Essas são as 5 músicas brasileiras mais tocadas no mundo até hoje

As músicas brasileiras têm o poder de transcender fronteiras e encantar pessoas de diferentes partes do mundo. Neste artigo, entraremos no circuito das melodias que conquistaram os corações além das fronteiras do Brasil.

Cantoras como Anitta têm desempenhado um papel fundamental na história da música brasileira ao popularizar o funk em vários países ao redor do mundo. No entanto, é importante ressaltar que ela não foi a primeira a levar nossa cultura musical para além das fronteiras, uma vez que as canções brasileiras já ecoam há muito tempo entre o público internacional.

Em 2009, a revista Rolling Stone Brasil compilou uma lista atualizada até 2018 com as 100 músicas brasileiras mais tocadas no exterior. Neste artigo, destacaremos cinco dessas canções brasileiras que se tornaram verdadeiros sucessos em diversos continentes, cativando audiências ao redor do mundo. Confira!

Músicas brasileiras mais tocadas no mundo até hoje


1. Mas Que Nada – Jorge Ben
Lançada em 1963, a música rapidamente se tornou um sucesso e se estabeleceu como um clássico da música popular brasileira.

A canção é uma mistura contagiante de samba, bossa nova e ritmos afro-brasileiros, com influências de jazz. Com sua melodia alegre e cativante, “Mas Que Nada” incorpora o espírito festivo do Brasil e é frequentemente associada à celebração e ao carnaval.

A letra de “Mas Que Nada” é em português e também apresenta algumas palavras em iorubá, um idioma africano. A música transmite uma atitude descontraída e despreocupada, exaltando a alegria e o amor pela vida.

Ao longo dos anos, “Mas Que Nada” recebeu inúmeras versões e interpretações de diferentes artistas ao redor do mundo. Uma das versões mais conhecidas é a gravação feita por Sérgio Mendes & Brasil ’66, que alcançou grande sucesso internacional na década de 1960.

2. Asa Branca – Luiz Gonzaga
“Asa Branca” é uma icônica música brasileira escrita por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Lançada em 1947, a canção se tornou um dos maiores sucessos da música nordestina e é considerada um hino do sertão brasileiro.

A música retrata a vida difícil e a seca no sertão nordestino, simbolizando as adversidades enfrentadas pelos nordestinos que são obrigados a deixar suas terras em busca de melhores condições de vida. A expressão “asa branca” refere-se a um pássaro migratório que voa em busca de água e alimento, simbolizando a esperança e a busca por uma vida melhor.

A melodia de “Asa Branca” é marcante, com acordes de baião, um ritmo tradicional do nordeste brasileiro. A voz de Luiz Gonzaga, acompanhada de seu acordeão, traz uma emoção e autenticidade à música, capturando a essência do sertão.

A letra de “Asa Branca” aborda a saudade da terra natal, a seca implacável e a esperança de dias melhores. A canção evoca imagens vívidas da paisagem árida e da vida simples do sertanejo, transmitindo uma forte conexão emocional com o público.

Ao longo dos anos, “Asa Branca” se tornou um verdadeiro clássico da música brasileira, sendo regravada por inúmeros artistas e ganhando projeção internacional. A canção representa não apenas a cultura nordestina, mas também a resiliência e a determinação do povo brasileiro diante das adversidades.

3. Carinhoso – Pixinguinha
“Carinhoso” é uma famosa música brasileira composta por Pixinguinha, um renomado músico e compositor do choro, um gênero musical popular no Brasil. Lançada em 1917, a canção é considerada um clássico do repertório brasileiro e uma das mais importantes composições da música instrumental no país.

“Carinhoso” possui uma melodia delicada e envolvente, com influências do choro e do jazz. A música transmite uma atmosfera romântica e nostálgica, repleta de emoção e sensibilidade. Seu título sugere um sentimento de carinho e afeto, refletindo a essência do amor e do encantamento.

Originalmente instrumental, “Carinhoso” ganhou uma letra em 1937, escrita por Braguinha (também conhecido como João de Barro). A letra acrescenta uma dimensão lírica à música, enfatizando o amor e a saudade.

A composição de Pixinguinha em “Carinhoso” demonstra sua habilidade como melodista e arranjador, combinando virtuosismo técnico com uma sensibilidade melódica única. Sua interpretação no saxofone e no flautim se tornou uma marca registrada da música.

Ao longo dos anos, “Carinhoso” foi regravada e interpretada por inúmeros artistas, tanto instrumentistas como cantores, tornando-se uma das músicas mais gravadas da música brasileira. Sua popularidade atravessou gerações, e a canção é reconhecida como um dos símbolos da música brasileira e um tesouro cultural do país.

“Carinhoso” é um legado duradouro de Pixinguinha, que contribuiu significativamente para a história da música brasileira, deixando um impacto indelével com sua composição atemporal e emocionalmente cativante.

4. Águas de Março – Elis Regina e Tom Jobim
“Águas de Março” é uma música icônica da música popular brasileira, composta por Tom Jobim e interpretada em uma das versões mais famosas pela cantora Elis Regina. Lançada em 1972, a canção é um dos maiores clássicos do repertório brasileiro e é reconhecida internacionalmente como uma das melhores composições da música brasileira.

A letra de “Águas de Março” retrata a simplicidade da vida cotidiana, usando a metáfora das águas de março para representar os altos e baixos, desafios e momentos de renovação que todos enfrentam. A música é uma ode à natureza e à efemeridade da vida, onde a chuva e as folhas caídas simbolizam as mudanças inevitáveis que ocorrem ao longo do tempo.

A melodia de Tom Jobim é delicada e cativante, com uma progressão harmônica sofisticada característica de sua música. A interpretação de Elis Regina acrescenta uma intensidade emocional à canção, com sua voz poderosa e expressiva transmitindo a profundidade da composição.

A combinação da sensibilidade de Tom Jobim como compositor e o talento vocal de Elis Regina resultou em uma interpretação inesquecível de “Águas de Março”.

5. Construção – Chico Buarque
“Construção” é uma poderosa e aclamada música brasileira composta por Chico Buarque. Lançada em 1971, a canção se destaca por sua letra poética e engajada, abordando temas sociais e políticos de forma criativa e impactante.

“Construção” retrata a dura realidade da vida de um operário, narrando sua jornada desde o início do dia até seu trágico fim em um acidente de trabalho. A música utiliza recursos literários como metáforas e jogos de palavras para expressar a desigualdade social, a alienação e a falta de valorização da classe trabalhadora.

*Por Gabriel Pietro
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*Fonte: revistapazes

Metade dos maiores lagos do mundo está perdendo água, mostra estudo

Com auxílio de imagens dos satélites Landsat, pesquisa avaliou cerca de 2 mil lagos nas últimas três décadas e descobriu que mais da metade dos reservatórios estão com volume reduzida

As mudanças climáticas e as atividades humanas ameaçam cada vez mais os lagos que armazenam 87% da água doce da superfície líquida da Terra. O volume desses reservatórios tem diminuído consideravelmente, colocando em risco toda a humanidade já que são responsáveis por fornecer água para manutenção dos ecossistemas, biodiversidade e das pessoas.

Além do fornecimento de recursos, os lagos também são componentes-chave dos processos que regulam o clima por meio da reciclagem de carbono. Contudo, apesar da sua importância, esses espaços não tinham um monitoramento adequado. Uma nova avaliação publicada na revista Science nesta na quinta-feira (18) utilizou dados de observação de satélites para entender melhor a situação. O novo método de rastreamento é o primeiro a avaliar o armazenamento de água em lagos com base nessas informações.

O estudo foi conduzido por Fangfang Yao, pesquisador do Instituto Cooperativo de Pesquisa em Ciências Ambientais (CIRES). O cientista decidiu realizar a avaliação após ver que as crises ambientais estavam afetando drasticamente alguns dos maiores corpos d’água da Terra, como a secagem do Mar de Aral entre o Cazaquistão e o Uzbequistão.

Pensando nisso, ele se juntou a colegas de centros de pesquisa nos EUA, na França e na Arábia Saudita para criar uma técnica que emde mudanças nos níveis de água em quase 2 mil dos maiores lagos e reservatórios do mundo. “Analisamos os maiores lagos globais usando três décadas de observações de satélite, dados climáticos e modelos hidrológicos, encontrando declínios de armazenamento estatisticamente significativos”, relatam os especialistas no estudo.

Volume dos lagos
Neste trabalho, a equipe utilizou 250 mil fotos instantâneas dos satélites Landsat da área de 1.972 lagos de 1992 a 2020. Eles coletaram níveis de água de nove altímetros de satélite e usaram níveis de água de longo prazo para reduzir qualquer incerteza. Para lagos sem registro de nível de longo prazo, a equipe usou medições recentes feitas por instrumentos mais modernos em satélites. A partir dessas medidas, foi possível chegar ao volume.

Os resultados mostram que houve um declínio de 53% nesses corpos d’água tendo como principal motivo a mudança climática e o consumo humano de água. “Ocorreu um declínio em cerca de 100 grandes lagos e muito das ações atreladas aos principais motivos eram desconhecidas anteriormente, como a dessecação do lago Good-e-Zareh no Afeganistão e do lago Mar Chiquita, na Argentina”, contou Yao em comunicado.

Para ilustrar, os autores comparam a perda de água observada a 17 vezes o tamanho do lago Mead, o maior reservatório de água dos Estados Unidos. E esse fenômeno afeta tantos lagos em ambientes mais secos quanto úmidos, o que mostra que a situação é pior do que se imaginava.

A sedimentação foi um dos fatores apontados para declínio do armazenamento. Em reservatórios estabelecidos há muito tempo – aqueles que encheram antes de 1992 –, a sedimentação foi mais importante do que secas e anos de chuvas intensas.

Pequeno crescimento
Enquanto alguns lugares sofrem, outros têm um ligeiro ganho. A pesquisa também apontou que 24% dos lagos tiveram aumentos significativos no armazenamento de água. Esses, no entanto, tendem a estar em áreas subpovoadas no interior do planalto tibetano, onde aquecimento leva ao degelo das geleiras e do permafrost aumentando parcialmente a expansão dos lagos alpinos.

Os autores estimam que cerca de um quarto da população mundial, o equivalente a 2 bilhões de pessoas, reside na bacia de um lago seco, indicando uma necessidade urgente de incorporar o consumo humano, as mudanças climáticas e os impactos da sedimentação na gestão sustentável dos recursos hídricos.

“Se o consumo humano é um grande fator no declínio do armazenamento de água no lago, podemos adaptar e explorar novas políticas para reduzir os declínios em larga escala”, conclui Ben Livneh, professor de engenharia na CU Boulder e membro do CIRES.

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*Fonte: revistagalileu

Mais de um terço da comida global é desperdiçada ou perdida: o que isso representa e como mudar

Independentemente do local onde o desperdício acontece, ele sempre vai representar uma oportunidade perdida de alimentar alguém

A prática de consumir os alimentos que nós, enquanto sociedade, produzimos, parece ser um conceito extremamente evidente e, inclusive, se apresenta como um elemento essencial para estabelecer um sistema alimentar que seja genuinamente sustentável. No entanto, nos deparamos com o obstáculo de uma economia implacável que não facilita a implementação de soluções simples e diretas. Nesse contexto, mais de um terço da comida global produzida em larga escala é desperdiçada ou perdida – isso mesmo, há uma diferenciação.

A dinâmica do consumo de iogurte é um reflexo nítido dessa realidade. Não é uma informação velada que a frequência com a qual os consumidores de iogurte decidem descartar esses produtos após a constatação do vencimento da data de validade se correlaciona diretamente com a quantidade de iogurte que os varejistas conseguem comercializar. Quanto mais iogurte é descartado, maior se torna o volume de vendas para os varejistas deste produto.

Além disso, se considerarmos a lógica dos supermercados no que diz respeito à venda de maçãs, por exemplo, constatamos que para eles podem ser mais resolvidos, do ponto de vista econômico, optamos por eliminar as maçãs que excedem a demanda em depósitos de resíduos, ao invés de promover uma redução nos preços desses produtos. Isso porque a redução do preço poderia resultar em um impacto negativo nas vendas das maçãs que são vendidas pelo valor regular, uma vez que poderia instaurar uma competição de preços desfavoráveis ​​para os supermercados.

É necessário, ainda, considerar também o papel dos grandes produtores comerciais nesse panorama. Estes, com o objetivo de garantir o cumprimento rigoroso dos requisitos com os supermercados, frequentemente optam por cultivar uma quantidade de alimentos que ultrapassa a demanda em torno de 10%. Este comportamento agrava ainda mais o problema global de desperdício de alimentos.

Desperdício da comida global poderia alimentar três bilhões de pessoas
A Organização das Nações Unidas dedicada à Alimentação e à Agricultura, conhecida como FAO, que tem a responsabilidade de supervisionar o que é cultivado e consumido globalmente, elaborou uma estimativa bastante preocupante. Segundo esta entidade, um terço dos alimentos produzidos para o consumo humano em escala mundial é perdido ou potencialmente desperdiçado. Esse desperdício ocorre ao longo de toda a cadeia de produção e consumo, que se estende desde as fazendas e se ramifica até as fábricas de processamento, mercados, operações de serviços de alimentação, estabelecimentos de varejo e até mesmo em nossas próprias cozinhas.

Esse volume de alimentos perdidos ou desperdiçados chega a 2,8 trilhões de libras, quantidade mais do que suficiente para nutrir aproximadamente três bilhões de pessoas. O caso dos Estados Unidos é ainda mais acentuado. Neste país, o desperdício de alimentos atinge mais de 30% de toda a sua produção, representando um valor estimado em 162 bilhões de dólares por ano que não chega a ser consumido, embora 49 milhões de pessoas estejam oficialmente em situação de insegurança alimentar – totalizando 805 milhões em todo o mundo.

Para ilustrar a magnitude deste desperdício, imagine que toda essa comida não fosse consumida empilhada em um campo de futebol. As camadas formadas por essa quantidade de alimentos resultariam em uma poluição ecológica, uma espécie de caçarola em transição, alcançando milhas de altura.

Perda versus desperdício
Qual seria a distinção entre a perda e o desperdício de alimentos? Para elucidar essa questão, é importante destacar que o desperdício de alimentos se manifesta principalmente no final do ciclo alimentar, abrangendo as etapas de varejo e consumo. Como regra geral, é possível afirmar que, quanto mais ricas são as nações, mais expressivamente tende a ser a sua taxa de desperdício de alimentos per capita.

Por outro lado, a perda de alimentos se dá de forma mais intensa na parte inicial da cadeia alimentar, ocorrendo principalmente durante as etapas de produção, pós-colheita e processamento. Este fenômeno é consideravelmente menos comum em nações industrializadas quando comparado com países em desenvolvimento. Estes últimos, frequentemente, enfrentam deficiências em sua infraestrutura, que acabam por dificultar a entrega de todos os seus alimentos, em condições adequadas para consumo, aos seus cidadãos que estão ansiosos para consumi-los.

Nos países desenvolvidos, é observável que práticas agrícolas altamente eficientes, aliadas a sistemas avançados de condução e transporte, além de armazenamento e comunicações de alto padrão, garantem que a maior parte dos alimentos que cultivamos coincidiu com a etapa de varejo.

Contudo, a partir deste ponto na cadeia de produção e distribuição, as coisas tendem a se deteriorar rapidamente. De acordo com a FAO, as nações industrializadas destinaram cerca de 1,5 trilhão de libras de alimentos por ano. Para se ter uma ideia do tamanho desse volume, essa quantidade é praticamente equivalente à produção líquida total de alimentos da África subsaariana.

Paralelamente a isso, os agricultores estão aprendendo novas técnicas para cuidar ou embalar suas colheitas visando um armazenamento mais prolongado. Stephanie Hanson, vice-presidente sênior de políticas e parcerias do One Acre Fund, uma organização com origem na África, ilustra este fenômeno.

Ela observa que os agricultores com quem trabalha na África Oriental não tiveram excedentes no passado – eles consumiram tudo o que cultivaram no período de três meses. Entretanto, agora que eles estão conseguindo produzir mais alimentos, surge a necessidade de aprender novas práticas de armazenamento, a fim de evitar o desperdício desses excedentes.

Outro ponto importante e primordial para diminuir o desperdício e perda da comida global é fazer com que as pessoas percebam que existe um problema.

*por Daniela Marinho
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*Fonte: socientifica

Ansiedade com mudanças climáticas afeta a vida de 45% dos jovens no mundo

Pesquisa com 10 mil pessoas de 16 a 25 anos em dez países — incluindo o Brasil — indica que os mais novos consideram o futuro “assustador” e inação de governos é a principal causa

Os impactos ambientais das mudanças climáticas já são bastante estudados pela ciência. Mas eles não se restringem à natureza. Há indícios de que as alterações do clima e suas consequências afetam também a saúde mental dos mais jovens. É o que indica uma pesquisa publicada no periódico Science Direct.

Estudiosos das universidades de Bath, Helsinki e East Anglia entrevistaram 10 mil jovens com idades entre 16 e 25 anos, de dez países diferentes — incluindo o Brasil. O objetivo era entender como eles são afetados pelas mudanças climáticas .

Os participantes responderam a questionários sobre seus pensamentos e sentimentos a respeito da emergência climática e do posicionamento de governos frente a ela. A partir dos dados coletados, eles avaliaram se o sofrimento, a ansiedade, os pensamentos negativos e a angústia dos voluntários em relação ao clima estavam ligados às medidas dos governantes.

Os resultados indicaram que 59% dos entrevistados se mostraram muito ou extremamente preocupados com as mudanças climáticas, e mais da metade relatou sentir tristeza, ansiedade, raiva, impotência e culpa sobre essas questões.

Quanto às ações dos governantes sobre as mudanças climáticas, os jovens tampouco estão satisfeitos: 61% alegaram que a forma como os governos lidam com as alterações do clima não protege o planeta, a geração atual ou as futuras.

Cerca de 75% dos entrevistados veem o futuro como assustador, e mais de 45% consideram que seus sentimentos sobre as mudanças climáticas afetam negativamente sua vida diária. Além disso, muitos admitiram um alto número de pensamentos negativos e sensação de ansiedade e angústia relacionados com as respostas inadequadas do governo de seus países.

“Este estudo mostra um quadro horrível de ansiedade climática generalizada em nossas crianças e jovens. E sugere, pela primeira vez, que altos níveis de sofrimento psicológico em jovens estão ligados à inação do governo”, comenta Caroline Hickman, da Universidade de Bath e coautora principal do estudo, em nota.

Para os estudiosos, medidas para minimizar o sofrimento dos jovens devem partir dos governos e governantes, os responsáveis por adotar ações de combate aos efeitos do clima com intuito de “proteger a saúde mental de crianças e jovens por meio de ações éticas, coletivas e baseadas em políticas contra as mudanças climáticas”.

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*Fonte: revistagalileu

Isso é o que aconteceria se as 8 bilhões de pessoas pulassem ao mesmo tempo

É uma ideia encantadora e cativante: todas as pessoas da Terra, todos os 8 bilhões de nós, pulando no ar em perfeita harmonia. O que aconteceria? A Terra se moveria ou poderíamos até alterar sua rotação? O pensamento em si parece saído de um romance de ficção científica. No entanto, apesar da premissa intrigante, a verdade é que quaisquer efeitos em nosso planeta seriam mínimos, se não totalmente insignificantes.

Para investigar esse conceito fascinante, o jornalista científico Greg Foot conduziu um experimento para o Earth Lab da BBC. Ele reuniu uma multidão de 50.000 pessoas e instruiu todas a pular simultaneamente. A equipe mediu então o “terremoto” resultante a uma distância de aproximadamente um quilômetro e meio. Surpreendentemente, o salto sincronizado do grupo gerou um terremoto mensurável com magnitude de 0,6 na escala Richter. No entanto, esse tremor modesto estava longe de ser suficiente para afetar a rotação da Terra.

Foot concluiu que terremotos precisariam atingir pelo menos magnitude 8 para ter algum efeito discernível na rotação do planeta. Para criar um tremor tão poderoso, seriam necessárias sete milhões de vezes mais pessoas do que atualmente habitam a Terra. Com base nessa descoberta, parece que a noção de nosso salto coletivo alterar a rotação da Terra não passa de um mito fantasioso.

Mas e quanto à possibilidade de mover a Terra, mesmo que apenas um pouquinho? O físico Rhett Allain decidiu explorar essa questão fazendo algumas suposições e calculando alguns números. Allain estimou o peso médio de humanos e crianças, considerou a massa da Terra e presumiu que todos pulariam 30 centímetros no mesmo local para evitar que nossos saltos se anulassem.

Após levar esses fatores em consideração, Allain calculou que, com 7 bilhões de pessoas participando do salto, a Terra se moveria uma quantidade minúscula – equivalente a cerca de um centésimo do raio de um único átomo de hidrogênio. Em outras palavras, o movimento seria tão infinitesimal que seria praticamente indetectável.

Além disso, Allain explicou que até mesmo esse deslocamento mínimo seria temporário. À medida que as pessoas pousassem de volta no chão, a Terra voltaria à sua posição original, retornando ao status quo.

*Por Lucas
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*Fonte: misteriosdomundo

Hora do Planeta 2023 pode ser a maior da história

Ação convida o mundo a apagar as luzes e fazer algo positivo por nossa comunidade durante uma hora no próximo sábado, 25 de março

No próximo sábado, dia 25 de março, às 20h30, pessoas, empresas e instituições do Brasil estão convidados a apagar as luzes de casas, edifícios e monumentos por uma hora, se somando ao movimento global da Hora do Planeta 2023. A ideia, além de apagar as luzes é fazer algo positivo na sua comunidade e chamar a atenção sobre a urgência de medidas para barrar a crise climática.

“Ao ‘desligar’ as luzes ou desligar-se de hábitos e distrações diárias e fazer algo positivo para o planeta, podemos transformar uma única Hora do Planeta em milhares e milhões de horas de ação, tornando esta a Maior Hora do Planeta até agora”, acredita Kirsten Schuijt, diretora-geral do WWF Internacional.

A ação organizada pela WWF é um chamado para uma pausa na rotina para pensar em como cuidar do nosso planeta. Seja limpando a praia, plantando árvores, se engajando em movimentos comunitários ou reunindo amigos para um evento da Hora do Planeta. A ideia é mostrar que qualquer pessoa, em qualquer lugar, pode participar ajudar a construir um mundo melhor.

>> Quer participar? Acesse o site da iniciativa no Brasil.

“A Hora do Planeta é um chamado global para que a gente reflita e coloque em prática soluções para cuidar do planeta e garantir um futuro mais justo, saudável e harmonioso para todas as pessoas. Neste ano, queremos incentivar a mobilização local, para que as pessoas se organizem nas suas comunidades e dediquem esses 60 minutos ao meio ambiente. O objetivo é que, em um esforço global, a gente consiga fazer a nossa parte, mas também cobrar medidas urgentes dos governos e das lideranças para barrar a crise climática e reverter a queda da biodiversidade”, diz Giselli Cavalcanti, analista de engajamento do WWF-Brasil.

No Brasil, a organização convida comunidades e empresas a se juntarem a esse esforço, inscrevendo suas atividades no site da Hora do Planeta neste AQUI.

A hora é agora!
Conscientes da urgência de ações por um futuro melhor, apoiadores em mais de 190 países e territórios confirmaram a participação no evento. A WWF afirma que quer transformar uma única Hora do Planeta em milhares e milhões de horas de ação e conscientização, criando a maior campanha ambiental de base do mundo. O objetivo é chamar a atenção para o duplo perigo da perda da natureza e das mudanças climáticas.

Ao mesmo tempo, a Hora do Planeta deste ano também servirá como um poderoso lembrete da importância do nosso planeta, da necessidade de protegê-lo e do pouco tempo que temos para fazê-lo.

A Hora do Planeta 2023 segue de perto o histórico Acordo Kunming-Montreal na COP15, que em dezembro do ano passado comprometeu o mundo a interromper e reverter a perda de biodiversidade até 2030. Os próximos sete anos são, portanto, cruciais para garantir que a década termine com mais natureza e biodiversidade do que quando começou, não menos, e que fiquemos abaixo do limite climático de 1,5°C necessário para evitar danos irreversíveis ao nosso planeta. A Hora do Planeta é, portanto, mais necessária do que nunca para inspirar milhões a mais a agirem e fazerem com que outros milhões prestem atenção.

“A Hora do Planeta é uma celebração fantástica das pessoas, do planeta e da natureza, e este ano queremos que a maior parcela possível de pessoas se sinta inspirada e capacitada para desempenhar um papel, por menor que seja. Juntos vamos garantir que 2023 seja um ano de mudança para alcançar nossa meta positiva para a natureza em 2030”, afirma Kirsten.

Ações pelo mundo
Países de todo o mundo já estão se preparando para a Hora do Planeta 2023 deste ano, com centenas de influenciadores de celebridades locais prontos para mostrar seu apoio à ‘A Maior Hora’, juntamente com uma série de eventos marcados para 25 de março. O WWF-Mongólia sediará este ano um desfile de moda sustentável que acontecerá com estilistas locais, apresentando roupas recicladas e redesenhadas. Enquanto isso, o WWF-Letônia mais uma vez sediará seu tradicional concerto da Hora do Planeta, juntamente com várias caminhadas pela natureza com seus parceiros e apoiadores.

No Brasil, monumentos e prédios públicos em todo o país devem apagar suas luzes às 20h30 do dia 25 de março. A Restaura Natureza – Olimpíada de Restauração de Ecossistemas — é parceira da Hora do Planeta 2023.

Hora do Planeta
A Hora do Planeta é o principal movimento ambiental global do WWF. Nascida em Sydney, na Austrália, em 2007, a Hora do Planeta cresceu e se tornou o maior movimento de base do mundo pelo meio ambiente, inspirando indivíduos, comunidades, empresas e organizações em mais de 190 países e territórios a realizar ações ambientais concretas.

Historicamente, a Hora do Planeta se concentrou na crise climática, mas, mais recentemente, a Hora do Planeta também se esforçou para trazer à tona a questão premente da perda da natureza. O objetivo é criar um movimento imparável pela natureza, como aconteceu quando o mundo se uniu para enfrentar as mudanças climáticas.

O movimento reconhece o papel dos indivíduos na criação de soluções para os desafios ambientais mais prementes do planeta e aproveita o poder coletivo de seus milhões de apoiadores para impulsionar a mudança.

*Por Natasha Olsen
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*Fonte: ciclovivo

Estudo da NASA mostra quais são os países que mais emitem CO2

Dados de satélites mostram China, EUA e Índia como maiores emissores. Brasil ocupa a 7ª posição.

Para calcular a quantidade de CO2 emitida por cada país do mundo, o método usado considera as emissões de cada setor da economia das diferentes nações, usando uma abordagem “de baixo para cima” em que as informações partiam de dados levantados nos diferentes territórios do mundo. Mas, uma nova abordagem para responder esta pergunta usa dados de satélite da NASA.

Um novo artigo publicado no Earth System Science Data no início de março traz uma abordagem “de cima para baixo”, com informações dos satélites da NASA para calcular quanto dióxido de carbono é emitido por mais de 100 países, além da quantidade de CO2 que estes territórios absorvem da atmosfera.

“Nossas estimativas de cima para baixo fornecem uma estimativa independente dessas emissões e remoções, portanto, embora não possam substituir a compreensão detalhada do processo dos métodos tradicionais de baixo para cima, podemos verificar a consistência de ambas as abordagens”, explica Philippe Ciais, coautor do estudo e diretor de pesquisa da Climat et de l’Environnement da França.

O método “de baixo para cima” comumente usado para calculara emissão de carbono é extremamente útil, mas também exige experiência e dados precisos, tornando-o mais difícil para nações com menos recursos. O método “de cima para baixo” pode, portanto, preencher as lacunas, fornecendo dados para mais de 50 países que não relataram suas emissões na última década.

“A NASA está focada em fornecer dados de ciências da Terra que abordam os desafios climáticos do mundo real, que podem ajudar governos de todo o mundo a medir o impacto de seus esforços de mitigação de carbono”, disse Karen St. Germain, diretora da Divisão de Ciências da Terra da NASA.

O artigo, que foi o trabalho de mais de 60 estudiosos de todo o mundo, usou dados de dióxido de carbono da missão Orbiting Carbon Observatory-2 ( OCO-2 ) da NASA, bem como dados do nível do solo, avaliando o período entre os anos de 2015 e 2020.

Os dados de satélite revelaram que os 10 principais emissores de CO2 foram:

China
Estados Unidos
Índia
Indonésia
Malásia
Brasil
México
Irã
Japão
Alemanha

O Reino Unido, países do oeste da União Européia, Austrália, Cazaquistão, grande parte do norte da África, África do Sul, Chile, Tailândia e Filipinas também estão entre os grandes emissores globais. No Sul Global, o desmatamento foi um dos principais impulsionadores das emissões, de acordo com a NASA.

No geral, as descobertas são semelhantes a outras listas dos principais países emissores, com China, EUA e Índia liderando o ranking. A diferença é que, nesta nova abordagem, Rússia, Canadá e Arábia Saudita saem da lista dos 10 principais emissores.

De acordo com os autores do estudo, esta mudança pode ser causada pelo fato de que os dados de emissões nacionais normalmente incluem apenas emissões de gases de efeito estufa e remoções de terras gerenciadas, enquanto os dados de satélite também representam terras não gerenciadas.

Além dos impactos humanos diretos contabilizados por inventários nacionais, ecossistemas não administrados, como algumas florestas tropicais e boreais – onde os humanos têm uma pegada mínima – podem sequestrar carbono da atmosfera, reduzindo assim o potencial aquecimento global.

“Os inventários nacionais destinam-se a rastrear como as políticas de gerenciamento impactam as emissões e remoções de CO2. A atmosfera não se importa se o CO2 está sendo emitido pelo desmatamento na Amazônia ou pelos incêndios florestais no Ártico canadense. Ambos os processos aumentarão a concentração de CO2 atmosférico e impulsionarão as mudanças climáticas. Portanto, é fundamental monitorar o balanço de carbono de ecossistemas não gerenciados e identificar quaisquer mudanças na absorção de carbono”, explica Noel Cressie um dos autores do estudo e professor da Universidade de Wollongong, na Austrália.

Este é um exemplo como os dados do espaço podem ajudar a melhorar a vida na Terra e chega em um momento chave para as nações que buscam calcular suas emissões e planejar suas reduções. Isso porque 2023 marca o primeiro balanço global, no qual os signatários do acordo de Paris devem avaliar seu progresso para limitar o aquecimento global a bem menos de 2ºC acima dos níveis pré-industriais.

Os pesquisadores afirmam que este projeto piloto pode ser aprimorado para entender como as emissões de nações individuais estão mudando. “Observações sustentadas e de alta qualidade são críticas para essas estimativas de cima para baixo”, disse o principal autor Brendan Byrne, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA no sul da Califórnia.

“As observações contínuas do OCO-2 e dos locais de superfície nos permitirão rastrear como essas emissões e remoções mudam à medida que o Acordo de Paris é implementado. Futuras missões internacionais que fornecem mapeamento expandido das concentrações de CO2 em todo o mundo nos permitirão refinar essas estimativas de cima para baixo e fornecer estimativas mais precisas das emissões e remoções dos países”, completa o cientista.

>> Para saber mais sobre o projeto, acesse: https://ocov2.jpl.nasa.gov.

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*Fonte: ciclovivo

Apenas 0,001% da população global respira ar realmente limpo, diz estudo

Análise mostra que concentrações diárias do material particulado fino PM 2.5 cresceram entre 2000 e 2019, ficando acima do limite seguro indicado pela OMS

A exposição ao ar poluído afeta a saúde de milhões de pessoas e contribui para a carga global de doenças e mortalidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse problema é responsável pela morte de 7 milhões de pessoas por ano no mundo e está relacionado a doenças cardiovasculares, respiratórias e até câncer.

O material particulado (PM 2.5) é um dos principais fatores de risco. O termo refere-se às partículas de poeira com 2,5 mícrons de diâmetro (20 vezes menos do que um grão de areia), e inclui partículas inaláveis suficientemente pequenas para penetrar no sistema respiratório. E elas está por todo lado, literalmente.

É o que indica um estudo na Universidade Monash, na Austrália, publicado na edição de março do periódico The Lancet Planetary Health. De acordo com a pesquisa, apenas 0,18% da área terrestre global e 0,001% da população mundial estão expostos a níveis considerados seguros de PM 2.5.

Até então, poucos estudos haviam analisado as variações globais das concentrações diárias de PM 2.5 nas últimas duas décadas. O novo trabalho apresenta um mapa de como isso mudou entre os anos 2000 e 2019.

Yuming Guo, pesquisador e professor na Faculdade de Saúde Pública e Medicina Preventiva da Universidade Monash, conta que a equipe usou uma abordagem inovadora de aprendizado de máquina para integrar várias informações meteorológicas e geológicas.

Os cientistas também recorreram a observações tradicionais de monitoramento da qualidade do ar, detectores meteorológicos e de poluição do ar baseados em satélite. “Usamos métodos estatísticos e de aprendizado de máquina para avaliar com mais precisão as concentrações diárias globais de PM 2.5 no nível da superfície em uma alta resolução espacial entre 2000 e 2019”, relata Guo, em comunicado. “Focamos em áreas acima de 15 microgramas por metro cúbico (μg/m³), que é considerado o limite seguro pela OMS; limite esse que ainda é discutível.”

O estudo revelou que a concentração anual de PM 2.5 e os dias de alta exposição aos materiais particulados na Europa e na América do Norte diminuíram ao longo das duas décadas; mas as exposições aumentaram no sul da Ásia, na Austrália, Nova Zelândia, América Latina e no Caribe.

Acima do limite
Outro ponto é que, apesar de uma pequena diminuição nos dias de alta exposição ao PM 2.5, em 2019, mais de 70% dos dias ainda apresentavam concentrações superiores a 15 μg/m³. Nas regiões sul e leste da Ásia, mais de 90% dos dias apresentaram concentrações diárias acima do limite seguro.

Ainda em 2019, a Austrália e a Nova Zelândia tiveram um aumento acentuado no número de dias com altas concentrações de PM 2.5. Mas esses ainda foram os locais com menores concentrações de material particulado, com apenas 8,5 μg/m³. Na Oceania como um todo, foi observada uma concentração de 12,6 μg/m³; e na América do Sul, de 15,6 μg/m³.

As maiores concentrações de PM 2.5 estão distribuídas nas regiões da Ásia Oriental, com 50,0 µg/m³) e do Sul da Ásia (37,2 µg/m³), seguidas pelo norte da África (30,1 µg/m³). De acordo com o estudo, levando em conta 175 países, a concentração média anual ponderada de PM 2.5 para o período entre 2000 e 2019 foi estimada em 32,8 μg/m 3.

As maiores concentrações também apresentaram diferentes padrões sazonais. “No nordeste da China e no norte da Índia, a maior alta foi durante os meses de inverno (dezembro, janeiro e fevereiro), já as áreas orientais da América do Norte apresentaram altas PM 2.5 nos meses de verão (junho, julho e agosto)”, destaca Guo.

Na América do Sul, os maiores registros de poluição atmosférica de PM 2.5 ocorreram em agosto e setembro, e na África Subsaariana entre junho e setembro. “Com essas informações, os formuladores de políticas, autoridades de saúde pública e pesquisadores podem avaliar melhor os efeitos da poluição do ar a curto e longo prazo na saúde e desenvolver estratégias de mitigação da poluição do ar”, considera Guo.

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*Fonte: revistagalileu

Crise global da água é mais severa do que se pensava, conclui estudo

Pesquisa analisou dados de 9,5 mil bacias hidrográficas do planeta e concluiu que elas são mais sensíveis que o esperado às mudanças climáticas

Projeções sobre o impacto do clima no fluxo de rios têm sido calculadas há décadas, a maioria com base em modelos físicos, como é o caso das projeções realizadas pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Entretanto, novas análises indicam que esses modelos subestimam a disponibilidade de água no cenário da atual emergência climática.

É o caso de uma pesquisa conduzida pelo professor Günter Blöschl, da Universidade Técnica de Viena, na Áustria, que se uniu a colegas da China, da Austrália, dos EUA e da Arábia Saudita para construir e analisar um grande banco de dados de observações de fluxos d’água em todo o mundo. A investigação incluiu mais de 9.500 bacias hidrográficas do planeta, com dados de diferentes décadas.

Os resultados foram publicados no periódico Nature Water nesta quinta-feira (2) e mostram que as consequências das mudanças climáticas ao criar crises hídricas locais têm uma extensão ainda maior do que o esperado. Isso porque, segundo o novo estudo, a conexão entre precipitação e quantidade de água nos rios é mais sensível do que se pensava.

“Na comunidade da climatologia, os efeitos das mudanças climáticas na atmosfera são muito bem compreendidos. No entanto, suas consequências locais nos rios e na disponibilidade de água caem no campo da hidrologia”, explica Blöschl, em comunicado.

A crise climática altera circulação atmosférica global, que por sua vez muda o regime de chuvas e a evaporação em boa parte mundo. Consequentemente, a quantidade de água dos rios para ser utilizada localmente também sofre mudanças.

Daí porque, segundo os autores, os modelos de previsão dos efeitos das mudanças climáticas no abastecimento hídrico devem ser revisados, pois eles não têm as medições de escoamento que o novo modelo proporciona.

De acordo com a análise, o fluxo global de água esperado entre 2021 e 2050 pode ser menor do que o previsto pelos Modelos do Sistema Terrestre. Principalmente na África, na Austrália e na América do Norte, que têm um risco significativamente maior de crises de abastecimento de água nas próximas três décadas.

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*Fonte: revistagalileu

Acordo histórico vai proteger a vida nos oceanos

Novo tratado da ONU aumenta de 1,2% para 30% as áreas protegidas em alto mar – 50% da superfície da Terra

Depois de quase 20 anos em discussão, com negociações que envolveram mais de 100 países, um acordo histórico foi assinado na ONU para proteger a vida nos oceanos. Com várias interrupções ao longo dos anos, a última negociação levou duas semanas e o anúncio do acordo marcou o encerramento da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

Assinado no dia 4 de março de 2023, o tratado unificado entre os membros das Nações Unidas vai aumentar de 1,2% para 30% as áreas de proteção contra pesca, mineração e tráfego marinho. Para começar a valer, o acordo deve ser analisado por juristas e traduzido para 6 os seis idiomas da ONU.

Ambientalistas comemoraram o acordo, considerado um passo fundamental para a defesa da biodiversidade marinha. A porcentagem de áreas protegidas dos oceanos vai passar de 1,2% para 30%. Isso significa que haverá um controle mais rígido do trânsito de embarcações, mineração e pesca nestes locais. Atividades comerciais nos oceanos, como a pesca e o turismo também vão ter regras básicas.

“Este é um dia histórico para a conservação e um sinal de que, em um mundo dividido, proteger a natureza e as pessoas supera a geopolítica”, celebrou a ambientalista Laura Meller, do Greenpeace.

Para gerenciar a conservação da biodiversidade marinha, um novo órgão será criado. O foco do tratado está no alto mar, áreas situadas a mais de 370 km da costa e que estão fora das águas pertencentes aos países costeiros. Apesar de não ter “nacionalidade”, o alto mar cobre cerca de 50% da superfície da Terra. Ou seja, o novo tratado vai proteger metade da superfície terrestre.

Especialistas explicam que as leis atuais não são claras e prejudicam tanto o ambiente marinho quanto empresas e pessoas que dependem destas atividades. Um dos objetivos do tratado é proteger as migrações anuais de baleias, golfinhos, tartarugas e peixes de atividades comerciais.

Oceanos ameaçados
Dados da União Internacional para Conservação da Natureza, revelam que 10% das espécies marinhas estão ameaçadas de extinção. As causas vão desde as mudanças climáticas, a poluição das águas, a pesca predatória e ilegal e o tráfego de embarcações. A mineração entra para alista de riscos para a vida marinha.

“Esta é uma oportunidade única em uma geração para proteger os oceanos – uma grande vitória para biodiversidade”, reforça o especialista em oceanos do Pew Charitable Trusts, Nichola Clark.

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*Fonte: ciclovivo

Afinal, qual é a cor da água?

A água é uma das substâncias mais abundantes no mundo, estando no cerne do desenvolvimento de civilizações e sendo uma fonte de vida essencial para os seres vivos. E como ela se apresenta em diferentes tonalidades na natureza, a depender do ambiente, há momentos em que surgem dúvidas sobre qual seria, afinal, a cor da água.

Quando falamos de uma água própria para consumo humano, é importante destacar que ela não possui nenhuma cor. E que, além disso, ela apresenta outras características importantes, devendo ser inodora (sem cheiro) e insípida (sem sabor). Ou seja, se ela não se encontra nesse estado, não se trata de água potável.

Mar azul ou mar verde?
Agora, quando a água disposta na natureza apresenta outras tonalidades, a presença de partículas e micro-organismos pode ajudar a explicar o que está por trás disso. Quando falamos da água do mar, por exemplo, ela pode aparecer tanto em tons de azul quanto mais esverdeados.

Também há teorias que sugerem que a água é azul por espelhar o céu, mas a verdade é que isso não é o suficiente para ser um fator determinante. A areia das praias, por sua vez, exerce seu papel, já que quando ela é mais clara e reflete a luz solar, o mar acaba ganhando um aspecto mais translúcido. Já nas áreas mais profundas do oceano, o azul fica mais intenso.

E claro, a ciência tem outra explicação para isso, já que a água, ao absorver os comprimentos de cores que possuem uma maior onda, emitidos pelo sol, acaba por refletir o azul. Outro motivo se dá em virtude da ação de diversos micro-organismos presentes no mar, a exemplo das algas.

Inclusive, outros animais, como as baleias, podem mudar essa tonalidade azul para outras cores ao despejar fluídos na água, o que pode causar certo espanto em quem observa essa ação ocorrer.

Quando voltamos nosso olhar para os rios, é comum que eles apresentem uma tonalidade mais turva e próxima do marrom. E isso acontece graças ao processo constante de sedimentação das rochas presentes em seu leito.

Muitas cores e muitos motivos
Além disso, quando um rio assume tons azulados ou esverdeados, pode ser em virtude da alta concentração de minerais. No mar, isso pode ser fruto da ação de correntes oceânicas e do movimento das massas de ar, conferindo um aspecto diferente do habitual, ainda que por um período limitado.

Alguns locais também apresentam águas em outras tonalidades, a exemplo do Mar Negro, que
conta com forte presença de partículas que possuem uma coloração mais escura. Mas nem sempre ele ficou como mesmo aspecto.

No ano de 2017, por exemplo, o Mar Negro assumiu a cor turquesa graças à ação dos fitoplânctons, constituindo um fenômeno natural observado do espaço e que surpreendeu por sua beleza, ressaltando o quanto, na verdade, há uma série de elementos que podem atuar e influenciar na visão que temos de lagos, rios e do próprio oceano.

*Por Mychelle Araujo
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*Fonte: megacurioso

“Somos inundados de informação e famintos de sabedoria”- Zygmunt Bauman

“Eu me pergunto se somos mais sábios que Aristóteles. Eu não sou, tenho certeza disso, mas e quanto aos outros? Não é muito claro. Winston, um grande biólogo, costumava falar que nós somos inundados por informações e famintos por sabedoria, e ele estava certo.

Quando eu era jovem, eu e a minha geração acreditávamos que o que nos impedia de resolver todas as questões do mundo era a ausência do conhecimento correto. Nós precisávamos de mais pesquisa, mais recursos para pesquisas, mais dados, mais informações. Agora, eu acredito que é ao contrário: o nosso principal obstáculo é o excesso de conhecimento. Todo dia a quantidade de nova informação produzida, de acordo com algumas estatísticas, é mil vezes maior do que a capacidade do cérebro humano de assimilá-la. Então, quando eu coloco uma pergunta no Google com uma informação sobre algo qualquer, eu recebo dúzias de bilhões de respostas. O que eu aprendi com o Google é que eu nunca saberei o que eu deveria saber.

Isso não necessariamente significa que eu sou mais sábio do que antes. Claro que eu tenho um acesso muito fácil à informação: eu não preciso ir até a biblioteca procurar por centenas de livros para encontrar aquela informação que eu estou procurando, pois tudo está ao alcance dos meus dedos. Isso significa que eu sou mais sábio? Eu não tenho certeza. Ao contrário, eu me sinto humilhado ao redor dos outros, não só por não ser mais sábio do que eu sou, mas também pela impossibilidade de adquirir a sabedoria que nos permite realmente, autoritariamente e responsavelmente responder à pergunta que está à nossa frente.

Felizmente, nós temos o Mark Zuckerberg com o Facebook, o Google e outras coisas que nos auxiliam com tranquilizantes, os quais tratam de doenças que sofremos como solidão, falta de conhecimento e outras. Nós podemos ter um substituto. O Google tem a maior biblioteca do mundo, mas não é a maior biblioteca de livros, e, sim, de trechos, de citações, de partes e pedaços desconectados.

Atualmente, nós podemos ter, muito rapidamente, cada pedaço desses trechos quando quisermos, mas, se isso nos dá uma maior capacidade de conhecimento, eu não sei. Eu não acredito que nós resolvemos as questões completamente, não só agora como também em épocas passadas. Gordon Allport uma vez disse que nós não resolvemos os problemas, nós só nos cansamos e os abandonamos. Esse é um lado da questão; o outro é que todas as respostas que somos capazes de dar são, até segunda ordem, destinadas a ser deixadas para trás pelo desenvolvimento do conhecimento, pois tudo é temporário.

O problema de poder adquirir o conhecimento completo de qualquer coisa é atenuado pelos serviços de tranquilizantes, porque o que nos é oferecido não é tarefa de conseguir a visão da totalidade, mas, sim, uma grande quantidade de notas de rodapé sobre o que estamos escrevendo. Se há duzentas notas de rodapé em um trabalho, pronto, é científico.”

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*Fonte: provocacoesfilosoficas

França bane descartáveis em redes de fast-food

Clientes que comem ou bebem no local têm agora direito a utensílios reutilizáveis

A França começou 2023 com combate à geração de resíduos plásticos e aos itens de uso único, em geral. Já no primeiro dia do ano entrou em vigor a lei que proíbe redes de fast-food a oferecerem embalagens, copos, pratos e talheres descartáveis.

Banir recipientes de uso único é o intuito de uma lei francesa de 2020, que estendeu o prazo até 2023 para empresas se adequarem. De acordo com as novas regras, todos os clientes que comerem ou beberem nas próprios estabelecimentos terão direito a utensílios reutilizáveis.

O foco é proibir não só os plásticos, mas qualquer item descartável – ainda que menos poluente – como papelão, madeira e bambu. O receio, entretanto, de organizações ambientais locais, é que os produtos sejam substituídos por plástico rígido, o que tem sido feito pelo McDonald’s, por exemplo, para dispor as batatas fritas.

A medida é válida para locais com mais de 20 lugares – incluindo redes de padarias, fast-food e restaurantes de sushi. Caberá ao estabelecimento fornecer copos, pratos, pratos e talheres reutilizáveis ​​e laváveis.

Lei necessária
Trata-se de uma mudança de grande impacto para os gestores que terão de incluir lava-louças eficientes e treinar funcionários para impedir que os clientes joguem fora ou levem para casa os utensílios. Clientes assíduos que estão acostumados a descartar suas bandejas repletas de descartáveis nas lixeiras, após uma rápida refeição, também ficarão surpresos com a redução de lixo individual em consequência da medida.

Os desafios, ainda que presentes, são necessários para reverter a imensa geração de lixo produzida pela sociedade nas últimas décadas. Atualmente, os plásticos representam 85% do lixo marinho e nos oceanos tais resíduos se quebram em minúsculas partículas impossíveis de serem recuperadas. Apesar de inúmeros estudos alertarem para a problemática, a produção de lixo plástico segue em crescimento. Com a pandemia, os pedidos de refeições via aplicativos de delivery, por exemplo, cresceu e um estudo da consultoria econômica Ex Ante, a pedido da Oceana, aponta que o consumo de itens de plástico descartáveis nesse segmento aumentou 46% entre 2019 e 2021, saindo de 17,16 mil para 25,13 mil toneladas.

“É uma medida emblemática que, se implementada corretamente, fará uma diferença muito concreta para as pessoas – definitivamente vai na direção certa”, disse Moira Tourneur, da organização sem fins lucrativos Zero Waste France, a AFP (Agence France-Presse). Ainda segundo a agência de notícias, a França possui cerca de 30 mil lojas de fast-food e servem seis bilhões de refeições por ano, o que gera em torno de 180 mil toneladas de resíduos.

Delivery sustentável
A lei francesa refere-se somente aos alimentos consumidos nos restaurantes. Quem levar a refeição “para viagem” ainda receberá o pedido embrulhado em embalagens descartáveis. Uma nova lei alemã aposta justamente no contrário: dar às pessoas o direito de levar comida para viagem em recipientes reutilizáveis.

Na Alemanha, a medida impõe que empresas que ofereçam alimentos ou bebidas para viagem devem fornecer recipientes reutilizáveis para os clientes. Para tanto, não podem cobrar extra. No máximo, poderá ser pedido uma espécie de depósito caução – que deverá ser devolvido integralmente.

De acordo com o ministro de meio ambiente, Steffi Lemke, os resíduos produzidos pela indústria de take-away são uma preocupação crescente no país. A lei alemã, que também entrou em vigor em 2023, isenta lojas pequenas, com menos de cinco funcionários, e embalagens como caixas de pizza.

*Por Marcia Sousa
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*Fonte: ciclovivo

Qual o valor de uma árvore?

Um pesquisador da Esalq da cidade de Piracicaba decidiu responder esta questão. Confira!

O engenheiro florestal Flávio Henrique Mendes criou uma nova metodologia para calcular o valor aproximado que as árvores geram em serviços ecossistêmicos para a sociedade. O estudo foi desenvolvido durante seu doutorado, desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Recursos Florestais, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e acaba de ser publicado na revista científica Labverde.

Orientada pelo professor Demóstenes Ferreira da Silva Filho, do departamento de Ciências Florestais, a pesquisa desenvolveu um método simplificado de valoração baseado na relação entre a área da copa, o Índice de Área Foliar (IAF) e um parâmetro médio R$/m2 de copa encontrado na literatura, ou seja, na magnitude da copa, uma vez que a maior parte dos serviços ecossistêmicos provém dela.

Quanto vale uma árvore?
A cidade de Piracicaba foi a escolhida por Mendes para realizar o seu estudo aproximado. A pesquisa estimou que as árvores retornem cerca de R $41 milhões por ano para a cidade em serviços ecossistêmicos. “Áreas arborizadas exigem menor investimento do poder público em manutenção de vias, além dos benefícios para a saúde humana”, pondera o autor do estudo.

Método acessível
Na prática, o pesquisador utilizou um método bastante acessível à população em geral. Segundo o engenheiro florestal, o valor do Índice de Área Foliar (IAF) pode ser calculado utilizando-se lentes fotográficas grande-angular, também conhecidas como “olho de peixe” a um preço acessível. As áreas de copa também podem ser medidas no próprio local, usando-se equipamentos ou até mesmo utilizando o passo como medida.

Metodologia utilizada pelo pesquisador para calcular o Índice de Área Foliar (IAF) utilizando fotografias. | Montagem de fotos retirada do estudo “Valoração monetária da arborização urbana baseada na magnitude da copa em Piracicaba/Brasil”

O levantamento levou em conta uma base de registro da cidade de Piracicaba de 60.146 árvores urbanas localizadas em calçadas. “Esse conjunto pode retornar ao município aproximadamente R $41 milhões (USD 8,2 milhões) por ano em serviços ecossistêmicos”, comentou Mendes.

Sapucaia do XV
Um dos símbolos do conjunto arbóreo piracicabano é um exemplar de Sapucaia, plantado em comemoração ao final da I Guerra Mundial. Localizada ao lado do Estádio Municipal Barão de Serra Negra, a árvore chama a atenção do público em geral. “Como curiosidade, estimamos a valoração desta árvore símbolo do município e percebemos que sozinha ela retorna cerca de R $9 mil ao ano em serviços ecossistêmicos além, claro, dos valores históricos e sentimentais envolvidos no contexto dessa árvore”, aponta o pesquisador.

Segundo o autor do trabalho, investigações como esta, nas quais são aplicadas soluções baseadas na Natureza (SbN), poderão auxiliar no planejamento, gestão e formulação de políticas públicas. “A arborização urbana proporciona importantes serviços ecossistêmicos, porém, cada vez mais ela compete pelo espaço com grandes superfícies cinzentas, o que a pode tornar um elemento secundário no planejamento das cidades. A valoração monetária das árvores urbanas aparece, então, como mais uma alternativa capaz de mostrar a relevância desses seres vivos. Na prática, isso poderia viabilizar o pagamento por serviços ambientais como descontos em IPTU, por exemplo, aos moradores que possuem árvores em frente à sua casa”, finaliza.

Clique aqui e acesse o artigo na íntegra.

*Por Mayra Rosa
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*Fonte: ciclovivo

10 países mais seguros do mundo para viajar; Brasil cai na lista

Na América do Sul, Brasil ficou à frente apenas da Colômbia e da Venezuela; veja lista

Para nós brasileiros, a segurança é um dos fatores principais quando pensamos em viajar ou mudar de país. Um levantamento feito pelo Institute of Economics and Peace (Instituto de Economia e Paz, em português) apontou os países mais e menos seguros do mundo.

O Global Peace Index 2022 (Índice Global da Paz) analisou 163 países, com base no nível de segurança e proteção social, a extensão do conflito doméstico e internacional em andamento e o grau de militarização.

Conheça os dez países mais seguros do mundo para viajar
Os países receberam pontuação de um e cinco –sendo um o mais pacífico e cinco o menos— em 23 indicadores qualitativos e quantitativos.

O posto de nação mais segura do mundo ficou com Islândia, com 1,1. O país nórdico, que mantém a posição desde 2008, tem alguns dos menores gastos militares e taxas de conflito internacional do mundo. Outro ponto é o índice de encarceramento: 33 por 100 mil pessoas –o mais baixo de toda a Europa.

Em segundo lugar na lista global de países mais seguros do mundo ficou a Nova Zelândia, com pontuação 1.269, seguida da Irlanda, com 1.288, Dinamarca, com 1.296, e Áustria, como 1.3.

Brasil caiu duas posições no ranking de países mais seguros do mundo

O Brasil caiu duas posições no ranking em relação ao ano passado, passando de 128º para 130º, com nota 2.465. No continente, o país ficou atrás do Uruguai (47º), Chile (55º), Argentina (69º), Paraguai (77º), Equador (79º), Bolívia (80º) e Peru (101º), à frente apenas da Colômbia (144º) e Venezuela (148º).

Os 10 países mais seguros do mundo para viajar
1 – Islândia (1,1)
2 – Nova Zelândia (1.269)
3 – Irlanda (1.288)
4 – Dinamarca (1.296)
5 – Áustria (1.3)
6 – Portugal (1.301)
7 – Eslovênia (1.316)
8 – República Tcheca (1.318)
9 – Singapura (1.326)
10 – Japão (1.336)

10 países menos seguros do mundo para viajar
163 – Afeganistão (3.554)
162 – Iêmen (3.394)
161 – Síria (3.356)
160 – Rússia (3.275)
159 – Sudão do Sul (3.184)
158 – República Democrática do Congo (3.166)
157 – Iraque (3.157)
156 – Somália (3.125)
155 – República Centro Africana (3.021)
154 – Sydão (3.007)

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*Fonte: catracalivre

Algas podem salvar a produção global de alimentos

O mundo precisará intensificar significativamente a produção de seu sistema de produção de alimentos e, em simultâneo, reduzir seus impactos sobre o clima, o uso da terra, os recursos de água doce e a biodiversidade.

Um novo estudo publicado na revista Oceanography especula que o futuro problema global de produção de alimentos poderia ser resolvido através do cultivo de microalgas nutritivas e densas em proteínas (unicelulares) em sistemas de aquicultura terrestre, alimentados por água do mar.

Atualmente, a agricultura é a espinha dorsal da produção de alimentos, mas com altos custos ambientais e muitas emissões de gases de efeito estufa, há muito a melhorar. A aquicultura marinha está subdesenvolvida e também tem impactos ambientais.

“Nós simplesmente não podemos atingir nossos objetivos com a maneira como produzimos alimentos atualmente e nossa dependência da agricultura terrestre”, disse Charles Greene, professor emérito de ciências terrestres e atmosféricas e autor principal do artigo.

É aqui que entram os sistemas de aquicultura em terra. Os pesquisadores da Universidade Cornell argumentam que o crescimento de algas em fazendas de aquicultura em terra pode fazer uma grande diferença. Os pesquisadores observaram como o crescimento de algas em terra poderia preencher a lacuna projetada nas futuras demandas nutricionais da sociedade. Além disso, a pegada ambiental dessas novas fazendas reduziria o desmatamento e não exigiria solo ou fertilizante.

“Temos uma oportunidade de cultivar alimentos altamente nutritivos, de rápido crescimento, e podemos fazê-lo em ambientes onde não estamos competindo por outros usos”, explicou Greene. “E como estamos cultivando em instalações relativamente fechadas e controladas, não temos o mesmo tipo de impacto ambiental”.

Os pesquisadores da Cornell utilizaram modelos baseados em SIG para prever rendimentos baseados na luz solar anual, topografia e outros fatores ambientais e logísticos. Os resultados dos modelos revelam que os melhores locais para instalações de cultivo de algas em terra ficam ao longo das costas do Sul Global, incluindo ambientes desérticos.

As microalgas marinhas são uma fonte grande e inexplorada de proteína dietética de alta qualidade. As microalgas marinhas também fornecem nutrientes que faltam nas dietas vegetarianas, tais como aminoácidos essenciais e minerais encontrados na carne e ácidos graxos ômega-3, muitas vezes de origem em peixes e frutos-do-mar. As algas crescem dez vezes mais rápido que as culturas tradicionais e podem ser produzidas de forma mais eficiente que a agricultura em seu uso de nutrientes.

Ao reduzir a demanda da agricultura por terras de cultivo, o crescimento das microalgas marinhas também pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a perda de biodiversidade, disseram os pesquisadores. Além disso, enquanto a agricultura de algas resolve muitos problemas relacionados a alimentos e ao meio ambiente no papel, ela só pode ser bem sucedida se as pessoas a adotarem em dietas e para outros usos.

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*Fonte: socientifica

Europa vive onda de calor sem precedentes

Reino Unido bate recorde de temperatura; Espanha e Portugal chegam a mil mortes.

Dois aeroportos em Londres, na Inglaterra, fecharam na última segunda-feira (18) após as altas temperaturas danificarem a pista de pouso. O ocorrido é parte de uma série de acontecimentos em decorrência da forte onda de calor que atinge a Europa.

Órgãos de saúde da Espanha e Portugal apontam o calor como responsável por ao menos mil mortes. Os dois países, mais a França, estão enfrentando incêndios florestais de grandes proporções. Em algumas regiões da França, moradores e turistas tiveram que ser evacuados às pressas de residências e acampamentos.

De acordo com o presidente francês, Emmanuel Macron, o ano de 2022 já contabiliza três vezes mais área de floresta queimada em comparação com 2020.

Na Espanha, os termômetros chegaram a bater 45,7ºC. Com dados do Instituto de Saúde Carlos III, a agência de notícias Reuters informa que a onda de calor causou pelo menos 360 mortes.

Já na cidade de Lousã, em Portugal, alcançou 46,3°C na última quarta-feira (13). O Ministério da Saúde português afirma que 659 pessoas, a maioria idosas, morreram devido ao calor.

Calor no Reino Unido
De todos as regiões que mais sofrem neste momento, o Reino Unido é o que mais vem chamando atenção. O recorde de temperatura britânico era de 38,7°C – registrado em 2019 – porém, nesta terça-feira (19), os termômetros nos arredores do Aeroporto de Heathrow, em Londres, marcaram 40,2°C. É a maior temperatura da história.

Pela primeira vez na história, o serviço de meteorologia britânico (UK Met Office, em inglês) emitiu um alerta vermelho para calor excepcional. Isso significa que há um risco potencial de vida. Também pudera, a estimativa dos cientistas britânicos era de que só em 2050 o país chegaria a 40ºC no verão.

No comunicado, publicado na segunda-feira (18), o órgão britânico e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) deixam claro que o calor extremo é consequência das mudanças climáticas. O texto explica que eventos como este até podem acontecer dentro de uma variação natural climática, por causa das transformações em padrões globais de temperatura, no entanto, o aumento, frequência, duração e intensidade desses eventos, em décadas recentes, estão claramente associados ao aquecimento do planeta e à atividade humana.

A situação que teve início há uma semana está se estendendo e possivelmente atingirá novos recordes. A previsão era de que as temperaturas em Paris, capital da França, também ultrapassassem os 40ºC nesta terça-feira – o que ainda não foi confirmado.

Em mensagem gravada, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que metade da humanidade já está sofrendo com inundações, secas, tempestades e incêndios florestais oriundos das condições extremas. Porém, ainda assim, “as nações continuam jogando o jogo da culpa em vez de assumir a responsabilidade por nosso futuro coletivo”, declarou.

Segundo a ONU, a área de alta pressão atualmente sobre o Reino Unido deve se mover para o centro-norte da Europa e alcançar os Bálcãs até meados da próxima semana, elevando as temperaturas também nestas regiões.

*por Marcia Sousa
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*Fonte: ciclovivo

Os 10 países mais ecológicos do mundo

O Índice de Desempenho Ambiental (IDA) é um fator chave para indicar a vitalidade do ecossistema de um país e sua saúde ambiental, podendo assim determinar os países mais ecológicos do mundo. 23 indicadores são analisados, dentre 11 questões envolvendo qualidade do ar, saneamento e água potável, metais pesados, biodiversidade e habitat, serviços de ecossistema, pesca, mudança climática, emissores de poluição, recursos d’água, agricultura e gestão de resíduos. A lista abaixo inclui os 10 países mais ecológicos do mundo, de acordo com o IDA.

Os países mais ecológicos do mundo

10. Islândia
green1A Islândia é admirada há um bom tempo por suas políticas ambientais. Com pontuação de 62.80 no IDA de 2002, é um dos países mais ecológicos do mundo. Os setores bem desenvolvidos de energia hidro e geotérmica fornecem a energia às indústrias da nação. O país promove um estilo de vida ecológico, inclusive com ecoturismo. O governo também incentiva o desenvolvimento de produtos com tecnologia verde.

9. Suíça
green2A Suíça teve pontuação de 65.9 em 2022, descendo 6 posições do ranking de 2021, onde ocupava a terceira posição. O país tem alta pontuação em termos de recursos d’água, limpeza da água, sustentabilidade e saúde ambiental.

Itens ecológicos estão se tornando cada vez mais comuns e necessários no setor público da Suíça. Além disso, é um dos países que mais recicla no mundo. A Suíça também usa todas as formas disponíveis de energia geotérmica e solar, assim como turbinas eólicas. A energia hidrelétrica amonta cerca de 56% das fontes renováveis de energia do país.

8. Áustria
A Áustria tem pontuação de 66.5 na escala do IDA, o que a torna um dos países mais ecológicos do mundo. Uma das maneiras pelas quais mantém esse índice é a preservação contínua das condições naturais do seu meio ambiente. O país tomou vários passos significativos, inclusive integrando a preservação ambiental dentre os seus objetivos sociais e econômicos. Na Áustria, viver em harmonia com o meio ambiente é um estilo de vida. Muitos prédios em Vienna, por exemplo, são ecológicos, e as cidades são ricas em parques. Além disso, a agricultura e silvicultura do país se baseiam na sustentabilidade, e têm feito avanços nesses campos recentemente.

7. Eslovênia
Com pontuação de 67.30, a Eslovênia é um dos países mais ecológicos do mundo. Os esforços nos tempos recentes para proteger a herança natural do país é uma das principais razões pela colocação da Eslovênia no ranking. O país protege mais de 30% do seu território.

6. Luxemburgo
green4Essa pequena nação tem ótimos índices nas áreas de biodiversidade, habitat e recursos aquáticos. A pontuação total é 72.3, com um ranking de destaque na conservação da biodiversidade e no gerenciamento da acidificação. O país está modernizando o seu sistema de transporte público, como forma de aliviar o trânsito, e tem aumentado sua dependência de energias renováveis nos últimos cinco anos, dobrando sua energia solar e triplicando sua energia eólica.

5. Suécia
green5A Suécia vem em quinto lugar dentre os países mais ecológicos do mundo, com pontuação de 72.70 no IDA. A Suécia é reconhecida pelo uso de energias renováveis e pela emissão mínima de dióxido de carbono. A utilização de energia renovável ajuda a reduzir significativamente a quantidade de carbono no ar, criando um ambiente mais limpo e seguro na Suécia. Além disso, o país recebeu notas de 100% nas categorias de qualidade do ar e recursos hídricos na exposição de PM2,5. Também se saiu muito bem na proteção de áreas marinhas e na prevenção da perda de pastagens e áreas úmidas. A Suécia continua sendo um país verde porque possui um dos melhores sistemas de governança ambiental do mundo.

4. Malta
A nação insular de Malta ficou em quarto lugar no EPI de 2022 com uma pontuação de 75,20. O país obteve a primeira colocação em várias categorias avaliadas pelo EPI, especialmente biodiversidade e gestão de serviços ecossistêmicos. Também teve um bom desempenho no controle da taxa de acidificação, na redução dos poluentes que causam as mudanças climáticas e no fornecimento de água potável para seus cidadãos.

3. Finlândia
green6Com índice de 76.50, a Finlândia é o terceiro dentre os países mais ecológicos do mundo. O país recebeu as melhores pontuações em gerenciamento de perda de pastagens, controle de acidificação, tratamento de águas residuais, saneamento e provisão de água potável e várias outras áreas. A Finlândia obtém mais de 35% de sua energia de fontes renováveis, e proteger suas florestas e biodiversidade é uma das principais prioridades do país.

2. Reino Unido
O Reino Unido ficou em primeiro lugar em gestão de combustíveis sólidos domésticos, saneamento e água potável e políticas de mudanças climáticas, o que o ajudou a ficar em segundo lugar com uma pontuação de 77,70 na escala EPI. Atualmente, o Reino Unido abriga 8.879 turbinas eólicas que fornecem ao país energia sustentável e limpa. A nação tem grande dedicação em deixar o meio ambiente em melhores condições do que o encontrou. O núcleo deste compromisso é a agricultura sustentável.

1. Dinamarca
green7A Dinamarca, dentre os países mais ecológicos do mundo, ocupa o primeiro lugar, com IDA de 77.90. A Dinamarca se destaca por ter excelentes classificações nas categorias de “biodiversidade e habitat” e “qualidade do ar”. O governo dinamarquês implementou medidas ecológicas para incentivar as pessoas a utilizar o transporte público com mais frequência e reduzir o uso de veículos particulares, o que contribui para diminuir a poluição do ar. Inúmeras ciclovias também foram construídas para incentivar o uso de bicicletas. Além disso, a Dinamarca tem uma longa história de criação e utilização de energia renovável. A Dinamarca há muito prioriza a sustentabilidade, defendendo produtos limpos como hotéis ecologicamente corretos, barcos movidos a energia solar e alimentos orgânicos, além de promulgar algumas das legislações mais eficazes do mundo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e impedir as mudanças climáticas.

*Por Dominic Albuquerque
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*Fonte: socientifica

Dez homens têm 6x mais riqueza do que 3,1 bilhões de pobres no mundo

Os dez homens mais ricos do mundo mais que dobraram suas fortunas de US$ 700 bilhões para US$ 1,5 trilhão — a uma taxa de US$ 15.000 por segundo ou US$ 1,3 bilhão por dia — durante os primeiros dois anos de uma pandemia que viu a renda de 99% da humanidade cair e mais de 160 milhões de pessoas forçadas à pobreza.

“Se esses dez homens perdessem 99,999% de sua riqueza amanhã, ainda seriam mais ricos do que 99% de todas as pessoas deste planeta”, disse a diretora executiva da Oxfam International, Gabriela Bucher. “Eles agora têm seis vezes mais riqueza do que os 3,1 bilhões de pessoas mais pobres.”

Em um novo briefing “Inequality Kills”, publicado nesta segunda-feira (17) antes da Agenda de Davos do Fórum Econômico Mundial, a Oxfam diz que a desigualdade está contribuindo para a morte de pelo menos 21.000 pessoas por dia, ou uma pessoa a cada quatro segundos. Esta é uma descoberta conservadora baseada em mortes em todo o mundo por falta de acesso à saúde, violência baseada em gênero, fome e colapso climático.

“Nunca foi tão importante começar a corrigir os erros violentos dessa desigualdade obscena, recuperando o poder e a riqueza extrema das elites, inclusive por meio de impostos – devolvendo esse dinheiro à economia real e salvando vidas”, disse ela.

A riqueza dos bilionários aumentou mais desde o início do COVID-19 do que nos últimos 14 anos. Com US $ 5 trilhões de dólares, este é o maior aumento na riqueza bilionária desde o início dos registros. Um imposto único de 99% sobre os lucros inesperados da pandemia dos dez homens mais ricos, por exemplo, poderia pagar:

fazer vacinas suficientes para o mundo;
fornecer saúde universal e proteção social, financiar a adaptação climática e reduzir a violência de gênero em mais de 80 países;

Tudo isso, enquanto ainda deixa esses homens US $ 8 bilhões em melhor situação do que antes da pandemia.

“Os bilionários tiveram uma pandemia terrível. Os bancos centrais injetaram trilhões de dólares nos mercados financeiros para salvar a economia, mas muito disso acabou enchendo os bolsos de bilionários que aproveitam o boom do mercado de ações. As vacinas deveriam acabar com essa pandemia, mas governos ricos permitiram que bilionários e monopólios farmacêuticos cortassem o fornecimento para bilhões de pessoas. O resultado é que todo tipo de desigualdade imaginável corre o risco de aumentar. A previsibilidade disso é doentia. As consequências disso matam”, disse Bucher.

A desigualdade extrema é uma forma de violência econômica, onde políticas e decisões políticas que perpetuam a riqueza e o poder de poucos privilegiados resultam em danos diretos à grande maioria das pessoas comuns em todo o mundo e no próprio planeta.

A pandemia reduziu a paridade de gênero de 99 anos para agora 135 anos. As mulheres perderam coletivamente US$ 800 bilhões em ganhos em 2020, com 13 milhões a menos de mulheres trabalhando agora do que em 2019. 252 homens têm mais riqueza do que todos os 1 bilhão de mulheres e meninas na África, América Latina e Caribe juntos.

A pandemia atingiu os grupos racializados com mais força. Durante a segunda onda da pandemia na Inglaterra, as pessoas de origem de Bangladesh tinham cinco vezes mais chances de morrer de COVID-19 do que a população britânica branca. Os negros no Brasil têm 1,5 vezes mais chances de morrer de COVID-19 do que os brancos. Nos EUA, 3,4 milhões de americanos negros estariam vivos hoje se sua expectativa de vida fosse a mesma dos brancos – isso está diretamente ligado ao racismo histórico e ao colonialismo.

A desigualdade entre os países deverá aumentar pela primeira vez em uma geração. Os países em desenvolvimento, sem acesso a vacinas suficientes por causa da proteção dos governos ricos aos monopólios das empresas farmacêuticas, foram forçados a reduzir os gastos sociais à medida que seus níveis de dívida aumentam e agora enfrentam a perspectiva de medidas de austeridade. A proporção de pessoas com COVID-19 que morrem do vírus nos países em desenvolvimento é aproximadamente o dobro da dos países ricos.

“A pandemia do COVID-19 revelou abertamente tanto o motivo da ganância quanto a oportunidade por meios políticos e econômicos, pelos quais a extrema desigualdade se tornou um instrumento de violência econômica”, disse Bucher. “Depois de anos pesquisando e fazendo campanha sobre o assunto, esta é a conclusão chocante, mas inevitável, que a Oxfam teve que chegar hoje.”

Apesar do enorme custo do combate à pandemia, nos últimos dois anos os governos dos países ricos não conseguiram aumentar os impostos sobre a riqueza dos mais ricos e continuaram a privatizar bens públicos, como a ciência das vacinas. Eles incentivaram os monopólios corporativos a tal ponto que, apenas no período de pandemia, o aumento da concentração de mercado ameaça ser maior em um ano do que nos últimos 15 anos, de 2000 a 2015.

A desigualdade está no cerne da crise climática, já que o 1% mais rico emite mais que o dobro de CO2 que os 50% mais pobres do mundo, impulsionando as mudanças climáticas ao longo de 2020 e 2021, que contribuíram para incêndios florestais, inundações, tornados e quebras de safra e fome.

“A desigualdade em tal ritmo e escala está acontecendo por escolha, não por acaso”, disse Bucher. “Nossas estruturas econômicas não apenas tornaram todos nós menos seguros contra essa pandemia, mas também estão permitindo ativamente que aqueles que já são extremamente ricos e poderosos explorem essa crise para seu próprio lucro”.

O relatório observa a importância de as duas maiores economias do mundo – EUA e China – começarem a considerar políticas que reduzam a desigualdade, inclusive aumentando as taxas de impostos sobre os ricos e tomando medidas contra os monopólios. “Isso nos dá alguma esperança de que um novo consenso econômico surja”, disse Bucher.

Para ter acesso ao relatório completo clique aqui. 

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*Fonte: ciclovivo

Mapa permite ouvir os sons das florestas ao redor do mundo

Um dos mapas interativos mais interessantes que a gente já encontrou na internet é aquele que permite escutar as línguas e sotaques do mundo (aqui) e agora há a opção para quem deseja relaxar ou se surpreender ouvindo outra língua: a dos animais na floresta.

Clicando aqui você pode conferir de cantos de pássaros à respiração lenta de uma preguiça, de vários países.
O mapa é iniciativa de uma organização artística do Reino Unido, a Wild Rumpus que convidou usuários de todo o mundo a enviarem os sons de florestas próximas para que outras pessoas no mundo todo pudessem ter acesso a eles.

Ao Lonely Planet, a codiretora da organização, Sarah Bird disse que o mapa também serve como um arquivo de ecossistemas que estão sendo rapidamente transformados pela mudança climática. “Está bem documentado que o tempo passado na natureza pode ajudar a diminuir a frequência cardíaca e melhorar o bem-estar. Se não podemos ficar na floresta, isso parece a segunda melhor coisa”, comentou.

Sons do Brasil
Até a publicação deste post, as colaborações enviadas do Brasil eram somente treze. Se anima a participar?

Como não é preciso ter nenhum equipamento especial para captar os sons, talvez você consiga também ouvir a respiração ou algum som humano nas colaborações.
Se você está perto de algum lugar de natureza e deseja colaborar acesse o mapa no https://timberfestival.org.uk/soundsoftheforest-soundmap/ e clique em “Contribute”. Uma nova janela será aberta com as instruções que estão em inglês. Se você não fala/lê inglês e ainda assim quer contribuir, clique com o botão direito do mouse na página e clique em “traduzir para o português”. A partir daí fica mais fácil.

Ah, segundo o site as colaborações são inseridas por eles manualmente no mapa, portanto seja paciente para ver/ouvir sua contribuição nele.

Sobre a Wild Rumpus
A Wild Rumpus, colabora com a National Forest do Reino Unido na realização do Timber Festival, que ocorre anualmente em julho (em 2020 ocorreu online por causa da pandemia; em 2021 foi realizado com protocolos sanitários e para 2022 os ingressos para o festival já estão à venda).

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*Fonte: mochileiros.com

Protótipos movidos a energia solar que coletam água do ar podem ajudar bilhões de pessoas

Mesmo quando não há nuvem no céu, sempre há água circulando na atmosfera.

Comparado com todo o H2 0 na Terra, não há muito lá em cima – apenas cerca de 0,001 por cento – mas em áreas de alta umidade, mesmo essa pequena quantidade de umidade pode ser suficiente para fornecer água potável para um bilhão de pessoas.

A hidratação está aí para ser tomada. Tudo o que precisamos fazer é descobrir como obtê-la.

Se pudermos criar um dispositivo econômico e fora da rede que usa energia solar para coletar líquidos do céu, um novo jornal estima que poderíamos produzir 5 litros de água por dia em regiões sem fontes de água potável.

Infelizmente, não funcionará em todos os lugares. Parece estar havendo uma diminuição no retorno dos dispositivos de coleta de água atmosférica em locais que são muito secos, especificamente aquelas regiões que estão abaixo de 30% de umidade relativa.

Nos trópicos, entretanto, esses dispositivos hipotéticos poderiam hidratar milhões. Dois terços das pessoas sem água potável gerenciada com segurança vivem atualmente em áreas tropicais, especialmente na África, Sul da Ásia e América Latina.

No Google e em algumas pequenas start-ups, os pesquisadores já estão trabalhando em protótipos. O dispositivo de propriedade da Alphabet tem apenas um metro quadrado e usa apenas algumas células solares fotovoltaicas para gerar energia e liquidificar a água retirada do ar.

Quando a equipe testou a tecnologia emergente no ano passado, eles produziram 150 mililitros de água por hora por metro quadrado.

Um novo artigo dos autores agora usa uma ferramenta geoespacial para calcular o potencial desses dispositivos, dados os padrões globais de umidade, temperatura do ar e radiação solar.

Suas conclusões iniciais precisarão ser verificadas por mais trabalho, mas as descobertas sugerem que se um dispositivo fora da rede e econômico pode ser projetado, dimensionado e executado ao longo do dia, ele poderia servir para hidratar cerca de metade de todas as pessoas em o mundo que atualmente não tem acesso a fontes de água limpa.

A água retirada do ar não será suficiente para as pessoas usarem nas plantações ou para cozinhar ou limpar, mas com o contínuo desenvolvimento tecnológico, os pesquisadores acreditam que esses protótipos poderão um dia fornecer água potável suficiente para cerca de um bilhão de pessoas.

Infelizmente, a partir de agora, esses dispositivos são muito caros para tornar isso uma realidade. Ainda assim, pesquisadores da “Moonshot Factory” do Google argumentam que os protótipos atuais têm o potencial de ser de baixo custo.

Esses dispositivos incluem apenas algumas peças móveis e são feitos de materiais amplamente disponíveis. O processo de fabricação só precisa ser ampliado e, embora isso exija tempo e dinheiro dos investidores, os autores argumentam que vale a pena o esforço.

Atualmente, cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a água potável gerenciada de forma segura. As áreas do interior separadas do litoral são especialmente vulneráveis, mas mesmo no Pacífico tropical, o aumento dos mares devido às mudanças climáticas ameaça engolir as fontes de água doce em várias ilhas.

Um dispositivo que permite aos habitantes locais derramar uma bebida do céu pode salvar milhões de vidas e manter algumas regiões do mundo habitáveis ​​por muito mais tempo em meio a uma crise climática global.

Dada a incerteza de água potável no futuro, seríamos tolos se não continuássemos a buscar o potencial desses protótipos.

O maior sonho é criar um coletor de água atmosférico que possa funcionar em regiões áridas e úmidas, produzindo água a um custo de um centavo por litro.

No momento, os pesquisadores da empresa de propriedade da Alphabet, X, estão estagnados em 10 centavos o litro, então eles decidiram compartilhar os projetos com o mundo. Sua esperança é que alguém possa pegar o que aprendeu até agora e torná-lo lucrativo.

O estudo foi publicado na Nature

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*Fonte: sabersaude

O futuro sombrio previsto por agências de inteligência dos EUA para o mundo em 2040

A Comunidade de Inteligência dos EUA (CI), federação de 17 agências governamentais independentes que realizam atividades de inteligência, divulgou uma pesquisa sobre o estado do mundo em 2040.

E o futuro é sombrio: o estudo alerta para uma volatilidade política e crescente competição internacional ou mesmo conflito.

O relatório intitulado “Globo Trends 2040 – A More Contested World” (“Tendências Globais 2040 – Um Mundo Mais Disputado”, em português) é uma tentativa de analisar as principais tendências, descrevendo uma série de cenários possíveis.

É o sétimo relatório desse tipo, publicado a cada quatro anos pelo Conselho Nacional de Inteligência desde 1997.

Não se trata de uma leitura relaxante para quem é um líder político ou diplomata internacional – ou espera ser um nos próximos anos.

Em primeiro lugar, o relatório foca nos fatores-chave que vão impulsionar a mudança.

Um deles é a volatilidade política.

“Em muitos países, as pessoas estão pessimistas sobre o futuro e estão cada vez mais desconfiadas de líderes e instituições que consideram incapazes ou relutantes em lidar com tendências econômicas, tecnológicas e demográficas disruptivas”, adverte o relatório.

Democracias vulneráveis

O estudo argumenta que as pessoas estão gravitando em torno de grupos com ideias semelhantes e fazendo demandas maiores e mais variadas aos governos em um momento em que esses mesmos governos estão cada vez mais limitados no que podem fazer.

“Essa incompatibilidade entre as habilidades dos governos e as expectativas do público tende a se expandir e levar a mais volatilidade política, incluindo crescente polarização e populismo dentro dos sistemas políticos, ondas de ativismo e movimentos de protesto e, nos casos mais extremos, violência, conflito interno, ou mesmo colapso do estado”, diz o relatório.

Expectativas não atendidas, alimentadas por redes sociais e tecnologia, podem criar riscos para a democracia.

“Olhando para o futuro, muitas democracias provavelmente serão vulneráveis a uma erosão e até mesmo ao colapso”, adverte o texto, acrescentando que essas pressões também afetarão os regimes autoritários.

Pandemia, uma ‘grande ruptura global’

O relatório afirma que a atual pandemia é a “ruptura global mais significativa e singular desde a 2ª Guerra Mundial”, que alimentou divisões, acelerou as mudanças existentes e desafiou suposições, inclusive sobre como os governos podem lidar com isso.

Analistas previram ‘grande pandemia de 2023’, mas não associaram à covid

O último relatório, de 2017, previu a possibilidade de uma “pandemia global em 2023” reduzir drasticamente as viagens globais para conter sua propagação.

Os autores reconhecem, no entanto, que não esperavam o surgimento da covid-19, que dizem ter “abalado suposições antigas sobre resiliência e adaptação e criado novas incertezas sobre a economia, governança, geopolítica e tecnologia”.

As mudanças climáticas e demográficas também vão exercer um impacto primordial sobre o futuro do mundo, assim como a tecnologia, que pode ser prejudicial, mas também trazer oportunidades para aqueles que a utilizarem de maneira eficaz e primeiro.

Competição geopolítica

Internacionalmente, os analistas esperam que a intensidade da competição pela influência global alcance seu nível mais alto desde a Guerra Fria nas próximas duas décadas em meio ao enfraquecimento contínuo da velha ordem, enquanto instituições como as Nações Unidas enfrentam dificuldades.

Pessoas estão gravitando em torno de grupos com ideias semelhantes e fazendo demandas maiores e mais variadas aos governos em um momento em que esses mesmos governos estão cada vez mais limitados no que podem fazer, diz relatório

Organizações não-governamentais, incluindo grupos religiosos e as chamadas “empresas superestrelas da tecnologia” também podem ter a capacidade de construir redes que competem com – ou até mesmo – driblam os Estados.

O risco de conflito pode aumentar, tornando-se mais difícil impedir o uso de novas armas.

O terrorismo jihadista provavelmente continuará, mas há um alerta de que terroristas de extrema direita e esquerda que promovem questões como racismo, ambientalismo e extremismo antigovernamental possam ressurgir na Europa, América Latina e América do Norte.

Os grupos podem usar inteligência artificial para se tornarem mais perigosos ou usar realidade aumentada para criar “campos de treinamento de terroristas virtuais”.

A competição entre os EUA e a China está no centro de muitas das diferenças nos cenários – se um deles se torna mais bem-sucedido ou se os dois competem igualmente ou dividem o mundo em esferas de influência separadas.

Um relatório de 2004 também previu um califado emergindo do Oriente Médio, como o que o autodenominado Estado Islâmico tentou criar na última década, embora o mesmo estudo – olhando para 2020 – não tenha capturado a competição com a China, que agora domina as preocupações de segurança dos EUA.

O objetivo geral é analisar futuros possíveis, em vez de acertar previsões.

Democracias mais fortes ou ‘mundo à deriva’?

Existem alguns cenários otimistas para 2040 – um deles foi chamado de “o renascimento das democracias”.

Isso envolve os EUA e seus aliados aproveitando a tecnologia e o crescimento econômico para lidar com os desafios domésticos e internacionais, enquanto as repressões da China e da Rússia (inclusive em Hong Kong) sufocam a inovação e fortalecem o apelo da democracia.

Mas outros são mais desanimadores.

“O cenário do mundo à deriva” imagina as economias de mercado nunca se recuperando da pandemia de Covid, tornando-se profundamente divididas internamente e vivendo em um sistema internacional “sem direção, caótico e volátil”, já que as regras e instituições internacionais são ignoradas por países, empresas e outros grupos.

Um cenário, porém, consegue combinar pessimismo com otimismo.

“Tragédia e mobilização” prevê um mundo em meio a uma catástrofe global no início de 2030, graças às mudanças climáticas, fome e agitação – mas isso, por sua vez, leva a uma nova coalizão global, impulsionada em parte por movimentos sociais, para resolver esses problemas.

Claro, nenhum dos cenários pode acontecer ou – mais provavelmente – uma combinação deles ou algo totalmente novo pode surgir. O objetivo, dizem os autores, é se preparar para uma série de futuros possíveis – mesmo que muitos deles pareçam longe de ser otimistas.

*Por Gordon Corera

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*Fonte: bbc-brasil