Meio Ambiente perde metade dos recursos para 2017

O Ministério do Meio Ambiente começou abril fazendo contas. O mais incisivo corte no orçamento da área ambiental federal das últimas décadas anunciado no início do mês fez acender o alerta. O orçamento previsto para este ano – atualizado em fevereiro – de R$ 782 milhões caiu praticamente pela metade (43%), restando apenas R$ 446, 5 milhões para despesas de custeio ao longo do ano.

Não estão incluídos neste valor as emendas parlamentares, que dariam mais R$129 milhões de folga. O MMA não considera que esse recurso extra venha compor seu orçamento.

Assim, a pasta terá que se desdobrar este ano se quiser manter ações essenciais como fiscalização, atividades de licenciamento ambiental, combate ao desmatamento ilegal e queimadas e gestão de unidades de conservação.

Estas atividades estão centradas basicamente no Ibama, responsável pelo controle e fiscalização, e no Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), a quem cabe gerir, por exemplo, os parques nacionais, que já vinham sofrendo com a penúria.

Mas os cortes não se restringem a estas duas autarquias da área ambiental. Atingem em cheio também o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), a Agência Nacional de Águas (ANA), o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) e o Fundo Nacional sobre Mudança no Clima (FNMC). No entanto, o Ibama e o ICMBio ficam com a maior fatia dos recursos, cerca de 70% da pasta.

Lamentável

O Diretor Executivo do WWF-Brasil, Maurício Voivodic lamentou o corte na área ambiental em um momento em que o desmatamento aumentou na Amazônia e segue em alta no Cerrado. Ele lembrou ainda que é preciso fazer todo o esforço possível para garantir o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, as ações de fiscalização e controle e os investimentos em conservação da biodiversidade.

“O momento é sensível, pois o cenário aponta para a fragilização do licenciamento ambiental, o ataque sistemático para redução de áreas protegidas na Amazônia, comprometendo um dos principais ativos do país”, comentou.

A avaliação no MMA é de que ainda é cedo para se falar em quais as atividades finalísticas ficarão mais prejudicadas com o corte. Não há dúvidas, porém, de que os recursos são insuficientes e que o impacto poderá ser sentido na ponta. Inclusive podendo comprometer metas internacionais do país nos temas da biodiversidade e do clima. Por isso a apreensão nos corredores do ministério nesta semana. O que não se pode é parar.

Por isso, o Ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, tratou de defender as ações de sua pasta. O ministro iniciou um périplo pelo Palácio do Planalto e Ministério do Planejamento para tentar garantir que não faltem os recursos para ações cruciais, tentando minimizar os efeitos do corte sobre as atividades que estão sob seu comando.

É sobre a mesa dele que batem primeiramente os números do desmatamento – que aumentou 29% no ano passado em relação ao ano anterior –, os alertas de incêndio florestal, o comércio ilegal de madeira, o tráfico de biodiversidade.

Corte raso

Os cortes orçamentários não atingem apenas a área ambiental. Além do MMA, os ministérios dos Transportes, do Esporte, do Turismo, das Cidades, da Integração Nacional e do Planejamento, Orçamento e Gestão também tiveram seus orçamentos ceifados pela metade.

O exercício no MMA também vai no sentido de identificar medidas que possam ganhar mais efetividade com menor custo. Desde a redução na quantidade de viagens feitas pelos técnicos da pasta, com maior uso de reuniões virtuais, até o planejamento de ações conjugadas com outros órgãos como a Polícia Federal, por exemplo. Vale tudo para tentar reduzir os impactos do contingenciamento de gastos.

Para dar conta das responsabilidades, os órgãos do governo terão de trabalhar de forma solidária – o que é um grande desafio em momentos de pouca verba.

Trata-se de um dos mais duros golpes no orçamento para ações de custeio no governo federal nas últimas décadas. Os efeitos são imprevisíveis.

O desequilíbrio fiscal do Brasil significa um déficit de R$ 139 bilhões – podendo chegar a R$ 200 bilhões na opinião de alguns economistas ouvidos pelo WWF-Brasil, um rombo histórico e sem perspectivas de solução no curto prazo – o que projeta um cenário futuro sombrio, infelizmente não só para a área ambiental.

Sem credibilidade, o governo não tem como atrair investimentos, nem aumentar a receita. O jeito é cortar e remediar de modo amargo para tentar tirar o paciente do estado de coma em que se encontra.

As informações são da WWF.

 

…………………………………………………………………
*Fonte: ciclovivo

Como sobreviver na selva?

Para se manter vivo em um ambiente desconhecido e hostil é preciso cuidar de oito pontos-chave: água, alimento, abrigo, fogo, corpo, orientação, deslocamento e sinalização. Além disso, alguém que se perde na selva, seja porque se desviou de uma trilha, seja porque estava a bordo de um meio de transporte que foi parar na mata, precisa ter autocontrole, uma boa dose de coragem e perseverança para superar a situação. A primeira coisa a fazer é não entrar em pânico. Com calma, vai ser mais fácil encontrar o caminho de volta.

 

Com poucos recursos e muito cuidado, é possível escapar da mata fechada

Abrigo
Construir um abrigo numa clareira é essencial para passar a noite. Para aumentar a segurança, ele deve ficar suspenso a meio metro do chão, dificultando a entrada de água e animais. Uma plataforma com galhos cruzados e sustentados por tocos de madeira fincados no chão garante a elevação

 

Água
Hidratação é vital para sobreviver, coletando água de chuva ou bebendo do rio. No primeiro caso, vale usar folhas para canalizar a água que escorre de galhos e troncos para a boca. Em casos extremos, o jeito é amarrar uma camiseta na perna para colher água do orvalho acumulado na vegetação

 

Alimento
A selva é cheia de bichos, mas não é fácil caçá-los. Se uma cobra aparecer, vale procurar pedras ou galhos e tentar encarar a refeição. Deve-se evitar vegetais com pelos, gosto amargo e seiva leitosa – características dos venenosos. Frutos bicados ou mordidos geralmente são comestíveis

 

Deslocamento
Subir numa árvore para observar o entorno evita uma locomoção desorientada. Também é importante fixar pontos de referência como rochedos ou árvores altas e com folhagem diferenciada. Marcar o caminho cortando os galhos das árvores evita que se ande em círculos e orienta equipes de resgate

 

Orientação
Localizar os pontos cardeais é uma boa maneira para se orientar. Se a mata não for muito fechada, é só esperar o Sol nascer para descobrir onde fica o leste. Estendendo o braço direito nessa direção, o esquerdo apontará o oeste. O norte estará à frente e o sul às costas

 

Corpo
Tomar banhos diários, lavando arranhões e picadas de insetos, evita infecções. Os pés devem ter atenção, já que são essenciais para a locomoção. Além de vestir camisas de mangas compridas para escapar de picadas, vale colocar as pernas da calça por dentro do calçado ou da meia – até pra dormir


Sinalização
Sinais espessos de fumaça podem ser vistos por aeronaves ao sobrevoar clareiras. Refletir raios solares com espelhos ou papel alumínio também pode garantir um resgate aéreo. Para orientar o socorro em terra, deve-se marcar setas no chão, indicando a direção tomada toda vez que se sai do acampamento

• É importante não montar o abrigo embaixo de grandes árvores para evitar a queda de galhos e de frutos grandes

• Teto e plataforma devem ser cobertos com folhas de bananeira presas com raízes ou cipós contorcidos – sem nó para não arrebentar

• Uma fogueira com 1 m de diâmetro, no máximo, evita incêndios

• Se a mata fica numa região litorânea e a ideia é escapar em direção à praia, o mais indicado é seguir para leste

• Sacuda sapatos e roupas antes de vesti-los. Isso pode livrá-lo de uma picada de aranha ou de escorpião


Fogo
Uma fogueira aquece o corpo, afasta animais e ajuda a cozinhar. Veja como fazer:

1. Parta um galho ao meio para obter uma face plana

2. Descole uma faca para fazer uma trilha na madeira

3. Esfregue uma varinha no sentido da trilha até surgir uma brasa

4. Derrame a brasa sobre os seguintes materiais na ordem indicada:

 

INGREDIENTES

Mecha de cabelo

Palha

Tecido

Papel

Gravetos

Galhos

Troncos

 

REPOUSO FORÇADO

Como agir se o avião cair na selva

Logo após o acidente, os sobreviventes devem se afastar da aeronave, esperar o motor esfriar e o combustível evaporar. Em seguida, é hora de atender os feridos. O avião pode ser usado como abrigo nos primeiros dias. Se o socorro não chegar após alguns dias, é hora de tentar sair da mata, seguindo as orientações que estão nesta matéria

É PAU, É PEDRA

Rochas, troncos ou galhos ajudam a formar códigos para orientar as equipes de resgate

Não podemos prosseguir viagem

Estamos avançando nessa direção

Precisamos de medicamentos

FONTE Manual Sobrevivência na Terra e no Mar, do Ministério da Aeronáutica, e manuais do Comando Militar da Amazônia e do IBGE. CONSULTORIA Lúcio Resende Jr., especialista em cursos de sobrevivência em ambientes hostis

…………………………………………….
*Fonte: mundoestranho

katy-perry_roar