Conheça os hábitos alimentares que matam mais de 400 mil pessoas por ano

Pesquisadora de nutrição alerta para a contaminação física, química e biológica dos alimentos e dá uma série de dicas de como evitar o consumo de comida contaminada

Alimentos inseguros, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), contribuem para problemas de saúde, incluindo crescimento e desenvolvimento prejudicados, deficiências de micronutrientes, doenças não transmissíveis e infecciosas e doenças mentais. Globalmente, uma em cada dez pessoas é afetada por doenças transmitidas por alimentos a cada ano.

Antonina Mutoro, pesquisadora de nutrição do Centro de Pesquisa em Saúde e População Africana, explica o que causa a contaminação dos alimentos e como podemos reduzir o risco de doenças.

O que é contaminação alimentar?
O acesso a alimentos seguros e nutritivos é um direito humano básico do qual muitos não desfrutam, em parte devido à contaminação dos alimentos. Isso é definido como a presença de produtos químicos nocivos e microorganismos nos alimentos que podem causar doenças. Segundo a OMS, a contaminação alimentar afeta cerca de uma em cada dez pessoas no mundo e causa cerca de 420 mil mortes anualmente.

A contaminação dos alimentos pode ser:

Física: objetos estranhos em alimentos podem potencialmente causar ferimentos ou transportar microrganismos causadores de doenças. Pedaços de metal, vidro e pedras podem representar risco de asfixia, causar cortes ou danos aos dentes. O cabelo é outro contaminante físico.

Biológica: organismos vivos nos alimentos, incluindo microorganismos (bactérias, vírus e protozoários), pragas (carunchos, baratas e ratos) ou parasitas (vermes), podem causar doenças.

Química: substâncias como resíduos de sabão, resíduos de pesticidas e toxinas produzidas por microorganismos, como as aflatoxinas, podem levar à intoxicação.

Quais são as causas mais comuns de contaminação dos alimentos?
A causa mais comum de contaminação dos alimentos é a má manipulação dos alimentos. Isso inclui não lavar as mãos no momento apropriado – antes de comer e preparar alimentos, após usar o banheiro ou após assoar o nariz, tossir ou espirrar.

Usar utensílios sujos, não lavar frutas e verduras com água limpa e guardar alimentos crus e cozidos no mesmo local também pode ser prejudicial. Pessoas doentes não devem manipular alimentos. E você deve evitar consumir alimentos mal cozidos, principalmente carne.

Práticas agrícolas inadequadas também podem contaminar os alimentos. Isso inclui o uso intenso de pesticidas e antibióticos ou o cultivo de frutas e vegetais usando solo e água contaminados. O uso de esterco ou esgoto animal inadequadamente compostado, ou cru também é prejudicial.

Alimentos frescos podem levar a uma série de doenças. No Quênia, por exemplo, a contaminação de carne, frutas e vegetais com dejetos humanos é relativamente comum. Isso é atribuído ao uso de água contaminada para lavar os alimentos. As moscas que transportam contaminantes também podem transferir matéria fecal e bactérias diretamente para as folhas ou frutas.

Alimentos de rua são outra fonte comum de contaminação de alimentos. Esses alimentos são amplamente consumidos em países de baixa e média renda porque são baratos e de fácil acesso.

Quais são os sinais de que você comeu alimentos contaminados?
As substâncias biológicas e químicas são os contaminantes alimentares mais comuns. Elas são responsáveis ​​por mais de 200 doenças transmitidas por alimentos, incluindo febre tifoide, cólera e listeriose. Essas condições geralmente causam diarreia, vômitos e dores de estômago.

Em casos graves, as doenças transmitidas por alimentos podem levar a distúrbios neurológicos, falência de órgãos e até a morte. Portanto, é aconselhável procurar atendimento médico imediato se você começar a sentir sintomas como diarreia persistente e vômito após comer ou beber.

Crianças com menos de cinco anos são as mais vulneráveis ​​a doenças transmitidas por alimentos. Eles carregam 40% da carga dessas enfermidades. O sistema imunológico de uma criança ainda está se desenvolvendo e não pode combater infecções de forma tão eficaz quanto o de um adulto.

Em países de baixa e média renda, a imunidade reduzida em crianças também pode ocorrer como resultado de desnutrição e exposição frequente a infecções devido à falta de higiene e saneamento, incluindo falta de acesso à água potável e banheiros.

Além disso, quando as crianças estão doentes, elas tendem a ter falta de apetite. Isso se traduz em redução da ingestão de alimentos. Juntamente com o aumento das perdas de nutrientes por diarreia e vômito, isso pode levar a um ciclo de infecção e desnutrição e, em casos extremos, à morte.

Mulheres grávidas e pessoas com imunidade reduzida devido à doença ou idade são igualmente vulneráveis ​​e, portanto, cuidados extras devem ser tomados para prevenir doenças transmitidas por alimentos entre esses grupos.

O que podemos fazer para evitar a contaminação dos alimentos?
As doenças transmitidas por alimentos também têm impactos econômicos negativos, especialmente em países de baixa e média renda. O Banco Mundial estima que custa mais de US$ 15 bilhões anualmente (mais de R$ 74 bilhões) para tratar essas doenças nesses países. Portanto, é importante ter estratégias preventivas em vigor.

*Por Antonina Mutoro
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*Fonte: revistagalileu

Consumo de mel melhora os níveis de açúcar e colesterol no sangue, sugere estudo

Foi demonstrado que a alta ingestão de açúcares adicionados ou livres contribui para o aumento da obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

As diretrizes de saúde e nutrição pedem uma redução no consumo de açúcares adicionados, com as agências de saúde recomendando uma ingestão de não mais que 5% a 10% da ingestão total de energia por dia.

A maioria das agências reguladoras, incluindo a Organização Mundial da Saúde, a Heart and Stroke Foundation e a US Food and Drug Administration, incluem o mel em sua definição de açúcar livre ou adicionado. Em contraste, o mel é frequentemente considerado pelo público como uma alternativa mais saudável ao açúcar.

O mel é uma composição complexa de açúcares (comuns e raros), ácidos orgânicos, enzimas, proteínas, aminoácidos, minerais, vitaminas e substâncias bioativas produzidas pelas abelhas a partir do néctar das flores.

Mostrou muitos benefícios para a saúde cardiometabólica em ensaios clínicos, animais e in vitro.

Entre esses benefícios estão melhorias no peso corporal, inflamação, perfil lipídico e controle glicêmico.

No entanto, a evidência para este efeito em estudos humanos não foi sistematicamente avaliada e quantificada.

Além disso, não está claro se o efeito do mel difere de acordo com o tipo de mel, como fonte floral, e se o mel é cru ou processado.

“Nossos resultados são surpreendentes, porque o mel contém cerca de 80% de açúcar”, disse o Dr. Tauseef Khan, pesquisador da Universidade de Toronto e do Hospital St. Michael.

“Mas o mel também é uma composição complexa de açúcares comuns e raros, proteínas, ácidos orgânicos e outros compostos bioativos que muito provavelmente trazem benefícios à saúde”.

Dr. Khan e colegas conduziram uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios controlados para examinar o efeito da ingestão de mel na adiposidade, glicemia, lipídios, pressão arterial, marcadores de doença hepática gordurosa não alcoólica e marcadores inflamatórios e para avaliar a certeza da evidência usando a abordagem GRADE (Classificação de Recomendações, Avaliação, Desenvolvimento e Avaliação).

Eles incluíram um total de 18 ensaios controlados com 1.105 participantes em sua análise.

A dose média diária de mel nos testes foi de 40 gramas, ou cerca de duas colheres de sopa. A duração média do julgamento foi de oito semanas.

Os autores descobriram que o mel reduziu a glicose no sangue em jejum, colesterol total e LDL ou colesterol ‘ruim’, triglicerídeos e um marcador de doença hepática gordurosa; também aumentou o HDL ou colesterol ‘bom’ e alguns marcadores de inflamação.

O mel cru gerou muitos dos efeitos benéficos nos estudos, assim como o mel de fontes monoflorais, como robinia e trevo, que é comum na América do Norte.

“Embora o mel processado perca claramente muitos de seus efeitos à saúde após a pasteurização – normalmente 65 graus Celsius por pelo menos 10 minutos – o efeito de uma bebida quente no mel cru depende de vários fatores e provavelmente não destruiria todas as suas propriedades benéficas”, disse o Dr. Khan disse.

“A palavra entre os especialistas em saúde pública e nutrição há muito tempo é que ‘um açúcar é um açúcar’”, disse o Dr. John Sievenpiper, também da Universidade de Toronto e do St Michael’s Hospital.

“Esses resultados mostram que não é esse o caso, e eles deveriam dar uma pausa na designação do mel como açúcar livre ou adicionado nas diretrizes dietéticas”.

“Não estamos dizendo que você deve começar a comer mel se atualmente evita o açúcar”, acrescentou o Dr. Khan.

“O ponto principal é a substituição – se você estiver usando açúcar de mesa, xarope ou outro adoçante, trocar esses açúcares por mel pode diminuir os riscos cardiometabólicos.”

Os resultados foram publicados na revista Nutrition Reviews

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*Fonte: sabersaude

Por que alguns peidos são mais barulhentos que outros?

Não importa a classe social, idade ou gênero: as flatulências (os famosos puns) fazem parte da nossa vida. Aparecendo em momentos diferentes e formas variadas, podem ir de simples “bombas silenciosas” a verdadeiras explosões sonoras.

Nessa hora, muitos podem se perguntar sobre a diferença de barulho ocasionado por esses eventos, e a resposta para isso está na quantidade de gases que seu corpo precisar mandar para os ares (literalmente) em cada flatulência.

Cada caso um caso
Antes de explicar sobre os barulhos feitos pelos peidos, é preciso dizer que eles são gerados por motivações variadas, como a quantidade de ar que você ingere enquanto está comendo ou respirando, e como a digestão é feita. Até mesmo as bactérias que estão no intestino podem interferir nesse resultado.

Dessa forma, o barulho feito por um pum é determinado pela quantidade de gás armazenada dentro do seu corpo e a velocidade com que ele precisa sair. Outro elemento que pode contribuir nessa equação é a força da contração do ânus.

Quando o corpo faz a força para que o ar saia, ele exerce uma pressão sobre as válvulas que controlam o ânus – e em grandes quantidades elas podem gerar uma pressão maior e fazer com que os gases saiam com mais velocidade. Assim, caso elas estejam contraídas, o barulho acaba sendo maior do que quando uma dessas válvulas está relaxada.

Ou seja, há mais chances de gerar um peido barulhento ao prendê-lo do que simplesmente deixar que a natureza siga o seu curso lógico.

E o que causa o cheiro?
Já para aqueles que têm dúvida sobre o que acaba interferindo no cheiro dos puns, a resposta é que isso está diretamente relacionado com o que você comeu durante o dia.

De maneira geral, os carboidratos acabam sendo os principais vilões nessa história. O odor produzido em cada pum vai depender do tipo de carboidrato fermentado pelo corpo (como lactose, frutose e alguns outros).

Entretanto, eles não são os únicos causadores do mal-cheiro, já que gorduras e proteínas (como o ovo, por exemplo) também produzem gases ao serem fermentados.

*por Douglas Vieira
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*Fonte: megacurioso

Dia Nacional do Café: saiba como identificar uma bebida de qualidade

A data é comemorada neste 24 de maio e foi criada para celebrar o início da colheita no Brasil

O café é a bebida mais popular do Brasil e a segunda mais consumida no país, ficando atrás apenas da água. Somos o maior produtor do mundo. Esses são alguns dos motivos para o café ter uma data que celebra a sua importância econômica e histórica para o país.

Comemorado em 24 de maio, o Dia Nacional do Café foi criado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), que completa 50 anos em 2023, para homenagear o início da colheita no Brasil, valorizar o alimento e elevar, cada vez mais, o seu padrão de qualidade.

Embora o café seja bastante lembrado por suas características mais perceptíveis, como o sabor, o aroma e o ganho de energia, a qualidade é um importante aspecto a ser considerado no momento de escolher a sua marca favorita.

O que avaliar no momento da compra?
Pode parecer difícil, mas não é. Na hora da compra, antes de mais nada, esteja atento às categorias: tradicional, extraforte, gourmet e superior. Acima de tudo, considere o seu paladar. Cada categoria diz respeito aos atributos sensoriais do café como amargor, doçura e acidez.

Certificações, marcas e preço
Sobretudo o coffee lover deve ficar atentos às certificações. A ABIC unificou os Selos de Pureza e Qualidade. Até o início do ano, eram duas certificações. Agora, passaram a ter um regulamento e única identidade, uma forma de garantir mais segurança e transparência para o consumidor.

No momento da compra, basta procurar pelos selos nos pacotes de café ou ler o QR Code estampado nas embalagens com a ajuda do aplicativo ABICafé.

Com a categoria definida conforme o seu paladar, outra sugestão é experimentar diferentes marcas, para ver qual atende melhor o seu gosto. As preferências de aroma e sabor são muito pessoais, então o ideal é que cada um busque os produtos e os formatos que mais agradam.

Do mesmo modo, é importante considerar as embalagens que preservam mais o café. Sempre verifique a data de validade, com fabricação mais recente.

Além disso, compre o tamanho de embalagem de acordo com a quantidade que costuma consumir, para ter um café sempre fresco. Depois de aberta a embalagem, o sabor e o aroma vão se perdendo, pois são voláteis. Uma vez aberta a embalagem, o pó de café deve permanecer no pacote, dentro de recipientes plásticos herméticos, e num local fresco.

Desconfie de preços muito abaixo dos praticados no mercado. Afinal de contas, levanta a suspeita de risco de um pacote de café conter misturas de produtos que não são café, ou seja, ser um produto fraudado.

Por último, caso haja possibilidade de moer em casa, vale optar pela forma em grão, pois tem aromas e sabores mais preservados.

Quais os benefícios do consumo regular de café
Confira a seguir alguns dos principais benefícios para aqueles que consomem café regularmente:

Ganho de energia;
Contribui com a melhora na saúde;
Auxilia na prática de exercícios;
Potencializa a atividade cerebral;
Previne doenças como depressão, Parkinson, Alzheimer, diabetes do tipo 2 e alguns cânceres;
Contribui com a perda de peso;
Reduz riscos de doenças no coração;
Ajuda no funcionamento do sistema digestivo.
Agora que você já sabe como checar a qualidade do café, nada melhor para celebrar o Dia Nacional do Café do que tomar uma xícara quentinha da bebida.

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*Fonte: exame

Novo exame de sangue é capaz de detectar mais de 50 tipos de câncer

DNA das células é rastreável no sangue, mesmo quando morrem após saída do organismo humano

Um novo exame de sangue desenvolvido pela Grail é capaz de descobrir mais de 50 tipos de tumores por meio de amostra de sangue. A iniciativa da empresa deverá facilitar o diagnóstico de forma precoce, com melhores chances de recuperação do câncer.

O exame investiga sinais de células tumorais na amostra. O DNA das células é rastreável no sangue, mesmo quando morrem após saída do organismo humano.

Galleri é um teste de detecção precoce de câncer múltiplo (MCED) que procura sinal compartilhado em mais de 50 tipos de câncer via simples coleta de sangue. Muitos desses cânceres não são comumente rastreados por hoje e, de outra forma, podem passar despercebidos antes que os sintomas apareçam.
Grail, em anúncio no site oficial do exame

Confira alguns dos tipos de câncer que o exame é capaz de detectar:

Câncer de ânus;
Câncer de útero;
Câncer de mama;
Câncer de pulmão;
Câncer de colo de útero;
Câncer de intestino;
Câncer de próstata;
Melanoma da pele;
Sarcoma de Partes Moles da Cabeça.

O teste já está disponível há 18 meses nos Estados Unidos. A próxima etapa será a prova de eficácia desenvolvida pelo NHS (Serviço Nacional de Saúde), e ocorrerá na Inglaterra. Cerca de 140 mil pessoas com idades entre 50 e 77 anos se ofereceram para participar do teste após receberem carta-convite, afirmou o NHS.

“Obteremos os primeiros dados deste ensaio no ano que vem e, se esses dados parecerem bons, eles [os agentes do NHS] estenderão o projeto para um milhão de pessoas nos próximos anos”, afirmou Harpal Kumar, presidente da divisão europeia da Grail.

*Por Alisson Santos
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*Fonte: olhardigital

Ranking dos países com maior tempo de tela é feito. Brasil está no topo

Um ranking mundial mostrou que o Brasil possui o segundo maior tempo de tela do mundo. Entenda por que isso acontece.

De acordo com um levantamento da Electronics Hub, os brasileiros gastam em média cerca de 16 horas por dia acordados, e aproximadamente nove dessas horas são dedicadas a tempo de tela.

Surpreendentemente, isso representa cerca de 57% do tempo. Assim, coloca o Brasil em segundo lugar no ranking de países com maior tempo de tela, atrás apenas da África do Sul.

Entre 2019 e 2021, o uso de smartphones no Brasil aumentou 45%, com as redes sociais e serviços de streaming como principais culpados por esse aumento no tempo de tela.

De acordo com a pesquisa, das nove horas gastas em telas, quatro são dedicadas a rolar feeds de redes sociais como Instagram, TikTok e Facebook.

A pesquisa também revelou que 64% das pessoas que possuem celulares no Brasil são assinantes de pelo menos um serviço de streaming, como Netflix, Globoplay e YouTube.

Em relação a jogos online, o Brasil ficou em sétimo lugar no ranking. Os brasileiros gastam em média uma hora por dia conectados a esse tipo de jogo, ficando atrás de países como EUA e México.

Comparação
De acordo com a mesma pesquisa, o Japão é um país altamente tecnológico, mas curiosamente é onde as pessoas possuem menos tempo de tela.

A média de uso de celulares e/ou computadores no Japão é de apenas três horas e 45 minutos por dia. A pesquisa considerou o tempo de tela para pessoas entre 16 e 64 anos em 45 países.


Por que temos tanto tempo de tela?

O Brasil é um país em que o uso da tecnologia tem se tornado cada vez mais presente na vida cotidiana das pessoas.

Nos últimos anos, houve um grande aumento no número de smartphones, tablets e computadores em circulação no país. Isso acarretou em um aumento significativo no tempo de tela dos brasileiros.

Um dos motivos para o aumento no uso de tecnologia é o fato de que as pessoas têm cada vez mais acesso à internet.

Com a popularização dos planos de internet móvel e Wi-Fi, ficou mais fácil e barato acessar a rede mundial de computadores. Assim, possibilitou que as pessoas fiquem mais tempo conectadas.

Além disso, a pandemia da COVID-19 também contribuiu para o aumento no tempo de tela dos brasileiros, já que muitas pessoas passaram a trabalhar e estudar em casa. Com isso, demandou um aumento no uso de dispositivos eletrônicos.

O isolamento social também levou as pessoas a buscar formas de se entreter e se comunicar virtualmente, o que acabou aumentando o tempo de tela.


Cultural

Além dos fatores mencionados anteriormente, o alto tempo de tela no Brasil também pode ter relação com questões culturais e comportamentais.

Diferentemente de outros países, como o Japão, por exemplo, em que atividades offline são valorizadas e incentivadas, no Brasil há uma cultura de hiperconexão e busca constante por entretenimento virtual.

No Japão, por exemplo, é comum as pessoas praticarem atividades como jardinagem, artesanato e esportes ao ar livre. Enquanto isso, no Brasil essas atividades muitas vezes são deixadas de lado em prol do uso de tecnologia.

Além disso, a cultura de trabalho excessivo e falta de tempo livre pode levar as pessoas a buscarem formas rápidas e práticas de se divertir e relaxar, como assistir a filmes e séries ou rolar feeds de redes sociais.

É importante lembrar que cada país tem sua própria cultura e valores, e que não existe uma forma certa ou errada de viver.

No entanto, é fundamental que os usuários de tecnologia busquem um equilíbrio saudável entre o tempo de tela e as atividades offline, a fim de garantir uma vida mais equilibrada e plena.

Cuidado
A hiperconexão e o uso excessivo de tecnologia podem trazer consequências negativas para a saúde física e mental dos indivíduos.

Uma das principais consequências é o sedentarismo, uma vez que o uso de tecnologia muitas vezes é acompanhado por um estilo de vida mais sedentário e menos ativo.

Além disso, o uso excessivo de telas pode afetar a qualidade do sono. Isso porque a exposição à luz azul emitida por telas pode afetar a produção de melatonina, hormônio que regula o sono. Ainda, pode levar a problemas como insônia e cansaço constante.

A hiperconexão também pode afetar negativamente a saúde mental, pois o uso excessivo do tempo de tela pode levar ao isolamento social e ao aumento dos níveis de ansiedade e estresse.

Além disso, a exposição constante a notícias e informações negativas pode afetar a saúde emocional e psicológica dos indivíduos.

Por isso, é importante que os usuários de tecnologia busquem um equilíbrio saudável entre o tempo de tela e as atividades offline. Dessa forma, poderá garantir uma vida mais equilibrada e plena.

É recomendado que sejam estabelecidos limites para o tempo de tela. Também vale praticar atividades que favoreçam o bem-estar físico e mental, como a prática de atividades físicas, hobbies e interações sociais offline.

*Por Mayara Marques
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*Fonte: fatosdesconhecidos

Dar 8 mil passos duas vezes por semana reduz risco de morte em 14,9%

Novo estudo japonês aponta que chegar a essa marca mesmo apenas uma vez por semana regularmente já faz toda a diferença em relação a não chegar nunca. Entenda

A inatividade física é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo, contribuindo para cerca de 3,2 milhões de mortes e impondo US$ 54 bilhões em custos diretos de saúde anualmente nos EUA. Um novo estudo, publicado no fim de março deste ano, traz uma boa notícia: é bem fácil dar o primeiro passo para sair das estatísticas. Bom, os primeiros 8 mil passos, na verdade. O segredo é andar, andar, andar, apostar na caminhada e chegar a 8 mil passos num dia, ao menos uma vez por semana – mas de preferência duas. Nada de pegar o carro para ir à padaria ou o elevador para subir ou descer dois ou três andares.

Indivíduos que deram pelo menos 8.000 passos em um ou dois dias por semana tiveram um risco 14,9% menor de mortalidade por todas as causas em comparação com aqueles que nunca atingiram 8.000 passos diários.

Essa diferença foi semelhante à redução de 16,5% no risco de mortalidade para aqueles que deram pelo menos 8.000 passos em três a sete dias por semana, ou seja, o impacto em mortalidade é gigantesco quando “elegemos” dois dias para andar mais de 8 mil passos;

A associação protetora atingiu o platô em três dias por semana.

O estudo apresenta dados muito interessantes e importantes, usando o número de passos diários de uma pessoa como referência. Analisando os hábitos de cerca de três mil adultos, os pesquisadores descobriram que ao somar pelo menos 8.000 passos por dia, em apenas uma ou duas vezes por semana, há uma associação com uma redução significativa nas mortes por causas cardiovasculares e por todas as causas.

Os participantes do estudo foram acompanhados por dez anos. A média de idade foi de 50,5 anos e 51% eram mulheres. A divisão por etnia foi de 51% de brancos, 21% de negros, 24% de hispânicos e 4% de outras etnias. Ao todo, em uma semana, 632 indivíduos não atingiram 8.000 em nenhum dia, 532 deram pelo menos 8.000 passos em um ou dois dias e 1.937, em três a sete dias.

O artigo se baseou em acelerômetros de smartphones e o número médio de passos diários em residentes dos EUA foi de apenas 4.800, muito abaixo do número que demonstrou ter benefícios substanciais, incluindo uma redução do risco de mortalidade. Dados os desafios para algumas pessoas em dar um número maior de passos todos os dias, é importante elucidar melhor os dias mínimos ao longo da semana em que se deve caminhar os passos diários recomendados para incorrer em benefícios à saúde.

Na sociedade moderna, a falta de tempo é uma das principais barreiras ao exercício. Alguns indivíduos optam por concentrar sua atividade física em uma ou duas sessões por semana – por exemplo, os “guerreiros de fim de semana” que se exercitam principalmente nos sábados e domingos. Estudos anteriores inclusive já demonstraram menores riscos de mortalidade por todas as causas e cardiovasculares entre guerreiros de fim de semana em comparação com pessoas consideradas fisicamente inativas.

Logo, caminhar dois dias mais de 8 mil passos é simples, impacta em mortalidade e soluciona grandes problemas de saúde pública. Agora que já sabe essa informação, está esperando o que para iniciar? Só depende de você.

* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do ge / Eu Atleta.
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*Fonte: ge

Brasileiros criam cerveja que repõe nutrientes e retarda o envelhecimento de células

Pesquisadores da Unesp desenvolveram uma cerveja saudável que pode ser consumida após treinos físicos

O conceito de “beber uma” após um dia estressante é bem estabelecido na cultura de vários países. O Brasil não fica de fora, sendo o terceiro na lista dos territórios que mais tomam cerveja. Em média, o brasileiro consome seis litros do líquido feito a partir de cereais fermentados por mês.

No entanto, há contraindicações: o consumo excessivo de álcool pode resultar no aumento de casos de gastrite, doenças renais, infertilidade, infartos, trombose, entre outras doenças. Isso ocorre porque a maioria das cervejas com alto teor alcoólico apresenta grandes índices de carboidratos e calorias.

Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Araraquara resolveram transformar a bebida fermentada em algo mais saudável.

Durante os anos de doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFar), Deborah Oliveira De Fusco e Gustavo Henrique de Almeida Teixeira estudaram formas de transformar a bebida alcóolica em um drink mais saudável, sem causar estranhamento ao paladar do público-alvo ou ter grande rejeição no mercado.

Ao alterararem o processo de fermentação da cerveja, que apelidaram de “Pilsen”, os cientistas conseguiram transformá-la em um isotônico, ou seja, uma bebida com capacidade de repor eletrólitos, principalmente, além de sais minerais e nutrientes, podendo ser consumida após exercícios físicos. No procedimento, eles controlam a fermentação das leveduras e adicionam sódio e potássio. A fermentação dos cereais, que pode durar até 10 dias, é interrompida no segundo dia após a adição das leveduras.

Por conta desse procedimento, o teor alcoólico de Pilsen é inferior a 1%, chegando a 0,2%. Em termos de comparação, cervejas regulares costumam ter um teor alcoólico de 4% a 10%. Sendo assim, no mercado consumidor, a nova cerveja saudável irá disputar com as marcas que vendem “cervejas zero”.

A cerveja contém ainda propriedades antioxidantes, conhecidas por retardar o envelhecimento das células. Essas substâncias estão presentes na bebida principalmente em compostos fenólicos. O local onde os compostos fenólicos são extraídos, no caso da cerveja, é no malte e, na maioria das vezes, no lúpulo, durante o processo de composição da cerveja.

“Esses compostos presentes na cerveja irão atuar, de maneira semelhante aos compostos antioxidantes que são ingeridos em nossa dieta, que é quando comemos uma fruta ou verdura”, comenta o professor Gustavo Henrique de Almeida Teixeira, responsável pelo estudo dos antioxidantes na cerveja, em entrevista à GALILEU.

A Pilsen foi testada por 115 voluntários, que aprovaram o produto final.

A cerveja está patenteada pela Agência Unesp de Inovação (AUIN) e pode ser fabricada por qualquer cervejaria, sem a necessidade de investimentos extras ou complicações em processos. Até agora, não se tem nenhum contrato fechado entre qualquer empresa com a patente da cerveja feita pelos brasileiros.

*Por Maria Clara Vaiano
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*Fonte: revistagalileu

Por que algumas pessoas são picadas por mosquitos e outras não?

Picadas de mosquito incomodam e parece que existem pessoas que os repelem. Mas por que isso acontece? Existe uma explicação?

Só de falar em mosquitos parece que já se ouve o “zzzzz” deles e é possível senti-los se aproximando de nós. E claro que também tem a incômoda picada que eles dão. No entanto, é possível reparar que esses insetos parecem gostar mais de umas pessoas do que de outras. Isso porque enquanto alguns são alvo de todos os mosquitos, outros parecem repeli-los. Você já se perguntou o motivo disso?

A resposta está relacionada com a paisagem química invisível que cerca as pessoas. Isso porque para detectar suas presas os mosquitos usam comportamentos especializados e órgãos sensoriais. Através disso eles conseguem detectar os traços químicos que as presas emitem.

Desses, o dióxido de carbono é um fator significativo. E quando as pessoas exalam o dióxido de carbono ele fica no ar em plumas, que os mosquitos seguem como se fosse uma trilha de migalhas de pão. “Os mosquitos começam a se orientar em relação a esses pulsos de dióxido de carbono e continuam voando contra o vento à medida que percebem concentrações mais altas do que o ar ambiente normal contém”, explicou Joop van Loon, entomologista da Universidade de Wageningen, na Holanda.

Motivo
Através do dióxido de carbono, os mosquitos são capazes de rastrear suas presas mesmo elas estando até 50 metros de distância. E quando eles estão a aproximadamente um metro das possíveis presas, esses insetos levam em consideração vários fatores que são diferentes de pessoa para pessoa, como por exemplo, cor, vapor de água e temperatura.

De acordo com o que acreditam os cientistas, os compostos químicos que são produzidos pelas colônias de micróbios na pele de cada um tem um papel fundamental na escolha dos mosquitos sobre quem ou não eles irão picar.

“As bactérias convertem as secreções de nossas glândulas sudoríparas em compostos voláteis que são transportados pelo ar até o sistema olfativo na cabeça dos mosquitos”, pontuouVan Loon.

Isso é composto por mais de 300 compostos diferentes, variando de pessoa para pessoa por conta de fatores genéticos e ambientais. Por isso que essas diferenças nas proporções podem acabar influenciando e deixando uma pessoa mais propensa às picadas dos mosquitos do que outras.

Picadas de mosquitos

De acordo com um estudo de 2011, os homens que tinham uma maior diversidade na variedade de micróbios em sua pele eram menos picados do que os que tinham uma diversidade menor. Contudo, como apontou Jeff Riffell, professor associado de biologia na Universidade de Washington, essas colônias microbianas podem mudar com o tempo, principalmente se a pessoa estiver doente.

Mesmo não podendo controlar muito os microbiomas da pele, Riffell pontua que existem coisas que as pessoas podem fazer para evitar algumas picadas, como por exemplo, usar cores claras quando for ficar ao ar livre porque “os mosquitos adoram a cor preta”. E claro que o uso de repelente também ajuda muito.

Perigo
Pró imune

O mosquito, pode não parecer, mas é uma grande ameaça para nós. Isso porque as doenças que ele transmite são responsáveis por mais de um milhão de mortes anualmente. O pior de tudo é que não são apenas as picadas que devem preocupar os humanos. De acordo com novos estudos, a saliva de um mosquito que esteja portando o vírus da dengue é cheia de uma substância que pode suprimir a capacidade do sistema imunológico. Isso por sua vez aumenta o risco de infecção.

Usando três formas de análise separadamente, os cientistas conseguiram identificar na saliva do mosquito infectado um tipo específico de RNA viral, que é um mensageiro químico, chamado sfRNA. O que ele faz é bloquear os mecanismos de defesa que o corpo humano coloca contra a infecção.

“É incrível que o vírus possa sequestrar essas moléculas para que sua co-entrega no local da picada do mosquito dê uma vantagem no estabelecimento de uma infecção. Essas descobertas fornecem novas perspectivas sobre como podemos combater as infecções pelo vírus da dengue desde a primeira picada do mosquito”, disse Tania Strilets, bioquímica da Universidade da Virgínia.

“Não tenho dúvidas de que uma melhor compreensão da biologia fundamental da transmissão acabará levando a medidas eficazes de bloqueio da transmissão. Nossas descobertas quase certamente serão aplicáveis ​​a infecções com outros flavivírus. É improvável que as moléculas específicas aqui se apliquem à malária, mas o conceito pode ser generalizado para infecções virais”, concluiu Mariano Garcia-Blanco, virologista da Universidade da Virgínia.

*Por Bruno dias
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*Fonte: fatosdesconhecidos

Consumo de mel melhora os níveis de açúcar e colesterol no sangue, sugere estudo

Foi demonstrado que a alta ingestão de açúcares adicionados ou livres contribui para o aumento da obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

As diretrizes de saúde e nutrição pedem uma redução no consumo de açúcares adicionados, com as agências de saúde recomendando uma ingestão de não mais que 5% a 10% da ingestão total de energia por dia.

A maioria das agências reguladoras, incluindo a Organização Mundial da Saúde, a Heart and Stroke Foundation e a US Food and Drug Administration, incluem o mel em sua definição de açúcar livre ou adicionado. Em contraste, o mel é frequentemente considerado pelo público como uma alternativa mais saudável ao açúcar.

O mel é uma composição complexa de açúcares (comuns e raros), ácidos orgânicos, enzimas, proteínas, aminoácidos, minerais, vitaminas e substâncias bioativas produzidas pelas abelhas a partir do néctar das flores.

Mostrou muitos benefícios para a saúde cardiometabólica em ensaios clínicos, animais e in vitro.

Entre esses benefícios estão melhorias no peso corporal, inflamação, perfil lipídico e controle glicêmico.

No entanto, a evidência para este efeito em estudos humanos não foi sistematicamente avaliada e quantificada.

Além disso, não está claro se o efeito do mel difere de acordo com o tipo de mel, como fonte floral, e se o mel é cru ou processado.

“Nossos resultados são surpreendentes, porque o mel contém cerca de 80% de açúcar”, disse o Dr. Tauseef Khan, pesquisador da Universidade de Toronto e do Hospital St. Michael.

“Mas o mel também é uma composição complexa de açúcares comuns e raros, proteínas, ácidos orgânicos e outros compostos bioativos que muito provavelmente trazem benefícios à saúde”.

Dr. Khan e colegas conduziram uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios controlados para examinar o efeito da ingestão de mel na adiposidade, glicemia, lipídios, pressão arterial, marcadores de doença hepática gordurosa não alcoólica e marcadores inflamatórios e para avaliar a certeza da evidência usando a abordagem GRADE (Classificação de Recomendações, Avaliação, Desenvolvimento e Avaliação).

Eles incluíram um total de 18 ensaios controlados com 1.105 participantes em sua análise.

A dose média diária de mel nos testes foi de 40 gramas, ou cerca de duas colheres de sopa. A duração média do julgamento foi de oito semanas.

Os autores descobriram que o mel reduziu a glicose no sangue em jejum, colesterol total e LDL ou colesterol ‘ruim’, triglicerídeos e um marcador de doença hepática gordurosa; também aumentou o HDL ou colesterol ‘bom’ e alguns marcadores de inflamação.

O mel cru gerou muitos dos efeitos benéficos nos estudos, assim como o mel de fontes monoflorais, como robinia e trevo, que é comum na América do Norte.

“Embora o mel processado perca claramente muitos de seus efeitos à saúde após a pasteurização – normalmente 65 graus Celsius por pelo menos 10 minutos – o efeito de uma bebida quente no mel cru depende de vários fatores e provavelmente não destruiria todas as suas propriedades benéficas”, disse o Dr. Khan disse.

“A palavra entre os especialistas em saúde pública e nutrição há muito tempo é que ‘um açúcar é um açúcar’”, disse o Dr. John Sievenpiper, também da Universidade de Toronto e do St Michael’s Hospital.

“Esses resultados mostram que não é esse o caso, e eles deveriam dar uma pausa na designação do mel como açúcar livre ou adicionado nas diretrizes dietéticas”.

“Não estamos dizendo que você deve começar a comer mel se atualmente evita o açúcar”, acrescentou o Dr. Khan.

“O ponto principal é a substituição – se você estiver usando açúcar de mesa, xarope ou outro adoçante, trocar esses açúcares por mel pode diminuir os riscos cardiometabólicos.”

Os resultados foram publicados na revista Nutrition Reviews

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*Fonte: sabersaude

Redução de proteína explica envelhecimento acelerado associado à depressão

Pesquisadores brasileiros e franceses analisaram a relação entre o transtorno mental a diminuição da proteína GDF11, também ligada à perda de concentração e memória

Nos últimos anos, o diagnóstico de depressão tem se tornado cada vez mais comum e, segundo pesquisas recentes, o transtorno mental está relacionado a um envelhecimento mais rápido entre os pacientes. Um estudo feito por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e por cientistas franceses do Instituto Pasteur identificou mecanismos responsáveis por esse envelhecimento avançado em quem tem depressão.

Publicado em fevereiro no periódico Nature Aging, a pesquisa utilizou a metodologia translacional, em que são feitos experimentos laboratoriais em animais e em humanos.

Utilizando o método conhecido como Elisa, eles injetaram em camundongos a corticosterona, um hormônio associado ao estresse e que induz comportamento depressivo nos animais. Essa metodologia é conhecida por se basear em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas.

Nos animais com comportamento depressivo, foi medido o índice de uma proteína rejuvenescedora chamada GDF11. A expectativa era que a taxa dessa proteína teria sido reduzida — e foi exatamente isso que os pesquisadores puderam observar. A diminuição da GDF11 está relacionada com a perda de concentração, memória e envelhecimento acelerado, sintomas que podem ser apresentados por quem convive com a depressão.

Em seguida, a proteína foi reposta aos animais e eles deixaram de apresentar comportamento depressivo. O baixo índice de GDF11 também foi identificado em jovens diagnosticados com o transtorno mental e a pesquisa indica que pacientes possam lidar com o envelhecimento acelerado mesmo na juventude. A proteína não foi injetada em humanos, pois pode provocar alergias. Mais estudos serão necessários para averiguar se a GDF11 poderá ser usada em tratamento inovadores contra a depressão.

Pequenos obstáculos
Um dos maiores desafios da pesquisa, que foi realizada entre 2018 e 2023, foi mostrar o mecanismo que explica a redução da GDF11. Pois, eles tinham que mostrar e catalogar que a proteína estava baixa na depressão e que, ao se ter a reposição, o paciente saía da depressão através da autofagia, algo que os autores nem cogitam.

“Inicialmente tínhamos a ideia de que a proteína estaria baixa na depressão, e que dando a proteína melhoraria a depressão. Mas que era por meio da autofagia, isso a gente não sabia. Tivemos que ir testando vários outros mecanismos até isolar esse da autofagia”, afirma o professor Flávio Kapczinski, do departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS, ao Jornal da Universidade.

Feita ao longo de cinco anos, outro desafio enfrentado durante a pesquisa foi a formatura e a consequente saída de pós-doutorandos que estavam participando do projeto. “Demorou tanto que foi desmotivando os pesquisadores. A gente teve que se manter firme, fazendo aos pouquinhos cada um dos experimentos”, comenta Kapczinski, que também comemora a publicação do estudo.

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*Fonte: revistagalileu

10 dicas para envelhecer de maneira saudável

Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company, dá dicas de saúde e bem-estar

Com as taxas de natalidade caindo no Brasil desde 1970 é natural que a população idosa cresça rapidamente. Os idosos somam atualmente 31,2 milhões de habitantes, representando 14,7% da população, segundo o IBGE (Instituto de Geografia e Estatística) e a previsão é que o país tenha 73 idosos para cada 100 crianças até 2050. Isso significa aproximadamente 215 milhões de habitantes idosos no país.

Apesar de todos os tabus, envelhecer é o caminho natural e envelhecer com saúde é o que todos desejam. Conforme os anos passam, o corpo sente os efeitos do cansaço e a perda de vitalidade. Para chegar à fase da velhice com mais disposição é preciso prevenir – quanto antes começar a se exercitar, mais fácil será a transição.

As atividades físicas ajudam a aumentar a autoestima, a confiança e ainda prevenir algumas doenças. É uma situação oposta à vivida por muitos idosos, que dedicam o tempo ao chamado lazer ocioso, passivo, como assistir televisão e ficar deitado descansando.

“A muito penso em escrever algo que pudesse ser realmente efetivo para os mais jovens e para aqueles que, como eu, buscam envelhecer com saúde e em plena capacidade funcional. Minha experiência está apoiada em inúmeras modalidades desportivas, incluindo lutas, musculação e até mesmo o Cross Training”, afirma Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company, que traz recomendações para melhorar ou preservar a condição física, e evitar as temidas lesões. Confira abaixo.


Dicas do que deve ser realizado:

Priorize os exercícios integrados: preferencialmente as atividades multiarticulares que envolvem simultaneamente os membros inferiores e superiores. São exercícios que requerem mais de uma articulação, potencializam a participação dos músculos e é um excelente estímulo para o aumento nos níveis de força e coordenação. A partir de gestos funcionais são realizados movimentos que reproduzem as atividades cotidianas como a marcha, a corrida e as ações de sentar e levantar.

Foque nos exercícios de mobilidade: sem dúvida alguma, uma das razões mais comuns para as pessoas se sentirem fora de forma é a incapacidade de realizar determinados movimentos durante as tarefas do cotidiano, especialmente pela redução da mobilidade articular. Infelizmente, os jovens não conseguem perceber o quão importante é ter qualidade física.

“Temos que ter em mente que é muito mais fácil preservar a mobilidade do que ter que trabalhar para recuperá-la. Com o surgimento dos rolos de espuma (Foam Roller), em 5 a 10 minutos de trabalho de mobilidade por dia, você poderá acrescentar um bom condicionamento atlético por anos” ressalta Netto. “Cabe dizer que estudos científicos permitem afirmar o benefício da prática da autoliberação miofascial para se preservar a mobilidade, sem comprometer o desempenho”, completa.

Variação: divirta-se e jogue: variedade é uma questão primordial no treinamento. Portanto não tenha medo de se divertir. Ao longo do tempo de treinamento, você perceberá que seus programas devem ser versáteis o suficiente para preservar o condicionamento físico e a capacidade funcional. Sempre que possível, pratique e experimente suas modalidades esportivas favoritas.

Acrescente exercícios básicos do core: devemos dar ênfase a parte central do corpo, praticando o que denominamos core training, momento em que ocorrem as transferências dos membros superiores para os inferiores e vice-versa. Para que essa transferência ocorra, o trabalho deve ser focado em resistir à extensão e a rotação do tronco.

Acrescente saltos na sua rotina de treinamento: a pliometria pode ser considerada um dos mais famosos treinamentos utilizados para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento da potência muscular dos membros inferiores e da melhora do desempenho atlético.

A pliometria também é conhecida como ciclo alongamento-encurtamento (CAE). Esse ciclo somente ocorre quando existe uma ação muscular excêntrica seguida imediatamente por uma explosiva ação muscular concêntrica. É de extrema importância preservar a nossa capacidade de utilizar efetivamente o CAE. “Isso não implica na necessidade de realizar saltos nas caixas, mas acrescentar pequenos saltos”, enfatiza Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company.

Não fique cansado: para um envelhecimento saudável é fundamental a prática regular de treinamento cardiorrespiratório, como caminhada, corrida, natação, ciclismo, elíptico ou transport. Esse treinamento contribui para melhorar e preservar o consumo de oxigênio adequado e para manter os níveis de açúcar, de colesterol e de triglicerídeos normais.

A escolha da atividade física deve seguir uma lógica como, por exemplo, pessoas obesas ou com lesão nos membros inferiores não podem correr. Já os lesionados na coluna não podem correr e nem praticar ciclismo. Nesse caso, as melhores opções são a natação, o transport ou o elíptico.

Alongue-se sempre: os exercícios de alongamento somados aos exercícios de mobilidade permitem preservar a realização dos movimentos diários e evitam o encurtamento dos músculos, preservando a postura. Exercícios de alongamento são submáximos, de curta duração e não causam dor ou desconforto. São fáceis e podem ser realizados diariamente.

Fique ágil: o treinamento de agilidade é essencial para a autonomia funcional, considerando que o homem tenha que realizar tarefas rápidas e, por muitas vezes, inesperadas em seu dia a dia.

Ser coordenado faz bem: a coordenação é um elemento importante para o ser humano. Os movimentos coordenados garantem um maior desempenho e um menor gasto calórico, além de auxiliar na execução de atividades mais complexas.

Não posso cair e ter mais equilíbrio: em idosos a perda do equilíbrio potencializa quedas e fraturas. Por isso, o treinamento de equilíbrio não deve ser negligenciado e sim realizado por todos, inclusive por atletas. A perda do equilíbrio causa distúrbios osteomioarticulares que, por sua vez, ocasionam maiores cargas nas articulações e nos ossos.

Dicas do que não deve fazer:

Entenda que lesão não é dor. Existe lesão sem dor, ou seja, você pode estar machucado por realizar movimentos inadequados sem saber. Por isso:

Nunca realize em treinamento, no trabalho ou em casa o movimento de pegar e descarregar objetos no chão com flexão tronco lombar, flexão e rotação com os joelhos em extensão;

Iniciantes: devem começar com pouca sobrecarga e poucas repetições;

Não faça o alongamento sentado com um dos membros inferiores à frente e nem com o joelho em extensão ou abdução com joelho flexionado. Esse movimento cria sobrecarga no joelho flexionado;

Deitado dorsalmente, não faça rolamento para trás jogando todo o peso do corpo sobre a cervical;

Não faça ponte com apoio sobre a cabeça;

Evite a circundução da cervical. Rodar a cabeça não é uma boa ideia;

Não se exercite com dor, caso ela não passe durante o pós-aquecimento;

Evite excesso de treinamentos;

Fale com o seu médico para saber se existe a necessidade de fazer densitometria óssea. A osteoporose é um problema de saúde pública principalmente para mulheres na menopausa, sedentárias e, também, para usuários de medicamentos com cortisona;

Caminhadas devem ser moderadas e realizadas com tênis apropriado;

Não passe muito tempo sentado – esta posição aumenta a compressão nos discos lombares;

Pense na sua postura durante todo o dia e faça exercícios posturais diariamente;

Não deixe de se hidratar e beber bastante água;

Mantenha uma boa alimentação e não acredite em dietas milagrosas.

Não se esqueça também de cultivar amizades. Exercícios físicos são importantes, mas manter interações interpessoais de mais profundidade e conexão também são essenciais para uma mente saudável!

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*Fonte: ciclovivo

Como o batimento cardíaco afeta nossa percepção de tempo

“O tempo é relativo”, determinou Albert Einstein em sua teoria da relatividade, em 1905, após termos considerado o tempo por séculos “uma força constante e independente”, como se o progresso do Universo fosse governado por uma espécie de relógio que comanda tudo.

O que Einstein quis dizer com sua teoria é que a taxa na qual o tempo passa depende do seu quadro de frequência, ou seja, a combinação de espaço e do tempo em um único campo, com medidas que variam dependendo do movimento relativo ou das forças gravitacionais dos objetos dentro dessa estrutura.

O tempo é essencial para a estrutura da vida, sendo parte integrante de praticamente todos os fenômenos psicológicos, desde a sequência de recompensas envolvidas no condicionamento operante e clássico até o fluxo de oxigênio na medição da ativação cerebral.

E, recentemente, foi descoberto que o batimento cardíaco pode afetar nossa percepção de tempo.


As rugas no tempo
O estudo Wrinkles in Subsecond Time Perception are Synchronized to the Heart, liderado por Adam K. Anderson, professor de psicologia da Universidade de Cornell, os pesquisadores concluíram que a percepção humana de tempo não é contínua e pode aumentar ou diminuir a cada batimento cardíaco. Com isso, o coração se torna um verdadeiro cronometrista do cérebro, desempenhando um papel fundamental em nosso senso de passagem do tempo.

“Nossa pesquisa mostra que a experiência do tempo momento a momento é sincronizada e muda com a duração de um batimento cardíaco”, disse Anderson.

O cérebro acompanha a passagem do tempo sem que percebamos, e isso acontece de maneira automática, porém não consistente. A percepção de tempo do cérebro pode, sim, flutuar, com alguns momentos parecendo mais longos ou curtos em relação a cada segundo objetivo.

Em um estudo com trens simulados, Anderson e sua equipe descobriu que os passageiros sentiam que as viagens duravam mais quando os trens estavam lotados, sendo que estudos anteriores, se concentrando na percepção de intervalos de tempo relativamente longos, revelaram mais sobre como as pessoas estimam o tempo diferente de como o vivenciam no momento.

A um batimento
Os pesquisadores recrutaram 45 alunos de graduação da Universidade de Cornell, com idades entre 18 e 21 anos, sem histórico de doença cardíaca, e instalaram neles dispositivos de eletrocardiograma (ECG) para monitorar a atividade cardíaca, com uma resolução de milissegundos; ligando o ECG a um computador que reproduzia tons breves disparados pelos batimentos cardíacos dos candidatos.

Os tons duravam apenas 80 a 180 milissegundos e, após ouvi-los, os participantes precisavam relatar se achavam que durava mais ou menos do que outros tons. O resultado mostrou que eles perceberam que os tons eram mais longos quando precedidos por um batimento cardíaco mais curto, e relataram tons mais curtos quando seguiam um batimento cardíaco mais longo. Isso porque, muito embora a cadência geral de um coração soe estável, cada batida individual pode ser mais curta ou longa do que a anterior.

O que aconteceu no experimento é que ouvir um tom levou os participantes a focarem sua atenção no som, uma resposta de orientação que, por sua vez, mudou sua frequência cardíaca e reajustou sua experiência de tempo.

“O batimento cardíaco é um ritmo que nosso cérebro está usando para nos dar a sensação de passagem do tempo”, disse Anderson, ressaltando que isso não é linear e está constantemente se contraindo e expandindo – embasando o estudo de que os batimentos cardíacos podem influenciar nossa percepção aos estímulos externos, confirmando que o coração ajuda o cérebro a manter o ritmo do tempo.

Ainda que perceber incorretamente a passagem do tempo possa soar como algo ruim – o que, na maioria das vezes, é –, nesse caso, a influência pura do coração, de batida em batida, como diz Anderson, ajuda a criar uma sensação de tempo, e não perdê-la; influenciando em como o cérebro experimenta a passagem do tempo nas menores escalas, operando em períodos muito breve para pensamentos ou sentimentos conscientes.

*Por Julio Cezar de Araujo
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*Fonte:

Dia Mundial da Saúde | 6 hábitos para viver melhor

Na sexta-feira (7/abril), é celebrado o Dia Mundial da Saúde. O momento é marcado pelo incentivo às práticas saudáveis, incluindo os exercícios físicos, a dieta balanceada e a importância dos laços afetivos. Aqui, vale explicar que a saúde não deve ser encarada como uma caixinha, separada, no fundo do armário. Na verdade, ela engloba o indivíduo como um todo, incluindo o seu emocional e a sociedade que o envolve.

Abril Verde | Estudos comprovam importância do exercício físico
Atividade física é mais importante para uma vida longa que a genética
Propositalmente, o Dia Mundial da Saúde também coincide com o aniversário de fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1948. A instituição surgiu de um esforço coletivo, envolvendo a maioria das nações do globo, como forma de tornar a saúde um direito universal para toda a humanidade. Hoje, são 75 anos de atividades.

Afinal, como viver bem e melhor?

Se a nossa saúde está conectada com tudo o que nos envolve, é válido se questionar: como viver bem e melhor no mundo de hoje? Não existe resposta simples para a questão, mas é necessário focar naquilo que está ao seu alcance. Mesmo passos aparentemente pequenos são importantes.

A seguir, confira seis hábitos que podem ajudá-lo nessa jornada do bem-estar:

1. Faça caminhadas diárias
No Dia Mundial da Saúde, adotar o hábito de caminhar é uma boa estratégia para viver melhor (Imagem: Schantalao/Freepik)

De forma quase espontânea, o corpo se sente mais feliz ao caminhar, já que o cérebro libera endorfina, popularmente conhecido como o hormônio da felicidade e do bem-estar. Em paralelo, o indivíduo tonifica seus músculos e pode reduzir o nível de colesterol, explica Mariela Silveira, nutróloga e embaixadora do movimento Global Wellness Day.

Inclusive, são inúmeros estudos que comprovam a importância da atividade física diária, como as caminhadas, para a saúde. Recentemente, o Canaltech publicou um especial sobre o tema, reunindo as mais novas evidências científicas relacionadas.

2. Beba mais água
Embora não exista uma quantidade mínima e universal de água que se deve tomar por dia, é preciso manter o organismo hidratado. Em oposição a esse hábito saudável, a nutróloga Silveira explica que aqueles que bebem menos água, mais comumente, podem sofrer de exaustão, deficiência de atenção e problemas de memória.

3. Aprenda a nutrir conexões verdadeiras
Aqui, a ideia é separar momentos do dia (ou da semana) para serem compartilhados com aqueles que se ama, podendo ser a família ou os amigos. Sem nenhum tipo de interferência tecnológica, como celulares ou televisão, a proposta é se “conectar”, colocar a conversa em dia e nutrir suas relações cara a cara. Afinal, os laços sociais são fundamentais para uma vida longeva e saudável.

4. Opte por alimentos saudáveis
Na hora das refeições saudáveis, vale sempre incluir algum vegetal ou verdura (Imagem: RossHelen/Envato)

Nem sempre é fácil comer bem, ainda mais considerando os custos dos alimentos frescos (in natura) ou ainda os produzidos sem agrotóxicos em comparação com os ultraprocessados. No entanto, vale a tentativa de incluir folhas e outros vegetais durante as refeições, o que terá diversos impactos positivos para o sistema digestivo e pode ainda reduzir o risco de câncer de intestino (colorretal).

5. Durma bem, todas as noites
Durante o sono, o corpo entra em um modo de restauração, no qual o cérebro processa todas as informações absorvidas ao longo do dia. Esta atividade está diretamente ligada com as funções de memória e aprendizagem. Além disso, o dormir bem alivia o estresse, melhora o humor e, dependendo de alguns fatores, pode aumentar a expectativa de vida em até 5 anos. Então, tente dormir por volta de oito horas nesta noite.

6. Faça uma boa ação
Lembra que mencionamos que o estar saudável também depende da sociedade e das outras pessoas que convivem em uma mesma região? Pois bem, um hábito a ser adquirido é fazer boas ações, envolvendo-se mais com a sua comunidade. Em paralelo, buscar um olhar mais otimista para a vida pode representar uma melhora na sua saúde mental.

Fonte: OMS

*por Fidel Forato
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*Fonte: canaltech

Os benefícios que dois pedaços de chocolate por dia podem trazer ao coração e ao cérebro

A ideia de que chocolate pode fazer bem à saúde parece boa demais para ser verdade.

Mas um conjunto cada vez maior de evidências científicas sugere que consumir uma pequena quantidade de chocolate amargo todos os dias pode não só satisfazer aquela vontade por um docinho no meio da tarde, como melhorar a saúde cardiovascular, reduzir a pressão arterial, os níveis de colesterol ruim (LDL) e até mesmo estimular o cérebro.

A seguir, algumas maravilhas que o cacau pode oferecer.

O ingrediente secreto
Parte do entusiasmo em relação ao chocolate amargo vem de uma descoberta relativa ao povo guna, que vive na costa do Panamá. Estudos populacionais mostraram que eles viviam uma vida longa e, diferentemente da maioria de nós, não apresentavam aumento da pressão arterial com a idade.

Uma teoria é que eles tomavam bastante suco de cacau sem açúcar — até cinco xícaras por dia.

E os pesquisadores acreditam que os flavonoides, compostos presentes em quantidade significativa no cacau, podem estar por trás desse e de outros benefícios surpreendentes do chocolate amargo.

“O elemento-chave no chocolate parece ser os flavonóis (uma classe de flavonoides), presentes sobretudo no cacau”, explica Aedin Cassidy, diretora de pesquisa interdisciplinar na Queen’s University Belfast, na Irlanda do Norte, especialista em chocolate.

Os flavonoides podem ser encontrados em uma série de alimentos de origem vegetal, como morango, chá, mirtilo (blueberries), maçã e cebola.

Mas as sementes amargas do cacau são uma das fontes mais ricas de flavonoides. E, felizmente, você não precisa comer estas sementes amargas para obter os benefícios. Apenas chocolate com alto teor de cacau.

“Em uma barra de chocolate de 50 g, você obtém a mesma quantidade de flavonóis de três maçãs, uma colher de sopa de cacau em pó, três taças pequenas de vinho tinto ou uma xícara grande de chá preto”, diz Cassidy.

O chocolate branco não contém partículas de cacau, então comer este tipo de chocolate não adianta. O chocolate ao leite contém algumas, mas não o suficiente.

A maior quantidade é encontrada no chocolate amargo não processado — e o que não faltam são motivos para você optar por ele.

Quais são os benefícios?
Ao longo dos anos, várias pesquisas foram feitas sobre os benefícios do chocolate amargo para a saúde. Muitos estudos analisaram como a quantidade de chocolate que você ingere influencia o risco de doenças crônicas, incluindo doenças cardíacas, derrame, câncer e diabetes.

“Há evidências crescentes dos benefícios, particularmente para a saúde do coração, mas também benefícios cognitivos para a saúde do cérebro”, afirma Cassidy.

“Foram realizados mais de 42 estudos específicos com flavonóis de cacau, em que foram demonstrados benefícios consistentes em termos de redução da pressão arterial, melhora no fluxo sanguíneo e melhora nos níveis de insulina e de colesterol.”

Uma pesquisa conduzida pela própria Cassidy com mulheres com diabetes tipo 2, ao longo de um ano, mostrou que comer chocolate amargo com alto teor de flavonoides todos os dias pode melhorar a elasticidade das artérias, a sensibilidade à insulina e os níveis de colesterol, sobretudo LDL.

E agora, pesquisas recentes estão revelando que os benefícios do chocolate vão além de ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares e de controlar os níveis de glicose no sangue, se refletindo também nos nossos cérebros.

Como é metabolizado
Mas como os flavonoides atuam dentro do nosso organismo?

De acordo com Cassidy, os micróbios que vivem em nosso intestino, a chamada microbiota ou microbioma, desempenham um papel fundamental no metabolismo de flavonoides para aumentar seus efeitos cardioprotetores.

Quando ingerimos flavonoides, os pesquisadores acreditam que nossas bactérias intestinais os convertem em compostos anti-inflamatórios menores que podem ser absorvidos pela corrente sanguínea.

E, segundo a especialista, foi demonstrado que estes metabólitos são capazes de cruzar a barreira hematoencefálica, onde têm o potencial de ter efeitos neuroprotetores e impactos na neuroplasticidade.

“Eles estão entrando no tecido cerebral, e isso parece ter efeito sobre o fluxo sanguíneo no cérebro em particular”, acrescenta.

O cacau pode te deixar mais inteligente?
É por isso que comer alguns quadradinhos de chocolate amargo pode ter efeitos na habilidade cognitiva.

“Há algumas evidências dos efeitos sobre o aprendizado e a memória, da qual, é claro, vamos precisar a partir dos 50, 60 anos e adiante. E já existem alguns estudos, todos de curto prazo, mostrando melhorias na memória, na velocidade de recordação e na aprendizagem”, diz a especialista.

Um estudo de imagens cerebrais realizado em adultos jovens, por exemplo, analisou os efeitos do consumo de duas bebidas diferentes no cérebro: uma com altos níveis de flavonoides, e outra com baixo teor.

Os participantes que tomaram a bebida com alto teor de flavonoides foram capazes de completar certos testes cognitivos com mais eficiência, e seu cérebro apresentou melhor oxigenação e fluxo sanguíneo.

Qual a quantidade ideal?
Pesquisas têm mostrado que apenas dois quadradinhos de chocolate amargo são tudo que você precisa para ver os efeitos positivos. E é importante se ater a isso.

Em grandes quantidades, o chocolate pode aumentar o nível de açúcar no sangue e levar ao ganho de peso, o que pode aumentar — em vez de reduzir — o risco de doenças cardiovasculares, anulando assim os efeitos positivos.

“Os dados epidemiológicos de grandes estudos de base populacional estão sugerindo de três a cinco vezes por semana, alguns quadradinhos por dia”, diz Cassidy.

O melhor dos mundos é trocar aquele lanchinho açucarado pelo chocolate amargo, de modo que você obtenha tanto os benefícios de reduzir a gordura e o açúcar, quanto os benefícios dos compostos de flavonoides — matando dois coelhos de uma cajadada só.

Quanto mais amargo, melhor
“Como regra de ouro, quanto mais amargo o chocolate, mais altos são os níveis de flavonóis.”

Além disso, quanto mais elevado o teor de cacau, menor costuma ser o teor de açúcar e gordura do chocolate amargo, potencializando assim os benefícios e a redução dos efeitos prejudiciais do seu consumo.

Mas é preciso ficar atento. Algumas empresas usam uma técnica chamada processamento holandês, de alcalinização, para tirar o sabor ligeiramente amargo do cacau e, junto com ele, os flavonoides e seus amplos benefícios.

Afinal, são os flavonoides que conferem o sabor amargo ao chocolate.

“Quanto menos processado, maior a presença de flavonoides do cacau”, explica Cassidy.

Portanto, se você realmente quer tirar o máximo proveito do seu chocolate, procure o tipo não processado e se deleite com o sabor amargo.

Se você não gosta ou não está acostumado, pode começar com um chocolate com 40% de teor de cacau para obter um sabor mais equilibrado, antes de aumentar a porcentagem.

“Os que possuem um teor de 40-50% (de cacau) provavelmente serão os mais saborosos”, diz a especialista.

“Uma outra coisa boa sobre o chocolate amargo é que, por ser um pouco amargo, você não quer sentar e comer uma barra inteira. Alguns quadradinhos costumam ser o suficiente para satisfazer a necessidade de chocolate.”

*Por Michael Mosley
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*Fonte: bbc-brasil

Que tipo de atividade física traz mais benefícios para a saúde mental?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recentemente lançou um forte slogan: “Cada movimento conta”. O objetivo é conscientizar da importância da atividade física, mas indo além no sentido de que, considerando os alarmantes índices de inatividade física (não se movimentar o suficiente) da população, cada movimento corporal traz benefícios para saúde.

As recomendações são de aumentar movimentos em qualquer atividade e diversas situações como limpar a casa, subir escadas, lavar o carro, regar as plantas, entre outras. Porém, isso vale para os benefícios para a saúde mental? Uma pessoa que sofre com ansiedade e depressão usufrui de benefícios dessa forma?

Qual é a diferença entre atividade física e exercício físico?
O primeiro ponto é entender os contextos de atividade física e a diferença de exercício físico. Esse último é um tipo de atividade física, mas nem toda atividade física é considerada exercício.

Usar bicicleta como transporte é um tipo de atividade física

Os exemplos de atividades cotidianas acima são de atividades físicas no contexto doméstico, mas também existem o ocupacional (durante o trabalho, como um gari) e de transporte (como ir de bicicleta para o trabalho).

Em geral as evidências são claras e você já sabe disso: atividade física está relacionada à saúde. O exercício físico está mais fortemente relacionado ainda, pois é uma atividade organizada e sistematizada para um objetivo, que pode ser saúde, mas que pode ir além e varia individualmente.

O foco inicial das pessoas que começam a se exercitar, tradicionalmente tem sido o corpo – a estética com a incansável busca por hipertrofia ou emagrecimento. Porém, devido às prevalências aumentadas de distúrbios de saúde mental – ansiedade, depressão e estresse, esse tem sido um evidente motivador para começar a se mexer.

Temos aí um paradoxo, pois a saúde mental pode ser tanto um motivador quanto uma barreira para a prática de exercícios; já percebeu como é difícil sair de casa para a academia em um dia triste ou com humor alterado?

Escrevo exercícios, pois é nesse contexto de atividade física que temos de fato benefícios para saúde mental e não nos outros (transporte, ocupacional e doméstico). Pesquisadores têm destacado que o exercício serve tanto para prevenção de doenças mentais quanto para promoção de saúde mental, mas que para isso o domínio da atividade física desempenha um papel significativo.

Você provavelmente não se sente bem psicologicamente ao limpar a casa ou subir lances de escadas. Tive um exemplo claro disso ao, nas minhas férias, ver duas pessoas na praia: um homem trabalhando recolhendo o lixo, caminhando sob o sol ao longo de toda a extensão da praia; e uma mulher em seu tempo de lazer fazendo abdominais. Como pode o benefício de mexer o corpo ser o mesmo em situações tão diferentes? Não é.

Em uma sessão de exercícios existem aspectos fundamentais que promovem o bem-estar psicológico: socialização, percepção de competência, autoeficácia, autonomia, que podem gerar prazer e melhora da autoestima, os quais são ausentes nos demais contextos de atividade física. Além disso, o aspecto neuroquímico em que neurotransmissores como dopamina e serotonina são liberados no cérebro, ocorre a partir de exercícios. Em artigo publicado há poucos dias, um grupo de especialistas em saúde mental articulou recomendações para atividade física:


Recomendações de atividade física para melhorar a saúde mental

Tipo de exercício
Deve ser escolhido baseado na preferência pessoal, por isso experimente. Se não gosta de academia ou corrida, tente Pilates ou Yoga, se gosta de atividades em grupo tente o CrossFit ou treinamento funcional. Hoje existe uma variedade de modalidades, provavelmente você vai se identificar com alguma.

O CrossFit é uma opção de exercício físico que pode colaborar para a melhora da saúde mental

Ambiente social
Apoio social é fundamental, a valorização do seu comportamento pelas outras pessoas é um fator impulsionador. Outras pessoas influenciam suas atitudes e respostas emocionais ao exercício e isso é fundamental para determinar se você vai praticar ou não.

Domínio
A atividade física durante o lazer pode ser o domínio ideal para promover benefícios sobre a saúde mental.

Ambiente estrutural
Sempre que possível, escolha ambientes naturais e agradáveis como espaços verdes e azuis na natureza, pois eles podem potencializar os benefícios para o cérebro.

Exercícios físicos feitos ao ar livre, como o hiking (trilha) podem trazer ainda mais benefícios para a saúde mental
Basicamente, quando se trata de exercícios para saúde mental: Não importa a modalidade, mas escolha um exercício que goste de fazer durante seu tempo livre (lazer) e veja isso como uma oportunidade de socializar ou mesmo para curtir sua própria companhia (solitude). Quando falamos de atividade física para promover saúde mental, o ambiente importa.

*POR Fábio Dominski é doutor em Ciências do Movimento Humano e graduado em Educação Física pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). É Professor universitário e pesquisador do Laboratório de Psicologia do Esporte e do Exercício (LAPE/CEFID/UDESC). É autor do livro Exercício Físico e Ciência – Fatos e Mitos, e apresenta o programa Exercício Físico e Ciência na rádio UDESC Joinvile (91,9 FM); o programa também está disponível em podcast no Spotify.

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*Fonte: techmundo

Estudo da NASA mostra quais são os países que mais emitem CO2

Dados de satélites mostram China, EUA e Índia como maiores emissores. Brasil ocupa a 7ª posição.

Para calcular a quantidade de CO2 emitida por cada país do mundo, o método usado considera as emissões de cada setor da economia das diferentes nações, usando uma abordagem “de baixo para cima” em que as informações partiam de dados levantados nos diferentes territórios do mundo. Mas, uma nova abordagem para responder esta pergunta usa dados de satélite da NASA.

Um novo artigo publicado no Earth System Science Data no início de março traz uma abordagem “de cima para baixo”, com informações dos satélites da NASA para calcular quanto dióxido de carbono é emitido por mais de 100 países, além da quantidade de CO2 que estes territórios absorvem da atmosfera.

“Nossas estimativas de cima para baixo fornecem uma estimativa independente dessas emissões e remoções, portanto, embora não possam substituir a compreensão detalhada do processo dos métodos tradicionais de baixo para cima, podemos verificar a consistência de ambas as abordagens”, explica Philippe Ciais, coautor do estudo e diretor de pesquisa da Climat et de l’Environnement da França.

O método “de baixo para cima” comumente usado para calculara emissão de carbono é extremamente útil, mas também exige experiência e dados precisos, tornando-o mais difícil para nações com menos recursos. O método “de cima para baixo” pode, portanto, preencher as lacunas, fornecendo dados para mais de 50 países que não relataram suas emissões na última década.

“A NASA está focada em fornecer dados de ciências da Terra que abordam os desafios climáticos do mundo real, que podem ajudar governos de todo o mundo a medir o impacto de seus esforços de mitigação de carbono”, disse Karen St. Germain, diretora da Divisão de Ciências da Terra da NASA.

O artigo, que foi o trabalho de mais de 60 estudiosos de todo o mundo, usou dados de dióxido de carbono da missão Orbiting Carbon Observatory-2 ( OCO-2 ) da NASA, bem como dados do nível do solo, avaliando o período entre os anos de 2015 e 2020.

Os dados de satélite revelaram que os 10 principais emissores de CO2 foram:

China
Estados Unidos
Índia
Indonésia
Malásia
Brasil
México
Irã
Japão
Alemanha

O Reino Unido, países do oeste da União Européia, Austrália, Cazaquistão, grande parte do norte da África, África do Sul, Chile, Tailândia e Filipinas também estão entre os grandes emissores globais. No Sul Global, o desmatamento foi um dos principais impulsionadores das emissões, de acordo com a NASA.

No geral, as descobertas são semelhantes a outras listas dos principais países emissores, com China, EUA e Índia liderando o ranking. A diferença é que, nesta nova abordagem, Rússia, Canadá e Arábia Saudita saem da lista dos 10 principais emissores.

De acordo com os autores do estudo, esta mudança pode ser causada pelo fato de que os dados de emissões nacionais normalmente incluem apenas emissões de gases de efeito estufa e remoções de terras gerenciadas, enquanto os dados de satélite também representam terras não gerenciadas.

Além dos impactos humanos diretos contabilizados por inventários nacionais, ecossistemas não administrados, como algumas florestas tropicais e boreais – onde os humanos têm uma pegada mínima – podem sequestrar carbono da atmosfera, reduzindo assim o potencial aquecimento global.

“Os inventários nacionais destinam-se a rastrear como as políticas de gerenciamento impactam as emissões e remoções de CO2. A atmosfera não se importa se o CO2 está sendo emitido pelo desmatamento na Amazônia ou pelos incêndios florestais no Ártico canadense. Ambos os processos aumentarão a concentração de CO2 atmosférico e impulsionarão as mudanças climáticas. Portanto, é fundamental monitorar o balanço de carbono de ecossistemas não gerenciados e identificar quaisquer mudanças na absorção de carbono”, explica Noel Cressie um dos autores do estudo e professor da Universidade de Wollongong, na Austrália.

Este é um exemplo como os dados do espaço podem ajudar a melhorar a vida na Terra e chega em um momento chave para as nações que buscam calcular suas emissões e planejar suas reduções. Isso porque 2023 marca o primeiro balanço global, no qual os signatários do acordo de Paris devem avaliar seu progresso para limitar o aquecimento global a bem menos de 2ºC acima dos níveis pré-industriais.

Os pesquisadores afirmam que este projeto piloto pode ser aprimorado para entender como as emissões de nações individuais estão mudando. “Observações sustentadas e de alta qualidade são críticas para essas estimativas de cima para baixo”, disse o principal autor Brendan Byrne, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA no sul da Califórnia.

“As observações contínuas do OCO-2 e dos locais de superfície nos permitirão rastrear como essas emissões e remoções mudam à medida que o Acordo de Paris é implementado. Futuras missões internacionais que fornecem mapeamento expandido das concentrações de CO2 em todo o mundo nos permitirão refinar essas estimativas de cima para baixo e fornecer estimativas mais precisas das emissões e remoções dos países”, completa o cientista.

>> Para saber mais sobre o projeto, acesse: https://ocov2.jpl.nasa.gov.

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*Fonte: ciclovivo

Quantas horas você precisa dormir de acordo com a sua idade?

Suas necessidades de sono variam de acordo com sua idade, e se você não as atender, sua mente, emoções e desempenho podem sofrer. Descubra quanto tempo você deve dormir neste momento de sua vida!

Quantas horas você precisa dormir de acordo com a sua idade?
O sono é uma necessidade fisiológica básica. Sabe-se que depois de alguns dias sem dormir, o corpo começa a falhar severamente. Mesmo a privação parcial do sono pode ter efeitos negativos significativos no desempenho cognitivo, no humor e no funcionamento diário.

Apesar disso, muitas pessoas não descansam o suficiente, seja porque não conseguem ou porque não conhecem as necessidades de seu corpo. Por isso, hoje queremos contar quantas horas você precisa dormir de acordo com a sua idade.

Vale ressaltar que não só a quantidade de sono diário é importante, mas também a qualidade. O descanso deve ser profundo, restaurador e contínuo para que a mente e o corpo possam ser restaurados após um dia. No entanto, existem várias parassonias que podem afetar esse processo (como sonambulismo, pesadelos ou apneia do sono). Mesmo altos níveis de estresse podem levar a um sono fragmentado e de baixa qualidade.

Além disso, procurar descansar as horas necessárias é uma recomendação básica para a saúde. Mas, o que é apropriado? O padrão é o mesmo para todas as pessoas? Do que depende? Respondemos a essas perguntas abaixo.

O que a ciência diz sobre dormir e descansar?
Certamente você já ouviu muitas recomendações a esse respeito de especialistas e não especialistas, e nem sempre coincidem.

A crença geral afirma que as pessoas precisam de 8 horas de sono por dia, mas há quem defenda que 6 horas de sono são suficientes para funcionar adequadamente. A verdade é que as necessidades de cada pessoa são diferentes e, embora as orientações possam ser indicativas, cada caso requer uma atenção individualizada.

Mesmo assim, fica evidente que a necessidade de sono varia com a idade e mantém relação inversa. Embora bebês e crianças precisem de mais sono, os adultos mais velhos parecem precisar de menos descanso. Felizmente, temos um corpo crescente de pesquisas a esse respeito e estas são algumas das descobertas mais importantes:

6 horas de sono não é suficiente
Como dissemos, existe uma crença bastante difundida de que 6 horas de sono é um mínimo aceitável para um adulto. No entanto, uma pesquisa publicada no Journal Sleep lança dúvidas sobre isso. Este estudo de privação de sono atribuiu aos participantes três condições diferentes: 4, 6 ou 8 horas de sono, que seriam mantidas por 14 dias consecutivos. Também havia um grupo em que a privação do sono era total por três dias.

As classificações subjetivas de sonolência das pessoas foram avaliadas, bem como seu desempenho cognitivo, e os resultados foram convincentes. Observou-se que, embora aqueles que dormiam 6 horas não expressassem cansaço ou sonolência, seu desempenho cognitivo apresentava déficits crescentes, comparáveis aos observados na privação total do sono.

Dormir demais pode ser negativo
Agora, embora estejamos cientes de como é prejudicial não descansar o suficiente, nem sempre estamos cientes de que o sono excessivo também pode nos afetar negativamente. É o que sugere uma análise longitudinal realizada por cientistas do Reino Unido e da China e publicada na revista Natural Aging.

Este estudo avaliou os padrões de sono, saúde mental e bem-estar dos participantes com idades entre 38 e 73 anos, e concluiu que 7 é o número ideal de horas que um adulto deve descansar.

Parece que o sono excessivo ou insuficiente pode estar relacionado a uma diminuição da função cognitiva e maior presença de sintomas de ansiedade e depressão. Além disso, nos idosos parece ser um fator de risco particularmente relevante para a deterioração cognitiva e para o aparecimento da doença de Alzheimer e outras demências.

Diga-me sua idade e eu direi quantas horas você precisa dormir
Pesquisas como as anteriores nos orientam quanto à quantidade ideal de sono, mas essas recomendações sempre serão mediadas pela idade da pessoa. A National Sleep Foundation emitiu um relatório, endossado por um grande painel de especialistas, que fornece algumas diretrizes básicas a serem consideradas.

Então, essas são as horas que você precisa dormir de acordo com a sua idade:

Recém-nascidos: entre 0 e 3 meses o bebê precisa dormir entre 13 e 17 horas por dia.
Bebés: dos 4 aos onze meses, idealmente são necessárias entre 12 e 15 horas de sono. Embora o intervalo aceitável varie entre 11 e 18 horas.
Bebês: de um a dois anos, recomenda-se 11 a 14 horas de sono.
Pré-escolares: para crianças entre 3 e 5 anos, o ideal é entre 10 e 13 horas de descanso.
Crianças em idade escolar: De 6 a 13 anos, as crianças devem dormir cerca de 9 a 11 horas por dia.
Adolescentes: quando chega a adolescência, entre 14 e 17 anos, as exigências são estabelecidas entre 8 e 10 horas.
Jovens adultos e adultos: 7 a 9 horas seria ideal para adultos de 18 a 64 anos.
Idosos: finalmente, aqueles com mais de 65 anos precisariam descansar de 7 a 8 horas para serem saudáveis.

Levar em consideração nossas necessidades
Como você pode ver, as diretrizes anteriores cobrem intervalos relativamente amplos, pois são apenas indicativos. Cada pessoa, dependendo de seus hábitos, estilo de vida e até genética, tem diferentes necessidades de descanso. E mesmo na mesma pessoa variam com a idade.

Portanto, além de aderir rigidamente a essas diretrizes, é importante que nos avaliemos individualmente. Para saber se você está descansando o suficiente, você deve ser capaz de acordar naturalmente pela manhã (sem necessidade de despertador), sentir-se descansado e recarregado e ser capaz de funcionar adequadamente ao longo do dia.

Se você sentir sonolência excessiva, irritabilidade e mau humor, dificuldade de concentração ou memória, pode ser necessário fazer alterações em seus hábitos de sono. Nesse caso, não hesite em procurar ajuda profissional.

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Fonte: amenteemaravilhosa

A teoria do déficit de autocuidado

A teoria do déficit de autocuidado postula que algumas pessoas doentes têm necessidades essenciais que não podem atender de forma autônoma. A identificação dessas necessidades é o primeiro passo para ajudá-las a atender a essas necessidades.
A teoria do déficit de autocuidado

Dorothea Orem foi uma enfermeira teórica, criadora de um modelo assistencial que tem servido de base para a enfermagem moderna e que também pode ser aplicado por todos aqueles que têm um paciente sob seus cuidados. Sua proposta é conhecida como “teoria do déficit de autocuidado”.

Tal teoria baseia-se na premissa de que o indivíduo pode participar de seu próprio cuidado quando se encontra em situação de doença. O que se propõe é oferecer orientações para que a pessoa possa cuidar de si mesma ou processar a ajuda de que necessita, quando sua condição a impede de ter plena autonomia.

Esse modelo indica que, em condições normais, a pessoa deve aprendero autocuidado , pois não é um comportamento inato. Quando alguém está doente ou tem alguma limitação, é importante identificar até que ponto esse autocuidado pode ser prestado. Daí nascem os princípios da teoria em questão.

«… o autocuidado é uma atividade aprendida pelos indivíduos, orientada para um objetivo. É um comportamento que existe em situações específicas da vida, dirigido pelas pessoas a si mesmas, aos outros ou ao meio ambiente, para regular os fatores que afetam seu próprio desenvolvimento e funcionamento em benefício de sua vida, saúde ou bem-estar..
-Ydalsys Naranjo Hernández-

A teoria do déficit de autocuidado
Na teoria de Dorothea Orem, baseia-se no pressuposto de que o autocuidado é um conjunto de ações conscientes e deliberadas que visam especificar as condições de saúde de uma pessoa e as ações necessárias para mantê-las ou melhorá-las.

Existem algumas circunstâncias que são necessárias para uma pessoa manter sua vida e saúde em boas condições. Estas são conhecidas nesta teoria como “exigências de autocuidado” e são dos tipos que veremos em breve.

A teoria do déficit de autocuidado propõe ter as ferramentas para o paciente se defender sozinho

Universal
Estas são as condições que todo ser humano deve ter para garantir sua vida e saúde. Na teoria do déficit de autocuidado, cinco são considerados:

Prevenção de perigos.
Possibilidade de remoção de resíduos.
Acesso a respiração, água e comida.
Desenvolvimento de acordo com o potencial individual.
Equilíbrio entre atividade e descanso, e entre solidão e vida social.

Desenvolvimento
Corresponde às condições necessárias para manter a vida e a boa saúde em momentos específicos do desenvolvimento vital. Inclui a possibilidade de prestar apoio e acompanhamento em processos como gravidez, parto, lactação, velhice, etc. Inclui também os apoios que devem ser prestados em condições como as seguintes:

Deficiências educacionais.
Problemas de status.
Desajuste social.
Doença terminal.
Mudanças de ambiente.
Má qualidade de vida.
Perda de família, amigos, bens ou segurança.

Desvios de saúde
Refere-se às condições necessárias para manter a vida e a saúde quando uma pessoa está doente ou apresenta algum tipo de limitação, seja ela temporária ou permanente. Nesses casos, é necessária ajuda ou assistência nas áreas listadas abaixo:

Assistência médica.
Efeitos do estado patológico.
Acesso a terapias e tratamentos.
Aprender a conviver com a patologia.
Atenção aos efeitos adversos do tratamento ou terapia.
Adaptações para aceitar atendimento, conforme necessário.
O autocuidado inclui apoio e acompanhamento em processos como gravidez, parto e lactação

Sistemas de cuidado
Quem está a cargo de alguém doente deve identificar as necessidades objetivas dessa pessoa, com base nos requisitos de autocuidado já enunciados. A partir disso, segundo a teoria de Orem, é escolhido um modelo de suporte, de acordo com as circunstâncias do paciente.

Neste caso, se deve escolher entre três alternativas possíveis: compensação total, compensação parcial ou suporte educacional. Vamos ver cada um.

Compensação total. Quando o cuidador deve fazer coisas para o outro. Isso significa que grande parte do autocuidado está nas mãos do cuidador e não do doente.
Compensação parcial. Nesse caso, o que se faz é compensar as limitações que o doente tem para prestar o autocuidado. É uma alternativa para “fazer com o outro” e não “no lugar do outro”.
Apoio educacional. Quando a pessoa doente consegue assumir o seu autocuidado, mas ainda necessita de apoio ou apoio para o completar com sucesso. Inclui ações de educação e/ou complementação do autocuidado.

A ideia central da teoria do déficit de autocuidado é identificar com precisão as reais necessidades da pessoa doente e as ações necessárias para satisfazê-las. O objetivo, em todo caso, é implementar ações para que essa pessoa seja cada vez mais autônoma, ou seja, com o objetivo de ser cada vez mais capaz de realizar o autocuidado.

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*Fonte: amenteemaravilhosa

5 dicas para um sono reparador

Após um longo dia de trabalho, não há sentimento mais reconfortante do que chegar à privacidade do seu quarto e fechar os olhos para uma boa noite de sono.Após um longo dia de trabalho, não há sentimento mais reconfortante do que chegar à privacidade do seu quarto e fechar os olhos para uma boa noite de sono.
5 dicas para um sono reparador
O descanso é uma parte vital da vida humana e influencia diretamente no bem-estar físico e emocional das pessoas. Ter um sono reparador todas as noites não só ajuda a recarregar as energias e regular o humor, mas também reduz o estresse e a ansiedade. Hoje apresentamos algumas dicas úteis para que você possa descansar profundamente.

Comer uma dieta equilibrada, atividade física e dormir o suficiente são alguns dos pilares que o corpo precisa para funcionar de maneira ideal. No entanto, a falta de sono ou o sono de má qualidade podem ter um impacto negativo na saúde mental, aumentando o risco de desenvolver problemas como depressão, ansiedade, cansaço e irritabilidade.

Siga estas dicas para ter um sono reparador
Um ambiente adequado para o descanso pode fazer uma grande diferença na hora de dormir. É por isso que dormir o suficiente todas as noites é essencial não apenas para ajudar seu corpo a se recuperar e se recarregar de energia para enfrentar todos os desafios do dia seguinte, mas também para limpar sua mente e acordar com a melhor atitude.

Aqui estão algumas dicas para melhorar a higiene do sono.

1. Crie um espaço silencioso e escuro no quarto
Nada como dormir em um local limpo, sem barulho, com pouca iluminação e que convide ao relaxamento. Vários estudos relataram que a exposição à luz artificial causa uma interrupção no sistema circadiano do corpo . Algo que com o tempo deteriora a saúde em geral, ao suprimir a secreção de melatonina (o hormônio do sono) que leva à privação do descanso.

Por isso, é necessário tentar reduzir o ruído e a luz, tanto em ambientes internos quanto externos, e assim passar as 8 horas recomendadas durante a noite para ter um sono reparador. Para atingir esse objetivo, você pode usar cortinas blackout, máscaras para dormir, ruído branco ou tampões de ouvido para ajudar a bloquear as distrações.

2. Estabeleça uma rotina para dormir e acordar
Na higiene do sono é necessário estabelecer uma rotina para dormir e acordar
O corpo é sábio por natureza e se adapta aos hábitos de cada pessoa. Por isso é importante definir uma rotina com horários específicos para dormir à noite e acordar pela manhã. Isso ajuda a regular o relógio interno do seu corpo e facilita o adormecimento na hora de dormir.

Da mesma forma, procure investir em um bom travesseiro e um colchão ideal que atenda às suas necessidades e preferências na hora de dormir. Lembre-se de que colchões muito duros ou moles podem afetar a qualidade do sono e causar dores no corpo. Por isso, invista em produtos de boa qualidade para cuidar da sua saúde física e mental.

3. Mantenha uma temperatura fresca e agradável
A temperatura ideal do quarto pode variar de acordo com as preferências individuais, mas, em geral, para a maioria das pessoas fica entre 18-20°C. Um ambiente muito frio ou muito quente fará com que seu corpo não consiga descansar e você não conseguirá dormir a noite toda.

Além disso, quando você dorme, seu corpo libera calor e suor, o que pode afetar a qualidade do seu sono se a temperatura ambiente não for adequada. Se necessário, você pode optar por ventiladores para garantir um fluxo de ar constante, ou usar ar condicionado quando o inverno e a chuva fazem os graus caírem.

4. Evite cafeína e álcool antes de dormir
Cafeína e álcool são contraproducentes para dormir
Múltiplas investigações mostraram que substâncias como o álcool podem manter o cérebro ativo por horas e causar despertares noturnos que impedem uma boa noite de sono. Isso pode eventualmente levar a insônia profunda, sonolência diurna excessiva e arquitetura de sono interrompida. Portanto, é recomendável evitar beber café, chá, refrigerantes, coquetéis ou álcool em geral para adormecer. E se notar que ainda tem muita dificuldade em adormecer, pode consultar o seu médico de família sobre a possibilidade de começar a tomar um suplemento multivitamínico rico em melatonina ou magnésio.

5. Limite a exposição às telas
A exposição à luz azul das telas de aparelhos eletrônicos, como celulares, tablets e televisores, pode interferir na produção de melatonina e dificultar o sono. É aconselhável limitar o uso dessas telas a pelo menos uma hora antes de dormir e, se possível, não ter televisores no quarto para eliminar as distrações.

Em vez disso, em vez de usar dispositivos eletrônicos, você pode optar por ler um livro, ouvir uma música suave ou fazer outras atividades relaxantes que o ajudem a se desconectar das obrigações diárias e se preparar para dormir. Ao limitar sua exposição às telas, você pode melhorar a qualidade do seu sono e, portanto, aumentar sua saúde mental e bem-estar geral.

Siga estas dicas para conseguir um sono reparador
Dormir bem é essencial para desfrutar de uma vida mais saudável e feliz. E para ter um sono reparador e de qualidade, é importante criar um ambiente adequado para o descanso, incluindo cama confortável, ambiente fresco e confortável e iluminação adequada. Além de estabelecer uma rotina regular, limite a exposição às telas e evite o consumo de cafeína e álcool horas antes de dormir.

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*Fonte: amenteemaravilhosa

Como se exercitar em casa sem aparelhos

No Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo, aprenda a se exercitar sem sair de casa

Na sexta-feira, dia 10 de março, foi celebrado o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo. Criada pela OMS (Organização Mundial de Saúde), a data foi estabelecida com o propósito de conscientizar a população sobre as consequências da falta de exercícios físicos, como doenças cardiovasculares e problemas na coluna.

Após a pandemia, essa data tornou-se ainda mais importante, visto que, com os efeitos do isolamento social, o número de pessoas que praticam exercícios físicos sofreu uma queda considerável. Mesmo com a diminuição dos casos de covid-19 e a flexibilização das medidas de segurança, uma pesquisa realizada pela Vital Strategies, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas, revelou que a quantidade de brasileiros que afirmam fazer mais de 150 minutos de atividades físicas por semana continuou em queda – de 38,6% antes da pandemia para 30,3% no primeiro trimestre de 2022.

Tal dado é extremamente preocupante, levando em conta que, em 2018, a OMS já apontava o Brasil como o quinto país mais sedentário do mundo, com 46% da população nesse recorte.

Para combater o sedentarismo
Parte da população brasileira continua hesitante em praticar atividades em locais públicos, seja por questões econômicas, medo de aglomeração ou até mesmo falta de tempo. Porém, existem inúmeros exercícios que podem ser feitos em casa, sem equipamento nenhum.

“Há vários exercícios simples, de força muscular e cardiovasculares, que promovem bem-estar, qualidade de vida e promoção de saúde, como agachamentos, abdominais, movimentação dos braços e polichinelos”, recomenda a especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica e professora do curso de Fisioterapia da Universidade Positivo (UP), Christina Cepeda. “No entanto, é importante que a pessoa tenha uma boa coordenação e equilíbrio corporal”, alerta.

Cuidados
Para quem possui algum tipo de dificuldade de movimentação, como idosos e pessoas obesas, a especialista recomenda o acompanhamento de um profissional da saúde, já que, por conta dessas limitações, alguns exercícios podem ser contraindicados, mesmo realizados em uma intensidade mais leve.

“Alguns cuidados devem ser tomados, como a escolha do ambiente para a atividade, que deve ser arejado e com pisos antiderrapantes ou que não sejam lisos, e do calçado ideal, como um tênis específico para exercícios físicos”, detalha a professora, reforçando que, ao utilizar algum objeto para apoio durante a atividade física, deve-se escolher um material pesado, que não se mova e garanta a estabilidade no corpo, de forma a evitar quedas.

Christina recomenda ainda que, para quem sofre com dores articulares e lombares, os exercícios de força muscular e cardiovasculares também são eficientes, desde que realizados da forma correta, assim como o alongamento do corpo.

“É importante diagnosticar a causa dessas dores, mas geralmente o alongamento muscular, alinhado com exercícios de relaxamento dos músculos, são eficazes contra essas dores”, finaliza a especialista, destacando que os exercícios de fortalecimento dos músculos do abdômen também são efetivos contra a dor lombar.

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*Fonte: ciclovivo

Apenas 0,001% da população global respira ar realmente limpo, diz estudo

Análise mostra que concentrações diárias do material particulado fino PM 2.5 cresceram entre 2000 e 2019, ficando acima do limite seguro indicado pela OMS

A exposição ao ar poluído afeta a saúde de milhões de pessoas e contribui para a carga global de doenças e mortalidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse problema é responsável pela morte de 7 milhões de pessoas por ano no mundo e está relacionado a doenças cardiovasculares, respiratórias e até câncer.

O material particulado (PM 2.5) é um dos principais fatores de risco. O termo refere-se às partículas de poeira com 2,5 mícrons de diâmetro (20 vezes menos do que um grão de areia), e inclui partículas inaláveis suficientemente pequenas para penetrar no sistema respiratório. E elas está por todo lado, literalmente.

É o que indica um estudo na Universidade Monash, na Austrália, publicado na edição de março do periódico The Lancet Planetary Health. De acordo com a pesquisa, apenas 0,18% da área terrestre global e 0,001% da população mundial estão expostos a níveis considerados seguros de PM 2.5.

Até então, poucos estudos haviam analisado as variações globais das concentrações diárias de PM 2.5 nas últimas duas décadas. O novo trabalho apresenta um mapa de como isso mudou entre os anos 2000 e 2019.

Yuming Guo, pesquisador e professor na Faculdade de Saúde Pública e Medicina Preventiva da Universidade Monash, conta que a equipe usou uma abordagem inovadora de aprendizado de máquina para integrar várias informações meteorológicas e geológicas.

Os cientistas também recorreram a observações tradicionais de monitoramento da qualidade do ar, detectores meteorológicos e de poluição do ar baseados em satélite. “Usamos métodos estatísticos e de aprendizado de máquina para avaliar com mais precisão as concentrações diárias globais de PM 2.5 no nível da superfície em uma alta resolução espacial entre 2000 e 2019”, relata Guo, em comunicado. “Focamos em áreas acima de 15 microgramas por metro cúbico (μg/m³), que é considerado o limite seguro pela OMS; limite esse que ainda é discutível.”

O estudo revelou que a concentração anual de PM 2.5 e os dias de alta exposição aos materiais particulados na Europa e na América do Norte diminuíram ao longo das duas décadas; mas as exposições aumentaram no sul da Ásia, na Austrália, Nova Zelândia, América Latina e no Caribe.

Acima do limite
Outro ponto é que, apesar de uma pequena diminuição nos dias de alta exposição ao PM 2.5, em 2019, mais de 70% dos dias ainda apresentavam concentrações superiores a 15 μg/m³. Nas regiões sul e leste da Ásia, mais de 90% dos dias apresentaram concentrações diárias acima do limite seguro.

Ainda em 2019, a Austrália e a Nova Zelândia tiveram um aumento acentuado no número de dias com altas concentrações de PM 2.5. Mas esses ainda foram os locais com menores concentrações de material particulado, com apenas 8,5 μg/m³. Na Oceania como um todo, foi observada uma concentração de 12,6 μg/m³; e na América do Sul, de 15,6 μg/m³.

As maiores concentrações de PM 2.5 estão distribuídas nas regiões da Ásia Oriental, com 50,0 µg/m³) e do Sul da Ásia (37,2 µg/m³), seguidas pelo norte da África (30,1 µg/m³). De acordo com o estudo, levando em conta 175 países, a concentração média anual ponderada de PM 2.5 para o período entre 2000 e 2019 foi estimada em 32,8 μg/m 3.

As maiores concentrações também apresentaram diferentes padrões sazonais. “No nordeste da China e no norte da Índia, a maior alta foi durante os meses de inverno (dezembro, janeiro e fevereiro), já as áreas orientais da América do Norte apresentaram altas PM 2.5 nos meses de verão (junho, julho e agosto)”, destaca Guo.

Na América do Sul, os maiores registros de poluição atmosférica de PM 2.5 ocorreram em agosto e setembro, e na África Subsaariana entre junho e setembro. “Com essas informações, os formuladores de políticas, autoridades de saúde pública e pesquisadores podem avaliar melhor os efeitos da poluição do ar a curto e longo prazo na saúde e desenvolver estratégias de mitigação da poluição do ar”, considera Guo.

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*Fonte: revistagalileu

Dia Mundial do Careca: 7 Fatos pouco conhecidos sobre a calvície

Celebrado anualmente no dia 14 de março, o Dia Mundial do Careca pode até soar piada, mas é uma data real, criada com o objetivo de enaltecer homens e mulheres que assumiram a calvície. Muitas são as pessoas que ficaram famosas desfilando o topo de suas cabeças descabelados, demonstrando que não possuir cabelo está longe de ser um sinal de fraqueza.

Pacifistas como Mahatma Gandhi, cientistas como Charles Darwin, atletas como Zinedine Zidane e artistas como o dramaturgo William Shakespeare e o cantor Seal são reconhecidos pelo poder de suas carecas. Agora que você já sabe que exista uma data específica para celebrar a falta de cabelos, que tal conhecer alguns fatos curiosos sobre a carequice? Confira.

1. A principal causa é a alopecia androgenética
O nome é diferentão e parece saído diretamente de um roteiro de cinema, mas o nome pelo qual a principal causa de ausência de cabelos na cabeça é conhecido cientificamente é alopecia androgenética. É um misto de fatores genéticos com a presença de hormônios masculinos.

Nada mais é que a transformação de testosterona em um andrógeno conhecido como di-hidrotestosterona (DHT), que ataca os folículos pilosos, encolhendo-os, até que eles caiam e parem de crescer.

2. Queda de cabelos é bastante comum em homens
Isso ocorre em virtude da calvície ser uma condição associada à presença da testosterona no organismo, bem como de outros hormônios sexuais masculinos. Um estudo da American Hair Loss Association apontou que, até os 50 anos, cerca de 85% dos homens acabam com os cabelos significativamente ralos.

3. Homens são os mais afetados, mas não os únicos
Ainda que raros, os casos de alopecia androgenética também ocorrem em mulheres. Como a quantidade de testosterona que produzem é menor que em homens, a calvície feminina, quando ocorre, é menos drástica. Em geral, os cabelos ficam finos, de modo particular no topo da cabeça, o que torna o couro cabeludo visível em casos mais avançados.

4. Há várias causas para a calvície
Como explicamos no primeiro tópico dessa lista, fatores a calvície androgenética é a principal causa para a doença, mas não a única. A calvície pode ser resultado de areata (fatores autoimunes), congênita, traumática, neurótica, medicamentosa, seborreica, etária, alérgica ou pela ausência de ferro na alimentação.

5. Existem tratamentos eficazes conta a queda de cabelo
Se você ou alguém que você conhece está enfrentando perda de cabelo, é importante saber que é possível reverter o quadro, mas isso precisa ser feito o quanto antes. Os primeiros sintomas aparecem, geralmente, entre os 17 e 23 anos.

O dermatologista pode solicitar uma tricoscopia, exame que examina o couro cabeludo para saber a dimensão da perda de cabelo. A partir daí, ele determinará um tratamento, provavelmente com um dos medicamentos entre os mais populares:

Minoxidil
Finasterida
Dutasterida
Cortisona
Retinol
Fórmulas tópicas compostas
Laser
Cirurgia de transplante capilar

6. Retardar a queda de cabelo é mais eficaz do que fazê-lo crescer
Quando de diz da importância de consultar um dermatologista caso note aumento na queda de fios de cabelo é porque os tratamentos atualmente existentes são mais eficazes em recuperar a estrutura de seus folículos pilosos do que fazer novo cabelo crescer.

7. Assumir a calvície melhora a saúde mental
Por décadas, homens com calvície e/ou carecas eram diagnosticados com baixa autoestima, em grande parte por alimentarem percepções negativas a respeito de sua aparência. A situação modificou nos últimos anos, especialmente com personalidades assumindo a careca e a calvície sem vontade de escondê-la.

Nomes como Steve Jobs, Jeff Bezos, Samuel L. Jackson, Kelly Slater e Usain Bolt foram fundamentais em fazer com que outros homens entendessem que era possível serem vistos como inteligentes e bem-sucedidos, mesmo com poucos ou nenhum cabelo.

*Por Alejandro Sigfrido Mercado Filho
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*Fonte: megacurioso

Qual a melhor água para beber: mineral ou da torneira?

A água é um recurso natural indispensável à vida. O filósofo naturalista, Tales de Mileto, postulou que a Arché — o princípio de todas as coisas, o elemento originário — era a água. Estando certo ou não, o pensador e astrônomo antigo evidenciou a importância desse componente para a existência dos seres, inclusive os inanimados. Nesse contexto, essencial à manutenção do corpo humano, qual a melhor água para beber?

Quase que automaticamente, a resposta será a água mineral. No entanto, o que muita gente não sabe é que, em alguns casos, a água da torneira é a melhor opção de consumo.

Qual a melhor água para beber: mineral ou da torneira?
Não há como determinar qual a opção mais saudável em se tratando da água da torneira ou mineral; ambas são fontes de hidratação e garantem outros benefícios. Contudo, elas necessitam de cuidados quanto à sua manipulação para que não causem prejuízos à saúde das pessoas.

Desse modo, consumir água mineral de fontes não confiáveis pode levar a problemas incômodos, como gastroenterites. Já no caso da água da torneira, que fica armazenada em caixas que podem não estar limpas, também pode causar problemas. Em todo caso, portanto, a melhor água para beber é a água confiável, bem tratada e segura para o consumo.

Diferenças significativas
A água da torneira é tratada e purificada antes de chegar às casas das pessoas, seria então, a melhor água para beber? Esse tratamento inclui processos de filtragem, adição de cloro e outros produtos químicos para garantir que a água esteja livre de bactérias e outros micro-organismos prejudiciais à saúde. Além disso, a água da torneira é regulamentada por leis e normas que garantem a qualidade da água.

A água mineral, por outro lado, é retirada de fontes naturais e não passa por nenhum tipo de tratamento químico antes de ser engarrafada. Esse tipo de água pode conter minerais e outras substâncias satisfatórias à saúde, dependendo da fonte em que é retirada. No entanto, a água mineral também pode conter substâncias prejudiciais, como metais pesados, se não for monitorada e regulamentada.

Em termos de sabor, algumas pessoas preferem o sabor da água mineral, que pode variar de acordo com a fonte. Outras pessoas, porém, preferem o sabor mais neutro da água da torneira. Ademais, a água da torneira é mais acessível e econômica do que a água mineral, que geralmente tem um custo mais elevado.

Água da torneira é boa para o consumo e garante algumas vantagens
Além do fator econômico, a água da torneira, quando possui uma procedência confiável, pode proporcionar alguns benefícios, como o consumo da quantidade ideal de flúor. Sua ausência pode gerar danos aos dentes.

Dessa forma, o flúor ajuda na prevenção de cáries e começou a ser acrescentado à água de abastecimento público para melhorar a saúde bucal da população há 70 anos. Por essa razão, em locais onde o tratamento da água é adequado, os médicos indicam mais o consumo da água de torneira.

Segundo Eduardo Karam, dentista especialista e mestre em odontopediatria, doutor em estomatologia, e professor da PUCPR, “É confirmada uma redução acima de 50% de cárie quando o flúor é usado na água de abastecimento. Claro que o uso deve ser controlado para trazer benefícios. O flúor como elemento químico pode trazer efeitos negativos se utilizado da maneira errada. É um medicamento que deve ter a indicação e a dosagem respeitadas”.

Escolha, mas com ressalvas
Na hora de escolher qual água beber, é importante levar em consideração a qualidade da água disponível na região em que se vive. Em alguns lugares, a água da torneira pode apresentar problemas de qualidade, como excesso de cloro ou presença de metais pesados, o que pode afetar a saúde a longo prazo. Nesses casos, a água mineral pode ser uma opção mais segura.

Em regiões onde a qualidade da água da torneira é boa, essa pode ser a melhor opção, especialmente do ponto de vista econômico e ambiental, já que reduz o consumo de plástico gerado pelas garrafas de água mineral. No caso de dúvida [se a caixa está limpa ou não], basta ferver a água por 15 minutos, filtrar e esperar esfriar.

Entretanto, o hidrogeólogo e presidente da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam), Carlos Alberto Lancia, lista uma série de vantagens da água mineral em relação à água da torneira, como a pureza e a presença de cálcio, minerais e nutrientes benéficos para a saúde.

*Por Daniela Marinho
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*Fonte: socientifica

Misturar bebidas alcoólicas faz alguma diferença para a ressaca?

Quando feriados ou festas como o Carnaval se aproximam, a gente já se prepara para encher a cara de álcool, né? Com exceção de algumas pessoas iluminadas que conseguem se divertir a base de suco e refrigerante, a maioria de nós gosta mesmo de cachaça — ou de cerveja, vinho, gin-tônica, vodka, whisky… Cada um com sua bebida favorita.

Em meio a tantas opções, é normal querer experimentar todas elas. Aí, depois de uma festança com tudo que tem direito, você diz: “ah, eu fiquei ruim porque misturei bebida!”. Será que a sua ressaca (física e moral…) tem mesmo a ver com isso?

A resposta simples e direta é: não. Misturar bebidas alcoólicas não deixa você mais bêbado e também não faz sua ressaca ser pior no dia seguinte. Mas se você quer saber mais sobre esse assunto, continue a leitura.

Tudo é álcool no organismo
Misturar tipos de bebidas, destilados e fermentados, ou marcas de uma mesma bebida não influenciam no quanto você ficará bêbado, nem na ressaca que você terá no dia seguinte.

Pesquisas dos anos 1970 indicavam que certos tipos de bebida tinham congêneres diferentes — derivados do etanol que surgem no processo de produção da bebida. Por isso, congêneres diferentes poderiam aumentar a chance de ter ressaca. Mas pesquisas posteriores mostraram que essa teoria não se sustenta, na prática.

Na verdade, não existem tantos estudos focados na metabolização de bebidas diferentes no organismo (aposto que não é por falta de cobaias…), mas a ciência já sabe que todos os tipos de bebida são metabolizados pelo organismo da mesma forma. Tudo é álcool.

A partir disso, o primeiro passo para processar a bebida é transformar o etanol em acetaldeído, um composto químico muito similar ao formaldeído — que é um veneno. Mas tudo passa pelos órgãos da mesma maneira, sem distinção entre destilado ou fermentado.

O que faz diferença, então?
O que realmente influencia na bebedeira (e na ressaca) é a quantidade de álcool em função do tempo que você vai demorar para consumi-la. Em resumo, um corpo humano adulto consegue processar 10 gramas de álcool (um drink comum), em média.

Se você consumir mais do que isso — e geralmente consome, né? — a chance de ter problema aumenta. Se o drink estiver mais forte ou você tomar shots, provavelmente vai passar longe de 10 gramas de álcool por hora.

É importante considerar que o álcool diminui a atividade no córtex pré-frontal, influenciando na capacidade de decisão. Então, enquanto você fica “feliz”, tende a beber mais e mais rápido. Misturando as bebidas, fica mais fácil perder o controle, bebendo uma quantidade maior do que se tivesse ficado só na cervejinha.

Mas como você não lembra da quantidade, acaba culpando a variedade.

Além disso, é importante se alimentar bem e tomar bastante água — antes, durante e após a festa. Isso evita que seu sistema digestivo fique irritado (o que piora a ressaca), além de fazer com que o álcool não seja metabolizado tão rápido.

*Por Evandro Voltolini
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Fonte: megacurioso

O estresse é contagioso?

O estresse é algo muito comum, especialmente na sociedade atual, em constante movimento. Mas o estresse é contagioso? Fato é que, segundo a Organização Mundial de Saúde, o estresse pode ser definido como qualquer tipo de mudança que causa uma perturbação física, emocional ou psicológica.

Há inúmeras experiências e eventos que podem catalisar períodos de estresse, como começar num novo emprego ou ter um filho.

Mas será que o estresse é contagioso? Seria possível “pegar” estresse de outra pessoa?

Um artigo de 2014 na revista Psychoneuroendocrinology chamou atenção online quando seus autores sugeriram que o estresse era contagioso. Os autores afirmaram que o mero fato de ver outra pessoa numa situação estressante pode fazer nosso corpo liberar cortisol, um hormônio envolvido na resposta do estresse.

Esse fenômeno, nomeado como “estresse empático”, tende a ser mais forte quando vemos alguém próximo em sofrimento, os pesquisadores sugeriram, mas também pode ocorrer diante o sofrimento de estranhos.

De acordo com um review na revista Current Biology, as emoções podem se “espalhar” de uma pessoa para outra através de “neurônios espelho”. Seriam células cerebrais que se ativam ao vermos alguém desempenhar alguma atividade — como bocejar —, assim desencadeando uma resposta recíproca.

Isso significa que, se alguém vê outra pessoa cansada, a primeira pode começar a se sentir cansada também. E se vê alguém estressado, pode acabar por adotar ou simular, sem intenções, o seu estado emocional.

Para os cientistas, a capacidade de transmitir emoções é um importante mecanismo de sobrevivência. Por exemplo, numa situação de perigo, se alguém reage emocionalmente, isso pode sinalizar outras pessoas na área, que imediatamente ficam sob alerta.

Essa transferência de emoções, todavia, é uma atitude subconsciente, e não se limita aos humanos. Outros animais também podem perceber as emoções dos membros da sua própria espécie.

O estresse é contagioso, mas pode ser evitado
Assim, ainda que o estresse seja algo que todos buscam evitar, ele acaba por desempenhar um papel importante, tanto para humanos como para animais. Todavia, segundo Tara Perrot, professora de psicologia e neurociências em entrevista ao Live Science, nem todo estresse é igual.

“Ele [o estresse] prepara nossos corpos e cérebros para lidar com o estressor. Se um leão correr em sua direção, você vai querer uma forte resposta ao estresse que libere glicose, aumente a frequência cardíaca e reduza atividades não essenciais, como a digestão”, contou ela.

Contudo, ainda de acordo com Perrot, nos humanos modernos a resposta ao estresse pode ocorrer com uma frequência muito alta. Isso porque nós percebemos muitas atividades diárias como estressantes, e portanto a resposta ao estresse pode ocorrer mais frequentemente do que o adequado, prejudicando o corpo e o cérebro.

Um estudo de 2014 na revista Interpersona descobriu que o estresse pode, em algumas circunstâncias, ser contagioso, e concluiu que um único indivíduo estressado tem a capacidade de “infectar” todo um escritório.

Mas será que é possível evitar esse contágio? Segundo Perrot, tudo depende de como nós abordamos e lidamos com uma determinada situação.

“Toda resposta ao estresse começa com a percepção do estressor”, disse Perrot. Atividades como respirar ar puro, fazer exercícios de respiração e exercícios em geral pode ajudar a superar, ou pelo menos reduzir, o impacto de absorver o estresse alheio.

Joe Herbert, professor de neurociência da Universidade de Cambridge, contou ao Live Science que a chave encontra-se em ver o estresse como dividido em dois componentes: o estressor e a resposta que damos a ele.

“O estressor é externo ou interno, por exemplo, uma demanda financeira ou uma doença”, disse ele. “A resposta ao estresse é como o indivíduo reage — tanto emocionalmente, como também fisiologicamente (hormônios, pressão sanguínea etc).”

Herbert disse ainda que a resposta ao estresse é adaptável, e que aprender a controlar isso é a chave para se proteger do estresse alheio.

Segundo ele, a empatia aumenta a percepção das emoções alheias, mas bons líderes e até mesmo pais e mães conseguem aprender a não absorver o estresse dos outros, lidando com a situação estressora ao invés disso.

*Por Dominic Albuquerque
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*Fonte: socientifica

Sensor de papel detecta a presença de agrotóxico em alimentos

Desenvolvido na USP, detector indica a presença de agrotóxicos, de forma rápida e barata

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um sensor eletroquímico de papel kraft capaz de detectar em tempo real a presença de pesticida em frutas e verduras. Ao entrar em contato com maçãs ou repolhos, por exemplo, o sensor, ligado a um dispositivo eletrônico, identifica a presença e mensura a quantidade do fungicida carbendazim – amplamente utilizado no Brasil, apesar de proibido.

O trabalho, apoiado pela FAPESP por meio de três projetos (18/22214-6, 19/13514-9 e 22/03758-0), envolveu grupos dos institutos de Física (IFSC-USP) e de Química (IQSC-USP) do campus de São Carlos. Os resultados foram divulgados na revista Food Chemistry.

“Para verificar a presença de pesticidas em alimentos por meio de abordagens convencionais é preciso triturar uma amostra, submetê-la a processos químicos demorados para só então detectar a substância. Os sensores vestíveis, como o que desenvolvemos para o monitoramento contínuo da concentração de pesticidas na agricultura e na indústria de alimentos, eliminam a necessidade desses procedimentos complexos. Fica muito mais fácil, barato, além de ser muito mais confiável para um supermercado, restaurante ou importador fazer a verificação”, afirma Osvaldo Novais de Oliveira Junior, professor do IFSC-USP.

O novo dispositivo tem grande sensibilidade e se assemelha aos medidores de glicose [glicosímetro] utilizados por diabéticos. Para medir a quantidade de agrotóxico em alimentos, o sensor eletroquímico capta a presença do fungicida e o resultado pode ser acessado, em questão de minutos, por meio de um aplicativo de celular.

“Nos testes que realizamos, o dispositivo teve sensibilidade semelhante à do método convencional. Tudo de uma forma mais rápida e barata”, conta José Luiz Bott Neto, pós-doutorando e autor correspondente do artigo que descreve o desenvolvimento da ferramenta.

Como funciona?
Como explica Bott Neto, o dispositivo é basicamente um substrato de papel modificado com tinta de carbono e submetido a um tratamento eletroquímico em meio ácido para a ativação de grupos carboxílicos – o que permite fazer a detecção.

“Utilizamos o mesmo sistema empregado na serigrafia [estamparia de roupas] para fazer a transferência da tinta condutora de carbono para a tira de papel kraft, criando assim um dispositivo baseado em eletroquímica. O dispositivo é confeccionado com três eletrodos de carbono e mergulhado em uma solução ácida para a ativação dos grupos carboxílicos. Em outras palavras, átomos de oxigênio são adicionados na estrutura do eletrodo de carbono. Ao entrar em contato com uma amostra contaminada com carbendazim, o sensor induz uma reação de oxidação eletroquímica que permite a detecção do fungicida. Assim, a quantidade de carbendazim é medida via corrente elétrica”, explica Bott Neto à Agência FAPESP.

Para desenvolver o dispositivo, os pesquisadores avaliaram a estabilidade e o impacto da estrutura do papel na construção dos sensores. “Além do desenvolvimento do dispositivo, o trabalho teve uma parte voltada para entender a questão das propriedades do papel na fabricação do dispositivo”, conta o pós-doutorando Thiago Serafim Martins.

Melhor opção
Os pesquisadores analisaram dois tipos de papel: o kraft e o pergaminho. Ambos se mostraram estáveis o suficiente para a construção dos sensores. Porém, segundo Martins, a natureza porosa do papel kraft conferiu maior sensibilidade ao sensor e aos grupos carboxílicos formados durante a ativação eletroquímica.

Ele explica que a fabricação dos eletrodos em papel abre a possibilidade para diversas aplicações. “Existem eletrodos comerciais feitos com plástico ou cerâmica. No nosso trabalho, conseguimos desenvolver sensores eletroquímicos com papel, um material muito mais maleável, o que amplia o seu uso em vários campos, não apenas na agricultura ou no setor alimentício, mas em outras áreas como a da saúde, por exemplo”, diz.

O artigo Optimized paper-based electrochemical sensors treated in acidic media to detect carbendazim on the skin of apple and cabbage pode ser lido AQUI.

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*Fonte: ciclovivo

Brasil proíbe uso de animais em pesquisas de cosméticos

Resolução também vale para produtos de higiene pessoal e perfumes

Animais vertebrados, como cachorros e ratos, não poderão mais ser usados em pesquisas para desenvolvimento e controle de qualidade de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes no Brasil. A proibição entrou em vigor na última quarta-feira (1º).

A medida vale para produtos que utilizem em suas formulações ingredientes ou compostos com segurança e eficácia já comprovadas cientificamente. No caso contrário, de novos componentes sem comprovação científica ou eficácia comprovada, será obrigatório o uso de métodos alternativos reconhecidos pelo Concea (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal).

De acordo com a coordenadora do Concea, Kátia de Angelis, existem 40 métodos reconhecidos pelo conselho. “Temos reconhecidos métodos que envolvem toxicidade dérmica com pele artificial, irritação ocular com córnea artificial. Isso faz com que nós utilizando esses métodos alternativos possamos manter a nossa autonomia de estudar novos ingredientes, produtos da nossa biodiversidade da Amazônia, por exemplo, com a possibilidade de não usar animais ou eventualmente usar um número muito pequeno de animais”, explica.

Kátia destaca ainda que esta resolução é um avanço que coloca o Brasil alinhado com a legislação internacional sobre o tema. Na União Europeia, por exemplo, os testes em animais já são proibidos.

Já para a presidente da Confederação Brasileira de Proteção Animal, Carolina Mourão, a proibição terá impacto positivo na defesa dos animais.

“Essa medida, embora não seja o fim do uso de animais para todos os tipos de testes que o Brasil abarca, poupa um enorme número de vidas de todos os tipos de animais que conhecemos, desde cães, cavalos, bois e aves”, afirma.

A resolução normativa, tendo sido aprovada em dezembro do ano passado em reunião do Concea, foi assinada pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e publicada no Diário Oficial da União.

Natura, The Body Shop e Avon celebram decisão
Além de atender a uma demanda dos órgãos de defesa animal e se alinhar a políticas internacionais, a medida foi bem recebida por algumas das maiores empresas de higiene e cosmética do país. A Natura, por exemplo, não testa em animais desde 2006 e conta com a certificação do Programa Leaping Bunny, da Cruelty Free International, e da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals).

A multinacional brasileira não precisará se adequar, uma vez que a aplicação de métodos alternativos “já é uma realidade há 17 anos por meio de investimentos robustos em inovação e tecnologia para o desenvolvimento de metodologias substitutivas a testes em animais, algumas inéditas no Brasil”, diz Roseli Mello, líder global de Pesquisa e Desenvolvimento da Natura.

Um dos modelos de avaliação de segurança desenvolvidos pela Natura, em parceria com o LnBio (Laboratório Nacional de Biociências do CNPEM — Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), é o human-on-a-chip, no qual são combinados miniórgãos biofabricados em laboratório e que mimetizam tecidos de órgãos humanos, criando um sistema microfisiológico que reproduz o funcionamento do organismo.

O sistema miniaturizado é ativado por um fluxo de líquidos e soluções entre os miniórgãos que imita a circulação sanguínea e permite aos cientistas avaliar o efeito de um produto ou ingrediente tanto dentro do corpo (órgãos) quanto fora (pele), ao mesmo tempo.

Em 2019, a L´Oreal inaugurou um laboratório de bioengenharia de tecidos que produz pele reconstruída para testes em produtos. | Foto: Samuel Allard | Laboratório Episkin
As marcas The Body Shop e Avon, que compõem a holding Natura &Co, também não realizam testes em animais, utilizando-se de variados métodos alternativos para garantir a segurança das formulações, como testes in vitro, modelos computacionais avançados, pele sintética 3D criada em laboratório e testes de alergia em voluntários humanos.

Pioneira no ativismo contra testes desta natureza, em 2021, a The Body Shop anunciou que se tornará 100% vegana com todos os seus produtos certificados pela The Vegan Society até este ano. Atualmente, mais da metade da meta foi alcançada e seu portfólio é 60% vegano.

Já a Avon foi reconhecida pela PETA ao entrar na lista de empresas que trabalham por mudanças regulatórias. Em 2019, tornou-se a primeira empresa global de beleza com operações na China a eliminar completamente os testes em animais para todos os ingredientes, em todas as linhas de produtos, em qualquer lugar no mundo.

*Com informações de Daniella Longuinho | Rádio Nacional
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Fonte: ciclovivo

Até uma pequena rachadura em uma panela de teflon pode liberar inúmeras partículas de plástico

Recentemente, um estudo revelou que o contato de utensílios de cozinha, como panelas e frigideiras revestidas de teflon, pode liberar um grande número de partículas de plástico em nossos alimentos. Mesmo uma pequena rachadura no revestimento antiaderente pode liberar até 9.100 partículas de plástico.

Um recente estudo divulgou que após o contato com utensílios de cozinha, pequenas partículas de plástico podem estar penetrando em nossos alimentos. A pesquisa mostrou que uma pequena rachadura em uma panela revestida de teflon pode liberar até 9.100 partículas. Panelas e frigideiras antiaderentes cobertas com Teflon podem perder gradualmente o revestimento à medida que são usadas e lavadas, o que pode ser um problema durante o preparo das refeições. Embora seja difícil medir a quantidade de plástico liberada, a nova pesquisa analisou microplásticos (menores que 5 milímetros ou 0,2 polegadas) e nanoplásticos (milhões de vezes menores ainda) e concluiu que podemos estar lidando com um número substancial de fragmentos de plástico ao longo do tempo.

Para avaliar o risco, a equipe usou uma técnica de imagem Raman para estudar os microplásticos e nanoplásticos em um revestimento de Teflon em nível molecular por meio de espalhamento de fótons. Eles também aplicaram algoritmos personalizados para calcular quanto desse revestimento pode se soltar e chegar aos alimentos. Para simular o processo de cozimento, os pesquisadores cortaram as panelas revestidas de teflon em pedaços pequenos e moveram torneadores de diferentes materiais (aço inoxidável, lã, plástico e madeira) contra o utensílio de cozinha em modas de cozinhar por um determinado período de tempo.

Os pesquisadores descobriram que um revestimento quebrado pode fazer com que até 2,3 milhões de partículas minúsculas sejam liberadas durante a preparação da refeição, de acordo com os números. Além disso, o Teflon (ou politetrafluoretileno) está na família dos chamados “produtos químicos para sempre” que permanecem no meio ambiente: as substâncias per e polifluoroalquil (PFAS) que têm sido associadas a uma variedade de problemas de saúde.

Embora ainda haja dúvidas sobre quão comum e perigosa essa liberação de microplásticos e nanoplásticos pode ser, os pesquisadores estão pedindo mais investigações sobre os possíveis efeitos de contaminação durante o cozimento. Pode ser que panelas e frigideiras mais antigas devam ser descartadas após um certo tempo ou que os revestimentos de Teflon possam ser mais resistentes ao desgaste pelo qual passam enquanto são lavados e usados. Apesar de ainda haver muitas dúvidas sobre o assunto, a equipe de pesquisa reconhece que essa área pode ser melhorada no futuro com mais pesquisas. O estudo foi publicado na Science of The Total Environment e especialistas alertam para a importância de se ter cuidado ao selecionar e usar utensílios de cozinha para evitar a contaminação dos alimentos.

*Por Ademilson Ramos
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Fonte: engenhariae

Por que o Brasil tem a população mais ansiosa do mundo

Coração acelerado antes de uma prova, nervosismo em uma reunião importante ou mãos suando no primeiro dia de trabalho. Provavelmente, você já sentiu algum desses sintomas.

Agora, se você está com dificuldades recorrentes para dormir, fica sem ar em uma reunião importante e não consegue se concentrar no trabalho por somente pensar no pior deve ficar atento. O que acredita ser normal pode ser um distúrbio psiquiátrico e exige avaliação médica.

Quando não tratada corretamente, a ansiedade pode virar uma adversidade e desencadear outros transtornos mentais, como a depressão, que acomete aproximadamente 300 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Aos 19 anos, a estudante Julia de Mello Precioso representa um dos 18,6 milhões de brasileiros que possuem transtorno de ansiedade.

“No começo, me sentia desmotivada, meu coração ficava extremamente acelerado, tinha falta de ar, mudanças drásticas de humor. Mas ao passar do tempo esses sintomas foram aumentando e chegou no ponto deu somente chorar e não ter vontade de socializar.”

Histórias como a dela estão sendo cada vez mais comuns no mundo, principalmente, após a pandemia do coronavírus. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que no primeiro ano da pandemia de Covid-19, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%.

“Uma das principais explicações para esse aumento é o estresse sem precedentes causado pelo isolamento social decorrente da pandemia, além das restrições à capacidade das pessoas de trabalhar, busca de apoio de familiares e vida social ativa. A solidão, medo de se infectar, sofrimento e morte de pessoas próximas foram fatores estressores que levaram à ansiedade e depressão”, disse Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

De acordo com o último grande mapeamento global de transtornos mentais, realizado pela OMS, o Brasil possui a população com a maior prevalência de transtornos de ansiedade do mundo.

Para se ter uma ideia, aproximadamente 9,3% dos brasileiros sofrem de ansiedade patológica. Em seguida, aparece o Paraguai (7,6%), Noruega (7,4%), Nova Zelândia (7,3%) e Austrália (7%).

“O Brasil tem uma alta taxa de violência, que faz muitas pessoas saírem de casa com o receio de serem assaltadas. Receio que gera ansiedade”, apontou Rafael Boechat, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB).

Especializada em acolher pacientes com transtornos mentais, a psicóloga Adriana Botarelli conta que as próprias dificuldades econômicas contribuem para o alto número de pessoas ansiosas.

“A maior parte da população do Brasil tem pouco acesso a serviços de saúde mental, muitas horas de trabalho por dia, inseguranças quanto ao futuro e pouca qualidade de vida. Todos esses fatores trazem sentimentos de medo, preocupação e angústia.”

Já Gerardo Maria de Araújo Filho, professor do departamento de ciências neurológicas, psiquiatria e psicologia médica da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), acredita que o uso excessivo de computadores e smartphones também explica a alta prevalência de ansiedade no Brasil.

“A rede social gera uma série de cobranças nas pessoas. Você praticamente começa a querer ser magro e esportista como o influenciador.”

Um estudo realizado pela Canadian Journal of Psychiatry comprovou que, quanto maior o uso de telas, maior o nível de ansiedade.

Ao mesmo tempo, um relatório lançado pela empresa de análise de mercado digital App Annie apontou que o Brasil lidera o pódio dos países com pessoas que mais passam tempo conectadas.

Para se ter uma ideia, o brasileiro passa, em média, quase cinco horas e meia por dia diante de seus aparelhos.

Trata-se, ao lado da Indonésia, do maior volume de uso de celulares entre os 17 países analisados no relatório (que também engloba Coreia do Sul, México, Índia, Japão, Turquia, Singapura, Canadá, EUA, Rússia, Reino Unido, Austrália, Argentina, França, Alemanha e China), com base em dados coletados das lojas online iOS App Store, Google Play e outras.

Crianças são mais vulneráveis
Entre as faixas etárias mais vulneráveis a ter o diagnóstico de transtorno de ansiedade, crianças e adolescentes aparecem na liderança.

Contudo, especialistas ouvidos pela BBC News Brasil ressaltam que todas as pessoas ao decorrer da vida são suscetíveis a ter o diagnóstico de algum transtorno de ansiedade.

João*, por exemplo, adorava brincar com os amigos, ir para a escola e passear com a família. Com a pandemia, tudo mudou e o menino de 13 anos precisou ficar mais tempo recluso em casa.

Foi quando a mãe percebeu o adolescente mais irritado, medroso e com preocupações excessivas. Era os primeiros sintomas da ansiedade patológica.

“Minha mãe percebeu que realmente precisava de ajuda quando comecei a me isolar e não sentir mais vontade de fazer atividades que gostava. Passei a ter um receio enorme que algo ruim iria acontecer, como alguém da minha família adoecer”, relata o adolescente.

Assim como João* diversos outros jovens foram diagnosticados, em 2022, com ansiedade no Brasil.

Um mapeamento feito pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, mostrou que 69% dos estudantes da rede estadual paulista relataram ter sintomas de ansiedade ou depressão durante as atividades remotas impostas pela pandemia.

“A ansiedade é mais comum na infância e adolescência, porque a pessoa ainda não conhece o mundo. É uma fase que o ser humano ainda está em desenvolvimento e a criança está extremamente vulnerável ao que acontece. Assim, uma briga dos pais em casa, por exemplo, pode despertar um quadro de ansiedade no filho”, afirma Gerardo Maria de Araújo Filho, professor da Famerp.

Ênio Roberto de Andrade, diretor do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital das Clínicas de São Paulo diz que, geralmente, o sinal de alerta indicando não ser uma ansiedade normal, mas um transtorno de ansiedade é a influência dos sintomas na vida da pessoa.

“O tratamento mais indicado para a ansiedade na infância e adolescência é a terapia cognitiva comportamental (TCC), caso ela não funcione associa-se tratamento farmacológico. Em adulto, também vale iniciar com TCC, entretanto, geralmente o início com farmacoterapia é muito frequente”, pontuou.

Como evitar um transtorno de ansiedade
Pesquisas apontam que a ansiedade patológica está diretamente relacionada ao processo de aprendizado, ambiente que o indivíduo está inserido ou fatores genéticos do paciente.

Em alguns casos, como no processo de aprendizado, ela pode ser evitada a partir da orientação de pais e educadores.

“Um exemplo são mães que não deixam o filho fazer um inúmeras coisas por medo de que ele se machuque”, explicou Ênio.

Na parte ambiental, a recomendação para diminuir as chances de crianças terem ansiedade patológica é o de preparar um ambiente menos ansiogênico, ou seja, sem “gatilhos”.

Em contrapartida, quando a ansiedade é oriunda de fatores genéticos não há o que fazer para evitar, mas apenas procurar orientação médica.

“Sempre que os sintomas começam a atrapalhar a vida da pessoa, é a hora de buscar um psiquiatra para uma avaliação do quadro. Ansiedade e tristeza são características normais do ser humano, mas a partir do momento em que nos impedem de sair de casa, trabalhar, levar uma vida social ativa, nos relacionar com outras pessoas, devemos procurar auxílio”, afirmou Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Psicofobia atrapalha
Um dos grandes desafios no combate as altas taxas de ansiedade é o forte estereótipo existente sobre os transtornos mentais. No Brasil, o preconceito em relação a pessoas que sofrem com distúrbios psiquiátrico é conhecido como psicofobia.

Jorge* lembra bem de quando teve sintomas do transtorno de ansiedade na adolescência e encontrou resistência dentro de casa para procurar ajuda especializada.

“De início, minha mãe me levou em um centro espírita. Meio que relutou em me levar no médico, mas como os sintomas persistiram marcamos uma consulta com um psiquiatra. Foi quando descobri que estava com transtorno de ansiedade.”

A psicóloga Adriana Botarelli acredita que desmitificar a saúde mental e popularizar a ideia de procurar ajuda especializada é o caminho para o Brasil conseguir superar a alta incidência de ansiedade.

“Muitas pessoas ainda consideram tabu falar sobre transtornos mentais e acabam não cuidando de transtornos, seja por medo de serem chamados de ‘loucos’ por fazer tratamento psicológico e psiquiátrico, ou ainda por medo de medicação, acreditando que ficarão viciados ou sedados.”

Já Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), afirma que o ideal é que desde cedo crianças e adolescentes possam falar abertamente sobre saúde mental nas escolas e em casa, para que cresçam sem o estigma recorrente entre pessoas idosas.

“Precisamos de políticas públicas que estimulem os cuidados e a quebra desse estigma. Somente desta forma o portador de doença mental poderá viver de forma independente e autônoma, tendo oportunidades de trabalho, perseguindo suas metas e usufruindo de oportunidades com dignidade e plena inserção social”, falou Silva.

Para quem convive com a ansiedade, atualmente, de forma harmônica, o segredo é não negar os seus sentimentos.

“Hoje, voltei a praticar exercícios físicos, consigo controlar mais meus pensamentos e identificar quando estou ansiosa. A ajuda de um profissional e força de vontade são cruciais”, afirmou Julia.

Já Gerardo afirma que mais importante do que frequentar a terapia é o paciente reconhecer como usar a ansiedade ao seu favor.

“A grande questão não é ter ou não a ansiedade, mas a intensidade dela. Eu sempre falo que de 0 a 10, uma ansiedade 3 a 3,5 é uma ansiedade ‘do bem’. Que é aquela dose de ansiedade que precisamos para realizar nossas atividades. Quando passa disso já é um sinal de alerta.”

Tipos de transtornos ansiosos
Transtorno de ansiedade generalizada: tem como principal característica a preocupação excessiva e generalizada sem motivos óbvios em situações do dia a dia. Ou seja, o paciente fica sempre antecipando que algo de ruim vai acontecer, permanecendo em um estado de constante preocupação.

Transtorno de pânico: tem como principal característica uma sensação de medo intensa e repentina seguida por sintomas físicos (aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração, suor frio, falta de ar, tontura, tremores, entre outros). Esses episódios podem acontecer a partir de qualquer momento, durando até 30 minutos.

Transtorno de ansiedade social: quem tem transtorno de ansiedade social, ou fobia social, tem intensa dificuldade em interagir com outras pessoas. Isso pode se referir desde a uma conversa com um grupo ou até mesmo a apresentação de um trabalho para a turma em ambiente de ensino. Dessa forma, o gatilho para o surgimento dos sintomas típicos da ansiedade costuma transitar na área da socialização. Dessa forma, a fobia social contribui pra que o paciente busque se isolar cada vez mais, evitando as suas fontes de angústia.

Agorafobia: é o transtorno de ansiedade relacionado a estar em situações ou locais sem uma maneira fácil de escapar. Em geral, trata-se de casos sem um perigo iminente óbvio, mas, mesmo assim, a pessoa se sente angustiada em busca de uma saída. Um dos casos mais comuns de agorafobia costuma ser o de não suportar ficar em locais lotados ou muito fechados, como dentro de um ônibus ou avião. Quem sofre com esse transtorno também costuma não se sentir bem em elevadores e demais espaços pequenos.

Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT): tem como principal característica as lembranças recorrentes e intrusivas de um acontecimento que foi altamente angustiante para o paciente. Esse episódio traumático pode ser desde um acidente até a morte de um ente querido. O que diferencia o TEPT de um quadro de choque ou tristeza convencional é a prevalência dos seus sintomas, que vão de dificuldades para dormir até hipervigilância.

Transtorno de estresse agudo: a principal diferença do transtorno de estresse agudo para os demais tipos de ansiedade é que ele geralmente ocorre a partir da vivência ou testemunho de um evento traumático específico. Assim, o paciente fica revivendo aquele acontecimento e se angustiando com ele de maneira constante. Por ser um quadro agudo, ele não costuma durar muito tempo. Em até um mês, os sintomas geralmente se amenizam. No entanto, ainda assim é válido obter o diagnóstico de um especialista para avaliar o caso e contar com o tratamento adequado.


Mutismo seletivo:
se caracteriza principalmente pela incapacidade de se comunicar verbalmente em situações sociais. O caso é diferente da fobia social, ou transtorno de ansiedade social, porque geralmente costuma cessar antes da adolescência ou vida adulta.


Transtorno de ansiedade de separação:
aquela sensação de ter saudades de casa pode se manifestar de maneira muito mais grave na forma do transtorno de ansiedade de separação. Nesse caso, o paciente passa por sensações de angústia e desespero ao se separar de um ambiente que considera familiar e agradável.

Transtorno de ansiedade induzido por substância: o uso de substâncias específicas também pode ocasionar quadros de transtorno de ansiedade. Isso vale desde o caso de medicamentos convencionais até drogas perigosas, como é o caso de cocaína, heroína, maconha, entre outras.

*A reportagem resguardou os nomes verdadeiros de João e Jorge.

*Por Rone Carvalho
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*Fonte: bbc-brasil

Cientistas criaram um novo tipo de farinha que mantém a sensação de saciedade por mais tempo

A farinha de amido resistente é um novo tipo de farinha de trigo integral que tem ganhado destaque por promover a sensação de saciedade por mais tempo, auxiliar na perda de peso, regular os níveis de açúcar no sangue e melhorar a saúde intestinal.

A farinha é um ingrediente essencial em muitos alimentos básicos em todo o mundo. No entanto, algumas pessoas se sentem com fome apenas algumas horas depois de consumir uma refeição que contenha farinha, o que pode levar a comer demais e ganhar peso. Os cientistas recentemente criaram um novo tipo de farinha que pode ajudar a combater esse problema, mantendo a sensação de saciedade por mais tempo.

Farinha de amido resistente e a ciência por trás disso:
Este novo tipo de farinha é feito de trigo integral e é conhecido como “farinha de amido resistente”. O amido resistente é um tipo de carboidrato que resiste à digestão no intestino delgado, ou seja, passa para o intestino grosso sem ser quebrado em glicose. Uma vez no intestino grosso, o amido resistente é fermentado por bactérias intestinais e produz ácidos graxos de cadeia curta. Esses ácidos graxos são então absorvidos na corrente sanguínea e ajudam a promover a sensação de saciedade.

“Em um momento em que todos somos encorajados a aumentar nossa ingestão de fibras, este estudo destaca a importância da forma física da fibra, como paredes celulares intactas, retardando a digestão do amido, melhorando os níveis de glicose no sangue e simulando os hormônios da saciedade nos ajudam a nos sentirmos satisfeitos. ”, diz o bioquímico Peter Ellis , do King’s College London, no Reino Unido.


Os benefícios da farinha

Comer alimentos contendo farinha de amido resistente pode ter uma variedade de benefícios. Ele pode ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue, reduzir os níveis de colesterol e auxiliar na perda de peso. Um estudo descobriu que pessoas que consumiam alimentos contendo farinha de amido resistente se sentiam mais saciadas por mais tempo e comiam menos calorias ao longo do dia. Outro estudo descobriu que consumir farinha de amido resistente ajudou a reduzir a resistência à insulina e melhorar a saúde intestinal.

Além desses benefícios, a farinha de amido resistente também é benéfica para o meio ambiente. O trigo integral é usado para fazer esse tipo de farinha, que é mais sustentável e ecologicamente correta do que outros tipos de farinha.

Para concluir
Em geral, a criação de farinha de amido resistente é um desenvolvimento empolgante na indústria de alimentos. Sua capacidade de manter as pessoas mais saciadas por mais tempo e promover uma série de benefícios à saúde é um passo significativo na luta contra a obesidade e outros problemas de saúde. À medida que mais pesquisas são realizadas, é provável que vejamos mais produtos no mercado contendo esse novo tipo de farinha.

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*Fonte: revistasabersaude

8 Formas práticas e peculiares para cuidar de sua saúde mental

Proteger a saúde mental é fundamental para a nossa qualidade de vida e bem-estar geral. Ela afeta como pensamos, sentimos e agimos em nossa vida diária e, quando nossa cabeça não vai bem, pode levar a problemas como ansiedade, depressão, problemas de relacionamento e dificuldade para lidar com as demandas do dia a dia.

A saúde mental também está relacionada à saúde física, e problemas mentais podem ter efeitos negativos no corpo, como aumento da pressão arterial e risco de doenças cardíacas. Além disso, problemas de saúde mental podem afetar a capacidade de uma pessoa de seguir com suas atividades diárias, incluindo trabalho e estudo, e podem ter um impacto significativo na qualidade de vida.
Proteger sua saúde mental envolve desenvolver habilidades para lidar com o estresse, gerenciar emoções e manter relacionamentos saudáveis.

Continue lendo este artigo para descobrir dicas práticas e interessantes para se sentir bem e lidar melhor com a vida diária!

1. Tenha pessoas boas por perto
Manter fortes conexões familiares e sociais é importante para a nossa saúde mental e bem-estar. Faça planos com familiares e amigos próximos, ou busque atividades que lhe possibilitem conhecer novas pessoas, como grupos de interesse, classes ou clubes.

2. Preste atenção em como você se comunica com os outros
Para proteger sua saúde mental, é importante prestar atenção na maneira como você se comunica com os outros. Comunicação eficaz é essencial para construir relacionamentos saudáveis e lidar com as emoções de forma positiva.

Uma maneira de se comunicar de maneira saudável é encontrar maneiras de se afirmar. Muitas vezes, as pessoas reprimem suas emoções e sentimentos, o que pode levar a problemas mais tarde. Ao aprender a se expressar de maneira clara e respeitosa, você pode se sentir mais confiante e seguro em suas relações.

Outra maneira de se comunicar de maneira saudável é expressar gratidão pelas pessoas em sua vida. Agradecer e mostrar apreciação por aqueles que você ama pode ajudar a construir relacionamentos mais fortes e deixá-lo mais feliz e saudável.

Além disso, é importante limitar o tempo gasto nas redes sociais. Usar as configurações do telefone para estabelecer limites pode ajudar a evitar a comparação social e as pressões da vida online, o que pode ser prejudicial para a sua saúde mental.

Em vez disso, é importante passar mais tempo com pessoas reais e fazer atividades que você possa desfrutar fora da tela.

3. Doe-se
Dedique algum tempo e energia para ajudar os outros. Isso pode lhe proporcionar uma sensação de realização e propósito, além de ser uma ótima oportunidade para conhecer novas pessoas. Explore ideias sobre como ajudar em projetos comunitários ou voluntariado em organizações de caridade.

4. Cuidado com o que você come
Alimentos e bebidas açucaradas podem nos proporcionar uma sensação de conforto temporário, mas também podem nos deixar exaustos ou nervosos. A cafeína presente em bebidas como café, chá ou bebidas energéticas também pode ter esse efeito.

Uma dieta equilibrada e rica em vegetais e frutas é fundamental para uma boa saúde física e mental. Como comemos também é importante, fazer refeições com outras pessoas pode ajudar a desenvolver relacionamentos saudáveis com familiares, amigos, parceiros e colegas. Isso é fundamental para proteger a saúde mental e prevenir problemas.

É importante estar ciente de como a comida se relaciona com nossos sentimentos. Algumas pessoas podem comer demais ou de menos quando estão tristes ou ansiosas. Se esse é o seu caso, pode ser útil conversar com alguém em quem confia e buscar apoio profissional se necessário.

5. Valorize a si mesmo
Trate-se com bondade e respeito, evitando a autocrítica excessiva. Encontre tempo para seus hobbies e projetos favoritos ou amplie seus horizontes, seja por meio de atividades como resolver palavras-cruzadas diariamente, plantar um jardim, fazer aulas de dança, aprender a tocar um instrumento ou se tornar fluente em outro idioma.

6. Expanda sua mente
Muitas vezes, ficamos presos em nossas rotinas e formas de pensar, seja sobre como gastamos nosso tempo ou sobre nós mesmos e o mundo, com nossas expectativas influenciando o que realmente acontece, tanto positiva quanto negativamente.

Por exemplo, podemos dizer a nós mesmos frases como “as coisas nunca melhoram” ou “sou inútil” como resposta ao que os outros nos disseram.

É importante estar ciente desses pensamentos e tentar experimentar novos pensamentos, como “posso mudar as coisas para melhor” e “há tanto que posso fazer”. A vida pode se tornar mais interessante, emocionante e gratificante quando estamos abertos a experimentar coisas novas e dispostos a mudar nossas rotinas.

Isso pode ser tão simples quanto trocar o que você come no café da manhã ou mudar o caminho que você anda com seu cão de estimação. Pode também envolver um pouco mais de planejamento, como uma viagem de aventura.

Ao experimentar coisas novas, podemos descobrir lugares novos que vamos amar, talentos que não sabíamos que tínhamos ou conhecer pessoas legais e interessantes. Tudo isso não somente faz bem para nossa saúde mental como, também, para nosso corpo.

7. Reserve dois minutos para se concentrar no mundo ao seu redor
Isso pode ajudá-lo a se desconectar dos pensamentos constantes e a se reconectar com o presente. Uma dica é simplesmente fazer três respirações lentas e profundas. Pare e sinta seus pés no chão, e pergunte a si mesmo:

Quais são as cinco coisas que eu posso ver agora?
Quais são as quatro coisas que eu posso ouvir?
Qual é o cheiro que eu posso sentir?
Qual é a sensação de tocar meus joelhos ou qualquer outra coisa à minha volta?
Qual é a sensação debaixo dos meus dedos?
Essa técnica ajuda a trazer a atenção para o momento presente e alivia o estresse e ansiedade.

8. Não hesite em buscar ajuda profissional
Por fim, se você estiver enfrentando dificuldades para lidar com o estresse ou qualquer outra coisa que possa prejudicar sua saúde mental, é importante procurar ajuda profissional.

Lembre-se de que não está sozinho e há recursos disponíveis para apoiar seu bem-estar emocional. Não se sinta envergonhado ou hesite buscar por auxílio, é um passo importante para cuidar de sua vida de forma geral.

*Por Denisson Antunes Soares
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*Fonte: megacurioso

Melatonina: entenda quando o “hormônio do sono” pode ser usado

Apesar da venda liberada em farmácias no Brasil, especialistas pedem atenção para o uso da substância, que é responsável pelo nosso relógio biológico

Desde o final de 2021, as farmácias brasileiras podem vender o hormônio melatonina em forma de suplemento alimentar – em comprimidos ou em gotas – sem a necessidade de prescrição médica, graças à autorização dada em outubro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até então, a venda da substância só era permitida em farmácias de manipulação e com prescrição médica. Apesar da liberação, é preciso ter cautela no uso da substância.

Popularmente chamada de “hormônio do sono”, a melatonina é um neuro-hormônio produzido naturalmente pelo corpo humano e secretado pela glândula pineal, localizada na base do cérebro. Ela é responsável pelo ritmo circadiano – o ciclo de vigília e de sono (relógio biológico).

Segundo a neurologista Dalva Poyares, especialista em medicina do sono, pesquisadora do Instituto do Sono de São Paulo e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o apelido de “hormônio do sono” surgiu porque o pico de produção da melatonina, e o aumento dos seus níveis no organismo, ocorre no período noturno. “Ela promove uma sinalização para o nosso corpo de que está na hora de dormir. É o famoso ‘deu minha hora’”, explica a médica.

Ainda segundo a professora, não há nenhuma diretriz que indique a melatonina como tratamento da insônia. A necessidade de suplementação ocorre em poucos casos, principalmente quando há distúrbios do ritmo circadiano. “Alguns exemplos são dificuldade de dormir no horário em que está acostumado; pessoas com alguns tipos de doenças neurodegenerativas; algumas doenças psiquiátricas; diferenças bruscas de fuso horário. Nesses casos, existe um benefício para a indicação do tratamento ou com melatonina ou com medicamentos agonistas do sistema da melatonina”, explica, reforçando que o tratamento não é só esse. “A pessoa precisa se expor à luz do dia para o organismo voltar a entender que é dia.”

Cuidados no uso

Na autorização da venda da substância em forma de suplemento alimentar, a Anvisa restringiu o uso exclusivamente a pessoas com mais de 19 anos e limitou o consumo diário ao máximo de 0,21 mg/dia. Também determinou que as embalagens contenham advertência de que o produto não deve ser consumido por gestantes, lactantes e crianças. Pessoas com alguma doença devem consultar o médico e não se automedicar.

Uma das preocupações sobre o uso do hormônio sem controle é que não existe um consenso de quais níveis de melatonina demonstrariam um déficit no organismo e uma necessidade de suplementação. “Na vitamina D, por exemplo, conseguimos dosar os níveis no sangue e suplementar quando é necessário. Com a melatonina não funciona assim. O próprio envelhecimento faz diminuir os níveis no organismo. Dependendo da hora do dia, os níveis despencam. Então não existe um valor oficial que é considerado déficit”, explica Poyares.

Outro fator que preocupa é que, apesar de a Anvisa ter limitado o consumo diário a uma dosagem próxima do que é produzido naturalmente pelo organismo, é possível encontrar produtos importados com dosagens entre 5 mg e 10 mg – muito acima do aprovado para uso no Brasil, de 0,21 mg. “Não existe sequer uma padronização de doses para tratamento. As pessoas consomem doses suprafisiológicas e não sabem o que pode acontecer”, afirma a especialista, destacando que o único estudo multicêntrico com um análogo da melatonina mostrou um benefício para consumo de até 2 mg da substância.

Apesar das ponderações, a professora considerou importante a aprovação da Anvisa para padronizar, tornar seguro e regulamentar o consumo desta substância no Brasil. “As pessoas estavam formulando ou importando melatonina de fontes desconhecidas e não regulamentadas aqui. Então, se existe esse consumo no país, é melhor que as pessoas consumam um produto autorizado pela nossa agência reguladora. Ainda que sem indicação, as pessoas vão consumir a melatonina de qualquer forma. Por isso é melhor que seja de uma fonte confiável”, completou.

*por Fernanda Bassette
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*Fonte: revistagalileu /(Fonte: Agência Einstein)

Viver próximo à natureza pode retardar Alzheimer e Parkinson

Novo estudo aponta mais potenciais benefícios das áreas verdes e azuis

Andar em trilhas e parques, sentir o cheiro do mato, ouvir os pássaros e contemplar os patos e gansos de um lago. Viver em uma área com fácil acesso a parques e rios pode contribuir para reduzir as hospitalizações relacionadas a doenças neurodegenerativas, tais como: Parkinson, Alzheimer e demências relacionadas.

A constatação é de um novo estudo que revisou os registros hospitalares de quase 62 milhões de membros do Medicare, o sistema de seguros de saúde gerido pelo governo dos Estados Unidos, entre 2000 e 2016. Dos mais de 60 milhões de norte-americanos analisados, cerca de 55% eram mulheres e cerca de 84% eram brancos. Todos tinham entre 65 e 74 anos de idade quando entraram no grupo de estudo.

O foco da pesquisa não foi avaliar o risco inicial dos participantes desenvolverem alguma das doenças neurológicas, mas sim a progressão de tais doenças. A conclusão foi que o aumento da exposição à natureza pode diminuir as chances das patologias progredirem rapidamente.

O estudo também revelou que a quantidade de áreas verdes faz diferença: quanto mais verde é o ambiente ao redor de um idoso, menor o risco de hospitalização por qualquer doença neurológica.

Como foi realizado o estudo
Ao longo dos 16 anos do estudo, quase 7,7 milhões foram hospitalizados por Alzheimer ou outras formas de demência, e quase 1,2 milhão foram hospitalizados por Parkinson. Os pesquisadores compararam o CEP de cada paciente com o impacto de três tipos diferentes de ambientes naturais: parques, cursos de água e a quantidade de vegetação geral presente, como árvores, plantações ou grama.

No caso do Alzheimer, não foram encontradas evidências de menor hospitalização entre os que viviam em áreas com mais parques e cursos de água, mas o risco caiu entre os que viviam em áreas com mais vegetação em geral.

Já em relação à doença de Parkinson, os resultados foram mais promissores. Todos os tipos de natureza – vegetação, parques e lagos, rios ou à beira-mar – foram relacionados ao menor risco de hospitalização.

Benefícios da exposição à natureza
Apesar de constatar o potencial benefício da natureza de evitar uma primeira visita ao hospital, entre os que possuem doenças neurodegenerativas, o foco do estudo não foi encontrar os motivos desta associação. No entanto, o principal autor Jochem Klompmaker, pesquisador de pós-doutorado na Harvard School of Public Health, em Boston, ressalta que pesquisas anteriores mostraram que ambientes naturais – como florestas, parques e rios – podem ajudar a reduzir o estresse.

Pablo Navarrete-Hernandez, professor de arquitetura paisagística na Universidade de Sheffield, na Inglaterra, que revisou as descobertas, concorda com a teoria. “Pesquisas mostram que os espaços verdes desencadeiam emoções positivas das pessoas, como a felicidade, e reduzem as emoções negativas, como a raiva, todas relacionadas a níveis mais baixos de estresse”, diz. “Experiências de laboratório também mostram que a exposição à natureza após eventos estressantes ajuda a reduzir as respostas do corpo ao estresse”, completa.

Para o especialista, tais fatos podem ter uma relação direta com o desenvolvimento de Alzheimer, uma vez que estudos já indicaram que altos níveis de cortisol reduzem o volume do hipocampo, uma área do cérebro crítica para controlar a resposta do corpo ao estresse e executar funções essenciais de memória.

“Além disso, os ambientes naturais fornecem ambientes para atividades físicas e interações sociais e podem reduzir a exposição à poluição do ar, calor extremo e ruído do tráfego”, afirma Klompmaker. Fatores que indiretamente podem estar associados a doenças que atacam o sistema nervoso. Há, por exemplo, pesquisas que associam a poluição do ar a um maior risco de Alzheimer e demência.

Por fim, quem vive próximo a espaços mais verdes tende a ser mais ativo fisicamente. No caso do Parkinson, a atividade física é um fator importante para preservar a função motora a longo prazo.

Resumindo, os benefícios da natureza para quem sofre com Alzheimer e/ou Parkinson estão na redução da exposição à poluição do ar, ao ruído, ao calor e ao estresse; melhor capacidade de concentração e facilitação de comportamentos saudáveis, como atividade física e interação social.

As descobertas do estudo podem ser lidas, em inglês, na revista JAMA Network Open.

*Por Marcia Sousa
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*Fonte: ciclovivo

Saiba como usar as redes sociais a favor da sua saúde

As redes sociais estão presentes no nosso dia a dia de forma intensa. Mas como fazer para que elas não nos façam mal?

As redes sociais estão cada vez mais presentes nas nossas vidas. Passamos muito tempo conectados compartilhando algum conteúdo ou apenas consumindo, acompanhando a vida de outras pessoas ou trocando mensagens com amigos distantes. No entanto, ter uma relação saudável com as redes é uma coisa um tanto desafiadora. Uma pesquisa realizada pela Associação de Psiquiatras dos Estados Unidos constatou que mais de um terço dos usuários considera que as redes atrapalham sua saúde mental.

Ainda há outros estudos que associam o uso frequente e desmedido das plataformas a doenças psicológicas, como ansiedade e depressão, por exemplo. Mas, por outro lado, esses lugares possuem algumas vantagens, como a facilidade de obter uma notícia, o contato com amigos distantes e a possibilidade de trocar mensagens instantâneas. Para garantir um bom uso saudável, existem algumas dicas muito importantes que preparamos.

Como usar as redes sociais de forma saudável

1. É preciso desconectar
Os aplicativos de celular são programados para nos manter cada vez mais ligados. Por isso eles notificam tudo o que acontece, querendo nossa atenção. No entanto, esta dependência em saber de tudo o tempo inteiro pode causar um distúrbio chamado FOMO (Fear of Missing Out) ou “medo de estar perdendo algo”, em tradução livre.

Então, o recomendado é desativar as notificações dos aplicativos, principalmente das redes sociais, como Instagram e Facebook. Além disso, é bom estabelecer horários e janelas de tempo para acessá-los. Quando for dormir, por exemplo, desligue a internet e coloque o celular no modo silencioso.

2. Tome cuidado com o seu ciclo online
É importante tomar cuidado com o que e com quem você compartilha algo nas redes sociais. Uma mensagem na internet sai de controle e pode tomar proporções absurdas. Evite, por exemplo, postar fotos de crianças, principalmente usando uniformes escolares. Essa informação de onde a criança estuda pode cair nas mãos de quem não deve, resultando em golpes, assaltos, sequestros e até pedofilia.

É possível trancar as redes sociais e publicar as coisas somente com um grupo de amigos, mas é importante saber filtrar as pessoas que você mantém nesse círculo fechado.

3. Cuidado para não compartilhar Fake News
Notícias falsas nas redes sociais viralizam rapidamente e estão por todo canto. Elas confundem a população e hoje são vistas como um grande problema de saúde pública, com boatos que questionam até mesmo a ciência na maioria das vezes. O caso das vacinas no Brasil, por exemplo, trouxe muitos problemas.

Compartilhar essas mentiras vai além de propagar notícias falsas, mas também pode ser malvisto por todos que estão atentos aos fatos.

4. Deixe de seguir perfis de pessoas tóxicas
Cheque sua lista de amigos e não tenha medo de deixar de seguir pessoas tóxicas. Você não precisa de gente pesando sua energia. De preferência, mantenha por perto somente as pessoas que você conhece. Não é necessário compartilhar suas coisas com quem você sequer viu alguma vez ou não tem amigo em comum.

5. Não se abale pelo número de curtidas nas redes
Um dos motivos pelos quais o Instagram está associado à ansiedade, por exemplo, é a necessidade que os jovens em específico têm de validações. Muitos deles até deletam um post quando não recebe muitas curtidas. Por isso a plataforma tirou o contador de curtidas do feed, para evitar qualquer tipo de comparação e competição.

*Por Diogo Silva
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*Fonte: Ferver / fatosdesconhecidos

Nutricionista explica o efeito do álcool no organismo

O verão chega e com isso a temporada dos churrascos na piscina, happy hour com os colegas de trabalho depois do expediente e gente bonita na praia consumindo bebidas alcoólicas aumentam neste período. Mas o ritmo intenso de consumo deste produto pode trazer consequências desagradáveis para o organismo de forma geral.

O prejuízo imediato do excesso de álcool no organismo é caracterizado por desconforto abdominal, dor de cabeça e nas articulações, inchaços no rosto e nos membros. Dor na boca do estômago, azia, náuseas e vômitos podem ocorrer pela inflamação aguda gástrica, chamada de gastrite alcoólica. Mas um dos mais prejudicados é o fígado.

A chef funcional e nutricionista Luana Rocha, da clínica e academia Cyber Cross, reforça que o álcool sobrecarrega o metabolismo e pode gerar excesso de ferritina, marcador inflamatório que gera intoxicação hepática. No verão, o risco de desnutrição é ainda maior e aumenta a procura por dietas de desintoxicação para amenizar os exageros das férias.

“O álcool ingerido é rapidamente absorvido no estômago e intestino delgado. Cerca de 20% ficam circulando no sangue e outros 80% são encaminhados para o fígado, para serem metabolizados”, aponta a nutricionista. Ela explica ainda que o fígado tem uma capacidade máxima de metabolização de cerca de dez gramas de álcool por hora, o equivalente a uma taça de vinho, uma lata de cerveja ou 50 ml de bebida destilada. “Vale destacar que enquanto o álcool não é metabolizado, circula na corrente sanguínea. Quanto maior a concentração, maior o efeito no cérebro”, lembra Luana.

A nutricionista destaca que com três taças de vinho, três latas de cerveja ou 150 ml de qualquer bebida destilada, a reação do álcool no cérebro inibe a produção de ADH, hormônio responsável por controlar o volume de água eliminado na urina.

“Com esse processo os rins deixam de reter água, fazendo a produção de urina aumentar consideravelmente. As idas ao banheiro aumentam cada vez mais, e a quantidade de água liberada na urina é maior que a ingestão da mesma consumida com as bebidas alcoólicas. Tudo isso misturado gera e leva à desidratação corporal”.

De acordo com a quantidade ingerida de álcool, o corpo continua forçando a eliminação da substância por horas, considerada tóxica pelo organismo. Enquanto esse processo é realizado, diversos subprodutos são liberados, e dão a sensação de ressaca. “Como cada dez gramas demoram uma hora para serem metabolizadas, é possível que a ressaca se estenda até o dia seguinte à bebedeira”, avisa a nutricionista.

“Por isso sempre aviso para todos que é muito importante manter-se hidratados, intercalando um copo de bebida alcoólica, com um copo de água. Se de antemão souber que vai ingerir álcool, faça uma refeição antes e evite beber em jejum. E o principal, apreciar essas bebidas com muita moderação”, completa Luana.

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*Fonte: ciclovivo

Nosso cérebro é capaz de apagar memórias ruins?

Para os seres humanos, lembrar-se de todos os detalhes de um dia comum e feliz não é exatamente a coisa mais fácil do mundo. Afinal, o tempo passa e algumas recordações vão ficando borradas, partes de uma história são perdidas e o nosso cérebro faz questão de armazenar apenas alguns trechos.

No entanto, dias trágicos são aqueles que não conseguimos esquecer nem se tentamos muito. Normalmente, os piores dias que vivemos em nossas vidas são aqueles que temos as maiores recordações e lembranças intactas. Mas será que existe algum mecanismo dentro do corpo humano capaz de obliterar essas memórias traumáticas? Veja só o que dizem os cientistas!

Por que lembramos de coisas ruins?
A memória humana tende a guardar muitas das coisas que nos acontecem durante o dia, mas muitas delas acabam sendo esquecidas inevitavelmente. Porém, é um consenso que memórias ruins são armazenadas com muito mais frequência do que as boas. Para isso, nosso sistema nervoso precisa modificar certos circuitos neurais, sintetizando proteínas e exercendo gasto energético celular.

Mas qual o motivo de gastarmos energia para guardar uma memória que certamente nos trará traumas posteriormente? De acordo com especialistas, muito disso está ligado ao fato de que essas experiências negativas estão fortemente associadas às emoções. Visto que nosso cérebro classifica memórias com base em sua utilidade, ele imagina que aquelas com forte teor emocional são mais úteis para nossa sobrevivência.

Se ficamos com muito medo de uma área perigosa do lugar onde vivemos, nosso órgão armazena essa lembrança para ativarmos um estado de alerta todas as vezes que passarmos naquele local. Contudo, quando se trata de uma experiência realmente traumática, as lembranças ruins podem gerar sequelas que afetam nossa forma de viver.


Como apagar uma memória ruim?

Estudos mais recentes feitos por pesquisadores da Universidade de York, na Inglaterra, sugerem que existem alguns fatores externos determinantes para salvarmos ou excluirmos uma memória. Por exemplo, a luz e o som, coisas que vivenciamos todos os dias, são grandes moduladores de memórias e de funções cerebrais, sobretudo quando dormimos.

O sono é essencial para o processamento de uma memória. Memórias recém-adquiridas só se transformam em memórias de longo prazo durante o repouso noturno. Dessa forma, os cientistas sugerem que estímulos auditivos e visuais poderiam ser usados em sessões de terapia do sono para “desinstalar” uma memória. Porém, esse ainda é um estudo que está em fase experimental.

Outra coisa interessante é que existem evidências científicas de que alguns medicamentos poderiam contribuir para o apagamento da memória traumática. O propranolol, usado para tratar casos de hipertensão arterial, é usado em animais de laboratório para que eles esqueçam um trauma aprendido.

A teoria dos pesquisadores é a chave do processo estaria em uma proteína que interage com nossos neurônios e determina se uma memória deve ser alterada ou não. Caso essa proteína seja degradada, as memórias se tornariam modificáveis. Porém, mais uma vez, tudo isso ainda está no campo teórico.

*Por Pedro Freitas
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*Fonte: megacurioso

Ciência comprova os efeitos do nascer e do pôr do sol sobre a mente e a saúde humana

Quem já admirou a beleza estonteante do nascer ou do pôr do sol sabe o quanto assistir a esses espetáculos naturais faz bem para nosso humor e até mesmo nossa saúde: a ciência, porém, acabou de comprovar os benefícios dessa infalível sensação positiva que tais cenas nos provocam. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, contou com 2.500 participantes para medir os efeitos de imagens da alvorada pela manhã e do crepúsculo ao fim da tarde sobre a mente humana e, assim, sobre nosso temperamento, nossas emoções e nosso bem-estar.

As imagens do nascer e do pôr do sol foram todas escolhidas como mais bonitas e prazerosas

Conduzida pelos cientistas Alexander Smalley e Mathew White, o estudo foi publicado na revista científica Journal of Environmental Psychology, e tem um nome, em tradução livre, tão extenso quanto a beleza do ir e vir do Sol: “Além do pensamento do céu azul: padrões diurnos e fenômenos meteorológicos efêmeros impactam avaliações de beleza, admiração e valor em paisagens urbanas e naturais”.

Para determinar o impacto, os participantes foram submetidos a imagens controladas do nascer e do pôr do sol, registradas tanto em ambiente rural quanto em contextos urbanos.

Ciência comprova que observar e ouvir pássaros melhoram nosso bem-estar

De acordo com o resultado do levantamento, toda imagem que mostrava elementos do crepúsculo era considerada mais bonita do que fotos de outros momentos do dia. As análises confirmaram que os eventos disparam sentimentos difíceis de serem provocados, como de admiração das pessoas, e são capazes de melhorar o humor, as emoções positivas e mesmo o comportamento social dos indivíduos, como sentimentalidades capazes de melhorar o bem-estar de quem olha o nascer e o pôr do sol de modo geral.

“Nossa pesquisa indica que acordar um pouco mais cedo para o nascer do sol ou marcar uma caminhada para ver o pôr do sol pode valer a pena o esforço. O fator ‘uau’ associado a esses encontros pode ser pequeno, mas traz solavancos significativos em sentimentos de beleza e admiração, o que poderia, por sua vez, ter impactos positivos para o bem-estar mental”, explica Smalley. Fenômenos naturais mais incomuns, como tempestades, céus brilhantes e estrelados e arco-íris também provocaram melhorias na avaliação dos participantes.

*Por Vitor Paiva
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*Fonte: hypeness