Dia dos Avós: por que comemoramos a data no dia 26 de julho?

Dona Aninhas era como todos conheciam a portuguesa Ana Elisa do Couto (1926-2007) em Penafiel, cidade de 15 mil habitantes na região do Porto. E se hoje ela tem uma placa afixada em praça pública na terra natal não é sem motivo: foi por causa dela, avó de quatro netas e dois netos, que o dia 26 de julho se tornou reconhecido como Dia dos Avós em Portugal – data também celebrada no Brasil.

Nos anos 1980, porque ela achava que ninguém dava o valor merecido aos avôs e avós, decidiu se tornar uma missionária da causa. Dona Aninhas esteve em países como Brasil, França, Estados Unidos, Alemanha, África do Sul, Espanha, Angola, Suíça e Canadá, sempre defendendo que se comemorasse o Dia dos Avós. E a data escolhida tinha um forte motivo: dia 26 de julho é quando a Igreja Católica celebra São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria, avós de Jesus.

Uma história, entretanto, que nem na Bíblia está. “Não há nomes, pormenores, nem citações da vida e da existência dos pais de Maria”, afirma o teólogo e filósofo Fernando Altemeyer Júnior, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Ambos são citados no evangelho apócrifo de São Tiago, não reconhecido pela Igreja. Portanto, não constam em livros canônicos.”

Isso não impediu que São Joaquim e Santa Ana viessem a ser reconhecidos e celebrados pela Igreja como pais de Maria.

Religiosidade
Desde o século 6 há registros do culto e da veneração aos pais de Maria. “No mundo ocidental, a popularização acontece sobretudo no século 14”, pontua Altemeyer.

O teólogo lembra que São João Damasceno, monge sírio que viveu entre 676 e 747, quando comentava o Natal, já abordava os pais de Maria com esses nomes, como sendo o casal São Joaquim e Santa Ana.

“Sua festa era celebrada originalmente em 20 de março, junto a São José. Depois, acabou transferida para 16 de agosto, por causa do triunfo da filha, Maria, na Assunção, no dia precedente”, conta Altemeyer. “Em 1879, o papa Leão 23, cujo nome de batismo era Gioacchino, ou seja, versão italiana de Joaquim, oficializou a festa em toda a Igreja. Já o dia 26 de julho foi determinado pelo papa Paulo 6º.”

No imaginário religioso, por sua vez, é famosa a representação dos avós de Jesus na Capela dos Scrovegni, em Pádua – pintada por Giotto (1276-1337).

Outros países
Mas o dia 26 de julho não é um consenso mundial. Na Itália, por exemplo, houve a preocupação de desconectar o Dia dos Avós da memória dos santos, justamente para enfatizar o caráter civil (e não religioso) da celebração- e a “Festa Dei Nonni” é celebrada dia 2 de outubro.

Nos Estados Unidos, comemora-se no primeiro domingo de setembro. No Reino Unido, no primeiro domingo de outubro. A França é um caso raro: há o Dia das Vovós (primeiro domingo de março) e o Dia dos Vovôs (primeiro domingo de outubro).

A Estônia comemora no segundo domingo de outubro. A Austrália, no primeiro domingo de novembro. O Canadá, em 25 de outubro.


Comércio
Autodenominado especialista em velhice, o jornalista e escritor Ulisses Tavares, avô de um menino de um ano e meio, aborda a comemoração do Dia dos Avós em seu recém-lançado livro Engate uma 3ª e Vá em Frente!.

“Os avós fingem, acomodados ou com medo de afastar a família, que acham lindo terem filhos e netos-efemérides, que costumam lembrar deles em dia das mães, natal, avós etc. Aparecem e depois somem. É bem injusto, triste, e cabe a avós, filhos e netos romperem esse comportamento repetitivo e completamente deslocado no século 21. Menos selfies e mais amor contínuo e desinteressado, please”, reclama.

O hábito de presentar avós na data, porém, ainda não pegou – para lamento do comércio. “O Dia dos Avós tem um simbolismo grande, mas do ponto de vista comercial não é significativo, não é uma data de peso para o varejo. O impacto é limitado, não chega a alterar os dados de desempenho do comércio”, afirma o superintendente institucional da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo.

“Uma das possíveis razões é que se trata de uma data no final do mês. Depois do dia 15, o brasileiro geralmente está com menos dinheiro, e isso se agrava em momento de crise. As principais datas comerciais são na primeira metade do mês. Black Friday e Natal são exceções, mas, por outro lado, se beneficiam das parcelas do 13º salário – e por isso são tão benéficas para o varejo”, aponta.

Solimeo também acredita que a proximidade com o Dia dos Pais, data bastante consolidada, atrapalha o viés comercial da data. “Não é fácil lançar uma data comercial, mas nada impede que ela eventualmente deslanche, a partir de investimento e planejamento bem feitos. Outra opção é mudar a data no calendário, colocando-a no começo de setembro ou de julho, por exemplo”, afirma.

A banalização comercial da data, entretanto, tem opiniões contrárias. “Presentear com flores, artesanato, desenhos, mensagens, ok. Relação humana não é relação comercial. Mamães, papais e avós devem incentivar seus filhos e netos a não serem consumistas. Amor não se compra com dinheiro. Essas datas são boas para manter a economia girando e as pessoas afundando”, afirma Ulisses Tavares.

“Abraços e beijos sinceros e espontâneos valem ouro e são os presentes que todos precisam, independente da idade. Esse é o calcanhar de Aquiles do deus-mercado. No caso, ele quer ver todos no inferno do consumo desenfreado e odeia qualquer coisa que seja de graça, como o afeto genuíno entre os familiares.”

Mas não é assim que funciona, afinal? Datas como Dia dos Namorados – no Brasil comemorado em 12 de junho – não foram obra pura e simplesmente de publicitários? E o Natal, com a onipresente figura do Papai Noel bonachão?

“O cara que desenhou ou Papai Noel do jeito que conhecemos, barba branca e roupitcha vermelha, foi o Norman Rockwell. A serviço da Coca Cola! Você vai na sede da Coca, em Atlanta, e tem Norman Rockwell para todo lado, em todas a paredes”, compara o publicitário Lusa Silvestre.

“Então, não é que o mercado se apropria das datas. O mercado (ou os publicitários, sendo mais dedo-duro) inventa as datas. É para isso que estamos lá: pra inventar demanda onde não existe. Não sei se há futuro nessa estratégia, o consumidor já identifica essas ações oportunistas.”

A professora de Marketing Mariana Munis, da Universidade Presbiteriana Mackenzie de Campinas, concorda que o consumidor está de olho. “Em tempos de tanta informação, o varejo deve tomar cuidado para que suas ações não aparentem algo fake, que force a barra, ou seja, ao escolher ações para serem efetuadas em datas comemorativas, deve-se levar em consideração a sinergia desta com o negócio”, analisa

E se presente não parece ter vez na data, como fica aquela história de que na casa dos avós criança pode tudo? “Os avós já criaram os filhos que, agora, por preguiça ou falta de tempo, deixam os próprios filhos no pseudoparaíso que é a casa dos avós. Onde tudo pode e todos os desejos das crianças são realizados. Só que esse paraíso vira um inferno para os avós, exatamente porque estão em um momento da vida em que precisam de ordem, energia e tempo livre para eles mesmos”, aponta Tavares.

“Avós precisam ver respeitados seus limites, necessidades, interesses e privacidade. E os netinhos também. Nos tempos atuais, na casa dos avós pode ter muito amor, carinho, mimos, mas sem bagunçar e virar tudo de pernas para o ar.”

*Por Edison Veiga
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*Fonte: bbc-brasil

Etarismo: o que é e como se manifesta o preconceito contra pessoas mais velhas

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 13% da população brasileira tem mais de 60 anos de idade. Os mesmos dados apontam que em 2031, o país será formado por mais idosos do que crianças. Apesar dessa previsão e da atual parcela de pessoas nessa faixa etária já ser significativa, o etarismo ainda é um tema pouco discutido no Brasil.

Pensando nisso, respondemos abaixo as principais dúvidas sobre o assunto, que deveria ser tratado com mais consciência e cuidado pela sociedade.

O que é etarismo?

Etarismo é o preconceito contra pessoas idosas. No geral, ele se refere a uma forma de discriminar o outro tomando como base estereótipos associados à idade, mas afeta principalmente quem já é mais velho. Também pode ser chamado de ageísmo, um aportuguesamento de “ageism”, expressão criada pelo gerontologista Robert Butler em 1969.

Discutido desde a década de 1960 nos Estados Unidos, o termo teve seu uso reformulado por Erdman Palmore em 1999. No Brasil, apesar de ser um assunto pouco conhecido, o etarismo costuma ser praticado contra pessoas que nem idosas são consideradas ainda. Segundo um relatório realizado pela Organização Mundial da Saúde com mais de 80 mil pessoas de 57 países, 16,8% dos brasileiros acima dos 50 anos já se sentiram discriminados por estarem envelhecendo.

O etarismo pode se manifestar de muitas formas, desde práticas individuais até institucionais. E todas elas tendem a acontecer mais intensamente “em sistemas onde a sociedade aceita a desigualdade social”, é o que diz Vania Herédia, presidente do departamento de gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Na maioria das vezes, o preconceito assume uma roupagem sutil. Um exemplo é quando idosos escutam, em tom de “brincadeira”, comentários como “Você está velho demais para isso”. Empresas que não contratam novos funcionários com mais de 45 anos ou que obrigam pessoas a partir de determinada idade a se aposentar, mesmo que isso não seja do interesse delas, também são casos de etarism

Um tipo de prática etarista menos comentada é a benevolente. Ela é praticada quando o idoso é infantilizado pelos membros da família, que parecem estar somente sendo gentis. O comportamento é problemático porque, por trás de um suposto cuidado, existe a ideia de que a pessoa não possui mais discernimento próprio.

“Um exemplo é quando eu proíbo a minha mãe, idosa, de assistir ao jornal na televisão, por considerar “violento demais” para ela. Outro é quando o idoso vai ao médico e só o cuidador se manifesta: todos os sintomas são descritos por outra pessoa e o idoso nem é questionado”, comenta a psicóloga Fran Winandy.

Quais são os efeitos do etarismo sobre as vítimas?

A discriminação etária causa diversos problemas para suas vítimas a longo prazo. A saúde mental costuma ser uma das áreas mais abaladas. Idosos que são constantemente desrespeitados, tratados com desprezo, agredidos ou humilhados têm mais chances de desenvolver baixa autoestima, tendências ao isolamento e depressão

Como contribui para piorar a saúde geral da pessoa, o etarismo também está relacionado à morte precoce. Idosos discriminados tendem a adotar um comportamento de risco, se alimentando mal, exagerando na bebida alcoólica e no cigarro. Dessa forma, a inexistência de hábitos saudáveis provoca uma queda na qualidade de vida.

Mas não para por aí. Práticas etaristas ainda estão associadas ao surgimento de distúrbios crônicos. As vítimas desse tipo de discriminação podem desenvolver como consequência doenças cardiovasculares e cognitivas, tendo maior risco de sofrer com atrite ou demência, por exemplo.

O acesso à saúde também é afetado pelo etarismo. Diversos hospitais e instituições médicas consideram a idade dos pacientes para decidir se eles devem ou não receber determinados tratamentos. De acordo com a segunda edição da Pesquisa Idosos no Brasil, organizada pelo Sesc São Paulo e pela Fundação Perseu Abramo, 18% dos idosos entrevistados disseram que já foram discriminados ou maltratados em um serviço de saúde.

Por que o etarismo acontece?

A discriminação etária ocorre porque idosos estão associados a estereótipos negativos. Envelhecer, apesar de ser um processo natural, é visto como algo ruim pela sociedade, que o trata como sinônimo de tristeza, incapacidade, dependência e senilidade.

“O envelhecimento é um processo inexorável e traz desgastes naturais. E isso é interpretado erroneamente como um estado global de fragilidade e perda de independência e autonomia. É importante frisar que o envelhecimento varia de pessoa para pessoa e os idosos não são todos iguais”, afirma Ana Laura Medeiros, geriatra do Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em entrevista para o UOL.

O fato de grande parte dos idosos não trabalharem mais também pode contribuir para uma visão negativa dessa fase da vida. “No capitalismo, o idoso pode perder seu valor porque não está no mercado de trabalho, gerando renda. Mas é fundamental não se apegar aos rótulos e à naturalização do preconceito”, explica Alexandre da Silva, gerontólogo e professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí.

É preciso entender desde a infância que o envelhecimento é um processo natural.

Para combater o etarismo, é necessário, começando dentro da própria casa, atualizar a interpretação preconceituosa enraizada pela sociedade do que significa envelhecer. “As crianças precisam compreender o processo de velhice, que faz parte da vida, e a necessidade do respeito. É preciso promover o conhecimento sobre o envelhecimento e aumentar ações para inseri-los na sociedade”, conclui Medeiros.

É importante pontuar que qualquer prática discriminatória, agressão física ou verbal pode ser denunciada para o Estatuto do Idoso. Os culpados podem ser punidos com multa ou reclusão.

*Por Roanna Azevedo
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*Fonte: hypeness

Caminhar todos os dias ajuda idosos a envelhecerem melhor

Separar um tempo para “dar uma voltinha” diariamente pode ajudar idosos a envelhecerem melhor — mesmo que essa caminhada não chegue a ser um exercício físico. Pelo menos é isso que mostra um estudo norte-americano realizado com mais de 140 mil pessoas.

De acordo com os resultados, mesmo que os voluntários não se exercitassem de fato, os que andavam um pouquinho todos os dias (cerca de 2 horas por semana) tinham a saúde melhor e permaneceram vivos por mais tempo. Na realidade, 26% dos idosos que não possuiam esse hábito tiveram mais chances de morrer.

Os estudos em relação ao benefício das caminhadas permaneceram sólidos mesmo após os pesquisadores considerarem fatores como o tabagismo, a obesidade, as condições crônicas (incluindo diabetes) e o tempo gasto sentado.

Para os especialistas, a pesquisa mostra que médicos “devem encorajar os pacientes a caminhar, mesmo que seja menos do que a quantidade recomendada, especialmente à medida que envelhecem, para a saúde e a longevidade”, escreveram no American Journal of Preventive Medicine. “A caminhada foi descrita como o ‘exercício perfeito’ porque é uma ação simples, gratuita, conveniente, não requer nenhum equipamento especial ou treinamento, e pode ser feita em qualquer idade”, argumentam.

A análise também revelou que andar por um período de tempo maior estava associado a ainda mais benefícios. Aqueles que caminharam de 2,5 a 5 horas por semana eram 20% menos propensos a morrer, 30% menos probabilidades de morrer de doenças respiratórias e 9% menos chances de morrer de câncer, durante o período de estudo, em comparação com aqueles que caminharam por menos de 2 horas por semana.

“Este estudo mostra que o envolvimento com a caminhada está associado ao aumento da longevidade e tem potencial para melhorar significativamente a saúde pública”, relatam os cientistas.

(Com informações de Live Science.)
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*Fonte: revistagalileu

Esse remédio reverteu o declínio mental da idade avançada em dias

Apenas algumas doses de um medicamento experimental podem reverter o declínio relacionados à idade na memória e flexibilidade mental em ratos, de acordo com um novo estudo realizado por cientistas da UC San Francisco. A droga, chamada ISRIB, já foi demonstrada em estudos de laboratório para restaurar a função da memória meses após o traumatismo cranioencefálico (TCE), reverter deficiências cognitivas na Síndrome de Down, prevenir perda auditiva relacionada ao ruído, combater certos tipos de câncer de próstata e até melhorar cognição em animais saudáveis.

No novo estudo, publicado em 1º de dezembro de 2020 na revista de acesso aberto eLife, os pesquisadores mostraram uma rápida restauração das habilidades cognitivas da juventude em ratos idosos, acompanhada por um rejuvenescimento do cérebro e das células imunológicas que podem ajudar a explicar as melhorias na função cerebral, reportou Medial X Press.

“Os efeitos extremamente rápidos do ISRIB mostram pela primeira vez que um componente significativo das perdas cognitivas relacionadas à idade pode ser causado por um tipo de [bloqueio] fisiológico reversível em vez de uma degradação mais permanente”, disse Susanna Rosi, Ph.D., Lewis e Ruth Cozen Chair II e professora dos departamentos de Cirurgia Neurológica e de Fisioterapia e Ciências da Reabilitação.

“Os dados sugerem que o cérebro envelhecido não perdeu permanentemente as capacidades cognitivas essenciais, como era comumente assumido, mas sim que esses recursos cognitivos ainda estão lá, mas de alguma forma foram bloqueados, presos por um ciclo vicioso de estresse celular”, acrescentou Peter Walter, Ph.D., professor do Departamento de Bioquímica e Biofísica da UCSF e investigador do Howard Hughes Medical Institute. “Nosso trabalho com o ISRIB demonstra uma maneira de quebrar esse ciclo e restaurar as habilidades cognitivas que foram bloqueadas com o tempo.”

A retomada da produção de proteína celular pode ser a chave para resolver o envelhecimento e outras doenças?

Walter ganhou vários prêmios científicos, incluindo os prêmios Breakthrough, Lasker e Shaw, por seus estudos de décadas de respostas ao estresse celular. ISRIB, descoberto em 2013 no laboratório de Walter, funciona reiniciando o maquinário de produção de proteína das células após ser estrangulado por uma dessas respostas de estresse; um mecanismo de controle de qualidade celular denominado resposta de estresse integrado – REI (ISR, na sigla em inglês; ISRIB significa ISR InhiBitor, ou seja, inibidor de REI).

A REI normalmente detecta problemas com a produção de proteínas em uma célula – um sinal potencial de infecção viral ou mutações genéticas promotoras de câncer – e responde travando a maquinaria de síntese de proteínas da célula. Esse mecanismo de segurança é fundamental para eliminar células com comportamento inadequado, mas se ficar preso em um tecido como o cérebro, pode levar a problemas sérios, pois as células perdem a capacidade de realizar suas atividades normais, Walter e seus colegas descobriram.

Em particular, estudos recentes com animais por Walter e Rosi, possibilitados pelo apoio filantrópico inicial da Rogers Family Foundation, levaram a ativação crônica de REI nos déficits cognitivos e comportamentais persistentes observados em pacientes após TCE, mostrando que, em ratos, tratamento comISRIB o pode rapidamente reiniciar o REI e restaurar a função cerebral normal quase de um dia para o outro.

Os déficits cognitivos em pacientes com TCE são frequentemente comparados ao envelhecimento prematuro, o que levou Rosi e Walter a se perguntar se o REI também poderia estar subjacente ao declínio cognitivo puramente relacionado à idade. O envelhecimento é conhecido por comprometer a produção de proteína celular em todo o corpo, à medida que os adventos da vida se acumulam e fatores estressantes como a inflamação crônica se desgastam as células, podendo levar à ativação generalizada do REI.

“Vimos como o ISRIB restaura a cognição em animais com lesão cerebral traumática, o que em muitos aspectos é como uma versão acelerada do declínio cognitivo relacionado à idade”, disse Rosi, que é diretora de pesquisa neurocognitiva no UCSF Brain and Spinal Injury Center e membro do UCSF Weill Institute for Neurosciences. “Pode parecer uma ideia maluca, mas perguntar se a droga poderia reverter os sintomas do próprio envelhecimento foi apenas um próximo passo lógico.”

ISRIB melhora a cognição, aumenta a função neuronal e das células imunológicas

No novo estudo, pesquisadores liderados por Karen Krukowski, Ph.D., treinaram animais idosos para escapar de um labirinto aquático, encontrando uma plataforma escondida, uma tarefa que normalmente é difícil para animais mais velhos aprenderem. Mas os animais que receberam pequenas doses diárias de ISRIB durante o processo de treinamento de três dias foram capazes de realizar a tarefa tão bem quanto os ratos jovens, muito melhor do que os animais da mesma idade que não receberam a droga.

Os pesquisadores então testaram quanto tempo esse rejuvenescimento cognitivo durou e se ele poderia generalizar para outras habilidades cognitivas. Várias semanas após o tratamento inicial com ISRIB, eles treinaram os mesmos ratos para encontrar o caminho para sair de um labirinto cuja saída mudava diariamente; um teste de flexibilidade mental para ratos idosos que, como humanos, tendem a ficar cada vez mais presos em seus hábitos. Os camundongos que receberam um breve tratamento com ISRIB três semanas antes ainda tiveram um desempenho jovem, enquanto os camundongos não tratados continuaram a ter dificuldades.

Para entender como o ISRIB pode estar melhorando a função cerebral, a pesquisa estudou a atividade e a anatomia das células do hipocampo, uma região do cérebro com papel fundamental no aprendizado e na memória, apenas um dia depois de administrar aos animais uma única dose de ISRIB. Eles descobriram que as assinaturas comuns do envelhecimento neuronal desapareceram literalmente da noite para o dia: a atividade elétrica dos neurônios tornou-se mais ágil e responsiva à estimulação, e as células mostraram uma conectividade mais robusta com as células ao seu redor, ao mesmo tempo que mostravam a capacidade de formar conexões estáveis ​​umas com as outras, geralmente vistas apenas em ratos mais jovens.

Os pesquisadores estão continuando a estudar exatamente como a REI perturba a cognição no envelhecimento e outras condições e a entender por quanto tempo os benefícios cognitivos do ISRIB podem durar. Entre outros quebra-cabeças levantados pelas novas descobertas está a descoberta de que o ISRIB também altera a função das células T do sistema imunológico, que também são propensas a disfunções relacionadas à idade. As descobertas sugerem outro caminho pelo qual a droga pode melhorar a cognição em animais idosos e pode ter implicações para doenças de Alzheimer a diabetes, que têm sido associadas ao aumento da inflamação causada por um sistema imunológico em envelhecimento.

“Isso foi muito emocionante para mim porque sabemos que o envelhecimento tem um efeito profundo e persistente sobre as células T e que essas mudanças podem afetar a função cerebral no hipocampo”, disse Rosi. “No momento, esta é apenas uma observação interessante, mas nos dá um conjunto muito interessante de quebra-cabeças biológicos para resolver.

ISRIB pode ter implicações de amplo alcance para doenças neurológicas

A ativação de REI crônica e o bloqueio resultante da produção de proteína celular podem desempenhar um papel em uma grande surpreendentemente gama de condições neurológicas. Abaixo está uma lista parcial dessas condições, com base em uma revisão recente de Walter e seu colega Mauro Costa-Mattioli do Baylor College of Medicine, que poderiam ser potencialmente tratadas com um agente redefinidor de ISR como o ISRIB:

Demência frontotemporal
Doença de Alzheimer
Esclerose Lateral Amiotrófica (ALS)
Declínio Cognitivo Relacionado à Idade
Esclerose múltipla
Traumatismo crâniano
Mal de Parkinson
Síndrome de Down
Desaparecimento da matéria branca
Doença de Príon

O ISRIB foi licenciado pela Calico, uma empresa de San Francisco, Califórnia, que explora a biologia do envelhecimento, e a ideia de direcionar o REI para tratar doenças foi adotada por outras empresas farmacêuticas, diz Walter.

Pode-se pensar que interferir com o REI, um mecanismo crítico de segurança celular, certamente causaria efeitos colaterais graves, mas até agora, em todos os seus estudos, os pesquisadores não observaram nenhum. Isso provavelmente se deve a dois fatores, diz Walter. Primeiro, são necessárias apenas algumas doses de ISRIB para redefinir a ativação de REI crônica e não saudável de volta a um estado mais saudável, após o qual ainda pode responder normalmente a problemas em células individuais. Em segundo lugar, o ISRIB virtualmente não tem efeito quando aplicado a células que empregam ativamente o REI em sua forma mais poderosa: contra uma infecção viral agressiva, por exemplo.

Naturalmente, esses dois fatores tornam a molécula muito menos provável de ter efeitos colaterais negativos e mais atraente como um potencial terapêutico. De acordo com Walter: “Quase parece bom demais para ser verdade, mas com o ISRIB, parece que atingimos o ponto ideal para manipular o REI com uma janela terapêutica ideal. [Medial X Press]

*Por Marcelo Ribeiro

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*Fonte: hypeness

Idosos conseguem gerar novas células cerebrais igual a pessoas jovens, revela estudo

Pesquisadores mostram pela primeira vez que homens e mulheres idosos saudáveis podem gerar tantas novas células cerebrais quanto pessoas mais jovens. Há controvérsias acerca se humanos adultos desenvolvem novos neurônios, e algumas pesquisas já haviam…

Pesquisadores mostram pela primeira vez que homens e mulheres idosos saudáveis podem gerar tantas novas células cerebrais quanto pessoas mais jovens.

Há controvérsias acerca se humanos adultos desenvolvem novos neurônios, e algumas pesquisas já haviam sugerido que o cérebro adulto era conectado e que os idosos não desenvolviam novos neurônios. Este estudo, publicado na revista Cell Stem Cell em 5 de abril, contraria essa noção. A autora principal, Maura Boldrini, professora associada de neurobiologia da Universidade de Columbia, diz que as descobertas podem sugerir que muitos idosos permanecem mais cognitiva e emocionalmente intactos do que comumente se acreditava.

“Descobrimos que as pessoas mais velhas têm capacidade semelhante para produzir milhares de novos neurônios do hipocampo a partir de células progenitoras, como fazem as pessoas mais jovens”, diz Boldrini. “Nós também encontramos volumes equivalentes do hipocampo (uma estrutura do cérebro usada para emoção e cognição) através das idades. No entanto, os indivíduos mais velhos tiveram menos vascularização e talvez menos habilidade de novos neurônios para fazer conexões”.

Os pesquisadores fizeram autopsia de hipocampos de 28 indivíduos previamente saudáveis, com idades entre 14 e 79 anos, que haviam morrido subitamente. Esta é a primeira vez que os pesquisadores examinaram os neurônios recém-formados e o estado dos vasos sanguíneos dentro do hipocampo humano logo após a morte. (Os pesquisadores determinaram que os sujeitos do estudo não tinham problemas cognitivos e não sofriam de depressão ou tomavam antidepressivos, algo que Boldrini e seus colegas haviam percebido anteriormente que poderiam afetar a produção de novas células cerebrais.)

Em roedores e primatas, a capacidade de gerar novas células hipocampais diminui com a idade. A produção em declínio de neurônios e um encolhimento total do giro dentado, parte do hipocampo que pensa-se ser o responsável de ajudar a formar novas memórias episódicas, também ocorreram em humanos envelhecidos.

Os pesquisadores da Universidade de Columbia e do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova York descobriram que até os cérebros mais antigos que eles estudaram produziram novas células cerebrais. “Encontramos um número similar de progenitores neurais intermediários e milhares de neurônios imaturos”, escreveram eles. No entanto, os indivíduos mais velhos formam menos vasos sanguíneos novos dentro das estruturas cerebrais e possuem um armazenamento menor de células progenitoras – descendentes de células-tronco que são mais restritas em sua capacidade de se diferenciar e se auto-renovar.

Boldrini supôs que a redução da capacidade de recuperação cognitivo-emocional na velhice pode ser causada por esse pequeno grupo de células-tronco neurais, pelo declínio na vascularização e pela redução da conectividade célula-célula dentro do hipocampo. “É possível que a neurogênese do hipocampo em curso sustente a função cognitiva específica do ser humano ao longo da vida e que o declínio possa estar vinculado à resiliência cognitivo-emocional comprometida”, diz ela.

Boldrini diz que pesquisas futuras sobre o envelhecimento cerebral continuarão a explorar como a proliferação, a maturação e a sobrevivência das células neurais são reguladas por hormônios, fatores de transcrição e outras vias intercelulares.

 

 

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*Fonte: socientifica

A pobreza espiritual de uma sociedade que minimiza a morte de seus idosos

Em tempos de pânico, parece que tudo vale para exorcizar o medo. Um dos mantras que alguns governos (sem alma) e a mídia (desinformada) repetiram sob diferentes fórmulas – algumas no nível subliminar – para tentar acalmar a população quando o vírus ainda não era generalizado é: não se preocupe, isso o coronavírus mata apenas os idosos!

Mas esse “único” dói na alma. Dói aqueles que têm idosos ao seu lado e aqueles que têm um mínimo de sensibilidade. Porque a grandeza de uma sociedade é medida pela maneira como trata seus idosos. E uma sociedade que transforma seus idosos em pedaços dispensáveis ​​perdeu todos os seus pontos cardeais.

A sociedade que venera o corpo condena-se ao declínio da alma

Nas culturas “primitivas”, os idosos desfrutavam de consideração especial porque eram considerados reservatórios de grande sabedoria e conhecimento. O declínio começou na Grécia antiga e só piorou desde então, sofrendo uma verdadeira queda livre nas últimas décadas. O culto ao corpo promovido na época continuou inexoravelmente seu curso. Mas uma sociedade que reverencia o corpo é incapaz de ver além das aparências.

Uma sociedade que venera o superficial condena-se ao declínio da alma. Essa sociedade empurra cada vez mais pessoas para se preocupar – e se assustar – com suas rugas, jogando-as nos braços do crescente negócio de cirurgia plástica.

Essas pessoas realmente não fogem de suas rugas, mas do que elas significam. Porque eles entendem, nos recantos mais profundos de seu ser, que essas rugas são o começo de uma condenação ao ostracismo. E se há algo pior do que olhar para as rugas no espelho, é saber que você não conta mais porque ao longo da vida recebeu mensagens sutis – e às vezes não tão sutis – que os idosos não importam.

O que damos hoje aos idosos é o que receberemos amanhã

A sociedade que minimiza a morte dos idosos esqueceu que foi construída por aqueles idosos, aqueles que hoje se tornaram um número que olhamos com certo estupor e à distância, sentindo falsamente certeza de que não vamos tocar. Nós. Foram esses anciãos que lutaram por muitas das liberdades que desfrutamos hoje. Aqueles que pegaram os pedaços de sucata de muitas famílias durante a crise e os que agora cuidam de seus netos – embora isso possa significar uma sentença de morte – porque suas aulas foram suspensas.

Portanto, mesmo que seja a lei da vida que os idosos nos abandonem primeiro, não posso deixar de estremecer aqueles idosos que ninguém leva em consideração. Para os meus idosos. E também sozinho. Porque todos atingimos a velhice, incluindo aqueles que hoje se orgulham de juventude e extraem músculos da imunidade. E, embora seja verdade que a morte de crianças e jovens está se movendo, isso não nos dá o direito de minimizar a perda daqueles que viveram mais tempo. Toda vida conta. Esquecer sobre isso nos entorpece e perigosamente nos aproxima da sociedade distópica que Lois Lowry desenhou .

Portanto, não posso deixar de estremecer ao pensar que moro em uma sociedade que parece se importar mais com slogans e economia do que com vidas. Numa sociedade em que o progresso é medido em termos de PIB e tecnologia, em vez de falar sobre bem-estar e saúde para todos e cada um de seus membros.

É por isso que também encontro o calafrio com o qual se diz que o “apenas” coronavírus afeta seriamente os idosos – quase verdade porque os jovens e as saudáveis ​​também morrem, como indicado pelo maior estudo realizado até agora – e as com patologias anteriores, embora sob o guarda-chuva de “patologias anteriores” não oculte doenças terríveis, mas problemas tão comuns quanto hipertensão e diabetes – como o próprio Ministério da Saúde reconheceu. E na Espanha, 16,5 milhões de pessoas sofrem de hipertensão, segundo a Sociedade Espanhola de Cardiologia e 5,3 milhões têm diabetes, segundo a Fundação Diabetes. E eles não são todos velhos.

Isso significa que essa luta pertence a todos. E não é uma luta pela sobrevivência individual, mas pela sobrevivência coletiva. Pela sobrevivência dos grupos mais vulneráveis. E pela sobrevivência do que resta dos humanos em cada um de nós. Porque, embora seja verdade que, em circunstâncias extremas, a pior das pessoas vem à tona, o melhor que temos lá dentro também vem à tona. A decisão é nossa.

Então hoje eu levanto minha voz para os idosos. Para aqueles velhos que não podem levantá-lo. Porque eles não podem. Ou porque eles não querem. Ou talvez porque tenham a sabedoria que os anos lhes dão e sabem que aprenderemos a lição, quando a vida se encarregar de colocar cada um em seu lugar.

Embora, talvez, o meu seja apenas um grito que não ecoará em uma sociedade muito endurecida e individualista que foi surda a tudo que não seja seu egoísmo narcísico.

*Por Viviane Regio

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*Fonte: sabedoriapura

Idosos montam “barraquinha” para distribuir bom humor e conselhos grátis

Vizinhos entediados se reúnem todo fim de semana em uma mesa de discussões onde oferecem conselhos grátis a qualquer um que passe por ali.

Um grupo de idosos se reuniram em Utah, nos Estados Unidos, e montaram uma “barraquinha de conselhos grátis”. Era dia de uma exposição de agricultores da cidade de Salt Lake City e muitos curiosos apareceram para pedir conselhos.

Com o slogan “provavelmente é um conselho ruim, mas é grátis”, muita gente foi atraída até a mesa dos “Old Coots Giving Advice (OCGA)” para conversar e bater um papo.

A ideia foi de Tony Caputo, membro da OCGA que pensou que os velhinhos entediados da comunidade iriam adorar prover alguns conselhos aos jovens, sem julgá-los. Como os idosos não conhecem pessoalmente as pessoas com quem estão falando, acabam oferecendo conselhos imparciais.

Espaço decididamente aberto para conselhos, discussões e piadas, na mesa dos Coots só não se pode falar de política e religião.

Dentre os “aconselhadores profissionais” estão um pediatra aposentado de 75 anos; um professor aposentado do ensino fundamental de 67 anos; um homem de negócios de 73 anos; um ex-gerente de RH de 69 anos e uma ex-jornalista de 70 anos.

Talvez por isso mesmo a barraquinha de conselhos grátis seja a atração mais disputada da feira, que acontece todos os sábados. Os idosos afirmam que o assunto mais comum à mesa, disparado, é o amor. Em um mundo com cada vez menos contato físico, nós precisamos concordar que nem tudo o Google é capaz de responder, não é mesmo?

 

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*Fontes: fasdapsicanalise

Idosos são mais propensos a espalhar notícias falsas, diz estudo

Um estudo apontou que pessoas com mais de 65 anos são mais propensas a divulgar na internet notícias falsas, também chamadas de “fake news”.

O artigo – assinado por Andrew Guess, da Universidade Princeton, e Jonathan Nagler e Joshua Tucker, da Universidade de Nova York (NYU), ambas nos EUA – foi publicado pela revista científica Science Advances na última quarta-feira (9). Nele, os autores analisaram as publicações de um grupo de usuários do Facebook durante a campanha presidencial americana, em 2016.

A pesquisa concluiu que, de forma geral, o “compartilhamento de artigos de sites de notícias falsas foi uma atividade rara”. “A ampla maioria dos usuários do Facebook no nosso banco de dados (91,5%) não divulgou nenhum artigo de portais de notícias falsas em 2016”, dizem os autores.

Três casos de fake news que geraram guerras e conflitos ao redor do mundo
Um Brasil dividido e movido a notícias falsas: uma semana dentro de 272 grupos políticos no WhatsApp

Mas o estudo identificou que os usuários na faixa etária mais velha, acima dos 65 anos, compartilharam sete vezes mais artigos de portais de notícias falsas do que o grupo etário mais jovem (18 a 29 anos).

Dentre os que divulgaram notícias falsas, havia mais eleitores do Partido Republicano (38 usuários) – grupo político do presidente Donald Trump – do que do Partido Democrata (17). Ao todo 18,1% dos eleitores republicanos analisados pelo estudo divulgaram notícias falsas, ante 3,5% dos eleitores democratas.

Para definir quais sites eram difusores de “fake news”, os autores se basearam em listas de acadêmicos e jornalistas, entre os quais uma elaborada pelo jornalista Craig Silverman, do portal BuzzFeed.
Influência de “fake news” em eleições

A eleição de Trump – assim como a de Jair Bolsonaro (PSL) no Brasil – foi marcada por discussões sobre a possível influência das chamadas “fake news” – conteúdos falsos divulgados como se fossem notícias verdadeiras, muitas vezes para gerar receitas publicitárias.

Alguns analistas afirmaram que esses conteúdos tiveram um impacto que pode ter afetado o resultado eleitoral nos EUA em 2016. Os autores do artigo dizem, porém, que estudos indicam que esses argumentos “são exagerados”.

A pesquisa afirma ainda que as pessoas que compartilhavam mais notícias eram em geral menos propensas a divulgar conteúdos falsos. “Esses dados são consistentes com a hipótese de que pessoas que compartilham muitos links têm mais familiaridade com o que elas estão vendo e são mais aptas a distinguir notícias falsas de notícias reais”, diz o estudo.

Os autores apontam, porém, que não foi possível descobrir se os participantes sabiam que estavam divulgando notícias falsas.

Os pesquisadores dizem também que os achados indicam que questões demográficas devem ser mais enfocadas em pesquisas sobre o comportamento político, conforme a população americana envelhece e a tecnologia muda com grande velocidade.

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*Fonte: bbc-brasil

Idosos órfãos de filhos vivos são os novos desvalidos do século XXI

Por Ana Fraiman, Mestre em Psicologia Social pela USP

Atenção e carinho estão para a alegria da alma, como o ar que respiramos está para a saúde do corpo. Nestas últimas décadas surgiu uma geração de pais sem filhos presentes, por força de uma cultura de independência e autonomia levada ao extremo, que impacta negativamente no modo de vida de toda a família. Muitos filhos adultos ficam irritados por precisarem acompanhar os pais idosos ao médico, aos laboratórios. Irritam-se pelo seu andar mais lento e suas dificuldades de se organizar no tempo, sua incapacidade crescente de serem ágeis nos gestos e decisões

A ordem era essa: em busca de melhores oportunidades, vinham para as cidades os filhos mais crescidos e não necessariamente os mais fortes, que logo traziam seus irmãos, que logo traziam seus pais e moravam todos sob um mesmo teto, até que a vida e o trabalho duro e honesto lhes propiciassem melhores condições. Este senhor, com olhos sonhadores, rememorava com saudade os tempos em que cavavam buracos nas terras e ali dormiam, cheios de sonho que lhes fortalecia os músculos cansados. Não importava dormir ao relento. Cediam ao cansaço sob a luz das estrelas e das esperanças.

A evasão dos mais jovens em busca de recursos de sobrevivência e de desenvolvimento, sempre ocorreu. Trabalho, estudos, fugas das guerras e perseguições, a seca e a fome brutal, desde que o mundo é mundo pressionou os jovens a abandonarem o lar paterno. Também os jovens fugiram da violência e brutalidade de seus pais ignorantes e de mau gênio. Nada disso, porém, era vivido como abandono: era rompimento nos casos mais drásticos. Era separação vivida como intervalo, breve ou tornado definitivo, caso a vida não lhes concedesse condição futura de reencontro, de reunião.

Separação e responsabilidade

Assim como os pais deixavam e, ainda deixam seus filhos em mãos de outros familiares, ao partirem em busca de melhores condições de vida, de trabalho e estudos, houve filhos que se separaram de seus pais. Em geral, porém, isso não é percebido como abandono emocional. Não há descaso nem esquecimento. Os filhos que partem e partiam, também assumiam responsabilidades pesadas de ampará-los e aos irmãos mais jovens. Gratidão e retorno, em forma de cuidados ainda que à distância. Mesmo quando um filho não está presente na vida de seus pais, sua voz ao telefone, agora enviada pelas modernas tecnologias e, com ela as imagens nas telinhas, carrega a melodia do afeto, da saudade e da genuína preocupação. E os mais velhos nutrem seus corações e curam as feridas de suas almas, por que se sentem amados e podem abençoá-los. Nos tempos de hoje, porém, dentro de um espectro social muito amplo e profundo, os abandonos e as distâncias não ocupam mais do que algumas quadras ou quilômetros que podem ser vencidos em poucas horas. Nasceu uma geração de ‘pais órfãos de filhos’. Pais órfãos que não se negam a prestar ajuda financeira. Pais mais velhos que sustentam os netos nas escolas e pagam viagens de estudo fora do país. Pais que cedem seus créditos consignados para filhos contraírem dívidas em seus honrados nomes, que lhes antecipam herança. Mas que não têm assento à vida familiar dos mais jovens, seus próprios filhos e netos, em razão – talvez, não diretamente de seu desinteresse, nem de sua falta de tempo – mas da crença de que seus pais se bastam.

Este estilo de vida, nos dias comuns, que não inclui conversa amena e exclui a ‘presença a troco de nada, só para ficar junto’, dificulta ou, mesmo, impede o compartilhar de valores e interesses por parte dos membros de uma família na atualidade, resulta de uma cultura baseada na afirmação das individualidades e na política familiar focada nos mais jovens, nos que tomam decisões ego-centradas e na alta velocidade: tudo muito veloz, tudo fugaz, tudo incerto e instável. Vida líquida, como diz Zygmunt Bauman, sociólogo polonês. Instalou-se e aprofundou-se nos pais, nem tão velhos assim, o sentimento de abandono. E de desespero. O universo de relacionamento nas sociedades líquidas assegura a insegurança permanente e monta uma armadilha em que redes sociais são suficientes para gerar controle e sentimento de pertença. Não passam, porém de ilusões que mascaram as distâncias interpessoais que se acentuam e que esvaziam de afeto, mesmo aquelas que são primordiais: entre pais e filhos e entre irmãos. O desespero calado dos pais desvalidos, órfãos de quem lhes asseguraria conforto emocional e, quiçá material, não faz parte de uma genuína renúncia da parte destes pais, que ‘não querem incomodar ninguém’, uma falsa racionalidade – e é para isso que se prestam as racionalizações – que abala a saúde, a segurança pessoal, o senso de pertença. É do medo de perder o pouco que seus filhos lhes concedem em termos de atenção e presença afetuosa. O primado da ‘falta de tempo’ torna muito difícil viver um dia a dia em que a pessoa está sujeita ao pânico de não ter com quem contar.

A irritação por precisar mudar alguns hábitos. Muitos filhos adultos ficam irritados por precisarem acompanhar os pais idosos ao médico, aos laboratórios. Irritam-se pelo seu andar mais lento e suas dificuldades de se organizar no tempo, sua incapacidade crescente de serem ágeis nos gestos e decisões. Desde os poucos minutos dos sinais luminosos para se atravessar uma rua, até as grandes filas nos supermercados, a dificuldade de caminhar por calçadas quebradas e a hesitação ao digitar uma senha de computador, qualquer coisa que tire o adulto de seu tempo de trabalho e do seu lazer, ao acompanhar os pais, é causa de irritação. Inclusive por que o próprio lazer, igualmente, é executado com horário marcado e em espaço determinado. Nas salas de espera veem-se os idosos calados e seus filhos entretidos nos seus jornais, revistas, tablets e celulares. Vive-se uma vida velocíssima, em que quase todo o tempo do simples existir deve ser vertido para tempo útil, entendendo-se tempo útil como aquele que também é investido nas redes sociais. Enquanto isso, para os mais velhos o relógio gira mais lento, à medida que percebem, eles próprios, irem passando pelo tempo. O tempo para estar parado, o tempo da fruição está limitado. Os adultos correm para diminuir suas ansiosas marchas em aulas de meditação. Os mais velhos têm tempo sobrante para escutar os outros, ou para lerem seus livros, a Bíblia, tudo aquilo que possa requerer reflexão. Ou somente uma leve distração. Os idosos leem o de que gostam. Adultos devoram artigos, revistas e informações sobre o seu trabalho, em suas hiper especializações. Têm que estar a par de tudo just in time – o que não significa exatamente saber, posto que existe grande diferença entre saber e tomar conhecimento. Já, os mais velhos querem mais é se livrar do excesso de conhecimento e manter suas mentes mais abertas e em repouso. Ou, então, focadas naquilo que realmente lhes faz bem como pessoa. Restam poucos interesses em comum a compartilhar. Idosos precisam de tempo para fazer nada e, simplesmente recordar. Idosos apreciam prosear. Adultos têm necessidade de dizer e de contar. A prosa poética e contemplativa ausentou-se do seu dia a dia. Ela não é útil, não produz resultados palpáveis.

A dificuldade de reconhecer a falta que o outro faz.

Do prisma dos relacionamentos afetivos e dos compromissos existenciais, todas as gerações têm medo de confessar o quanto o outro faz falta em suas vidas, como se isso fraqueza fosse. Montou-se, coletivamente, uma enorme e terrível armadilha existencial, como se ninguém mais precisasse de ninguém. A família nuclear é muito ameaçadora. para o conforto, segurança e bem-estar: um número grande de filhos não mais é bemvindo, pais longevos não são bem tolerados e tudo isso custa muito caro, financeira, material e psicologicamente falando. Sobrevieram a solidão e o medo permanente que impregnam a cultura utilitarista, que transformou as relações humanas em transações comerciais. As pessoas se enxergam como recursos ou clientes. Pais em desespero tentam comprar o amor dos filhos e temem os ataques e abandono de clientes descontentes. Mas, carinho de filho não se compra, assim como ausência de pai e mãe não se compensa com presentes, dinheiro e silêncio sobre as dores profundas as gerações em conflito se infringem. Por vezes a estratégia de condutas desviantes dão certo, para os adolescentes conseguirem trazer seus pais para mais perto, enquanto os mais idosos caem doentes, necessitando – objetivamente – de cuidados especiais. Tudo isso, porém, tem um altíssimo custo. Diálogo? Só existe o verdadeiro diálogo entre aqueles que não comungam das mesmas crenças e valores, que são efetivamente diferentes. Conversar, trocar ideias não é dialogar. Dialogar é abrir-se para o outro. É experiência delicada e profunda de auto revelação. Dialogar requer tempo, ambiente e clima, para que se realizem escutas autênticas e para que sejam afastadas as mútuas projeções. O que sabem, pais e filhos, sobre as noites insones de uns e de outros? O que conversam eles sobre os receios, inseguranças e solidão? E sobre os novos amores? Cada geração se encerra dentro de si própria e age como se tudo estivesse certo e correto, quando isso não é verdade.

A dificuldade de reconhecer limites característicos do envelhecimento dos pais. Este é o modelo que se pode identificar. Muito mais grave seria não ter modelo. A questão é que as dores são tão mascaradas, profundas e bem alimentadas pelas novas tecnologias, inclusive, que todas as gerações estão envolvidas pelo desejo exacerbado de viver fortes emoções e correr riscos desnecessários, quase que diariamente. Drogas e violência toldam a visão de consequências e sequestram as responsabilidades. Na infância e adolescência os pais devem ser responsáveis pelos seus filhos. Depois, os adultos, cada qual deve ser responsável por si próprio. Mais além, os filhos devem ser responsáveis por seus pais de mais idade. E quando não se é mais nem tão jovem e, ainda não tão idoso que se necessite de cuidados permanentes por parte dos filhos? Temos aí a geração de pais desvalidos: pais órfãos de seus filhos vivos. E estes respondem, de maneira geral, ou com negligência ou, com superproteção. Qualquer das formas caracteriza maus cuidados e violência emocional.

Na vida dos mais velhos alguns dos limites físicos e mentais vão se instalando e vão mudando com a idade. Dos pais e dos filhos. Desobrigados que foram de serem solidários aos seus pais, os filhos adultos como que se habituaram a não prestarem atenção às necessidades de seus pais, conforme envelhecem. Mantêm expectativas irrealistas e não têm pálida ideia do que é ter lutado toda uma vida para se auto afirmar, para depois passar a viver com dependências relativas e dar de frente com a grande dor da exclusão social. A começar pela perda dos postos de trabalho e, a continuar, pela enxurrada de preconceitos que se abatem sobre os idosos, nas sociedades profundamente preconceituosas e fóbicas em relação à morte e à velhice. Somente que, em vez de se flexibilizarem, uns e outros, os filhos tentam modificar seus pais, ensinando-lhes como envelhecer. Chega a ser patético. Então, eles impõem suas verdades pós-modernas e os idosos fingem acatar seus conselhos, que não foram pedidos e nem lhes cabem de fato.

De onde vem a prepotência de filhos adultos e netos adolescentes que se arrogam saber como seus pais e avós devem ser, fazer, sentir e pensar ao envelhecer? É risível o esforço das gerações mais jovens, querendo educa-los, quando o envelhecimento é uma obra social e, mais, profundamente coletiva, da qual os adultos de hoje – que justa, porém indevidamente – cultivam os valores da juventude permanente e, da velhice não fazem a mais pálida ideia. Além do que, também não têm a menor noção de como haverão eles próprios de envelhecer, uma vez que está em curso uma profunda mudança nas formas, estilos e no tempo de se viver até envelhecer naturalmente e, morrer a Boa Morte. Penso ser uma verdadeira utopia propor, neste momento crítico, mudanças definidas na interação entre pais e filhos e entre irmãos. Mudanças definidas e, de nenhuma forma definitivas, porém, um tanto mais humanas, sensíveis e confortáveis. O compartilhar é imperativo. O dialogar poderá interpor-se entre os conflitos geracionais, quem sabe atenuando-os e reafirmando a necessidade de resgatar a simplicidade dos afetos garantidos e das presenças necessárias para a segurança de todos.

Quando a solidão e o desamparo, o abandono emocional, forem reconhecidos como altamente nocivos, pela experiência e pelas autoridades médicas, em redes públicas de saúde e de comunicação, quem sabe ouviremos mais pessoas que pensam desta mesma forma, porém se auto impuseram a lei do silêncio. Por vergonha de se declararem abandonados justamente por aqueles a quem mais se dedicaram até então. É necessário aprender a enfrentar o que constitui perigo, alto risco para a saúde moral e emocional para cada faixa etária. Temos previsão de que, chegados ao ano de 2.035, no Brasil haverá mais pessoas com 55 anos ou mais de idade, do que crianças de até dez anos, em toda a população. E, com certeza, no seio das famílias. Estudos de grande envergadura em relação ao envelhecimento populacional afirmam que a população de 80 anos e mais é a que vai quadruplicar de hoje até o ano de 2.050. O diálogo, portanto, intra e intergeracional deve ensaiar seus passos desde agora. O aumento expressivo de idosos acima dos 80 anos nas políticas públicas ainda não está, nem de longe, sendo contemplado pelas autoridades competentes. As medidas a serem tomadas serão muito duras. Ninguém de nós vai ficar de fora. Como não deve permanecer fora da discussão sobre o envelhecimento populacional mundial e as estratégias para enfrentá-lo.

Para ler na integra acesse [ Aqui ]

 

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*Fonte: revistapazes

45 lições de vida, escritas por um senhor de 90 anos

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Em caso de dúvida, simplesmente dê o próximo passo.

3. A vida é curta demais pra não se aproveitar dela.

4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando estiver doente. Sua família e amigos irão.

5. Não compre coisas que não precisa.

6. Você não precisa vencer todas as discussões. Apenas se mantenha honesto consigo mesmo.

7. Chore acompanhado. É mais edificante que chorar sozinho.

8. Tudo bem ter raiva de Deus. Ele aguenta.

9. Economize para coisas que importam.

10. Quando o assunto é chocolate, resistir é inútil.

11. Faça as pazes com o passado para não cagar o presente.

12. Tudo bem se seus filhos te verem chorar.

13. Não compare sua vida com a dos outros. O caminho deles é diferente do seu.

14. Se um relacionamento precisa ser secreto, você não deveria estar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos, mas não se preocupe, Deus não pisca.

16. Respire fundo. Fazer isso acalma a mente.

17. Se livre de tudo que não for útil. Peso extra te atrasa de muitas maneiras.

18. O que não te mata te fortalece, de verdade.

19. Nunca é tarde demais pra ser feliz, mas isso é responsabilidade sua e de mais ninguém.

20. Quando o assunto é perseguir os amores da sua vida, não aceite não como resposta.

21. Queime  os incensos, use seus melhores lençóis, use roupas íntimas extravagantes. Não guarde essas coisas pra uma ocasião especial. Hoje é

especial.

22. Se prepare bastante, mas quando começar, vá com a onda.

23. Faça loucuras agora mesmo. Não espere ficar velho para vestir púrpura.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém está na chefia da sua felicidade além de você mesmo.

26. Etiquete cada coisa que chamarem de desastre com o rótulo “Isso vai importar daqui a cinco anos?”

27. Sempre escolha viver.

28. Perdôe, mas não esqueça.

29. O que as outras pessoas pensam não te interessa.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.

31. Não importa se uma situação é boa ou ruim, ela vai mudar.

32. Não se leve tão a sério. Ninguém leva.

33. Acredite em milagres.

34. Deus te ama porque é Deus, não por causa daquilo que você fez ou não fez.

35. Faça o que der pra ser feito agora, agora e não depois, e o que sobrar faça depois.

36. Seus filhos terão apenas uma infância.

37. Ficar velho é melhor que a outra alternativa – morrer jovem.

38. O que mais importa no final é que você amou.

39. Saia de casa todos os dias. Milagres esperam em todos os lugares.

40. Se todos nós jogássemos nossos problemas numa pilha, veríamos os problemas dos outros e pegaríamos os nossos de volta.

41. Inveja é perda de tempo. Aceite o que você já tem, não aquilo que você acha que precisa.

42. O melhor ainda vai aparecer…

43. Não importa como você está se sentindo, se levante, se arrume e compareça.

44. Produza.

45. A vida não vem enrolada com um laço de fita, mas ainda é um presente.

 

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*Fonte: osegredo

Perguntaram a pessoas centenárias o que elas têm a ensinar. As respostas vão te libertar.

Muitos acreditam que a sabedoria vem com o tempo, porém poucos se dedicam a realmente aprender com os mais velhos.

Pensando em tudo que sua avó de 101 anos tinha para ensinar, uma jovem abriu um tópico de discussão em um fórum na internet e pediu que as pessoas fizessem perguntas à vovó centenária.

A ideia deu muito certo e em pouco tempo, mais idosos além dos 100 anos de idade foram convidados a participar. Confira abaixo os conselhos de profunda sabedoria que eles deram:

 

– Qual conselho você teria para passar para alguém na casa dos vinte anos?

“Não desista nunca. Você é jovem e terá épocas difíceis pela frente. Não desista. Nunca.”


– Qual é a maior lição que você aprendeu?

“Seja honesto. Eu raramente menti. Quando você é honesto com as pessoas, elas são honestas com você. Dá muito trabalho manter uma mentira, você não precisa dessa carga extra de estresse.”


– Algum conselho para quem quer viver mais de 100 anos?

“Sempre escute as outras pessoas. Você vai aprender muito mais ouvindo os outros do que falando o que você já sabe.”


– Que experiência você diria que absolutamente todas as pessoas devem viver uma vez na vida?

“Viaje e conheça o máximo que você puder desse mundo!”


– Quais segredos você pode compartilhar sobre saúde? O que você acha que pode ter te ajudado a alcançar uma vida tão longa (dieta, exercício, genética, etc.)?

“Tire cochilos todos os dias.”


A autora Bel Kaufman estava com 100 anos quando discursou em uma universidade. Segundo ela, os ingredientes para uma vida feliz são humor e paixão.

“O humor é uma força de vida, uma maneira de sobreviver às dificuldades.”

“Eu acho que as pessoas devem ser curiosas. Elas têm que ter interesses na vida além de suas dores e problemas. Têm que ficar animadas em ver coisas novas, conhecer novas pessoas, assistir a um jogo novo. Apenas seja apaixonado pela vida.”

“Eu não me importo qual é a sua paixão. Pode ser colecionar tampinhas de garrafa. Mas se você fizer isso com paixão, você está vivo. ”

Dr. Shigeaki Hinohara, de 104 anos, é o autor de Living Long, Living Good (“Vida Longa, Vida Boa”, em tradução livre) e compartilhou esses brilhantes conselhos sobre a vida:

“Não seja obcecado por acumular coisas materiais. Lembre-se: você não sabe quando vai passar para o andar de cima, e você não pode levar nada com você.

“A dor é um mistério, e se divertir é a melhor maneira de esquecer dela”.


Elsa Bailey comemorou seu 100º aniversário esquiando no Colorado. Ela contou à ABC News algumas coisas que aprendeu para se manter saudável e feliz:

“Se você é positivo, você pode superar tudo. Quando você pensa negativamente, você está colocando veneno em seu corpo. Apenas sorria. Dizem que o riso é o melhor remédio que existe”.

“Seja ativo. Eu faço as coisas do meu jeito, estou esquiando com 100 anos de idade. Mas ninguém mais faz isso, mesmo que tenha muita energia. Eu tento comer corretamente, fazer exercício físico, aproveitar o ar fresco e a luz do sol.”


Outro centenário compartilhou os seguintes ensinamentos que aprendeu nos últimos 100 anos de sua vida:

“Viaje enquanto você é jovem e capaz. Não se preocupe com o dinheiro, apenas dê um jeito de viajar. A experiência é muito mais valiosa do que qualquer dinheiro.”

“A única coisa constante é a mudança, então você tem que aprender a aceitá-la.”

“Um dia você vai perceber que passou muito tempo se preocupando com nada.”

“Eu não diria que você tem que praticar uma ou outra religião, ou então não praticar religião nenhuma… Eu digo que você deve descobrir no que acredita, dentro de você, e viver isso completamente.”

“Não leve a vida tão a sério.”

*Fonte: Vidaemequilibrio