que os outros se sintam bem. Está comprovado que ajudar os outros é a melhor maneira de ajudar a si mesmo.

Dar essas gratificações do coração engrandece a vida de quem o faz. Neste caso, trata-se simplesmente de adquirir o hábito de enviar mensagens calorosas e positivas para as pessoas que amamos. Não algo pré-projetado, mas uma mensagem criada por você. Isso funciona especialmente em dias difíceis, e muda imediatamente o estado emocional em que nos encontramos.

5. Buscar espaços ao ar livre

A natureza exerce uma forte influência sobre nossas emoções. O efeito é quase imediato. Basta nos aproximarmos de um espaço verde e instantaneamente sentimos seu poder de cura na mente e no corpo. É um dos hábitos exóticos mais saudáveis ​​que podemos adotar.

O melhor é aproveitar essa prática para andar descalço na grama ou deitar um pouco para receber o sol. Se isso não for possível, pelo menos uma caminhada diária ao ar livre vale a pena. Ajuda a organizar as ideias, a relaxar a mente e a recuperar o equilíbrio interno.

Todos esses costumes são hábitos exóticos, porque na realidade não são muitas as pessoas que os adotam. No entanto, vale a pena experimentá-los. São uma maneira de aumentar o significado do seu dia a dia.

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*Fonte: vidaemequilibrio

Os quatro C’s para encontrar a felicidade em vez do prazer

Que alegria. Meses economizando dinheiro e finalmente ele é seu. Exceto massagem nos pés, faz de tudo. E pudera, com o dinheiro que custou. Mas ali está, tão elegante, tão novo. O smartphone de último modelo. Ou o carro. Ou o casaco. O capricho. A sensação de felicidade é inenarrável. Entorpece, preenche. Mas é felicidade? Os especialistas afirmam que não. Que isso que você sente é prazer, e que o prazer é efêmero. Porque, rapidamente, lançarão uma versão melhor do seu celular, um modelo mais completo do seu carro ou você encontrará um casaco mais bonito em qualquer loja, devolvendo-o ao ponto de partida. E, como se não fosse o bastante, começará a não saber o que é a verdadeira felicidade.

Um assunto desagradável. “O prazer está relacionado com as sensações cruas, pontuais, à flor da pele, e por isso, tem uma duração muito curta”, explica Rosana Pereira, psicóloga do escritório Haztúa e especialista em psicologia positiva e gestão dos sentimentos, que completa: “Ao contrário, a felicidade é uma forma de vida em médio e longo prazo”.

Os dois estados são determinados pelos hormônios; a dopamina, neurotransmissor que desencadeia no cérebro as sensações de euforia e recompensa, é o motor do prazer, enquanto a serotonina, relacionada com a calma e a satisfação, é responsável pela sensação de felicidade. Mas — e agora vem o problema — a dopamina suprime a serotonina, ou, colocando de outra maneira, a busca do prazer pelo prazer nos afasta da felicidade autêntica.

Logo, tantas horas felizes em bares e tantos emoticons sorridentes revelam-se como manchas na procura do bem-estar momentâneo, que acostumam mal o indivíduo e colocam pedras no caminho da felicidade real. “A sociedade atual está focada unicamente no prazer, na satisfação em curto prazo, em não ter que dar nada em troca”, afirma Pereira, que aponta para a raiz do problema de muitas pessoas frustradas e deprimidas.

Pereira explica também o conceito de roda hedônica, a capacidade do ser humano de se adaptar ao prazer pelo prazer: “Como se fosse uma droga, cada vez mais precisamos de mais para experimentar o mesmo nível de bem estar”, afirma, e exemplifica com as primeiras saídas com os amigos na adolescência. Naquele momento, qualquer plano era uma caravana de novas sensações agradáveis; ir ao cinema, tomar um refrigerante… tudo valia. Prazer em estado puro. Mas, conforme o tempo passa, os planos precisam ser mais elaborados para conseguirmos desfrutar.

Frente ao hedonismo vazio, os quatro C’s

O americano especialista em saúde e bem estar Robert Lustig tem uma proposta para redirecionar e ordenar a dicotomia prazer-felicidade. Em seu livro, The Hacking Of The American Mind — algo como O saque da mentalidade americana ­—, o cientista investigou a dependência da dopamina e o hedonismo e propõe um caminho alternativo para abandonar a busca pela felicidade por meio de ações que, na verdade, sabotam as possibilidades de alcançá-la. E estabelece um plano em torno de quatro C’s: conectar, contribuir, cuidar-se e cozinhar.

Em primeiro lugar, encoraja a conexão com o mundo, mas de verdade. Nada de consultar o Facebook compulsivamente para estar em dia com as vidas das pessoas que não nos importam, nem de inundar o Whatsapp com simpáticas bolinhas amarelas de aspecto exultante. Para nos conectarmos de verdade, Lustig advoga relações pessoais, cara a cara, e, como reforça Rosana Pereira, do Haztúa, “a encontrar momentos de qualidade com os outros que nos levem a gerar empatia, um motor básico para a produção de serotonina e, portanto, de felicidade duradoura”.

Lustig também aconselha a contribuir, colaborar, dar algo aos demais sem pedir nada em troca. “Dar ao outro e comprovar como sua contribuição faz as outras pessoas felizes permitem se concentrar internamente, pensar no que se tem e não no que falta”, afirma Pereira. Porque a felicidade, afirma, é dar, enquanto que o prazer é baseado unicamente em receber.

O próximo C: cuidar-se. “É o básico. Se a máquina que o move não tem uma boa manutenção, é difícil que o resto funcione bem”, confirma Pereira, que também encoraja, agora sim, a não demonizar completamente o hedonismo: “A vida não tem que ser sempre sacrifício; por isso, a combinação da felicidade com o prazer encontra aqui o seu melhor ponto”. Por sua vez, Lustig sublinha como a falta de sono e descanso, o estresse ou a sobrecarga de tarefas aumentam o cortisol, motor da depressão. Por isso, convida ao cuidado e a não negligenciar a única pessoa que nos acompanhará, incondicionalmente, a vida inteira: nós mesmos.

Por último, talvez o C mais surpreendente: cozinhar. Novamente, para trabalhar na geração de serotonina. Afirma o especialista que o triptofano presente nos ovos ou nos peixes, os ácidos de gordura omega 3 e a frutose são geradores deste hormônio e, por isso, a cozinha — saudável, equilibrada — é uma prática precursora da felicidade. Ao contrário, a má alimentação é o motor do prazer. “Um hambúrguer industrial, com seus aditivos e potencializadores de sabor, nos dará um forte bem-estar pontual, mas, em longo prazo, levantará uma barreira entre nós e a felicidade”, afirma a psicóloga Pereira.

Mas também não nos tornemos cartuxos

O prazer é visceral; a felicidade, etérea. O prazer é receber; a felicidade, dar. O prazer é individual; a felicidade se compartilha. E o ânimo por se dar prazer é insaciável porque o corpo e a mente sempre querem mais. Um celular melhor, um carro com mais extras, um casaco mais caro. Embora tudo cumpra sua função, novamente, o equilíbrio é a chave: “O prazer não é ruim. Como seria? Fazer um capricho a si mesmo, comer, praticar sexo…o ruim é quando a vida se concentra unicamente neste sentido”, conclui Rosana Pereira.

Por isso, os quatro C’s e alguma permissividade não são um problema. Mas tem que ser pontual, se não quisermos terminar profundamente miseráveis. Como provavelmente terminou morrendo Arístipo de Cirene, discípulo de Sócrates e fundador da corrente filosófica do hedonismo. Sim, certamente desfrutou de maravilhosos banquetes, incríveis orgias e consagrou sua vida com os mais altos [ou baixos] prazeres terrenos. Mas talvez tenha morrido, na opinião dos especialistas, sentindo-se um autêntico miserável.

*por Alejandro Tovar

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*Fonte: elpais

A felicidade no dia a dia

Como tem sido sua busca pela felicidade? Alguns dados podem ajudar você a tornar essa jornada mais palpável e doce

Nas últimas semanas, estar dentro da minha casa, confortável e seguro, é o que tem me feito feliz. Me alegra também poder conversar com quem eu gosto, ainda que seja via tecnologia. Esse não é o cenário que eu desejo pra mim, é verdade, mas dentro da conjuntura de 2020, é o melhor que eu posso ter. E é um privilégio. E sua felicidade, onde vive?

A gente passa a vida percorrendo a felicidade, e em muitos momentos e para vários de nós, a crença é que ela está nas grandes coisas. Esquecemos dos prazeres do dia a dia. E daí, surge aquele sentimento de ansiedade – dados da Organização Mundial de Saúde apontam que o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas no mundo desde 2017, e mais de 9% da população convivem com esse transtorno.

Outros números na mesma pesquisa também chamam a atenção: as consultas com psiquiatras cresceram em 44,5%. É hora de falarmos daquilo que importa, de nos conhecermos.

A fim de fomentar o debate sobre as questões humanas, vários veículos de comunicação tem investido seus esforços para convidar as pessoas a refletir sobre nós e sobre o mundo que nos cerca. Inclusive, a Rede Globo está estreiando um programa com esse objetivo. O Simples Assim será apresentado nas tarde de sábado, pela Angélica.

“A ideia do programa é fazer bem às pessoas, ser uma companhia para elas e propor uma reflexão. Espero que cada um que assista se sinta acolhido. São assuntos que, no fundo, são iguais para todo mundo. E porque não tentar ajudar para que as pessoas não apenas se enxerguem ali, mas também enxerguem o outro, com um olhar de empatia, sem julgamentos”, comentou Angélica.

Descobrir onde está a felicidade e como ela acontece é uma curiosidade humana e também da ciência. Uma pesquisa de Harvard, a maior do gênero, pesquisa há 75 anos o assunto. Durante essas mais de sete décadas, eles acompanharam 724 homens. Os resultados são mencionados pelo chefe do trabalho Robert Waldinger em sua palestra Do que é feita uma vida boa? Lições do mais longo estudo sobre felicidade, no TED Talks.

Onde mora a felicidade?

A felicidade, segundo o estudo, não está na riqueza ou na fama. Está na qualidade (e não na quantidade) das relações humanas. O que mantém as pessoas felizes e saudáveis, conta Waldinger em resumo, são boas conexões humanas. Elas protegem nosso cérebro, permitindo um envelhecimento com mais saúde.

No livro A vida perfeita não existe (Sextante), a autora Daiana Garbin comenta que a busca pela felicidade nos adoece. O desejo de afeto, de estar preenchido nos escraviza porque buscamos a plenitude como a única via possível de felicidade. “Ficamos completamente cegas em busca dessa felicidade idealizada, ansiando por uma vida livre de sofrimento e tentando lidar com o medo e a vergonha de não sermos bons o bastante, caímos na perigosa armadilha de desejar algo impossível: a vida perfeita e a felicidade plena”.

Para Daiana, não há uma única resposta do que é ser feliz. Mas a felicidade absoluta não é possível para o ser humano. No entanto, em geral, não temos consciência disso. E encontrar beleza nas coisas cotidianas, e na qualidade das conexões, é um caminho para ficarmos melhor conosco e com quem nos cerca.

*Por Lucas Vasconcellos

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*Fonte: vidasimples

Ser feliz talvez fosse isso: realizar-se dentro do possível, comemorar cada degrau subido, e perdoar o que não foi vivido

Parou na frente do espelho e enxergou a vida inteira até aquele momento. O rímel borrado abaixo dos olhos não ocultava o brilho no olhar. Havia luz, alegria, satisfação. Tinha acabado de encenar o ato final, e antes de remover toda a maquiagem, se permitiu abrir um sorriso e se curvar num gesto sincero de gratidão a si mesma.

Não tinha se tornado médica como a família tanto queria. Também não alcançara sucesso nos palcos como tanto desejou. Mas naquele momento, encerrada a peça que escrevera de próprio punho, percebeu que ser feliz talvez fosse isso: realizar-se dentro do possível, comemorar cada degrau subido, e perdoar o que não foi vivido.

Era uma mulher no meio da ponte. A distância que deixara atrás de si equivalia à distância que teria que percorrer dali pra frente. Nem tudo tinha sido fácil, nem tudo brilhava como desejava, a perfeição brincava de se esconder. Mas agora ela olhava para o espelho e reconhecia que diante das dóceis tragédias que enfrentara, das perdas, ganhos e pequenos arrependimentos, havia motivos para comemorar.

Havia chegado onde chegou do jeito que pôde chegar. E nunca tinha sido tão feliz como agora, equilibrando seus pratos na balança, intercalando a correnteza e o remanso dentro de si, aprendendo a lidar com os “nãos” de cada dia, ouvindo sua voz interior, perdoando as imperfeições da vida e confiando mais no que sua intuição dizia.

Prometera muito a si mesma. E muitas outras promessas foram feitas em seu nome, para que ela cumprisse o combinado quando chegasse a hora. Seguindo o script, não decepcionaria aqueles que ama, mas a perfeição cobraria seu preço. Seguindo seu coração, certamente desapontaria alguns, mas o ganho seria a pele que arrepia, o mergulho profundo sem medo de se estilhaçar, o brilho no olhar, a coragem de se buscar, a ousadia de ser verdadeira sem necessidade de se desculpar.

Ela se perdoava. Dentro de si havia a menina que foi obrigada a engolir o choro, algumas noites mal dormidas e dores pelo corpo de coisas mal resolvidas. Tudo isso ficara para trás, e por isso agora ela sorria para o espelho e agradecia.

Nem tudo tinha sido perfeito, ela sabia. Porém, mesmo com todas as cicatrizes e fissuras, não desejava voltar ao tempo da inocência. Havia descoberto as delícias de ser feliz sem se culpar por isso, não se exigindo de forma sobre-humana em prol de uma perfeição que lhe poupava do risco, mas que também lhe roubava o riso.

Agora ela compreendia. A vida não era o roteiro que ela havia programado, rascunhado e passado a limpo. A vida era, principalmente, o que ficava fora da linha, além dos parágrafos, entre vírgulas e reticências. Era o que acontecia no susto, na surpresa, naquilo que a deixava indefesa. Era o que ficava por dizer, o que a surpreendia distraída, o que embaçava seu olhar e permanecia nas entrelinhas do dia a dia.

Num gesto simbólico, abandonou relógios e calendários. Tinha nascido poesia, mas aos poucos ganhara rigidez e agonia. Agora fazia as pazes com a alegria, não aquela misturada à euforia, mas sim com a graça amistosa e quase serena que agora lhe fazia companhia. Sorria de si para si, e aceitava as pequenas rugas que começavam a se juntar ao redor de seu olhar. Era uma mulher no meio da ponte. Sabia que a vida lhe reservava presentes inesperados pelo caminho, e dessa vez não iria se sentir endividada por aceitar. A vida não estava aí para ser suportada, e sim abraçada e enfrentada…

*Por Fabiola Simões

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*Fonte: asomadetodosafetos

Admirar a natureza é essencial para felicidade, diz pesquisa

Talvez você já tenha experienciado ao chegar no topo de uma montanha e perceber lá de cima o quão pequeno é diante de tanta beleza e magnitude ou quando observava o céu estrelado, imaginando a vastidão de planetas, estrelas e galáxias sem fim. Talvez tenha sido durante o dia a dia, dentro de um ônibus lotado, quando viu alguém ceder o lugar pra outra pessoa.

Esse sentimento se chama “admiração” e alguns psicólogos chegaram a conclusão que ele desempenha um papel importante no fortalecimento da nossa felicidade, saúde e interações sociais – e pode ter desempenhado também um papel importante no desenvolvimento da espécie humana.

Um estudo realizado em 2018 por Amie Gordon, principal pesquisadora do Laboratório de Emoção, Saúde e Psicofisiologia da Universidade da Califórnia-San Francisco e Jennifer Stellar, professora assistente do Departamento de Psicologia da Universidade de Toronto descobriu que indivíduos que relataram sentir admiração com mais frequência em suas vidas diárias foram classificados como mais humildes por seus amigos.

Uma importante distinção entre a admiração e outras emoções (como a inspiração ou surpresa) é que a admiração nos faz sentir menores – ou talvez sentimos uma sensação de “auto-diminuição” e isso é bom para nós, explica Stellar.

“Gastamos muito do nosso tempo olhando para nosso próprio umbigo e para o que está nos afetando diretamente. A experiência do admirar muda isso, nós faz enxergar que somos apenas um pequeno pedaço de algo maior.”

Sentir-se pequeno diante de algo grandioso nos traz um certo sentimento de “humilhação” (diminuindo assim tendências egoístas, como a arrogância e o narcisismo). Sentir-se pequeno e “humilhado” nos faz querer nos envolver mais e nos sentir mais conectados aos outros, acrescenta Gordon.

A admiração pode ajudar a proteger a saúde física

Outra pesquisa da equipe de Stellar e Gordon descobriu que as pessoas que relataram sentir mais admiração também pareciam ter melhor saúde imunológica. Em um grupo de 94 estudantes, aqueles que relataram mais regularmente sentir emoções mais positivas do que emoções negativas apresentaram níveis mais baixos de citocinas pró-inflamatórias crônicas.
As citocinas pró-inflamatórias podem ser úteis em certos cenários, se o corpo estiver lesionado ou doente, mas níveis cronicamente elevados dessas moléculas foram associados a várias condições crônicas, como diabetes, doenças cardíacas e depressão.

Como experimentar mais admiração no dia a dia

Não existe uma fórmula perfeita para experimentar a admiração (até porque ela é diferente para todos), mas há algumas coisas que você pode fazer para ajudá-lo a encontra-lá mais frequentemente:

1.Tenha mais contato com a natureza
Pesquisas mostram que as pessoas classificam consistentemente a natureza como uma das principais maneiras pelas quais experimentam admiração, diz Gordon. Faça mais trilhas, tente chegar a um lugar onde você possa obter uma visão ampla do seu ambiente (como escalar uma montanha ou até mesmo chegar ao andar superior de um edifício alto), diz ela. Ou simplesmente dê um passeio em qualquer ambiente natural que esteja ao seu redor e tente procurar por algo que você nunca viu antes, diz.

2. Saia da sua zona de conforto
A novidade é uma grande parte da admiração. Visite algum lugar em sua cidade ou viaje para uma cidade que você nunca esteve. Tente algo Novo. Leia sobre alguém que você não conhece muito ou uma biografia de alguém que o inspira, sugere Gordon.

3. Ouse mais
Claro, você pode experimentar o sentimento de admiração assistindo um filme que mostra a montanha mais alta do mundo ou ouvindo gravação de uma sinfonia. Mas esses encontros provavelmente são bem menos intensos em comparação com a magnitude do que você sentiria se tivesse tido essas experiências na vida real, afirma Anderson. “Em seu smartphone nunca será tão intenso quanto estar lá pessoalmente.”

4. Tenha uma mente aberta
Parte da experiência de admiração é aquela sensação de pequenez que faz com que você se redimensione – ou se vê em uma luz diferente, diz Beau Lotto, PhD , um neurocientista e fundador do laboratório de pesquisa experimental, o Lab of Misfits .
Recentemente, Lotto e seus colegas fizeram uma parceria com o Cirque du Soleil Entertainment Group para observar como as performances ao vivo da empresa provocam admiração e como ela muda a atividade cerebral de quem as assiste.

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*Fonte: mochileiros

Porque os amigos nos fazem pessoas mais felizes e saudáveis

Às vezes, brigamos com os nossos amigos, sentimos inveja deles, ou mesmo fazemos fofocas sobre eles. Então, por que nos preocupamos com os amigos?

Porque eles nos fazem explodir de rir em nossos piores momentos. Porque eles estão lá para nos dar um tapa nas costas e levantar um copo quando temos boas notícias. E porque eles desempenham um papel de protagonistas em algumas das nossas memórias mais preciosas.

Embora os verdadeiros benefícios das amizades não possam ser medidos (como você calcula quanta alegria o seu melhor amigo lhe proporcionou ao longo dos anos?), estudos após estudos mostram que as amizades aumentam nossa felicidade e até mesmo a nossa saúde.

Abaixo estão algumas das razões pelas quais as pessoas precisam de amigos:
As pessoas mais felizes são as mais sociais

Uma evidência convincente desse fenômeno vem de Ed Diener e Martin Seligman, dois especialistas líderes no campo da pesquisa da felicidade. Quando compararam as pessoas mais felizes e menos felizes, descobriram que o primeiro grupo era altamente social e tinha laços de relacionamento mais fortes. De fato, boas relações sociais eram uma necessidade para as pessoas se sentirem felizes. Da mesma forma, outros psicólogos escreveram que a necessidade de pertencer é “fundamental”.

Se um amigo nosso está feliz, provavelmente, também estaremos. Um estudo da Harvard Medical School com 5.000 pessoas ao longo de 20 anos descobriu que a felicidade de uma pessoa se espalha através de seu grupo social até três graus, e que o efeito dura até um ano. Por outro lado, a tristeza não é tão contagiosa: enquanto ter um amigo feliz melhora sua probabilidade de ser feliz em 15%, ter alguém infeliz reduz suas chances em apenas 7%. Fascinante!

Amigos encurtam as fofocas – e isso nos faz felizes

Claro, todos conversamos com nossos amigos, mas quando há algo sério para discutir, esperamos poder confiar naqueles a quem recorremos. Isso é importante porque as pessoas com os mais altos níveis de bem-estar têm conversas mais “importantes” do que fofocas, de acordo com um estudo de 2010 em Psychological Science.

Recorremos aos amigos quando estamos estressados

Isto é especialmente verdadeiro para mulheres, segundo pesquisadores da UCLA. As mulheres são muito mais propensas do que os homens a buscarem apoio social (geralmente de outras mulheres) quando estão preocupadas ou machucadas, o que pode explicar porque o estresse afeta mais a saúde masculina.

Nossos amigos nos ajudam a ser otimistas

Os pesquisadores dizem que o apoio social diário é um fator chave para se sentir otimista. O otimismo, por sua vez, aumenta nossa satisfação com a vida e reduz nosso risco de depressão. Outro estudo publicado no Journal of Experimental Social Psychology mostrou que quando sentimos que temos suporte social, nossa percepção visual dos desafios realmente muda: as montanhas se parecem mais com pequenos obstáculos.

Amizades melhoram nossa saúde

Aqueles de nós que têm suporte social são mais propensos a manter um plano de exercícios por mais de um ano após iniciá-lo. As pessoas menos “socialmente integradas” experimentam declínio de memória duas vezes mais rápido que aqueles que estão mais conectados. O apoio social protege a depressão e o suicídio. As pessoas solitárias tendem a ter maior pressão arterial e outros fatores de risco para doenças cardíacas, e são mais propensas a “desistir” ou “parar de tentar” lidar com um estressor, como uma doença.

Nossos amigos nos ajudam a viver mais tempo

Um estudo sueco descobriu que, quando os homens recebem apoio social suficiente durante os momentos estressantes, tendem a viver mais tempo do que aqueles que não têm ninguém em quem se apoiar. Há uma ampla evidência de que as amizades não apenas melhoram nossas vidas, elas podem realmente tornar nossas vidas mais longas. As mulheres que têm pelo menos um confidente sobrevivem mais tempo após a cirurgia de câncer de mama, por exemplo. E uma revisão de 148 estudos descobriu que as pessoas com relações sociais mais fortes têm um risco 50% menor de mortalidade.

Agora que se sente grato por seus amigos, aproveite a oportunidade para experimentar algumas atividades divertidas para fortalecer suas amizades. Ambos colherão os benefícios!

*Por Luiza Fletcher

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*Fonte: osegredo

Somos cada vez menos felizes e produtivos porque estamos viciados na tecnologia

“Há um usuário novo, uma notícia nova, um novo recurso. Alguém fez algo, publicou algo, enviou uma foto de algo, rotulou algo. Você tem cinco mensagens, vinte curtidas, doze comentários, oito retweets. (…) As pessoas que você segue seguem esta conta, estão falando sobre este tópico, lendo este livro, assistindo a este vídeo, usando este boné, comendo esta tigela de iogurte com mirtilos, bebendo este drinque, cantando esta música.”

O cotidiano digital descrito pela jornalista espanhola Marta Peirano, autora do livro El enemigo conoce el sistema (O inimigo conhece o sistema, em tradução livre), esconde na verdade algo nada trivial: um sequestro rotineiro de nossos cérebros, energia, horas de sono e até da possibilidade de amar no que ela chama de “economia da atenção”, movida por tecnologias como o celular.

Nesse ciclo, os poderosos do sistema enriquecem e contam com os melhores cérebros do mundo trabalhando para aumentar os lucros enquanto entregamos tudo a eles.

“O preço de qualquer coisa é a quantidade de vida que você oferece em troca”, diz a jornalista.

Desde os anos 90, quando descobriu a cena dos hackers em Madri, até hoje, ela não parou de enxergar a tecnologia com um olhar crítico e reflexivo. Seu livro narra desde o início libertário da revolução digital até seu caminho para uma “ditadura em potencial”, que para ela avança aos trancos e barrancos, sem que percebamos muito.

Marta Peirano foi uma das participantes do evento Hay Festival Cartagena, um encontro de escritores e pensadores que aconteceu na cidade colombiana entre 30 de janeiro e 2 de fevereiro. A seguir, leia a entrevista concedida à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

BBC News Mundo – Você diz que a ‘economia da atenção’ nos rouba horas de sono, descanso e vida social. Por quê?

Marta Peirano – A economia da atenção, ou o capitalismo de vigilância, ganha dinheiro chamando nossa atenção. É um modelo de negócios que depende que instalemos seus aplicativos, para que eles tenham um posto de vigilância de nossas vidas. Pode ser uma TV inteligente, um celular no bolso, uma caixinha de som de última geração, uma assinatura da Netflix ou da Apple.

E eles querem que você os use pelo maior tempo possível, porque é assim que você gera dados que os fazem ganhar dinheiro.

BBC News Mundo – Quais dados são gerados enquanto alguém assiste a uma série, por exemplo?

Peirano – A Netflix tem muitos recursos para garantir que, em vez de assistir a um capítulo por semana, como fazíamos antes, você veja toda a temporada em uma maratona. Seu próprio sistema de vigilância sabe quanto tempo passamos assistindo, quando paramos para ir ao banheiro ou jantar, a quantos episódios somos capazes de assistir antes de adormecer. Isso os ajuda a refinar sua interface.

Se chegarmos ao capítulo quatro e formos para a cama, eles sabem que esse é um ponto de desconexão. Então eles chamarão 50 gênios para resolver isso e, na próxima série, ficaremos até o capítulo sete.

BBC News Mundo – Os maiores cérebros do mundo trabalham para sugar nossa vida?

Peirano – Todos os aplicativos existentes são baseados no design mais viciante de que se tem notícia, uma espécie de caça-níquel que faz o sistema produzir o maior número possível de pequenos eventos inesperados no menor tempo possível. Na indústria de jogos, isso é chamado de frequência de eventos. Quanto maior a frequência, mais rápido você fica viciado, pois é uma sequência de dopamina.

Toda vez que há um evento, você recebe uma injeção de dopamina — quanto mais eventos encaixados em uma hora, mais você fica viciado.

BBC News Mundo – Todo tuíte que leio, todo post no Facebook que chama minha atenção, toda pessoa no Tinder de quem gosto é um ‘evento’?

Peirano – São eventos. E na psicologia do condicionamento, há o condicionamento de intervalo variável, no qual você não sabe o que vai acontecer. Você abre o Twitter e não sabe se vai retuitar algo ou se vai se tornar a rainha da sua galera pelos próximos 20 minutos.

Não sabendo se receberá uma recompensa, uma punição ou nada, você fica viciado mais rapidamente.

A lógica deste mecanismo faz com que você continue tentando, para entender o padrão. E quanto menos padrão houver, mais seu cérebro ficará preso e continuará, como os ratinhos na caixa de [B.F.] Skinner, que inventou o condicionamento de intervalo variável. O rato ativa a alavanca obsessivamente, a comida saindo ou não.

BBC News Mundo – Os adultos podem entender isso, mas o que acontece com as crianças que apresentam sintomas de abstinência quando não estão conectadas ao Instagram, YouTube, Snapchat, Tik Tok por exemplo?

Peirano – As redes sociais são como máquinas caça-níqueis, quantificadas na forma de curtidas, corações, quantas pessoas viram seu post. E isso gera um vício especial, porque trata-se do que a sua comunidade diz — se o aceita, se o valoriza. Quando essa aceitação, que é completamente ilusória, entra em sua vida, você fica viciado, porque somos condicionados a querer ser parte do grupo.

Eles [as empresas] conseguiram quantificar essa avaliação e transformá-la em uma injeção de dopamina. As crianças ficam viciadas? Mais rápido do que qualquer um. E não é que elas não tenham força de vontade, é que elas nem entendem por que isso pode ser ruim.

Não deixamos nossos filhos beberem Coca-Cola e comer balas porque sabemos que o açúcar é prejudicial; mas damos a eles telas para serem entretidos, porque dessa forma não precisamos interagir com eles.

BBC News Mundo – E o que podemos fazer?

Peirano – Interagir com elas. Uma criança que não tem uma tela fica entediada. E uma criança entediada pode ser irritante, se você não estiver disposto a interagir com ela, porque talvez você prefira estar fazendo outras coisas.

BBC News Mundo – Olhando para sua própria tela, por exemplo?

Peirano – Vemos famílias inteiras ligadas ao celular e o que está acontecendo é que cada um está administrando seu próprio vício. Todo mundo sabe que os jogos de azar são ruins, que a heroína é ruim, mas o Twitter, o Facebook, não — porque eles também se tornaram ferramentas de produtividade.

Então, eu, que sou jornalista, quando entro no Twitter é porque preciso me informar; a cabeleireira no Instagram estará assistindo a um tutorial; há uma desculpa para todos.

O vício é o mesmo, mas cada um o administra de maneira diferente. E dizemos a nós mesmos que não é um vício, mas que estamos ficando atualizados e mais produtivos.

BBC News Mundo – Poderíamos nos caracterizar como viciados em tecnologia?

Peirano – Não somos viciados em tecnologia, somos viciados em injeções de dopamina que certas tecnologias incluíram em suas plataformas. Isso não é por acaso, é deliberado.

Há um homem ensinando em Stanford (universidade) àqueles que criam startups para gerar esse tipo de dependência.

Existem consultores no mundo que vão às empresas para explicar como provocá-la. A economia da atenção usa o vício para otimizar o tempo que gastamos na frente das telas.

BBC News Mundo – Como você fala no livro, isso também acontece com a comida, certo? Somos manipulados por cheiros, ingredientes, e nos culpamos por falta de vontade e autocontrole (na dieta, por exemplo).

Peirano – É quase um ciclo de abuso, porque a empresa contrata 150 gênios para criar um produto que gera dependência instantânea.

Seu cérebro é manipulado para que a combinação exata de gordura, açúcar e sal gere uma sensação boa, mas como isso [a combinação] não nutre o corpo, a fome nunca passa, e você experimenta um tipo de curto-circuito: seu cérebro está pedindo mais, porque é gostoso, mas o resto do seu corpo diz que está com fome.

Como no anúncio da Pringles, “Once you pop, you can’t stop” [depois que você abre, não consegue parar, em tradução livre]. O que é absolutamente verdade, porque abro um pote e até que eu o coma inteiro, não consigo pensar em outra coisa.

Então, dizem: ‘bem, isso é porque você é um glutão’. O pecado da gula! Como você não sabe se controlar, vou vender um produto que você pode comer e comer e não fará você engordar, os iogurtes light, a Coca-Cola sem açúcar.

E a culpa faz parte desse processo. No momento, no Vale do Silício, muitas pessoas estão fazendo aplicativos para que você gaste menos tempo nos aplicativos. Esse é o iogurte.

BBC News Mundo – Essa conscientização, de entender como funciona, ajuda? É o primeiro passo?

Peirano – Acho que sim. Também percebo que o vício não tem nada a ver com o conteúdo dos aplicativos.

Você não é viciado em notícias, é viciado em Twitter; não é viciado em decoração de interiores, é viciado em Pinterest; não é viciado em seus amigos ou nos seus filhos maravilhosos cujas fotos são postadas, você é viciado em Instagram.

O vício é gerado pelo aplicativo e, quando você o entende, começa a vê-lo de maneira diferente. Não é falta de vontade: eles são projetados para oferecer cargas de dopamina, que dão satisfação imediata e afastam de qualquer outra coisa que não dá isso na mesma medida, como brincar com seu filho, passar tempo com seu parceiro, ir para a natureza ou terminar um trabalho — tudo isso exige uma dedicação, já que há satisfação, só que não imediata.

BBC News Mundo – De tudo o que você cita, manipulações, vigilância, vícios, o que mais a assusta?

Peirano – O que mais me preocupa é a facilidade com que as pessoas estão convencidas a renunciar aos seus direitos mais fundamentais e a dizer: quem se importa com meus dados? Quem se importa com onde eu estive?

Há 40 anos, pessoas morriam pelo direito de se encontrar com outras pessoas sem que o governo soubesse suas identidades; pelo direito de ter conversas privadas ou pelo direito de sua empresa não saber se há uma pessoa com câncer em sua família.

Custou-nos muito sangue para obtê-los (os direitos) e agora estamos abandonando-os com um desprendimento que não é natural — é implantado e alimentado por um ecossistema que se beneficia dessa leveza.

BBC News Mundo – Quando você envia um email, sabe que outros podem lê-lo, mas de fato pensamos: quem se importará com o que eu escrevo?

Peirano – Ninguém realmente se importa, até o momento que se importe, porque todo esse material é armazenado e, se estiver disponível para o governo, ele terá ferramentas para contar qualquer história sobre você. E você não poderá refutá-lo.

Se o governo quiser colocá-lo na cadeia porque você produz um material crítico, ele pode encontrar uma maneira de vinculá-lo a um terrorista. Bem, talvez seus filhos tenham estudado juntos por um tempo e possa ser mostrado que as placas dos seus carros coincidiram várias vezes na mesma estrada por três anos. Nesse sentido, seus dados são perigosos.

BBC News Mundo – Você diz no livro que “2,5 quintilhões de dados são gerados todos os dias”, incluindo milhões de e-mails, tuítes, horas de Netflix e pesquisas no Google. O que acontece com tudo isso?

Peirano – Estamos obcecados com nossos dados pessoais, fotos, mensagens… Mas o valor de verdade é estatístico, porque suas mensagens, com as de outras bilhões de pessoas, informam a uma empresa ou a um governo quem somos coletivamente.

Eles os usam primeiro para os anunciantes. E depois para criar previsões, porque este é um mercado de futuros.

Eles sabem que quando, em um país com certas características, o preço da eletricidade sobe entre 12% e 15%, acontece X; mas, se sobe entre 17% e 30%, outra coisa Y acontece. As previsões são usadas para manipular e ajustar suas atividades — para saber, por exemplo, até onde você pode prejudicar a população com o preço das coisas antes ela se revolte contra você ou comece a se suicidar em massa.

BBC News Mundo – Como o que aconteceu no Chile, com manifestações motivadas inicialmente pelo aumento no preço da passagem do metrô..?

Peirano – Talvez o governo chileno não esteja processando dessa maneira, mas o Facebook está, o Google está — porque todas as pessoas na rua têm o celular no bolso. E elas o carregaram durante os últimos anos de sua vida.

O Facebook sabe em que bairros aconteceu o que e por quê; como as pessoas se reúnem e como se dispersam; quantos policiais precisam chegar para que a manifestação se dissolva sem mortes.

BBC News Mundo – Mas quem está disposto a ficar sem o celular, a internet? Qual é o caminho para o cidadão normal?

Peirano – O problema não é o celular, não é a internet. Todas as tecnologias das quais dependemos são ferramentas da vida contemporânea, voluntariamente as colocamos em nossos celulares. Mas elas não precisam da vigilância para funcionar, nem precisam monitorar você para prestar um serviço. Eles não precisam disso, o que acontece é que a economia de dados é muito gulosa.

BBC News Mundo – Os negócios são tão lucrativos que vão continuar a fazê-lo da mesma maneira ainda que tentemos impor limites?

Peirano – É muito difícil para um governo enfrentar tecnologias que facilitam esse controle populacional, que é interessante. Mas a ideia é exigir que isso aconteça.

Se, agora, você desativar todos os sistemas de geolocalização do seu celular, eles continuarão a geolocalizá-lo.

Assim como no Facebook ou no Twitter, em que você pode bloquear o que posta para algumas pessoas ou para todos — somente você… e o Facebook veem. O que acontece nos centros de dados deles, acontece para você e para eles. Você não pode bloquear o Facebook, porque você está no Facebook.

BBC News Mundo – Você está sugerindo que precisamos nos rebelar e exigir privacidade?

Peirano – Mas não contra empresas. É natural que elas se beneficiem de uma fonte de financiamento tão barata e gloriosamente eficaz.

O que não é natural é que um governo destinado a proteger os direitos de seus cidadãos o permita. E a questão é que cada vez mais governos chegam ao poder graças a essas ferramentas.

Então, o que deve ser feito? Precisamos começar a transformar essa questão fundamental em um debate política nos níveis local e mais amplo, ou seja, em ação coletiva, ação política.

BBC News Mundo – Esse debate está acontecendo em algum lugar do mundo?

Peirano – Nas primárias democratas da campanha presidencial dos EUA deste ano, essa é uma das questões cruciais. Está em debate se essas empresas devem ser gerenciadas de outra maneira ou serem fragmentadas, porque além de tudo também são um monopólio.

No entanto, na Europa e na América Latina, nos cansamos de falar sobre notícias falsas, seus efeitos, campanhas tóxicas… Na Espanha, houve três eleições gerais em três anos e nenhum político fala sobre isso.

BBC News Mundo – O sistema é nosso inimigo, então?

Peirano – Somos integrados a e dependemos de sistemas que não sabemos como funcionam ou o que querem de nós. Facebook, Google e outros dizem que querem que nossa vida seja mais fácil, que entremos em contato com nossos entes queridos, que sejamos mais eficientes e trabalhemos melhor, mas o objetivo deles não é esse, eles não foram projetados para isso, mas para sugar nossos dados, nos manipular e vender coisas.

Eles nos exploram e, além disso, somos cada vez menos felizes e menos produtivos, porque somos viciados [na tecnologia].

*Por Diana Massis

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*Fonte: bbc-brasil

Quando vivemos sem esperar nada de ninguém somos mais felizes!

Por que você deve parar de esperar que os outros sejam o que você quer que eles sejam?

Quando vivemos a esperar que o outro seja diferente do que ele é, passamos a viver em eterno descontentamento.

Sentimos a rejeição do outro que não quer suprir as nossas expectativas e rejeitamos a possibilidade de aceitá-lo como ele gostaria de ser. Se não aceitamos, nos tornamos infelizes e fazemos da vida do outro, um inferno.

Mas quando aceitamos as limitações e o momento evolutivo do outro nos sentimos em paz e vivemos o contentamento que a aceitação nos traz.

Parar de esperar atitudes que o outro não é capaz de tomar é provar que o ama de verdade.

Mesmo que acreditemos que o outro seria mais feliz se ele fizesse exatamente aquilo que entendemos ser melhor para ele, devemos lavar as mãos e nos manter em nosso lugar, que é a nossa própria vida. Não temos direito sobre a vida do outro, a única vida que podemos controlar é a nossa.

As expectativas irreais que criamos em relação a vida do outro só causam indisposições, tanto em nós, quanto no outro que se sente incapaz de realizar aquilo que desejamos, e por isso, prefere se distanciar à ter que conviver com uma pessoa que o cobra atitudes que não condiz com aquilo que ele realmente é.

Ele prefere cortar relações do que viver uma vida toda se sentindo frustrado por não conseguir realizar aquilo que o outro exige.

E quando nos sentimos frustrados nossa alegria se esconde e a tristeza se instala em nossa alma.

O que fazer com a expectativa que criamos?

Quem criou a expectativa que a embale!

Se nós criamos uma expectativa que não condiz com a realidade, somente nós poderemos nos desfazer dela. Nunca será culpa do outro, sempre nossa!

Nossas ilusões são da nossa conta, não devemos cobrar uma conta que é nossa e jogá-la nas costas do outro.

“Se você não espera nada de alguém, nunca fica desapontado.” – Sylvia Plath

Todos nós viemos para esse mundo com uma missão, com um propósito, alguns se desviam do próprio caminho para assumir um caminho imposto por outros, isso acontece muito com a relação mãe/pai/filho, as vezes, entre marido/esposa, mas geralmente, os pais são os maiores criadores de expectativas e os maiores responsáveis pela frustração dos filhos.

O problema é que ninguém pode ser quem nós queremos que eles sejam.

Nossos filhos são seres independentes, foram confiados a nós para que cuidemos e eduquemos, mas nos foi explicado claramente que deveríamos criá-los para que pudessem viver suas próprias vidas de forma independente, do jeito que decidirem, e acharem que devem.

A única maneira de criar filhos fortes é ensiná-los a ter autonomia.

Pais que nunca deixam seus filhos fazerem escolhas, que sempre criticaram as suas atitudes, que acreditam que seus filhos não são capazes de se virar sozinhos, são “pais que afundam”, sim, pais que levam o filho para um buraco chamado “dependência”.

Filhos dependentes são pessoas infelizes, e a infelicidade é um estado permanente na alma desses que vivem a frustração de não conseguirem suprir as altas expectativas de seus pais.

O que seus pais não sabem e não querem enxergar é que eles são muito bons sendo eles mesmos. Eles querem estar confiantes e confortáveis ​​em serem quem são e, se quiserem mudar, mudarão em seus próprios termos  - não nos seus.

Quem cria expectativa não conhece o VERDADEIRO sentido da palavra “RESPEITO”

“Bem-aventurado aquele que nada espera, porque nunca ficará desapontado.” – Alexander Pope

Muitas vezes as expectativas são mascaradas com a roupagem de preocupação.

As pessoas que criam expectativas demais costumam usar da preocupação para tentar manipular as atitudes e as escolhas do outro.

Dizem:

Eu estou preocupado com você, você não entende que eu fico sem dormir de preocupação? Que eu passo dias sofrendo preocupado com você?

Esse tipo de manipulação pela preocupação diz ao outro o seguinte:

“Eu não confio em você! Acredito que você não é capaz! Sei que se você fizer isso você se dará mal, porque te conheço mais do que você mesmo!”

Quem cresce escutando essas coisas, mesmo que de forma não declarada, se torna um adulto inseguro, que vive um medo constante do fracasso, e uma autocobrança desumana.

Para quem se identifica com esse comportamento, digo:

Pare imediatamente de se comportar dessa maneira, essa atitude já deve ter sido causa de muito sofrimento!

Comece a praticar o desapego e a focar na sua própria vida!

Repita essa frase várias vezes ao dia:

“Sou desapegado dos resultados do outro (diga o nome da pessoa) e assumo total responsabilidade pela minha felicidade”, seremos mais contentes e pacíficos, nunca mais cobrarei que o outro (nome da pessoa) seja como eu gostaria que ele fosse. Nunca mais me preocuparei com ele, ele sabe o que faz, ele é adulto e tem o direito de viver a própria vida como bem entender”.

O respeito as escolhas do outro deve ser a sua prioridade dentro de um relacionamento, de qualquer natureza.

Cada indivíduo deve ter o direito de escolher o que achar melhor para si. Sem ter que se preocupar com o que fulano acha ou até mesmo ter que enxergar nos olhos de ciclano a desaprovação.

Não é fácil

Para quem possui uma natureza egoísta e controladora é muito difícil se desapegar e deixar o outro viver a própria vida.

Quando as expectativas são impostas dentro de um relacionamento afetivo, a infelicidade é uma constante.

Existem parceiros que cobram a perfeição da esposa, que reclamam de tudo, e querem as coisas de maneira impecável. Não relaxam e não deixam a parceira relaxar.

Existem esposas que fazem o mesmo, esperam o marido chegar para começar a vomitar suas insatisfações, que nada mais são que expectativas criadas, que não condizem com a real personalidade da pessoa com quem se casou.

O amor existe, então eles passam a vida tentando fazer o melhor que podem todos os dias e porque ambos esperam demais um do outro, ou apenas um na relação se comporta assim, o relacionamento acaba esfriando, e a vida a dois se transforma em uma mentira, onde um tenta suprir as expectativas do outro, e nenhum consegue alcançar um nível perfeito de excelência, simplesmente porque a perfeição não existe.

Qual a solução para esse dilema?

Viver a vida sorrindo!

Que?

Sim!

Viver a vida sorrindo é a receita de felicidade daqueles que não criam expectativas, apenas plantam amor.

Aqueles que vivem a vida sorrindo, não possuem tempo para se preocupar, porque sorrir exige tempo e esforço. E quem vive sorrindo não quer ter que parar de sorrir por motivo algum.

Se o marido não levou o lixo para fora, abra um sorriso e leve o lixo.

Se a esposa deixou a luz acesa, abra um sorriso e apague a luz!

Se o seu filho escolheu seguir outro caminho que não aquele que você “esperava” dele, sorria e aceite!

Você poderia conversar tranquilamente com seu filho adolescente que mentiu para você que estava estudando e na verdade, estava jogando vídeo game? Ao invés de soltar um grito de arder os ouvidos?

Você poderia amenizar a dor do fracasso de um filho, sem ter que proferir a conhecida frase: Eu te avisei?

Conheço pessoas que são felizes independente das escolhas do outro, independente das pedras que aparecem no caminho, simplesmente porque eles desconhecem a palavra: EXPECTATIVA.

Nem sempre será fácil deixar o outro viver de acordo com as suas vontades, mas é necessário e imprescindível. A vida do outro é dele, apenas dele.

Geralmente, quem sofre por não ver acolhida sua opinião dentro da vida do outro, são pessoas que acreditam que a vida deveria girar em seu entorno.

São pessoas muito vaidosas que acreditam que devem impor as suas certezas.

Infelizmente essas pessoas ainda não conhecem o amor incondicional, acreditam que amam, mas o amor que sentem é muito egoísta.

Essas pessoas precisam entender que nascemos sozinhos, encontramos pessoas pelo caminho, mas morreremos sozinhos, e o que fica, são nossas experiencias, nossas relações com a vida e com as pessoas, e aqueles que são privados de ser quem são, para cumprir as expectativas daqueles que dizem saber o que é melhor para eles, serão sempre as pessoas mais tristes do mundo. Mergulhadas em depressão, e ansiedade.

Os criadores de expectativas profissionais, depois, ainda afirmam:

“Eu não sei porque meu filho tem depressão, eu sempre fiz tudo pra ele.”

Ou então:

“Eu não sei porque meu marido é agressivo, eu faço tudo pra ele!”

Obvio, fazer tudo é o grande erro!

Ninguém precisa que ninguém faça tudo para ninguém. Pelo contrário, as pessoas precisam se sentir livres para fazerem as suas próprias escolhas, precisam sentir que possuem autonomia e pessoas ao lado que confiam nas suas escolhas de vida. Simples assim!

Por tanto, pergunte-se agora se o seu sofrimento atual possui raízes nas expectativas que você criou em relação ao outro.

Seja sincero com você e entenda, se a resposta for sim, você precisa se libertar desse controle emocional e libertar o outro, principalmente.

NOTA SOBRE ESPIRITUALIDADE:

Quando criamos expectativas e tentamos moldar o outro as nossas vontades, interferimos em algo muito sério, naquilo que foi predestinado a ele, naquilo que ele veio aprender, na sua mais importante missão: A reforma íntima.

Deus sabe o que é melhor para cada filho para que ele consiga concluir sua jornada com exito melhorando aqueles pontos obscuros que precisam ser iluminados.

Na maioria das vezes, o que você pensa ser melhor para alguém, e insiste por anos a fio nessa certeza, não é o caminho que o ajudará a desenvolver sentimentos e emoções que foram destinadas ao cumprimento do seu karma.

É certo que algumas pessoas só aprenderão o que Deus acredita ser a melhor lição, na dor e na dificuldade, e se vivessem com facilidades e mordomias pela vida toda, acabariam aumentando seus débitos e acumulando dívidas para uma outra oportunidade na Terra.

Deus vive em nós e nos dá dicas o tempo todo!

Mesmo que você lute contra as escolhas de alguém, se a escolha dele for o que Deus acredita ser o melhor para a sua edificação, de nada adiantará você ir contra, pelo contrário, a sua atitude não será bem vista aos olhos de Deus, e você estará assumindo a responsabilidade pelo mal emocional que causar a ele.

Pare de uma vez por todas de criar expectativas e aceite as escolhas do outro!

Ao aceitar que a vida do outro é de responsabilidade estritamente dele, você será muito mais feliz!

*Por Iara Fonseca

 

 

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*Fonte: seuamigoguru

7 dicas infalíveis para ter a felicidade perfeita

Todo mundo almeja a felicidade não é mesmo? Mas ultimamente está cada vez mais difícil alcançar esse objetivo. Em um mundo caótico como o nosso, a política desmoronando, pessoas distribuindo ódio gratuito, a mídia te falando o tempo todo como você deveria estar infeliz, como você deve ser, e se sentir. Não é fácil. Fora as ocasiões onde começam a ditar regras que não cabem a todos e que não fazem o menor sentido. Embora isso tudo esteja nos consumindo e tirando o nosso foco de tudo o que realmente é importante, ainda tem como fugir dessa onda de negatividade. Afinal, a vida é incrível assim, mesmo com todos os desafios e dificuldades, e mesmo que a gente se esqueça disso às vezes.

A vida está aí para ser vivida, e não fazer isso, da melhor forma, é um desperdício imperdoável. A felicidade é para quem está disposto a correr atrás dela. Então, não perca mais tempo, algumas coisas simples e pequenas podem te mostrar o quanto vale a pena ser feliz. Confira a seguir, 7 dicas infalíveis para ter a felicidade perfeita.

1 – Rir

Isso mesmo, o simples hábito de sorrir já torna a vida melhor. O riso é contagiante e faz um bem danado. Esse vídeo, que mostra pessoas sorrindo no metrô, mostra o poder do riso e como ele tem efeito sobre as pessoas. Inclusive, a ciência comprova isso e reforça o poder positivo do riso, em nossas vidas. Incluir o riso na sua vida é um dos melhores remédios, é bom pra saúde, é bom para o coração, é bom para você e para quem está a sua volta. Procure pessoas e situações engraçadas regularmente, assim, nunca faltará riso para te alegrar.

2 – Viva o presente

Certa vez, um homem sábio, chamado Lao Tzu, disse o seguinte:

“Se você está deprimido, está vivendo no passado.
Se você está ansioso, está vivendo no futuro.
Se você está em paz, está vivendo no presente”.

E ele não poderia estar mais certo do que disse. O que está feito está feito, você não pode voltar no tempo e desfazer o que aconteceu no passado. Então, por que sofrer por algo que não está mais nas suas mãos? Quanto ao futuro, até chegar lá, não há o que fazer, então, não perca o seu tempo, se preocupando com coisas que ainda não estão no momento. Não importa o quão ruim possa parecer o seu presente, é aqui, que você está, e aqui que você tem que viver. Aproveite ao máximo, porque o passado não volta, o futuro talvez nem chegue e o que temos é só o agora. Viva intensamente, e faça o seu melhor.

3 – Seja um perdedor

Calma, não estamos dizendo para você fracassar. Não tem nada a ver com isso. Ser um perdedor em determinadas ocasiões é mais do que sair como vencedor. A dica aqui é: permita que os outros estejam certos. Isso não quer dizer que você precise acreditar ou concordar com algo que não é certo para você, apenas não perca o seu tempo, tentando mudar a opinião alheia, quando você sabe que não vai mudar em nada. Até porque, muitas vezes, tentar converter o outro para as suas ideias, só vai te sugar energia e não trará nenhuma melhora na sua vida. Ou seja, guarde as suas energias para algo realmente importante para você, algo gratificante e que te faça feliz. E se poupe de estresse desnecessário.

4 – Mova-se

Você não precisa, necessariamente, entrar na academia e fazer do exercício físico, uma luta diária. Comece fazendo algo simples, como caminhada ao ar livre, natação ou exercícios em sua sala de estar mesmo. O importante é movimentar-se, afinal, qualquer movimento é melhor do que nada. Qualquer tipo de atividade física é bem-vinda, e pode ter inúmeros benefícios e melhorar infinitamente a sua qualidade de vida. O exercício libera endorfina, o hormônio da felicidade, e é muito mais eficaz do que antidepressivos. Então, sempre que possível, mova-se e seja mais feliz.

5 – Aceite as suas falhas

Todos nós falhamos várias vezes na vida, e está tudo bem, isso é completamente normal. Mas, acontece que a maioria de nós tem a tendência a se martirizar devido aos erros. Por isso, para ser uma pessoa feliz, é preciso aceitar nossas falhas e abraçar o fracasso. Ninguém é perfeito e nunca será, e quanto mais você estiver disposto a aceitar isso, mais feliz e orgulhoso você será.

6 – Seja gentil

Não seja desrespeitoso com os outros, quem quer que sejam. Trate as pessoas, como você gostaria de ser tratado, mesmo que elas nem sempre façam o mesmo por você. Seja o mais gentil possível. Você está fazendo o bem aos outros, está fazendo também à sociedade e, o principal, você está fazendo um bem a si mesmo. E assim, a maioria das pessoas responderá a você da mesma forma, até porque é muito mais difícil ser rude ou desagradável, quando alguém está sendo extremamente gentil. Mas não faça isso, pensando em uma recompensa vinda do outro, faça por si mesmo, pois a recompensa é a felicidade.

7 – Tenha amigos

Ter amizades verdadeiras e sólidas é um dos maiores presentes da vida. Ter amigos faz com que os momentos felizes, fiquem mais felizes, e os momentos tristes pareçam mais suportáveis. Ninguém consegue viver sozinho, então, precisamos dos outros, sejam amigos e familiares que são essenciais na nossa vida. Então, seja um bom amigo e tenha bons amigos, assim, a caminhada da vida será mais leve e mais feliz.

Enfim, o que você achou dessas dicas? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

*Por Crystiele Oliveira

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*Fonte: fatosdesconhecidos

Pessoas que falam palavrão são mais felizes, íntegras e têm QI mais alto, sugerem estudos

Você pode até julgar e olhar feio para pessoas que falam palavrões constantemente, mas saiba que elas podem ser mais íntegras, inteligentes e felizes do que você. E quem diz isso, acredite, é a ciência.

Pessoas que falam palavrão são mais inteligentes

Um estudo realizado em 2015 descobriu que indivíduos que têm o hábito de falar palavrão apresentam um Q.I. maior. Conseguir distribuir xingamentos pelo maior número de vezes em um intervalo de um minuto estava ligado a uma pontuação mais elevada em um teste de Quociente de Inteligência.

Isso porque, de acordo com a pesquisa, um vasto vocabulário de palavrões seria sinal de força retórica, ou seja, boa capacidade de argumentação e formulação de ideias. O mesmo levantamento mostrou que quem é bagunceiro e dorme tarde também tinha melhores avaliações nos testes.

Quem fala palavrão é mais honesto e íntegro

De acordo com uma pesquisa feita com 276 participantes, pessoas que falam palavrão são mais honestas e íntegras do que aquelas que não costumam usar palavras chulas no cotidiano.

O levantamento observou que as pessoas tendem a falar palavrões mais como uma forma de se expressar do que uma maneira de prejudicar o próximo e que a honestidade foi associada a níveis mais altos de xingamentos nos experimentos realizados com os voluntários.

Pessoas que xingam são mais felizes

Por fim, é possível dizer com base em um outro trabalho científico, que falar palavrão faz com que uma pessoa seja mais feliz no geral. Isso porque o hábito tem efeito direto no alívio de dores, favorece a expressão de sentimentos, promove conexões sociais e melhora da saúde física e mental.

Segundo o estudo, xingar melhora a circulação sanguínea, eleva a liberação de endorfinas e promove sensação de calma, controle e bem-estar.

*Por Paulo Nobuo

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*Fonte: vix

Felicidade não é ausência de problemas, é agir apesar do medo

Felicidade não é ausência de problemas. Ela deriva de um evento tão excepcional quanto incomum.

Nossos ambientes não são sempre seguros, existem mudanças, imprevistos, interagimos quase todos os dias e há atritos, discrepâncias e mal-entendidos.

Independentemente do nosso status, idade ou local onde vivemos, sempre surgem problemas e ninguém é imune ao que acontece ao seu redor e em seu universo interno.

Nesse contexto, deve-se notar que, durante alguns anos, novas vozes surgiram no mundo acadêmico com um objetivo muito claro: oferecer-nos outra visão de felicidade.

Psicólogos, como Jerome Wakefield (Universidade de Nova York) e Allan Horwitz (Rutgers) escreveram livros interessantes como “A perda da tristeza”: como a psiquiatria transformou a dor normal em transtorno depressivo.

Neste trabalho, somos informados de que estamos banindo realidades como a tristeza e a frustração do nosso repertório emocional, como se o espaço vital que desejamos estivesse fora delas.

Ao não reconhecê-los e incluí-los em nosso discurso, dando maior relevância às emoções positivas, percebemos que estamos analfabetos quanto as pessoas em questões emocionais.

Até hoje, nem todo mundo sabe o que fazer com seu estresse e ansiedade. Nem todo mundo sabe por que esse nó está no estômago, esse medo que paralisa e às vezes nos impede de sair de casa.

Ter que gerenciar a adversidade e esses complexos estados emocionais também atrapalha a nossa oportunidade de ser feliz.

A felicidade é ousada, apesar do medo e da incerteza

Neste ponto, eu gostaria de resgatar uma definição de felicidade tão apropriada quanto inspiradora.

Nele convergem os neurocientistas, como psicólogos, psiquiatras, economistas e até monges budistas.

Trata-se de dar sentido à vida, de ter objetivos e assumir um comportamento ativo.

A vontade de crescer, de aceitar as adversidades e os desafios diários. Essa seria, em essência, a chave, o real segredo da felicidade.

Eduard Punset já disse em seus dias que felicidade é ausência de medo.

Essa ideia, mal interpretada, é um tanto perversa: o ser humano não pode deixar de ter medo, essa emoção é inerente a quem somos e, como tal, cumpre uma função. Várias, realmente.

Este seria um exemplo: “Talvez eu tenha medo de mudar de cidade e começar uma nova vida, mas sei que preciso. Dar esse passo me permitirá progredir; por isso, decido ousar e farei apesar dos meus medos ».

Estou ciente de que podem surgir problemas, mas sinto-me capaz de enfrentá-los
Felicidade não é ausência de problemas. Na realidade, começa a ganhar espaço quando nos colocamos acima dos desafios.

Sonja Lyubomirsky, professora de psicologia da Universidade da Califórnia, é um dos grandes especialistas em banir mitos sobre psicologia positiva e felicidade.

Assim, algo que freqüentemente nos aponta é que o bem-estar não está em alcançar realizações, em conquistar objetivos e, menos ainda, em possuir coisas.

O ser humano alcança uma sensação de equilíbrio e satisfação quando se sente bem consigo mesmo.

Quando nos percebemos treinados para o que pode acontecer, quando nossa auto-estima é forte e lidamos com medos, estresse, preocupações etc., tudo flui e vai melhor.

Assim, entender que a vida não é fácil, que sempre deixará entalhes e marcas em mais de uma batalha travada, é uma realidade imutável e, portanto, que devemos assumir. É uma condição do jogo que não podemos modificar.

Ninguém está imune a problemas e mudanças de rumos no último momento. Portanto, vamos aceitar esses acréscimos e trabalhar em nosso crescimento pessoal, bem como nas forças psicológicas que nos permitirão investir em nosso próprio bem-estar.

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*Fonte: seuamigoguru

A felicidade mora na ausência de planejamentos, de aviso prévio, em nossas felizes distrações cotidianas

A felicidade mora no esquecimento de si, da vida, de tudo…

Minha família adora uma conversa em volta da mesa, em meio aos vapores das panelas no fogão; entre garfos e facas, entre pães fofinhos e copos cheios. Cada um se senta à mesa com suas miudezas, matando a fome com olhares familiares, bebendo da cumplicidade de novas histórias, nutrindo a alma daquilo que ela sempre sabe onde buscar, aconteça o que acontecer.

Às vezes, programamos tanto uma ocasião, uma festa, um prato mais elaborado ou jantar num restaurante elegante que, mesmo que sejam acontecimentos agradáveis, não carregam a simplicidade e o conforto acolhedor de estar ao redor da mesa na casa dos meus pais, jogando conversa e muitas tristezas fora.

A gente nem percebe como às vezes, ler um livro deitada numa rede na sacada, pode guardar, além da naturalidade do momento, uma felicidade desatenta e ao mesmo tempo tão real. Como uma breve respirada em meio ao caos do congestionamento, num fim de tarde, nos permite enxergar, do outro lado da avenida, um canteiro colorido e com muitas flores.

Tem manhãs que ouço uma criança cantando em voz alta uma música linda, que fala de carinho, de paz, enquanto penduro as roupas no varal. Algumas tardes não seriam inesquecíveis, se as xícaras de café e os papos bem-humorados com meu filho, deixassem a descomplicação pela hora marcada ou por formalidades.
Pois a felicidade mora no esquecimento, de si, da vida, de tudo. Está na abstração dos sentidos, na ausência de planejamentos, de aviso prévio, em nossas felizes distrações cotidianas.

A gente se depara com momentos bons, assim, sem arquitetar mesmo; ao avistar a lua cheia e suntuosa pelo vidro da janela numa noite qualquer, ao sentir um perfume agradável numa caminhada no parque, numa gargalhada em coro, quando uma banalidade se torna uma piada por todos que a vivenciam. Como nas piscadas demoradas que meu gato arrisca ao me olhar profundamente e até nas mensagens simples de alguém que registrou sua lembrança com poucas palavras e alguns emojis divertidos.

Perde-se vida demais buscando algo esplendoroso, deixando de lado o prazer enraizado nas trivialidades, nos instantes desprogramados. Esquecendo que a felicidade está na insignificância das eventualidades, no desleixo do tempo, na presença desobrigada.

Quando estamos, desprendidos de estratégias, livres de condicionamentos; e somos golpeados e presenteados por banais porém marcantes “horinhas de descuido”.

*Por Flavia Bataglia

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*Fonte:

Os seres humanos não são projetados para serem felizes

Pesquisadores argumentam que os humanos não evoluíram para serem consistentemente felizes, mas basicamente sobrevivem e se reproduzem. A evolução, dizem eles, colocou uma vantagem na depressão, impedindo os seres humanos de se envolverem em situações de risco ou sem esperança.

Uma indústria de grande felicidade e pensamento positivo, estimada em US $ 11 bilhões por ano, ajudou a criar a fantasia de que a felicidade é uma meta realista. Perseguir o sonho da felicidade é um conceito muito americano, exportado para o resto do mundo através da cultura popular. De fato, “a busca da felicidade” é um dos “direitos inalienáveis” dos EUA. Infelizmente, isso ajudou a criar uma expectativa que a vida real teimosamente se recusa a entregar.

Porque, mesmo quando todas as nossas necessidades materiais e biológicas são satisfeitas, um estado de felicidade sustentada continuará a ser um objetivo teórico e elusivo, como descobriu Abdallah Rahman III, califa de Córdoba no século 10.

Rahman III foi um dos homens mais poderosos de seu tempo, que desfrutou de realizações militares e culturais, bem como dos prazeres terrenos de seus dois haréns. No final de sua vida, no entanto, ele decidiu contar o número exato de dias durante os quais se sentira feliz. Eles somaram precisamente 14 .

Felicidade, como diz o poeta brasileiro Vinícius de Moraes, é “como uma pena voando no ar. Ele voa leve, mas não por muito tempo ”. A felicidade é uma construção humana, uma ideia abstrata sem equivalente na experiência humana real. Afetos positivos e negativos residem no cérebro, mas a felicidade sustentada não tem base biológica.

Natureza e evolução

Os seres humanos não são projetados para serem felizes ou mesmo contentes. Em vez disso, somos projetados principalmente para sobreviver e reproduzir, como qualquer outra criatura no mundo natural. Um estado de contentamento é desencorajado por natureza porque reduziria nossa guarda contra possíveis ameaças à nossa sobrevivência.

O fato da evolução ter priorizado o desenvolvimento de um grande lobo frontal em nosso cérebro (que nos dá excelentes habilidades executivas e analíticas) sobre uma capacidade natural de ser feliz, nos diz muito sobre as prioridades da natureza. Diferentes localizações geográficas e circuitos no cérebro estão associados a certas funções neurológicas e intelectuais, mas a felicidade, sendo um mero construto sem base neurológica, não pode ser encontrada no tecido cerebral.

De fato, especialistas neste campo argumentam que o fracasso da natureza em eliminar a depressão no processo evolutivo (apesar das desvantagens óbvias em termos de sobrevivência e reprodução) se deve precisamente ao fato de que a depressão como uma adaptação desempenha um papel útil em tempos de adversidade. , ajudando o indivíduo deprimido a se desvincular de situações arriscadas e sem esperança, nas quais ele ou ela não pode vencer. As ruminações depressivas também podem ter uma função de resolução de problemas durante tempos difíceis.

Moralidade

A indústria da felicidade global atual tem algumas de suas raízes nos códigos morais cristãos, muitos dos quais nos dirão que há uma razão moral para qualquer infelicidade que possamos experimentar. Isso, eles dirão muitas vezes, é devido a nossas próprias falhas morais, egoísmo e materialismo. Eles pregam um estado de equilíbrio psicológico virtuoso através da renúncia, desapego e retendo o desejo.

Na verdade, essas estratégias apenas tentam encontrar um remédio para nossa inata incapacidade de desfrutar a vida de forma consistente, por isso devemos nos confortar sabendo que a infelicidade não é realmente nossa culpa. É culpa do nosso design natural. Está no nosso projeto.

Defensores de um caminho moralmente correto para a felicidade também desaprovam tomar atalhos para o prazer com a ajuda de drogas psicotrópicas. George Bernard Shaw disse: “Não temos mais direito de consumir a felicidade sem produzi-la do que consumir riqueza sem produzi-la”. O bem-estar aparentemente precisa ser ganho, o que prova que não é um estado natural.

Os habitantes do Admirável mundo novo de Aldous Huxley vivem vidas perfeitamente felizes com a ajuda do “soma”, a droga que os mantém dóceis mas contentes. Em seu romance, Huxley sugere que um ser humano livre deve ser inevitavelmente atormentado por emoções difíceis. Dada a escolha entre o tormento emocional e a placidez de conteúdo, suspeito que muitos prefeririam o segundo.

Mas “soma” não existe, então o problema não é que acessar satisfação confiável e consistente por meios químicos é ilícito; sim que é impossível. Substâncias químicas alteram a mente (o que pode ser uma coisa boa às vezes), mas como a felicidade não está relacionada a um padrão cerebral funcional específico, não podemos replicá-la quimicamente.

Feliz e infeliz

Nossas emoções são misturadas e impuras, confusas, emaranhadas e às vezes contraditórias, como tudo o mais em nossas vidas. A pesquisa mostrou que emoções e afetos positivos e negativos podem coexistir no cérebro de forma relativamente independente um do outro . Este modelo mostra que o hemisfério direito processa as emoções negativas preferencialmente, enquanto as emoções positivas são tratadas pelo lado esquerdo do cérebro.

Vale a pena lembrar, então, que não somos projetados para ser consistentemente felizes. Em vez disso, somos projetados para sobreviver e reproduzir. Essas são tarefas difíceis, por isso devemos lutar e lutar, buscar gratificação e segurança, combater ameaças e evitar a dor. O modelo de emoções competitivas oferecidas pelo prazer e pela dor coexistentes se ajusta muito melhor à nossa realidade do que a felicidade inatingível que a indústria da felicidade está tentando nos vender. De fato, fingir que qualquer grau de dor é anormal ou patológico só fomentará sentimentos de inadequação e frustração.

Postular que não existe tal coisa como a felicidade pode parecer uma mensagem puramente negativa, mas a esperança, o consolo, é o conhecimento de que a insatisfação não é um fracasso pessoal. Se você está infeliz às vezes, isso não é uma falha que exige reparos urgentes, como os gurus da felicidade teriam. Longe disso. Essa flutuação é, na verdade, o que faz de você humano.

*Por Rafael Euba

 

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*Fonte: pensarcontemporaneo

O que realmente nos faz felizes? As lições de uma pesquisa de Harvard que há quase oito décadas tenta responder a essa pergunta

O que realmente nos faz felizes na vida?

Por 76 anos, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, têm procurado uma resposta.

O Estudo sobre o Desenvolvimento Adulto (Study of Adult Development, no original em inglês) começou em 1938, analisando 700 rapazes – entre estudantes da renomada universidade e moradores de bairros pobres de Boston.

A pesquisa acompanhou esses jovens durante toda a vida, monitorando seu estado mental, físico e emocional. O estudo continua agora com mais de mil homens e mulheres, filhos dos participantes originais.

O atual diretor do estudo, o quarto desde o início, é o psiquiatra americano Robert Waldinger, que também é um sacerdote zen. Sua palestra no TED (sigla em inglês para Tecnologia, Entretenimento, Design): “O que torna uma vida boa? Lições do estudo mais longo sobre a felicidade”, viralizou na internet. O vídeo da conferência já foi baixado mais de 11 milhões de vezes.

“Há muitas conclusões deste estudo”, disse Waldinger à BBC. “Mas o fundamental, que ouvimos uma vez ou outra, é que o importante para nos mantermos felizes e saudáveis ao longo da vida, é a qualidade dos nossos relacionamentos”.

Conectados

“O que descobrimos é que, no caso das pessoas mais satisfeitas em seus relacionamentos, mais conectadas ao outro, seu corpo e cérebro permanecem saudáveis ​​por mais tempo”, afirma o acadêmico americano.
Direito de imagem Thinkstock
Image caption Para Waldinger, uma relação de qualidade é aquela em que você se sente à vontade

“Uma relação de qualidade é uma relação em que você se sente seguro, em que você pode ser você mesmo. Claro que nenhum relacionamento é perfeito, mas essas são qualidades que fazem com que a gente floresça”.

No outro extremo, há a experiência da solidão, sentimento subjetivo de sermos menos conectados do que gostaríamos.

“Estou fazendo as coisas que têm significado para mim? Esse é o tipo de pergunta que devemos nos fazer quando falamos de felicidade”, sugere Waldinger.

“Não se trata de ser feliz em todos os momentos, porque isso é impossível, e todos nós temos dias, semanas ou anos difíceis”.

E a fama?

“Não é que seja ruim, há celebridades felizes e também infelizes”, avalia.

O mesmo vale para o dinheiro. O estudo mostra que, além de um nível onde as nossas necessidades são satisfeitas, o aumento da renda não necessariamente traz felicidade.

“Nós não estamos dizendo que você não pode querer ganhar mais dinheiro ou estar orgulhoso do seu trabalho. Mas é importante não esperar que sua felicidade dependa dessas coisas”, destaca.

Registros médicos

Os participantes do estudo responderam, ao longo de décadas, questionários sobre sua família, seu trabalho e sua vida social.

“Também tivemos acesso aos seus registros médicos, de modo a avaliar a saúde deles, não só pelo que diziam, mas também pelo que seus médicos e exames relatavam”, explica.

Ele conta que, quando começou a trabalhar no estudo, em 2003, também gravou vídeos dos participantes falando com suas esposas sobre suas preocupações mais profundas.

“E enviamos a seus filhos perguntas sobre o relacionamento com seus pais”, acrescenta.

Os participantes foram submetidos ainda a exames de sangue para checagem de indicadores de saúde e, inclusive, análise de DNA.

“Alguns autorizaram escanear seu cérebro e doaram o órgão para que pudéssemos estudá-lo em relação a todos os outros dados que já tínhamos coletado sobre sua vida”, contou.

‘Na minha própria vida’

Quando a palestra de Waldinger se tornou viral, o acadêmico resolveu fazer um retiro por três semanas.

“A tradição Zen sustenta que a contemplação nos ajuda a manter os pés no chão e focar no que é mais importante na vida”, escreveu Waldinger, na ocasião.

Diante da enorme repercussão, o acadêmico criou um blog na internet sobre o estudo. E revela que a pesquisa também teve um impacto profundo na sua vida.

“Me fez prestar mais atenção nos meus próprios relacionamentos, não só em casa, mas no trabalho e na sociedade”, contou à BBC.

“Percebi que meus relacionamentos me dão energia quando invisto neles, quando lhes dedico tempo. Se tornam mais vivos e não desgastantes”, acrescentou.

“A tendência é nos isolarmos, ficar em casa para ver televisão ou nas redes sociais. Mas, na minha própria vida, eu percebi que sou mais feliz quando não estou fazendo isso”.

Oferecer nossa presença

Para Waldinger, investir em um relacionamento significa estar presente.

“Isso faz parte da minha vida como praticante Zen. O que eu percebo é que, quando oferecemos nossa atenção total, nos sentimos mais conectados uns aos outros, e isso também acontece no ambiente de trabalho”.

“Não se trata de passar mais tempo no trabalho, mas de prestar mais atenção no outro, para se conectar mais com as pessoas, em vez de dar como certo que o outro estará sempre ali”, explica.

Conflitos

Waldinger reconhece que pode ser difícil não perder de vista o que realmente importa.

Em parte, isso se deve ao bombardeio de mensagens que recebemos – anúncios de publicidade dizendo, diariamente, que se comprarmos algo seremos mais felizes ou amados.

“E, nos últimos 30 ou 40 anos, se glorificou a riqueza. Há bilionários que são heróis só porque são bilionários. Essa medida parece mais fácil porque as relações são difíceis, mudam, são complicadas”.

Qual a mensagem final de Waldinger para os leitores da BBC?

“Eu diria que eles devem tentar construir laços com as outras pessoas. E é particularmente importante fazer isso com quem se tem algum conflito”.

De acordo com o psiquiatra americano, o estudo deixou claro algo que é importante lembrar:

“Conflitos minam, de fato, a nossa energia. E acabam com a nossa saúde.”

*Por Alejandra Martins

 

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*Fonte: bbc-brasil

“Pessoas felizes não precisam consumir”, a afirmação brutal do filósofo Serge Latouche

O ideólogo do decrescimento analisa como nossa sociedade criou uma religião em torno do crescimento e do consumismo.

Nascido em Vannes (França) há 70 anos, diante de uma platéia que escutava sentada nos corredores de acesso ao salão do Colegio Larraona de Pamplona, ​​salientando que o ritmo atual de crescimento da economia global é tão insustentável como a deterioração e a falta de recursos no planeta.

Convidados pelo coletivo Dale Vuelta-Bira Beste Aldera, sob o título de sua palestra “A diminuição, uma alternativa ao capitalismo?”, Ele afirmou que a sociedade estabelecesse uma autolimitação do seu consumo e exploração ambiental. Do seu ponto de vista, não se trata de propor uma involução, mas de acoplar a velocidade do gasto dos recursos naturais com a sua regeneração.

Especialista em relações econômicas Norte/Sul, o prêmio europeu de sociologia e ciências sociais Amalfi, seu movimento decrescentista, nascido nos anos 70 e estendido na França, defende a sobriedade na vida e a preservação dos recursos naturais antes de sua exaustão.

Em sua opinião, se a queda não for controlada, “a queda que já estamos experimentando” será o resultado do colapso de uma forma insustentável de capitalismo, e também será excessiva e traumática.

Uma bomba semântica. Serge Latouche afirma que o termo decrescimento é um slogan, “uma bomba semântica causada para neutralizar a intoxicação do chamado desenvolvimento sustentável”, uma forma de pensar, sustentabilidade, estendida pelo economismo liberal dos anos 80, e que favorece o pagamento de tudo.

“Por exemplo, no caso do trigo, obriga-nos a pagar pelo excedente, pelo seu armazenamento e também temos de pagar para destruir o excedente.”

“Devemos falar sobre o A-crescimento”, ele disse como um convite para refletir sobre nosso estilo de vida, incluindo a exibição do supérfluo e do enriquecimento excessivo.

Do seu ponto de vista “vivemos fagotizados pela economia da acumulação que leva à frustração e a querer o que não temos e não precisamos”, o que, diz ele, leva a estados de infelicidade.

“Detectamos um aumento de suicídios na França em crianças”, acrescentou ele, para referir-se à concessão por bancos de empréstimos ao consumidor para pessoas sem salários e ativos, como aconteceu nos Estados Unidos no início da crise econômica global. . Para o professor Latouche, “pessoas felizes geralmente não consomem”.

Seus números como economista dizem que ele está certo: todos os anos há mais habitantes no planeta, enquanto os recursos estão diminuindo, sem esquecer que consumir significa produzir resíduos e que o impacto ambiental de uma pessoal equivale a 2,2 hectares, e que a cada ano 15 milhões de hectares de floresta são consumidos “essenciais para a vida”.

“E se vivemos nesse ritmo, é porque a África permite isso”, enfatizou. Para o professor Latouche, qualquer tipo de escassez, alimentos ou petróleo, levará à pobreza da maioria e ao maior enriquecimento das minorias representadas nas grandes empresas petrolíferas ou agroalimentares.

Trabalhe menos e produza de forma inteligente.

Tachado de ingênuo por seus detratores, postulou trabalhar menos e distribuir melhor o emprego, mas trabalhar menos para viver e cultivar mais a vida, insistiu.

A partir de um projeto qualificado como “ecossocialista”, além de consumir menos, a sociedade deve consumir melhor, para qual propos que se produzisse perto de onde mora e de forma ecológica evitar que por qualquer fronteira entre Espanha e França circule até 4 mil caminhões uma semana “com tomates da Andaluzia cruzando com tomates holandeses”.

Ele terminou com um louvor ao estoicismo representada em Espanha por Seneca: “A felicidade não é alcançada se não podemos limitar nossos desejos e necessidades.”

 

 

 

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*Fonte: pensarcontemporaneo

As 9 dicas para a felicidade eterna de acordo com um psiquiatra russo

Aqui no Mega, a gente está sempre pensando na felicidade dos nossos leitores. Por isso, trazemos dicas do como atingir a plenitude – seja pelo contato com a natureza, pela Ciência, para quem já passou dos 30 e por aí vai. Agora, porém, você verá alguns conselhos do psiquiatra russo Mikhail Efimovich Litvak, que em junho completará 80 anos e tem bagagem de sobra para saber ao que vale a pena darmos valor e o que devemos defenestrar de nossas vidas.

1. A felicidade é um efeito natural de uma vida organizada
A felicidade, a alegria e o sucesso são apenas o efeito secundário de quem investe em uma vida bem organizada em todos os sentidos. Assim, tente colocar tudo em ordem para poder viver uma vida mais plena.

2. Lembre-se que todo mundo tem uma opinião sobre si mesmo
Ao cruzar com pessoas na sua vida, é natural que você pense que pode dar dicas para ela ser melhor e mais feliz – afinal, julgar a vida alheia é muito mais fácil do que a própria. Porém, você deve sempre se lembrar que todo mundo tem uma autoestima que merece ser valorizada. Por isso, nunca ultrapasse esse limite na hora de dar os seus conselhos.

3. Se você não fizer nada por você mesmo, como você pode querer ajuda?
Ao colocar metas na sua vida, comece a executá-las! Não adianta nada dizer para todo mundo que está infeliz com o corpo e que vai começar a fazer exercícios se de fato você não cumprir essa tarefa. Os outros não podem resolver os seus problemas. Eles podem, no máximo, apoiar e dar conselhos, mas a atitude tem que partir de você!

4. O sucesso tem o poder de apagar o fracasso
Aqui vale a máxima do ser sempre positivo. Seus fracassos ocorrem por conta das insatisfações que você alimenta durante a vida. Porém, se você turbinar seu dia a dia com elogios a si mesmo e a perseverança de que o ápice está chegando, logo tudo será um mar de rosas – ou, ao menos, as tempestades serão encaradas com mais tranquilidade.

5. Não conhece seu pior inimigo? Então olhe em um espelho
Pare de procurar inimigos no mundo exterior e culpar os outros por suas insatisfações. Seu maior inimigo é você mesmo! É impossível desviarmos das barreiras do mundo para a nossa felicidade se não tirarmos a primeira delas: a que está dentro de nós! Acredite em si que os problemas vão acabar tendo mais medo de você do que o contrário.

6. O caminho correto nem sempre é o mais curto
Se você está no 30º andar e quer ir para a rua, o caminho mais curto é se jogar da janela. Só que você vai morrer ao chegar ao chão. Então, não tenha preguiça de procurar os caminhos certos para conduzir sua vida, mesmo que às vezes eles sejam cheios de curvas, subidas e descidas.

7. A falta de objetivos nos deixa cegos
Quando você precisa se mudar de casa, seu objetivo de vida, no momento, é conseguir caixas para guardar as coisas. Nesse momento, você começa a reparar e ver caixas em todos os lugares do mundo. O mesmo vale para tudo na vida; por isso, tenha sempre uma meta a ser alcançada e preste atenção nos sinais que o mundo te dá.

8. Tolerar (e até amar) momentos de solidão é um sinal de maturidade
A solidão costuma ser encarada como algo extremamente negativo, mas a gente tem muito a aprender com ela. As pessoas emocionalmente maduras são aquelas que aproveitam fases e momentos de solidão para um autodesenvolvimento. Pense nisso!

9. Equilibre o “Eu quero”, o “Eu posso” e o “Eu devo”
Muita gente vem com a ladainha de “Eu devo, mas não quero” ou com a de “Eu posso, mas não devo”. Pare de ficar criando empecilhos para essas três regrinhas que ordenam a nossa vida. Se você quer, queira pra valer. Se você deve, faça. Se você pode, o que o impede? O que você “deve” tem que ser regulado pelo que você “precisa”. E o que você “pode” é o motor que deixa tudo isso girando corretamente.

*Por Diego Denck

 

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*Fonte: megacurioso