7 dicas para não desperdiçar água no seu jardim

A conservação da água é uma parte essencial da jardinagem e não deve ser negligenciada. Com o aumento das temperaturas no verão brasileiro, a tentação de regar o jardim com mais frequência é grande — mas pode levar ao desperdício de água se não for feita corretamente.

Felizmente, com algumas dicas simples, você pode garantir que seu jardim permaneça saudável e hidratado, além de limitar o uso de água. Neste artigo, exploraremos como praticar a conservação eficaz da água no seu jardim para manter um ambiente vivo e ecológico.

1. Capte a água da chuva
Captar água da chuva para jardinagem é uma maneira fácil e eficaz de economizar água. A utilização de uma caixa d’água ou cisterna pode ser benéfica para o seu jardim, pois fornece uma maneira fácil de armazenar grande quantidade de água da chuva que costuma cair durante a estação chuvosa da sua região.

Um tanque de água coletará o escoamento de seu telhado ou outras superfícies duras, armazenando-o até que você precise dele em seu jardim. A água da chuva armazenada pode então ser usada para irrigar as plantas, fornecer umidade e nutrientes necessários quando a irrigação regular não estiver disponível.

Instalar uma caixa d’água ou cisterna pode parecer uma tarefa árdua, mas existem muitos recursos disponíveis para facilitar o processo. Além de encontrar instruções detalhadas online, também existem muitas empresas especializadas na instalação desses sistemas.

2. Plantas nativas adaptadas ao clima local
Na hora de economizar água no seu jardim, uma das melhores estratégias é escolher plantas nativas bem adaptadas ao clima local. Essas espécies não apenas requerem menos irrigação, mas também podem ajudar a reduzir a quantidade de manutenção necessária para o seu jardim. As plantas nativas têm uma capacidade natural de resistir a pragas e doenças, o que significa que menos produtos químicos precisam ser usados nelas. Além disso, as espécies nativas fornecem habitats para aves e outros animais selvagens, ajudando a criar um ecossistema de jardim mais biodiverso.

Ao selecionar quais plantas incluir em seu jardim, é importante fazer uma pesquisa sobre quais espécies nativas são mais adequadas para sua área. Considere fatores como tipo de solo, faixa de temperatura e quantidade média de chuva ao fazer suas escolhas. Você pode até querer consultar um especialista local ou centro de jardinagem para obter conselhos sobre o que funcionará melhor em seu ambiente.

3. Mantenha a umidade
Jardins mantidos adequadamente ajudam a reter a umidade, o que pode reduzir bastante a quantidade de água necessária para manutenção. Para garantir um jardim saudável e sustentável, existem várias etapas que você deve seguir para melhorar a qualidade do solo, como adicionar composto ou cobertura morta ao solo. Isso melhorará a capacidade da planta de absorver e reter a umidade naturalmente, além de fornecer nutrientes essenciais para elas. Além disso, manter as ervas daninhas sob controle ajudará a reduzir a competição por recursos.

Você também pode usar técnicas de jardinagem com pouca água, como criar canteiros elevados com solo profundo que retém mais umidade do que solos rasos ou usar irrigação por gotejamento em vez de aspersores tradicionais, reduzindo o escoamento e a perda por evaporação em dias quentes.

4. Regue suas plantas de manhã ou à noite
A quarta dica para não desperdiçar água no jardim é regar as plantas pela manhã ou à noite, quando as temperaturas são mais baixas. Isso ajuda a preservar a umidade por mais tempo, o que significa que você não precisa usar tanta água. Além disso, as temperaturas mais baixas reduzem a evaporação, garantindo que mais água entre no solo e chegue às suas plantas. Também ajuda a reduzir o estresse em suas plantas, dando-lhes a chance de esfriar durante os dias quentes e reduzindo sua exposição à luz solar direta, que pode causar queimaduras ou murchamento das folhas.

Ao regar suas plantas pela manhã ou à noite, quando as temperaturas são mais baixas, você pode economizar dinheiro em sua conta de água enquanto mantém seu jardim exuberante e saudável. Certifique-se de verificar as previsões meteorológicas locais antes de regar, para não desperdiçar recursos preciosos devido a mudanças climáticas fora de estação.

5. Regue suas plantas diretamente
Quando se trata de economizar água no jardim, uma das maneiras mais eficazes é regar diretamente as plantas em vez de usar um aspersor. Os aspersores podem ser um desperdício, pois tendem a pulverizar uma área ampla e não necessariamente onde é mais necessário. Ao regar cada planta individualmente, você pode garantir que cada uma receba a quantidade certa de água de que precisa. Isso também ajudará a reduzir qualquer potencial escoamento ou excesso de pulverização que seja desperdiçado.

Além disso, isso facilita uma maior aproximação das suas plantas e para sempre ficar atento à saúde delas. Outro benefício da rega direta é que você tem mais controle sobre quando e quanta água suas plantas recebem. Você pode avaliar a condição de cada planta individual e decidir se ela precisa de mais ou menos água do que o normal.

6. Agrupe plantas com necessidades de água semelhantes
Agrupar plantas com necessidades de água semelhantes é uma parte importante da criação de um jardim sustentável. Ao agrupar plantas que requerem a mesma quantidade de água, você pode ter certeza de que seu jardim permanecerá saudável e hidratado sem desperdiçar recursos preciosos. Essa técnica também facilita o acompanhamento de quais plantas precisam de mais ou menos água regularmente.

Para começar, identifique os tipos de plantas em seu jardim que requerem quantidades variáveis de água e agrupe-as de acordo. Considere o tamanho e a forma de cada planta ao tomar essas decisões, para que um grupo não ofusque o outro em termos de demanda por umidade.

7. Mantenha capina, poda e fertilização em dia
Ter um belo jardim é algo pelo qual muitas pessoas se esforçam. Um jardim bem cuidado pode adicionar beleza à sua casa e também proporcionar um lugar para relaxar e desfrutar da natureza. No entanto, é preciso trabalho para manter seu jardim com a melhor aparência. Remoção regular de ervas daninhas, poda e fertilização são necessárias se você quiser manter suas plantas saudáveis e prósperas.

Capinar matos do seu jardim é importante porque eles tiram nutrientes que deveriam ir para as suas plantas; a poda ajuda a reduzir a quantidade de folhagem em uma planta para que mais luz chegue ao centro dela, permitindo que ela cresça uniformemente; e a fertilização fornece nutrientes adicionais para o solo, o que ajudará as plantas a absorver mais umidade e a resistir melhor a doenças ou pragas.

*Por Elisson Amboni
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*Fonte: socientifica

Vídeo em 3D mostra como seriam os Jardins Suspensos da Babilônia

Uma das sete maravilhas do mundo antigo, os chamados Jardins Suspensos da Babilônia fazem hoje parte do imaginário popular, misturando mito, história e magnificência aos olhos das pessoas. Os famosos jardins, construídos pelo rei Nabucodonosor II para a sua rainha Amitis no século VI a.C., têm fascinado indivíduos desde o historiador grego Heródoto. A imagem colossal de um poderoso complexo de plantas e vegetação exuberante já serviu de inspiração para muitos escritores e artistas, especialmente por uma de suas características mais peculiares: ninguém sabe como eles realmente eram! Existem poucas evidências arqueológicas que comprovem a existência desses “suspensos” jardins na antiga Mesopotâmia. Contudo, um pouco de imaginação criativa, combinada aos registros factuais, pôde oferecer uma visão interessante de como essa incrível maravilha deveria ser. Foi o que a equipe da Lumion 3D fez, num vídeo de aproximadamente 3 minutos, que apresenta ao observador esse monumento mítico. O resultado ficou de tirar o fôlego! Confira:

O status mítico dos Jardins Suspensos deriva de uma lenda envolvendo rei Nabucodonosor II (632-562 a.C.) e sua esposa, rainha Amitis da Média. Segundo a estória, a rainha Amitis vivia constantemente triste, com saudades de seu lar e das belezas naturais entre as quais ela cresceu e havia deixado para trás para se casar com Nabucodonosor. Compadecido do estado da esposa, o rei então ordenou a construção de um complexo de jardins suspensos, no coração da Mesopotâmia, que evocassem a beleza da terra da Média (que atualmente corresponde à parte noroeste do Irã). Os vales verdejantes e a fauna variada foi então recriadas no coração da Babilônia, para deleite da rainha Amitis, que desde então ficou bastante feliz. A perspectiva histórica, porém, aponta pra outro lado.

As descrições de um jardim colossal, “suspenso”, na antiga Mesopotâmia aparecem primeiramente nos relatos de um certo Beroso, sacerdote caldeu que viveu na Babilônia entre o século IV e o século III a.C. Assim como ele, outros autores gregos também forneceram descrições sobre o monumento, muitos deles utilizando o trabalho de Beroso como referência, entre outras fontes talvez mais antigas. Diodoro da Sicília, famoso historiador grego que viveu no século I a.C ., por exemplo, supostamente baseou-se em quatro textos antigos para a seguinte descrição:

Havia também, ao lado da acrópole, o Jardim Suspenso, como era chamado, que foi construindo, não por Semíramis, mas por um posterior rei Sírio para agradar uma de suas concubinas. Por ela ser, eles dizem, da raça persa e ter saudades dos prados e das montanhas, pediu ao rei que imitasse, pelo artifício de um jardim plantado, a distinta paisagem da Pérsia. O parque tinha quatro pletras¹ de cada lado, e uma vez que se aproxima do jardim, inclinado como uma colina, várias partes de sua estrutura aumentam de uma camada a outra, aparentando a estrutura de um teatro. Quando os terraços ascendentes foram feitos, foi construído embaixo deles galerias que suportavam todo o peso do jardim plantado e suspendiam-se pouco a pouco, uma sobre a outra, aproximando-se ao longo. A galeria superior, que tinha cinco côvados de altura, suportava a maior superfície do parque, feita ao mesmo nível do circuito de muralhas da cidade.

Além disso, as paredes, construídas com grandes despesas, tinham vinte e dois pés de espessura, enquanto a passagem entre cada duas delas tinham dez pés de largura. O teto acima das vigas tinha primeiramente uma camada de juncos com grandes quantidades de betume, sobre os quais haviam tijolos cozidos ligados por cimento, e uma terceira camada de revestimento de chumbo, para que a umidade do solo não penetrasse por baixo. Sobre tudo isso novamente a terra tinha sido pilada até uma profundidade suficiente para as raízes das árvores maiores; o chão, quando foi nivelado, foi densamente arborizado com todo tipo de árvore, devido ao seu grande tamanho e para encantar, dando prazer a quem visse. E uma vez que as galerias, projetando-se uma acima da outra, receberam luz, continham muitos alojamentos reais de cada descrição; havia galerias que continham aberturas que conduziam até a superfície e máquinas para fornecer água do rio em abundância aos jardins, embora ninguém de fora pudesse ver como isso era feito.

Entretanto, apesar dessas descrições, existem poucas evidências factuais concretas que dão suporte à existência dessa estrutura gigante, alimentada pelas águas do rio Eufrates. O monumento teria sido construído para imitar uma montanha coberta por vegetação exuberante. De acordo com a descrição póstuma de Diodoro, a estrutura apresentava uma arranjo de vários terraços, dispostos um sobre o outros como se fossem andares, sustentados por colunas de tijolos de argila, já que a região da Mesopotâmia carecia de pedras próprias para essa finalidade. Os engenheiros teriam preenchido essas colunas com argamassa de betume, para facilitar o crescimento das plantas e das árvores. Estudiosos da engenharia, porém, argumentam que a construção do monumento nas proporções em que foi descrito teria exigido todo um complexo sistema de bombas, tanques e shadufs (espécie de aparelho manual para elevação de água), para transpor a água do rio para os Jardins.

Ao longo dos anos, o crescimento da grande variedade de espécimes de fauna e flora em diversos níveis certamente apresentou um resultado fascinante aos olhos de quem visse, dando a aparência de uma montanha artificial. Diodoro da Sicília, em seu relato, também menciona a utilização de lajes de pedra, com plataformas cobertas por camadas de cana, asfalto e telhas, possivelmente para impedir que a umidade da água penetrasse os tijolos das colunas. Porém, conjecturas arquitetônicas à parte, as evidências arqueológicas apontam para o fato de que, ao contrário do que sugere os textos gregos antigos, os famosos Jardins Suspensos da Babilônia não ficavam próximos das margens do rio Eufrates, apesar de existirem ali perto ruínas de uma superestrutura de 82 pés de paredes sobrepostas, possivelmente construída nos tempos antigos. Mas, infelizmente, não há como afirmar que se tratavam dos míticos jardins construídos pelo rei Nabucodonosor.

Na opinião do Dr. Stephanie Dalley, pesquisador honorário do Instituto Oriental da Universidade Oxford, os Jardins Suspensos eram reais, mas não estavam localizados na Babilônia. Ao analisar textos cuneiformes antigos, Dalley concluiu que o monumento teria sido construído no século VII a.C., 300 milhas ao norte da Babilônia, na cidade real assíria de Nínive. Esses mesmo textos refutam Nabucodonosor II como o responsável pela edificação dos Jardins e apontam o rei assírio Senaqueribe como o ordenante da construção, como parte do seu próprio complexo de palácios. Algumas fontes assírias mencionam, inclusive, o uso de parafusos para elevação da água, feitos em bronze e que poderiam ter funcionado de maneira similar ao famoso “parafuso de Arquimedes”. Essa hipótese encontra evidência arqueológica nas ruínas de um sistema de aquedutos encontradas ao redor de Nínive, na atual região de Mossul, utilizados para transpor água das montanhas.

Com efeito, também existem certas imagens pictóricas em baixo-relevo em Nínive que retratam um exuberante jardim, com arcos ornamentais e plantas suspensas, alimentado pelas águas do referido aqueduto. Não obstante, é preciso considerar que o terreno montanhoso ao redor de Nínive teria tornado muito mais fácil o transporte de água do que as planícies da Babilônia. De acordo com a pesquisa de Stephanie Dalley, os “Jardins Suspensos de Nínive”, eram compostos por uma série de terraços sobrepostos como se fossem um anfiteatro, banhados por um lago artificial na base. Certas imagens de satélite mostram os restos de uma estrutura nas dimensões sugeridas, com 300 pés de largura e 60 de profundidade, nas proximidades da cidade. Para o pesquisador, os historiadores gregos antigos se equivocaram na localização dos Jardins, uma vez que em 689 a.C. os assírios conquistaram a Babilônia e passaram a chamar sua cidade real de Nínive de “Nova Babilônia”. Esse aspecto poderia ter confundido os historiadores, que só escreveram sobre o monumento dois séculos após a sua construção.

*Por Renato D. Tapioca Neto

 

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*Fonte: rainhastragicas