Com o inverno indo embora e já dando o recado de que a nova estação e também junto dias de calor estão vindo por aí, a primavera já começou em bom estilo.
O meu dia já começou bem cedo com um rolê de moto no asfalto no começo da manhã, junto com o meu amigo Pretto, mas esse não vai ser o assunto deste post aqui agora. O tema é outro e o caminho também.
Há tempos que quero voltar até o cerro do Baú. No meu tempo de adolescência a minha turma curtia fazer algumas aventuras por lá. Acampávamos ou então apenas passávamos a tarde na função de ir de moto até o pé do morro e depois subir, fazendo tipo uma “escalada” se agarrando em pedras e raízes (nada de subir pela estradinha que dá a volta por trás do morro e chega perto do topo), na-na-nina-não. Naquela época a coisa era roots e fazíamos questão de subir na braçada mesmo. E vou te dizer, a subida sempre foi íngreme e perigosa como dá ainda para perceber no local, se for realizada hoje em dia. Vá lá e confira o que estou dizendo – vão me entender! Capicce!? E tem mais, arrisco dizer, pelo que pude notar, de naquela época a coisa era ainda mais intensa e perigosa, porque o mato era bem mais fechado, não limpo e ajeitado como atualmente. Mas enfim, isso também é uma outra história.
O Cerro do Baú fica aqui no interior da minha cidade, linah Tangerinas, em Venâncio Aires / RS, que não fica muito longe do centro da cidade. A aérea de terra inclusive pertence ao Marcolino Coutinho, que inclusive é pai de um de meus chefes. Nesses últimos anos ele se empenhou em ajeitar o topo do morro, sua propriedade, justamente para essa finalidade de receber visitantes que possam curtir e admirar a bela vista do local. Um belo gesto.
Marquei na moto hoje a distância de 30 km nessa trip de deslocamento de ida e volta, portanto, do centro da cidade até lá é tipo uns 15km. Cabe dizer, em estrada de chão. Saí na tardinha, já era passado das 17hs, foi proposital, é que esperei o sol dar uma diminuída e assim facilitar as coisas numa estrada de chão e com muito poeira um dia de forte calor. Me lembrava vagamente do caminho, então fui meio que na intuição mesmo no começo do trajeto. Deu certo. Logo depois começaram surgir algumas placas de indicação do local junto as margens da estrada, cruzamentos e pontos específicos – boa! Isso aliás, foi bem providencial, facilitou bastante a empreitada. Grato mais uma vez ao Marcolino, que pensou e agiu bem em divulgar o local, mais uma vez fazendo um belo “gol de placa”. Já que cabe mencionar de que as estradas aqui no interior de Venâncio Aires, são muito MAL SINALIZADAS – que conste em ata. Fica aqui a dica e a reclamação.
Cheguei no local ao pé do morro e claro não iria escalar como outrora, hoje sim subi só de boas e pelo caminho oficial de se chegar até o topo, que é pela tal estradinha que dá a volta no morro e se chega por trás (está sinalizada – é o caminho oficial agora). Uma subida legal, interessante e bem boa de se fazer de moto (chegou a me fazer lembrar dos bons tempos de trilheiro – subir hoje em dia ali “no gás”com a minha antiga moto seria muito bom! – mas deixa prá lá).
Chego no topo e claro encontro um local bem diferente do que eu tinha em minha memória. Tudo agora ajeitado, o mato foi limpo, tem vários espaços amplos sem árvores, um banheiro, sinalização, enfim, um local muito bom para se visitar. E daí vem o principal, a vista que se tem lá de cima da cidade, é incrível. Sem dúvida valeu toda essa empreitada. Deixo a moto e trato de caminhar pelo o local. Reconheço imediatamente por onde subíamos no passado, naquela aventura toda que fazíamos e olha que é coisa de dezenas de anos atrás isso! Também me lembrei do local em que naquela época acampamos e mesmo que nem esperava por isso, foi bom o sentimento de nostalgia que me ocorreu. Dou uma boa caminhada pelo local, vou até borda, faço algumas fotos, subo e desço aqui e ali, paro para curtir a paisagem. Até cheguei a entrar pelo o mato, mas isso fica para um outro dia. Já estava começando a escurecer. Cabe ainda dizer que em todo esse tempo estive sozinho por lá, não vi ou sequer apareceu mais alguém.
Ainda dei mais algumas voltas pelo outro lado do morro, mas daí já de moto. Resolvi voltar para casa, já tinha me dado por satisfeito. encontrei o lugar, gostei e com certeza irei voltar em breve, daí com mais tempo e levando alguns amigos.
Um sábado diferente, uma trip off-road curta mas bem interessante. Aliás, sempre menciono de que não é a distância percorrida que faz a viagem ser interessante, boa ou ruim, é simplesmente o quanto tu “aproveita ou curte” a empreitada, que sim determina se foi boa ou não. O resto é balela e coisa de gente gabola.
Fica então a dica para quem não conhece ainda o local, vale uma visita.
Thanks mais uma vez por esse ótimo dia.
*Abaixo como de costume, algumas imgs em sequência do trajeto dessa função toda:



















