Estudo mostra que brasileiro ouve 37 músicas por dia

O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) acaba de disponibilizar em seu site oficial, um estudo feito a partir dos processos de matching automático das informações recebidas das plataformas digitais com o banco de dados da instituição.

Os dados mostram que o Brasil vive um crescimento sem precedentes no consumo de música, muito por conta do streaming que habita os dispositivos móveis digitais que são carregados por praticamente todos os cidadãos.

A cada segundo, diz a entidade, 100 mil músicas nacionais e estrangeiras – de todos os segmentos – são ouvidas nas mais diferentes plataformas, o que perfaz oito bilhões de execuções em um dia.

Parece um número absurdo, mas, na verdade, é como se cada brasileiro ouvisse 37 canções em um dia. Como cada música possui em média três minutos, é como se você gastasse quase duas horas por dia curtindo um som.

“A identificação musical é uma das atividades fundamentais para o Ecad. Sem ela e sem o apoio da tecnologia, que é nossa grande aliada, o trabalho de arrecadação e distribuição de direitos autorais não seria feito de forma correta e precisa. Por isso, mais de 80% de nosso investimento é feito em tecnologia. Nosso objetivo é transformar o Ecad em uma entidade cada vez mais digital e orientada a dados”, disse Isabel Amorim, superintendente executiva do Ecad.

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*Fonte: radiorock89

Qual o valor de uma árvore?

Um pesquisador da Esalq da cidade de Piracicaba decidiu responder esta questão. Confira!

O engenheiro florestal Flávio Henrique Mendes criou uma nova metodologia para calcular o valor aproximado que as árvores geram em serviços ecossistêmicos para a sociedade. O estudo foi desenvolvido durante seu doutorado, desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Recursos Florestais, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e acaba de ser publicado na revista científica Labverde.

Orientada pelo professor Demóstenes Ferreira da Silva Filho, do departamento de Ciências Florestais, a pesquisa desenvolveu um método simplificado de valoração baseado na relação entre a área da copa, o Índice de Área Foliar (IAF) e um parâmetro médio R$/m2 de copa encontrado na literatura, ou seja, na magnitude da copa, uma vez que a maior parte dos serviços ecossistêmicos provém dela.

Quanto vale uma árvore?
A cidade de Piracicaba foi a escolhida por Mendes para realizar o seu estudo aproximado. A pesquisa estimou que as árvores retornem cerca de R $41 milhões por ano para a cidade em serviços ecossistêmicos. “Áreas arborizadas exigem menor investimento do poder público em manutenção de vias, além dos benefícios para a saúde humana”, pondera o autor do estudo.

Método acessível
Na prática, o pesquisador utilizou um método bastante acessível à população em geral. Segundo o engenheiro florestal, o valor do Índice de Área Foliar (IAF) pode ser calculado utilizando-se lentes fotográficas grande-angular, também conhecidas como “olho de peixe” a um preço acessível. As áreas de copa também podem ser medidas no próprio local, usando-se equipamentos ou até mesmo utilizando o passo como medida.

Metodologia utilizada pelo pesquisador para calcular o Índice de Área Foliar (IAF) utilizando fotografias. | Montagem de fotos retirada do estudo “Valoração monetária da arborização urbana baseada na magnitude da copa em Piracicaba/Brasil”

O levantamento levou em conta uma base de registro da cidade de Piracicaba de 60.146 árvores urbanas localizadas em calçadas. “Esse conjunto pode retornar ao município aproximadamente R $41 milhões (USD 8,2 milhões) por ano em serviços ecossistêmicos”, comentou Mendes.

Sapucaia do XV
Um dos símbolos do conjunto arbóreo piracicabano é um exemplar de Sapucaia, plantado em comemoração ao final da I Guerra Mundial. Localizada ao lado do Estádio Municipal Barão de Serra Negra, a árvore chama a atenção do público em geral. “Como curiosidade, estimamos a valoração desta árvore símbolo do município e percebemos que sozinha ela retorna cerca de R $9 mil ao ano em serviços ecossistêmicos além, claro, dos valores históricos e sentimentais envolvidos no contexto dessa árvore”, aponta o pesquisador.

Segundo o autor do trabalho, investigações como esta, nas quais são aplicadas soluções baseadas na Natureza (SbN), poderão auxiliar no planejamento, gestão e formulação de políticas públicas. “A arborização urbana proporciona importantes serviços ecossistêmicos, porém, cada vez mais ela compete pelo espaço com grandes superfícies cinzentas, o que a pode tornar um elemento secundário no planejamento das cidades. A valoração monetária das árvores urbanas aparece, então, como mais uma alternativa capaz de mostrar a relevância desses seres vivos. Na prática, isso poderia viabilizar o pagamento por serviços ambientais como descontos em IPTU, por exemplo, aos moradores que possuem árvores em frente à sua casa”, finaliza.

Clique aqui e acesse o artigo na íntegra.

*Por Mayra Rosa
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*Fonte: ciclovivo

4 dias de trabalho por semana: veja o resultado desse grande experimento

Durante quatro anos, entre 2015 e 2019, cerca de 2.500 islandeses foram envolvidos em dois grandes experimentos para ver como uma semana de trabalho mais curta afetaria a produtividade. Os resultados saíram – e os experimentos parecem ter sido um sucesso retumbante.

Alguns pontos-chave: reduzir uma semana de trabalho para 35 ou 36 horas não levou a qualquer queda na produtividade ou na prestação de serviços, enquanto o bem-estar do trabalhador melhorou substancialmente em uma série de métricas, incluindo estresse percebido e burnout.

Desde que os experimentos foram realizados, cerca de 86% de toda a força de trabalho na Islândia mudou para uma semana de trabalho mais curta, e há esperança de que essas ideias possam ser aplicadas em outros países também.

“Em ambos os ensaios, muitos trabalhadores expressaram que, depois de começar a trabalhar menos horas, se sentiram melhor, mais energizados e menos estressados, resultando em mais energia para outras atividades, como exercícios, amigos e hobbies”, afirma o relatório.

“Isso então teve um efeito positivo em seu trabalho.”

Uma ampla gama de locais de trabalho estavam envolvidos no período de quatro anos coberto pelos experimentos, de hospitais a consultórios, e mais de 1% de toda a população trabalhadora da Islândia participou. Os trabalhadores recebiam o mesmo salário, mesmo com menos horas de trabalho.

E as horas realmente foram reduzidas – os resultados publicados pela Associação para Sustentabilidade e Democracia (Alda) na Islândia, e pela empresa britânica Autonomy, mostraram que não houve aumento notável nas horas extras para a maioria dos funcionários. Reuniões mais curtas, mudanças de turno e corte de tarefas desnecessárias ajudaram os trabalhadores a manter seus novos horários.

Trabalhar quatro ou cinco horas a menos por semana realmente forçou as pessoas a serem criativas sobre como realizavam seu trabalho – e enquanto alguns participantes dos testes disseram que inicialmente lutaram para se adaptar, a maioria dos envolvidos logo se acostumou com a nova rotina.

“Em vez de fazer as coisas da mesma forma, rotina habitual como antes, as pessoas reavaliaram como fazer as coisas e, de repente, estão fazendo as coisas de maneira muito diferente de antes”, disse um dos participantes dos ensaios.

Do lado do bem-estar, os envolvidos relataram menos estresse no trabalho e um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Em entrevistas de acompanhamento, os participantes mencionaram benefícios, incluindo ter mais tempo para fazer tarefas domésticas, mais tempo para si mesmos e poder praticar mais exercícios.

O relatório publicado declara os experimentos na Islândia “um grande sucesso”, com gestores e funcionários conseguindo passar menos tempo no trabalho sem realmente afetar a quantidade e a qualidade do trabalho – algo já observado em pesquisas anteriores.

E a maioria dos participantes estava interessada em continuar com a nova maneira de trabalhar.

“Tornou-se cada vez mais claro que poucos desejam voltar às condições de trabalho pré-pandemia: o desejo de uma semana de trabalho reduzida está para definir ‘o novo normal’”, conclui o relatório.

*Por Marcelo Ribeiro
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*Fonte: hypescience

Nosso cocô tem mais de 50 mil espécies de vírus, diz estudo

A situação da pandemia pelo mundo causada pela Covid-19 foi um alerta para algo que muita gente não sabia: na natureza, existem vírus ainda não conhecidos pelo ser humano e, inclusive, vários estão dentro do nosso corpo.

Os cientistas do Joint Genome Institute e da Universidade Stanford, nos EUA, analisaram o material genético presente em 11.810 amostras de fezes de pessoas de 24 países, que estão disponíveis em um banco de dados público.

A ideia do estudo era de criar algo como um “catálogo” dos vírus que compõem a nossa microbiota, que é conjunto de micro-organismos que habita o intestino. Depois de sequenciar o genoma do “nosso cocô”, os pesquisadores identificaram que há 54.118 espécies de vírus vivendo em nosso intestino, sendo que 92% eram desconhecidas.

A descoberta foi publicada esta semana no periódico Nature Microbiology e você pode ficar tranquilo! Esses vírus não trazem grande risco à saúde e também não vão exigir que você aumente os cuidados de higiene. De acordo com os cientistas, a grande maioria dos vírus em nosso intestino são bacteriófagos, sendo assim, infectam apenas bactérias e não podem “atacar” células humanas, são até importantes para o equilíbrio da flora intestinal, que é “povoada” por bactérias boas e ruins.

Eles ligaram os vírus presentes a seus hospedeiros, validando que as espécies virais mais abundantes são as que “atacam” as espécies de bactérias presentes em nossa microbiota, como as das “famílias” (filos) Firmicutes e Bacteroidetes.

Por que essa descoberta importa?
Depois de saber que há mais de 50 mil vírus no nosso cocô, a questão que deve estar na sua cabeça é: por que é importante? Bom, os micro-organismos presentes em nosso intestino é cada vez mais associada à nossa saúde e bem-estar.

Portanto, atuam na imunidade, participam do processo de digestão, da absorção de nutrientes, da eliminação de toxinas e da sinalização neurológica. Agora, se estiverem em desequilíbrio, são associados a quadros de diarreia, alterações no humor e podem desencadear problemas como o ganho de peso.

Ademais, a disbiose (desequilíbrio das bactérias) intestinal já foi identificada em pacientes que sofrem de depressão, ansiedade e Alzheimer. Por fim, conhecer quais vírus estão presentes no nosso intestino podem abrir portas para a terapia fágica, para tratar infecções ou diminuir o número de bactérias ruins e manter o equilíbrio da microbiota.

*Por Gabriela Bulhões
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Fonte: olhardigital

O mistério do Triângulo das Bermudas foi revelado finalmente

Muitos navios e até mesmo aviões tiveram disseminado a história de terem sidos desaparecidos no famoso Triângulo das Bermudas que agora, os cientistas acreditam ter encontrado a resposta. Não, não são alienígenas, mas envolve crateras gigantes e explosões de gás. Pesquisadores da Universidade do Ártico da Noruega acreditam que grandes acúmulos de gás metano no fundo do mar desencadeou violentas erupções capazes de afundar navios.

As erupções de gás podem não ser vistas em toda a imagem, mas devido às numerosas crateras encontradas espalhadas por todo o Triângulo das Bermudas, acredita-se que elas seriam a causa principal. As crateras teriam sido aberta a partir da liberação rápida de acumulo de gases.

As bolhas de gás que se elevam, essencialmente iria reduzir a densidade da água do mar, o que faria com que os navios afundassem, ou possivelmente tornar-se envolvido por água, dependendo da gravidade da explosão. Cada cratera encontrada no fundo do mar tinha mais de 45 metros de profundidade e 250 metros de largura. Estas grandes crateras teriam liberado milhares de metros cúbicos de metano, resultando em uma turbulência violenta.

Enquanto as erupções de gás no mar explicam o desaparecimento de navios e outras embarcações, a questão muda para acidentes de avião. Como o metano é um gás muito inflamável, se um avião estava sobrevoando através de uma concentração grande do gás, ele pode entrar em combustão. Estas erupções repentinas também seriam responsáveis ​​por grande parte do mistério que envolve a rapidez de cada um dos desaparecimentos.

Enquanto isto ainda é apenas uma teoria, a ação de afundar navios através da liberação de gases subaquáticos é totalmente testada e comprovada. Então como se vê, não era provavelmente aliens responsáveis ​​pelo mistério em torno do Triângulo das Bermudas, apenas um monte de gás metano.

*Por Ademilson Ramos

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*Fonte: engenhariae

Pesquisas revelam que é possível julgar pessoas pelo gosto musical

A máxima de não julgar um livro pela capa pode continuar valendo, mas agora a ciência está autorizando julgar as pessoas pelo gosto musical.

Bom, quem é que estamos enganando? Quase todo mundo que tem uma ligação forte com a música faz isso há tempos, mas pelo menos você pode ter um embasamento para isso daqui pra frente!

Uma reportagem do The Hill uniu resultados de pesquisas feitas ao longo dos últimos anos que comprovaram cientificamente essa possibilidade. O que elas encontraram foi que as preferências musicais estão intimamente ligadas à forma como enxergamos o mundo e às atitudes que tomamos com relação a ele.

O psicólogo musical David Greenberg é um dos grandes responsáveis pelos estudos na área, tendo publicado um dos mais relevantes em 2015 ao lado de outros profissionais de renomes da área, como Simon Baron-Cohen (que, sim, é primo de Sacha Baron-Cohen, o Borat).

Por lá, eles explicam como as preferências musicais estão conectadas aos estilos cognitivos. Usando um exemplo bem claro, a empatia é considerada mais presente em pessoas que ouvem músicas leves — como R&B e Soft Rock — do que naqueles que ouvem Heavy Metal, uma vez que estes possuem um pensamento mais lógico e sistematizado, menos afetado pela emoção.

É claro que isso não quer dizer que as pessoas que ouvem Heavy Metal não são capazes de mostrar empatia. Mas, por conta da ligação entre a empatia e a capacidade de reagir emocionalmente e fisiologicamente, é natural que aqueles mais conectados com músicas com atributos “gentis, confortáveis e sensuais” — ou seja, canções mais poéticas e sentimentais — tenham mais facilidade em processar essas coisas na “vida real”.

Estudos de David Greenberg sobre psicologia musical

Em 2016, outro estudo de Greenberg trouxe resultados bastante interessantes. Intitulado The Song Is You, a pesquisa buscava mostrar como as três “dimensões” principais da música refletiam nas personalidades dos ouvintes.

Essas dimensões, segundo o psicólogo, são a “excitação”, a “valência” e a “profundidade”. A primeira mede o nível de energia da música, enquanto a segunda representa o espectro de emoções entre tristeza e felicidade na música e a última mede a presença de sofisticação e profundidade emocional das canções. A partir disso, ele faz uma ligação com os cinco grandes traços de personalidade: abertura, consciência, extroversão, concordância e neuroticismo.

O resultado é o mais simples possível e mostra que você provavelmente estava certo nos seus julgamentos esse tempo todo. Pessoas que gostam de músicas positivas, com uma valência alta, têm uma tendência a serem mais confiantes e “de bem com a vida”. O contrário também é válido, mas é importante dizer que o estudo também identifica as pessoas “cabeça aberta”, que, segundo Greenberg, são aquelas mais propensas a curtir todo tipo de música sem se preocupar com gêneros.

Gosto musical e o teste das 16 Personalidades

Outra pesquisa pra lá de interessante é a do site 16 Personalities, famoso aqui no Brasil e no mundo por ser um dos lugares mais acessíveis de fazer o teste de Myers-Briggs que te enquadra como uma das 16 personalidades básicas.

Eles relacionaram esses tipos com as preferências musicais e há alguns resultados bem curiosos. O Punk, por exemplo, tem a maioria dos seus ouvintes encaixados no estereótipo do “Lógico” — o que parece bastante contrário ao que se esperaria, mas esse tipo de personalidade tem um forte desprezo pela tradição, o que definitivamente colabora para curtir bandas como The Clash e Yeah Yeah Yeahs, que rejeitam o status quo tanto na política quanto na música.

Já o Rock, por exemplo, é a preferência dos Inovadores. A tendência ao debate é marcante tanto na cena musical quanto na pessoal da vida dessas pessoas, que possuem opiniões fortes e não resistem a um desafio intelectual. Não é de se surpreender, portanto, que eles curtam um gênero cheio de pensamentos provocativos.

Como o estudo original só está disponível em inglês, resolvemos listar abaixo alguns dos resultados. Você pode fazer o teste das 16 Personalidades em português por aqui. Não deixe de contar pra gente nos comentários do Facebook e Instagram se deu certo pra você!

  • Punk: mais ouvido por Lógicos/INTP (51%), Mediadores/INFP (49%) e Virtuosos/ISTP (48%)
  • Jazz: mais ouvido por Comandantes/ENTJ (64%), Protagonistas/ENFJ (64%) e Ativistas/ENFP (62%)
  • Música clássica: mais ouvida por Comandantes/ENTJ (79%), Arquitetos/INTJ (78%) e Inovadores/ENTP (76%)
  • Rock: mais ouvido por Inovadores/ENTP (84%), Mediadores/INFP (82%) e Lógicos/INTP (82%)
  • Rock alternativo: mais ouvido por Inovadores/ENTP (88%), Mediadores/INFP (86%) e Advogados/INFJ (84%)
  • Reggae: mais ouvido por Aventureiros/ISFP (46%), Empresários/ESTP (42%) e Ativistas/ENFP (42%)
  • Música ambiente: mais ouvida por Ativistas/ENFP (65%), Aventureiros/ISFP (64%) e Animadores/ESFP (62%)
  • World Music: mais ouvida por Ativistas/ENFP (62%), Protagonistas/ENFJ (52%) e Advogados/INFJ (46%)
  • Pop: mais ouvido por Animadores/ESFP (88%), Cônsules/ESFJ (80%) e Aventureiros/ISFP (78%)
  • Heavy Metal: mais ouvido por Empresários/ESTP (50%), Lógicos/INTP (48%) e Arquitetos/INTJ (42%)
  • Hip Hop: mais ouvido por Empresários/ESTP (58%), Animadores/ESFP (57%) e Executivos/ESTJ (57%)
  • Música eletrônica: mais ouvida por Empresários/ESTP (79%), Ativistas/ENFP (75%) e Comandantes/ENTJ (70%)
  • Religiosa: mais ouvida por Executivos/ESTJ (48%), Defensores/ISTJ (42%) e Cônsules/ESFJ (39%)
  • Blues: mais ouvido por Ativistas/ENFP (52%), Protagonistas/ENFJ (52%) e Cônsules/ESFJ (47%)
  • Country/Sertanejo: mais ouvido por Cônsules/ESFJ (53%), Animadores/ESFP (52%) e Protagonistas/ENFJ (46%)
  • Soul: mais ouvido por Ativistas/ENFP (58%), Cônsules/ESFJ (57%) e Animadores/ESFP (56%)

*Por Felipe Ernani

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*Fonte: tenhomaisdiscosqueamigos

Pesquisa aponta que o ser humano está cada vez menos inteligente

Pesquisadores noruegueses, após analisarem mais de 730 mil avaliações de QI (Quociente de Inteligência), chegaram à conclusão de que as pessoas estão cada vez menos inteligentes. O estudo verificou uma diminuição de praticamente 7 pontos de uma geração a outra, sendo a última a que apresentou menor inteligência.

O fenômeno é uma reversão do chamado Efeito Flynn. Este conceito diz respeito ao aumento constante do índice de acerto nos testes de QI verificado entre a população mundial durante o século XX. A partir de 1900, a humanidade registrava um aumento médio de três pontos de QI a cada década. O efeito foi batizado em homenagem ao cientista James Flynn, que observou esses dados.

A pesquisa norueguesa, realizada pelo Centro Ragnar Frisch de Pesquisa Econômica, sugere que o ápice do Efeito Flynn foi registrado entre pessoas nascidas no meio da década de 1970. Depois disso, verificou-se um declínio nos índices de QI. “Esta é a prova mais convincente de uma reversão do efeito Flynn”, disse o psicólogo Stuart Ritchie, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, que não participou da pesquisa. “Se você assumir que o modelo deles está correto, os resultados são impressionantes e preocupantes”, completou.

O estudo sugere que mudanças no estilo de vida podem ser a causa da queda nos índices de QI. Isso inclui fatores como o tipo de educação oferecida às crianças de hoje em dia e as atividades exercidas por elas (menos tempo gasto com leitura, por exemplo). Outra possibilidade é que os testes de QI não se adaptaram para quantificar com precisão a inteligência das pessoas modernas. Essas avaliações favoreceriam formas de raciocínio que podem ser menos enfatizadas na educação contemporânea e no estilo de vida dos jovens.

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*Fonte: brhistoryplay

Animação mostra como será a Terra se todo o gelo derreter

Animação perturbadora mostra como seria a Terra se todo o gelo derretesse

O aquecimento global continua sendo um problema muito discutido, mas pouco combatido.

Embora governos de diversos países tenham se comprometido a diminuir emissões de gás carbônico, as iniciativas práticas ainda estão aquém do esperado, e a questão ficou mais complicada após Donald Trump, que nega o fenômeno climático, ser eleito presidente dos EUA.

A National Geographic consultou especialistas para tentar prever o que aconteceria com o planeta caso todo o gelo da Terra derretesse.

Ainda que a possibilidade esteja muito distante – há cientistas que falam em 5000 anos, considerando os índices de emissão e aquecimento atuais -, há quem acredite que o processo possa se acelerar caso o problema siga em segundo plano.

Baseado no estudo da NG, o Business Insider produziu um vídeo com um mapa-múndi animado que mostra o que aconteceria com diversas grandes cidades e países do planeta caso todo o gelo da Terra derretesse, elevando o nível do mar em cerca de 65 metros.

Cada cidade ou país com o nome escrito no mapa ficaria total ou parcialmente submerso. Outros possíveis efeitos do aquecimento global são problemas na produção de alimentos, como seca e pragas, que poderiam acarretar em fome massiva, além de fortes ondas de calor e envenenamento dos oceanos.

O mais chocante é que este mapa não é uma espécie de projeção maluca de um futuro improvável, os cientistas previram um futuro em que não há mais gelo na Terra.

*Por Davson Filipe

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*Fonte: realidadesimulada

Enzima mutante pode decompor resíduos plásticos em poucas horas

A cada dia que passa, nós chegamos mais perto do colapso ambiental. Problemas no meio ambiente, como aquecimento global e buraco na camada de ozônio, são uma ameaça à vida humana, como também é um perigo para a permanência de qualquer ser vivo no planeta Terra. Mas um dos problemas ambientais que mais preocupam é a poluição, e suas consequências.

Dessas, uma forma que está mais evidente é a poluição de plástico que é descartado na natureza. O material pode demorar até mais de 600 anos para se decompor no meio ambiente. De acordo com o estudo de especialistas no assunto, o tempo médio de biodegradação do plástico é de 50 anos para copos plásticos, 200 anos para canudinhos e cerca de 450 anos para garrafas plásticas.

A poluição de plástico acarreta uma infinidade de consequências naturais. Por isso mesmo, o homem deveria ter mais cuidado com o que faz com os produtos ou resíduos de plástico.

Para tentar resolver esse problema, pesquisadores da empresa de desenvolvimento industrial Carbios criaram uma enzima bacteriana mutante que consegue quebrar garrafas de plástico para serem recicladas em apenas algumas horas.
Ação

A reciclagem é uma forma de reaproveitar as matérias-primas que são descartadas e nesse sentido, reciclar significa diminuir a quantidade de resíduos que vêm dos produtos que já foram consumidos pelo ser humano.

A enzima criada pela empresa consegue quebrar garrafas PET de plástico em seus compostos químicos individuais. E eles podem ser neutralizados depois para que se possa fazer novas garrafas.

O plástico reciclável que é feito pelo processo convencional, chamado “termomecânico”, não tem uma qualidade suficientemente alta para que possa ser usado de novo para fazer outras garrafas. Por isso ele é suado para fazer outros produtos, como por exemplo roupas e tapetes.

A reutilização desse plástico também não é só uma questão ambientalista. As empresas podem economizar se beneficiando dessa enzima. Por isso a Carbios fez uma parceria com os principais líderes da indústria, incluindo grandes empresas como Pepsi e L’Oreal, para que eles a ajudassem a desenvolver a tecnologia. E a revista “Nature” publicou um artigo falando sobre essa descoberta.
Enzima

Chamada “PET hydrolase” essa enzima pode quebrar 90% dos polímeros PET em somente 10 horas. “Esta enzima otimizada e altamente eficiente supera todas as hidrolases de PET relatadas até agora”, diz o resumo do artigo.

Essa nova enzima foi identificada pela primeira vez em 2012 em um monte de folhas compostadas.”Foi completamente esquecido, mas acabou sendo o melhor”, disse Alain Marty, da Université de Toulouse, na França, e o diretor científico da Carbios.

Além da vantagem conhecida, essa nova enzima é bem econômica em termos de produção. Segundo os pesquisadores, fabricar um plástico novo a partir do petróleo seria 25 vezes mais caro.

“É um verdadeiro avanço na reciclagem e fabricação de PET”, disse Saleh Jabarin, professor da Universidade de Toledo, Ohio e membro do Comitê Científico da Carbios.

De acordo com Marty, os pesquisadores esperam conseguir testar o potencial industrial e comercial desse material em 2021.

“Nosso objetivo é estar em operação até 2024, 2025, em larga escala industrial”, disse o vice-executivo da Carbios Martin Stephan.

*Por Bruno Dias

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*Fonte: fatosdesconhecidos

Cerveja é tão boa para o intestino quanto probióticos, diz pesquisa

Professor holandês afirma que a bebida pode ser saudável para saúde intestinal

Pode haver uma maneira mais agradável de melhorar a sua saúde intestinal do que tomar Activia. Segundo um professor da Universidade de Amsterdã, as cervejas fortes podem ser “muito, muito saudáveis” para a saúde intestinal quando consumidas com moderação.

Eric Classen apresentou sua pesquisa em uma conferência organizada pela Yakult. O estudo revelou que cervejas belgas mais fortes, como Hoegaarden, Westmalle Trip e Echt Kriekenbier têm mais probióticos em relação às mais fracas. A grande diferença está no processo de fermentação.

Enquanto a maioria das cervejas é fermentada apenas uma vez, as que passam pelo processo de fermentação por duas vezes possuem mais quantidade de um tipo específico de levedura probiótica, que mata bactérias causadoras de doenças intestinais. Probióticos regulares são mais comumente ligados a um trato digestivo saudável e aumentam o suporte do sistema imunológico.

Classen concluiu que “se você beber apenas uma dessas cervejas todos os dias, seria muito bom para você”. Entretanto, há ressalvas, beber em excesso pode danificar as bactérias saudáveis do intestino.

Embora essa possa ser uma maneira atrativa de melhorar a saúde digestiva, não é toda a comunidade científica que concorda com os benefícios dos probióticos. No ano passado, um estudo revelou que eles podem trazer “potenciais efeitos colaterais adversos”.

*Por Guilherme Preta

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*Fonte: olhardigital

Somente 20% dos brasileiros busca conversar com quem pensa muito diferente, aponta pesquisa

Não dá pra negar, as eleições presidenciais de 2018 firmaram um movimento que já vinha acontecendo há um bom par de anos: a polarização e os radicalismos criaram um abismo comunicacional entre nós. Brigamos com familiares, deletamos amigos, fizemos uma peneira nas pessoas que nos cercam. E por mais que, numa primeira olhada, isso pareça bom, a verdade é que também há um lado negativo nesses isolamentos ideológicos. Estamos presos em nossas bolhas.

Nas redes sociais, o fenômeno é bem óbvio: os algoritmos trabalham na criação de malhas ideológicas restritas e inacessíveis a quem pensa diferente. Como resultado, feeds filtrados de acordo com a visão de mundo particular de cada usuário. No ambiente digital, o encontro com ideais e ideias distintos dos nossos está numa decrescente exponencial. Buscamos aquilo que nos agrada e seguimos alimentando esse mecanismo que nos encarcera dentro de nós mesmos. Construímos muros cada vez mais altos e deixamos que, assim, nossa capacidade de dialogar com o outro se atrofie. Mas uma pesquisa recente, realizada pelo site PapodeHomem e Instituto Avon, mostra que há luz, ainda que por ora escassa, no fim do túnel — pelo menos quando os embates tratam de gênero.

Lançado no final de abril, no 6º Fórum Fale sem Medo — um dos principais eventos brasileiros para discutir a violência contra mulheres e meninas — o estudo ouviu mais de nove mil pessoas pelo Brasil. “Queríamos dar continuidade a uma conversa que começou em 2018, durante a campanha 21 dias de Ativismo, o #ComTrato, sobre as violências que não matam, mas matam mesmo assim, e que abordou como tratar com gentileza assuntos e temas importantes para a construção de relações saudáveis. Escolhemos esse tema porque entendemos que para para construir esse mundo é necessário senso de corresponsabilidade. A construção desse senso depende de valores e objetivos compartilhados entre as pessoas, que por sua vez só podem ser construídos por meio do diálogo”, afirma Mafoane Odara, coordenadora de projetos do Instituto Avon. Questionada se a escolha da temática poderia causar resistência do público, Odara explica: “Não estamos propondo diálogos e conversas forçadas, muito pelo contrário, estamos convidando as pessoas para viverem novas experiências na conversa com quem pensa diferente”.

Entre os achados apresentados durante o evento, o dado de que 70% dos entrevistados acredita que conversar com quem pensa muito diferente é algo positivo. “Mas, desse número, apenas 15% das pessoas está no perfil que chamamos ‘Construtoras de pontes’, que são indivíduos que buscam essas conversas com os diferentes, que lêem notícias com opiniões contrárias às suas e apoiam o diálogo. O restante não tem interesse em buscar ativamente esses diálogos ou não sabe como fazê-lo”, explica Guilherme Valadares, fundador do PapodeHomem. Entre os obstáculos estão a agressividade das conversas, apontada por 64% do público, seguida de radicalismo e falta de energia.

“Furar a bolha é estratégia”

A frase, dita pela filósofa Djamila Ribeiro em uma de suas entrevistas, é a folha de rosto do livro gratuito disponibilizado pela pesquisa — com versão para desktop e mobile. A ideia, com a publicação, é não só trazer dados e insights do estudo, mas também ferramentar as pessoas para que coloquem em prática diálogos mais benéficos: “Ele aprofunda os achados da pesquisa e oferece um guia de boas práticas e recomendações bastante específicas e sólidas de aprofundamento. Quem colocar em ação o que sugerimos por lá, com diligência e regularidade, com certeza pode se tornar um ativista da construção de pontes”, diz Valadares.

Os insights também se desdobraram em um minidocumentário, que pode ser assistido online, nos canais do YouTube do PapodeHomem e do Instituto Avon e que tem o objetivo de inspirar debates e rodas de conversa pelo País. No filme, o foco se expande para além de gênero e traz outras discussões importantes, como raça e política.

Em caráter coletivo, vale lembrar do momento político em que estamos inseridas e inseridos. Garantir que pensamentos divergentes coexistam é a pedra basilar de sistemas democráticos. Apesar de enfrentarmos cortes afrontosos em nosso direito de oposição e de exprimir valores dissidentes — vide promessa bolsonarista de acabar com o ativismo —, é urgente que sigamos na vigilância constante para que não tenhamos mais essa liberdade cerceada.

No âmbito privado, no tête-à-tête do dia a dia, é importante ressaltar que conversar com quem pensa diferente — ainda mais em casos explícitos em que há preconceito ou desigualdade — não é tarefa fácil e nem para qualquer pessoa. Requer preparo, estofo emocional, paciência, habilidade de sustentar um campo em que a conversa flua com o mínimo de respeito. É uma competência, no entanto, que pode ser aprimorada por quem tem interesse e coragem. Mesmo que desafiadores, diálogos assim podem ser usados como ferramenta na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Longe de desvalidar iniciativas agressivas e necessárias de ativismo — que estão aí nas ruas garantindo conquistas históricas e também evitando que haja mais reduções nos direitos das minorias —, conversar é uma opção que corre em paralelo e que vez que outra também se encontra com a luta. Porque a construção coletiva requer enfrentamento e pé na porta, sim, mas também requer que nos comuniquemos — inclusive com quem não gostamos.

*Por Gabrielle Estevans

 

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*Fonte: hypeness

‘Puuuuuutz… Esqueci completamente!’: Ser esquecido é sinal de inteligência, aponta pesquisa

Se você é do tipo que volta e meia percebe que esqueceu-se de detalhes, histórias ou informações ao longo do dia, não se preocupe: trata-se não só de algo normal, como importante – e que faz bem para nosso cérebro e até mesmo para nossa inteligência. Quem diz não é simplesmente outro esquecido em defesa própria, mas sim cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, que realizaram um estudo sobre esquecimento que revelou que apagar certas memórias é fundamental para otimizar o funcionamento cerebral.

“É importante que o cérebro esqueça detalhes irrelevantes e se concentre em coisas que nos ajudarão a tomar decisões no mundo real”, afirmou Blake Richards, um dos cientistas por trás da pesquisa, publicada em 2018. A fim de preparar o cérebro para reflexões e decisões importantes, o próprio órgão nos ajuda a esquecer de detalhes e aspectos de eventos passados, em novas células que criam novas conexões, tornando as memórias antigas mais difíceis de serem acessadas. “Se você está tentando navegar pelo mundo e seu cérebro está constantemente trazendo memórias conflitantes à tona, fica mais difícil para você tomar uma decisão informada”, esclarece o cientista.

A pesquisa partiu de experimentos com roedores, e concluiu que hoje em dia ser esquecido pode sim ser um sinal de inteligência. Naturalmente que tal conclusão não se refere a esquecimentos profundos e constantes, capazes de atrapalhar nosso funcionamento diário – nesses casos uma ajuda médica é fundamental. E para “limpar” o cérebro para novas conexões, Richards recomenda algo tão simples quanto uma lembrança recente: exercícios físicos. “Sabemos que o exercício aumenta o número de neurônios no hipocampo. Isso pode fazer com que algumas lembranças se percam, mas são exatamente aqueles detalhes de sua vida que realmente não importam, e que podem te impedir de tomar boas decisões”, explica.

*Por Vitor Paiva

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*Fonte: hypeness

Brasileiros passam a consumir menos açúcar refinado, refrigerante e carne vermelha – aponta pesquisa

Pesquisa realizada pela Kantar Wordpanel, aponta que os brasileiros têm seguido uma tendência mundial de adotar rotina e hábitos alimentares mais saudáveis.

Pela pesquisa, 27% das famílias pesquisadas declararam ter feito mudanças alimentares, diminuindo o consumo de carne vermelha, açúcar refinado e refrigerantes, e aumentando o consumo de frutas e sucos naturais, por exemplo.

Com relação às carnes, 50 por cento dos lares pesquisados afirmam ter diminuído o consumo.

Conforme publicado pelo site Ciclovivo, “em linha com essa tendência o estudo revela que 389 mil domicílios deixaram de comprar açúcar refinado no ano passado. Presente em 51,8% dos lares, o produto teve queda de 0,4% em volume e 19% em valor na comparação com 2017. Por outro lado, a versão demerara, menos refinada e sem aditivo químico, saltou de 6,9% para 10,6% de penetração no mesmo período, ou seja, ganhou mais de 2 milhões de domicílios compradores em 2018. Volume e valor também se destacaram positivamente, com alta de, respectivamente, 50,4% e 44,8%.”

“Já faz algum tempo que a saudabilidade tem sido um fator importante na hora das compras não só no Brasil, mas em todo o mundo. Agora, o movimento ganha mais força. A entrada de produtos como o açúcar demerara e zero lactose na lista de compras revela um consumidor mais atento e alinhado às preocupações globais com a saúde”, afirma Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Consumer Insights da Kantar Worldpanel.

 

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*Fonte: revistapazes

A Mona Lisa não está olhando para você, diz estudo

Os alemães Gernot Horstmann e Sebastian Loth, ambos pesquisadores do departamento de psicologia cognitiva da Universidade de Bielefeld, defendem que de fato existe a impressão de que um personagem de pintura pode estar nos encarando, mas não é o caso de Mona Lisa.

Os dois fizeram enquadramentos de tamanhos variados do rosto da Gioconda até terem em mãos 15 recortes em que apenas os olhos e o nariz da mulher ficaram visíveis. As imagens foram mostradas para 24 participantes do estudo e, em seguida, os pesquisadores pediram que eles apontassem a direção do olhar. Na média, os voluntários disseram que Mona Lisa olhava no sentido da mão direita deles, em um ângulo de 15.4°.

Horstmann, que é especialista em movimento dos olhos e atenção, contou à Newsweek que o “efeito Mona Lisa”, portanto, nada mais é do que um equívoco. “[Isso] ilustra um intenso desejo de ser olhado e ser o centro das atenções de outra pessoa — ser relevante para ela, mesmo que você nem sequer a conheça”, explicou.

Embora observadores possam ter a impressão de que estão sendo observados de volta, o rosto na pintura do século 16 tem o olhar dirigido um pouquinho à lateral.

O coautor do estudo disse à revista que isso foi percebido como se a pessoa retratada estivesse olhando para sua orelha, o que corresponde a mais ou menos 5° de uma distância normal de observação. “Mas, conforme o ângulo aumenta, você não teria a impressão de ser olhado”, afirmou.

Além de encerrar o mito do “efeito Monsa Lisa”, a pesquisa feita pela dupla é uma mão-na-roda para designers de indústrias como a de games, já que esses profissionais desenvolvem avatares para ambientes digitais. Neste caso, o olhar pode ajudar os jogadores a compreenderem melhor seus avatares.

“Usando o olhar, o agente virtual pode expressar sua atenção e pode apontar para objetos que são ou serão relevantes em missões — bem como um humano”, explicou.

 

 

 

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*Fonte: revistagalileu

O Pólo Magnético da Terra tem se movido com velocidade incomum e ninguém sabe o porque

Em 2015, os geólogos atualizaram os mapas de navegação para acompanhar o movimento lento do pólo magnético do norte. Esse mapa duraria até 2020, quando mais uma vez os modelos deveriam ser atualizados. Mas algo estranho está acontecendo no norte da Terra e forçou os geólogos a atualizarem o mapa este ano.

De acordo com a pesquisa publicada na revista Nature, o pólo magnético tem se movido com velocidade incomum do Canadá para a Sibéria, “impulsionado misteriosamente pelo ferro líquido que se estende até o núcleo do planeta”, ela relatou a publicação.

Portanto, os geólogos se reunirão em 15 de janeiro para atualizar os mapas de navegação, que são a base para a construção de modelos de veleiros que fazem viagens nos oceanos e para o Google Maps. Mas o fechamento do governo dos Estados Unidos forçou a adiar a reunião até 31 de janeiro.

O que está acontecendo?

A mudança da posição do pólo magnético começou a se registrar em 2016, apenas um ano após a atualização dos modelos de navegação.

O que aconteceu em 2016 foi, nas palavras da Nature, que “parte do campo magnético acelerou temporariamente nas profundezas do norte da América do Sul e do leste do Oceano Pacífico”.

E é que os movimentos nas profundezas do nosso planeta definem em grande parte o que acontece no pólo magnético. Esse “batido líquido” dos metais em ebulição é o principal responsável pelo campo magnético, que varia com o tempo à medida que os fluxos profundos mudam.

Para isso é adicionado o movimento naturalmente imprevisível do pólo magnético. Em meados da década de 1990, o pólo aumentou sua velocidade, de cerca de 15 quilômetros por ano para cerca de 55 quilômetros por ano. Em 2001, havia entrado no Oceano Ártico, onde, em 2007, uma equipe pousou um avião no gelo marinho na tentativa de localizar o pólo.

Mas por que isso acontece?

Esta é talvez a questão mais fascinante: ninguém sabe ao certo. Existem hipóteses, é claro. Os pesquisadores acreditam que o que aconteceu em 2016 pode ser atribuído às ondas “hidromagnéticas”, que surgem das profundezas do núcleo e geram pulsos magnéticos na superfície.

Diante de movimentos recentes, acredita-se que eles poderiam estar ligados a “um jato de ferro líquido em alta velocidade no Canadá”. Este jato poderia estar enfraquecendo o pólo magnético sob o Canadá, fazendo com que o outro campo magnético, na Sibéria, se tornasse o novo pólo.

*Por Any Karolyne Galdino

 

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*Fonte: engenhariae

Futurelight: uma barraca de camping futurista

Esta é a Futurelight, uma barraca de camping futurista apresentada pela BMW durante a feira CES 2019, o evento mais importante de tecnologia e produtos eletrônicos do mundo.

O produto usa a tecnologia Nanospinning para criar um tecido inovador que é o material da categoria mais avançado, respirável e impermeável do mundo. O processo cria nanofuros, possibilitando uma incrível porosidade ao mesmo tempo que mantém uma impermeabilidade total, garantindo que o ar flua através do material, fornecendo, assim, uma ventilação incomparável.

Inspirado no carro-conceito BMW GINA Light Visionary Model, revelado em 2008, trata-se de um abrigo conceitual que usa um revestimento externo de tecido. Ele foi usado esticado sobre uma icônica cúpula geodésica como demonstração das possíveis aplicações.

O projeto foi concebido por meio de uma colaboração entre a Designworks, uma empresa do BMW Group, e a fabricante norte-americana de equipamentos e vestuário The North Face.

*Por Flávio Croffi

 

 

 

 

 

 

 

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*Fonte: geekness

Por que sempre torcemos pelo time mais fraco?

Time do coração à parte, por que essa mania universal de torcer para o mais fraco?

Não é só uma impressão: esse comportamento foi comprovado em um clássico estudo dos economistas Jimmi Frazier e Eldon Snyder realizado em 1991. Os pesquisadores colocaram um cenário hipotético para 100 estudantes: dois times de um esporte não especificado, A e B, iam se enfrentar em uma melhor de 7 – nesse sistema, vence quem ganhar primeiro 4 partidas. Sabendo que o time A tinha o campeonato na mão, 80% dos estudantes escolheram o time B. Pior: informados que o time B supreendentemente havia ganho as 3 primeiras partidas, metade dos seus torcedores virou a casaca e passou a torcer para o agora desfavorecido A.

Frazier e Snyder explicam o efeito com o que se pode chamar de “economia emocional”. O torcedor é antes de tudo um hedonista: quer sempre sentir o máximo de prazer possível. Se o seu time não está envolvido, você sempre vai fazer um cálculo inconsciente de custos e benefícios em busca de mais emoção – e a emoção inesperada (uma zebra) é sempre maior do que a esperada (torcer pelo melhor).

É por isso que, na experiência dos economistas, os estudantes mudavam de time sempre que os papéis de favorito e azarão se invertiam. O resultado nem importa tanto: se der zebra, lindo; se ele perder – tudo bem, você nem contava com isso.

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*Fonte: superinteressante

Pesquisa do eBay revela novos números sobre como os brasileiros consomem vinil

A paixão pelo vinil tem aquecido o mercado internacional e não fica de fora dos balanços comerciais que já começam a surgir com a chegada do fim de ano. Um levantamento feito pelo eBay mostrou que os brasileiros compram mais de 100 discos de vinil por mês na plataforma!

Os dados ainda apontaram alguns comportamentos sobre as compras de vinil no eBay este ano – e alguns deles vão ter surpreender.

O reggae apareceu como o gênero preferido dos brasileiros no quesito LP nas buscas do eBay. Apesar disso, entre as pesquisas por artistas a campeã é Madonna, seguida por Iron Maiden, Roberto Carlos – único brasileiro da lista – , o jamaicano Eric Donaldson e Beatles.

Os brasileiros também são praticamente especialistas no mercado de vinil. A plataforma contabilizou mais de 130 vendedores de discos de vinil aqui do Brasil.

Outro dado importante é que há uma média semanal de 115 discos vendidos daqui para compradores de outros países: os principais importadores de vinil do Brasil são Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Alemanha e França.

*Por Benda Vidal

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*Fonte: noize

Casais que se “zoam” são mais felizes, diz pesquisa

Uma pesquisa realizada por psicólogos da Universidade Luterana de Halle-Wittenberg, na Alemanha, e publicada no Journal of Research in Personality, chegou à conclusão que para se ter um relacionamento de sucesso o segredo está no bom humor. Segundo eles, casais que aceitam ser “zoados” pelo parceiro e têm mais facilidade para rirem de si mesmos são mais felizes no dia a dia.

No estudo realizado com 154 casais heterossexuais, os cientistas descobriram, ainda, que as pessoas que têm medo de serem ridicularizadas confiam menos em seu parceiro e tendem a ter menos conteúdo no dia a dia para trocar com ele. Alguns indivíduos – principalmente homens – disseram também que frequentemente não se sentem satisfeitos com sua vida sexual quando o cônjuge não aceita que tirem sarro dele.

“Estudos anteriores mostraram que as pessoas estão procurando um parceiro com senso de humor e que gosta de rir”, disse o professor René Proyer da universidade em um comunicado. No entanto, como o estudo aponta, isso não é tão simples quanto parece.

Os pesquisadores chegaram, ainda, à conclusão que casais parecidos geralmente têm mais assunto no dia a dia do que aqueles que são menos parecidos. “Descobrimos que os parceiros são muitas vezes semelhantes em relação às suas características individuais e também seus perfis”, acrescentou o co-autor do estudo, Kay Brauer.

Em outras palavras, tudo depende da compatibilidade entre o casal. Se uma pessoa gosta de tirar sarro e a outra não se sente confortável com isso, o relacionamento por estar fadado a ter problemas. Agora, se os dois gostam de “zoar” um ao outro ou se ambos não curtem esse tipo de atitude, tudo bem. Se a sintonia é a mesma entre o casal, a relação tem mais chances de dar certo.

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*Fonte: revistagalileu

Só uso Facebook para falar com meus avós: pesquisa mostra o que mudou na relação entre jovens e redes sociais nos EUA

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira revela como a relação entre adolescentes americanos e a tecnologia, especialmente as redes sociais, evoluiu nos últimos anos e modificou a forma como os jovens se comunicam com amigos e familiares.

Em 2012, quando o estudo foi feito pela primeira vez, somente um terço dos adolescentes entrevistados dizia usar redes sociais mais de uma vez por dia. Agora, são 70%, sendo que 16% afirmam acessar “quase constantemente”.

“As redes sociais são hoje uma parte muito maior da vida dos adolescentes do que eram em 2012”, disse à BBC News Brasil um dos autores do levantamento, Michael Robb, diretor de pesquisas da Common Sense, organização sem fins lucrativos que promove tecnologia segura para crianças.

Robb afirma que um dos motivos por trás desse aumento é o fato de que o percentual de jovens americanos com smartphone saltou de 41% para 89% no período.

O pesquisador ressalta que não apenas a frequência mudou, mas também as preferências dos jovens. Há seis anos, o Facebook era apontado como a principal rede social por 68% dos adolescentes. Hoje, apenas 15% dizem o mesmo.

Uma das entrevistadas na pesquisa, uma menina de 16 anos, resumiu o sentimento, ao afirmar que só usa o Facebook para se comunicar “com seus avós”.

Atualmente, 41% dos adolescentes preferem o Snapchat, e 22% apontam o Instagram (comprado pelo Facebook em 2012) como rede preferida.

“O Instagram é principalmente para os pontos altos da minha vida, as coisas realmente importantes que acontecem. E o Snapchat é para as coisas pequenas… como quando vou almoçar com amigos ou fazer compras. E eu uso o Facebook para (me comunicar com) minha família”, detalhou outra entrevistada, de 15 anos.

Como se comunicam com amigos

A pesquisa, intitulada Social Media, Social Life: Teens Reveal Their Experiences (“Mídia Social, Vida Social: Adolescentes Revelam suas Experiências”, em tradução livre), foi feita em março e abril deste ano com 1.141 adolescentes de 13 a 17 anos nos Estados Unidos.

Robb diz ter ficado surpreso com o declínio na interação cara a cara entre os jovens. Em 2012, metade dos entrevistados dizia que essa era sua maneira preferida de se comunicar com amigos. Hoje, apenas 32% afirmam o mesmo, e 35% preferem mensagens de texto.

O percentual de jovens que preferem se comunicar via redes sociais saltou de 7% para 16%, e o dos que preferem interagir por chat de vídeo passou de 2% para 10%. Somente 5% afirmam que telefonemas são sua maneira favorita de se comunicar com os amigos.

“Acho que o instinto é olhar para essa estatística com preocupação, e pretendo continuar observando se essa tendência se mantém no futuro. Se essa mudança for real, vale a pena investigar o que ganhamos e o que perdemos ao mudar nossas preferências na maneira como nos comunicamos”, salienta Robb.

Um terço dos jovens diz que as redes sociais são “extremamente” ou “muito” importantes em suas vidas, enquanto 19% afirmam não usar redes sociais.

E apesar de 47% dos entrevistados que possuem smartphone dizerem ser “viciados” em seus telefones, apenas 24% se consideram “viciados” nas redes sociais.

Quase dois terços dos entrevistados dizem encontrar mensagens de conteúdo racista, sexista, homofóbico ou de intolerância religiosa, e 13% afirmam ter sofrido cyberbullying nas redes sociais.

Mas Robb observa que os jovens são mais propensos a dizer que as redes sociais têm efeito positivo do que negativo em suas vidas: 25% afirmam sentir-se menos sozinhos e 16%, menos deprimidos, enquanto 3% se sentem mais sozinhos ou mais deprimidos ao usar as redes. No geral, 18% dizem sentir-se melhor sobre si mesmos, e apenas 4% afirmam o contrário.

“Acho que esses dados contradizem a percepção que a maioria das pessoas tem”, salienta Robb. “A maioria das pessoas se preocupa sobre como as redes sociais podem prejudicar os jovens e aumentar a solidão ou a ansiedade, mas talvez estejam subestimando vários impactos potencialmente positivos.”

O pesquisador destaca ainda que tanto efeitos positivos quanto negativos são ampliados em adolescentes vulneráveis emocionalmente.

Manipulação e distração

Os jovens parecem conscientes sobre os impactos das redes sociais em outras atividades do dia a dia: 72% dizem acreditar que as empresas de tecnologia manipulam os usuários para que fiquem mais tempo em seus dispositivos, 57% concordam que o uso os distrai quando deveriam estar fazendo a lição de casa e 54% se dizem distraídos quando deveriam estar prestando atenção às pessoas que estão com eles.

O problema não afeta somente os jovens: 33% dizem que gostariam que seus pais passassem menos tempo com seus telefones celulares.

Mais de metade dos adolescentes afirma que desligam ou silenciam seus dispositivos para dormir, e 42% fazem o mesmo durante refeições com outras pessoas. Mas 26% nunca abandonam o telefone para dormir e 31% mantêm o dispositivo ligado durante as refeições.

Na conclusão da pesquisa, os autores ressaltam que as redes sociais são centrais em diferentes aspectos da vida dos adolescentes, o instrumento por meio do qual “falam com seus amigos, fazem planos para depois da escola, coordenam atividades extracurriculares, ficam por dentro das notícias, mantêm contato com primos, tios e tias, se organizam politicamente, aprendem sobre novos estilos e moda, se conectam com as pessoas com quem têm interesses comuns, documentam e compartilham os pontos altos de suas vidas, ganham inspiração e expressam sua criatividade”.

Para o CEO e fundador da Common Sense, James Steyer, o estudo mostra que, assim como os próprios adolescentes, o papel das redes sociais é complexo e desafia “julgamentos simplistas”.

“Por um lado, os adolescentes sentem que as redes sociais fortalecem seus relacionamentos com amigos e familiares, oferecem um importante caminho para autoexpressão e os fazem sentir-se menos sozinhos e mais conectados. Ao mesmo tempo, reconhecem que às vezes os afastam de interações cara a cara e os fazem sentir-se deixados de lado e ‘menos’ que seus pares”, destaca Steyer.

Segundo os autores, o estudo não pode afirmar com certeza se as redes sociais causam mal ou melhoram o bem-estar dos adolescentes. “Para muitos jovens, as redes sociais são fonte de conexão e inspiração, uma oportunidade de compartilhar sua criatividade e aliviar a solidão. No entanto, para alguns outros, às vezes podem aumentar ansiedade e depressão.”

“Enquanto a quantidade de tempo que os jovens devotam às redes sociais é uma importante medida, não é a única. Reduzir a relação entre redes sociais e bem-estar dos jovens à noção de que menos tempo nas redes vai por si só resolver depressão e ansiedade entre adolescentes é muito simplista – e talvez até perigoso”, afirmam os autores.

*Por Alessandra Corrêa

 

 

 

 

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*Fonte: bbc/brasil

Não existe nível seguro de consumo de álcool, mostra pesquisa

Uma má notícia para quem gosta de tomar uma taça de vinho no fim do dia, acreditando ser um hábito saudável.

Um novo estudo global, publicado na revista científica The Lancet, confirmou o que algumas pesquisas anteriores diziam: não existe um nível seguro para o consumo de álcool.

Os pesquisadores admitem que beber moderadamente pode proteger contra doenças cardíacas, mas sugerem que o risco de desenvolver câncer e outros males se sobrepõe aos benefícios.

De acordo com os autores do estudo, essas descobertas são as mais significativas já realizadas até hoje, devido à variedade de fatores levados em conta na pesquisa.

Quão arriscado é beber moderadamente?

O estudo, que faz parte da série Fardo Global das Doenças (GBD, na sigla em inglês), analisou os níveis de consumo de álcool e seus efeitos sobre a saúde em 195 países de 1990 a 2016.

Na pesquisa, realizada com participantes de 15 a 95 anos, os cientistas compararam pessoas que não bebem álcool com consumidores de bebida alcóolica.

E descobriram que, dos 100 mil abstêmios, 914 desenvolveram problemas de saúde relacionados ao álcool, como câncer, ou sofreram alguma lesão.

Já quem toma diariamente uma dose – equivalente a 10 gramas de álcool puro – apresenta um risco 0,5% maior, se comparado a quem não bebe.

Se o consumo for de duas doses por dia, o risco sobe para 7%. E, no caso de cinco doses diárias, chega a ser 37% maior.

“Um drinque por dia significa um aumento pequeno do risco, mas se você ajusta isso à população do Reino Unido, representa um número muito maior. E a maioria das pessoas não toma apenas uma bebida por dia”, diz a médica Sonia Saxena, pesquisadora do Imperial College London, no Reino Unido, uma das autoras do estudo.

“Estudos prévios identificaram um efeito protetor do álcool em relação a algumas condições, mas descobrimos que os riscos combinados à saúde associados ao álcool aumentam com qualquer quantidade (consumida)”, completa Max Griswold, principal autor da pesquisa, da Universidade de Washington, nos EUA.

“A forte associação entre o consumo de álcool e o risco de câncer, lesões e doenças infecciosas compensa os efeitos protetores contra doenças cardíacas.”

“E embora os riscos para a saúde do álcool comecem pequenos, com uma dose por dia, eles crescem rapidamente à medida que as pessoas bebem mais”, alerta.

No Reino Unido, o sistema de saúde recomenda, desde 2016, que homens e mulheres não bebam mais do que 14 “unidades” de álcool por semana, o equivalente a seis pints (medida inglesa que corresponde a 560 ml) de cerveja de moderado teor alcoólico ou a dez taças pequenas de vinho de baixo teor alcoólico.

Na época, a professora Dame Sally Davies, chefe de saúde do governo britânico, observou que qualquer quantidade de álcool poderia aumentar o risco de câncer.

‘Risco consciente’

A pesquisadora Sonia Saxena ressalta que o estudo é o mais importante já realizado até hoje sobre o tema.

“Este estudo vai além de outros ao levar em conta uma série de fatores, incluindo as vendas de álcool, dados dos participantes sobre a quantidade de álcool ingerida, abstinência, informações sobre turismo e taxas sobre comércio ilegal e cervejarias artesanais”, explica.

Em todo o mundo, estima-se que uma em cada três pessoas consuma bebida alcoólica, responsável por quase um décimo das mortes de pessoas entre 15 e 49 anos.

“A maioria de nós, no Reino Unido, bebe muito além dos limites de segurança, e como o estudo mostra, não existe limite seguro. As recomendações do sistema de saúde precisam ser reduzidas ainda mais e o governo precisa repensar sua política. Se você vai beber, informe-se sobre os riscos e assuma um risco consciente”, diz Saxena.

Já o professor David Spiegelhalter, pesquisador Universidade de Cambridge, no Reino Unido, divulgou uma nota de advertência em relação aos resultados do estudo.

“Dado o prazer presumivelmente associado ao consumo moderado, alegar que não há um nível ‘seguro’ não parece um argumento para a abstenção”, diz ele.

“Não há nível seguro para dirigir, mas o governo não recomenda que as pessoas evitem dirigir.”

“Reflita um pouco a respeito, não existe nível seguro para viver, mas ninguém recomendaria desistir (da vida)”.

 

 

 

 

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*Fonte: bbc

Cientistas recebem sinal de rádio misterioso do ‘espaço profundo’

Pesquisadores do Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment captaram, por meio de um telescópio na Colúmbia Britânica, um sinal de rádio misterioso, energético e vindo do fundo do espaço. Não está claro exatamente de onde veio e como chegou à Terra.

O sinal foi o primeiro a ser ouvido entre a freqüência de 400 e 800 MHz, tornando-se mais profundo e baixo do que muitos já registrados antes.

Os cientistas pegaram mais de 30 Rajadas Rápidas de Rádio (FRB, na sigla em inglês) nos últimos dez anos. Elas continuam sendo um fenômeno misterioso e podem ser uma pista para algumas atividades extremas que acontecem a bilhões de anos-luz de distância.

Desde que foram descobertos em 2007, as FRBs se tornaram um dos sinais mais intrigantes do universo, pois são incrivelmente fortes, desaparecem rapidamente e já foram vistas por telescópios em todo o mundo.

A maioria delas foi registrada depois do fato. O novo sinal detectado, que recebeu o nome FRB 180725A, é raro porque foi visto em tempo real.

Segundo especialistas, é difícil saber quando elas ocorrerão, já que não há padrão para elas. Os cientistas descobriram a primeira fonte repetida de FRBs recentemente, permitindo-lhes vigiar os sinais.

Pesquisadores têm procurado há muito tempo pela fonte dos sinais, que chegam com grande força, mas duram pouquíssimo tempo. Eles sugerem que os sinais emergem de algum tipo de ambiente “extremo”, mas ninguém mostrou definitivamente de onde estão sendo enviados.

Isso levou à especulação de que eles poderiam emergir de uma enorme estrela desconhecida, com rajadas vindas de um buraco negro, ou mesmo de uma fonte artificial, como a vida alienígena.

Em 2017, estudiosos revelaram que poderiam ter rastreado sinais até uma fraca galáxia anã a mais de 3 bilhões de anos-luz de distância. Antes disso, eles pensavam que as rajadas poderiam vir de dentro de nossa própria galáxia. Contudo, estudos indicam que elas podem chegar ao fundo do universo.

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*Fonte: revistagalileu

“Band-Aid” do futuro: gel elástico que carrega medicamentos é desenvolvido nos EUA

Pesquisadores dos EUA desenvolveram um material semelhante a um gel pegajoso e extensível, que pode ser usado como uma “atadura inteligente”.

Com sensores de temperatura e reservatórios de drogas, o curativo de hidrogel pode liberar medicamentos em resposta às mudanças de temperatura da pele. Além disso, LEDs incorporados ao material acendem para avisar quando os remédios estão acabando.

“Eletrônicos são, geralmente, duros e secos, mas o corpo humano é macio e molhado. Estes dois sistemas têm propriedades drasticamente diferentes”, disse Xuanhe Zhao, um engenheiro mecânico no Massachusetts Institute of Technology (MIT). “Para deixar a eletrônica em contato estreito com o corpo humano, como em aplicações de monitoramento de saúde e entrega de drogas, é altamente desejável fazer os dispositivos eletrônicos macios e elásticos, para que se ajustem ao ambiente do corpo humano. Essa é a motivação para a eletrônica de hidrogel flexível”, completou.

A matriz de hidrogel que compõe a atadura tem numerosas vantagens em relação aos de tecidos convencionais. É altamente flexível e facilmente extensivo, podendo ser aplicado a qualquer área do corpo, incluindo articulações, como os joelhos ou os cotovelos.

O material de borracha é composto, principalmente, de água e pode ser incorporado a uma gama de produtos eletrônicos, tais como fios condutores, chips semicondutores, luzes de LED e sensores de temperatura.

Descrevendo o curativo na revista Advanced Materials, os pesquisadores dizem que o dispositivo possui tubos e furos pelos quais a medicação flui, entregando drogas diferentes para diferentes segmentos da pele, pela influência de sua respectiva temperatura. “É uma matriz muito versátil. Uma capacidade única é que se um sensor detecta algo diferente, como um aumento anormal da temperatura, o dispositivo libera os medicamentos neste local específico, selecionando uma droga a partir dos seus reservatórios. Os medicamentos podem difundir-se na matriz de hidrogel para libertação sustentada ao longo do tempo”, disse Hyunwoo Yuk, um membro da equipe.

O hidrogel seria uma “pomada” eficiente para coisas como queimaduras e doenças da pele, mas, de acordo com os pesquisadores, não está limitado ao uso externo, podendo, teoricamente, ser usado dentro do corpo para abrigar eletrônicos implantados, tais como sensores de glicose ou sondas neurais.

“Atualmente, os pesquisadores estão testando diferentes materiais macios para conseguir, a longo prazo, a biocompatibilidade de dispositivos neurais. Com ajuda dos colaboradores, estamos propondo a utilização de hidrogel como um material ideal para dispositivos neurais, pois ele pode ser projetado com propriedades mecânicas e fisiológicas semelhantes às do cérebro”, concluiu Zhao.

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*Fonte: gooru

Há pessoas que nunca deveriam levantar cedo, diz pesquisa

O cronotipo reflete o horário do dia em que o indivíduo preferencialmente encontra-se mais disposto à realizar diversas tarefas. Há pessoas que, antes de o sol nascer, tomam o café da manhã, limpam a casa e organizam a sua agenda. No entanto, para a maioria das pessoas, sair da cama com os primeiros raios do sol é um sacrifício. Na verdade, algumas pessoas são exatamente o oposto: eles são muito mais eficientes e produtivos durante a noite.

Os genes determinam as enzimas de síntese, os quais, por sua vez, aceleram ou desaceleram as reações químicas no interior das células do hipotálamo. Estas reações químicas são reciclados e determinam o período do nosso “relógio interno”. Mas, lembre-se, dia e noite ajustam-se continuamente a velocidade do ciclo. Outro fator poderoso é a sociedade que dita padrões de horários de trabalho, determina quando a pessoa deve ser produtiva, mas isso é um processo biológico polar de grupos de indivíduos. Todos os empresários, industriários, banqueiros e etc deveriam ler esta pesquisa e começarem a fazer estudo do cronotipo de seus funcionários e fazer a escala de trabalho de acordo com os horários de melhor produção de cada grupo.

Você é uma cotovia ou uma coruja?

Os cientistas criaram dois grupos opostos: os cotovias, que acordam cedo e tiram o máximo proveito de manhã e os corujas da noite, que aumentam o seu desempenho ao longo do dia e têm explosões de energias exclusivas à noite. Mas agora um estudo realizado no Instituto de Pesquisa de Biologia Molecular e Biofísica da Academia de Ciências da Rússia revelou que, na realidade, há muito mais por trás desses chronotypes e que certas pessoas nunca devem cedo.

Para biólogo Arkady Putilov e seus colegas da Academia Russa de Ciências pediu 130 pessoas para não dormirem por 24 horas seguidas. Os sujeitos indicariam por meio de um questionário, como eles se sentiram após tantas horas sem dormir e como foi o desempenho de suas atividades durante a experiência.

Assim, eles descobriram que há pessoas que passam o dia todo com baixo consumo de energia, são os categorizados como “letárgicos”, enquanto outros ficam ativos apesar da privação do sono e, independentemente da hora em que eles acordaram, estes foram chamados de “enérgicos”.

Estas pesquisas indicam que para as pessoas letárgicas – com menos energia – seria desastroso para elas serem obrigadas a se levantarem cedo, mas elas podem ser muito produtivas à noite. É provável que seu problema é porque o seu ritmo circadiano não é bem sincronizado com o ciclo natural de luz e escuridão. Basicamente, a luz solar é uma espécie de relógio natural que estimula o nosso corpo a produzir melatonina, o hormônio que provoca sono e algumas pessoas são exclusivamente produzem melatonina com mais velocidade e assim ficam com sono durante o dia mesmo que tenham dormido a noite inteira.

As pessoas energéticas atingem picos de atividade ao meio-dia. A luz solar, quando mais intensa, mais se sentem energizadas. No entanto, à noite essas pessoas não seriam produtivas, seu desempenho é aumentando lentamente ao longo do dia e diminui no final da tarde. O que muitos chamam de “melancolia do entardecer” é por causa disso.

Estas diferenças são devido, entre outros fatores, ao nosso DNA. De acordo com uma pesquisa realizada no Centro Nacional de Neurologia e Psiquiatria, em Tóquio, o gene PER-3, um dos genes do nosso relógio biológico, determina a propensão a subir mais tarde ou mais cedo, assim como o nosso nível de energia durante todo do dia e/ou à noite.

Os chamado “corujas” depois de 24 horas acordados, eles ainda sentem que seu “dia doméstico” não terminou, então eles estão dispostos a trabalhar mais tempo e ir para a cama mais tarde. “Cotovias”, por outro lado, alcançam seu “dia doméstico” antes do final astronômico, mas porque eles são propensos a uma atividade mais cedo. Podem acordar, por exemplo, às 5 da manhã e sentirão bem dispostos até o final da tarde.

Geralmente o cronotipo de cada pessoa é colocado ao nível genético. Por exemplo, os cientistas descobriram um gene que faz com que a pessoa tenha o ritmo de sono perturbado. Isto já é conhecida como DSPD (Delayed Disorder Sleep Phase) que afeta cerca de 3 pessoas em cada 2000.


Mas se o seu cronotipo não se encaixa em cotovia e nem coruja?

Muitas pessoas não podem ser atribuídas aos cronotipos de “corujas” ou “cotovia”. Para eles, outro cronotipo fornecido.

Um terceiro cronotipo é chamado de “Pombas” – aqueles que facilmente reorganizam o ritmo da vida em quaisquer circunstâncias. Este grupo de pessoas ainda está em estudos.

Você deve conhecer e adaptar o seu estilo de vida para o seu cronotipo

Conhecer o seu cronotipo lhe permitirá trabalhar seguindo o seu ritmo circadiano natural, que não só afeta sua produtividade, mas também o seu humor e sua saúde. Na verdade, tem sido mostrado que quando um ritmo circadiano é incompatível com o ritmo de atividade da pessoa, ela fica mais propensa a obesidade, diabetes e alguns tipos de câncer. Além disso, se a você estudar o seu cronotipo e adaptar seus horários de atividades ao seu ritmo circadiano, resultará positivamente no seu estado de espirito e sua saúde mental e emocional.

Na verdade, o ritmo circadiano é tão importante que os médicos do Hospital Paul Brousse, em Paris afirmaram que a quimioterapia deve ser aplicada em conformidade com este ciclo, pois é sabido que as células de certos tipos de linfoma tendem a dividir mais entre 9 e 22:00. Pelo contrário, as células intestinais tendem a fazê-lo às 7 da manhã e medula óssea ao meio-dia. Portanto, se a quimioterapia é aplicada no momento, seria mais eficaz e menos tóxico.

*Publicado originalmente por Julia Ruzmanova – Tradução e livre adaptação de Portal Raízes

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*Fonte: portalraizes

Pesquisadora passou anos no 4chan para explicar o cinismo que domina a web

Em novo livro, professora americana destrincha a ambivalência e a mordacidade niilista que impera nos memes e discursos online.

The Ambivalent Internet [A Internet Ambivalente, em tradução livre] é um livro teórico que compara a cultura online ao folclore, um meio desregrado porém profundamente tradicional em que histórias (ou memes, no caso) são transmitidas de geração em geração e evoluem a cada narração.

Os autores Ryan Milner e Whitney Phillips, professores de Comunicação e Estudos Literários, exploram o ato de contar histórias na rede, dos contos da creepypasta ao Xeroxlore, de Harambe a Hulk Hogan. O estudo trabalha o tema da ambiguidade linguística: se queremos mesmo dizer o que publicamos na internet e, em caso negativo, o que então queremos dar a entender.

Conversei com Phillips via Skype. Ela é professora assistente da Universidade Mercer, na Geórgia, Estados Unidos, e autora do livro This is Why We Can’t Have Nice Things, estudo sobre trollagem e seu contexto cultural. Ela se infiltrou no 4chan por anos a fio para pesquisar e escrever.

“O folclore oferece ferramentas perfeitas para descrever comportamentos cambiantes, [como, por exemplo] como pessoas interagem entre si, e como as tradições mudam com o tempo”, ela comentou.

O que se destaca no livro é o tratamento da internet enquanto cultura escrita, uma tapeçaria de ficção colaborativa. Phillips vê as redes sociais como uma tela desordenada, em constante mudança, algo difícil de definir, quanto mais compreender. “As ferramentas da escrita online permitem que as pessoas não só coloquem mais significados em jogo, como criem coisas completamente novas… As pessoas agora fazem parte da produção cultural e não só respondem a ela”, diz.

Milner e Phillips optaram por entregar a versão final do livro no dia após as eleições americanas de 2016. “De certa forma, o livro foi escrito em outra era — a era Trump tem vida própria, embora os conceitos discutidos no livro ainda sejam relevantes”, disse ela. Com efeito, o texto aborda a ascensão de um tipo específico de sectarismo online em que a ambivalência serve de véu para discursos de ódio. Os jornalistas têm dificuldades em entender o “humor” da nova direita, a chamada alt-right, ao passo que qualquer pessoa que se magoe vira um “bunda-mole sensível”.
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“Se foi com cinismo e ironia que chegamos até aqui, não será assim que sairemos dessa. Ok, corremos o risco de soar piegas, mas qual é a alternativa?”

Phillips mapeia o trajeto dessa vertente de cinismo niilista nas comunidades de trollagem, que emergiu depois do atentado de 11 de setembro. Em 2003, enquanto as guerras no Afeganistão e no Iraque pegavam fogo, o presidente Bush aconselhou o público a combater o terrorismo com passeios na Disney. Na época, o 4chan começou a desenvolver seu tom característico, aquele que nada além do “kkkkkkk” importa.

Por fim, esse niilismo todo foi absorvido por alguns segmentos de massa. “A ironia e o cinismo foram incorporados no DNA de boa parta da cultura online”, explicou Phillips. “E o fato desse tom ter emergido no momento em que emergiu, e ainda prevalecer, pelo menos em certas comunidades, não é coincidência — o folclore é sempre um reflexo de seu tempo.”

A influência do 4chan culmina no capítulo final do livro sobre um vídeo intitulado “Trump Effect” [Efeito Trump]. Inspirado na franquia de games Mass Effect, o clipe é uma orgia de hipérboles militaristas. Aparecem veteranos sem-teto e uma águia ao som de um coro. Eis que surge Hillary gargalhando, Ben Carson sonolento e uma bandeira dos Estados Unidos toda rasgada, tudo narrado por um Martin Sheen malévolo. Capaz que o vídeo seja uma sátira; capaz que seja apoio fanático. O próprio Trump o retuitou.

Ainda que o livro mantenha distância acadêmica, a própria Phillips defende a sinceridade com unhas e dentes. “Esse tipo de cinismo não envelheceu bem em 2017. Nunca passou de ladainha; representou sempre uma posição privilegiada para se tomar. Para as pessoas sob ameaça, não há tempo e espaço para ser irônico. Elas não têm escolha além de se importar”, diz.

Phillips acredita que a mudança está por vir e que a ambivalência tem seus limites. “Se foi assim que chegamos até aqui, com cinismo e ironia, não será assim que sairemos dessa. OK, corremos o risco de soar piegas, mas qual é a alternativa?”, disse ela.

A mudança pertence àqueles que ousam clamá-la: “Não há nada mais vulnerável nas redes do que dizer que você se importa. Isso demanda certa coragem, sobre a qual nada sabe o cinismo.”

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*Fonte: motherboard

A ciência comprova: poesia é mais eficaz que autoajuda

Ler poesia pode ser mais eficaz em tratamentos do que os livros de autoajuda, segundo um estudo da Universidade de Liverpool.

Especialistas em ciência, psicologia e literatura inglesa da universidade monitoraram a atividade cerebral de 30 voluntários que leram primeiro trechos de textos clássicos de Henry Vaughan,John Donne, Elizabeth Barrett Browning e Philip Larkin e depois essas mesmas passagens traduzidas para a “linguagem coloquial”.

Os resultados da pesquisa mostraram que a atividade do cérebro “acelera” quando o leitor encontra palavras incomuns ou frases com uma estrutura semântica complexa, mas não reage quando esse mesmo conteúdo se expressa com fórmulas de uso cotidiano.

Os especialistas descobriram que a poesia é mais útil que os livros de autoajuda porque afeta o lado direito do cérebro, onde são armazenadas as lembranças autobiográficas, e ajuda a refletir sobre eles e entendê-los desde outra perspectiva.

Os especialistas buscam agora compreender como afetaram a atividade cerebral as contínuas revisões de alguns clássicos da literatura para adaptá-los à linguagem atual, caso das obras de Charles Dickens.

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*Fonte: revistapazes

Somos todos idiotas confiantes

O problema da ignorância é que ela passa uma sensação muito parecida com a da especialidade. Um pesquisador pioneiro na psicologia do erro humano nos desengana.

No último mês de março, durante o enorme festival de música South by Southwest em Austin, Texas, o programa de entrevistas de fim de noite Jimmy Kimmel Live! enviou uma equipe de filmagem para as ruas, visando a flagrar hipsters blefando sobre seu conhecimento musical. “As pessoas que vão a festivais musicais se orgulham de saber quem são os grupos novos na cena”, Kimmel disse para a sua audiência de estúdio, “mesmo quando não sabem de fato quem eles são”. Então, o apresentador fez com que sua equipe perguntasse a alguns dos frequentadores sua opinião sobre bandas que não existem.

“Quem está fazendo um grande alvoroço nas ruas”, disse um dos entrevistadores de Kimmel para um homem usando óculos de aro grosso e uma camiseta irônica, “é a Dermatite de Contato. Você acha que eles têm o que é preciso para chegar ao topo?”

“Com certeza”, veio a resposta do fã aturdido.

A brincadeira era um episódio do quadro “Notícias de falso testemunho”, o qual consistia em fazer a pedestres uma série de perguntas com falsas premissas. Em outro episódio, a equipe de Kimmel perguntou às pessoas no Hollywood Boulevard se elas pensavam que o filme Godzilla, de 2014, era insensível aos sobreviventes do ataque de 1954 de um lagarto gigante a Tóquio; em um terceiro, perguntaram se Bill Clinton recebe o crédito que merece por pôr fim à guerra da Coreia, e se, por ter aparecido como um juiz no America’s Got Talent danificaria o seu legado. “Não”, respondeu uma mulher a essa última pergunta. “Isso o tornará ainda mais popular.”

Não se pode senão se compadecer das pessoas que caem na armadilha de Kimmel. Algumas parecem dispostas a dizer qualquer coisa em frente às filmadoras para esconder a sua ignorância sobre o assunto em questão (o que, é claro, tem o efeito oposto). Outros parecem ansiosos em agradar, não querendo deixar o entrevistador na mão dando a resposta mais entediante e apropriada: não sei. Mas, para alguns desses entrevistados, a armadilha se torna ainda mais profunda. Os que soaram mais confiantes, com frequência parecem pensar que efetivamente têm alguma pista – como se houvesse algum fato, alguma memória, alguma intuição que lhes assegurasse que sua resposta seria razoável.

Em um ponto do South by Southwest, a equipe de Kimmel se aproximou de uma jovem séria de cabelos castanhos. “Que você ouviu sobre Tonya e os Hardings?” perguntou o entrevistador. “Você soube que eles são meio sinceros?” Sem compreender essa dica, a mulher lançou-se numa resposta elaborada sobre a banda fictícia. “Sim, muitos homens estão falando deles, dizendo que estão realmente impressionados”. E continuou: “eles em geral não são fãs de bandas femininas, mas elas estão realmente passando uma mensagem”. Com base em alguma teia de aranha mental, ela foi capaz de tecer uma resenha de Tonya e os Hardings incorporando certos fatos detalhados: que são reais, que são mulheres (ainda que, digamos, Marilyn Manson e Alice Cooper não o sejam); e que são uma banda intransigente e inovadora.

Decerto, os produtores de Kimmel devem pôr no ar somente as entrevistas mais risíveis. Mas os programas ao fim da noite não são os únicos lugares em que se pode pegar pessoas improvisando sobre assuntos dos quais nada sabem. Nos confins mais solenes de um laboratório de pesquisa da Universidade de Cornell, os psicólogos Stav Atir, Emily Rosenzweig e eu conduzimos pesquisas em andamento que equivalem a uma versão mais cuidadosa e menos vistosa que a de Jimmy Kimmel.

Em nosso trabalho, perguntamos aos entrevistados se estão familiarizados com conceitos técnicos da física, da biologia, da política e da geografia. Boa parte deles afirma estar familiarizada com termos genuínos como força centrípeta e fóton. Mas, interessantemente, também afirmam estar um pouco familiarizados com conceitos completamente inventados, tais como placas de paralaxe, ultralipídio, e cholarine. Em um estudo, por volta de 90% dos participantes afirmaram ter algum conhecimento de pelo menos nove conceitos fictícios sobre os quais lhes perguntamos. De fato, quanto mais versados os entrevistados se consideravam em um assunto geral, mais familiaridade afirmavam ter com os termos sem sentido associados a ele na pesquisa.

É curioso ver pessoas que afirmam ter perícia política dizer que conhecem tanto Susan Rice (a conselheira de segurança nacional do presidente Barack Obama) quanto Michel Merrington (uma série de sílabas agradáveis ao ouvido). Mas não é tão surpreendente. Por mais de 20 anos, pesquisei o entendimento que as pessoas têm de sua própria perícia—formalmente conhecido como o estudo da metacognição, os processos pelos quais os seres humanos avaliam e regulam o seu conhecimento, o seu raciocínio e o seu aprendizado—e os resultados têm sido, com frequência, duros, às vezes, cômicos, e nunca maçantes.

O autor e aforista americano William Feather escreveu uma vez que ser instruído significa “ser capaz de distinguir entre o que se sabe e o que não se sabe.” Ocorre que esse ideal simples é extremamente difícil de atingir. Embora o conhecimento seja algo perceptível para quem detém esse conhecimento, muitas vezes os contornos amplos desse conhecimento são invisíveis. Em grande medida, malogra-se em reconhecer a frequência e o âmbito da própria ignorância.

Em 1999, no Jornal de Personalidade e Psicologia Social, o meu então estudante de pós-graduação Justin Kruger e eu publicamos um artigo que documentava como, em muitas áreas da vida, pessoas incompetentes não reconhecem—apaga isso, não podem reconhecer—quão incompetente elas são, um efeito que se tornou conhecido como efeito Dunning-Kruger. A própria lógica exige essa falta de autoconhecimento: para que os inaptos reconhecessem sua inaptidão seria necessário que tivessem justamente a perícia de que carecem. Para saber quão habilidoso ou inabilidoso se é no uso das regras da gramática, por exemplo, é preciso ter um bom conhecimento prático dessas regras, uma impossibilidade entre os incompetentes. Inaptos—e somos todos inaptos em algumas coisas—não conseguem ver as falhas em seu raciocínio nem as respostas de que carecem.

O curioso é que, em muitos casos, a incompetência não deixa as pessoas desorientadas, perplexas ou cautelosas. Pelo contrário, os incompetentes são frequentemente abençoados com confiança inapropriada, inspirada por alguma coisa que lhes dá a sensação de conhecimento.

Isso não é só uma teoria de sofá. Toda uma bateria de estudos conduzidos por mim e por outros confirmou que as pessoas que não sabem muito sobre determinado conjunto de habilidades cognitivas, técnicas ou sociais tendem a superestimar grosseiramente a sua maestria e o seu desempenho, seja na gramática, na inteligência emocional, no raciocínio lógico, no cuidado e na segurança de armas de fogo, no debate ou na inteligência financeira. Estudantes universitários que entregam provas que lhes renderão Ds e Fs tendem a pensar que o seu esforço será merecedor de notas muito mais altas; jogadores inaptos de xadrez, de bridge, estudantes de medicina e pessoas idosas que se inscrevem para renovar a carteira de motorista similarmente superestimam muito a sua competência.

Às vezes, pode-se ver essa tendência em funcionamento mesmo em movimentos amplos da história. Entre suas muitas causas, a crise financeira de 2008 foi acelerada pelo colapso épico de uma bolha imobiliária estocada pelas maquinações dos financistas e pela ignorância dos consumidores. E uma pesquisa recente sugere que a ignorância financeira de muitos americanos é da variedade da confiança inapropriada. Em 2012, o National Financial Capability Study, conduzido pela Autoridade Reguladora da Indústria Financeira (com o Tesouro dos Estados Unidos) pediu a cerca de 25.000 entrevistados que dessem uma nota para o seu próprio conhecimento financeiro e que depois seguissem para a avaliação de seu conhecimento financeiro efetivo.

Em torno de 800 inquiridos que disseram ter declarado falência nos últimos dois anos pontuaram lamentavelmente no teste – 37%, em média. Mas classificaram o próprio conhecimento financeiro mais, e não menos, positivamente que os outros inquiridos. A diferença foi pequena, mas acima de dúvida estatística: 23 por cento dos inquiridos recentemente falidos deram a si mesmos a nota mais alta possível; entre os outros inquiridos, apenas 13 por cento o fez. Por que essa autoconfiança? Como as vítimas de Jimmy Kimmel, os inquiridos falidos eram particularmente alérgicos a dizer “não sei”. De maneira clara, quando erravam uma questão, eles eram 67 por cento mais propensos a endossar uma falsidade do que os seus pares. Assim, com a cabeça cheia de “conhecimento”, eles consideravam o seu conhecimento financeiro bom o suficiente.

Porque é muito fácil julgar a idiotice alheia, pode ser muito tentador pensar que ela não se aplica a si. Mas o problema da ignorância não reconhecida visita a todos. E, ao longo dos anos, fiquei convencido de um fato chave e abrangente sobre a mente ignorante. Não se deve pensar nela como desinformada. Em vez disso, deve-se pensar nela como mal-informada.

Uma mente ignorante não é um receptáculo vazio e impecável, mas precisamente um receptáculo que está preenchido com a desordem de experiências de vida, de teorias, de fatos, de intuições, de estratégias, de algoritmos, de metáforas, de heurísticas, de palpites, todos irrelevantes e indutores ao erro, mas que, lamentavelmente, têm a aparência de conhecimento útil e seguro. Essa desordem é uma infeliz consequência de uma das nossas maiores forças como espécie. Somos desenfreados reconhecedores de padrões e teorizadores libertinos. Frequentemente, nossas teorias são boas o suficiente para chegar ao fim do dia, ou ao menos a uma idade em que possamos procriar. Mas nossa genialidade para a narração criativa de histórias, somada à nossa inabilidade de detectar a nossa própria ignorância, pode por vezes levar a situações constrangedoras, infelizes ou totalmente perigosas— especialmente em uma sociedade democrática complexa e tecnologicamente avançada que investe imenso poder destrutivo (ver: crise, financeira; guerra, Iraque) em crenças populares incorretas. Como o humorista Josh Billings disse uma vez, “não é o que você não sabe que lhe causa problemas; é o que você sabe com certeza que simplesmente não é assim”. (Ironicamente, uma coisa que muitas pessoas “sabem” sobre essa citação é que foi proferida primeiro por Mark Twain ou Will Rogers—o que simplesmente não é assim).

Por causa da maneira como somos constituídos, e por causa da maneira como aprendemos com o ambiente, somos todos máquinas de crenças incorretas. E quanto melhor entendermos como nossa máquina maravilhosa funciona (porém mais complicada que o necessário e cheia de gambiarras), melhor poderemos controlá-la rumo a um entendimento mais objetivo da verdade.

NASCIDOS ERRADOS

Algumas de nossas intuições mais profundas sobre o mundo vêm desde o berço. Antes de seu segundo aniversário, os bebês já sabem que dois objetos sólidos não podem coexistir no mesmo espaço. Sabem que objetos continuam a existir quando fora da vista, e que caem se deixados sem sustentação. Sabem que as pessoas podem se levantar e se mover como seres autônomos, mas que o computador na mesa não o pode. Mas nem todas as nossas intuições primeiras são tão sólidas.

Crianças muito jovens também carregam crenças incorretas que guardarão, em algum grau, pelo resto da vida. O seu raciocínio, por exemplo, é marcado por uma forte tendência de falsamente atribuir intenções, funções e propósitos a organismos. Na mente de uma criança, o aspecto mais importante de um ser vivo é a função que ele tem no reino de toda a vida. Se perguntadas sobre por que os tigres existem, as crianças enfatizarão que foram “feitos para ficar em um zoológico”. Se perguntadas sobre por que as árvores produzem oxigênio, as crianças dirão que as árvores o fazem para permitir que os animais respirem.

Toda educação convencional de biologia ou de ciências naturais tentará mitigar essa inclinação ao raciocínio-função. Mas ela nunca nos deixa. Adultos com pouca educação formal mostram um viés semelhante. E, quando pressionados, mesmo cientistas profissionais começam a cometer erros de raciocínio-função. A psicóloga da Universidade de Boston Deborah Kelemen e alguns de seus colegas assim o demonstraram num estudo que envolveu 80 cientistas—pessoas com empregos universitários em geociências, química e física—solicitados para avaliar 100 afirmações distintas sobre “por que as coisas ocorrem” no mundo material como verdadeiras ou falsas. Entre as explicações, havia explicações-função, tais como “o musgo se forma ao redor das rochas para impedir a erosão do solo” e “a Terra tem uma camada de ozônio para protegê-la da luz ultravioleta”. Os participantes do estudo foram autorizados a lidar com a tarefa em seu próprio ritmo ou receberam somente 3.2 segundos para responder a cada item. Pressionar os cientistas os levou a endossar o dobro de falsas explicações-função, de 15 para 29 por cento.

Esse engano do raciocínio-função causa particulares estragos nas tentativas de ensinar um dos conceitos mais importantes da ciência moderna: a teoria da evolução. Mesmo as pessoas leigas que endossam a teoria com frequência creem numa falsa versão dela. Eles atribuem um nível de agência e de organização à evolução que simplesmente não está ali. Se se pergunta a muitas pessoas leigas o seu entendimento de por que, diga-se, os guepardos podem correr tão rápido, explicarão que é porque os gatos supuseram, quase como um grupo, que poderiam pegar mais presas se pudessem correr mais rápido, e por isso adquiriram o atributo e o passaram aos seus filhotes. Dessa perspectiva, a evolução é essencialmente um jogo de estratégia de espécies.

Essa ideia de evolução malogra em compreender o papel essencial desempenhado pelas diferenças individuais e pela competição entre membros de uma espécie em resposta a pressões ambientais: guepardos específicos que podem correr mais rápido capturam mais presas, vivem mais, e se reproduzem mais rápido; guepardos mais lentos são desfavorecidos e se extinguem—deixando a espécie seguir rumo a se tornar mais rápida no geral. A evolução é o resultado de diferenças aleatórias e de seleção natural, não de agência nem de escolha.

Mas a crença no modelo “agência” de evolução é difícil de repelir. Embora educar as pessoas sobre a evolução possa certamente transformá-las de desinformadas para bem informadas, em alguns casos teimosos a educação também as leva à categoria de mal informadas que se veem como bem informadas. Em 2014, Tony Yates e Edmund Marek publicaram um estudo que rastreou o efeito de aulas de biologia na compreensão que 536 secundaristas de Oklahoma tinham da teoria da evolução. Os estudantes foram rigorosamente avaliados quanto ao seu conhecimento da evolução antes de fazer um curso introdutório de biologia e, depois deste, mais uma vez. Não surpreendentemente, a confiança dos estudantes em seu conhecimento disparou depois da instrução e eles endossaram um número maior de afirmações verdadeiras. Até aqui, tudo bem.

O problema é que o número de ideias incorretas que o grupo endossou também disparou. Por exemplo, a instrução fez a percentagem de estudantes que concordavam convictamente com a afirmação verdadeira de que “a evolução não pode fazer as características de um organismo mudarem durante o seu tempo de vida” subisse de 17 para 20 por cento—mas também fez com que os que discordavam fortemente dela crescessem de 16 para 19 por cento. Em resposta à afirmação também verdadeira de que “a variação entre indivíduos é importante para que a evolução ocorra”, a exposição à instrução produziu um aumento na concordância forte de 11 para 22 por cento, mas a discordância forte também subiu de nove para 12 por cento. Eloquentemente, a única resposta que caiu de maneira uniforme depois da instrução foi “não sei”.

E não é somente a evolução que atormenta os estudantes. Mais uma vez, as pesquisas descobriram que as práticas educacionais convencionais amplamente malograram em erradicar muitas das crenças incorretas que vêm do berço. A educação não consegue corrigir as pessoas que creem que a visão se torna possível somente porque o olho emite alguma energia ou substância no ambiente. Malogra em corrigir intuições comuns sobre a trajetórias de objetos que caem e em desenganar estudantes da ideia de que a luz e o calor estão sujeitos às mesmas leis que as substâncias materiais. O que a educação com frequência parece fazer, contudo, é nos imbuir com confiança nos erros que fixamos.

 

REGRAS APLICADAS INCORRETAMENTE

Imagine que a ilustração abaixo representa um tubo curvo posicionado horizontalmente numa mesa:

Num estudo de física intuitiva feito em 2013, Elanor Williams, Justin Kruger e eu apresentamos às pessoas muitas variações dessa imagem do tubo curvo e lhes pedimos para identificar a trajetória que uma bola faria (marcada A, B ou C na ilustração) depois que tivesse viajado por cada um. Algumas tiveram nota máxima, e pareciam saber disso, estando muito confiantes em suas respostas. Algumas pessoas foram um pouco pior—e também pareciam saber, pois a sua confiança foi muito mais comedida.

Mas uma coisa curiosa começou a ocorrer conforme voltamos o olhar para as pessoas que foram muito mal em nosso teste. Você talvez seja capaz de prever: essas pessoas expressaram mais, e não menos, confiança em seu desempenho. De fato, as pessoas que não acertaram nenhum item expressaram uma confiança que igualou à dos que alcançaram melhor desempenho. Certamente, esse estudo produziu o exemplo mais dramático do efeito Dunning-Kruger que já vimos: quando se olha apenas para a confiança das pessoas que acertaram 100 por cento e das que acertaram 0 por cento, é quase sempre impossível saber quem está em qual grupo.

Por quê? Porque ambos os grupos “sabiam alguma coisa”. Eles sabiam que havia uma regra rigorosa e consistente que uma pessoa deve seguir para predizer as trajetórias das bolas. Um grupo sabia o princípio newtoniano correto: que a bola continuaria na direção em que estava no instante em que saiu do tubo: o caminho B. Livre da constrição do tubo, a bola simplesmente iria reto.

As pessoas que erraram todos os itens tipicamente responderam que a bola seguiria o caminho A. Essencialmente, a sua regra era que o tubo transmitiria algum ímpeto curvo à trajetória da bola, o qual ela continuaria a seguir após sua saída. Essa resposta é claramente incorreta—mas um sem-número de pessoas a endossa.

Essas pessoas estão em boa companhia. Em 1500 a.C., o caminho A seria a resposta aceita entre pessoas sofisticadas com interesse por física. Tanto Leonardo da Vinci quanto o filósofo francês Jean Buridan a endossaram. E faz sentido. Uma teoria do ímpeto curvo explicaria quebra-cabeças comuns e quotidianos, tais como por que rodas continuam a rodar mesmo depois que se para de empurrar o carrinho, ou por que os planetas continuam a sua órbita perfeita e regular ao redor do Sol. Com esses problemas “explicados”, é um passo simples transferir essa explicação para outros problemas como aqueles envolvendo tubos.

O que esse estudo ilustra é outra maneira geral—em adição aos erros de berço—em que os humanos frequentemente geram crenças erradas: importamos conhecimento de lugares apropriados para lugares em que é inapropriado.

Eis outro exemplo: de acordo com Pauline Kim, um professor na Faculdade de Direito de Washington, as pessoas tendem a fazer inferências sobre a lei baseadas no que sabem sobre normas sociais mais informais. Isso frequentemente os leva a entender errado os seus direitos—e em áreas como direito do trabalho, a superestimá-los grandemente. Em 1997, Kim apresentou a cerca de 300 residentes de Búfalo, Nova Iorque, uma série de hipóteses moralmente horrorosas no local de trabalho—por exemplo, um funcionário é demitido por denunciar que um colega de trabalho anda roubando da companhia—que eram, não obstante, legais no regime de trabalho “sem vínculo empregatício” do estado. De 80 a 90 por cento dos bufalonianos identificaram incorretamente cada uma dessas hipóteses desagradáveis como ilegais, revelando quão pouco entendiam sobre quanta liberdade os empregadores tinham para demitir seus empregados. (Por que isso importa? Pesquisadores legais defenderam as regras do emprego sem vínculo empregatício porque os empregados dão o consentimento a elas em massa sem buscar melhores termos de trabalho. O que Kim mostrou é que os empregados raramente entendem com o que estão consentindo).

Médicos também estão muito familiarizados com o problema do conhecimento inapropriadamente transferido quando lidam com pacientes. Frequentemente, não é a condição médica em si que um médico precisa vencer, mas as concepções incorretas do paciente que a protegem. Pacientes idosos, por exemplo, muitas vezes se recusam a seguir a orientação médica de se exercitar para aliviar a dor—uma das eficazes estratégias disponíveis—porque a sensibilidade e o desconforto que sentem quando se exercitam é uma coisa que associam com o ferimento e a deterioração. Uma pesquisa do economista comportamental Sendhil Mullainathan descobriu que as mães na Índia frequentemente deixavam de dar água aos bebês com diarreia porque elas erradamente os concebiam como baldes furados—em vez de criaturas desidratadas precisando desesperadamente de água.

 

RACIOCÍNIO MOTIVADO

Algumas das nossas crenças incorretas mais teimosas surgem não de intuições infantis primitivas nem de erros descuidados de categoria, mas dos próprios valores e mundivisões que definem quem somos como indivíduos. Cada um de nós tem determinadas crenças fundamentais—narrativas sobre o eu, ideias sobre a ordem social—que essencialmente não podem ser violadas: contradizê-las seria pôr em questão nosso próprio valor. Como tal, essas concepções exigem fidelidade de outras opiniões, e toda informação que recolhemos do mundo é corrigida, distorcida, diminuída ou esquecida de modo que garanta que essas crenças sacrossantas permaneçam inteiras e incólumes.

Uma crença sacrossanta muito comum, por exemplo, é alguma coisa assim: sou uma pessoa capaz, boa e atenciosa. Toda informação que contradiga essa premissa está sujeita a encontrar uma resistência mental séria. Também crenças políticas e crenças ideológicas com frequência migram para o reino do sacrossanto. A teoria antropológica da cognição cultural sugere que as pessoas em toda parte tendem a se classificar ideologicamente em concepções culturais divergentes ao longo de um par de eixos: são individualistas (favorecem a autonomia, a liberdade e a autossuficiência) ou são comunitaristas (dão mais peso aos benefícios e aos custos arcados por toda a comunidade); e são hierarquistas (favorecem a distribuição de deveres sociais e de recursos ao longo de hierarquistas (favorecem a distribuição de deveres sociais e de recursos ao longo de uma classificação fixa de posição social) ou são igualitários (rejeitam a ideia mesma de classificação de pessoas de acordo com a posição social). De acordo com a teoria da cognição cultural, os humanos processam informações de uma maneira que não somente reflete esses princípios organizadores, mas que também os reforça. Esses pontos de ancoragem ideológicos podem ter um impacto profundo e abrangente no que as pessoas creem, e até no que elas “sabem” que é verdadeiro.

Talvez não seja tão surpreendente ouvir que os fatos, a lógica e o conhecimento podem ser dobrados para corresponder à subjetiva concepção de mundo de uma pessoa; afinal, acusamos nossos oponentes políticos desse tipo de “raciocínio motivado” o tempo todo. Mas o grau dessa dobra pode ser incrível. Em um trabalho em andamento com o cientista político Peter Enns, o meu laboratório descobriu que a política de uma pessoa pode deformar outros conjuntos de crenças lógicas ou de crenças factuais tanto que eles entram em franca contradição. Em um levantamento conduzido no final de 2010 com cerca de 500 americanos, descobrimos que 1/4 dos liberais (mas somente seis por cento dos conservadores) endossaram tanto a frase “as políticas do presidente Obama já criaram um forte restabelecimento na economia” quanto a frase “estatutos e regulamentos promulgados pela administração presidencial republicana anterior tornaram uma recuperação econômica forte impossível.” As duas afirmações são agradáveis aos olhos liberais e honram à ideologia liberal, mas como Obama já pode ter criado uma recuperação forte que as políticas republicanas tornaram impossível? Entre os conservadores, 27 por cento (relativamente a somente 10 por cento dos liberais) concordaram tanto com “as habilidades retóricas do Presidente Obama são elegantes, mas insuficientes para influenciar grandes questões internacionais” quanto com “o presidente Obama não fez o suficiente para usar as suas habilidades retóricas para efetuar mudanças no regime do Iraque”. Mas se as habilidades de Obama são insuficientes, por que ele deveria ser criticado por não as usar para influenciar o governo iraquiano?

Compromissos ideológicos sacrossantos também podem nos levar a desenvolver opiniões rápidas e intensas sobre assuntos sobre os quais não sabemos virtualmente nada—assuntos que, à primeira vista, não têm nada que ver com ideologia. Considere-se o campo emergente da nanotecnologia. A nanotecnologia, definida grosso modo, envolve a fabricação de produtos no nível atômico ou molecular que têm aplicações na medicina, na produção de energia, nos biomateriais e nos eletrônicos. Como praticamente toda tecnologia nova, a nanotecnologia traz a promessa de grandes benefícios (recipientes antibacterianos de comida!) e o risco de sérios pontos negativos (tecnologia de nanovigilância!).

Em 2006, Daniel Kahan, um professor na Faculdade de Direito de Yale, realizou com alguns colegas um estudo sobre a percepção pública da nanotecnologia. Ele descobriu, como outras pesquisas já haviam feito antes, que a maioria das pessoas sabia pouco ou nada sobre o campo. Também descobriu que a ignorância não impediu as pessoas de opinar sobre se os riscos da nanotecnologia superavam os seus benefícios.

Quando Kahan perguntou aos entrevistados desinformados, as suas opiniões variaram muito. Mas quando ele deu a outro grupo de respondentes uma descrição muito breve e meticulosamente equilibrada das promessas e dos perigos da nanotecnologia, a impressionante atração gravitacional de crenças sacrossantas profundamente sustentadas se tornou aparente. Com apenas dois parágrafos de informação escassa (mas precisa) para prosseguir, as concepções das pessoas sobre nanotecnologia se dividiram marcadamente—e se alinharam com as suas concepções de mundo globais. Hierarquistas e individualistas se descobriram vendo a nanotecnologia mais favoravelmente. Igualitários e coletivistas adotaram a posição contrária, insistindo que a nanotecnologia tem mais potencial para o mal que para o bem.

Por que seria assim? Por causa de crenças subjacentes. Hierarquistas, que têm disposição favorável a pessoas em posição de autoridade, podem vir a respeitar líderes científicos e industriais que anunciam aos quatro ventos as promessas não provadas da nanotecnologia. Igualitários, por outro lado, podem temer que a nova tecnologia poderia apresentar uma vantagem para somente algumas poucas pessoas. E os comunitaristas podem temer que as empresas de nanotecnologia não prestarão suficiente atenção aos efeitos da indústria no meio ambiente e na saúde pública. A conclusão de Kahan: se dois parágrafos de texto são suficientes para lançar as pessoas no caminho deslizante da polarização, então apenas dar aos membros do público mais informação provavelmente não os ajudará a chegar a um entendimento compartilhado e neutro dos fatos, somente reforçará as suas concepções enviesadas.

Poder-se-ia pensar que opiniões sobre uma tecnologia esotérica seriam difíceis de adquirir. Certamente, saber se a nanotecnologia é uma dádiva para a humanidade ou um passo para o apocalipse exigiria algum tipo de conhecimento de ciência de materiais, de engenharia, de estrutura industrial, de questões regulatórias, de química orgânica, de ciência de superfície, de física dos semicondutores, de microfabricação e de biologia molecular. Todo dia, contudo, as pessoas se baseiam mentalmente na desordem cognitiva—seja um reflexo ideológico, seja uma teoria aplicada incorretamente, sejam intuições de berço—para responder a questões técnicas, políticas e sociais nas quais elas têm pouca ou nenhuma perícia. Nunca estamos lá muito longe de Tonya e os Hardings.

 

VENDO ATRAVÉS DA DESORDEM

Infelizmente para todos, políticas e decisões fundadas em ignorância têm uma forte tendência, mais cedo ou mais tarde, de explodir em nossa cara. Então, como governantes, professores, e o resto de nós pode passar por cima de todo o conhecimento falso—o nosso e o de nossos vizinhos—que está no caminho de nossa habilidade de ter juízos verdadeiramente informados?

A maneira como tradicionalmente concebemos a ignorância—como ausência de conhecimento—nos leva a pensar na educação como seu antídoto natural. Mas a educação, mesmo quando bem-feita, pode produzir confiança ilusória. Eis um exemplo particularmente terrível: os cursos de formação de motoristas, particularmente aqueles destinados a lidar com manobras de emergência, tendem a aumentar, em vez de diminuir, as taxas de acidentes. Eles o fazem porque treinar as pessoas para lidar com, digamos, neve e gelo as deixa com a impressão duradoura de que são especialistas no assunto. De fato, as suas habilidades geralmente erodem rapidamente depois que saem do curso. E então, meses ou mesmo décadas depois, elas têm confiança, mas pouca competência restante quando as suas rodas começam a girar.

Em casos como esse, a atitude mais esclarecida, como proposto pelo pesquisador sueco Nils Petter Gregersen, pode ser simplesmente evitar ensinar essas habilidades. Em vez de treinar os motoristas a lidar com as condições do gelo—deviam afugentar estudantes inexperientes de dirigir em condições de inverno em primeiro lugar, e deixar por isso mesmo.

Mas, claro, proteger as pessoas de sua própria ignorância ao isolá-las dos riscos da vida é raramente uma opção. Fazer as pessoas efetivamente se livrarem de suas falsas crenças é uma tarefa muito mais difícil e muito mais importante. Felizmente, uma ciência que poderia ajudar está surgindo, liderada por estudiosos como Stephan Lewandowsky na Universidade de Bristol e Ullrich Ecker da Universidade da Austrália Ocidental.

Na sala de aula, algumas das melhores técnicas para desarmar falsas concepções são essencialmente variações do método socrático. Para eliminar as falsas crenças mais comuns, o instrutor pode começar uma aula com elas—e, então, mostrar aos estudantes as lacunas explicativas que essas crenças incorretas deixam ou as conclusões implausíveis a que levam. Por exemplo, um instrutor pode começar a discussão sobre evolução expondo a falácia da evolução-função, impelindo a classe a questioná-la. Como as espécies magicamente sabem que vantagens devem desenvolver para passar aos seus descendentes? Como conseguem decidir trabalhar em equipe? Essa atitude pode tornar a teoria correta mais memorável quando desvendado, e pode impulsionar melhorias gerais nas habilidades analíticas.

Então, claro, há o problema da informação incorreta desenfreada em lugares que, ao contrário das salas de aula, são difíceis de controlar—como a Internet e os meios de comunicação. Nesse contexto de Velho Oeste, é melhor simplesmente não repetir falsas crenças comuns. Dizer às pessoas que Barack Obama não é muçulmano malogra em mudar a sua mentalidade, porque elas frequentemente se lembram de tudo o que foi dito—menos do crucial qualificador “não”. Ao contrário, erradicar com sucesso uma falsa crença exige não somente removê-la, mas também preencher o vazio deixado por ela (“Obama foi batizado em 1988 como um membro da Igreja Unida de Cristo”). Se repetir a crença falsa for absolutamente necessário, os pesquisadores descobriram que ajuda fornecer claros e repetidos avisos de que a crença é falsa. Eu repito, falsa.

As concepções incorretas mais difíceis de se desfazer são, claro, são as que refletem crenças sacrossantas. E a verdade é que essas noções frequentemente não podem ser mudadas. Pôr uma crença sacrossanta em dúvida põe o eu inteiro em dúvida, e as pessoas defenderão ativamente as concepções que lhes são caras. Esse tipo de ameaça a uma crença central, contudo, pode às vezes ser aliviada dando às pessoas a oportunidade de sustentar a sua identidade em outro lugar. Pesquisadores descobriram que pedir às pessoas que descrevam aspectos de si mesmas que as deixa orgulhosas ou que relatem valores que lhes são caros pode fazer qualquer ameaça vindoura parecer menos ameaçadora.

Por exemplo, em um estudo conduzido por Geoffrey Cohen, David Sherman e outros colegas, americanos autodeclarados patriotas eram mais receptivos a afirmações sobre um relatório crítico da política externa norte americana se, de antemão, escrevessem um ensaio sobre aspectos importantes de si mesmos, tais como a sua criatividade, seu senso de humor ou sua família e explicassem por que esse aspecto era particularmente significativo para eles. Em um segundo estudo, no qual estudantes universitários pró-escolha discutiram sobre como deveria ser a política federal de aborto, os participantes fizeram mais concessões a restrições ao aborto depois de escrever ensaios autoafirmativos semelhantes.

Em alguns casos, os pesquisadores descobriram também que as próprias crenças sacrossantas podem ser mobilizadas para persuadir um sujeito a reconsiderar um conjunto de fatos com menos preconceito. Por exemplo, os conservadores tendem a não endossar políticas que preservam o meio ambiente tanto quanto os liberais o fazem. Mas conservadores efetivamente se importam com questões que envolvem “pureza” no pensamento, no dever e na realidade. Formular a proteção ambiental como uma oportunidade para presentar a pureza da Terra faz com que conservadores favoreçam muito mais essas políticas, como sugere a pesquisa de Matthew Feinberg e de Robb Willer da Universidade de Stanford. Numa veia similar, os liberais podem ser persuadidos a aumentar o gasto militar se essa política é ligada de antemão a valores progressistas como justiça e equidade—ao notar, por exemplo, que os militares oferecem aos recrutas uma saída da pobreza, ou que os padrões de promoção militar se aplicam igualmente para todos.

Mas eis o desafio real: como podemos aprender a reconhecer nossa própria ignorância e nossas crenças incorretas? Para começar, imagine que se é parte de um pequeno grupo que precisa tomar uma decisão sobre alguma questão importante. Cientistas comportamentais frequentemente recomendam que grupos pequenos elejam alguém para servir de advogado do diabo—uma pessoa cujo trabalho é questionar e criticar a lógica do grupo. Enquanto esse método pode prolongar as discussões do grupo, irritar o grupo e ser desconfortável, as decisões a que os grupos chegam são geralmente mais precisas e mais solidamente justificadas do que o seriam de outro modo.

Individualmente, o truque é ser o seu próprio advogado do diabo: pensar pormenorizadamente sobre como suas conclusões favoráveis podem estar equivocadas; perguntar a si mesmo como se pode estar errado, ou como as coisas podem ocorrer diferentemente do que se espera. Ajuda praticar o que o psicólogo Charles Lord chama “considerar o oposto”. Para fazer isso, frequentemente me imagino num futuro em que errei numa decisão, e então considerar qual era o caminho que mais provavelmente me levou ao erro. E, por último: busque conselhos. Outras pessoas podem ter suas próprias falsas crenças, mas uma discussão pode frequentemente ser suficiente para livrar uma pessoa séria de suas concepções incorretas mais notáveis.

 

CIVILIDADE PARA IDIOTAS ESCLARECIDOS

Numa edição de “Notícias de falso testemunho” janeiro passado, as equipes de filmagem de Jimmy Kimmel foram às ruas de Los Angeles no dia anterior ao que estava agendado para o presidente Barack Obama fazer o seu discurso anual do Estado da União. Perguntou-se aos entrevistados sobre a soneca de John Boehner durante o discurso e sobre o momento no final em que Obama fingiu um ataque cardíaco. As análises do discurso fictício iam de “incrível” a “poderoso” e também a “regular”. Como sempre, os produtores não tiveram problema em encontrar pessoas que estivessem dispostas a dissertar sobre eventos dos quais não poderiam saber nada.

Comediantes americanos como Kimmel e Jay Leno têm uma longa história de ridicularização da ignorância de seus compatriotas. De tempos em tempos, durante pelo menos o século passado, vários grupos de pessoas circunspectas conduziram estudos de alfabetização cívica—perguntando ao público sobre a história e o governo da nação—e expõem os resultados como causa de grave preocupação sobre o declínio e a degradação culturais. Em 1943, depois de uma pesquisa com 7.000 calouros universitários descobriu que apenas seis por cento conseguia identificar as 13 colônias originais (com alguns deles acreditando que Abraham Lincoln, “nosso primeiro presidente”, “emaciou os escravos”), o New York Times lamentou a “ignorância aterradora” da juventude na nação. Em 2002, depois que um teste nacional em que estudantes da quarta, oitava e décima segunda séries produziram resultados similares, o Weekly Standard chamou os estudantes da América de “burros como pedras”.

Em 2008, o Instituto de Estudos Intercolegiados entrevistou 2.508 americanos e descobriu que 20 por cento deles acham que o colegiado eleitoral “treina os aspirantes a melhores cargos políticos” ou “foi estabelecido para supervisionar o primeiro debate televisionado de presidenciáveis”. Alarmes foram mais uma vez acionados sobre o declínio da alfabetização cívica. Ironicamente, como escreveu o historiador de Stanford Sam Wineburg, as pessoas que lamentam a crescente ignorância da própria história na América são eles mesmos ignorantes sobre quantos antes deles também se lamentaram; um olhar para trás sugere, não uma queda abaixo de alguma base de grandeza americana, mas um nível constante de desajeitamento com os fatos.

O impulso para se preocupar com todas essas respostas erradas faz certo sentido dado que o assunto é civilidade. “As questões que eliminaram tantos estudantes”, lamentou o Secretário de Educação Rod Paige depois de um exame em 2001, “envolve o conceito mais fundamental de nossa democracia, nosso crescimento como uma nação e o nosso papel no mundo”. Uma questão implícita e vergonhosa parece ser: que pensariam os Pais Fundadores sobre esses descendentes mergulhados nas trevas da ignorância?

Mas penso que já se sabe o que os Pais Fundadores pensariam. Como bons cidadãos do Iluminismo, eles valorizavam reconhecer os limites do próprio conhecimento pelo menos tanto quanto valorizavam acumular fatos. Thomas Jefferson, lamentando a qualidade do jornalismo político em seus dias, observou uma vez que quem evitasse os jornais seria mais bem informado que um leitor diário, porque quem “não sabe nada está mais perto da verdade que aquele cuja mente está cheia de falsidades e de erros”. Benjamin Franklin escreveu que “um imbecil instruído é mais imbecil que um imbecil ignorante”. Outra citação por vezes atribuída a Franklin é “o degrau de entrada do templo da sabedoria é o conhecimento de nossa própria ignorância”.

As características embutidas de nosso cérebro, e as experiências de vida que acumulamos, efetivamente enchem a nossa cabeça com um conhecimento imenso; o que elas não oferecem é a percepção das dimensões de nossa ignorância. Como tal, a sabedoria pode não envolver fatos e fórmulas tanto quanto a agilidade para reconhecer quando um limite foi atingido. Tropeçar por toda a nossa desordem cognitiva somente para reconhecer um verdadeiro “eu não sei” pode não constituir malogro tanto quando constituiria um sucesso invejável, um sinal que nos mostra que estamos viajando na direção certa rumo à verdade.

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*Fonte: universoracionalista
por David Dunning / Tradução de Israel Vilas Bôas

O Reino Unido ligou seu ambicioso reator de fusão – e ele funciona

O mais novo reator de fusão do Reino Unido, o ST40, foi ligado na semana passada e já conseguiu atingir o “primeiro plasma”.

Isso significa que gerou com êxito plasma eletricamente carregado dentro de seu núcleo.

No entanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido: o objetivo é que o reator aqueça esse plasma até 100 milhões de graus Celsius – o limiar de “fusão”, no qual os átomos de hidrogênio podem começar a se fundir em hélio, liberando energia limpa no processo – somente em 2018.

 

A promessa

A fusão nuclear é o processo que alimenta o nosso sol. Se atingíssemos a mesma coisa aqui na Terra, isso nos permitiria aproveitar uma fonte ilimitada de energia limpa que quase não produz carbono.

Ao contrário da fissão nuclear, que é conseguida nos atuais reatores nucleares, a fusão nuclear envolve a fusão de átomos, não sua divisão, e produz principalmente hélio como produto residual.

Apesar de promissora, no entanto, não tem sido nada fácil alcançá-la, ou torná-la prática.

“Hoje é um dia importante para o desenvolvimento da energia de fusão no Reino Unido e no mundo”, disse David Kingham, CEO da Tokamak Energy, a empresa por trás do ST40. “Estamos apresentando o primeiro dispositivo de fusão de classe mundial projetado, construído e operado por uma empresa privada. O ST40 é uma máquina que irá mostrar que temperaturas de fusão – 100 milhões de graus – são possíveis em reatores compactos e econômicos. Isso permitirá que a energia de fusão seja alcançada em anos e não décadas”.

 

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*Fonte: hypescience

Crianças que acampam vão melhor na escola, diz estudo

Um estudo realizado pelo Instituto de Educação da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, identificou que crianças que acampam pelo menos uma vez ao ano são mais saudáveis, felizes e têm melhor desempenho escolar. Os benefícios foram observados pelos próprios pais.

Para a pesquisa, o Instituto contou com o apoio da organização Camping and Caravanning Club, que conta com mais de 500 mil membros. Na análise, a professora Sue Waite descobriu que quatro em cada cinco pais entrevistados consideram que os acampamentos exercem um efeito positivo sobre a educação formal de seus filhos.

Entre os questionamentos, foi descoberto que: 98% dos pais consideram que os filhos apreciam e se conectam mais com a natureza após acamparem; 95% disseram que os filhos ficam mais felizes durante os acampamentos; 93% disseram sentir que a atividade fornece habilidade úteis para a vida mais tarde.

Como é evidente, o ato de acampar também exerce influência sobre o uso da tecnologia pelas crianças. Este ponto foi, inclusive, lembrado pelos pais, com 15% deles considerando positivo o distanciamento das crianças dos aparelhos eletrônicos.

Acampar ainda proporciona sensação de liberdade, independência e confiança aos filhos (item citado por 20% dos pais), e ajuda as crianças a gostarem mais de aprender na sala de aula, de acordo com 68% dos pais participantes. Segundo eles, as crianças apreciam o fato de poder compartilhar suas experiências e aventuras, além de poderem visitar locais históricos ou que foram estudados na escola.

 

“Curiosamente, os pais entrevistados acreditavam que o campismo apoiou as disciplinas curriculares fundamentais, como geografia, história e ciências”, explicou a pesquisadora Sue Waite.

 

A professora ainda esclareceu que as crianças também foram ouvidas no estudo. Ao serem indagadas sobre o que mais gostavam nos acampamentos, os assuntos mais comuns foram: fazer novas amizades, se divertir e aprender novas habilidades.

*Clique [ AQUI ]  para mais informações sobre o estudo.

 

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*Fonte: ciclovivo

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Como são as notações musicais diferentes do “dó-ré-mi”?

As notas musicais não são uma linguagem universal. O famoso “dó-ré-mi” é o chamado método ocidental, mas existem outros. Veja alguns deles:

Índia
Raga, a notação indiana, é a mais semelhante à ocidental. Existem sete notas básicas dentro de uma escala: shadja, rishabh, gandhar, madhyam, pancham, dhaivat e nishad. Assim como o nosso sistema, as notas sofrem variações de nomenclatura conforme o timbre

Rússia
Antes da invasão das tradições ocidentais, os russos usavam sinais chamados “znamena” para transcrever as músicas com base nas melodias, e não nas notas. Então, os sinais representam a forma como tal parte deve ser cantada (alegre, forte, devagar, triste)

China
A notação chinesa segue o conceito do “dó móvel”, em que as notas não são absolutas e variam conforme a escala. Em vez de letras, os chineses usam ideogramas ou números para escrever as suas melodias, lidas, como o mandarim, de cima para baixo e da esquerda para a direita

Japão
Não há uma notação fixa. Existem diferentes sistemas para diferentes instrumentos e escolas. O ensino musical japonês, além da técnica, preza muito pela forma. Isso inclui postura, jeito de se vestir, onde as músicas serão tocadas e manejo e posição dos instrumentos. Acredita-se que, quando um aluno souber essas técnicas, um espírito descerá em seu corpo e o ensinará a tocar bem

Indonésia
Mesmo sem ter muita importância na tradição da música indonésia, o sistema de notação kepatihan baseia-se em sete números para as principais notas musicais e cinco números para as variações de timbre. Os pontos também estão presentes e representam se uma nota deve ser cantada uma oitava acima (ponto acima do número) ou uma oitava abaixo (ponto abaixo do número)

Hummingbird
Esse sistema de notação foi criado para ser uma forma mais simples de ensino musical, visto que a maneira tradicional pode assustar quem não sabe muito de música. Criado em 2013, recebeu críticas e elogios, mas não atingiu um grande nível de popularidade. Enquanto uns afirmam que a leitura e memorização de notas, durações e timbres melhorou, outros dizem que a simplificação tirou elementos importantes presentes no método clássico e não atinge a quantidade de detalhes presentes nos escritos musicais. O consenso entre os músicos é que o hummingbird serviria como uma boa forma de introdução, contudo, o jeito tradicional está tão enraizado na sociedade ocidental que, uma hora ou outra, qualquer músico precisará estudá-lo.

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*Fonte: mundoestranho

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Ler diariamente aumenta a expectativa de vida, diz estudo

Por mais que a leitura pareça não ter muita relação com a saúde, um estudo feito durante 12 anos por pesquisadores da Universidade de Yale, nos EUA, comprovou que as pessoas que leem podem viver mais do que quem não lê.

A receita para a longevidade é simples e os resultados são sentidos com apenas 30 minutos diários de leitura. O estudo feito pelos norte-americanos tinha como intuito identificar os benefícios e a influência da leitura na saúde e qualidade de vida das pessoas.

Para que a análise fosse feita, os pesquisadores usaram dados coletados a partir de um acompanhamento de 12 anos, feito com 3.635 pessoas com mais de 50 anos de idade. Os participantes foram divididos em três grupos. O primeiro deles incluía aqueles que não tinham o hábito de ler, no segundo estavam as pessoas que mantinham uma média semanal de 3,5 horas de leitura e, por fim, o último grupo reunia os voluntários que leem mais do que 3,5 horas/semana.

Além dessa divisão, os cientistas também consideraram outras variáveis, como renda, escolaridade, capacidade cognitiva, entre outras coisas.

Após mais de uma década de estudos, os pesquisadores concluíram que, quem lê, ao menos trina minutos por dia, somando pouco mais de três horas semanais, tinha 17% menos chances de morrer do que quem não lê. Quando o comparativo considerou os leitores mais assíduos, o percentual subiu para 23%.

Uma das possíveis justificativas para este resultado é que o hábito da leitura ajuda a elevar as capacidades cognitivas, responsável por quase todas as relações e conexões entre o Homem e o que está ao seu redor.

Clique aqui para acessar o estudo.

 

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*Fonte: ciclovivo

mulher-lendo

Consciência pode ser um efeito colateral da “entropia”, dizem pesquisadores

De acordo com uma nova pesquisa da Universidade de Toronto (Canadá) e da Universidade Paris Descartes (França), assim como o universo, o nosso cérebro pode ser programado para maximizar a desordem, um princípio semelhante ao da entropia. Assim, nossa consciência poderia ser simplesmente um efeito colateral disso.

   Cientistas se aproximam da Teoria da Consciência

A nossa capacidade de ser conscientes de nós mesmos e de nosso ambiente é uma parte crucial de ser humano. Apesar disso, os pesquisadores ainda não compreendem verdadeiramente de onde ela vem, e por que a temos.

O estudo apresenta uma nova possibilidade: e se a consciência surge naturalmente como resultado de nossos cérebros maximizando o seu conteúdo informativo? Em outras palavras, e se a consciência for um efeito colateral do nosso cérebro se movendo em direção a um estado de entropia?

 

Entropia

A entropia é, basicamente, o termo usado para descrever a evolução de um sistema de ordem para a desordem. É como um ovo: quando está perfeitamente separado em gema e clara, tem baixa entropia. Quando o cozinhamos, no entanto, ele tem alta entropia – é o mais desordenado que pode ficar.

A segunda lei da termodinâmica afirma que a entropia só pode aumentar em um sistema – é por isso que não podemos, por exemplo, “descozinhar” um ovo.

Muitos físicos acreditam que, após o Big Bang, o universo tem gradualmente se movido de um estado de baixa entropia para um de alta entropia, e isso poderia explicar por que a seta do tempo apenas se move para frente – e como consequência não podemos voltar no tempo.

Os pesquisadores franceses e canadenses decidiram aplicar o mesmo raciocínio para as conexões em nosso cérebro, e investigar se elas mostram algum padrão na forma como se ordenam enquanto estamos conscientes.

 

O estudo

Para descobrir isso, a equipe usou um tipo de teoria da probabilidade chamado de mecânica estatística para modelar as redes de neurônios nos cérebros de nove pessoas, incluindo sete que tinham epilepsia.

Especificamente, eles analisaram a sincronização de neurônios – se eles oscilaram em fase uns com os outros – para descobrir se as células do cérebro estavam ligadas ou não.

Os cientistas observaram dois conjuntos de dados: primeiro, compararam os padrões de conectividade quando os participantes estavam dormindo e acordados. Em seguida, olharam para a diferença quando cinco dos pacientes epilépticos estavam tendo convulsões, e quando seus cérebros estavam em um estado normal, “alerta”.

Em ambas as situações, eles viram a mesma tendência – os cérebros dos participantes apresentaram maior entropia quando em um estado totalmente consciente.

“Nós encontramos um resultado surpreendentemente simples: os estados de vigília normais são caracterizados pelo maior número de configurações possíveis de interações entre as redes cerebrais, o que representa altos valores de entropia”, escreveu a equipe em seu artigo, aceito para publicação na Physical Review E.

 

Ponto de partida

Antes de tirarmos muitas conclusões, porém, vale lembrar que existem algumas grandes limitações neste trabalho, principalmente o pequeno tamanho da amostra. É difícil detectar eventuais tendências a partir de apenas nove pessoas, ainda mais levando em conta que os cérebros de todos os participantes responderam de forma ligeiramente diferente em cada estado.

No geral, o estudo é um bom ponto de partida para futuras pesquisas, apontando para uma possível nova hipótese.

A equipe agora planeja investigar mais a fundo, medindo o estado termodinâmico de diferentes regiões do cérebro para entender se o que está acontecendo é realmente a verdadeira definição de entropia, ou algum outro tipo de organização.

Eles também querem estender suas experiências ao comportamento cognitivo geral – por exemplo, ver como a organização neural muda quando as pessoas estão concentrando-se em uma tarefa e quando estão distraídas. [ScienceAlert]

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*Fonte: hypescience

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É possível controlar seus sonhos?

Tem gente que consegue. Percebe que está sonhando e até altera o rumo da história. É o chamado sonho lúcido, que em geral acontece no estágio REM do sono (Rapid Eye Movement, ou Movimento Rápido dos Olhos) e é usado por alguns psiquiatras para tratar traumas. Se você se jogar de um precipício durante o sonho, por exemplo, pode acordar sem medo de altura.

O pioneiro no estudo desse fenômeno é o pesquisador Stephen LaBerge, do Centro de Pesquisa do Sono da Universidade de Stanford, nos EUA. Ele ficou famoso por causa de um estudo feito em 1978, quando combinou com 15 alunos que fizessem um movimento de olhos (que em geral não ocorre durante o sono) quando notassem que estavam sonhando. E deu certo.

Os estudiosos dizem que qualquer um pode controlar seus sonhos. Manter um diário deles pode ajudar. “Você aprende como eles funcionam e vai perceber com mais facilidade quando estiver sonhando”, escreveu LaBerge no artigo “Como se lembrar de seus sonhos”, publicado no site do Instituto da Lucidez, uma organização criada por ele que reúne bibliografia séria sobre o assunto.

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*Fonte: superinteressante / texto: Carla Soares

 

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