Você não é o rei ou rainha da sinceridade, é apenas o rei ou a rainha da falta de empatia.

Todo mundo conhece alguém que se auto rotula “verdadeiro”, o “super sincero”, que não se preocupa em dizer o que pensa com sinceridade, adora uma polêmica, uma boa briga, e faz questão de dar opiniões, mesmo quando ninguém pede e não se preocupa se essas “opiniões” podem ferir ou não o outro.

Mas, você já parou para prestar a atenção que estas mesmas pessoas não conseguem escutar a opinião das outras? E geralmente se sentem ofendidas se alguém comenta algo bobo como o fato de não gostar muito da sua roupa, ou não concordar com seu gosto musical, por exemplo.

Cada pessoa tem uma forma de lidar com seus monstros internos. E esta é a forma de uma pessoa triste, carente, com uma autoestima destruída e uma necessidade extrema de atenção encontra para ser notado: cria a marca de super sincero. Na verdade, sua opinião não é uma prova de sinceridade, é uma maneira torta de conseguir a atenção que voluntariamente as pessoas ao seu redor não a dão.

Eles, inconscientemente, afastam as pessoas para validar suas cresças de que ninguém gosta deles, que ninguém aceita suas opiniões fortes e etc. Geralmente tem experiências marcantes na infância de rejeição por parte de alguém que amava muito.

O que essas pessoas não conseguem ou preferem não ver é que ferir o outro não é opinar. E que gerar atenção negativa, propositalmente, para si mesmo tem péssimos efeitos colaterais energéticos, espirituais e também aqui no mundo material.

Você contrataria para trabalhar alguém que já brigou com metade das pessoas que você conhece?

Conviveria com alguém que não se preocupa em magoar as pessoas?

Namoraria alguém impulsivo a ponto de ofender qualquer um sem se preocupar com as consequências?

Todos os grandes heróis evitavam conflitos. Principalmente quando sabiam que a batalha já estava ganha.

Um lutador faixa preta nunca bateria em alguém sem experiência com luta.

Um espadachim não entraria em uma batalha com alguém que nunca empunhou uma espada.

Um sábio não sairia argumentando ou discutindo com quem não tem o mesmo conhecimento que ele.

Todos os personagens que citei no caso acima têm, no mínimo, duas coisas em comum:

autoconfiança e empatia.

Se você precisa provar o tempo inteiro que é forte, sábio, inteligente, bonito ou qualquer outra coisa é porque você não sente que tem estas características.Se você usa da sua “sinceridade” para magoar e ferir outras pessoas, é porque você se sente tão inferior a elas que precisa diminui-las para se sentir melhor.

Você não é o rei ou rainha da sinceridade. É apenas falta de empatia.

Sempre que você sentir a necessidade de opinar, ofender, pergunte a si mesmo:

Alguém pediu minha opinião?

É realmente necessário dizer isso?

Como eu me sentiria se ouvisse de alguém isso?

De onde vem essa necessidade? Por que preciso fazer isso?

A quem eu realmente quero ofender?

Como posso mudar este sentimento em mim?

Cuide de você. Estude profundamente a si mesmo. Aprenda a se amar e respeitar. Seja empático. E você vai estar tão feliz e ocupado que as pessoas vão te amar sem que você precise apelar.

*Por Karol Pinto

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*Fonte: seuamigoguru

Ninguém precisa ser grosseiro para ser sincero. Gentileza é bom e todo mundo gosta.

Não, eu não concordo com essa grossura toda, não. Esse negócio de achar que truculência e competência são a mesma coisa, esse estrabismo de enxergar eficiência onde só há intolerância, essa história de aceitar e elogiar a grosseria em nome do resultado. Para mim, não dá. Eu não aceito.

Vão me desculpar os autointitulados “sinceros”, mas cuspir nossas verdades pessoais na cara dos outros assim sem mais, sem pedir licença, sem jeito e sem pudor não é sinceridade. É falta de educação mesmo. Pretexto para humilhar, subjugar e acabrunhar alguém que, em nossa lógica perversa de autoproteção, precisa ficar em seu lugar.

Quase sempre, na esteira de um dissimulado “desculpe a sinceridade” vem uma enxurrada de afrontas, preconceitos e ofensas proferidos com falso desprendimento. A cada crítica forçada e opinião venenosa, o sujeito muito orgulhoso de sua “sinceridade” pisa com selvageria disfarçada as cabeças de suas vítimas enquanto festeja sua “personalidade forte”. E eu aqui me pergunto se isso não passa de fraqueza de caráter, insegurança profunda e essas coisas que ninguém assume.

Tem até quem ofenda e magoe alguém com a desculpa de tentar ajudá-lo. Balela. Mentira. Não está ajudando. Truculência não é boa intenção. É mal gosto mesmo. Digamos a verdade com firmeza mas com doçura. Por que não?

Sim, senhor! É claro que se pode ser sincero sem ser agressivo. Todos podemos declarar nossa versão da verdade sem vociferar e agredir. Mas tem gente por aí acusando pessoas de bom senso e almas cuidadosas de hipocrisia, frescura, falsidade e outros acintes pelo simples fato de elas ainda usarem o tato e a cautela para lidar com os outros.

É estranho, mas a incrível inversão de valores que nos assola transformou em “fingido” o sujeito de bons modos. Reduziu à condição de “sonso” o cidadão que ousa dizer o que pensa com firmeza, sim, mas com toda a delicadeza que lhe cabe. Na ótica míope dos hostis, o ser gentil é um molenga, um banana e um fingido. E a gentileza, veja só, é uma farsa.

Uma coisa é a nossa dificuldade de ouvir “a verdade” alheia, nosso embaraço em aceitar críticas e receber opiniões diversas. Isso se trata e se corrige. Outra coisa é o nosso direito de ouvir o outro com o mínimo de jeito e delicadeza. Isso não se negocia.

Sigamos assim, exaltando os grosseirões autointitulados “sinceros” e julgando como hipócritas, frouxos, covardes de personalidade fraca os bem educados, e estaremos cada vez mais distantes uns dos outros, rolando ladeira abaixo no caminho para o nada.

Nessas horas eu sinto saudade de minha bisavó, Benedita Rosa, que me visita com a brisa da tarde, na Hora da Ave Maria, Hora do Ângelus, “Hora da Rosa”. Pensar nela me faz bem. Olhando em nossos olhos durante uma bronca, tinha a firmeza e a direção das locomotivas. Mas nunca perdeu a doçura dos anjos e dos sonhos de padaria. Valei-me, Vovó. Valei-nos Deus! Com toda a sinceridade, está faltando sua gentileza aqui embaixo.

*Por André J. Gomes

 

 

 

 

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*Fonte: fasdapsicanalise

Nota 10 para os ‘tontos’: estudo sugere que os distraídos são mais criativos e sinceros

Alguma vez já lhe disseram que você parece estar nas nuvens e não com os pés no chão? Pode ser que uma das suas habilidades seja a criatividade.

Costumamos classificar as pessoas que não prestam atenção ou cuja imaginação divaga como “improdutivas”, “pouco inteligentes” ou “sem capacidade para alcançar o sucesso”.

Desde crianças nos exigem que estejamos focados no que as professoras dizem, assim como nossos pais. Quando crescemos nos castigamos se passamos mais de 5 minutos pensando no futuro ou em nossos sonhos.

Você sabia que os artistas e os cientistas de maior destaque na história tinham “problemas” de concentração? Estamos falando de Pablo Picasso, Claude Monet, Charles Darwin e Albert Einstein. Parece ser que a desatenção e a criação andam juntas.

Isto foi objeto de pesquisa na Universidade de Harvard durante muito tempo. A conclusão a que chegaram é que o fato de ter mais de uma ideia rodando a cabeça ao mesmo tempo ajuda a compreender certos fenômenos de forma mais fácil e rápida, bem como a ter uma resposta imediata e válida para as nossas perguntas.

O constante ir e vir de informação na mente fomenta a criatividade. É provável que você tenha a capacidade de resolver problemas de forma mais eficiente.

 

“Tudo me distrai”

Pode parecer a confissão de uma pessoa que passou por terapia ou que está fazendo um tratamento para deixar um vício.

Costumamos pensar que nos distrair é algo ruim, mas na verdade é uma reação do cérebro ao descanso, a deixar de fazer uma tarefa que não lhe agrada, a querer avançar em outros aspectos, etc.

Aqueles com problema (ou a capacidade) de se distrair até quando passa uma mosca ao seu lado, podem, a partir de agora, colocar a culpa nos neurônios do lóbulo parietal superior do cérebro. É isso mesmo, já que aparentemente, quanto mais distração existe em nossa vida, maior a quantidade de matéria cinzenta que temos.

Os cientistas ainda não compreendem o que acontece nestes casos: a teoria até o momento indicava que possuir mais neurônios podia nos ajudar a manter o foco e a concentração, e não o contrário.

Uma das hipóteses analisadas atualmente é a de que conforme o cérebro vai amadurecendo, também vão sendo destruídos alguns neurônios e conexões nervosas. Este processo ajuda no controle da atenção. Seguindo esta ideia, aqueles que possuem mais matéria cinzenta no cérebro seriam mais distraídos e “infantis”.

Vale a pena também destacar que é possível ter épocas de maior ou menor distração devido aos novos projetos, à ansiedade, ao estresse, ao cansaço e aos nervos. Contudo, quando uma pessoa é distraída por natureza, existe algo que vai além de uma falta de foco momentânea. Sempre lhe acontecerá a mesma coisa, independentemente da situação.
A relação incomum entre a distração e a criatividade

Mesmo que a nossa cultura e educação nos incitem a nos mantermos sempre focados e concentrados, nem sempre conseguimos isto. Não somos robôs, nem máquinas. Muitas vezes, a criatividade está acoplada à distração.

 

Como isto pode ser possível?

Segundo um estudo recente, as pessoas que não conseguem manter a atenção em uma tarefa contam com mais “fugas” nos filtros sensoriais. Isto é, as barreiras que nos permitem nos isolarmos de tudo o que acontece ao nosso redor na hora de empreender uma tarefa em especial. Elas têm a capacidade de detectar estímulos próximos, mas os descartam para nos ajudar a nos concentrarmos.

Se bem é verdade que estas fugas afetam a capacidade de concentração, também permitem juntar ideias e registrá-las em um projeto, algo chave para ser uma pessoa criativa.

Já lhe disseram alguma vez que você está no mundo da lua? Ora, que ótimo!!! É um elogio e não uma crítica, se é que você a sabe aproveitar. Texto Yamila Papa
E onde encaixa a ‘sinceridade’?

        “Dizer que os distraídos são mais sinceros não faz do estudo da Universidade de Harvard e sim a nossa própria interpretação (nada dialética e apenas empírica) de que é preciso muita concentração para viver em falsidade”.

 

O Estudo

Estudos feitos com universitários nos EUA e no Canadá pela equipe de Shelley H. Carson, do Departamento de Psicologia de Harvard, mostraram que aqueles que se distraem facilmente, com o “radar ligado” para tudo em torno, são mais criativos: os mais criativos tinham sete vezes menos inibição latente. O estudo original, publicado em 2003, foi replicado depois. “Dois outros laboratórios testaram a baixa inibição latente e descobriam que está associada com criatividade. Nós também estamos continuando os testes”, afirma Carson.

“Há um corpo substancial de pesquisa que indica que a esquizofrenia está associada com inibição latente baixa e também com deficits na memória de trabalho”, continua o pesquisador. Para Carson, comentando o estudo de Galinsky, a pessoa criativa é capaz de permitir, temporariamente, que o excesso de distrações seja canalizado em percepção consciente, para fazer conexões entre os estímulos.

“Mas a pessoa tem a capacidade de alternar entre estados do cérebro para exercitar maior controle cognitivo e realmente formular e acessar essas conexões”, afirma o pesquisador.

 

Sem “filtro” – cérebro criativo percebe estímulos de forma ampliada

1) O tálamo filtra as informações que chegam ao cérebro, antes que atinjam o córtex, área responsável pela cognição e razão.

2) Esse filtro ajuda o cérebro a ignorar estímulos “irrelevantes” no ambiente para se concentrar na atividade principal. Essa capacidade de ignorar estímulos é chamada de “inibição latente”.

3) A redução da inibição latente já foi ligada à psicose e à esquizofrenia, mas também é associada à criatividade. A capacidade de fazer associações bizarras é compartilhada por esquizofrênicos e pessoas saudáveis criativas.

 

Como a distrição ajuda

1) Percepção dos estímulos ao redor: estudos com universitários mostraram que a percepção maior dos estímulos do ambiente ajuda ao pensamento criativo. Os alunos mais criativos tinham a inibição latente sete vezes mais baixa do que os demais.

2) Solução de problemas: a distração ajuda a resolver problemas complexos, algo que muitos experimentam ao “dar uma pausa” e achar a resposta. O processo envolve duas fases: distração e, depois, um período de pensamento consciente para a percepção da solução do problema.

 

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*Fonte: portaraizes