2023 teve segundo mês de março mais quente da história

Recorde para mês continua sendo o registrado em 2016

O mês de março de 2023 foi o segundo mais quente da história para o período, sendo superado apenas por março de 2016, revelaram os dados do Serviço sobre as Mudanças Climáticas do Copernicus, o serviço de observação por satélite da União Europeia, nesta quinta-feira (6).

Na parte sul e central da Europa, as temperaturas do ar ficaram acima da média para o mês – enquanto no norte ficaram abaixo.

Foram registrados ainda valores muito acima da média em uma ampla faixa do território que cobre o norte da África, o sul da Rússia e a maior parte da Ásia, onde todas bateram seus recordes no termômetro para o período.
Entre as regiões que registraram as condições mais secas em relação à média histórica, iniciadas no fim dos anos 1800, estão incluídas a maior parte da Península Ibérica, onde a estiagem ajudou a propagar incêndios florestais, no arco que cobre os Alpes, que estão com uma cobertura de gelo cerca de 50% menor para a época conforme dados italianos, parte da Europa Central, os Balcãs e a costa noroeste do Mar Cáspio.

O relatório do Copernicus ainda apontou que o mês teve uma taxa de umidade do ar superior à média em uma faixa que se estende da zona sul a noroeste da Europa e na Turquia.

Já a extensão do gelo marinho antártico foi a segunda mais baixa já registrada no histórico dos dados por satélite, chegando a ficar 28% abaixo da média para a época e batendo o recorde negativo registrado em fevereiro de 2023. No caso do gelo ártico, a área ficou 4% abaixo da média, ficando no quarto pior lugar entre os meses de março.

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*Fonte: epocanegocios

2022 foi o quinto ano mais quente da história

Novos dados revelam mais um ano de extremos climáticos com recordes de alta temperatura, secas e inundações

O ano de 2022 foi o quinto ano mais quente já registrado no mundo, segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, programa de observação da Terra da União Europeia. Um resumo dos dados aponta que vários recordes de alta temperatura foram quebrados na Europa e em todo o mundo, enquanto outros eventos extremos, como secas e inundações, afetaram grandes regiões.

Divulgado na última segunda-feira (9), o relatório da Copernicus afirma que os últimos oito anos foram os mais quentes. Em 2022, em específico, as temperaturas no mundo ficaram 1,2ºC acima dos níveis pré-industriais (1850-1900).

As concentrações atmosféricas de dióxido de carbono também aumentaram cerca de 2,1 ppm, semelhante às taxas dos últimos anos. Já as concentrações de metano na atmosfera aumentaram cerca de 12 ppb, acima da média, mas abaixo dos recordes dos últimos dois anos.

Situação global
Os dados reunidos pela Copernicus evidencia que as mudanças climáticas podem ser sentidas em nível global. A Europa, por exemplo, viveu seu verão mais quente, além do continente ter sido afetado por várias ondas de calor intensas e prolongadas, sobretudo, na parte oeste e norte. Também baixos níveis persistentes de chuva, em combinação com altas temperaturas e outros fatores levaram a condições de seca generalizada. Paralelamente, aumentaram as emissões poluentes relacionadas a incêndios. França, Espanha, Alemanha e Eslovênia tiveram as maiores emissões de incêndios florestais no verão nos últimos 20 anos.

O relatório também destaca as grandes inundações enfrentadas pelo Paquistão em agosto, em consequência de chuvas extremas. O país também foi afetado por ondas de calor prolongadas, assim como o norte da Índia na primavera.

A Antártida viu condições de gelo marinho excepcionalmente baixas ao longo do ano. Em março, a Antártida experimentou um período de calor intenso com temperaturas bem acima da média. Na estação Vostok, no interior da Antártica Oriental, por exemplo, a temperatura registrada chegou a -17,7°C, a mais quente já registrada em seus 65 anos de registro.

Rio secou
Uma seca recorde fez com que partes do rio Yangtze – o mais importante da China – secassem. Tal situação afetou a energia hidrelétrica, rotas de navegação, limitou o abastecimento de água potável e fez ressurgir estátuas budistas anteriormente submersas. As chuvas no verão chinês foram 45% abaixo do normal.

Os principais destaques do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus sobre 2022 podem ser lidos detalhadamente (em inglês) aqui.

*por Marcia Sousa

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*Fonte: ciclovivo

ACLIMATAÇÃO: o fenômeno que explica as diferentes percepções à temperatura

As recentes ondas de calor que atingiram a Europa surpreenderam pessoas de todo o mundo — principalmente pelos relatos de cidadãos passando mal por causa do calor intenso. Na cidade de Londres, os termômetros chegaram a registrar mais de 40?°C. Isso foi suficiente para gerar uma demanda de ocorrências que sobrecarregou as equipes locais dos bombeiros.

Quando um brasileiro lê esse tipo de notícia, pode não acreditar que a temperatura de 40?°C seja suficiente para causar tantos danos em uma cidade, impactando a saúde dos seus moradores, já que vários municípios brasileiros apresentam temperaturas semelhantes a essa rotineiramente — e em alguns casos, até maiores.

Acontece que o organismo humano leva um tempo para se acostumar com uma temperatura. Os londrinos foram acostumados há séculos com temperaturas amenas e dias chuvosos. Essa surpreendente onda de calor exige muito dos seus corpos, principalmente em relação à aclimatação.

Aclimatação: a capacidade do corpo humano em se adaptar à temperatura

A aclimatação é a capacidade do organismo humano se adaptar às temperaturas extremas, sejam elas quentes ou frias. Contudo, essa adaptação não é imediata. O objetivo da aclimatação é manter a temperatura corporal dentro do padrão de normalidade: 37?°C.

Para se adaptar, o organismo recorre a ações imediatas e de médio prazo. Uma das respostas imediatas ao calor, por exemplo, é produzir suor. Todas essas alterações são comandadas pelo cérebro, na região do hipotálamo, com a ajuda de uma glândula especial chamada de “glândula pituitária”.

Diversas decisões são tomadas por essa dupla, como a forma de trabalho do sistema sanguíneo, o quanto de nutrientes podem ser eliminados pelo suor, a forma como o açúcar será consumido, o ritmo do seu batimento cardíaco, etc.

No entanto, o organismo precisa de ajuda para que esse processo seja o mais eficiente possível. Em temperaturas elevadas, é preciso aumentar a ingestão de água pois a produção de suor pode levar a pessoa a ter um quadro de desidratação. Ao mesmo tempo, consumir refeições mais leves, que exijam menos do sistema digestivo, podem auxiliar na nutrição e melhorar a disposição.

Aclimatação não resolve o problema sozinha
A aclimatação é muito estudada por profissionais de saúde que atuam no esporte. Os atletas precisam se adaptar a diferentes climas, mantendo o seu rendimento. Contudo, a maioria das pessoas não tem o mesmo preparo físico de um atleta e isso faz com que seus corpos, mesmo buscando uma adaptação ao novo clima, apresentem falhas.

É por isso que o aumento das ondas de calor em diferentes regiões do mundo pode representar um desafio para os serviços de saúde e para a economia, já que impactarão a produtividade dos trabalhadores.

Em regiões que lidam com verões intensos, como o estado americano da Califórnia, os trabalhadores são expostos ao calor de forma gradual, para que seus corpos consigam, por meio da aclimatação, se acostumarem com as temperaturas elevadas. Eles começam trabalhando apenas meio-período e, depois de alguns dias, suas jornadas ganham uma hora a mais. Ainda assim, eles precisam de descansos constantes na sombra e muita água.

Todo esse esforço pretende evitar as mortes dos trabalhadores rurais nos Estados Unidos. Todos os anos, cerca de 5 trabalhadores morrem por causa do calor.

*Por Everton Lima
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*Fonte: megacurioso

Locais da Lua têm temperaturas estáveis ​​para humanos, descobrem pesquisadores

Esperando viver na lua um dia? Suas chances aumentaram um pouco.

A lua tem poços e cavernas onde as temperaturas ficam em torno de 17 graus Celsius, tornando a ocupação humana uma possibilidade, de acordo com uma nova pesquisa de cientistas planetários da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

Embora grande parte da superfície da lua passe por temperaturas de até 127°C durante o dia até -173°C graus de noite, os pesquisadores dizem que esses pontos estáveis ​​podem transformar o futuro da exploração lunar e da habitação a longo prazo.

As áreas desses poços sombreados também podem oferecer proteção contra elementos nocivos, como radiação solar, raios cósmicos e micrometeoritos.

Para ter uma idéia, um dia ou noite na Lua equivale a pouco mais de duas semanas na Terra – dificultando a pesquisa e a habitação de longo prazo com temperaturas extremamente quentes ou frias.

Alguns poços são provavelmente tubos de lava colapsados
Cerca de 16 dos mais de 200 poços descobertos provavelmente vieram de tubos de lava colapsados ​​– túneis que se formam a partir de lava ou crosta resfriada, de acordo com Tyler Horvath, estudante de doutorado da UCLA e chefe da pesquisa.

Os pesquisadores pensam que as saliências dentro desses poços lunares, que foram descobertos inicialmente em 2009, podem ser a razão para a temperatura estável.

A equipe de pesquisa também inclui o professor de ciência planetária da UCLA David Paige e Paul Hayne da Universidade do Colorado Boulder.

Usando imagens do Diviner Lunar Radiometer Experiment da NASA para determinar a flutuação das temperaturas do poço e da superfície da lua, os pesquisadores se concentraram em uma área do tamanho de um campo de futebol em uma seção da lua chamada Mare Tranquillitatis. Eles usaram modelagem para estudar as propriedades térmicas da rocha e da poeira lunar no poço.

“Os seres humanos evoluíram vivendo em cavernas, e para cavernas podemos retornar quando vivermos na lua”, disse Paige em um comunicado de imprensa da UCLA.

Ainda existem muitos outros desafios para estabelecer qualquer tipo de residência humana de longo prazo na Lua – incluindo o cultivo de alimentos e prudução de oxigênio. Os pesquisadores deixaram claro que a NASA não tem planos imediatos de estabelecer um acampamento base ou habitações lá. [NPR]

*Por Marcelo Ribeiro
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*Fonte: hypescience

Polos derretendo ao mesmo tempo: Antártida e Ártico registram aquecimento recorde

Um alerta recente revelou que os dois polos da Terra registraram simultaneamente recordes de aquecimento nos últimos dias, marcando picos de calor ao mesmo tempo. Na Antártida, foram documentadas temperaturas até 40ºC acima do esperado em alguns pontos para essa época do ano, enquanto estações meteorológicas na região do Polo Norte apresentaram indícios de derretimento ainda mais intenso, com os termômetros marcando até 30ºC a mais do que o normal, alcançando marcas normalmente só atingidas meses depois. O fenômeno sem precedentes ilustra a noção global do aquecimento pelo qual o planeta vem atravessando, provocando colapsos climáticos por toda parte.

A informação foi publicada pela agência Associated Press e, segundo especialistas, o aumento exacerbado das temperaturas nas extremidades da Terra é mais um indício claro de desequilíbrio no sistema climático do planeta, com quadros que podem se confirmar irreversíveis, como o derretimento das calotas polares. Para esse período do ano era esperado que o Polo Sul estivesse esfriando rapidamente com o fim do verão, enquanto o Ártico, no extremo norte, iniciasse um processo lento de conclusão do inverno, com os dias passando a durar mais tempo que as noites.

O aquecimento e derretimento do Ártico vem provocando quadros irreversíveis na região

“O aquecimento do Ártico e da Antártida é motivo de preocupação, e o aumento de eventos climáticos extremos – dos quais estes são um exemplo – também preocupa”, afirmou Michael Mann, diretor do Centro de Ciências do Sistema Terrestre da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA. “Os modelos climáticos projetaram o aquecimento geral, mas acreditamos que eventos extremos estão excedendo as projeções dos modelos. Esses eventos mostram a urgência da ação”, concluiu. Segundo informações do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos EUA, a camada de gelo da Antártica registrou sua menor dimensão desde que as medições por satélite começaram a ser realizadas, em 1979, com área inferior a 2 milhões de km².

A Estação Concórdia, que registrou a temperatura recorde para o período na Antártida

A temperatura comum para o continente antártico nesse período do ano seria de -27,8ºC, mas a estação Concordia registrou marca de -12,2ºC, com o continente como um todo apresentando temperatura em média 4,8ºC mais quente. Já a estação Vostok aguardava um frio de -47,7ºC, mas chegou a registrar -17,7ºC, com a região em geral marcando 3,3ºC acima da média registrada entre 1979 e 2000. “São estações opostas. Você não vê o polo norte e o sul derretendo ao mesmo tempo”, afirmou Walt Meier, cientista do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo em Boulder, no Colorado.

*Por Vitor Paiva
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*Fonte: hypeness

Como aliviar o CALOR sem SEM AR-CONDICIONADO? Confira 5 DICAS

O verão brasileiro não poupa ninguém, de norte a sul do país, com temperaturas por volta dos 40 °C — isso quando não somos atingidos por ondas de calor.

Quem vive no litoral ainda pode contar com a brisa do mar para aliviar o calor, outras pessoas recorrem aos aparelhos de ar-condicionado. Contudo, a maioria de nós tem que “se virar” para sofrer menos com as altas temperaturas, que fazem a gente suar e atrapalham até as tarefas mais comuns — como dormir. Difícil, não é?

A boa notícia é que existem mudanças simples que você pode fazer na decoração da sua casa para diminuir a temperatura nos cômodos. Confira cinco dicas para isso, a seguir.

1. Decoração minimalista
Tapetes e almofadas valorizam a decoração da sua sala, mas também retém calor, ainda mais se forem feitos de tecidos quentes, como veludo. Então, guarde todos esses itens em um armário e deixe sua casa mais minimalista.

Onde a decoração for indispensável — como as cortinas nas janelas —, troque os modelos de tecidos pesados por outros mais leves, como algodão. Além disso, escolha itens em cores mais claras, que refletem a luz e o calor, ao invés de retê-los.

2. Invista no algodão
Falando no algodão, ele também é a melhor escolha para os lençóis da sua cama, no verão. O cetim e a seda podem parecer mais fresquinhos, pelo toque gelado, mas eles esquentam mais, na prática. Já o algodão permite que seu corpo respire, além de contribuir para a circulação de ar no ambiente, por ser uma fibra natural.

Outra dica interessante para conseguir dormir no calor é colocar seus lençóis na geladeira — envoltos em um saco plástico, é claro. A sensação fresquinha não dura a noite toda, mas deve ser o suficiente para você relaxar e pegar no sono.

3. Abre e fecha
Durante o dia, você pode fechar as cortinas e persianas, para evitar a incidência de sol nos cômodos — ainda mais se você passa o dia todo trabalhando fora. Porém, à noite, abra todas as portas e janelas possíveis para estimular a ventilação cruzada.

Falando em ventilação, uma dica simples para aliviar o calor é colocar uma garrafa de água congelada na frente do ventilador, para que ele sopre um ventinho mais fresco. Outra ideia é: se você tiver um ventilador de teto, coloque-o na função exaustor e coloque o ventilador de mesa virado para fora — assim, o bafo quente sairá pela janela e o quarto ficará confortável.

4. Floresta em casa
Você curte cuidar de plantas? Então saiba que elas podem ser ótimas aliadas na luta contra o calor em casa, pois ajudam a refrescar o ambiente. Espalhe-as pela decoração e observe como sua casa ficará mais confortável.

Outra dica interessante, nesse sentido, é umidificar o ar dos ambientes. Para isso, você pode usar aparelhos umidificadores ou improvisar, espalhando baldes de água ou toalhas molhadas pelo chão. Vale tudo para aliviar o calor.

5. Evite aumentar o calor
Tudo que você mais quer, no verão, é aliviar o calor — e não aumentá-lo. Mas há várias coisas que fazemos para piorar essa situação, sem perceber. As luzes, por exemplo: troque lâmpadas em cores quentes por luzes frias, como fitas de LED.

Além disso, desligue o máximo de eletrônicos que puder, já que eles concentram calor mesmo quando não estão sendo usados. Também evite usar fornos — aproveite para fazer uma salada fria ou faça refeições que possam ser preparadas no micro-ondas.

Por fim, se o seu problema é dormir no calor, vale a pena testar outros locais — que não a sua cama. Experimente colocar um colchão no chão, já que o ar frio costuma ficar embaixo. Outra ótima ideia é dormir na rede, ainda mais se você colocá-la na varanda.

*Por Evandro Voltolini
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*Fonte: megacurioso

Qual a temperatura mais quente que o corpo humano aguenta?

Diversos países da Europa, principalmente a Itália, vêm sofrendo com ondas de calor beirando os 50°C. No Oriente Médio e partes da Ásia, o ar pode frequentemente passar dessa marca, o que é comum para os iraquianos, por exemplo. Com valores tão altos, uma preocupação é evidente: qual o limite de temperatura para o corpo humano?

Para entender essa dinâmica, precisamos analisar uma segunda característica além da temperatura do ar. A porcentagem da umidade relativa é essencial para as trocas de calor do nosso corpo, uma vez que um ar muito úmido irá impedir o suor de evaporar – como veremos mais à frente.

Assim, o limite de temperatura suportado pelo corpo humano irá variar dependendo da umidade. Para quantificar melhor esse valor, portanto, é preciso utilizar uma medida de temperatura de bulbo úmido.

Esse tipo de escala se baseia em um termômetro de vidro, com o bulbo envolvido por um tecido molhado. A partir disso, é possível levar em conta a umidade do ar também no cálculo do limite de temperatura para os seres humanos.}

Deste modo, uma temperatura do ar de aproximadamente 46 graus junto a uma umidade de 30% irá gerar uma temperatura de bulbo úmido próxima de 30°C.Quando a umidade relativa atinge 77%, por exemplo, e a temperatura 38°C, o valor no bulbo úmido chega a 35°C.

Esse último valor, por conseguinte, é o limite de temperatura e umidade que passa a ser letal para nossos corpos humanos.

A ciência por trás do suor e regulação de temperatura
A água tem três estados físicos básicos: sólido, líquido e gasoso. Para passar do estado sólido para o líquido ou gasoso, ela precisa absorver energia de algum lugar. Para fazer o caminho inverso, a água libera energia.

Assim, podemos pensar no suor como água em estado líquido na superfície da pele. O corpo está quente, devido à geração de energia térmica pelo metabolismo de nossas células. Desta forma, o suor irá absorver essa energia térmica para ir para o estado gasoso.

Quando a água condensa no vidro ela cede parte de seu calor e muda do estado gasoso para o líquido.

Assim, quando o suor evapora do nosso corpo, ele leva também uma pequena porcentagem de calor consigo, diminuindo a temperatura da pele. Por esse mesmo motivo você sente a mão gelar quando passa álcool. Isso ocorre porque o álcool evapora muito rápido, utilizando a energia do calor das suas mãos.

Quando o ar está muito saturado de água, contudo, o suor tem dificuldade para evaporar. Isso porque não tem mais “espaço” para água em forma de gás na atmosfera. A partir disso, o corpo não vai conseguir se livrar do calor de forma eficiente, podendo atingir níveis hipertérmicos (acima dos 40°C).

*Por Mateus Marchetto
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*Fonte: socientifica

Mudanças climáticas: bebês de hoje enfrentarão 7 vezes mais ondas de calor no mundo que seus avós

Um bebê recém-nascido ainda nem teve tempo de contribuir – como todos nós fazemos, com nossos hábitos de consumo e alimentares e uso de combustíveis – para as emissões de gases poluentes que causam o aquecimento global.

Apesar disso, esse bebê vai sofrer exponencialmente mais do que seus avós com as mudanças climáticas em curso no planeta.

Na prática, crianças nascidas em 2020 devem enfrentar, ao longo de sua vida, uma média de sete vezes mais ondas de calor extremo do que alguém que nasceu em 1960. Em alguns países, esse aumento é de até dez vezes.

As conclusões são de um estudo recente publicado na revista Science, a partir de projeções sobre tamanho e idade da população global, temperaturas futuras e eventos climáticos extremos, com base nas informações do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC na sigla em inglês).

Se, além das ondas de calor, outros tipos de eventos climáticos extremos forem colocados nessa conta, estima-se que a nova geração passará por uma incidência média 2 a 7 vezes maior de queimadas, secas, enchentes, tempestades tropicais e quebras de safras (colheitas menos proveitosas) ao longo de suas vidas, em comparação com a geração nascida 60 anos atrás.

“Quanto mais jovem você for, maior será o aumento da exposição a extremos climáticos. Ou seja, as gerações mais jovens são as que têm mais a perder, especialmente os recém-nascidos”, explica à BBC News Brasil o principal autor do estudo, o cientista climático Wim Thiery, da Universidade Vrije de Bruxelas (Bélgica).

“Também podemos pensar ao contrário: quanto mais jovem você for, mais você pode se beneficiar se aumentarmos nossas ambições e reduzirmos o aquecimento global”, principalmente se for possível manter o aquecimento dentro do limite de até 1,5°C estabelecido no Acordo Climático de Paris em 2015, que tem se tornado uma meta cada vez mais remota, na visão de muitos observadores climáticos.

“Para as gerações mais jovens, aumentar as ambições tem um efeito direto sobre suas vidas”, conclui Thiery.

Do calor de quase 50°C no verão do Canadá a enchentes na Alemanha e secas mais prolongadas no Brasil, os eventos climáticos extremos são uma das principais consequências diretas das mudanças climáticas.

Segundo um importante relatório do IPCC divulgado em agosto, todo o planeta já enfrenta alterações no ciclo da água, que provocam desde chuvas mais volumosas – e enchentes -, até secas mais intensas.

“Sob um aquecimento global de 1,5°C, haverá aumento de ondas de calor, estações quentes mais longas e estações frias mais curtas”, explicou o painel da ONU em agosto.

Se esse aumento da temperatura global for ainda maior, sob 2°C, “extremos quentes vão, com mais frequência, alcançar limites de tolerância para a agricultura e a saúde”.

‘Vida sem precedentes’

Se, por terem mais tempo de vida pela frente, as crianças serão as mais afetadas, Thiery e seus colegas afirmam que o aquecimento global já deixa toda a população global sujeita a uma “vida sem precedentes”.

“Descobrimos que todas as pessoas que têm entre zero e 60 anos hoje viverão uma vida sem precedentes, sob mais ondas de calor e quebra de safra, independentemente de sua idade ou do alcance das mudanças climáticas”, diz o cientista.

“Os que têm menos de 40 anos, além disso, sofrerão com muito mais enchentes e secas, mesmo no cenário mais ambicioso de aquecimento de até 1,5°C. Os mais jovens são os que têm mais a perder, mas todos os que estão vivos hoje estão sob condições que chamamos de um ‘território ainda não navegado’.”

Para mostrar isso de modo mais concreto, a Universidade Vrije criou uma calculadora chamada My Climate Future (meu futuro climático).

Nela, uma pessoa pode prever o aumento dos eventos climáticos em sua vida a partir do ano em que nasceu, do lugar onde vive e com base em três cenários – o mais otimista, de um planeta 1,5°C mais quente; o mediano, em média 2,4°C mais quente, com base na trajetória atual e nas promessas e compromissos climáticos assumidos até agora; e um mais pessimista e altamente quente.

As regiões do mundo onde o sofrimento vai ser mais agudo e sentido por mais pessoas, segundo os cálculos de Thiery, são o Oriente Médio e o norte da África e a África Subsaariana.

Mas as estimativas para o resto do mundo estão longe de serem animadoras.

Na América Latina, uma criança nascida em 2020 vai enfrentar, em relação a alguém nascido em 1960:

– 50% mais chances de sofrer com incêndios

– Duas vezes e meia mais chances de viver sob quebras de safras

– O dobro de secas e enchentes

– 4,5 vezes mais ondas de calor

“E temos motivos científicos para crer que os números estão subestimados. Porque nós só analisamos mudanças na frequência em eventos extremos, mas eles também mudam em intensidade (como furacões mais intensos) e em duração (como ondas de calor mais longas e mais quentes)”, prossegue Wim Thiery.


Injustiças climáticas

Os efeitos disso são sentidos em cadeia: ondas de calor prejudicam a saúde, deixando crianças e idosos, em especial, mais sujeitos a hospitalizações. Quebras de safras afetam o preço e a oferta de comida. Enchentes, inundações e secas intensificam movimentos migratórios globais.

E, novamente, quanto mais jovens e mais pobres forem as pessoas afetadas, maior será o seu fardo.

“Embora não quantifiquemos isso em nosso estudo, não há dúvidas de que esse aumento na exposição a mudanças climáticas tem consequência, por exemplo, na habilidade de aprender, na saúde, na mortalidade e na produtividade laboral”, aponta Thiery.

“Por isso dizemos que limitar o aquecimento global é uma questão de proteger o futuro das jovens gerações.”

As conclusões do cientista e seus colegas ajudaram a embasar um relatório da ONG Save the Children a respeito do peso desigual e injusto das mudanças climáticas sobre quem contribuiu menos com a crise.

“Quando ranqueados por renda, os países 50% mais ricos são responsáveis por 86% do cumulativo das emissões globais de CO2, enquanto a metade mais pobre é responsável por apenas 14%”, diz a ONG.

“Apesar disso, são as crianças de países de renda média e baixa que vão enfrentar o maior peso das perdas e danos à saúde e ao capital humano, à terra, à herança cultural, ao conhecimento indígena e local e à biodiversidade que resultam das mudanças climáticas. (…) Elas herdaram um problema que não foi causado por elas.”

Thiery usa mais números para evidenciar esse peso desigual, primeiro sobre as crianças e, em segundo lugar, sobre as crianças pobres, em regiões que ainda estão em fase de crescimento populacional.

“Na Europa e na Ásia Central, nasceram 64 milhões de crianças entre 2015 e 2020. Essas crianças vão enfrentar quatro vezes mais extremos climáticos nas condições atuais do que alguém que vivesse num mundo sem mudanças climáticas”, diz.

“No entanto, nesse mesmo período de 2015 a 2020, nasceram 205 milhões de crianças na África Subsaariana, que vão enfrentar seis vezes mais extremos climáticos. Então elas não apenas sofrerão mais, como também são um grupo mais numeroso.”

Por isso, argumenta o cientista, mitigar os efeitos das mudanças climáticas é uma questão de “justiça intergeneracional e internacional”.

A conferência mais recente do clima (COP26), em Glasgow, foi concluída em 13 de novembro com avanços e limitações.

De um lado, o acordo final do evento fala em cortar as emissões de CO2 em 45% até 2030 em comparação com 2010 e exige que os países apresentem já no ano que vem novos compromissos de redução de gases do efeito estufa.

No entanto, não houve consenso em torno de pôr fim ao uso do carvão e a subsídios a combustíveis fósseis, um dos principais “vilões” do aquecimento global.

De modo geral, a percepção de ambientalistas é de que os compromissos assumidos até o momento pelos países parecem ser insuficientes para assegurar que a Terra não vai esquentar mais de 1,5°C.

Não por acaso, argumenta Thiery, os formuladores desses compromissos são pessoas mais velhas, que não terão tempo de sentir na pele a maior parte dos efeitos climáticos do futuro.

“Por isso os mais jovens viraram organizadores de protestos e greves pedindo políticas climáticas mais ambiciosas – porque as pessoas que hoje ocupam os espaços de poder não devem sentir as consequências de suas decisões, gerando um potencial conflito intergeracional”, afirma.

Ele lembra que já existe uma onda internacional de processos judiciais de cunho climático sendo abertos contra governos de várias partes do mundo – muitos desses processos movidos por jovens que se sentem feridos em seus direitos humanos por conta de políticas climáticas.

De modo geral, diz o cientista, tem mudado a percepção de que as mudanças climáticas são um problema de um futuro distante, que prejudicarão pessoas abstratas, ainda não nascidas.

“Os dados mostram que é (um problema que) está aqui, agora, afetando todas as pessoas do mundo: todas as gerações vivendo hoje, em todos os países, especialmente os mais jovens, sofrerão as consequências negativas”, ele agrega, para concluir:

“As perspectivas são sombrias, mas há também uma mensagem clara de que se reduzirmos as mudanças climáticas, vamos reduzir essa escalada de extremos climáticos e proteger o futuro de pessoas reais, que já estão vivas.”

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*Fonte: epocanegocios

Calor e seca: pesquisas mostram efeitos da mudança climática na agricultura

Os eventos de calor e seca podem coincidir com mais frequência devido à mudança climática, com consequências negativas para a agricultura mundial. É isso que revela um novo estudo publicado na Nature Food.

O rendimento das culturas geralmente cai durante as estações quentes de crescimento, mas o calor e a seca combinados podem ter efeitos ainda mais amplos.

Além das perdas causadas apenas pelas altas temperaturas, os efeitos combinados do calor e da seca causarão reduções adicionais de rendimento de milho e soja de até 20% em partes dos Estados Unidos, e de até 40% na Europa Oriental e no sudeste da África.

Em lugares onde os climas frios atualmente limitam o rendimento das culturas, como no norte dos Estados Unidos, Canadá e Ucrânia, os efeitos combinados de temperaturas mais altas e menos água podem diminuir os ganhos de rendimento projetados com o aquecimento.

Projeções anteriores de risco climático futuro haviam identificado um perigo para as culturas devido ao aquecimento global, mas ignoravam o potencial de efeitos compostos do calor e da disponibilidade de água sobre as culturas de alimentos.

Com base em dados históricos, os rendimentos de milho e soja eram cerca de 40% mais sensíveis ao calor em locais onde o calor é acompanhado por secas, em comparação com as terras agrícolas onde o clima mais quente não significa menos água. Isto pode ser devido ao fato destas culturas serem particularmente sedentas sob o poder secante do ar quente, e porque a terra seca não pode esfriar com a evaporação e fica especialmente quente sob os raios do sol. Os impactos compostos do calor e da seca foram menos importantes para outras culturas, como o trigo ou o arroz.

Segurança alimentar ameaçada

O estudo mostra que, sem cortes fortes e rápidos de emissões, os alimentos básicos poderiam ser cada vez mais afetados por extremos climáticos compostos. Isto aumenta os riscos de preços mais altos dos alimentos e reduz a segurança alimentar, mesmo em países desenvolvidos.

“Nosso estudo descobre um novo risco para a produção agrícola decorrente do aquecimento do clima que acreditamos ter sido negligenciado nas avaliações atuais. Como o planeta continua a aquecer, a água e o calor podem se inter-relacionar mais fortemente em muitas regiões, tornando as secas mais quentes e as ondas de calor mais secas”, afirma Corey Lesk, autor principal do estudo e pesquisador do Departamento de Ciências da Terra e Meio Ambiente (DEES) da Universidade de Columbia e do Lamont-Doherty Earth Observatory (LDEO).

“AS PLANTAS TERÃO CADA VEZ MAIS FALTA DE ÁGUA QUANDO MAIS PRECISAM DELA, E HISTORICAMENTE ISTO TEM SIDO ESPECIALMENTE PREJUDICIAL PARA AS CULTURAS.”

Para o pesquisador, o estudo deve servir de motivação para adaptar colheitas e técnicas de cultivo. “Por exemplo, precisamos de novas variedades de culturas para suportar o aumento da temperatura, mas isto não pode vir às custas de uma maior tolerância à seca. Os governos e as grandes empresas de sementes devem ser transparentes sobre seus planos de adaptação da agricultura ao aquecimento do clima”, completa Lesk.

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*Fonte: ciclovivo

Temperatura nas cidades vai subir de maneira perigosa

As metrópoles do futuro vão ser cada vez mais quentes e as altas temperaturas vão afetar bilhões de pessoas. Pesquisas mostram que mesmo com o sucesso dos esforços de se reduzir drasticamente o uso de combustíveis fósseis, as temperaturas dos centros urbanos no final do século vai estar pelo menos 2°C acima das medidas atuais.

Caso a tendência atual de uso de combustíveis fósseis seja mantida, o que parece uma perspectiva mais realista, o aumento das temperaturas em cidades como São Paulo, Paris, Londres, Shangai, Bagdá, Lagos, Beijing e Filadélfia pode chegar a 4,4°C em 2100.

As cidades também têm tendência a ficarem mais secas, com as taxas de umidade relativa do ar caindo à medida que as temperaturas sobem. Quem afirma isso são cientistas americanos que usaram dados estatísticos e inteligência artificial pata traçar perspectivas para o futuro das cidades ainda neste século.

Esta pesquisa é literalmente vital para a humanidade, já que as cidades, apesar de cobrirem apenas 3% da superfície da Terra concentram mais de 50% da população. Até 2050, os grandes centros urbanos atuais e novos que estão surgindo vão abrigar 70% da humanidade.

Escala global

“Incorporar variantes climáticas de menor escala nos modelos de análise é fundamental para prever como vai ser o clima das cidades no futuro. Mas incluir essas variações em modelos de análise de escala global, ainda é um desafio”, explica Lei Zhao, engenheiro da Universidade americana Urbana-Champaign.

“As cidades possuem muitas superfícies de concreto e asfalto e retêm muito mais calor do que superfícies naturais, impactando muitos processos biológicos.”
Dr. Lei Zhao

Dr. Zhao e sua equipe publicaram um estudo no Nature Climate Change no qual combinaram uma série de simulações possíveis com dados estatísticos para criar um quadro geral, em escala global, do impacto do clima nos centros urbanos.

Os pesquisadores esclarecem que os resultados tratam de um panorama geral o que não inclui eventos extremos ou possíveis variações locais específicas.

No entanto, o alerta é claro: até 2100, os centros urbanos “vão experimentar o aquecimento mais acentuado já visto, durante o dia e durante a noite”.

O estudo destaca esta variação especialmente para cidades nas regiões central e norte dos Estados Unidos, região sul do Canadá, centro e leste da Europa, centro e sul da Ásia e norte e oeste da China. Na América do Sul, o aquecimento noturno nas cidades será mais intenso.

As cidades localizadas em altas altitudes no hemisfério norte terão um aumento de temperatura durante o inverno. Junto com o aumento das temperaturas, virá uma baixa na umidade relativa do ar durante verão em centros urbanos. Isso pode levar a quadros de calor graves, falta de água e instabilidade no fornecimento de energia.

Esta análise geral com previsões para o futuro dos centros urbanos já havia sido prevista em estudos anteriores sobre as consequências do calor extremo. O aumento de temperaturas de 1,9°C e 4,4°C já é suficientemente alarmante, mas traz também outros efeitos bastante negativos na economia, saúde pública e até taxas de mortalidade nas metrópoles.

Infraestrutura verde

O calor extremo está a caminho e pode ser muito perigoso. O calor aumenta o uso do ar condicionado, o que eleva o consume de energia. As ruas das cidades vão ficar especialmente quentes. Pesquisadores alertam que os maiores impactos serão sentidos nas metrópoles chinesas e no sul da Ásia. Até 2070, cerca de 3 bilhões de pessoas vão enfrentar um nível de calor considerado extremo nos dias de hoje – e que no momento afetam apenas um pequeno grupo de pessoas.

Para aliviar a onda de más notícias, um fator positivo é que com a queda da umidade, os níveis de evaporação nas superfícies das grandes cidades vai ser maior e isso pode ser um mecanismo de resfriamento eficiente em alguns casos. Sendo assim, o que cientistas chamam de infraestrutura verde pode oferecer uma ajuda muito importante: parques e áreas verdes podem se tornar florestas urbanas, e as árvores e jardins terão uma importância cada vez maior nas metrópoles. “Nossas descobertas destacam a importância vital de áreas urbanas que ajudem a melhorar o clima”, reforça Dr. Zhao.

“Este estudo fornece bases científicas para que urbanistas foquem suas atenções no desenvolvimento de infraestrutura e intervenções verdes para reduzir o aquecimento das cidades em larga escala.”
Dr. Leo Zhao

*Por Natasha Olsen

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*Fonte: ciclovivo

A ‘onda histórica de frio’ que fará as temperaturas desabarem do Sul ao Norte do Brasil

Depois de um “ciclone bomba” atingir o Brasil e deixar ao menos 12 mortos há um mês e meio, o país se prepara para receber outro fenômeno meteorológico de grande relevância. Desta vez, será uma massa de ar frio que vai causar chuvas, granizo, um frio histórico e até neve nos próximos dias.

Meteorologistas entrevistados pela BBC News Brasil disseram que a grande massa de ar frio se aproxima do país e vai derrubar as temperaturas na maior parte dos Estados, inclusive no Norte e Nordeste, como Amazonas e Bahia.

Francisco de Assis, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirma que grande parte do país será atingido pela onda de frio. Esta é a terceira vez que o fenômeno ocorre no Brasil este ano, mas a primeira com tamanha intensidade e abrangência.

“A dimensão dela será parecida com o frio histórico de 1955, 1963, 1975 e 1985. Não teremos temperaturas muito mais baixas do que já registramos neste ano. Mas a abrangência vai pegar do Norte, onde teremos quedas de até 15ºC nas temperaturas, e com uma condição de geada mais significativa e até neve na região Sul. É uma frente fria que chega até a linha do Equador”, afirmou Assis.

O meteorologista Maicon Veber, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), explica que massas como essa se formam próximas a regiões polares. Elas sobem pelo sul da Argentina e podem se deslocar mais próximas ao oceano ou pelo continente, dependendo das condições.

“Neste caso, ela segue pelo continente e tem a característica de ser mais fria e seca. Amanhã, ela deve chegar no centro-sul do Rio Grande do Sul e se desloca até o sul da Amazônia. Ela ainda pega o Paraguai, Bolívia, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Além dos Estados do Acre e Rondônia”, afirmou Veber.

De acordo com os especialistas, a chegada da massa de ar frio vai causar fortes chuvas na maior parte do país. Isso vai ocorrer porque há um sistema frontal (encontro de massas de ar com características diferentes, como de temperatura — uma mais fria com uma mais quente, por exemplo), carregado com nuvens de chuva do Mato Grosso do Sul até Santa Catarina.

“Quando o ar frio invadir o país e encontrar a região mais úmida, como as serras Gaúcha, de Santa Catarina e do Paraná e isso fará com que haja condições para queda de neve, já que em temperaturas abaixo de 0 grau cai neve em vez de chuva, caso existam condições de instabilidade para isso”, afirmou o meteorologista do Inmet.

Ele explica que em regiões mais quentes, como São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, onde esse sistema frontal está “estacionado”, deve ocorrer temporais entre terça e quarta-feira, inclusive com queda de granizo em algumas áreas. Quando ele avançar totalmente, as chuvas devem parar, o que ocorre a partir de sábado.

Os especialistas dizem que nas regiões mais quentes do país, como o Mato Grosso do Sul, que registrou máximas de 40º nos últimos dias, pode haver “uma queda de temperatura muito grande, de até 15º”.

Geada e neve

Os meteorologistas ouvidos pela reportagem disseram que não é possível afirmar que esse fenômeno é causado pelas mudanças climáticas porque já ocorreram muitas outras vezes no passado. Porém, é consenso de que terá uma grande intensidade.

Maicon Veber diz que uma massa de ar frio normalmente tem pouco mais de 1 km de espessura, que vai da superfície em direção à atmosfera. Por ser fria e pesada, ela se localiza e desloca próxima ao solo.

Já esta coluna de ar frio que se aproxima tem de 5 a 6 km de espessura.

“É uma massa bastante significativa e deve tomar conta de boa parte do continente. O Centro-Oeste e Sudeste devem ter recordes de temperatura mais baixas do ano. Mas vamos ter que esperar para saber se vai ser um frio histórico. Só quando tivermos os dados durante a passagem dela”, afirmou o meteorologista do Inpe.

Ele disse que a diferença mais marcante dessa massa de ar é que há uma chance de nevar no Sul por conta também de um sistema que chegará à região logo após a chegada desse sistema.

“A partir de quinta-feira, um sistema chamado de vórtice de ciclone vai se deslocar e causar instabilidade, além de provocar uma condição de neve. Ele vai reforçar esse ar frio sobre o Sul a uma altitude mais alta e mais úmida que a massa de ar frio e deixar o tempo instável, numa configuração ideal para a formação de neve”, disse Veber.

Ele disse que a partir de sexta-feira também haverá condições de geada de uma maneira mais ampla nos Estados do Sul e Sudeste. Mas conforme a massa vai avançando em direção ao norte do Brasil, ela sofre alterações e enfraquece.

Ainda assim a queda de temperatura será sentida inclusive em Estados do Nordeste, como a Bahia.

Previsão

A previsão do Inmet é que a temperatura nos Estados do Sul caiam a partir desta quarta-feira. A previsão é que Porto Alegre registre temperatura mínima de 6º C na quinta-feira (20/08) e 3º C na sexta (21/08).

Em São Paulo, de acordo com o Inmet, a máxima não deve passar dos 13º C tanto na sexta quanto no sábado, enquanto as mínimas ficam em 9ºC e 8º C, respectivamente. Os dois dias devem ter céu encoberto e chuva.

Em Cuiabá, a previsão é que as temperaturas cheguem a 40º C nesta quarta-feira (19). Na sexta, os termômetros não devem passar dos 20º C, com mínima de 13º C. No sábado, previsão do Inmet é que a mínima chegue a 11º C, com máxima de 25º C.

*Por Felipe Souza

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*Fonte: bbc – brasil

Quem nega as mudanças climáticas justificam com esses motivos

A indústria de combustíveis fósseis, lobistas e partes da mídia passaram os últimos 30 anos semeando dúvida sobre a veracidade da atual mudança climática. A estimativa mais recente realizada pela Forbes mostrou que empresas de petróleo e gás investiram em média US$200 milhões por ano em lobby para controlar, adiar ou bloquear políticas em favor do meio ambiente.

Veja abaixo cinco tipos de negação das mudanças climáticas:

5. Negação da ciência

Esse tipo de negação envolve o argumento de que esta mudança climática que vivemos atualmente é um ciclo natural, não influenciado pela ação humana.

Alguns argumentam que os modelos climáticos não são confiáveis ou que são muito sensíveis ao dióxido de carbono. Outros acreditam que o CO2 é uma parte tão pequena da atmosfera que nem causaria um efeito de aquecimento.

Já outras pessoas acreditam que os cientistas estão sabotando as pesquisas para apresentarem resultados que não são reais.

Todos esses argumentos são falsos e existe um consenso global entre cientistas sobre as causas das mudanças climáticas.

4. Negação econômica

A ideia de que a mudança climática custaria muito dinheiro para ser freada é outra forma de negação climática. Economistas, porém, calculam que poderíamos conseguir frear as mudanças gastando apenas 1% do produto interno bruto mundial. Mas se não agirmos agora, em 2050 isso vai nos custar 20% do PIB mundial.

3. Negação humanitária

Alguns grupos da Europa e Estados Unidos acreditam que a mudança climática e o aquecimento da zona temperada tornariam a agricultura desses locais mais produtiva. Esses ganhos locais, porém, vão pelo ralo para pagar pelas contas de verões mais secos e aumento da frequência de ondas de calor nessas mesmas áreas.

É também importante apontar que 40% da população global vive em zonas tropicais, e um aumento na desertificação nesses locais seria uma catástrofe.

2. Negação política

Quem nega a mudança climática argumenta que não se pode tomar nenhuma ação porque outros países não estão tomando nenhuma ação. Mas nem todos os países são igualmente culpados por causar a atual mudança climática.

Por exemplo, 25% do CO2 produzido pela humanidade é gerado pelos EUA, e outros 22% são produzidos pela União Europeia. Depois vêm a China (13%), Rússia (7%), Japão (4%) e Índia (3%). A África inteira produz apenas 5%.

Portanto, os países mais desenvolvidos têm uma responsabilidade ética de liderar o caminho para o corte de emissões. Isso não significa que os países em desenvolvimento estão livres desse esforço: todos os países precisam agir para que a emissão humana de CO2 chegue à zero até 2050.

Para isso, precisamos de muito mais veículos elétricos e de uma economia verde que traga benefícios e crie empregos.

1. Negação da crise

O argumento final é que não deveríamos correr para mudar a forma que as coisas são feitas enquanto não tivermos certeza absoluta sobre todas as informações.

Muitas pessoas têm medo de mudanças, especialmente aquelas que são mais ricas ou que têm mais poder. Argumentos muito parecidos foram usados para atrasar o fim da escravidão, o direito do voto feminino, o fim da segregação racial e até a proibição de cigarro em locais fechados e públicos. [Science Alert]

*Por Juliana Blume

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*Fonte: hypescience

Verão terá temperaturas acima da média entre dezembro e fevereiro no Brasil inteiro

Esse ano o verão demorou um pouco mais pra chegar com a força inclemente com que costuma ferver o país – nos últimos dias, porém, o sol lembrou do Brasil e elevou as temperaturas como é habitual conforme o natal e o ano-novo se aproximam. E, pelo que prometem as previsões do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o calor intenso não será passageiro: a temperatura deverá ficar acima da média histórica em todo o Brasil ao longo do verão, no período entre dezembro e fevereiro do ano que vem.

Tal elevação se dará por conta do El Niño, fenômeno meteorológico que aquece as águas da parte equatorial da superfície do Oceano Atlântico, elevando assim a temperatura. Além do calor, o fenômeno deve também alterar os regimes de chuva pelo país – no sul, especialmente em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, as chuvas serão acima do esperado para essa época.

No Norte do país, o El Niño trará o efeito inverso: as chuvas serão menos habituais, principalmente no Amapá, Roraima e no norte do Pará. Com mais ou menos chuvas, o que se promete democraticamente para todo o país é mesmo somente o calor intenso, e o sol nos lembrando incessantemente que é verão nesse país tropical.

*Por Vitor Paiva

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*Fonte: hypeness

Edredom ‘mágico’ ajusta a temperatura de cada lado e promete solucionar um dos grandes problemas de casal

Dividir a vida com outra pessoa é uma delícia. Ter um cobertorzinho de orelha para te esquentar quando esfria então, nem se fala. Mas, as pessoas são diferentes, e dificilmente um friorento casa com uma friorenta, por exemplo.

E, para acabar com este tipo de problema, uma startup norte-americana criou o Smartduvet Breeze, uma espécie de edredom “mágico”. Sua tecnologia permite que cada um de seus lados seja ajustado com um tipo de temperatura, seja mais quente ou mais fria.

O ajuste é feito através de um aplicativo, definindo qual lado da cama será verão, e qual será inverno. Tudo para que o casal tenha o máximo de conforto durante a noite, sem nenhum tipo de conflito ou briga por conta disso.

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*Fonte: hypeness

Tinta térmica pode substituir ar condicionado

A NASA desenvolveu uma tinta à base de água e microesferas ocas de vidro, capaz de reduzir a temperatura e o consumo de energia dentro das residências. Em alta no mercado internacional, a tinta térmica é a mais barata das soluções utilizadas nas obras de isolamento térmico.

O material pode ser aplicado em qualquer superfície, mas o efeito é intensificado quando é utilizada para revestir os telhados das construções, já que a parte superior recebe maior incidência dos raios solares. Os telhados revestidos com o material reduzem em até 60% o consumo de energia elétrica utilizado para refrigerar casas, prédios, indústrias e estabelecimentos comerciais.

No começo, os cientistas da NASA criaram a tinta térmica para ser aplicada em aeronaves, navios e tubulações, a fim de diminuir o calor dentro destas estruturas. Porém, a solução passou a ser comercializada em lojas de construção nos EUA e rapidamente se popularizou, já que a tinta térmica é mais barata e sustentável do que a espuma de poliuretano, material derivado do petróleo usado na maior parte das obras de isolamento térmico.

De acordo com Walter Crivelente Ferreira, diretor da empresa WC Isolamento Térmico, o revestimento pode até mesmo tomar o lugar do ar condicionado. “Se o local for bem ventilado, a sensação térmica no ambiente interno se torna agradável, sem precisar de ar condicionado”, garante o fornecedor do material.

Mesmo ganhando espaço cada vez maior no mercado, a tinta não é reconhecida para os projetos de revestimento térmico. De acordo com Crivelente, as licitações públicas ainda exigem o poliuretano nas obras. No entanto, as Nações Unidas estão elaborando um regulamento para adotar materiais de revestimento mais sustentáveis, sem data para ser entregue.

O diretor da empresa fornecedora acredita que o brasileiro deve aderir à novidade. “As vendas por aqui ainda vão crescer”, afirmou Crivelente, que leva o serviço para muitas indústrias. A nova tinta tem propriedades semelhantes às convencionais e custa a metade do preço das espumas de poliuretano. O efeito térmico dura cerca de cinco anos e a aplicação pode ser feita pelos proprietários.

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*Fonte: ciclovivo

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Veja como economizar energia sem precisar desligar o ar condicionado

Dias quentes + ar condicionado = conta de luz cara. Se você sofre com essa equação no verão, saiba que é possível mudar o impacto disso no seu bolso sem abrir mão do aparelho. Colocar a temperatura nos 17ºC, por exemplo, não é a escolha mais interessante porque consome bem mais energia, forçando o equipamento a trabalhar muito para resfriar o ambiente.

Em vez disso, opte por ajustar para 23ºC. Assim, a diferença de temperatura do ambiente externo e interno não será tão drástica e não fará o aparelho trabalhar muito. Esse pequeno ajuste pode gerar uma economia de energia de até 50%

Outra dica importante é: se você for se ausentar por pouco tempo do ambiente, não desligue o ar condicionado. Quando você voltar, o aparelho vai gastar mais energia para resfriar o ambiente novamente.

Usar adequadamente as funções do seu ar condicionado resulta em economia

Veja outras dicas para economizar:

Ar condicionado à noite
Quando for dormir, programe a função Sleep do seu ar condicionado. Ela controla automaticamente a temperatura de acordo com o ritmo do corpo. Reduzindo, assim, o gasto de energia e garantindo conforto térmico.

Instalação
É importante seguir o manual de instalação do fabricante  de maneira correta. Uma má instalação pode gerar um aumento de consumo de 20% de energia, além de reduzir a vida útil do equipamento.

Na hora de comprar
Para quem ainda não comprou o aparelho, mas está determinado a fazer isso, escolha aqueles produtos que apresentam o melhor índice de eficiência energética. Os modelos com o Selo Procel de Economia de Energia são os ideais. Às vezes a diferença de preço de um produto com maior eficiência já é paga com a diferença de gasto de energia no primeiro mês de uso.

 

*Fonte: CatracaLivre

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