Você sabia que fisicamente é impossível encostar em algo ou alguém?

Toda matéria é formada por átomos, que são compostos por prótons, elétrons e nêutrons. No entanto, 99,9% do interior do átomo é espaço vazio. Um exemplo dado é que se o núcleo do átomo fosse do tamanho da cabeça de um alfinete, o átomo em si seria do tamanho do estádio do Maracanã.

Toda matéria conhecida do universo é composta por átomos, que por sua vez são formados por partículas ainda menores chamadas prótons, elétrons e nêutrons (estes ainda formados por quarks). Você sabia?

Entretanto, 99,9% do interior do átomo é um espaço vazio. Para você ter ideia de quanto espaço vazio há dentro de um único átomo, vamos imaginar que seu núcleo é do tamanho da cabeça de um alfinete. Então, o átomo em si seria do tamanho do estádio do Maracanã. Realmente há muito espaço “vago” dentro de cada átomo. Compreende?

Isso pode fazer você se perguntar: mas se há tanto espaço vazio dentro de um átomo, como é que eles não se cruzam ou se atravessam? Isto é, como nós podemos tocar em objetos ou em outras pessoas se nossos átomos são enormes vazios com um minúsculo núcleo?

A resposta é simples: nunca, em hipótese alguma, encostamos realmente em outras coisas ou pessoas. Quando nos aproximamos muito de um corpo, temos a sensação de o estar tocando. Mas lá dentro o que realmente acontece é a chamada repulsão elétrica. Resumidamente, trata-se de um fenômeno onde duas partículas de cargas elétricas iguais se repelem. Isso significa que chegamos muito perto de outros corpos, mas nunca realmente o tocamos.

Assim, conforme aumentamos a força de nossa mão (ou qualquer parte do corpo) contra outra superfície, maior é a força de repulsão que impede que ambos os corpos se atravessem. Em outras palavras, sempre haverá um espaço invisível aos olhos humano entre dois corpos que estão aparentemente juntos.

Claro que a repulsão elétrica não é uma força infalível. Quanto são submetidos a altas temperaturas, os átomos de hidrogênio, por exemplo, ganham uma força suficiente para vencer a repulsão. Sempre que isso acontece, temos a fusão nuclear, fenômeno que permite que as estrelas brilhem e liberem energia através do universo.

*Por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae

Por que tomamos choque ao tocar em objetos ou pessoas?

Muito provavelmente, você já passou por um episódio desses: ao tocar num objeto, como a maçaneta da porta de casa ou do carro, ou ao apertar a mão de alguém, sente um choque. Às vezes, é possível até ouvir um barulho ou ver uma faísca.

Mas, afinal, por que isso acontece?

O professor Claudio Furukawa, responsável pelo Laboratório de Demonstrações do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), explica que o fenômeno tem a ver com a eletricidade estática.

Vamos lá: todos os materiais são feitos de átomos. E os átomos, por sua vez, são constituídos por duas partículas principais: os prótons (que são positivos) e os elétrons (negativos).

Na maioria das vezes, os átomos se encontram num estado neutro. Na prática, isso significa que a quantidade de prótons e elétrons é a mesma.

Mas esse equilíbrio se altera quando encostamos e friccionamos dois objetos com características distintas.

Nesse momento, os átomos de ambos se aproximam demais, e isso pode “embaralhar” todos aqueles elétrons.

Pode ser que um objeto “roube” uma porção dessas partículas para si. Ou seja: um dos materiais fica com mais elétrons.

Aquele estado de neutralidade anterior, então, deixa de existir. O material que perdeu elétrons fica positivo e aquele que ganhou essas partículas se torna negativo.

É isso o que ocorre, por exemplo, quando arrastamos os nossos pés (principalmente com calçados) num carpete, ou se usamos roupas feitas de lã e tecido sintético por algum tempo.

A fricção desses materiais diferentes (pés-carpete ou braços-blusa sintética) “embaralha” os elétrons, o que eletrifica os corpos envolvidos nessa interação.

Só que os átomos sempre buscam voltar à neutralidade. Daí, quando tocamos num terceiro objeto (que está neutro), como a maçaneta da porta, aquele excedente de elétrons é, literalmente, descarregado.

E isso gera um campo elétrico que nos dá o leve choque (geralmente seguido por um susto).

“A formação desse campo elétrico é capaz até de soltar uma rápida faísca”, descreve Furukawa.

O fenômeno se torna mais frequente em dias secos. A pouca umidade no ar dificulta a troca contínua de partículas, o que faz um corpo acumular mais cargas ao longo de um período.

Isso ocorre porque as moléculas de água são boas condutoras de eletricidade e podem livrar o corpo do excedente de elétrons aos poucos.

Porém, num dia seco, o excesso só é descarregado de vez ao tocar em objetos condutores de eletricidade, como superfícies metálicas ou a mão de outra pessoa.

Vale destacar que o material que recebeu aquela carga (como a maçaneta) não fica eletrificado. O excedente de partículas é distribuído por uma massa muito maior ou acaba aterrada — uma vez que a maçaneta está na porta, que se conecta à parede, que tem ligação com o chão e assim por diante.

Faz mal?
Furukawa estima que, para que uma pequena faísca salte no espaço entre a mão e o objeto, é preciso que exista um campo elétrico de 3 mil volts no espaço de um milímetro.

“Para comparar, entre os dois pólos de uma tomada há 110 ou 220 volts, uma tensão insuficiente para soltar faíscas”, compara o físico.

Já uma pilha tem 1,5 volt. “E se você colocar os dedos nos dois terminais da pilha, não vai tomar um choque”, diz o especialista.

Mas será, então, que levar um tranco elétrico ao tocar em objetos ou pessoas pode fazer mal? A resposta é não.

Segundo Furukawa, isso se deve a dois fatores: a duração do episódio e o local em que ele ocorre.

“Primeiro, a carga de partículas acumuladas é relativamente baixa e volta à neutralidade com rapidez, em milésimos. Segundo, o campo elétrico passa pelos dedos e não atravessa nenhum órgão vital, como o cérebro ou o coração”, explica.

Por mais inofensivas que essas descargas sejam, não dá pra negar que elas são um tanto incômodas. Há algo que pode ser feito para evitá-las?

“A dica é, antes de pegar no local em que você usualmente toma o choque, tocar em outros objetos maiores e mais diversos. No caso da maçaneta, por exemplo, vale mexer no molho de chaves, que possui uma superfície de contato maior”, responde Furukawa.

“Você também pode abrir a torneira e lavar as mãos ou andar descalço para descarregar os elétrons”, conclui o físico.

*Por André Biernath
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*Fonte: bbc-português

Estamos em uma simulação? Novo estudo desvenda esse mistério

Um especialista acaba de propor um método para saber se nosso universo é ou não uma simulação!

As tecnologias de armazenamento de informações digitais transformaram radicalmente nossa sociedade. Na computação clássica, as informações digitais são armazenadas na forma de 1s e 0s, chamados de bits.

Em 1961, Landauer propôs pela primeira vez a ideia de que um bit de informação digital é físico e está associado a uma energia bem definida. Isso é chamado de princípio de Landauer, recentemente confirmado experimentalmente.

Recentemente, o Dr. Vopson, da Universidade de Portsmouth, postulou que a informação é um quinto estado da matéria ao lado de sólido, líquido, gás e plasma, e que a indescritível matéria escura também pode ser informação.

Evidência de simulação
Dr. Vopson explica que as leis da física que regem o universo podem ser comparadas a linhas de código de computador que uma simulação seguiria na execução do programa. Sem mencionar as muitas equações matemáticas e padrões geométricos presentes em todos os lugares.

Também podemos comparar a velocidade máxima do nosso universo, a velocidade da luz, com a velocidade do processador. Se estiver muito carregado, diminui a velocidade. Muito parecido com um buraco negro , carregado com as informações que absorveu, acelera e desacelera o tempo, de acordo com a teoria da relatividade geral de Einstein.

Como saber?
Supondo que o universo seja de fato uma simulação, que tipo de experimento realizar? O princípio é baseado na detecção de bits de informação, pois um universo simulado conteria muitos bits de informação, ao nosso redor, representando o próprio código.

Vopson explica: ” O experimento consiste em apagar as informações contidas no interior das partículas elementares, deixando-as, assim como suas antipartículas (todas as partículas têm versões ‘anti’ de si mesmas que são idênticas, mas têm carga oposta) aniquiladas em um piscar de olhos de energia – emitindo ‘fótons’, ou partículas de luz ”.

A principal ferramenta de controle é o fato de que o comprimento de onda dos fótons infravermelhos de energia de informação deve mudar com a temperatura da amostra.

Ao realizar os experimentos em diferentes temperaturas, a detecção do deslocamento de comprimento de onda desses fótons seria uma confirmação final da hipótese. O autor lançou um site de crowdfunding para conseguir isso.

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*Fonte: realidadesimulada

Segundo físicos e filósofos o tempo pode não existir e está tudo bem

O tempo existe? A resposta a esta pergunta pode parecer óbvia: claro que sim! Basta olhar para um calendário ou um relógio. Mas os desenvolvimentos na física sugerem que a inexistência do tempo é uma possibilidade aberta e que devemos levá-la a sério.

Como assim? E o que isso significaria? Vai demorar um pouco para explicar, mas não se preocupe: mesmo que o tempo não exista, nossas vidas continuarão normalmente.

Uma crise na física
A física está em crise. No último século, explicamos o universo com duas teorias físicas extremamente bem-sucedidas: a da Relatividade Geral e a mecânica quântica.

A mecânica quântica descreve como as coisas funcionam no mundo incrivelmente pequeno de partículas e interações de partículas. A relatividade geral descreve o quadro geral da gravidade e como os objetos se movem.

Ambas as teorias funcionam extremamente bem por si só, mas acredita-se que as duas entram em conflito uma com a outra. Embora a natureza exata do conflito seja controversa, cientistas geralmente concordam que ambas as teorias precisam ser substituídas por uma nova teoria mais geral.

Os físicos querem produzir uma teoria da “gravidade quântica” que substitua a relatividade geral e a mecânica quântica, enquanto captura o extraordinário sucesso de ambas. Tal teoria explicaria como o quadro geral da gravidade funciona na escala em miniatura das partículas.

Tempo na gravidade quântica
Acontece que produzir uma teoria da gravidade quântica é extraordinariamente difícil. Uma tentativa de superar o conflito entre as duas teorias é a teoria das cordas. A teoria das cordas substitui partículas por cordas vibrando em até 11 dimensões.

No entanto, a teoria das cordas enfrenta uma dificuldade adicional. A teoria das cordas fornece uma variedade de modelos que descrevem um Universo amplamente como o nosso, e não fazem previsões claras que possam ser testadas por experimentos para descobrir qual modelo é o correto.

Nas décadas de 1980 e 1990, muitos físicos ficaram insatisfeitos com a teoria das cordas e criaram uma série de novas abordagens matemáticas para a gravidade quântica.

Uma das mais proeminentes é a gravidade quântica em loop, que propõe que o tecido do espaço e do tempo é feito de uma rede de pedaços discretos extremamente pequenos, ou “loops”.

Um dos aspectos notáveis ​​da gravidade quântica em loop é que ela parece eliminar completamente o tempo.

A gravidade quântica em loop não está sozinha na abolição do tempo: várias outras abordagens também parecem remover o tempo como um aspecto fundamental da realidade.

Tempo emergente
Então, sabemos que precisamos de uma nova teoria física para explicar o Universo, e que essa teoria pode não incluir o tempo. Suponhamos que tal teoria seja correta. Significaria, então, que o tempo não existe? É complicado, e depende do que queremos dizer com existir.

As teorias da física não incluem mesas, cadeiras ou pessoas, e ainda assim aceitamos que existam mesas, cadeiras e pessoas. Por quê? Porque assumimos que tais coisas existem em um nível mais alto do que o nível descrito pela física.

Dizemos que as mesas, por exemplo, “emergem” de uma física subjacente de partículas zunindo ao redor do Universo.

Mas, embora tenhamos uma boa noção de como uma mesa pode ser feita de partículas fundamentais, não temos ideia de como o tempo pode ser “feito de” algo mais fundamental.

Portanto, a menos que possamos apresentar uma boa explicação de como o tempo surge, não está claro que podemos simplesmente supor que o tempo existe. O tempo pode não existir em nenhum nível.

Tempo e agência
Dizer que o tempo não existe em nenhum nível é como dizer que não existem mesas. Tentar sobreviver em um mundo sem mesas pode ser difícil, mas administrar um mundo sem tempo parece desastroso.

Nossas vidas inteiras são construídas em torno do tempo. Planejamos o futuro à luz do que sabemos sobre o passado. Nós responsabilizamos as pessoas moralmente por suas ações passadas, com o objetivo de repreendê-las mais tarde.

Acreditamos ser agentes (entidades que podem fazer coisas) em parte porque podemos planejar agir de uma maneira que trará mudanças no futuro. Mas qual é o sentido de agir para provocar uma mudança no futuro quando, em um sentido muito real, não há futuro pelo qual agir?

Qual é o sentido de punir alguém por uma ação passada, quando não há passado e, portanto, aparentemente, nenhuma ação? A descoberta de que o tempo não existe poderia levar o mundo inteiro a um impasse. Não teríamos motivos para sair da cama.

Os negócios de sempre

Existe uma saída para a confusão. Embora a física possa eliminar o tempo, parece deixar intacta a “causalidade”: a ideia de que uma coisa pode provocar outra.

Talvez o que a física esteja nos dizendo, então, é que a causalidade, e não o tempo, é a característica básica do nosso universo.

Se estiver certo, então a agência ainda pode sobreviver. Pois é possível reconstruir um senso de agência inteiramente em termos causais.

Pelo menos, é isso que Kristie Miller, Jonathan Tallant e eu discutimos em nosso novo livro [Out of Time: A Philosophical Study of Timelessnes, sem edição em português]. Sugerimos que a descoberta de que o tempo não existe pode não ter impacto direto em nossas vidas, mesmo quando impulsiona a física para uma nova era.

* Sam Baron é professor associado na Universidade Católica Australiana. Este artigo foi originalmente publicado em inglês no site The Conversation.
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*Fonte: revistagalileu

O equilíbrio das bicicletas ainda é um misteriosos e inexplicável fenômeno

A maior parte de nós aprende a andar de bicicleta ainda crianças. Este fantástico meio de transporte parece extremamente simples — afinal, seu design permanece praticamente inalterado desde sua invenção, na Alemanha, em 1817.

Basicamente, a bicicleta é um objeto composto por um quadro, duas rodas, um garfo direcionável, um assento, pedais e uma corrente. Sendo uma invenção relativamente simples, isso significa que duzentos anos depois, nós já sabemos tudo sobre ela, certo?

A verdade é que as humildes bicicletas ainda guardam certos mistérios e existem detalhes sobre seu funcionamento que a ciência ainda não sabe explicar — e nós vamos te contar quais são eles!

O misterioso equilíbrio das bicicletas
Os físicos ainda não têm uma explicação definitiva do porque as bicicletas permanecem estáveis quando estão em movimento. E talvez você, leitor, esteja pensando que o responsável por este equilíbrio é a pessoa que está em cima dela. Mas a questão é mais complexa que isto.

Caso faça uma experiência simples, vai notar algo que intriga até hoje os estudiosos: se você “arremessar” uma bicicleta de uma maneira específica, sem ninguém sentado no banco, vai notar que ela é capaz de se mover em equilíbrio por uns bons metros até tombar de lado.

A resposta mais óbvia para entender por que isso acontece remete às leis de Newton, que dizem que um corpo tirado da inércia e posto em movimento tende a continuar em movimento. Só que, neste curto espaço de tempo em que seguem andando, as bicicletas conseguem desviar de certos obstáculos e voltar ao equilíbrio, exatamente como um ciclista faria. E isto é realmente intrigante.

O complicado mecanismo das bicicletas
As primeiras explicações sobre a misteriosa física das bicicletas data da virada do século XX. Entre 1899 e 1910, os matemáticos Francis Whipple, Felix Klein e Fritz Noether publicaram estudos dizendo que a estabilidade da bicicleta se deve à precessão giroscópica, um fenômeno físico que consiste na mudança do eixo de rotação de um objeto. O conceito explica que objetos giratórios resistem no espaço a mudanças de orientação — tal como acontece com um pião, por exemplo.

Os estudos destes matemáticos foram contestados em 1970 pelo cientista David Jones, que constatou erros nos cálculos feitos anteriormente. Segundo ele, estes erros anulavam os efeitos da precessão giroscópica nas bicicletas. Ele levantou a sugestão de que algo mais estava conectado à capacidade de “auto-endireitamento” das magrelas.

Outros pesquisadores trouxeram novas explicações. Foi sugerido também que, além da precessão giroscópica, as bicicletas se mantinham de pé por um chamado efeito cáster, segundo o qual um veículo que está trafegando tende a endireitar as rodas — é por isso, por exemplo, que uma cadeira de computador alinha suas rodas quando é empurrada.

Ainda assim, não há uma explicação definitiva sobre a estabilidade das bicicletas. Hoje há um relativo consenso de que elas se equilibram por uma soma de fenômenos físicos específicos. Descrever o exato funcionamento delas é ainda um mistério para engenheiros e matemáticos.

“Uma bicicleta, na verdade, é extremamente complexa. Entender sua estabilidade, numa comparação muito simplificada, é equivalente a resolver uma equação matemática de quarto grau”, explicou à Superinteressante o professor Andy Ruina, um dos maiores estudiosos da mecânica das bicicletas.

*Por Maura Martins
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*Fonte: megacurioso

O tempo pode não existir, de acordo com físicos e filósofos

Otempo existe? A resposta a esta pergunta pode parecer óbvia: claro que sim! Basta olhar para um calendário ou um relógio.

Mas os desenvolvimentos na física sugerem que a inexistência do tempo é uma possibilidade aberta e que devemos levar a sério.

Como pode ser isso, e o que isso significaria? Vai demorar um pouco para explicar, mas não se preocupe: mesmo que o tempo não exista, nossas vidas continuarão como sempre.

Uma crise na física

A física está em crise. No último século, explicamos o universo com duas teorias físicas extremamente bem-sucedidas: a relatividade geral e a mecânica quântica.A mecânica quântica descreve como as coisas funcionam no mundo incrivelmente pequeno de partículas e interações de partículas. A relatividade geral descreve o quadro geral da gravidade e como os objetos se movem.

Ambas as teorias funcionam extremamente bem por si só, mas acredita-se que as duas entram em conflito uma com a outra. Embora a natureza exata do conflito seja controversa, os cientistas geralmente concordam que ambas as teorias precisam ser substituídas por uma nova teoria mais geral.

Os físicos querem produzir uma teoria da “gravidade quântica” que substitua a relatividade geral e a mecânica quântica, enquanto captura o extraordinário sucesso de ambas. Tal teoria explicaria como o quadro geral da gravidade funciona na escala em miniatura das partículas.

Tempo na gravidade quântica

Acontece que produzir uma teoria da gravidade quântica é extraordinariamente difícil.

Uma tentativa de superar o conflito entre as duas teorias é a teoria das cordas. A teoria das cordas substitui partículas por cordas vibrando em até 11 dimensões.

No entanto, a teoria das cordas enfrenta uma dificuldade adicional. As teorias das cordas fornecem uma variedade de modelos que descrevem um universo amplamente como o nosso, e não fazem previsões claras que possam ser testadas por experimentos para descobrir qual modelo é o correto.

Nas décadas de 1980 e 1990, muitos físicos ficaram insatisfeitos com a teoria das cordas e criaram uma série de novas abordagens matemáticas para a gravidade quântica.

Uma das mais proeminentes é a gravidade quântica em loop, que propõe que o tecido do espaço e do tempo é feito de uma rede de pedaços discretos extremamente pequenos, ou “loops”.

Um dos aspectos notáveis ​​da gravidade quântica em loop é que ela parece eliminar completamente o tempo.

A gravidade quântica em loop não está sozinha na abolição do tempo: várias outras abordagens também parecem remover o tempo como um aspecto fundamental da realidade.

Tempo emergente

Então, sabemos que precisamos de uma nova teoria física para explicar o universo, e que essa teoria pode não apresentar o tempo.

Suponha que tal teoria seja correta. Seguir-se-ia que o tempo não existe?

É complicado, e depende do que queremos dizer com existir.

As teorias da física não incluem mesas, cadeiras ou pessoas, e ainda assim aceitamos que existam mesas, cadeiras e pessoas.

Por quê? Porque assumimos que tais coisas existem em um nível mais alto do que o nível descrito pela física.

Dizemos que as tabelas, por exemplo, “emergem” de uma física subjacente de partículas zunindo ao redor do universo.

Mas, embora tenhamos uma boa noção de como uma mesa pode ser feita de partículas fundamentais, não temos ideia de como o tempo pode ser “feito de” algo mais fundamental.

Portanto, a menos que possamos apresentar uma boa explicação de como o tempo surge, não está claro que podemos simplesmente supor que o tempo existe.

O tempo pode não existir em nenhum nível.

Tempo e agência

Dizer que o tempo não existe em nenhum nível é como dizer que não existem mesas.

Tentar sobreviver em um mundo sem mesas pode ser difícil, mas administrar em um mundo sem tempo parece positivamente desastroso.

Nossas vidas inteiras são construídas em torno do tempo. Planejamos o futuro, à luz do que sabemos sobre o passado. Nós responsabilizamos as pessoas moralmente por suas ações passadas, com o objetivo de repreendê-las mais tarde.

Acreditamos ser agentes (entidades que podem fazer coisas) em parte porque podemos planejar agir de uma maneira que trará mudanças no futuro.

Mas qual é o sentido de agir para provocar uma mudança no futuro quando, em um sentido muito real, não há futuro pelo qual agir?

Qual é o sentido de punir alguém por uma ação passada, quando não há passado e, portanto, aparentemente, nenhuma ação?

A descoberta de que o tempo não existe parece levar o mundo inteiro a um impasse. Não teríamos motivos para sair da cama.

Negócios, como sempre

Existe uma saída para a confusão.

Embora a física possa eliminar o tempo, parece deixar intacta a causação: o sentido em que uma coisa pode provocar outra.

Talvez o que a física esteja nos dizendo, então, é que a causação e não o tempo é a característica básica do nosso universo.

Se estiver certo, então a agência ainda pode sobreviver. Pois é possível reconstruir um senso de agência inteiramente em termos causais.

Pelo menos, é isso que Kristie Miller, Jonathan Tallant e eu discutimos em nosso novo livro.

Sugerimos que a descoberta de que o tempo não existe pode não ter impacto direto em nossas vidas, mesmo quando impulsiona a física para uma nova era.

*Por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae

Filmes do pouso na Lua teriam sido impossíveis de falsificar. Aqui está o porquê.

Faz meio século desde o magnífico pouso na Apollo 11 na Lua, mas muitas pessoas ainda não acreditam que isso realmente aconteceu. As teorias de conspiração sobre o evento que datam da década de 1970 são de fato mais populares do que nunca. Uma teoria comum é que o diretor de cinema Stanley Kubrick ajudou a NASA a falsificar as imagens históricas de seus seis desembarques bem-sucedidos na Lua.

Mas seria realmente possível fazer isso com a tecnologia disponível na época? Segundo o cineasta Howard Berry , Chefe de Pós-Produção e Líder do Programa de Produção de Cinema e Televisão MA, Universidade de Hertfordshire, é impossível que sa imagens tenham sido falsificadas.

Aqui estão algumas das crenças e perguntas mais comuns – e por que elas não se sustentam.

 

1. “Os desembarques da lua foram filmados em um estúdio de TV.”

Existem duas maneiras diferentes de capturar imagens em movimento. Um é o filme, tiras reais de material fotográfico nas quais uma série de imagens é exposta. Outro é o vídeo, que é um método eletrônico de gravação em vários meios, como a movimentação de fita magnética. Com o vídeo, você também pode transmitir para um receptor de televisão. Um filme cinematográfico padrão grava imagens a 24 quadros por segundo, enquanto a transmissão de TV geralmente é de 25 ou 30 quadros, dependendo de onde você estiver no mundo.

Se concordarmos com a ideia de que os desembarques da lua foram gravados em um estúdio de TV, então esperamos que eles sejam vídeo de 30 quadros por segundo, que era o padrão de televisão na época. No entanto, sabemos que o vídeo do primeiro pouso na Lua foi gravado a dez quadros por segundo em SSTV (televisão Slow Scan) com uma câmera especial.

2. “Eles usaram a câmera especial Apollo em um estúdio e depois abrandaram a filmagem para dar a impressão de que havia menos gravidade.”

Algumas pessoas podem argumentar que, quando você olha para pessoas que se movem em câmera lenta, elas parecem estar em um ambiente de baixa gravidade. Retardar o filme requer mais quadros do que o normal, então você começa com uma câmera capaz de capturar mais quadros em um segundo do que em um normal – isso é chamado de overcranking ou captura-em-tempo-muito-lento. Quando isso é reproduzido na taxa de quadros normal, essa gravação é reproduzida por mais tempo. Se você não pode girar sua câmera, você pode gravar em uma taxa de quadros normal e pode artificialmente abrandar a filmagem, mas você precisa de uma maneira de armazenar os quadros e gerar novos quadros extras para retardá-lo.

No momento da transmissão, os gravadores de discos magnéticos capazes de armazenar filmagens em câmera lenta só podiam capturar 30 segundos no total, para uma reprodução de 90 segundos de vídeo em câmera lenta. Para capturar 143 minutos em câmera lenta, você precisaria gravar e armazenar 47 minutos de ação ao vivo, o que simplesmente não era possível.


3. “Eles poderiam ter um gravador de armazenamento avançado para criar filmagens em câmera lenta. Todo mundo sabe que a NASA recebe a tecnologia antes do público.

Bem, talvez eles tivessem um gravador de armazenamento extra secreto – mas um quase 3.000 vezes mais avançado? Duvidoso.


4. ‘Eles filmaram em filme e abrandaram a gravação. Você pode obter quantos filmes quiser para fazer isso. Então eles converteram o filme para ser exibido na TV.

Isso é um pouco de lógica, finalmente! Mas filmar em filme exigiria milhares de metros de rolo. Um rolo típico de filme de 35 mm – a 24 quadros por segundo – dura 11 minutos e tem 1.000 pés de comprimento. Se aplicarmos isso a um filme de 12 quadros por segundo (o mais próximo de dez que conseguiremos com o filme padrão) rodando por 143 minutos (esse é o tempo de duração da filmagem da Apollo 11), precisaríamos de seis e meio rolos.

Estes então precisariam ser colocados juntos. As junções de emenda, transferência de negativos e impressão – e potencialmente grãos, partículas de poeira, cabelos ou arranhões – instantaneamente cedem o jogo. Não há nenhum desses artefatos presentes, o que significa que não foi filmado em filme. Quando você leva em conta que os pousos subseqüentes da Apollo foram feitos a 30 quadros por segundo, então fingir seria três vezes mais difícil. Então a missão Apollo 11 teria sido a mais fácil.

5. Mas a bandeira está soprando ao vento e não há vento na lua. O vento é claramente de um ventilador dentro do estúdio. Ou foi filmado no deserto.

Não é. Depois que a bandeira é solta, ela se acomoda suavemente e, em seguida, não se move de forma alguma na filmagem restante. Além disso, quanto vento há dentro de um estúdio de TV?

Há vento no deserto, eu aceito isso. Mas em julho, o deserto também é muito quente e normalmente você pode ver ondas de calor presentes em imagens gravadas em lugares quentes. Não há ondas de calor nas imagens de pouso na lua, por isso não foi filmado no deserto. E a bandeira ainda não está se movendo de qualquer maneira.

MAIS SOBRE A LUA E ALÉM

Una-se a nós enquanto mergulhamos nos últimos 50 anos de exploração espacial e nos 50 anos que virão. Do primeiro passo histórico de Neil Armstrong na superfície lunar até os planos atuais de usar a Lua como plataforma de lançamento para Marte, ouça especialistas acadêmicos que dedicaram suas vidas a estudar as maravilhas do espaço.

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‘A iluminação na filmagem claramente vem de um holofote. As sombras parecem estranhas.

Sim, é um holofote – um holofote a 150 milhões de km de distância. É chamado o sol. Olhe para as sombras na filmagem. Se a fonte de luz fosse um holofote próximo, as sombras se originariam de um ponto central. Mas como a fonte está tão distante, as sombras são paralelas na maioria dos lugares, em vez de divergirem de um único ponto. Dito isto, o sol não é a única fonte de iluminação – a luz também é refletida do solo. Isso pode fazer com que algumas sombras não apareçam paralelas. Isso também significa que podemos ver objetos que estão na sombra.

Bem, todos nós sabemos que Stanley Kubrick filmou isso.

Stanley Kubrick poderia ter sido solicitado a falsificar as aterrissagens lunares. Mas como ele era tão perfeccionista, ele teria insistido em filmar no local. E está bem documentado que ele não gostava de voar… Próximo?
“A Terra é plana. As imagens que vemos da Lua e do Sol, na verdade, são hologramas que são projetados no domo.”

Desisto.

*Por Felipe Sérvulo

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*Fonte: misteriosdouniverso

 

A viagem no tempo é possível – mas somente se você tiver um objeto com massa infinita

O conceito de viagem no tempo sempre capturou a imaginação de físicos e leigos. Mas isso é realmente possível? Claro que é. Estamos fazendo isso agora, não estamos? Estamos todos viajando para o futuro um segundo de cada vez.

Mas isso não era o que você estava pensando. Podemos viajar muito mais para o futuro? Absolutamente. Se pudéssemos viajar perto da velocidade da luz, ou na proximidade de um buraco negro, o tempo diminuiria, permitindo-nos viajar arbitrariamente para o futuro. A questão realmente interessante é se podemos viajar de volta ao passado.

Sou professor de física na Universidade de Massachusetts, Dartmouth, e ouvi pela primeira vez sobre a noção de viagem no tempo quando tinha 7 anos, de um episódio de 1980 da série de TV clássica de Carl Sagan, “Cosmos“. Eu decidi que um dia eu ia estudar profundamente a teoria subjacente a tais idéias criativas e notáveis: a relatividade de Einstein. Vinte anos depois, saí com um Ph.D. no campo e tenho sido um pesquisador ativo na teoria desde então.

Agora, um de meus alunos de doutorado acaba de publicar um artigo na revista Classical and Quantum Gravity, que descreve como construir uma máquina do tempo usando um conceito muito simples.

CURVAS DO TEMPO FECHADAS

A teoria geral da relatividade de Einstein permite a possibilidade de distorcer o tempo de tal modo que ele se dobra sobre si mesmo, resultando em um loop temporal. Imagine que você está viajando nesse ciclo; isso significa que em algum momento, você acabaria em um momento no passado e começaria a experimentar os mesmos momentos desde então, tudo de novo – um pouco como o deja vu, exceto que você não perceberia isso. Tais construções são frequentemente referidas como “curvas do tempo fechadas” ou CTCs na literatura de pesquisa, e popularmente referidas como “máquinas do tempo”. As máquinas do tempo são um subproduto de esquemas de viagem eficazes mais rápidas que a luz e entendê-los pode melhorar nossa compreensão de como o universo funciona.

Nas últimas décadas, físicos bem conhecidos como Kip Thorne e Stephen Hawking produziram trabalhos seminais sobre modelos relacionados a máquinas do tempo.

A conclusão geral que emergiu de pesquisas anteriores, incluindo as de Thorne e Hawking, é que a natureza proíbe os ciclos do tempo. Talvez isso seja melhor explicado na “Conjectura de Proteção Cronológica“, de Hawking, que essencialmente diz que a natureza não permite mudanças em sua história passada, poupando-nos assim dos paradoxos que podem surgir se a viagem no tempo fosse possível.

Talvez o mais conhecido entre esses paradoxos que emergem devido à viagem no tempo para o passado é o chamado “paradoxo do avô”, no qual um viajante volta ao passado e mata seu próprio avô. Isso altera o curso da história de uma maneira que surge uma contradição: o viajante nunca nasceu e, portanto, não pode existir. Tem havido muitos enredos de filmes e novelas baseados nos paradoxos que resultam das viagens no tempo – talvez alguns dos mais populares sejam os filmes “Back to the Future” e “ Groundhog Day ”.

MATÉRIA EXÓTICA

Dependendo dos detalhes, diferentes fenômenos físicos podem intervir para impedir que curvas fechadas do tempo se desenvolvam em sistemas físicos. O mais comum é o requisito para um determinado tipo de assunto “exótico” que deve estar presente para que um ciclo do tempo exista. Vagamente falando, matéria exótica é matéria que tem massa negativa. O problema é que a massa negativa não é conhecida por existir na natureza.

Caroline Mallary, uma estudante de doutorado na Universidade de Massachusetts, Dartmouth, publicou um novo modelo para uma máquina do tempo na revista Classical & Quantum Gravity. Este novo modelo não requer nenhum material exótico de massa negativa e oferece um design muito simples.

O modelo de Mallary consiste em dois carros super longos – construídos de material que não é exótico e tem massa positiva – estacionados em paralelo. Um carro avança rapidamente, deixando o outro estacionado. Mallary foi capaz de mostrar que, em tal configuração, um loop temporal pode ser encontrado no espaço entre os carros.

Uma animação mostra como o loop do tempo de Mallary funciona. À medida que a espaçonave entra no ciclo do tempo, o seu eu futuro também aparece, e é possível rastrear as posições de ambos a cada momento posterior. Esta animação é da perspectiva de um observador externo, que está observando a espaçonave entrar e emergir do loop temporal.

ENTÃO VOCÊ PODE CONSTRUIR ISSO NO SEU QUINTAL?

Se você suspeitar que há uma captura, você está correto. O modelo de Mallary exige que o centro de cada carro tenha densidade infinita. Isso significa que eles contêm objetos – chamados de singularidades – com densidade, temperatura e pressão infinitas. Além disso, ao contrário das singularidades que estão presentes no interior dos buracos negros, o que as torna totalmente inacessíveis do exterior, as singularidades no modelo de Mallary são completamente nuas e observáveis ​​e, portanto, têm verdadeiros efeitos físicos.

Os físicos não esperam que tais objetos peculiares existam na natureza também. Então, infelizmente, uma máquina do tempo não estará disponível tão cedo. No entanto, este trabalho mostra que os físicos podem ter que refinar suas idéias sobre o porquê de curvas do tempo fechadas serem proibidas.

 

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Fonte: socientifica

A lei da física que controla discretamente sua vida – e pode ajudar a melhorá-la

Por que um cacto tem a forma ideal para viver em um habitat sem água? Por que muitos rios formam curvas ao avançar rumo à sua foz?

Há uma teoria da física que explica isso. Na verdade, não só isso, mas também o comportamento de qualquer coisa em movimento, seja inanimada ou animada.

Trata-se de uma lei da física bem recente e ainda pouco conhecida pelo público em geral: chama-se Lei Constructal e foi formulada em 1996 por Adrian Bejan, professor de Engenharia Mecânica da Universidade Duke, nos Estados Unidos.

Bejan quis torná-la o mais acessível possível para as massas em seu livro A Física da Vida: A evolução de tudo, publicado em 2016. Mas como ela pode explicar praticamente tudo?

Tudo flui sob o mesmo princípio

A essência da teoria é que todo processo em movimento, seja de um ser vivo, como uma planta, ou algo mais intangível ou inanimado, como uma rota migratória ou a comunicação entre computadores, avança rumo a uma maior eficácia.

Esse avanço gera mudanças morfológicas e ajustes que respondem ao mesmo princípio de otimização, da evolução rumo a algo melhor. E isso, segundo escreveu Bejan em seu livro, se aplica a fluxos tão díspares como o “trânsito de uma cidade, o transporte de oxigênio dos pulmões e a fluidez dos pensamentos na arquitetura do cérebro”.

Bejan diz que toda a natureza é formada por sistemas de fluxo que mudam e evoluem com o tempo para se tornarem melhores. Assim, segundo a Lei Constructal, a tendência é sempre a uma fluidez mais fácil e, com o tempo, os fluxos se tornam maiores. E, quanto maiores o fluxos, mais inerentemente eficazes eles se tornam.

Lei ou teoria?

Na física, há muitas teorias, tantas quantas a mente puder imaginar, mas poucas leis. Uma lei deve explicar ou resumir um fenômeno universal, como as leis da dinâmica de Newton. Além disso, segundo o engenheiro, uma lei deveria ser “obedecida” por qualquer sistema imaginável: corpos, rios, máquinas.

Por sua vez, as teorias são previsões sobre como algo deve se dar e estão baseadas em uma lei. Para Bejan, a Lei Constructal explica o funcionamento de qualquer sistema dinâmico e é o motor de campos tão distintos como a evolução, a engenharia e o design.

O engenheiro se inspirou para concebê-la enquanto desenhava um sistema de refrigeração de computadores portáteis: ele se deu conta que as canalizações se ramificavam como se fossem árvores e, a partir daí, nasceu o conceito de sua lei.

Agora, sua proposta está ganhando grande aceitação nos círculos científicos e, segundo disse Bejan em entrevistas, até o momento não foi refutada por publicações especializadas.

Ele acaba de receber a prestigiosa medalha Benjamin Franklin, em parte por sua “teoria constructal, que prevê o design natural e sua evolução nos sistemas engenharia, científicos e sociais”. Segundo o engenheiro, entender melhor essa lei pode nos ajudar a antecipar mudanças, por exemplo, em dinâmicas sociais, nos governos ou na economia.

E como pode melhorar sua vida?

Se uma dinâmica se torna mais eficaz quanto mais fluida e livre for, então, a moral para nossas vidas bem que poderia ser “não pare”.

Bejan, que nasceu e cresceu na Romênia sob um governo comunista, diz que sua Lei Constructal, se aplicada de maneira prática ao nosso dia a dia e ao nosso trabalho, sugere que quanto mais livres, flexíveis e dinâmicos nos tornamos, mais eficazes somos. Da mesma forma, a inação interromperia esse fluxo e deteria o processo de optimização natural.

Segundo disse Bejan há alguns anos à revista Forbes, sua teoria tem incontáveis aplicações, “porque coloca o design biológico e a evolução dentro do campo da física, junto a tudo mais até agora existia sob o guarda-chuva da ‘ciência dura’: a economia, as dinâmicas sociais, os negócios e o governo”.

Uma das frases que ele mais gosta de repetir em conversas e entrevistas, também recorrente em seus livros, é que “a liberdade é boa para o design”. Assim, a mensagem que ele passa é que devemos fluir mais e melhor para nos tornarmos melhores.

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*Fonte: bbc

Por que não dá para ir mais rápido que a velocidade da luz?

Porque, quanto mais você corre, mais gordo você fica. Isso mesmo. E, antes de a velocidade do seu corpo chegar a 1,08 bilhão de km/h (a velocidade da luz), ele já terá mais massa que o Universo inteiro. Aí não há, nem nunca haverá, um motor forte o bastante para acelerá-lo. É o que a Teoria da Relatividade ensina: quanto mais um objeto é acelerado, mais massa ele ganha. Isso porque energia e massa são duas faces da mesma moeda – podem ser convertidas uma na outra.

Bom, conforme um objeto vai aumentando de velocidade, a energia contida no movimento dele vai se transformando em massa. Você não percebe, mas isso acontece o tempo todo com tudo o que existe. Inclusive com o seu corpo, quando você dá um sprint na corrida. Mas calma: o aumento de massa que a relatividade proporciona nessas condições não vai ameaçar sua dieta, já que ele é menor que 1 bilionésimo de grama. Se você correr a 1,07 bilhão de km/h, o equivalente a 99,9% da velocidade da luz, aí, sim, a situação fica preocupante: um homem com 80 kg passa a ter 2 toneladas. A exatamente 99,99999999%, a massa desse sujeito chegaria a 5 600 toneladas.

E por aí vai: se desse para chegar a 100% da velocidade da luz, sua massa ficaria infinita. E tem outro problema: a relatividade mostra que, quanto mais rápido um corpo estiver, mais devagar ele envelhece. Aí, quando você chega perto do 1,08 bilhão de km/h, acontece um absurdo lógico: o tempo passa tão lentamente para você que, quando seu relógio tiver marcado um segundo, o fim dos tempos já terá chegado. Quer dizer: não existe tempo disponível no Universo para que você chegue à velocidade da luz. Nem nunca vai existir.

 

 

 

 

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*Fonte: superinteressante

Um físico pulou de um edifício e a ciência salvou a sua vida

Para provar uma propriedade básica da física, o físico norueguês Andreas Wahl subiu em cima de um edifício de 13 metros de altura e se jogou, porém, a única coisa impedindo-o de cair e, potencialmente, evitando de quebrar uma grande parte do seu corpo, era um cabo com um peso fixo à extremidade.

O peso foi fixado ao edifício e, em seguida, os colegas de Wahl jogaram o peso e Wahl imediatamente começou a cair no chão. O experimento de Wahl pareceu arriscado, entretanto, foi bem seguro. E isso tudo graças a uma propriedade fundamental da física chamada força centrípeta.
O peso sofreu o que Isaac Newton descrita pela primeira vez no século 17 como força centrípeta: a força que faz um corpo seguir um caminho curvo. Neste caso, a força foi a tensão do cabo.

Como a força da gravidade puxou o peso para baixo, a tensão do cabo puxou-o em direção a um ponto central – o tubo. Isso induziu a formação de um arco, que você pode ver abaixo:

O peso continuou a balançar no ar, envolvendo-se em torno do tubo. Devido à conservação do momento angular, a velocidade do movimento do peso acelerado como o comprimento do cabo entre o tubo e o peso reduzido.

Depois de uma série de voltas, o peso parou a apenas alguns centímetros acima do solo.
Uma nota importante: O atrito entre o cabo e o tubo – bem como a elasticidade da cabo – ajudaram a retardar o movimento de Wahl e a forma de como ele cai. Isso reduziu o empurrão que ele sentiu quando chegou no fim. Se ele sentisse o empurrão completo ele poderia ter as suas costas quebradas.

Portanto, não tente fazer isso em casa. Deixe esse tipo de coisa para os físicos.

 

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*Fonte: universoincrivel

Uma nova teoria física para a origem da vida

Primeiramente, por que a vida existe?

Hipóteses populares creditam uma sopa pré-biótica, uma imensa quantidade de raios e um tremendo golpe de sorte. Mas, se uma nova teoria estiver correta, a sorte pode ter exercido um papel mínimo. Em vez disso, de acordo com o físico que propõe a ideia, a origem e a subsequente evolução da vida seguem um padrão das leis fundamentais da natureza e “deve ser tão natural quanto pedras rolando por uma ladeira”.

No ponto de vista da Física, há uma diferença essencial entre seres vivos e aglomerados inanimados de átomos de carbono: o primeiro tende a ser bem melhor em absorver a energia do seu ambiente e dissipar ela em forma de calor. Jeremy England, 31, professor no MIT (Massachusetts Institute of Technology), tem desenvolvido uma fórmula matemática que ele acredita que possa explicar essa capacidade. A fórmula, baseada em uma física já conhecida, indica que, quando um grupo de átomos é guiado por uma fonte externa de energia (tal como o Sol ou combustíveis químicos) e cercada por um meio que mantenha o calor (como o oceano ou a atmosfera), ele provavelmente irá se reestruturar gradualmente, de forma a dissipar cada vez mais energia. Isso poderia significar que, em determinadas condições, a matéria pode inevitavelmente adquirir o atributo físico associado à vida.

“Você começa com um aglomerado aleatório de átomos, e, se você deixá-lo exposto à luz por um determinado tempo, não seria surpreendente se você conseguisse uma planta”, diz England.

A teoria de England está destinada a fundamentar e sustentar, ao invés de substituir, a teoria da evolução de Darwin, que pode prover uma poderosa descrição da vida. “Eu certamente não estou dizendo que as ideias darwinianas estão erradas”, ele explica. “Muito pelo contrário. Eu só estou dizendo que, de acordo com a perspectiva da Física, você pode chamar a evolução darwiniana de um caso específico de um fenômeno generalizado”

Sua ideia, detalhada em um paper e mais bem elaborada em palestras das quais ele está dando para universidades ao redor do mundo, gerou uma polêmica entre seus colegas, que veem isso como um tênue ou um potencial avanço.

England avançou “um bravo e importante passo”, diz Alexander Grosberg, professor de Física na Universidade de Nova Iorque, que tem seguido os trabalhos de England desde os primeiros estágios. A “grande esperança” é como ele tem identificado o princípio da física subjacente que vem conduzindo a origem e a evolução da vida.

“Jeremy é apenas o mais brilhante jovem cientista do qual eu já ouvi falar”, diz Atilla Szabo, um biofísico do Laboratório de Físico-Química do NIH (National Institutes of Helth), que apoiou England e sua teoria depois de conhecê-lo em uma conferência. “Eu fiquei surpreso com a originalidade das ideias”.

Outros, tal como Eugene Shakhnovich, um professor de Química, Bioquímica e Biofísica na Universidade de Havard, não estão convencidos. “As ideias de Jeremy são interessantes e potencialmente promissoras, mas, neste ponto, ele é bastante especulativo, especialmente quando está se referindo ao fenômeno da vida”, diz Shakhnovich.

Os resultados teóricos de England são considerados válidos. É, em sua interpretação, o que os torna improváveis. Mas já há ideias de como testar essa interpretação no laboratório.

“Ele está tentando algo radicalmente diferente”, diz Mara Prentiss, professora de física da Universidade de Harvard. “Em linhas de organização, eu acho que ele tem uma ideia fabulosa. Certa ou errada, valerá muito a pena a sua investigação”
Simulação gráfica por Jeremy England e seus colegas, onde mostra um sistema de partículas confinadas dentro de um líquido viscoso do qual as partículas destacadas de turquesa são estimuladas por uma força. Depois de um tempo (de cima para baixo), a força provoca a formação de mais ligações entre as partículas.

Na sua monografia O que é vida?, em 1944, o eminente físico quântico Erwin Schrödinger argumentou que isto é o que os seres vivos precisam. Uma planta, por exemplo, absorve extremamente a luz solar, usa ela para produzir açúcares e “ejeta” luz infravermelha. A entropia total do universo aumenta durante a fotossíntese à medida que a luz solar se dissipa.

A vida não viola a Segunda Lei da Termodinâmica, mas até recentemente, físicos eram incapazes de usar a Termodinâmica para explicar porque ela deve surgir em primeiro lugar. Na época de Schrödinger, eles só poderiam resolver as equações da Termodinâmica aplicadas em sistemas fechados em equilíbrio. Na década de 60, o físico belga Ilya Prigogine teve progresso em prever o comportamento de sistemas abertos movidos por fontes de energia internas (o motivo dele ter ganho o Prêmio Nobel de Química em 1977). Mas o comportamento dos sistemas que estavam longe de um equilíbrio, conectados com o ambiente externo e fortemente influenciados por fontes externas de energia, não poderiam ser previstos.

A situação mudou mais tarde. Na década de 90, devido, principalmente, ao trabalho de Chris Jarzynski, agora na Universidade de Maryland, e de Gavin Crooks, agora no Labotarótio Nacional Lawrence Berkeley. Jarzynski e Crooks mostraram que a entropia produzida por um processo termodinâmico, tal como o resfriamento de um copo de café, corresponde a uma simples razão: a probabilidade de que os átomos vão submeter-se a tal processo dividida pela probabilidade deles sofrerem o processo inverso (isto é, a interação espontânea de tal modo que o café aquece). A fórmula, ainda que rigorosa, poderia ser, em princípio, aplicada para qualquer processo termodinâmico, não importando o quão rápido ou longe do equilíbrio. “Nossa compreensão do equilíbrio de Mecânica Estatística melhorou muito”, Grosberg disse. England, que é treinado em Física e Bioquímica, começou seu próprio laboratório no MIT há dois anos e decidiu aplicar o seu conhecimento de Física Estatística em biologia.

Usando a formulação de Jarzynski e Crooks, ele derivou uma generalização da Segunda Lei da Termodinâmica que atribui a certos sistemas de partículas com certas características: os sistemas são fortemente movidos por uma fonte externa de energia tal como uma energia eletromagnética, e eles podem descartar calor em um banho térmico. Essa classe de sistemas inclui todos os seres vivos. England, então, determinou o quanto os sistemas tendem a evoluir ao longo do tempo à medida que a irreversibilidade aumenta. “Nós podemos mostrar, de forma muito simples, a partir da fórmula, que os resultados evolutivos vão ser aqueles que absorvem e dissipam mais energia para o ambiente externo, no caminho para chegarem lá”, ele diz. As descobertas fazem um senso intuitivo: partículas tendem a dissipar mais energia quando elas são estimuladas por uma força motriz.

“Isto significa que os aglomerados de átomos rodeados por um banho de certa temperatura, como a atmosfera ou o oceano, devem tender, ao longo do tempo, a se organizarem para repercutir melhor com as fontes de trabalho mecânicas, eletromagnéticas ou químicas nos seus ambientes”, England explica.

A auto-replicação (ou reprodução, em termos biológicos), é o processo que move a evolução da vida na Terra. É um mecanismo pelo qual um sistema pode dissipar uma ascendente quantidade de energia ao longo do tempo. Como England cita, “uma boa forma de se dissipar é fazendo cópias de si mesmo”. Em um paper para Journal of Chemical Physics, ele informou o mínimo teórico para que a dissipação possa ocorrer durante a auto-replicação das moléculas de RNA e das células bacterianas, e mostrou que é muito perto dos reais valores de dissipação que esses sistemas podem ter enquanto replicam. Ele também mostrou que o RNA, o ácido nucleico, que muitos cientistas acreditam que serviu como precursor do DNA, é particularmente um material simples e “barato”. Uma vez que o RNA surgiu, ele argumenta, a sua “aquisição darwiniana” não foi, talvez, surpreendente. A química da sopa pré-biótica, mutações aleatórias, geografia, eventos catastróficos e outros inúmeros fatores contribuíram para os detalhes da diversidade das fauna e flora do planeta. Mas, de acordo com a teoria de England, o princípio subjacente que conduz todo o processo é resultado da adaptação orientada à dissipação da matéria.

Esse princípio também se aplicaria à matéria inanimada. “É muito tentador especular os fenômenos da natureza, nós podemos, agora, caber nessa grande tenda de organização e adaptação pela dissipação-condução”, England diz. “Muitos exemplos como esse poderiam estar bem debaixo do nosso nariz, mas não os notamos porque não temos estado a observá-los”.

Cientistas já observaram a auto-replicação em sistemas inanimados. De acordo com a nova pesquisa, liderada por Philip Marcus, da Universidade da Californa, Berkley, e divulgada na Physical Review Letters, em Agosto, vórtices em fluidos turbulentos replicam-se espontaneamente através da energia da matéria ao seu redor. Em um outro paper publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, Michael Brenner, um professor de Matemática Aplicada e Física de Harvard e seus colaboradores apresentaram modelos teóricos e simulações de microestruturas que se auto-replicam. Esses aglomerados de microesferas, especialmente revestidas, dissipam energia por estimular esferas próximas a formar aglomerados idênticos. “Isto se liga muito ao que Jeremy está dizendo”, Brenner diz.

Além da auto-replicação, a organização estrutural é outro meio pelo qual os sistemas são fortemente impulsionados para dissipar energia. Uma planta, por exemplo, é melhor em capturar e rotear a energia solar através de si que um aglomerado de átomos de Carbono não estruturados. Assim, England argumenta que, sob certas condições, a matéria irá espontaneamente se auto-organizar. Essa tendência poderia explicar a ordem interna dos seres-vivos e de muitas estruturas inanimadas. “Flocos de neve, dunas de areia e vórtices turbulentos, todos têm em comum que são estruturas definitivamente moldadas que surgem em muitos sistemas de partículas conduzidos por um processo dissipativo”, ele diz. Condensação, vento e resistência do ar são relevantes processos nesses casos particulares.

“Ele está me fazendo pensar que a distinção entre seres-vivos e inanimados é apagada”, diz Carl Franck, um Físico Biológico da Universidade de Cornell, em um e-mail. “Estou particularmente impressionado por essa noção de quando um considera sistemas tão pequenos quanto circuitos químicos envolvendo algumas biomoléculas.

A ideia ousada de England, muito provavelmente, irá sofrer um exame bastante detalhado nos anos seguintes. Ele está, por enquanto, trabalhando apenas com simulações gráficas feita em computador para testar a sua teoria de que os sistemas de partículas adaptam suas estruturas para facilitar a dissipação de energia. O próximo passo será fazer experimentos em sistemas reais.

Prentiss, que dirige um laboratório de Biofísica Experimental em Havard, diz que a teoria de England pode ser testada a partir da comparação de células com diferentes mutações e procurando a correlação entre a quantidade de energia que as células dissipam com as suas taxas de replicação. “É preciso ter cuidado porque uma mutação poderia ter resultados diferentes”, ela diz. “Mas se alguém continuar fazendo muitos desses experimentos em diferentes sistemas e se são de fatos correlacionados, isto quer dizer que ele é o princípio de organização correto”.
Se a teoria estiver correta, a mesma física que se identifica como responsável pela origem dos seres-vivos poderia explicar a formação de mais outras estruturas padronizadas na natureza. Flocos de neve, dunas de areia e vórtices auto-replicativos em um disco protoplanetário podem ser exemplos de uma adaptação à dissipação. Imagem por: Wilson Bentley
Se a teoria estiver correta, a mesma física poderia explicar a formação de mais outras estruturas padronizadas na natureza. Flocos de neve, dunas de areia e vórtices auto-replicativos em um disco protoplanetário podem ser exemplos de uma adaptação à dissipação. Imagem por: Wilson Bentley

Brenner diz que ele espera conectar a teoria de England com as suas próprias construções de microesferas e determinar se a teoria prediz corretamente que os procedimentos de auto-replicação e auto-montagem possam ocorrer – “uma questão fundamental na ciência”, ele diz.

Ter um princípio fundamental da vida evolução daria a pesquisadores uma perspectiva mais ampla sobre o surgimento da estrutura e a sua função nos seres-vivos, muitos dos pesquisadores dizem. “A seleção natural não explica certas características”, diz Ard Louis, um biofísico da Universidade de Oxford, em um e-mail. Essas características incluem uma mudança hereditária para a expressão genética chamada “metilação”, o aumento da complexidade na ausência da seleção natural, e certas mudanças moleculares que ele recentemente estudou.

Se a abordagem de England continuar sendo testada, ela poderá liberar mais ainda os biólogos e fazer com que eles busquem mais a explicação darwinista para todas as adaptações e permitir com que eles pensem mais de modo geral, em termos da organização orientada pela dissipação. Eles podem achar, por exemplo, que “a razão que um organismo mostra certa característica X ao invés de Y talvez não seja porque X é mais capaz que Y, mas sim porque as restrições físicas tornaram mais fácil evoluir para X do que para Y”, Louis diz.

“As pessoas muitas vezes ficam presas pensando sobre seus problemas individuais”, Prentiss diz. Querendo ou não, as ideias de England virão a ser exatamente certas, ela diz, “pensar de forma mais ampla fará com que muitas descobertas científicas sejam feitas”.

Artigo por Natalie Wolchover, publicado no site da Simons Foundation, em 22 de Janeiro de 2014, com título A New Physics Theory of Life e no site da Scientific American, em 28 de Janeiro de 2014, com o mesmo título.

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*Fonte: universoracionalista

Os cálculos batem: nosso universo pode ser um holograma

Tudo o que você vê, ouve, toca ou cheira pode ser fruto das vibrações de cordas infinitamente finas que existem em um mundo de dez dimensões. Uma espécie de holograma – enquanto o mundo “real” seria um cosmo de uma dimensão e sem gravidade, ditado pelas leis da física quântica.

Soa como loucura? Não para o físico teórico Juan Maldacena, que propôs o modelo em 1997.

Complexo (especialmente para quem não é da área), esse modelo pode ajudar a resolver incoerências entre a física quântica e a teoria da relatividade de Einstein, facilitando o diálogo entre físicos e matemáticos.

Apesar de sua importância, ao longo de mais de quinze anos a proposta de Maldacena permaneceu sem comprovações consistentes. Pensando nisso, o físico Yoshifumi Hyakutake, da Universidade de Ibaraki (Japão), reuniu uma equipe para colocar o modelo a prova.

Expansão do universo pode acontecer de forma extremamente simples

Por meio de simulações computacionais de alta precisão, os pesquisadores calcularam a energia interna de um buraco negro e a energia interna de um cosmo sem gravidade (que é parte fundamental do modelo de Maldacena). Os dois cálculos batem.

Isso traz evidências de que há coerência entre o modelo teórico e o nosso universo percebido, apesar das diferenças, e dá base para expandir teorias da física quântica. [Scientific American]

 

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*Fonte: hypescience

 

Nova física além do Higgs?

No fim do ano passado, quando a maioria das pessoas estava se preparando para as férias, os físicos do Grande Colisor de Hádrons (do inglês, LHC) no CERN, a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, fizeram um anúncio surpreendente: os dois detectores enormes identificaram uma pequena colisão nos dados com um nível de energia de cerca de 750 GeV.

Este nível é cerca de seis vezes maior do que a energia associada à partícula de Higgs. (Para passar da energia para a massa divida a energia pelo quadrado da velocidade da luz.) Para comparação, a massa de um próton, a partícula que compõe os núcleos de todos os átomos na natureza, é de cerca de 1 GeV. O Higgs é pesado — e esta nova colisão, se associada a uma nova partícula, seria muito pesada.

A comunidade da física de alta energia respondeu com entusiasmo. Em poucos meses, centenas de artigos foram publicados com explicações hipotéticas para a colisão.

No mês passado, os físicos do CERN divulgaram um pouco mais de informações, reforçando ligeiramente sua reivindicação pela realidade deste novo ponto de dados. Neste momento, a colisão tem uma chance de 1 em 20 de ser apenas uma flutuação estatística espúria, algo que acontece de vez em quando, mesmo que raramente.

Quando os cientistas declaram que algo é “real”, isto é, que algo pertence à coleção de outras partículas que encontramos até agora e que compõem toda a diversidade material que vemos? É uma pergunta complicada. Há um padrão acordado, de que o sinal para uma nova partícula deve ser certo em um nível de 1/3.500.000. Isso está muito longe de 1/20, e é por isso que os físicos ainda não estão anunciando uma nova descoberta. No entanto, se tudo correr bem com as operações do LHC, no final do outono deveremos ter dados suficientes para decidir se a colisão é real.

Então vem a parte divertida: Se é real, o que é?

Os editores da prestigiada revista de física Physical Review Letters, publicaram um editorial explicando como eles selecionaram quatro artigos representativos da enorme quantidade que eles receberam tentando dar sentido à colisão.

A parte emocionante disso é que a colisão seria física nova e surpreendente, além das expectativas. Não há nada mais interessante para um cientista do que ter algo inesperado, como se a natureza estivesse tentando nos fazer olhar em uma direção diferente.

Os quatro artigos propõem explicações diferentes para os dados, assumindo, é claro, que ele não desapareça. Três deles sugerem que a colisão realmente sinaliza a existência de uma nova partícula. Um quarto sugere que o evento sinaliza a fragmentação de uma partícula muito mais pesada:

. Um artigo sugere a existência de uma nova força da natureza, portanto, uma quinta força, que age como a grande força que mantém os núcleos atômicos juntos. A grande força também mantém quarks junto com prótons e quarks e antiquarks junto com píons. (Eu sei, começa a ficar esquisito rapidamente. Antiquarks? Eles são essencialmente como quarks, mas com carga elétrica oposta.) A ideia é que essas duas partículas tipo quark são aderidas em algo como um novo píon (que se parece muito com um Higgs muito pesado), que eventualmente decai, liberando os dois fótons que foram detectados.

. Uma nova partícula parecida com Higgs que se acopla a novos tipos de partículas.

. Uma partícula prevista a partir de uma simetria da natureza tão distante conhecida como supersimetria. Se verdadeira, a supersimetria exige que cada partícula tenha uma parceira, como uma imagem espelhada com algumas propriedades invertidas. A versão mais simples da supersimetria é praticamente descartada por dados, mas extensões mais complicadas ainda estão em jogo. As expectativas são altas de que esse poderia ser o caso, já que a supersimetria está por aí há mais de 45 anos e precisa de algum apoio experimental para permanecer verossímil como uma teoria física da natureza — e não apenas uma boa ideia.

. Por fim, o quarto artigo sugere que a colisão não é a assinatura de uma nova partícula em 750 GeV, mas os restos de uma partícula muito mais pesada que se decompõe em uma cascata de fragmentos. Os dois fótons são a assinatura detectável de um fragmento, como pegar um filme no meio.

Será interessante ver como essa trama se desenrola conforme novos dados são coletados e divulgados à comunidade. A parte emocionante é que nós temos esta ferramenta incrível que está abrindo janelas em um território completamente novo. O Higgs era apenas o começo, ao que parece.

Por que alguém deveria se importar? Existem diferentes razões, desde a prática até a sublime. Para projetar uma máquina como o LHC, compilar e analisar as montanhas de dados que ele gera e, em seguida, interpretar a coisa toda, não é necessário apenas levar a tecnologia além do limite, mas também desenvolver regras comunitárias de engajamento em equipes de milhares de físicos e engenheiros. Quem está no comando? Como as decisões são tomadas? A World Wide Web foi criada no CERN para facilitar a troca de dados entre os cientistas, um spin- off muito crítico de uma experiência de física de partículas. Tecnologias de armazenamento e gerenciamento de dados estão sendo inventadas o tempo todo em tais instalações, assim como tecnologias de detecção e radiação.

Em termos mais abstratos, um novo evento de física com energias seis vezes maiores do que onde o Higgs foi encontrado, significaria que estamos chegando um pouco mais perto do Big Bang, o evento que marca a origem do universo. Há uma enorme lacuna na energia entre o Higgs e o Big Bang, é claro, mas obter novos dados em energias mais altas pode esclarecer como se aproximar. Este tipo de física fundamental tem uma herança muito nobre, já que traça suas origens além dos primórdios da filosofia ocidental — para as questões relacionadas com nossas origens. Se imaginarmos a criação como um quebra-cabeça, cada peça nova que descobrimos nos ajuda a entender um pouco melhor nossas origens. A nova colisão pode não nos dar uma resposta final (não está claro nem se podemos chegar lá), mas certamente tornaria a imagem mais clara.

Como Tom Stoppard escreveu em sua peça Arcadia, é querer saber que nos torna importantes. E a física fundamental se trata de querer saber.

 

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*Fonte: universoracionalista/ Marcelo Gleiser

 

Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), o maior laboratório de física de partículas do mundo. Créditos: Luis Davilla.

Segundo físicos, o tempo pode existir apenas na sua cabeça

De todas as pressões que enfrentamos na nossa vida cotidiana, não há como negar que o tempo tem efeito mais profundo. Como os nossos dias, semanas, meses e anos passam, o tempo se move do passado ao presente para o futuro.

Porém, de acordo com a Física, as mesmas coisas ocorrem independentemente do que tempo de direção. Por isso, os físicos sugerem que a gravidade não seja forte o suficiente para mover todos os objetos do Universo para frente. Mas será que o mesmo acontece com a ordem do tempo que nós conhecemos ou é tudo imaginação? Primeiro, vamos refletir sobre a chamada flecha do tempo.

Graças ao tempo, o jovem torna-se velho e o passado se torna o presente. Mas se esquecermos a nossa própria perspectiva por um segundo e olharmos para o Universo como um todo, podemos dizer que a única coisa que governa o comportamento do Universo são as leis da Física. Algumas dessas leis têm relação com o tempo reversível – o que significa que os mesmos efeitos ocorrem, independentemente de o tempo estar correndo para a frente ou para trás.

“Seja através gravitação de Newton, a eletrodinâmica de Maxwell, a relatividade especial e geral de Einstein ou mecânica quântica, todas as equações que melhor descrevem o nosso Universo funcionam perfeitamente independentemente da direção do tempo”, disse o especialista Lee Billings para a Scientific American.

Um exemplo que comprova isso é o caminho de um planeta orbitando uma estrela, de acordo com a força da gravidade.
“Se o tempo corre para a frente ou para trás, as órbitas planetárias seguem exatamente os mesmos caminhos. A única diferença é a direção da órbita“, explicou Brendan Cole.

Isso significa que o tempo é subjetivo? Essa pode ser a explicação para a Teoria Especial da Relatividade de Einstein, mas há uma segunda lei chamada Termodinâmica. De acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica, conforme o tempo passa, a quantidade de desordem – ou entropia – no Universo será sempre aumentada. “Por esta razão, os físicos estabeleceram uma fonte da seta do tempo: o transtorno tem sempre que aumentar depois que algo acontece, o que requer que o tempo só pode se mover em uma direção“, explica Cole.

Muitos físicos suspeitam que quando as forças de gravidade interagem umas com as outras, a seta virada para a frente do tempo emerge e a entropia pode aumentar. Mas para que isso funcione, a entropia deve ter aumentado, o que significa que o Universo tinha de ter começado mais ordenado do que é atualmente.

Em um esforço para chegar ao fundo de um dos maiores enigmas da Ciência moderna, dois de físicos decidiram testar a hipótese de que a gravidade é a força por trás de toda essa teoria. O ponto em que as partículas são governadas pela seta do tempo e regidas pelas leis sem direção do Universo, é conhecido como decoerência.

De acordo com a explicação de Nick Stockton, a hipótese mais proeminente para a decoerência é a Equação Wheeler-DeWitt, que prevê quando as ligações entre quântica e mecânica são apagadas graças à gravidade. Mas quando os físicos Dmitry Podolsky, da Universidade de Harvard, e Robert Lanza, diretor da Astellas Global Regenerative Medicine, realizaram a medição da gravidade através da Equação de Wheeler-DeWitt, eles descobriram que, depois de fazer as contas, a equação não explica a direção do tempo.

Como aponta Stockton, se a gravidade for muito fraca para segurar uma interação entre as moléculas juntas com a decoerência, ele não pode ser forte o suficiente para forçá-las na mesma direção.

“Nosso trabalho mostra que o tempo não existe apenas ‘lá fora’, mas que é uma propriedade emergente que depende da capacidade do observador para preservar informações sobre acontecimentos vividos“, explica Lanza. Isto sugere que a flecha do tempo seja subjetiva e determinada pelo observador.

“Em seus trabalhos sobre a relatividade, Einstein mostrou o tempo em relação ao observador. Nosso artigo dá a um passo adiante, argumentando que o observador, na verdade, é quem o cria“, completou Lanza.

Porém, a ideia ainda é controversa, porque de acordo com Yasunori Nomura, um físico da UC Berkeley, que não estava envolvido no estudo, a dupla de cientistas não conseguiu levar o tecido do espaço-tempo em consideração e não introduziu o “tempo de observador” na equação.

 

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*Fonte: universocetico

Novo alerta de Hawking é assustador: ”Estamos vivendo o momento mais perigoso da história”

A ascensão do novo nacionalismo em todo o mundo e a votação do Brexit da Grã-Bretanha tende a ser “o momento mais perigoso na história da raça humana”, segundo o físico Stephen Hawking.

O professor de Cambridge alerta a mudança política e mostra que a maioria das pessoas na Terra está doente do status quo e sentiram que tinham sido “abandonados por seus (acórdão) líderes.”

“Para mim, o aspecto realmente a respeito disso é que agora, mais do que em qualquer momento da nossa história, a nossa espécie precisa trabalhar em conjunto”, acrescentou. Hawking afirma que o mundo está enfrentando grandes desafios, incluindo a mudança climática, a superpopulação, a produção de alimentos, a dizimação de outras espécies na Terra, doença epidemia e poluição dos oceanos . “Juntos, eles são um lembrete de que estamos no momento mais perigoso no desenvolvimento da humanidade. “Nós podemos fazer isso [superar os desafios], sou um enorme optimista para a minha espécie; mas isso vai exigir que as elites, de Londres a Harvard, de Cambridge para Hollywood, aprenda as lições do ano passado.”

Ele também acrescentou: “Agora temos a tecnologia para destruir o planeta em que vivemos, mas ainda não desenvolveram a capacidade de escapar. “Talvez em algumas centenas de anos, vamos ter estabelecido colônias humanas no meio das estrelas, mas agora só temos um planeta, e precisamos trabalhar juntos para protegê-lo.”

Vale a pena conferir essa entrevista onde hawking fala sobre os extraterrestres!

 

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*Fonte: universocetico

 

Sete tons de física: como um cientista levou seu livro de teorias a superar best-sellers eróticos

Físicos de alto nível estão acostumados a desvendar alguns dos mais complexos e misteriosos fenômenos da natureza. Mas dificilmente conseguem a façanha alcançada pelo italiano Carlo Rovelli: transformar em assunto atraente e popular temas áridos como a Teoria da Relatividade Geral, a mecânica quântica e as partículas elementares. Depois de publicar seu livro Sete Breves Lições de Física, no ano passado, Rovelli viu os exemplares sumirem das prateleiras como se tivessem sido engolidos por um buraco negro.

Na Itália, o livro de apenas 78 páginas superou as vendas do best-seller 50 Tons de Cinza, com mais de 350 mil cópias, depois de 18 reimpressões. A obra já foi traduzida a 28 línguas e está entre as mais vendidas nos Estados Unidos e na Inglaterra, feito raro para obras que não são escritas em inglês. Com tal sucesso no mercado mundial, a editora Objetiva, que lançou o livro de Rovelli no Brasil no fim de 2015, decidiu repensar a estratégia de marketing da edição brasileira.

Rovelli conta que o fenômeno de vendas, no início, o deixou mais intrigado que as espinhosas questões de seu campo de pesquisa: a gravidade quântica. “Foi uma surpresa enorme. Quando comecei a tratar com meu editor italiano, falávamos em 3 mil cópias”, disse ao Aliás.

Apesar da surpresa, Rovelli, que é professor de física na Universidade Aix-Marseille, na França, também tem suas teorias para explicar a popularidade. “As pessoas são mais curiosas sobre a ciência, a origem e o funcionamento do mundo, do que imaginamos. E, um pouco por acaso, o livro encontrou uma forma de falar com todo mundo.”

O segredo de Rovelli se apoia em aliar o domínio de seu campo de conhecimento ao interesse por filosofia, arte, história. Como pesquisador, ele foi capaz de manter no livro o rigor científico. Como humanista, distanciou-se de discursos muito técnicos. “O livro oferece uma visão simples do mundo, que é compatível com a ciência. Mas, ao mesmo tempo, não é frio. Há espaço para paixão, fascínio, emoção e beleza na física.”

Beleza é justamente a característica que Rovelli atribui à Teoria da Relatividade de Albert Einstein, da qual trata o primeiro capítulo do livro. “É a mais bela das teorias, por sua extrema simplicidade e clareza.” No texto, ele conquista o leitor ao narrar a emoção que sentiu ao compreender pela primeira vez a teoria que revolucionou nossa noção do espaço e do tempo – no fundo, é simples: a gravidade não era uma “força” de atração entre os corpos, como se pensava, mas uma “deformação no espaço-tempo” provocada pela presença de objetos com massa. A maçã cai porque o espaço se curva com a gravidade da Terra. “Era como se um amigo me sussurrasse uma extraordinária verdade oculta, e de repente afastasse um véu, para revelar nela uma ordem mais simples e mais profunda”, escreve Rovelli, em seu livro.

Ao contrário da relatividade, a mecânica quântica – tema do segundo capítulo – é obscura, com suas ondas que são partículas e vice-versa. “É um tema com muitos pontos de interrogação”, diz Rovelli. Se “a relatividade geral é uma pedra preciosa compacta”, a teoria quântica “ainda permanece envolta em um estranho aroma de desconhecimento e mistério”, como ele escreve. A obscuridade, no entanto, não impediu que essa teoria produzisse aplicações tão concretas como os computadores.

Com o título “A arquitetura do cosmo”, a terceira lição se baseia em desenhos simples e esquemáticos, quase infantis, para mostrar o que a física sabe sobre o Universo em grande escala. A perspectiva é histórica: Rovelli mostra como a imagem que o ser humano tem do cosmo se transformou ao longo do tempo, da Terra plana da antiguidade à consciência de um Universo que se expande sem parar há 13,7 bilhões de anos.

Da imensidão do cosmo, Rovelli passa ao infinitamente pequeno na quarta lição, sobre as partículas elementares que compõem a matéria. Ele tenta desconstruir a ideia de que as partículas são pequenos tijolos, como pensavam os autores da mecânica positivista. Elétrons, quarks, fótons, neutrinos e “novas” partículas como o bóson de Higgs “vibram e flutuam continuamente entre o existir e o não existir” – quem diz que não é sexy? –, combinando-se como “um alfabeto cósmico para contar a imensa história das galáxias, das montanhas, dos campos de trigo, dos sorrisos dos jovens nas festas…”

A especialidade de Rovelli é o tema da quinta parte do livro: a gravidade quântica, que nada mais é que uma tentativa de harmonizar duas teorias até agora inconciliáveis: a relatividade geral de Einstein e a mecânica quântica. Sua previsão central (vamos lá) é difícil de conceber: o espaço não seria contínuo, nem divisível ao infinito, mas sim formado por “grãos”, uma espécie de “átomos de espaço”, bilhões de vezes menores que os núcleos atômicos. “É uma teoria que ainda não está estabelecida, estamos trabalhando nela.” O impacto prático da gravidade quântica é ainda imprevisível. Mas quando um jovem grupo de cientistas desenvolveu a física quântica, no início do século 20, ninguém poderia imaginar que resultaria no desenvolvimento – para ficar num só exemplo entre milhares – nos relógios atômicos que permitem a existência do GPS.

A sexta lição trata de um tema ainda mais intrigante: a ligação entre o conceito de calor e a noção de tempo. “É o capítulo mais difícil, no qual mostro que o tempo tem a ver com a termodinâmica, que é a física do calor.” Sabemos que o calor de uma substância aumenta à medida que seus átomos se movem com mais velocidade. E sabemos que o calor flui sempre das coisas mais quentes para a mais frias. O que talvez não saibamos é que essa “direção” do calor é a chave da natureza do tempo. “Mostro em meu livro que, para distinguir passado do futuro, é preciso haver trocas de calor.”

Embora ele fale no título de sete “lições”, o último capítulo é mais uma reflexão sobre a humanidade – algo que atrai cientistas, de Isaac Newton a Stephen Hawking. “São considerações sobre como pensar este mundo, que é o nosso mundo, mas é muito diferente do que nos contam.” Podem servir, inclusive, para nos tornar mais livres. Por meio da física? Por meio do conhecimento. “Ser livre não significa que nossos comportamentos não sejam determinados pelas leis da natureza. Significa que eles são determinados pelas leis da natureza que agem no nosso cérebro”, ensina Rovelli.

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*Fonte: estadao

fisica2026

Físicos chocam o mundo ao afirmarem que: nossos pensamentos afetam o mundo físico

Década após década, vários cientistas têm considerado os fatores associados à consciência (percepção, sentimentos, emoções, atenção mental, intenção etc.) como parte fundamental da ciência – que não se pode compreender plenamente ciência, física, especialmente quantum, sem incluir o estudo da consciência.

    “Eu considero a consciência como fundamental. Eu considero a matéria como um produto derivado de consciência. Não podemos ficar atrás da consciência. Tudo o que falamos, tudo o que nós consideramos como existente, postula a consciência.”-Max Planck, físico teórico que originou a teoria quântica, que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Física em 1918.

Além disso, décadas de pesquisa e experimentos dentro do reino da parapsicologia têm mostrado resultados bizarros, inexplicáveis, mas repetidamente observáveis ​​indicando a grande importância da consciência que nós não costumamos considerar, especialmente quando se trata de ciência.

É algo que é comumente esquecido, mas talvez nós devemos prestar mais atenção a isso. Como pensamos, o que nós pensamos, como nós percebemos, e no que acreditamos parece ter um grande impacto sobre o tipo de existência que criamos para nós mesmos como uma raça, que influencia o tipo de experiência humana que promulga. Isso torna ainda mais importante para nós que nos perguntar, tanto a nível individual e colectivo : quem somos nós? Por que nós pensamos o que pensamos? Por que fazemos o que fazemos?

“Não foi possível formular as leis da mecânica quântica de uma forma plenamente coerente sem referência a consciência.” Eugene Wigner, físico teórico e matemático. Ele recebeu uma parte do Prêmio Nobel de Física em 1963. Uma questão que tem confundido os cientistas quando se trata de matéria é : pode a consciência (intenção humana direta) alterar diretamente o mundo físico que vemos ao nosso redor? Pode a mente, literalmente, influenciar? Qual é a relação entre mente e matéria e o que isso significa sobre a verdadeira natureza da nossa realidade? Onde é que esta questão vem?

É um conceito que os cientistas e filósofos ao longo da história têm pensado.

    “O conceito de que a mente é primária sobre a matéria está profundamente enraizada em filosofias orientais e crenças antigas sobre magia.” – (1) Dr. Dean Radin deixou uma grande citação “A conclusão fundamental da nova física também reconhece que o observador cria a realidade”. Como observadores, estamos pessoalmente envolvido com a criação da nossa própria realidade. Os físicos estão sendo forçados a admitir que o universo é uma construção “mental”.

O físico pioneiro Sir James Jeans escreveu: “O fluxo de conhecimento está caminhando em direção a uma realidade não-mecânica; o universo começa a se parecer mais com um grande pensamento do que como uma grande máquina. A mente já não parece ser um intruso acidental no reino da matéria, devemos saudá-la, em vez como o criador e governador do reino da matéria. Supere isso e aceitar a conclusão é indiscutível. ”O universo é imaterial-mental e espiritual ‘”- RC Henry, Professor de Física e Astronomia da Universidade Johns Hopkins,” O Universo Mental. “; Nature 436: 29,2005)

A citação acima está se referindo ao fato de que, na física, a verdade “inevitável” que o ato de observação muda a natureza de um sistema físico e pode significar que a consciência (ou fatores associados à consciência) pode ter um efeito ou realizar alguma grande importância quando se trata do que chamamos ‘mundo físico’. Uma revelação potencial desta experiência é, mais uma vez, que “o observador cria a realidade.” Um artigo publicado na revista científica Física Ensaios de Dean Radin, PhD, explica como este (o experimento de fenda dupla) tem sido utilizado várias vezes para explorar o papel da consciência para moldar a natureza da realidade física. O estudo constatou que os fatores associados com a consciência “significativamente” foram correlacionadas de um modo previstas com perturbações no padrão de interferência dupla fenda. Não há literalmente uma riqueza de análise científica e experimentação para que se deslocar através se interessado neste tópico. A verdade é, há mais de 60 anos de experiências e pesquisas disponíveis quando se trata de cientistas que examinaram a conexão mente-matéria.

É 2015, e a ciência agora mais do que nunca está começando a aceitar esses tipos de conceitos e explorá-las de forma mais aberta. Ao longo da história, os nossos sistemas de crenças têm nos impedido de explorar conceitos de nossa realidade que contrastavam os sistemas de crenças aceitas na época.Galileu é um grande exemplo, seu trabalho foi banido e proibido e há mais de 200 anos; ele foi condenado e colocado sob prisão domiciliar por mais de 200 anos.

Estas experiências têm produzido evidências convincentes e consistentes que a intenção mental está associada com o comportamento desses sistemas físicos.– Dean Radin

Estas experiências, geralmente rotuladas sob o domínio de estudos parapsicologia (ISP), cientistas mostraram que o fenômeno que eles têm sido capazes de observar repetidamente em um ambiente de laboratório, mas ainda estão longe da compreensão humana. Há algo acontecendo, independentemente de saber se podemos explicá-lo ou não. A evidência é tão clara que “os céticos informados estão reconhecendo que algo interessante está acontecendo.” – Dr. Dean Radin

Se você gostaria de continuar a sua pesquisa, para começar, recomendamos que você visite o Instituto de Ciências Noéticas(íons). IONS colabora na pesquisa de ponta para as potencialidades e poderes da consciência, explorando fenômenos que não necessariamente se encaixam modelos científicos convencionais, mantendo um compromisso com o rigor científico. IONS é conhecida por seu patrocínio e participação em pesquisa e publicação de artigos em revistas científicas originais. Eles cobrem tudo, desde a consciência e cura até a transformação cosmovisão das capacidades humanas estendidas. Pesquise e informe-se mais sobre o tema.

    “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.”

*Fonte: IABSP