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Como o batimento cardíaco afeta nossa percepção de tempo
“O tempo é relativo”, determinou Albert Einstein em sua teoria da relatividade, em 1905, após termos considerado o tempo por séculos “uma força constante e independente”, como se o progresso do Universo fosse governado por uma espécie de relógio que comanda tudo.
O que Einstein quis dizer com sua teoria é que a taxa na qual o tempo passa depende do seu quadro de frequência, ou seja, a combinação de espaço e do tempo em um único campo, com medidas que variam dependendo do movimento relativo ou das forças gravitacionais dos objetos dentro dessa estrutura.
O tempo é essencial para a estrutura da vida, sendo parte integrante de praticamente todos os fenômenos psicológicos, desde a sequência de recompensas envolvidas no condicionamento operante e clássico até o fluxo de oxigênio na medição da ativação cerebral.
E, recentemente, foi descoberto que o batimento cardíaco pode afetar nossa percepção de tempo.
As rugas no tempo
O estudo Wrinkles in Subsecond Time Perception are Synchronized to the Heart, liderado por Adam K. Anderson, professor de psicologia da Universidade de Cornell, os pesquisadores concluíram que a percepção humana de tempo não é contínua e pode aumentar ou diminuir a cada batimento cardíaco. Com isso, o coração se torna um verdadeiro cronometrista do cérebro, desempenhando um papel fundamental em nosso senso de passagem do tempo.
“Nossa pesquisa mostra que a experiência do tempo momento a momento é sincronizada e muda com a duração de um batimento cardíaco”, disse Anderson.
O cérebro acompanha a passagem do tempo sem que percebamos, e isso acontece de maneira automática, porém não consistente. A percepção de tempo do cérebro pode, sim, flutuar, com alguns momentos parecendo mais longos ou curtos em relação a cada segundo objetivo.
Em um estudo com trens simulados, Anderson e sua equipe descobriu que os passageiros sentiam que as viagens duravam mais quando os trens estavam lotados, sendo que estudos anteriores, se concentrando na percepção de intervalos de tempo relativamente longos, revelaram mais sobre como as pessoas estimam o tempo diferente de como o vivenciam no momento.
A um batimento
Os pesquisadores recrutaram 45 alunos de graduação da Universidade de Cornell, com idades entre 18 e 21 anos, sem histórico de doença cardíaca, e instalaram neles dispositivos de eletrocardiograma (ECG) para monitorar a atividade cardíaca, com uma resolução de milissegundos; ligando o ECG a um computador que reproduzia tons breves disparados pelos batimentos cardíacos dos candidatos.
Os tons duravam apenas 80 a 180 milissegundos e, após ouvi-los, os participantes precisavam relatar se achavam que durava mais ou menos do que outros tons. O resultado mostrou que eles perceberam que os tons eram mais longos quando precedidos por um batimento cardíaco mais curto, e relataram tons mais curtos quando seguiam um batimento cardíaco mais longo. Isso porque, muito embora a cadência geral de um coração soe estável, cada batida individual pode ser mais curta ou longa do que a anterior.
O que aconteceu no experimento é que ouvir um tom levou os participantes a focarem sua atenção no som, uma resposta de orientação que, por sua vez, mudou sua frequência cardíaca e reajustou sua experiência de tempo.
“O batimento cardíaco é um ritmo que nosso cérebro está usando para nos dar a sensação de passagem do tempo”, disse Anderson, ressaltando que isso não é linear e está constantemente se contraindo e expandindo – embasando o estudo de que os batimentos cardíacos podem influenciar nossa percepção aos estímulos externos, confirmando que o coração ajuda o cérebro a manter o ritmo do tempo.
Ainda que perceber incorretamente a passagem do tempo possa soar como algo ruim – o que, na maioria das vezes, é –, nesse caso, a influência pura do coração, de batida em batida, como diz Anderson, ajuda a criar uma sensação de tempo, e não perdê-la; influenciando em como o cérebro experimenta a passagem do tempo nas menores escalas, operando em períodos muito breve para pensamentos ou sentimentos conscientes.
*Por Julio Cezar de Araujo
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*Fonte:
2023 teve segundo mês de março mais quente da história
Recorde para mês continua sendo o registrado em 2016
O mês de março de 2023 foi o segundo mais quente da história para o período, sendo superado apenas por março de 2016, revelaram os dados do Serviço sobre as Mudanças Climáticas do Copernicus, o serviço de observação por satélite da União Europeia, nesta quinta-feira (6).
Na parte sul e central da Europa, as temperaturas do ar ficaram acima da média para o mês – enquanto no norte ficaram abaixo.
Foram registrados ainda valores muito acima da média em uma ampla faixa do território que cobre o norte da África, o sul da Rússia e a maior parte da Ásia, onde todas bateram seus recordes no termômetro para o período.
Entre as regiões que registraram as condições mais secas em relação à média histórica, iniciadas no fim dos anos 1800, estão incluídas a maior parte da Península Ibérica, onde a estiagem ajudou a propagar incêndios florestais, no arco que cobre os Alpes, que estão com uma cobertura de gelo cerca de 50% menor para a época conforme dados italianos, parte da Europa Central, os Balcãs e a costa noroeste do Mar Cáspio.
O relatório do Copernicus ainda apontou que o mês teve uma taxa de umidade do ar superior à média em uma faixa que se estende da zona sul a noroeste da Europa e na Turquia.
Já a extensão do gelo marinho antártico foi a segunda mais baixa já registrada no histórico dos dados por satélite, chegando a ficar 28% abaixo da média para a época e batendo o recorde negativo registrado em fevereiro de 2023. No caso do gelo ártico, a área ficou 4% abaixo da média, ficando no quarto pior lugar entre os meses de março.
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*Fonte: epocanegocios
Lua pode, em breve, ter seu próprio fuso horário
A Lua é o único satélite natural da Terra e o foco de diversas empresas espaciais que planejam realizar muitas missões lunares. Devido a isso, a Agência Espacial Europeia está pensando em criar um fuso horário lunar.
Com o fuso, a Lua passaria a ter horário próprio, o que facilitaria as comunicações entre as explorações, já que o sistema utilizado hoje se mostra insustentável a longo prazo.
Sobre isso, a agência europeia salienta que esse é um problema que precisa de uma solução internacional, com a ajuda e consenso dos demais países que realizam viagens até a Lua.
O fuso horário lunar pode facilitar as comunicações
Tornar o contato mais rápido entre países e entidades é o principal objetivo da criação de um fuso horário lunar. Ao desenvolver um sistema de cronometragem universal para a Lua, as comunicações entre as equipes podem se tornar mais fácil.
Isso acontece porque hoje em dia diversas empresas espaciais planejam missões até a Lua. E para que elas obtenham um bom resultado, é interessante que a comunicação entre as empresas se torne mais fácil para que seja possível realizar observações sobre o satélite em conjunto.
A Agência Espacial Europeia já disse em um comunicado que “para que todas essas interações ocorram sem problemas, as missões precisam operar em um horário padronizado.”
No entanto, definir um fuso horário lunar envolve muitos países e entidades, o que levanta questões sobre como a cronometragem da Lua será feita.
Uma dessas questões é se o horário da Lua será definido no satélite ou se ele será sincronizado com o horário da Terra. Sobre isso, é preciso considerar que a sincronização do tempo seria difícil já que o tempo na Lua é mais rápido do que na Terra.
Mas, assim que o fuso horário lunar for estabelecido, ele será de grande utilidade para o andamento das próximas viagens lunares que estão planejadas para acontecer.
Próximas missões lunares
Existem cerca de 6 missões lunares previstas nos próximos anos que se originam em diferentes países.
Em primeiro lugar tem o módulo lunar M1, criado pela Ispace e que está programado para chegar à Lua em abril. Outra missão é o de um robô cilíndrico construído pela Intuitive Machines que será lançado à Lua no Falcon 9 da SpaceX.
Além delas também tem a NASA, que está se preparando para levar humanos à Lua novamente em 2025. Já a Agência Espacial Europeia está ajudando a NASA na construção da estação lunar Gateway.
A China também construiu uma estação lunar espacial e já havia demonstrado seu interesse em levar os astronautas chineses para a Lua em 2030.
Por fim, tem a espaçonave lunar Danuri, criada na Coreia do Sul que será lançada em direção ao satélite em um foguete da SpaceX em agosto.
Com tantas missões assim até a Lua, a necessidade de criar um fuso horário lunar para otimizar a comunicação se faz mais importante do que nunca neste momento da exploração espacial.
*Por Letícia Silva Jordão
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Fonte: socientifica
Conferência de Pesos e Medidas decreta o fim do ‘segundo bissexto’: mas o que é isso?
Foi animada a última Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM), ocorrida na França no último dia 18 de novembro: além de estabelecer novos prefixos para nomear medidas imensas ou minúsculas, a organização criada para gerir o Sistema Internacional de Unidades (SI) decretou o fim do segundo bissexto. A medida sugere que a suspensão comece a valer a partir do ano 2035: mas o que é e para o que serve o segundo bissexto? O que o seu fim pode representar?
Apesar de o tempo do relógio ser baseado na posição da Terra em sua rotação e relação com o Sol, tais movimentos são irregulares e não se dão de forma tão exata quanto o tempo contado nos relógios. Assim, a duração de um dia solar não é constante, e acaba criando uma diferença entre o chamado Tempo Astronômico e o Tempo Universal Coordenado (UTC), escala de tempo fixa que determina as Horas Legais em todo o mundo: é para compensar essa diferença que o segundo bissexto foi criado.
Basicamente, o segundo bissexto é utilizado para manter o Tempo Astronômico sincronizado com o Tempo Universal Coordenado: a adição desse segundo eventual acontece para impedir que a diferença entre esses dois relógios seja maior que 0,9 segundo. A dificuldade vinha se dando pelo fato de diferentes organizações e mesmo empresas incluírem o segundo bissexto de formas diferentes, criando possíveis ambiguidades entre fontes de tempo diversas.
Segundo Elizabeth Donley, líder da divisão de Tempo e Frequência do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia, em Colorado, nos EUA, a diferença chega a meio segundo entre as fontes, um hiato que, segundo a especialista, “é enorme”. A proposta da Conferência é que o segundo bissexto deixe de ser aplicado por ao menos um século, mudança que poderá causar uma diferença de aproximadamente um minuto entre as duas medidas de tempo.
O decreto ainda será debatido com outras organizações internacionais, e sua aplicação efetiva deve ser decidida até 2026. A Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM) se reúne a cada quatro ou seis anos, com delegados de 64 países, e funciona nos termos da Convenção do Metro, de 1875. Em encontros anteriores, protocolos determinaram padrões como a medida exata do quilograma, do litro, do quilate, bem como o valor de unidades elétricas, como ampère, newton, volt e watt, e de temperatura, como kelvin e celsius.
*Por Vitor Paiva
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*Fonte: hypeness
Como percebemos o tempo com base em nossas emoções?
Se o tempo é o mesmo para todos, por que percebemos sua passagem de maneira diferente? Descubra como percebemos o tempo com base em nossas emoções e outros fatores, como a idade.
Como percebemos o tempo com base em nossas emoções?
Você já se perguntou se suas emoções ou seu humor influenciam como você percebe o tempo? Talvez quando você está triste você acha que tudo vai mais devagar ou quando você está animado ou se divertindo você tem a sensação de que o tempo voa… A verdade é que existe uma realidade objetiva e é que o tempo passa igual para todos. O que muda é a percepção que temos desse passar dos dias.
Pois bem, essa questão é mais complexa do que uma análise superficial pode revelar, pois a percepção do tempo muda dependendo de como nos sentimos, da idade que temos e também das situações que vivenciamos. Vamos aprofundar.
A percepção do tempo de acordo com nossas emoções
A percepção do tempo é como um relógio interno dentro de nós. E é algo muito útil, pois o tempo nos centra e nos localiza; Além disso, essa percepção também pode nos ajudar a identificar como nos sentimos (mas veremos essa questão um pouco mais adiante).
John Wearden, professor da Keele University, no Reino Unido, trabalha com a questão da percepção do tempo há mais de trinta anos, primeiro em animais e depois em humanos, e publicou mais de 100 artigos sobre o assunto.
Wearden afirma em uma entrevista realizada para a Universidade Autônoma de Barcelona que a percepção do tempo muda de acordo com a idade e de acordo com o que estamos fazendo. Em relação à idade, o professor afirma que os mais velhos, em geral, dizem que “o tempo passa mais rápido à medida que você envelhece”. E dependendo do que fazemos, nossa percepção do tempo também varia. Para tempos curtos, usamos um relógio interno, mas para tempos mais longos, usamos influências ou fatores externos para quantificar o tempo (por exemplo, a distância nos permite calcular o tempo que leva para chegar a algum lugar).
A percepção do tempo de acordo com a idade e novos eventos
Certamente você preenche o dia com momentos, com coisas para fazer (coisas boas para você) e isso faz você ter a percepção de que o tempo passa mais rápido. Especialmente quando os momentos estão cheios de novidade.
Isso é especialmente perceptível na infância (quando tudo é novo e tudo ainda está para ser descoberto); Por outro lado, quando envelhecemos, talvez não haja tantos momentos memoráveis (no sentido de “novidade”), mas eles continuam marcando nossa percepção do tempo.
Emoções e humor influenciam na percepção do tempo
Não apenas a idade ou os momentos memoráveis influenciam a forma como percebemos o tempo. Ele também varia dependendo dos seguintes parâmetros:
As emoções.
O humor.
Mas antes de ver como esses elementos nos impactam, vamos saber qual é a percepção do tempo se estamos em um estado natural (e feliz).
Como percebemos o tempo em um estado natural?
Nos bons momentos, em que fluimos com a vida, o presente parece lento, mas agradável. Os dias se tornam mais longos porque fazemos muitas coisas, mas vivemos esses dias de forma lenta (porque fluímos no tempo).
Assim, se sentimos que estamos conectados ao momento atual (e ao mesmo tempo relaxados), é mais provável que percebamos que o tempo passa muito devagar.
O tempo quando estamos felizes
Se não estamos apenas em um estado “natural” ou de fluxo, mas também estamos aproveitando, sendo felizes e nos divertindo muito, então o tempo voa. E não paramos para pensar, apenas vivemos. É por isso que temos a sensação de que o tempo voa, porque estamos nos divertindo.
Por outro lado, quando estamos mal (ou sentindo outras emoções), a percepção do tempo muda. De que maneira?
Medo e ansiedade e a percepção do tempo
Quando estamos assustados e com medo, tudo parece longo; ou seja, temos uma percepção dilatada do tempo. Ele transcorre lentamente para nós, porque ficamos com medo e ficamos “presos” nesse medo, contando os minutos e as horas para que esse estado de desconforto passe (e fixando nossa atenção no tempo, ele passa mais devagar para nós).
Por outro lado, quando estamos animados, ansiosos ou estressados, sentimos que o tempo passa mais rápido, pois “temos muitas coisas para fazer e pouco tempo” (ou pelo menos é assim que nos sentimos).
Tédio e tristeza: o tempo passa devagar
Mas, o que acontece quando a emoção é outra? Por exemplo, quando estamos tristes ou entediados. Segundo o psicólogo Luis Muinho, a percepção da passagem do tempo pode nos ajudar a saber se uma pessoa se encontra em um estado depressivo (ou subdepressivo).
Nesses casos, quando estamos em um estado depressivo, triste (ou entediado), algo curioso acontece: o tempo passa muito devagar quando o vivemos, mas muito rápido quando o rememoramos. Assim, percebemos que vários meses se passaram, embora enquanto os vivíamos, eles passavam exageradamente devagar.
Quando ficamos entediados, estamos em intenso estado de cansaço, tristes ou deprimidos, o tempo passa devagar, mas depois lembramos como se tivesse passado muito rápido.
A percepção do tempo: um bom indicador do nosso estado emocional
A percepção do tempo é um bom termômetro emocional que nos diz como estamos. Se essa percepção for alterada, nossas emoções também serão alteradas. Portanto, pode ser um bom indicador em psicoterapia, por exemplo, ou em um processo de autoconhecimento.
Se você quiser saber como está, pergunte-se: estou num ritmo forçado? Faria as coisas de maneira mais lenta? Se aprendermos a identificar nosso próprio ritmo ou percepção do tempo, poderemos saber quando nossas emoções estão um pouco alteradas.
“O que marca nossa saúde mental é nossa relação com o tempo.”
-Luis Muinho-
Como viver a passagem do tempo de forma saudável?
Todo mundo tem seu próprio ritmo, seu próprio relógio interno e circunstâncias que influenciam se eles percebem o tempo como rápido ou lento. Assim, essa percepção do tempo muda (também à medida que crescemos), e é algo natural.
No entanto, aprender a viver o momento presente e saborear o tempo sem querer que ele se apresse ou pare é bom para nossa saúde mental.
A ansiedade é um excesso de futuro e a depressão, um excesso de passado
Na psicologia diz-se que a ansiedade é um excesso do futuro e a depressão é um excesso do passado. E que saúde mental é “ter bastante presente”.
Por esse motivo, recomendamos que você não antecipe muito o amanhã, pois poderá sofrer de ansiedade e tampouco fique preso a um passado que não existe mais (porque se a situação se intensificar, você poderá entrar em estado depressivo). Além disso, lembre-se de que a memória modifica nossas lembranças e as idealiza.
“Você ama a vida? Bem, se você ama a vida, não perca tempo, porque o tempo é o bem de que a vida é feita.”
-Benjamin Franklin-
Não lute contra a passagem do tempo, aprenda a fluir com ele
Em suma, se você realmente quer viver plenamente, e de forma serena, é melhor não tentar lutar contra a passagem do tempo. O tempo passa do mesmo jeito, gostemos ou não (e felizmente, porque nos diz que estamos vivos); então não fique obcecado se isso acontece devagar ou rápido para você, apenas saboreie.
Flua com o tempo e alie-se a ele; essa é a única maneira de viver de maneira plena e serena. Em outras palavras:
“Não conte os dias, faça os dias valerem”.
-Muhammad Ali-
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Fonte: amenteemaravilhosa
ACLIMATAÇÃO: o fenômeno que explica as diferentes percepções à temperatura
As recentes ondas de calor que atingiram a Europa surpreenderam pessoas de todo o mundo — principalmente pelos relatos de cidadãos passando mal por causa do calor intenso. Na cidade de Londres, os termômetros chegaram a registrar mais de 40?°C. Isso foi suficiente para gerar uma demanda de ocorrências que sobrecarregou as equipes locais dos bombeiros.
Quando um brasileiro lê esse tipo de notícia, pode não acreditar que a temperatura de 40?°C seja suficiente para causar tantos danos em uma cidade, impactando a saúde dos seus moradores, já que vários municípios brasileiros apresentam temperaturas semelhantes a essa rotineiramente — e em alguns casos, até maiores.
Acontece que o organismo humano leva um tempo para se acostumar com uma temperatura. Os londrinos foram acostumados há séculos com temperaturas amenas e dias chuvosos. Essa surpreendente onda de calor exige muito dos seus corpos, principalmente em relação à aclimatação.
Aclimatação: a capacidade do corpo humano em se adaptar à temperatura
A aclimatação é a capacidade do organismo humano se adaptar às temperaturas extremas, sejam elas quentes ou frias. Contudo, essa adaptação não é imediata. O objetivo da aclimatação é manter a temperatura corporal dentro do padrão de normalidade: 37?°C.
Para se adaptar, o organismo recorre a ações imediatas e de médio prazo. Uma das respostas imediatas ao calor, por exemplo, é produzir suor. Todas essas alterações são comandadas pelo cérebro, na região do hipotálamo, com a ajuda de uma glândula especial chamada de “glândula pituitária”.
Diversas decisões são tomadas por essa dupla, como a forma de trabalho do sistema sanguíneo, o quanto de nutrientes podem ser eliminados pelo suor, a forma como o açúcar será consumido, o ritmo do seu batimento cardíaco, etc.
No entanto, o organismo precisa de ajuda para que esse processo seja o mais eficiente possível. Em temperaturas elevadas, é preciso aumentar a ingestão de água pois a produção de suor pode levar a pessoa a ter um quadro de desidratação. Ao mesmo tempo, consumir refeições mais leves, que exijam menos do sistema digestivo, podem auxiliar na nutrição e melhorar a disposição.
Aclimatação não resolve o problema sozinha
A aclimatação é muito estudada por profissionais de saúde que atuam no esporte. Os atletas precisam se adaptar a diferentes climas, mantendo o seu rendimento. Contudo, a maioria das pessoas não tem o mesmo preparo físico de um atleta e isso faz com que seus corpos, mesmo buscando uma adaptação ao novo clima, apresentem falhas.
É por isso que o aumento das ondas de calor em diferentes regiões do mundo pode representar um desafio para os serviços de saúde e para a economia, já que impactarão a produtividade dos trabalhadores.
Em regiões que lidam com verões intensos, como o estado americano da Califórnia, os trabalhadores são expostos ao calor de forma gradual, para que seus corpos consigam, por meio da aclimatação, se acostumarem com as temperaturas elevadas. Eles começam trabalhando apenas meio-período e, depois de alguns dias, suas jornadas ganham uma hora a mais. Ainda assim, eles precisam de descansos constantes na sombra e muita água.
Todo esse esforço pretende evitar as mortes dos trabalhadores rurais nos Estados Unidos. Todos os anos, cerca de 5 trabalhadores morrem por causa do calor.
*Por Everton Lima
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*Fonte: megacurioso
Segundo físicos e filósofos o tempo pode não existir e está tudo bem
O tempo existe? A resposta a esta pergunta pode parecer óbvia: claro que sim! Basta olhar para um calendário ou um relógio. Mas os desenvolvimentos na física sugerem que a inexistência do tempo é uma possibilidade aberta e que devemos levá-la a sério.
Como assim? E o que isso significaria? Vai demorar um pouco para explicar, mas não se preocupe: mesmo que o tempo não exista, nossas vidas continuarão normalmente.
Uma crise na física
A física está em crise. No último século, explicamos o universo com duas teorias físicas extremamente bem-sucedidas: a da Relatividade Geral e a mecânica quântica.
A mecânica quântica descreve como as coisas funcionam no mundo incrivelmente pequeno de partículas e interações de partículas. A relatividade geral descreve o quadro geral da gravidade e como os objetos se movem.
Ambas as teorias funcionam extremamente bem por si só, mas acredita-se que as duas entram em conflito uma com a outra. Embora a natureza exata do conflito seja controversa, cientistas geralmente concordam que ambas as teorias precisam ser substituídas por uma nova teoria mais geral.
Os físicos querem produzir uma teoria da “gravidade quântica” que substitua a relatividade geral e a mecânica quântica, enquanto captura o extraordinário sucesso de ambas. Tal teoria explicaria como o quadro geral da gravidade funciona na escala em miniatura das partículas.
Tempo na gravidade quântica
Acontece que produzir uma teoria da gravidade quântica é extraordinariamente difícil. Uma tentativa de superar o conflito entre as duas teorias é a teoria das cordas. A teoria das cordas substitui partículas por cordas vibrando em até 11 dimensões.
No entanto, a teoria das cordas enfrenta uma dificuldade adicional. A teoria das cordas fornece uma variedade de modelos que descrevem um Universo amplamente como o nosso, e não fazem previsões claras que possam ser testadas por experimentos para descobrir qual modelo é o correto.
Nas décadas de 1980 e 1990, muitos físicos ficaram insatisfeitos com a teoria das cordas e criaram uma série de novas abordagens matemáticas para a gravidade quântica.
Uma das mais proeminentes é a gravidade quântica em loop, que propõe que o tecido do espaço e do tempo é feito de uma rede de pedaços discretos extremamente pequenos, ou “loops”.
Um dos aspectos notáveis da gravidade quântica em loop é que ela parece eliminar completamente o tempo.
A gravidade quântica em loop não está sozinha na abolição do tempo: várias outras abordagens também parecem remover o tempo como um aspecto fundamental da realidade.
Tempo emergente
Então, sabemos que precisamos de uma nova teoria física para explicar o Universo, e que essa teoria pode não incluir o tempo. Suponhamos que tal teoria seja correta. Significaria, então, que o tempo não existe? É complicado, e depende do que queremos dizer com existir.
As teorias da física não incluem mesas, cadeiras ou pessoas, e ainda assim aceitamos que existam mesas, cadeiras e pessoas. Por quê? Porque assumimos que tais coisas existem em um nível mais alto do que o nível descrito pela física.
Dizemos que as mesas, por exemplo, “emergem” de uma física subjacente de partículas zunindo ao redor do Universo.
Mas, embora tenhamos uma boa noção de como uma mesa pode ser feita de partículas fundamentais, não temos ideia de como o tempo pode ser “feito de” algo mais fundamental.
Portanto, a menos que possamos apresentar uma boa explicação de como o tempo surge, não está claro que podemos simplesmente supor que o tempo existe. O tempo pode não existir em nenhum nível.
Tempo e agência
Dizer que o tempo não existe em nenhum nível é como dizer que não existem mesas. Tentar sobreviver em um mundo sem mesas pode ser difícil, mas administrar um mundo sem tempo parece desastroso.
Nossas vidas inteiras são construídas em torno do tempo. Planejamos o futuro à luz do que sabemos sobre o passado. Nós responsabilizamos as pessoas moralmente por suas ações passadas, com o objetivo de repreendê-las mais tarde.
Acreditamos ser agentes (entidades que podem fazer coisas) em parte porque podemos planejar agir de uma maneira que trará mudanças no futuro. Mas qual é o sentido de agir para provocar uma mudança no futuro quando, em um sentido muito real, não há futuro pelo qual agir?
Qual é o sentido de punir alguém por uma ação passada, quando não há passado e, portanto, aparentemente, nenhuma ação? A descoberta de que o tempo não existe poderia levar o mundo inteiro a um impasse. Não teríamos motivos para sair da cama.
Os negócios de sempre
Existe uma saída para a confusão. Embora a física possa eliminar o tempo, parece deixar intacta a “causalidade”: a ideia de que uma coisa pode provocar outra.
Talvez o que a física esteja nos dizendo, então, é que a causalidade, e não o tempo, é a característica básica do nosso universo.
Se estiver certo, então a agência ainda pode sobreviver. Pois é possível reconstruir um senso de agência inteiramente em termos causais.
Pelo menos, é isso que Kristie Miller, Jonathan Tallant e eu discutimos em nosso novo livro [Out of Time: A Philosophical Study of Timelessnes, sem edição em português]. Sugerimos que a descoberta de que o tempo não existe pode não ter impacto direto em nossas vidas, mesmo quando impulsiona a física para uma nova era.
* Sam Baron é professor associado na Universidade Católica Australiana. Este artigo foi originalmente publicado em inglês no site The Conversation.
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*Fonte: revistagalileu
O tempo pode não existir, de acordo com físicos e filósofos
Otempo existe? A resposta a esta pergunta pode parecer óbvia: claro que sim! Basta olhar para um calendário ou um relógio.
Mas os desenvolvimentos na física sugerem que a inexistência do tempo é uma possibilidade aberta e que devemos levar a sério.
Como pode ser isso, e o que isso significaria? Vai demorar um pouco para explicar, mas não se preocupe: mesmo que o tempo não exista, nossas vidas continuarão como sempre.
Uma crise na física
A física está em crise. No último século, explicamos o universo com duas teorias físicas extremamente bem-sucedidas: a relatividade geral e a mecânica quântica.A mecânica quântica descreve como as coisas funcionam no mundo incrivelmente pequeno de partículas e interações de partículas. A relatividade geral descreve o quadro geral da gravidade e como os objetos se movem.
Ambas as teorias funcionam extremamente bem por si só, mas acredita-se que as duas entram em conflito uma com a outra. Embora a natureza exata do conflito seja controversa, os cientistas geralmente concordam que ambas as teorias precisam ser substituídas por uma nova teoria mais geral.
Os físicos querem produzir uma teoria da “gravidade quântica” que substitua a relatividade geral e a mecânica quântica, enquanto captura o extraordinário sucesso de ambas. Tal teoria explicaria como o quadro geral da gravidade funciona na escala em miniatura das partículas.
Tempo na gravidade quântica
Acontece que produzir uma teoria da gravidade quântica é extraordinariamente difícil.
Uma tentativa de superar o conflito entre as duas teorias é a teoria das cordas. A teoria das cordas substitui partículas por cordas vibrando em até 11 dimensões.
No entanto, a teoria das cordas enfrenta uma dificuldade adicional. As teorias das cordas fornecem uma variedade de modelos que descrevem um universo amplamente como o nosso, e não fazem previsões claras que possam ser testadas por experimentos para descobrir qual modelo é o correto.
Nas décadas de 1980 e 1990, muitos físicos ficaram insatisfeitos com a teoria das cordas e criaram uma série de novas abordagens matemáticas para a gravidade quântica.
Uma das mais proeminentes é a gravidade quântica em loop, que propõe que o tecido do espaço e do tempo é feito de uma rede de pedaços discretos extremamente pequenos, ou “loops”.
Um dos aspectos notáveis da gravidade quântica em loop é que ela parece eliminar completamente o tempo.
A gravidade quântica em loop não está sozinha na abolição do tempo: várias outras abordagens também parecem remover o tempo como um aspecto fundamental da realidade.
Tempo emergente
Então, sabemos que precisamos de uma nova teoria física para explicar o universo, e que essa teoria pode não apresentar o tempo.
Suponha que tal teoria seja correta. Seguir-se-ia que o tempo não existe?
É complicado, e depende do que queremos dizer com existir.
As teorias da física não incluem mesas, cadeiras ou pessoas, e ainda assim aceitamos que existam mesas, cadeiras e pessoas.
Por quê? Porque assumimos que tais coisas existem em um nível mais alto do que o nível descrito pela física.
Dizemos que as tabelas, por exemplo, “emergem” de uma física subjacente de partículas zunindo ao redor do universo.
Mas, embora tenhamos uma boa noção de como uma mesa pode ser feita de partículas fundamentais, não temos ideia de como o tempo pode ser “feito de” algo mais fundamental.
Portanto, a menos que possamos apresentar uma boa explicação de como o tempo surge, não está claro que podemos simplesmente supor que o tempo existe.
O tempo pode não existir em nenhum nível.
Tempo e agência
Dizer que o tempo não existe em nenhum nível é como dizer que não existem mesas.
Tentar sobreviver em um mundo sem mesas pode ser difícil, mas administrar em um mundo sem tempo parece positivamente desastroso.
Nossas vidas inteiras são construídas em torno do tempo. Planejamos o futuro, à luz do que sabemos sobre o passado. Nós responsabilizamos as pessoas moralmente por suas ações passadas, com o objetivo de repreendê-las mais tarde.
Acreditamos ser agentes (entidades que podem fazer coisas) em parte porque podemos planejar agir de uma maneira que trará mudanças no futuro.
Mas qual é o sentido de agir para provocar uma mudança no futuro quando, em um sentido muito real, não há futuro pelo qual agir?
Qual é o sentido de punir alguém por uma ação passada, quando não há passado e, portanto, aparentemente, nenhuma ação?
A descoberta de que o tempo não existe parece levar o mundo inteiro a um impasse. Não teríamos motivos para sair da cama.
Negócios, como sempre
Existe uma saída para a confusão.
Embora a física possa eliminar o tempo, parece deixar intacta a causação: o sentido em que uma coisa pode provocar outra.
Talvez o que a física esteja nos dizendo, então, é que a causação e não o tempo é a característica básica do nosso universo.
Se estiver certo, então a agência ainda pode sobreviver. Pois é possível reconstruir um senso de agência inteiramente em termos causais.
Pelo menos, é isso que Kristie Miller, Jonathan Tallant e eu discutimos em nosso novo livro.
Sugerimos que a descoberta de que o tempo não existe pode não ter impacto direto em nossas vidas, mesmo quando impulsiona a física para uma nova era.
*Por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae
6 Animais que conseguem prever o tempo
Um dos maiores desafios de meteorologistas é fazer uma previsão do tempo acertada. Afinal, não é nada fácil interpretar os diversos sinais atmosféricos — relacionados a temperatura, pressão e outros fatores — para “adivinhar” se vai estar fazendo sol ou chovendo nas próximas horas, dias ou meses.
Porém, acredite se quiser, alguns animais têm essa habilidade de forma nata, conseguindo prever algumas condições climáticas. Não acredita? Então confere esta lista com seis animais que podem nos ajudar a criar uma previsão do tempo bastante confiável.
1. Ursos
Ursos que saíram da temporada de hibernação podem indicar a chegada de tempos mais quentes.
Por serem animais que hibernam durante o inverno, os ursos podem ajudar a prever quando a temporada de frio está chegando ao fim. Em regiões onde esses bichos são comuns, observá-los com mais frequência andando pelas florestas em dias gelados pode indicar que a primavera está se aproximando.
Porém, também é comum alguns ursos acordarem durante a hibernação “por engano”. Se isso acontecer e o animal voltar a dormir, é um indicativo de que a temporada de frio ainda vai demorar um pouco para passar.
2. Esquilos
Esquilos constroem os seus ninhos em árvores mais baixas durante o inverno.
Os esquilos também são animais que, de alguma forma, são capazes de prever quando a temporada de frio está chegando a fio. Durante o inverno, esses bichos inteligentes constroem seus ninhos em árvores mais baixas para se proteger dos ventos congelantes. Quando sentem que o frio está acabando, passam a montar as casas em lugares mais altos.
3. Sapos e rãs
Como amantes de ambientes úmidos, os sapos e rãs são um bom indicativo de chuvas.
Os sapos e as rãs gostam de ambientes úmidos e, por isso, a chuva é um dos maiores aliados desses anfíbios. É normal encontrar esses animais em lugares que acabaram de receber chuvas, mas a permanência dos bichos nessas áreas por mais tempo é um indicativo de que o sol pode demorar um pouco mais para aparecer.
Portanto, se você ouvir o coaxar de sapos e rãs perto de sua casa, é provável que a chuva esteja a caminho.
4. Corvos
Quando estiverem voando baixo, os corvos podem indicar a chegada de uma tempestade.
Assim como muitas outras aves, os corvos são animais muito inteligentes quando o assunto é previsão do tempo. Isso acontece porque os pássaros são muito sensíveis à pressão atmosférica. Ao voarem mais baixo do que o normal, os corvos podem estar passando a mensagem de que uma tempestade está a caminho.
5. Formigas
As formigas se recolhem para o formigueiro quando a chuva está chegando.
O comportamento das formigas também pode indicar a mudança do tempo. Ao fugir para o formigueiro e tampar os buracos para evitar inundações, esses animais dão um indicativo claro de que uma chuva está a caminho. A construção de um formigueiro também indica que os insetos “pressentem” que os próximos dias serão favoráveis a esse trabalho.
6. Tubarões
Ao sentir variações na pressão atmosférica, os tubarões nadam em águas mais profundas.
Da mesma forma que as aves, os tubarões (e alguns peixes) também são capazes de sentir variações mínimas na pressão atmosférica. Quando essas mudanças indicam a chegada de uma tempestade, esses grandes animais preferem nadar em águas mais profundas para fugir da turbulência causada por ventos e chuvas.
O retorno desses animais para águas mais superficiais também indica a bonança do tempo, mostrando que eles entendem que o pior já passou.
*Por Eduardo Harada
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*Fonte: megacurioso
Mudanças climáticas: bebês de hoje enfrentarão 7 vezes mais ondas de calor no mundo que seus avós
Um bebê recém-nascido ainda nem teve tempo de contribuir – como todos nós fazemos, com nossos hábitos de consumo e alimentares e uso de combustíveis – para as emissões de gases poluentes que causam o aquecimento global.
Apesar disso, esse bebê vai sofrer exponencialmente mais do que seus avós com as mudanças climáticas em curso no planeta.
Na prática, crianças nascidas em 2020 devem enfrentar, ao longo de sua vida, uma média de sete vezes mais ondas de calor extremo do que alguém que nasceu em 1960. Em alguns países, esse aumento é de até dez vezes.
As conclusões são de um estudo recente publicado na revista Science, a partir de projeções sobre tamanho e idade da população global, temperaturas futuras e eventos climáticos extremos, com base nas informações do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC na sigla em inglês).
Se, além das ondas de calor, outros tipos de eventos climáticos extremos forem colocados nessa conta, estima-se que a nova geração passará por uma incidência média 2 a 7 vezes maior de queimadas, secas, enchentes, tempestades tropicais e quebras de safras (colheitas menos proveitosas) ao longo de suas vidas, em comparação com a geração nascida 60 anos atrás.
“Quanto mais jovem você for, maior será o aumento da exposição a extremos climáticos. Ou seja, as gerações mais jovens são as que têm mais a perder, especialmente os recém-nascidos”, explica à BBC News Brasil o principal autor do estudo, o cientista climático Wim Thiery, da Universidade Vrije de Bruxelas (Bélgica).
“Também podemos pensar ao contrário: quanto mais jovem você for, mais você pode se beneficiar se aumentarmos nossas ambições e reduzirmos o aquecimento global”, principalmente se for possível manter o aquecimento dentro do limite de até 1,5°C estabelecido no Acordo Climático de Paris em 2015, que tem se tornado uma meta cada vez mais remota, na visão de muitos observadores climáticos.
“Para as gerações mais jovens, aumentar as ambições tem um efeito direto sobre suas vidas”, conclui Thiery.
Do calor de quase 50°C no verão do Canadá a enchentes na Alemanha e secas mais prolongadas no Brasil, os eventos climáticos extremos são uma das principais consequências diretas das mudanças climáticas.
Segundo um importante relatório do IPCC divulgado em agosto, todo o planeta já enfrenta alterações no ciclo da água, que provocam desde chuvas mais volumosas – e enchentes -, até secas mais intensas.
“Sob um aquecimento global de 1,5°C, haverá aumento de ondas de calor, estações quentes mais longas e estações frias mais curtas”, explicou o painel da ONU em agosto.
Se esse aumento da temperatura global for ainda maior, sob 2°C, “extremos quentes vão, com mais frequência, alcançar limites de tolerância para a agricultura e a saúde”.
‘Vida sem precedentes’
Se, por terem mais tempo de vida pela frente, as crianças serão as mais afetadas, Thiery e seus colegas afirmam que o aquecimento global já deixa toda a população global sujeita a uma “vida sem precedentes”.
“Descobrimos que todas as pessoas que têm entre zero e 60 anos hoje viverão uma vida sem precedentes, sob mais ondas de calor e quebra de safra, independentemente de sua idade ou do alcance das mudanças climáticas”, diz o cientista.
“Os que têm menos de 40 anos, além disso, sofrerão com muito mais enchentes e secas, mesmo no cenário mais ambicioso de aquecimento de até 1,5°C. Os mais jovens são os que têm mais a perder, mas todos os que estão vivos hoje estão sob condições que chamamos de um ‘território ainda não navegado’.”
Para mostrar isso de modo mais concreto, a Universidade Vrije criou uma calculadora chamada My Climate Future (meu futuro climático).
Nela, uma pessoa pode prever o aumento dos eventos climáticos em sua vida a partir do ano em que nasceu, do lugar onde vive e com base em três cenários – o mais otimista, de um planeta 1,5°C mais quente; o mediano, em média 2,4°C mais quente, com base na trajetória atual e nas promessas e compromissos climáticos assumidos até agora; e um mais pessimista e altamente quente.
As regiões do mundo onde o sofrimento vai ser mais agudo e sentido por mais pessoas, segundo os cálculos de Thiery, são o Oriente Médio e o norte da África e a África Subsaariana.
Mas as estimativas para o resto do mundo estão longe de serem animadoras.
Na América Latina, uma criança nascida em 2020 vai enfrentar, em relação a alguém nascido em 1960:
– 50% mais chances de sofrer com incêndios
– Duas vezes e meia mais chances de viver sob quebras de safras
– O dobro de secas e enchentes
– 4,5 vezes mais ondas de calor
“E temos motivos científicos para crer que os números estão subestimados. Porque nós só analisamos mudanças na frequência em eventos extremos, mas eles também mudam em intensidade (como furacões mais intensos) e em duração (como ondas de calor mais longas e mais quentes)”, prossegue Wim Thiery.
Injustiças climáticas
Os efeitos disso são sentidos em cadeia: ondas de calor prejudicam a saúde, deixando crianças e idosos, em especial, mais sujeitos a hospitalizações. Quebras de safras afetam o preço e a oferta de comida. Enchentes, inundações e secas intensificam movimentos migratórios globais.
E, novamente, quanto mais jovens e mais pobres forem as pessoas afetadas, maior será o seu fardo.
“Embora não quantifiquemos isso em nosso estudo, não há dúvidas de que esse aumento na exposição a mudanças climáticas tem consequência, por exemplo, na habilidade de aprender, na saúde, na mortalidade e na produtividade laboral”, aponta Thiery.
“Por isso dizemos que limitar o aquecimento global é uma questão de proteger o futuro das jovens gerações.”
As conclusões do cientista e seus colegas ajudaram a embasar um relatório da ONG Save the Children a respeito do peso desigual e injusto das mudanças climáticas sobre quem contribuiu menos com a crise.
“Quando ranqueados por renda, os países 50% mais ricos são responsáveis por 86% do cumulativo das emissões globais de CO2, enquanto a metade mais pobre é responsável por apenas 14%”, diz a ONG.
“Apesar disso, são as crianças de países de renda média e baixa que vão enfrentar o maior peso das perdas e danos à saúde e ao capital humano, à terra, à herança cultural, ao conhecimento indígena e local e à biodiversidade que resultam das mudanças climáticas. (…) Elas herdaram um problema que não foi causado por elas.”
Thiery usa mais números para evidenciar esse peso desigual, primeiro sobre as crianças e, em segundo lugar, sobre as crianças pobres, em regiões que ainda estão em fase de crescimento populacional.
“Na Europa e na Ásia Central, nasceram 64 milhões de crianças entre 2015 e 2020. Essas crianças vão enfrentar quatro vezes mais extremos climáticos nas condições atuais do que alguém que vivesse num mundo sem mudanças climáticas”, diz.
“No entanto, nesse mesmo período de 2015 a 2020, nasceram 205 milhões de crianças na África Subsaariana, que vão enfrentar seis vezes mais extremos climáticos. Então elas não apenas sofrerão mais, como também são um grupo mais numeroso.”
Por isso, argumenta o cientista, mitigar os efeitos das mudanças climáticas é uma questão de “justiça intergeneracional e internacional”.
A conferência mais recente do clima (COP26), em Glasgow, foi concluída em 13 de novembro com avanços e limitações.
De um lado, o acordo final do evento fala em cortar as emissões de CO2 em 45% até 2030 em comparação com 2010 e exige que os países apresentem já no ano que vem novos compromissos de redução de gases do efeito estufa.
No entanto, não houve consenso em torno de pôr fim ao uso do carvão e a subsídios a combustíveis fósseis, um dos principais “vilões” do aquecimento global.
De modo geral, a percepção de ambientalistas é de que os compromissos assumidos até o momento pelos países parecem ser insuficientes para assegurar que a Terra não vai esquentar mais de 1,5°C.
Não por acaso, argumenta Thiery, os formuladores desses compromissos são pessoas mais velhas, que não terão tempo de sentir na pele a maior parte dos efeitos climáticos do futuro.
“Por isso os mais jovens viraram organizadores de protestos e greves pedindo políticas climáticas mais ambiciosas – porque as pessoas que hoje ocupam os espaços de poder não devem sentir as consequências de suas decisões, gerando um potencial conflito intergeracional”, afirma.
Ele lembra que já existe uma onda internacional de processos judiciais de cunho climático sendo abertos contra governos de várias partes do mundo – muitos desses processos movidos por jovens que se sentem feridos em seus direitos humanos por conta de políticas climáticas.
De modo geral, diz o cientista, tem mudado a percepção de que as mudanças climáticas são um problema de um futuro distante, que prejudicarão pessoas abstratas, ainda não nascidas.
“Os dados mostram que é (um problema que) está aqui, agora, afetando todas as pessoas do mundo: todas as gerações vivendo hoje, em todos os países, especialmente os mais jovens, sofrerão as consequências negativas”, ele agrega, para concluir:
“As perspectivas são sombrias, mas há também uma mensagem clara de que se reduzirmos as mudanças climáticas, vamos reduzir essa escalada de extremos climáticos e proteger o futuro de pessoas reais, que já estão vivas.”
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*Fonte: epocanegocios
Desconfie da sua memória; entenda por que ela muda com o tempo
Sua memória provavelmente não é tão boa quanto você pensa que é. Nós confiamos em nossas memórias não só para contar histórias para amigos e para aprender a partir de nossas experiências passadas, mas também as usamos para coisas cruciais como criar um senso de identidade pessoal. Contudo, há provas de que a nossa memória não é tão consistente quanto nós gostaríamos de acreditar. O pior é que nós frequentemente somos os culpados por mudar fatos ou adicionar detalhes falsos a nossas memórias sem ao menos percebermos.
Para compreender um pouco como a lembrança funciona, pense na brincadeira do “telefone sem fio”. No jogo, uma pessoa cochicha uma mensagem para a pessoa a seu lado, que a passa para a próxima pessoa da fila, e assim por diante. A cada vez que a mensagem é retransmitida, algumas partes podem não ser ouvidas direito ou podem ser mal compreendidas; outras podem ser alteradas sem querer, melhoradas ou esquecidas. Com o tempo, a pessoa pode se tornar muito diferente da original.
O mesmo pode acontecer com as nossas memórias. Há incontáveis razões pelas quais minúsculos erros ou retoques podem acontecer a cada vez que nós rememoramos eventos passados, variando entre o que nós acreditamos ser verdade ou queríamos que fosse verdade, ou então o que queremos que aquela pessoa pense. E sempre que essas falhas acontecem, podem haver efeitos de longo prazo na forma com que nós recordaremos aquela memória no futuro.
Pense, por exemplo, no contar de histórias. Quando descrevemos nossas memórias a outras pessoas, usamos licença poética para contar a história de forma diferente, a depender de quem está ouvindo. Nós possivelmente nos perguntamos se é essencial ir direto aos fatos, ou se nós simplesmente queremos fazer o interlocutor rir. E nós podemos mudar detalhes da história dependendo das atitudes do ouvinte ou da sua inclinação política. Pesquisas mostram que, quando nós descrevemos nossas memórias de modo distinto a distintos públicos, não é só a mensagem que se altera, mas sim, às vezes, a própria memória. Isso é conhecido como “efeito de ajuste ao público”.
Em um estudo sobre o efeito de ajuste ao público, participantes assistiram a um vídeo de uma briga de bar. No vídeo, dois homens embriagados entram em confronto físico depois que um homem discute com seu amigo, e o outro vê seu time de futebol favorito perder uma partida. Posteriormente, os participantes tinham que contar a um desconhecido o que tinham visto.
Os participantes do estudo foram divididos em dois grupos. A um grupo foi dito que o desconhecido não gostava de um dos caras que brigam no vídeo. Ao outro, disseram que o desconhecido gostava do mesmo sujeito. Claro que essa informação adicional moldou a forma com que as pessoas descreveram o vídeo ao desconhecido. Os participantes davam mais detalhes negativos sobre o comportamento do homem que brigou se eles acreditavam que o desconhecido não gostava dele.
O mais importante, porém, é que a maneira com que as pessoas contaram a história afetou depois o jeito com que lembraram o comportamento do cara da briga. Quando os participantes tentaram posteriormente lembrar a briga de um modo neutro, sem viés, os dois grupos ainda apresentavam detalhes diferentes do que ocorreu, espelhando a atitude da sua plateia original. Até certo ponto, suas narrativas se tornaram suas memórias.
Resultados como esses nos mostram como nossas memórias podem mudar espontaneamente com o passar do tempo, como um produto de como, quando e por que nós as acessamos. Na verdade, às vezes simplesmente o ato de repetir uma memória pode ser justamente o que a faz suscetível à mudança. Isso é conhecido como “sugestionabilidade aprimorada para recuperação”.
Em um típico estudo desse efeito, participantes assistiram a um filme de curta duração e, poucos dias depois, fizeram um teste de memória. Mas, durante esses dias entre assistirem ao filme e fazerem o teste final, duas outras coisas aconteceram. Primeiro, metade dos participantes fez um teste de memória para treinar. Segundo, todos os participantes receberam para ler uma descrição do filme que continha alguns detalhes falsos.
O objetivo desses estudos era ver quantos detalhes falsos as pessoas acabariam reproduzindo no teste de memória final. Centenas de estudos já mostram que as pessoas vão involuntariamente adicionar detalhes falsos como esses às suas memórias. Mas esses estudos descobriram algo ainda mais fascinante. Participantes que fizeram um teste de memória para treinar um pouco antes de ler as informações falsas eram mais propensos a reproduzir essas informações falsas no teste final de memória. Nesse caso, a prática leva à imperfeição.
Como pode isso? Uma teoria é que repetir nossas memórias de eventos passados pode temporariamente fazer com que aquelas memórias fiquem maleáveis. Em outras palavras, recuperar uma memória pode ser meio como tirar um sorvete do freezer e deixá-lo diretamente exposto à luz solar por um tempo. Quando a nossa memória voltar ao freezer, poderá ter se tornado naturalmente um pouco deformada, especialmente se alguém se intrometeu nela nesse meio-tempo.
Essas descobertas nos ensinam muito sobre como nossas memórias são formadas e armazenadas. E podem nos levar a imaginar quanto nossas memórias mais preciosas mudaram desde a primeiríssima vez que nos lembramos delas.
Ou talvez não. No fim das contas, minha pesquisa com outros colegas mostra que as pessoas em geral realmente não desejam investir tempo e esforço para checar a precisão de suas memórias. Mas, quer você descubra quer não qualquer pequena ou grande mudança que ocorreu, é improvável que a sua preciosa memória seja 100% precisa. Lembrar é sobretudo um ato de narrar uma história. E nossas memórias são somente tão confiáveis quanto a história mais recente que contamos a nós mesmos.
* Por Robert Nash – professor sênior de Psicologia na Aston University (Inglaterra). O artigo foi publicado originalmente em inglês no site The Conversation.
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*Fonte: revistagalileu
Animação mostra como será a Terra se todo o gelo derreter
O aquecimento global continua sendo um problema muito discutido, mas pouco combatido.
Embora governos de diversos países tenham se comprometido a diminuir emissões de gás carbônico, as iniciativas práticas ainda estão aquém do esperado, e a questão ficou mais complicada após Donald Trump, que nega o fenômeno climático, ser eleito presidente dos EUA.
A National Geographic consultou especialistas para tentar prever o que aconteceria com o planeta caso todo o gelo da Terra derretesse.
Ainda que a possibilidade esteja muito distante – há cientistas que falam em 5000 anos, considerando os índices de emissão e aquecimento atuais -, há quem acredite que o processo possa se acelerar caso o problema siga em segundo plano.
Baseado no estudo da NG, o Business Insider produziu um vídeo com um mapa-múndi animado que mostra o que aconteceria com diversas grandes cidades e países do planeta caso todo o gelo da Terra derretesse, elevando o nível do mar em cerca de 65 metros.
Cada cidade ou país com o nome escrito no mapa ficaria total ou parcialmente submerso. Outros possíveis efeitos do aquecimento global são problemas na produção de alimentos, como seca e pragas, que poderiam acarretar em fome massiva, além de fortes ondas de calor e envenenamento dos oceanos.
O mais chocante é que este mapa não é uma espécie de projeção maluca de um futuro improvável, os cientistas previram um futuro em que não há mais gelo na Terra.
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*Fonte: realidadesimulada
5 aulas de Sêneca para aproveitar ao máximo seu tempo
“Quando chegarem ao fim, vão entender que estavam muito ocupados sem fazer nada ”, advertiu Sêneca séculos atrás. O filósofo estoico deixou claro que o tempo é o bem mais valioso que possuímos, mas ainda assim o desperdiçamos sem pensar nele.
Apesar do peso da mortalidade continuamente pairando sobre nossas cabeças, muitas vezes vivemos como se fôssemos imortais. Preferimos não pensar no fim para exorcizar nossos medos mais atávicos. No entanto, se quisermos aproveitar o tempo e fazer algo significativo em nossa vida, devemos ter em mente a frase latina que nos lembra de nossa mortalidade: memento mori .
Dicas para aproveitar o tempo, segundo Sêneca
1. Faça agora, não deixe a vida passar
“Adiar as coisas é o maior desperdício de nossa vida: tira cada dia que chega e nos nega o presente, prometendo-nos o futuro”, escreveu Sêneca. Ao que ele acrescentou: “enquanto perdemos nosso tempo duvidando e procrastinando, a vida acelera”.
Todos nós procrastinamos em algum ponto. No entanto, quando se torna a norma, quando continuamente adiamos planos importantes que poderiam mudar nossas vidas para melhor, temos um problema porque a vida não espera.
A procrastinação pode ser devida à preguiça, mas na maioria dos casos está enraizada no medo da incerteza. É por isso que Sêneca nos lembra que “a fortuna tem o hábito de se comportar como lhe agrada ”, de modo que a espera não costuma aumentar nossas chances de sucesso, mas muitas vezes serve apenas para acumular mais obstáculos pelo caminho.
A solução é eliminar do nosso vocabulário a frase: “Vou fazer amanhã” para começar a trabalhar agora. Só precisamos dar o primeiro passo. Quebre a inércia. Como Sêneca aconselhou: ” segure a lição de casa de hoje e você não terá que depender tanto da lição de amanhã .”
2. Valorize seu tempo mais do que suas posses
Se víssemos uma pessoa queimando dinheiro, pensaríamos que ela era louca. Porém, todos os dias perdemos minutos e horas, mas não pensamos que somos loucos, mesmo que o tempo seja o nosso bem mais valioso.
Ao contrário do dinheiro, que pode ser gasto e recuperado, o tempo é um recurso precioso que nunca podemos recuperar. Sêneca disse: “ As pessoas são frugais na proteção de seus bens pessoais; mas quando se trata de perder tempo, eles são os que mais perdem, a única coisa em que é normal ser avarento . “
Redefinir o valor do tempo tendo consciência de sua finitude é o primeiro passo para utilizá-lo com inteligência, administrá-lo melhor e, sobretudo, dedicá-lo àquilo que realmente vale a pena ou é significativo em nossas vidas. Uma estratégia para começar a valorizar o tempo sobre as posses é nos perguntar: quanto tempo da minha vida devo gastar comprando isso?
3. Reduza a agitação inútil
“ Uma pessoa preocupada não consegue realizar nenhuma atividade com sucesso … Para um homem preocupado, viver é a atividade menos importante. No entanto, não há nada mais importante e difícil de aprender do que viver ” , disse Sêneca.
Suas palavras assumem uma relevância especial hoje, em um momento em que somos submetidos a um fluxo incessante de estímulos externos que exigem nossa atenção. Pendentes compromissos sociais, telas, notícias, mensagens, trabalho … nossa agenda se enche e não temos um minuto livre.
Isso cria a sensação de estarmos muito ocupados fazendo coisas muito importantes, mas se equilibrarmos no final do dia, podemos descobrir que fizemos poucas coisas que nos deixam felizes ou que nos aproximam de nossos objetivos significativos na vida .
Essa tontura diária pode nos prender por anos, fazendo a vida escapar de nós. Por isso é importante que repensemos o nosso dia a dia e procuremos eliminar todas as distrações e ocupações supérfluas que não nos trazem nada enquanto abrimos espaço na nossa agenda para aquelas atividades que realmente contribuem para o nosso bem-estar ou nos fazem sentir. mais cheio e mais vivo.
4. Seja implacável com o que não lhe traz nada
Se quiser aproveitar ao máximo o seu tempo, você precisa aprender a dizer “não”. Sêneca advertiu: “ O quanto você devastou sua vida porque não sabia o que estava perdendo, o quanto você desperdiçou em dores sem sentido, alegria tola, desejo ganancioso e diversões sociais. Você vai perceber que estava morrendo antes do tempo! ”.
Para fazer bom uso do tempo, precisamos aprender a estabelecer limites. Alguns desses limites são dirigidos a outros, a todas as pessoas que acreditam ter o direito de usar o nosso tempo, recarregando-nos com responsabilidades que não nos pertencem. Então, isso significa dizer “não” a muitas das coisas que estamos fazendo pelos outros que eles poderiam fazer por si mesmos, bem como a todos aqueles compromissos, convites e obrigações sem sentido.
No entanto, também devemos aprender a dizer “não” a nós mesmos. Estabeleça limites para não perder tempo precioso. Trata-se de dizer “não” a estados emocionais que nos prejudicam e tiram momentos de felicidade enquanto nos permitimos ser consumidos pela culpa, raiva ou ressentimento. Se não tomarmos cuidado, tanto as imposições sociais quanto esses estados emocionais acabam se expandindo até consumirem grande parte de nossa vida.
5. Não subordine a felicidade à realização de seus objetivos
“ É inevitável que a vida não seja apenas muito curta, mas também muito infeliz para quem adquire com muito esforço o que deve manter com esforço ainda maior. Eles atingem meticulosamente o que desejam; eles possuem avidamente o que realizaram; e enquanto isso passa um tempo que nunca mais voltará. Novas preocupações tomam o lugar das antigas, as expectativas geram mais expectativas e a ambição, mais ambição ” , disse Sêneca.
Em uma cultura que recompensa o esforço constante e metas cada vez mais ambiciosas, essa mensagem estóica pode ser contra-intuitiva. No entanto, a busca contínua de novos objetivos, nunca satisfeita com as conquistas, apenas leva a um estado de permanente ansiedade e infelicidade.
Em vez disso, uma das dicas de Sêneca para aproveitar ao máximo seu tempo é não ser muito ambicioso. À medida que buscamos novos objetivos, o tempo está se esvaindo de nós. Uma meta sempre leva a outra e nos leva a pensar que a felicidade está na conquista de cada uma delas. A solução é reajustar nossas expectativas e nos perguntar como podemos levar uma vida mais significativa no aqui e agora, enquanto trabalhamos para alcançar certos objetivos.
Em todo caso, Sêneca também alertou “ não se deve pensar que um homem viveu muito porque tem cabelos brancos e rugas: ele não viveu muito, só existe há muito tempo … a parte da vida que a gente realmente vive é pequeno. Porque todo o resto da existência não é vida, mas simplesmente tempo ”. A chave para fazer bom uso do tempo é transformar minutos vazios em minutos significativos.
*Adaptado de Rincón de la Psicología
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*Fonte:
Dubai usa drones para criar chuvas artificiais e enfrentar ondas de calor de até 50°C
O Oriente Médio é uma das regiões mais secas do planeta Terra, e pode se tornar inabitável em meados deste século devido às temperaturas crescentes e falta de chuvas. E como um esforço para diminuir o agravamento das condições climáticas na região, os Emirados Árabes Unidos (EAU) estão usando drones que estão fazendo “chover” em locais áridos.
Vídeos recentes divulgados pela agência climática do EAU mostram chuvas pesadas caindo no deserto. Só que as gotículas foram resultado de um teste piloto com drones não tripulados que descarregam eletricidade no meio das nuvens de tempestade. As cargas elétricas são tão potentes que a chuva consegue chegar ao solo, mesmo com temperaturas beirando a casa dos 50°C quase que diariamente.
Nuvens são feitas de gotas de água, mas as gotas são muito pequenas para caírem sozinhas do céu. Descargas elétricas incentivam essas pequenas gotículas a colidirem e se condensarem em gotas maiores, até que chega o ponto que elas caem, formando chuvas e tempestades. O problema é que em lugares muito quentes ou secos, como os Emirados Árabes Unidos, até as gotas maiores não são grandes o suficiente para cair. Como consequência desse clima extremamente seco, a chuva evapora antes mesmo de chegar ao chão.
É aí que a técnica de cargas elétricas poderia ajudar a encorpar essas gotículas para que elas alcancem o chão do deserto. Pesquisadores das Universidades de Bath e Reading que estão por trás do sistema gastaram tempo modelando o mecanismo, além de fazer testes em balões no ano passado para avaliar sua eficácia. No início deste ano, começaram os testes com drones. Segundo o The Washington Post, cientistas receberam US$ 1,5 milhão (R$ 7,8 milhões na conversão direta) para tocar o projeto pelos próximos três anos.
Os Emirados Árabes Unidos não são o único país que fazem experimentos com chuva “tecnológica”. A China tem um grande plano para usar cargas elétricas nas nuvens do Himalaia, enquanto Coréia do Sul e Tailândia usaram a mesma técnica para a chuva varrer a poluição do ar. Há ainda tecnologias que tentam fazer o contrário — ou seja, parar de chover. Foi o que aconteceu na Indonésia, que no ano passado sobrecarregou nuvens com partículas para interromper as fortes chuvas.
Seca no Oriente Médio
A média anual de precipitação nos Emirados Árabes Unidos é uma das mais baixas do mundo: inferior a 10,2 centímetros. Ao mesmo tempo, o país tem uma das mais altas taxas de consumo de água do mundo por pessoa, de acordo com a Administração Comercial Internacional dos EUA. Os números do governo também mostram que o país dessalina 42% de sua água, embora seja um processo caro e requer grandes quantidades de energia.
Emitir pequenos pulsos elétricos nas nuvens para gerar chuva poderia ajudar a abastecer os reservatórios de água ou tomar parte do trabalho que hoje fica a cargo da dessalinização, só que por um custo muito menor. Mesmo assim, os Emirados devem se tornar uma região ainda mais seca e quente nos próximos anos. Dados do Banco Mundial apontam que, se as emissões de carbono continuarem aumentando, o país poderia aquecer 2,4 graus Celsius em século ao meio.
*Por Brian Kahn
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*Fonte: gizmodo
Movimento da Terra fará com que 2021 passe mais rápido
O ano de 2021 deve ser o mais rápido já registrado na história. Com a rotação da Terra sendo guiada por uma velocidade um pouco maior do que a usual, os dias serão, em média, 0,5 milissegundo mais curtos. As informações foram dadas pela Marcella Duarte, do UOL .
O último domingo (3) teve 23 horas, 59 minutos e 59,9998927 segundos. Apesar disso, os dias não têm duração igual. A segunda-feira (4), por exemplo, teve pouco mais de 24 horas.
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Essas pequenas alterações na duração dos dias foram descobertas apenas na década de 1960, depois do desenvolvimento de relógios atômicos superprecisos.
A variação na velocidade de rotação do planeta acontece constantemente e depende de diferentes fatores, como o movimento do núcleo derretido da Terra, dos oceanos e da atmosfera. Além disso, interações gravitacionais com a Lua e o aquecimento global também influenciam o fenômeno.
Quando o processo começou a ser estudado, inicialmente, observou-se que a velocidade de rotação da Terra estava diminuindo. Desde a década de 1970, foram adicionados 27 segundos no tempo atômico internacional para que a contagem se mantivesse sincronizada com o planeta.
Recentemente, o oposto tem acontecido: a velocidade com a qual a Terra gira em torno do próprio eixo, resultando nos dias e nas noites, está aumentando.
Por isso, pode ser necessário “saltar” o tempo para que haja consonância com o movimento do planeta. Nesse caso, seria a primeira vez que um segundo seria deletado dos relógios internacionais.
Os responsáveis por monitorar a rotação do planeta e os 260 relógios atômicos que existem são os oficiais do Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (Iers), em Paris, na França. Eles também avisam quando é necessário adicionar ou deletar algum segundo.
Há um debate na comunidade internacional sobre a necessidade de realizar esse ajuste ou não. Cientistas defendem que, em 2021, os relógios atômicos irão acumular um atraso de 18 milésimos de segundos.
Sem o ajuste, demoraria centenas de anos para uma pessoa comum notar alguma diferença. Os sistemas de navegação e de comunicação por satélite, porém, podem ser impactados pelo descompasso, uma vez que utilizam a posição da Terra, do Sol e das estrelas para funcionar.
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*Fonte: ultimosegundo
Ciência explica porquê sentimos que o tempo está passando mais rápido
Quase todo mundo está com a mesma sensação: o tempo parece estar voando nos últimos anos.
O ano de 2020 mal começou e fomos pegos de surpresa por uma pandemia que ceifou muitas vidas. A quarentena virou um estilo de vida para milhões de pessoas. Em um piscar de olhos, ultrapassamos o meio do ano e em breve estaremos celebrando o natal.
Se o tempo de fato continua o mesmo desde os primórdios da terra, ou seja, um ano possui 365/366 dias para todos nós, o que explica essa sensação de que tudo está tão acelerado, inclusive o tempo?
A psicologia e a neurociência já notaram esse fenômeno e têm teorias que possivelmente explicam essa sensação:
Estamos Envelhecendo – o filósofo francês Paul Janet elaborou uma teoria através de uma explicação matemática baseada na idade e no tempo de vida que nos resta e chegou a seguinte conclusão: a medida que envelhecemos, ficamos mais conscientes que temos menos tempo de vida, e isso nos leva a pensar que o tempo está mais curto ou passando mais rápido.
Influência das Tecnologias – após a revolução industrial e o surgimento das máquinas, as grandes indústrias adotaram uma forma de trabalho padronizada, isso fez os dias parecerem sempre os mesmos: acordar, bater ponto, trabalhar, bater ponto, descansar. A nossa percepção do tempo também ficou padronizada. Hoje, com a internet e as redes sociais, rolamos as telas dos celulares por horas, mas não ficamos conscientes do tempo que gastamos com esta atividade.
Rotina – viver todos os dias como se fossem os mesmos faz com que o nosso cérebro não memorize eventos comuns. Os dias são tão parecidos entre si que chegam a se confundir uns com os outros, comprimindo a percepção do tempo.
A psicóloga britânica Claudia Hammond chamou esse fenômeno de Paradoxo das Férias: quando saímos da rotina e os dias são mais prazerosos, parece que passam muito mais rápido, mas quando descansamos, percebemos que fizemos muitas coisas em pouco tempo, criamos mais memórias relevantes ao cérebro e então temos a percepção de que o dia foi mais longo.
Em contrapartida, quando vivenciamos experiências ruins, de dor ou angústia, a sensação é que um ‘três minutos parecem uma década’. A ciência já provou, através de um estudo da universidade de San Diego, na Califórnia, que pessoas que sofreram recentemente algum tipo de rejeição em seus relacionamentos percebiam o tempo 50% mais lento.
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*Fonte: bonsfluidos
A lei que explica por que desperdiçamos tempo
“O trabalho se expande de modo a preencher o tempo disponível para a sua realização”. A teoria, de autoria do historiador e escritor britânico Cyril Northcote Parkinson, foi publicada pela primeira vez em 1955 em um artigo da revista The Economist. Mas o conceito, conhecido como Lei de Parkinson, é válido até hoje.
Lembro dele toda vez que estou diante de um prazo para entregar um trabalho. O tempo que leva para eu escrever uma reportagem depende, em geral, de qual é o meu prazo – e de quanto tempo eu tenho até o fim dele.
Em seu artigo, Parkinson usa o exemplo de uma senhora idosa escrevendo um cartão para a sobrinha. Como ela não tem mais nada para fazer, a tarefa que poderia ser simples ocupa seu dia todo.
Aparentemente, não sou a única pessoa para quem esse conceito soa verdadeiro. A Lei de Parkinson ganhou vida própria, servindo de base para vários outros artigos e um livro do próprio historiador, que viajou o mundo dando palestras sobre o tema.
Mas o que pouca gente sabe é que a intenção original de Parkinson não era mirar em senhoras que escrevem cartas ou jornalistas como eu, mas em um tipo diferente de ineficiência: a burocratização do serviço público britânico.
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Em seu artigo original, ele apontou que, embora o número de navios da Marinha tenha diminuído em dois terços, e o contingente em um terço, entre 1914 e 1928, o número de burocratas havia aumentado quase 6% ao ano.
Havia menos gente e menos trabalho para gerenciar – mas a área administrativa continuava em expansão, e Parkinson argumentou que isso se devia a fatores independentes das necessidades operacionais da Marinha.
Mais subordinados, mais trabalho
Um acadêmico que analisou a fundo a Lei de Parkinson foi Stefan Thurner, professor de Ciência de Sistemas Complexos da Universidade de Medicina de Viena, na Áustria. Ele conta que se interessou pelo conceito quando a Faculdade de Medicina da Universidade de Viena se tornou independente, em 2004.
Em alguns anos, diz ele, a Universidade de Medicina de Viena que era dirigida por 15 pessoas, passou a ser administrada por 100, enquanto o número de cientistas permaneceu o mesmo.
“Eu queria entender o que estava acontecendo lá, e por que minha carga de trabalho burocrático não diminuiu – pelo contrário, aumentou”, explica.
Por acaso, ele tinha lido o livro de Parkinson na mesma época. E decidiu transformá-lo em um modelo matemático que poderia ser manipulado e testado, juntamente com os colegas Peter Klimek e Rudolf Hanel.
“Parkinson argumentava que, se você tem uma taxa de crescimento de 6% de qualquer órgão administrativo, mais cedo ou mais tarde qualquer empresa vai fechar. Eles vão ter toda a sua força de trabalho concentrada na burocracia, e nenhuma na produção.”
Segundo Parkinson, há dois elementos críticos que levam à burocratização. Primeiro, o que ele chamou de lei da multiplicação de subordinados, a tendência dos gestores de contratar dois ou mais subordinados para se reportarem a eles, de modo que nenhum deles represente uma concorrência direta para a própria chefia. E, segundo, o fato de os burocratas criarem trabalho para outros burocratas.
Quanto maior o tamanho de um governo ou organização, mais burocrático – e, por sua vez, menos eficiente
Thurner diz que as empresas geralmente começam com uma hierarquia plana, talvez dois engenheiros. E, à medida que as companhias crescem, eles contratam assistentes, que são promovidos e contratam seus próprios subordinados.
“A pirâmide começa a crescer. Pode-se adicionar camadas artificiais que não têm outra finalidade a não ser estabelecer hierarquia, o que ajuda a promover as pessoas para agradá-las e mantê-las motivadas.”
“Quando a pirâmide fica muito grande e cara, pode consumir todos os lucros da empresa. Se o órgão burocrático não for cortado drasticamente nesta fase, a empresa morre.”
Thurner também analisou as ineficiências no contexto original de Parkinson: dentro dos governos. Em outro estudo, ele e os colegas examinaram o tamanho de gabinetes de quase 200 países.
Eles descobriram que o tamanho dos gabinetes estava negativamente correlacionado com a eficácia do governo, estabilidade política e responsabilidade fiscal, conforme avaliação do Banco Mundial; assim como, com a longevidade, conhecimento e padrão de vida, dados medidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Para testar como o tamanho de um grupo afeta sua capacidade de tomar decisões, eles criaram um modelo baseado nas redes de fluxo de informações e descobriram que havia uma mudança significativa quando os grupos atingiam 20 integrantes.
“Com 20 pessoas, você vê uma forte diferença na construção de coalizões. Grupos menores se formam e acabam bloqueando uns aos outros, o que explica por que é extremamente difícil tomar decisões unânimes quando os gabinetes são grandes”, afirma.
Prazos ameaçadores podem ser a solução?
Hoje, embora alguns pesquisadores possam rir da menção à “lei” que passou a significar muito mais do que a intenção original do autor, também não há dúvida de que eles sabem a que ela se refere.
Mas até que ponto é verdadeira a ideia de que, sem uma limitação rigorosa de tempo, nós perdemos tempo e nosso trabalho demora mais a ser concluído?
Estudos realizados nas décadas seguintes ao artigo de Parkinson mostraram que ele tem algum mérito. Na década de 1960, pesquisadores constataram que, quando as pessoas ganhavam “por acaso” tempo extra para finalizar uma tarefa, a tarefa levava mais tempo para ser concluída.
Em outra série de estudos de 1999, os participantes foram convidados a avaliar quatro coleções de fotos. Quando foram informados que a quarta coleção tinha sido cancelada, passaram mais tempo analisando a terceira, em vez de apenas terminar a tarefa mais rápido.
Os pesquisadores também descobriram que o tempo extra gasto em uma tarefa – no caso, contando o número de letras em uma frase – não levou a uma maior precisão ou capacidade de recordar as palavras em um teste surpresa realizado posteriormente.
‘Como nossa capacidade de atenção é limitada, nós a dividimos esporadicamente da maneira como podemos ao longo da vida cotidiana’, diz Eldar Shafir
Então, isso significa que, como jornalista, devo estabelecer prazos menores ou limitar o trabalho de apuração e redação de cada história? Deveríamos, de uma maneira geral, impor restrições de tempo mais rígidas para melhorar nossa produtividade?
Os seres humanos têm uma capacidade limitada de memória, atenção e fadiga tarefa – ou banda larga mental, de acordo com Eldar Shafir, professor da Universidade de Princeton, nos EUA, e coautor do livro Escassez, que analisa a psicologia da falta de recursos e como isso influencia nossos comportamentos.
“Como nossa capacidade de atenção é limitada, nós a dividimos esporadicamente da maneira como podemos ao longo da vida cotidiana”, diz ele.
“Mas, às vezes, por necessidade, precisamos nos concentrar.”
No livro, ele e o coautor Sendhil Mullainathan advertem para o risco de focar demais em um projeto às custas de outras tarefas.
“Quando você tem um prazo, é como ter uma tempestade à sua frente. É ameaçador e está se aproximando, então você se concentra fortemente na tarefa.”
E você pode conseguir fazer um ótimo trabalho, mas o problema é que todo o resto é deixado de lado.
“Se você está concentrado demais em um projeto importante, pode ao mesmo tempo esquecer de pegar o seu filho na escola, do aniversário da sua mãe, de dar comida para o cachorro etc. Esse pode ser o preço que você paga pelo sucesso que vai alcançar com o seu foco.”
E correr para realizar algo em poucas horas também pode ter desvantagens, principalmente se o seu prazo for definido por outra pessoa.
“Se o seu prazo for muito curto e você entrar em pânico, terá sacrificado outras coisas e poderá trabalhar de maneira ineficiente, e as coisas poderão dar errado de qualquer maneira”, afirma.
“As pessoas gostam de dizer que, se não fosse no último minuto, nada seria feito. Mas pesquisas mostram que a produtividade das pessoas não é linear”, explica Elizabeth Tenney, professora-assistente da Eccles School of Business da Universidade de Utah, nos EUA, que estuda pressão de tempo e produtividade.
“Quando as pessoas se sentam para realizar uma tarefa, elas se esforçam muito inicialmente. Em algum momento, haverá um rendimento decrescente. Para otimizar a produtividade, você precisa maximizar os benefícios, minimizar os custos e encontrar esse ponto de inflexão.”
Segundo ela, isso não quer dizer ocupar o tempo todo designado para a tarefa ou trabalhar até o fim do prazo.
E quanto à hipotética senhora que escrevia um cartão para a sobrinha no artigo de Parkinson? Se ela tivesse se dado um prazo mais apertado, provavelmente terminaria mais rápido. Mas como não tinha mais nada para fazer ao longo do dia, ela terminou a tempo.
*Por Tiffanie Wen
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*Fonte: bbc-brasil
A ‘onda histórica de frio’ que fará as temperaturas desabarem do Sul ao Norte do Brasil
Depois de um “ciclone bomba” atingir o Brasil e deixar ao menos 12 mortos há um mês e meio, o país se prepara para receber outro fenômeno meteorológico de grande relevância. Desta vez, será uma massa de ar frio que vai causar chuvas, granizo, um frio histórico e até neve nos próximos dias.
Meteorologistas entrevistados pela BBC News Brasil disseram que a grande massa de ar frio se aproxima do país e vai derrubar as temperaturas na maior parte dos Estados, inclusive no Norte e Nordeste, como Amazonas e Bahia.
Francisco de Assis, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirma que grande parte do país será atingido pela onda de frio. Esta é a terceira vez que o fenômeno ocorre no Brasil este ano, mas a primeira com tamanha intensidade e abrangência.
“A dimensão dela será parecida com o frio histórico de 1955, 1963, 1975 e 1985. Não teremos temperaturas muito mais baixas do que já registramos neste ano. Mas a abrangência vai pegar do Norte, onde teremos quedas de até 15ºC nas temperaturas, e com uma condição de geada mais significativa e até neve na região Sul. É uma frente fria que chega até a linha do Equador”, afirmou Assis.
O meteorologista Maicon Veber, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), explica que massas como essa se formam próximas a regiões polares. Elas sobem pelo sul da Argentina e podem se deslocar mais próximas ao oceano ou pelo continente, dependendo das condições.
“Neste caso, ela segue pelo continente e tem a característica de ser mais fria e seca. Amanhã, ela deve chegar no centro-sul do Rio Grande do Sul e se desloca até o sul da Amazônia. Ela ainda pega o Paraguai, Bolívia, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Além dos Estados do Acre e Rondônia”, afirmou Veber.
De acordo com os especialistas, a chegada da massa de ar frio vai causar fortes chuvas na maior parte do país. Isso vai ocorrer porque há um sistema frontal (encontro de massas de ar com características diferentes, como de temperatura — uma mais fria com uma mais quente, por exemplo), carregado com nuvens de chuva do Mato Grosso do Sul até Santa Catarina.
“Quando o ar frio invadir o país e encontrar a região mais úmida, como as serras Gaúcha, de Santa Catarina e do Paraná e isso fará com que haja condições para queda de neve, já que em temperaturas abaixo de 0 grau cai neve em vez de chuva, caso existam condições de instabilidade para isso”, afirmou o meteorologista do Inmet.
Ele explica que em regiões mais quentes, como São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, onde esse sistema frontal está “estacionado”, deve ocorrer temporais entre terça e quarta-feira, inclusive com queda de granizo em algumas áreas. Quando ele avançar totalmente, as chuvas devem parar, o que ocorre a partir de sábado.
Os especialistas dizem que nas regiões mais quentes do país, como o Mato Grosso do Sul, que registrou máximas de 40º nos últimos dias, pode haver “uma queda de temperatura muito grande, de até 15º”.
Geada e neve
Os meteorologistas ouvidos pela reportagem disseram que não é possível afirmar que esse fenômeno é causado pelas mudanças climáticas porque já ocorreram muitas outras vezes no passado. Porém, é consenso de que terá uma grande intensidade.
Maicon Veber diz que uma massa de ar frio normalmente tem pouco mais de 1 km de espessura, que vai da superfície em direção à atmosfera. Por ser fria e pesada, ela se localiza e desloca próxima ao solo.
Já esta coluna de ar frio que se aproxima tem de 5 a 6 km de espessura.
“É uma massa bastante significativa e deve tomar conta de boa parte do continente. O Centro-Oeste e Sudeste devem ter recordes de temperatura mais baixas do ano. Mas vamos ter que esperar para saber se vai ser um frio histórico. Só quando tivermos os dados durante a passagem dela”, afirmou o meteorologista do Inpe.
Ele disse que a diferença mais marcante dessa massa de ar é que há uma chance de nevar no Sul por conta também de um sistema que chegará à região logo após a chegada desse sistema.
“A partir de quinta-feira, um sistema chamado de vórtice de ciclone vai se deslocar e causar instabilidade, além de provocar uma condição de neve. Ele vai reforçar esse ar frio sobre o Sul a uma altitude mais alta e mais úmida que a massa de ar frio e deixar o tempo instável, numa configuração ideal para a formação de neve”, disse Veber.
Ele disse que a partir de sexta-feira também haverá condições de geada de uma maneira mais ampla nos Estados do Sul e Sudeste. Mas conforme a massa vai avançando em direção ao norte do Brasil, ela sofre alterações e enfraquece.
Ainda assim a queda de temperatura será sentida inclusive em Estados do Nordeste, como a Bahia.
Previsão
A previsão do Inmet é que a temperatura nos Estados do Sul caiam a partir desta quarta-feira. A previsão é que Porto Alegre registre temperatura mínima de 6º C na quinta-feira (20/08) e 3º C na sexta (21/08).
Em São Paulo, de acordo com o Inmet, a máxima não deve passar dos 13º C tanto na sexta quanto no sábado, enquanto as mínimas ficam em 9ºC e 8º C, respectivamente. Os dois dias devem ter céu encoberto e chuva.
Em Cuiabá, a previsão é que as temperaturas cheguem a 40º C nesta quarta-feira (19). Na sexta, os termômetros não devem passar dos 20º C, com mínima de 13º C. No sábado, previsão do Inmet é que a mínima chegue a 11º C, com máxima de 25º C.
*Por Felipe Souza
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*Fonte: bbc – brasil
Sibéria atinge 38 ºC e bate recorde de temperatura
Localizada na Sibéria, a cidade russa de Verkhoiansk chegou a atingir 38 graus Celsius no último sábado (20). Mesmo sendo verão por lá, a situação é anormal. Verkhoiansk junto a Oymyakon são conhecidos como os lugares habitáveis mais frios do planeta.
Meteorologistas já afirmavam que este seria um provável recorde de temperatura mais alta já registrada no Círculo Polar Ártico. As temperaturas da região são colhidas desde 1885 e o recorde anterior era de 37.3°C. A Organização Meteorológica Mundial (OMM), que certifica os registros de temperatura, confirmou o recorde.
O serviço meteorológico russo “Tempo e Clima”, informa que o normal é que a temperatura média mensal em junho fique em 13,2°. Entretanto, a temperatura média tem sido de 17.6°. Mesmo a média alta de junho não passa de 20°.
A temperatura mais baixa (-1,7°) foi registrada em 1 de junho e a temperatura mais alta até agora (38°) foi em 20 de junho, o primeiro dia do verão no Hemisfério Norte. No dia seguinte, domingo (21), a temperatura chegou a 35,2°.
Sibéria em chamas
É importante ressaltar que temperaturas acima da média já vinham sendo registradas no inverno e primavera. Na última quarta-feira (17), uma matéria no The Guardian alertava para as altas temperaturas que vinham sendo registradas no Ártico. Segundo o jornal britânico, o calor da Sibéria está levando 2020 para a marca de ano mais quente já registrado. Preocupante em tempos de redução de emissões globais – em consequência à pandemia – que deveria ao menos estabilizar temporariamente a crise climática.
Enquanto isso, o permafrost está derretendo lentamente e fazendo recuar o gelo ártico.
Falar de calor na Sibéria sempre acende os holofotes, mas a questão é que diversos lugares do mundo registram temperaturas anormais. É previsto para esta semana, por exemplo, uma semana excepcionalmente quente na região da Escandinávia.
*Por Marcia Sousa
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*Fonte: ciclovivo
Google cria inteligência artificial que prevê o tempo quase instantaneamente
Rede neural do Google consegue gerar previsões de curto prazo precisas em apenas 10 minutos, enquanto sistemas convencionais precisam de horas
A previsão do tempo é uma tarefa cada vez mais importante em nossas vidas. Não apenas para saber se precisamos sair de casa com um guarda-chuva ou um agasalho, mas para saber se plantações receberão chuva suficiente, por exemplo. É algo que pode afetar economias inteiras e que tem se tornado cada vez mais complexo com as mudanças climáticas. Diante disso, o Google diz ter desenvolvido novas técnicas de inteligência artificial que podem revolucionar a forma como prevemos o tempo.
Segundo a pesquisa divulgada no blog do Google, a nova técnica oferece duas vantagens importantes sobre os sistemas que são utilizados atualmente. O primeiro ganho está em velocidade. De acordo com a companhia, a tecnologia usada atualmente leva entre uma e três horas para produzir uma previsão. Esse tempo inclui a coleta dos dados e o seu processamento. Na prática, isso significa que não há como prever mudanças no tempo em um futuro muito próximo.
No entanto, a tecnologia do Google consegue produzir um resultado muito mais rápido: em apenas 10 minutos ela consegue produzir resultados, isso incluindo o tempo de coletar dados dos sensores e analisá-los por meio de sua rede neural. Essa capacidade de processamento quase instantâneo permite prever se o tempo vai mudar dentro de uma hora, por exemplo.
A segunda vantagem tem a ver com o que se chama de resolução espacial. Segundo o Google, seu modelo foi capaz de gerar previsões quebrando os Estados Unidos em quadrados de 1 quilômetro, enquanto os sistemas convencionais limitam esses quadrados a 5 quilômetros. Isso significa que cada área recebe uma previsão mais adequada às suas condições temporais.
Para chegar a esse ponto, os pesquisadores do Google treinaram sua inteligência artificial utilizando dados de radares coletados entre 2017 e 2019 nos Estados Unidos pela Administração Atmosférica e Oceânica Nacional do país. A partir daí, a máquina se tornou capaz de deduzir mudanças no tempo a partir de imagens, sem depender tanto de cálculos físicos. Na prática, significa que ela vê as imagens de satélite e, com base em tudo que aprendeu com a análise de dados, consegue inferir o que vai acontecer na sequência.
O modelo do Google se mostrou preciso o suficiente para superar ou igualar pelo menos três outras técnicas utilizando o mesmo banco de dados. No entanto, a companhia admite que, quando o objetivo é prever o tempo com antecedência de mais de seis horas, os resultados não foram tão bons.
Isso não significa que o trabalho do Google não seja bom, mas que seu projeto tem eficácia dentro de um cenário definido de curto prazo. Para prever como estará o tempo dentro de períodos como uma semana, ou 10 dias, o sistema do Google ainda é superado pelos modelos convencionais, o que não impede que cada tecnologia seja usada dentro daquilo que faz melhor.
*Por Renato Santino
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*Fonte: olhardigital
Quem nega as mudanças climáticas justificam com esses motivos
A indústria de combustíveis fósseis, lobistas e partes da mídia passaram os últimos 30 anos semeando dúvida sobre a veracidade da atual mudança climática. A estimativa mais recente realizada pela Forbes mostrou que empresas de petróleo e gás investiram em média US$200 milhões por ano em lobby para controlar, adiar ou bloquear políticas em favor do meio ambiente.
Veja abaixo cinco tipos de negação das mudanças climáticas:
5. Negação da ciência
Esse tipo de negação envolve o argumento de que esta mudança climática que vivemos atualmente é um ciclo natural, não influenciado pela ação humana.
Alguns argumentam que os modelos climáticos não são confiáveis ou que são muito sensíveis ao dióxido de carbono. Outros acreditam que o CO2 é uma parte tão pequena da atmosfera que nem causaria um efeito de aquecimento.
Já outras pessoas acreditam que os cientistas estão sabotando as pesquisas para apresentarem resultados que não são reais.
Todos esses argumentos são falsos e existe um consenso global entre cientistas sobre as causas das mudanças climáticas.
4. Negação econômica
A ideia de que a mudança climática custaria muito dinheiro para ser freada é outra forma de negação climática. Economistas, porém, calculam que poderíamos conseguir frear as mudanças gastando apenas 1% do produto interno bruto mundial. Mas se não agirmos agora, em 2050 isso vai nos custar 20% do PIB mundial.
3. Negação humanitária
Alguns grupos da Europa e Estados Unidos acreditam que a mudança climática e o aquecimento da zona temperada tornariam a agricultura desses locais mais produtiva. Esses ganhos locais, porém, vão pelo ralo para pagar pelas contas de verões mais secos e aumento da frequência de ondas de calor nessas mesmas áreas.
É também importante apontar que 40% da população global vive em zonas tropicais, e um aumento na desertificação nesses locais seria uma catástrofe.
2. Negação política
Quem nega a mudança climática argumenta que não se pode tomar nenhuma ação porque outros países não estão tomando nenhuma ação. Mas nem todos os países são igualmente culpados por causar a atual mudança climática.
Por exemplo, 25% do CO2 produzido pela humanidade é gerado pelos EUA, e outros 22% são produzidos pela União Europeia. Depois vêm a China (13%), Rússia (7%), Japão (4%) e Índia (3%). A África inteira produz apenas 5%.
Portanto, os países mais desenvolvidos têm uma responsabilidade ética de liderar o caminho para o corte de emissões. Isso não significa que os países em desenvolvimento estão livres desse esforço: todos os países precisam agir para que a emissão humana de CO2 chegue à zero até 2050.
Para isso, precisamos de muito mais veículos elétricos e de uma economia verde que traga benefícios e crie empregos.
1. Negação da crise
O argumento final é que não deveríamos correr para mudar a forma que as coisas são feitas enquanto não tivermos certeza absoluta sobre todas as informações.
Muitas pessoas têm medo de mudanças, especialmente aquelas que são mais ricas ou que têm mais poder. Argumentos muito parecidos foram usados para atrasar o fim da escravidão, o direito do voto feminino, o fim da segregação racial e até a proibição de cigarro em locais fechados e públicos. [Science Alert]
*Por Juliana Blume
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*Fonte: hypescience
A viagem no tempo é possível – mas somente se você tiver um objeto com massa infinita
O conceito de viagem no tempo sempre capturou a imaginação de físicos e leigos. Mas isso é realmente possível? Claro que é. Estamos fazendo isso agora, não estamos? Estamos todos viajando para o futuro um segundo de cada vez.
Mas isso não era o que você estava pensando. Podemos viajar muito mais para o futuro? Absolutamente. Se pudéssemos viajar perto da velocidade da luz, ou na proximidade de um buraco negro, o tempo diminuiria, permitindo-nos viajar arbitrariamente para o futuro. A questão realmente interessante é se podemos viajar de volta ao passado.
Sou professor de física na Universidade de Massachusetts, Dartmouth, e ouvi pela primeira vez sobre a noção de viagem no tempo quando tinha 7 anos, de um episódio de 1980 da série de TV clássica de Carl Sagan, “Cosmos“. Eu decidi que um dia eu ia estudar profundamente a teoria subjacente a tais idéias criativas e notáveis: a relatividade de Einstein. Vinte anos depois, saí com um Ph.D. no campo e tenho sido um pesquisador ativo na teoria desde então.
Agora, um de meus alunos de doutorado acaba de publicar um artigo na revista Classical and Quantum Gravity, que descreve como construir uma máquina do tempo usando um conceito muito simples.
CURVAS DO TEMPO FECHADAS
A teoria geral da relatividade de Einstein permite a possibilidade de distorcer o tempo de tal modo que ele se dobra sobre si mesmo, resultando em um loop temporal. Imagine que você está viajando nesse ciclo; isso significa que em algum momento, você acabaria em um momento no passado e começaria a experimentar os mesmos momentos desde então, tudo de novo – um pouco como o deja vu, exceto que você não perceberia isso. Tais construções são frequentemente referidas como “curvas do tempo fechadas” ou CTCs na literatura de pesquisa, e popularmente referidas como “máquinas do tempo”. As máquinas do tempo são um subproduto de esquemas de viagem eficazes mais rápidas que a luz e entendê-los pode melhorar nossa compreensão de como o universo funciona.
Nas últimas décadas, físicos bem conhecidos como Kip Thorne e Stephen Hawking produziram trabalhos seminais sobre modelos relacionados a máquinas do tempo.
A conclusão geral que emergiu de pesquisas anteriores, incluindo as de Thorne e Hawking, é que a natureza proíbe os ciclos do tempo. Talvez isso seja melhor explicado na “Conjectura de Proteção Cronológica“, de Hawking, que essencialmente diz que a natureza não permite mudanças em sua história passada, poupando-nos assim dos paradoxos que podem surgir se a viagem no tempo fosse possível.
Talvez o mais conhecido entre esses paradoxos que emergem devido à viagem no tempo para o passado é o chamado “paradoxo do avô”, no qual um viajante volta ao passado e mata seu próprio avô. Isso altera o curso da história de uma maneira que surge uma contradição: o viajante nunca nasceu e, portanto, não pode existir. Tem havido muitos enredos de filmes e novelas baseados nos paradoxos que resultam das viagens no tempo – talvez alguns dos mais populares sejam os filmes “Back to the Future” e “ Groundhog Day ”.
MATÉRIA EXÓTICA
Dependendo dos detalhes, diferentes fenômenos físicos podem intervir para impedir que curvas fechadas do tempo se desenvolvam em sistemas físicos. O mais comum é o requisito para um determinado tipo de assunto “exótico” que deve estar presente para que um ciclo do tempo exista. Vagamente falando, matéria exótica é matéria que tem massa negativa. O problema é que a massa negativa não é conhecida por existir na natureza.
Caroline Mallary, uma estudante de doutorado na Universidade de Massachusetts, Dartmouth, publicou um novo modelo para uma máquina do tempo na revista Classical & Quantum Gravity. Este novo modelo não requer nenhum material exótico de massa negativa e oferece um design muito simples.
O modelo de Mallary consiste em dois carros super longos – construídos de material que não é exótico e tem massa positiva – estacionados em paralelo. Um carro avança rapidamente, deixando o outro estacionado. Mallary foi capaz de mostrar que, em tal configuração, um loop temporal pode ser encontrado no espaço entre os carros.
Uma animação mostra como o loop do tempo de Mallary funciona. À medida que a espaçonave entra no ciclo do tempo, o seu eu futuro também aparece, e é possível rastrear as posições de ambos a cada momento posterior. Esta animação é da perspectiva de um observador externo, que está observando a espaçonave entrar e emergir do loop temporal.
ENTÃO VOCÊ PODE CONSTRUIR ISSO NO SEU QUINTAL?
Se você suspeitar que há uma captura, você está correto. O modelo de Mallary exige que o centro de cada carro tenha densidade infinita. Isso significa que eles contêm objetos – chamados de singularidades – com densidade, temperatura e pressão infinitas. Além disso, ao contrário das singularidades que estão presentes no interior dos buracos negros, o que as torna totalmente inacessíveis do exterior, as singularidades no modelo de Mallary são completamente nuas e observáveis e, portanto, têm verdadeiros efeitos físicos.
Os físicos não esperam que tais objetos peculiares existam na natureza também. Então, infelizmente, uma máquina do tempo não estará disponível tão cedo. No entanto, este trabalho mostra que os físicos podem ter que refinar suas idéias sobre o porquê de curvas do tempo fechadas serem proibidas.
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Fonte: socientifica
Há um juiz chamado tempo que coloca tudo em seu lugar
Todos nós somos livres para praticar as nossas ações, mas somos responsáveis pelas conseqüências . Um gesto, uma palavra ou uma má ação causam sempre um impacto mais ou menos perceptível e, embora não acreditemos, o tempo é um juiz muito sábio. Apesar de não dar uma sentença imediata, sempre vai dar razão a quem a tem.
O famoso psicólogo e pesquisador Howard Gardner , por exemplo , surpreendeu-nos recentemente com um de seus raciocínios: “uma pessoa má nunca se torna um bom profissional” . Para o “pai das múltiplas inteligências”, alguém guiado exclusivamente pelo interesse próprio nunca alcança a excelência, e essa é uma realidade que também se revela muitas vezes no espelho do tempo.
O tempo funciona no sistema de ação e reação, ou seja, tudo que se promove hoje, terá consequências um dia, seja coisas boas ou ruins. O tempo julga e sentencia, portanto uma atitude desprezível que se pratica hoje, pode retornar como algo muito ruim no futuro. Talvez, quando chegar a conta, a pessoa sequer consiga fazer ligação e entender que o que está acontecendo seja a consequência de uma ação sua praticada tempos atrás.
Nós convidamos você a refletir sobre isso:
Tempo, o sábio juiz
Vamos dar um exemplo: vamos visualizar um pai educando seus filhos com severidade e ausência de afeto . Sabemos que esse estilo de paternidade e educação trará conseqüências, porém, o pior de tudo, é que esse pai busca com essas ações oferecer ao mundo pessoas fortes e com certo estilo de comportamento. No entanto, o que você provavelmente vai conseguir é algo muito diferente do que você pretendia: infelicidade, medo e baixa auto-estima.
Com o tempo, essas crianças se transformam em adultos, ditarão a sentença: fugir ou evitar esse pai, algo que talvez, essa pessoa não consiga entender. A razão para isto é que muitas vezes a pessoa que prejudica “não se sente responsável por suas ações”, carece de uma proximidade emocional adequada e prefere usar a culpa (meus filhos são ingratos, meus filhos não me amam).
Uma maneira básica e essencial para levar em conta que qualquer ato, por menor que seja, tenha consequências, é fazer uso do que é conhecido como “responsabilidade plena”. Ser responsável não significa apenas assumir a responsabilidade por nossas ações, é entender que temos ter jeito no trato com os demais, que a maturidade humana começa por nos tornar responsáveis por cada uma de nossas palavras, ações ou pensamentos que geramos para promover nosso bem-estar e dos demais.
Responsabilidade, um ato de coragem
Entendam que, por exemplo, a solidão do agora pode ser a resposta do tempo de uma ação passada, e é sem dúvida um bom passo para descobrir, que estamos todos unidos por um fio fino onde um movimento negativo ou disruptivo, traz como conseqüência a um nó ou a ruptura desse fio. A partir desse vínculo.
Certifique-se de que suas ações falam mais que suas palavras, que sua responsabilidade é o reflexo de uma alma; Para isso, tente sempre ter bons pensamentos. Então, tenha certeza de que o tempo vai te tratar como você merece
É necessário ter em mente que somos “donos” de grande parte de nossas circunstâncias vitais, e que uma maneira de promover nosso bem-estar e aqueles que nos rodeiam é através da responsabilidade pessoal: um ato de coragem que o convidamos a colocar em prática através destes princípios simples.
Chaves para se tornar consciente da nossa responsabilidade
O primeiro passo para tomar consciência da “responsabilidade plena” é abandonar nossas ilhas de recolhimento, nas quais focalizamos muito do que acontece no exterior com base em nossas necessidades. Portanto, esta série de construções também é adequada para crianças.
• O que você pensa, o que você expressa, o que você faz, o que cala. Toda a nossa pessoa gera um tipo de linguagem e um impacto sobre os outros, a ponto de criar uma emotividade positiva ou negativa. Devemos ser capazes de intuir e, acima de tudo, ter empatia com quem temos diante de nós.
• Antecipe as conseqüências de suas ações: seja seu próprio juiz. Com esta chave não estamos nos referindo a cair em uma espécie de “autocontrole” pelo qual nos tornaremos nossos próprios executores antes de termos dito ou feito qualquer coisa. Trata-se apenas de tentar antecipar o impacto que uma determinada ação pode ter sobre os outros e, consequentemente, sobre nós mesmos também.
• Ser responsável implica entender que não somos “livres”. A pessoa que não vê limite em suas ações, seus desejos e necessidades, pratica aquela devassidão que, mais cedo ou mais tarde, também tem consequências. A frase recorrente “minha liberdade termina onde começa a sua” adquire aqui o seu significado. No entanto, também é interessante tentar promover a liberdade e o crescimento de outros, a fim de alimentar um círculo de enriquecimento mútuo.
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*Fonte: pensarcontemporaneo
O melhor presente que você pode dar a alguém é seu tempo!
Tempo e interesse. Essas são as duas palavrinhas que você tem que gravar na sua mente, colar um post-it na tela do seu computador, ou até mesmo colocar de lembrete no seu celular.
São as duas coisas mais valiosas que você pode dar a alguém. Presente caro como anel da Pandora, pulseira da Vivara, relógio Rolex, sapato Manolo Blahnik, vestido Diane von Furstenberg, carro do ano, ou até mesmo gestos mais simples como flores e chocolates, nada disso chega perto do tempo e interesse que você demonstra a pessoa que gosta.
É horrível se preocupar com alguém que não está nem aí para você, ou que só te procura quando quer algo, como ajuda ou algo mais.
Tempo nos dias de hoje é um bem precioso.
Todos querem mais uma hora no dia, pois sabemos que a vida anda mais corrida, mais caótica e mais cheia de coisas para fazer. Por isso, você separar, nem que seja cinco minutos do seu dia para mandar uma mensagem para quem gosta, perguntando como está, é um presente é dádiva.
Todos gostam de se sentir importantes na vida do outro. Demonstrar interesse no dia a dia, nos planos, ou no que está ou não fazendo, mostra uma preocupação. Queremos e precisamos saber que somos notáveis.
As pessoas hoje com a tecnologia, que seria para unir mais as pessoas, estão fazendo com que elas fiquem no modo automático. Respostas curtas, grossas, sem sentimento, carinho ou interesse.
Nada mais decepcionante do que você se preocupar com alguém, mandar uma mensagem perguntando se está tudo bem e ela responder apenas “sim”.
A falta de interesse machuca, pode não parecer mas deixa um buraco no peito, ainda mais se você gosta da pessoa e se preocupa com ela.
Infelizmente o que fazemos pelos outros não significa que farão por nós.
Se você está doando seu tempo e interesse para quem não está ligando a mínima para isso, não se sinta um idiota.
Saiba que está dando o melhor presente que alguém poderia querer receber.
Não que os mimos que citei acima, os presentes, não sejam legais. Eles são, mas nada como a presença, preocupações, tempo e interesse. Para mim, isso é o mais importante.
Agora, é hora de ver se está doando tudo isso para a pessoa certa. Como eu disse, tempo é dádiva, por isso, não desperdice com quem não merece.
Lembre-se que tudo o que fizeres, faça de todo coração. Jamais se arrependa, mesmo que não deem o devido valor. As coisas boas devem sempre ser maiores que a negatividade e a falta de interesse dos demais.
*Por Aline Felix
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*Fonte: resilienciamag
Do homem no celular que não viu a baleia passar e o retrato de nossos tempos
Há alguns dias li uma curiosa matéria publicada no site O Globo sob o título: “Homem não vê baleia que passou do seu lado porque estava enviando mensagens no celular” (leia aqui). De acordo com o texto, o rapaz em seu veleiro perdeu um verdadeiro espetáculo da natureza: uma enorme baleia jubarte passando a pouquíssimos metros da embarcação.
Confesso que quando passei o olhar ligeiramente sobre a chamada, pensei que devesse se tratar de apenas mais uma das diversas notícias duvidosas ou falaciosas que comumente circulam pelas redes sociais. Não era possível! Como um homem não poderia perceber uma visita nada discreta e tão rara?
Ao que tudo indica sim, é possível. A Aldeia Global de McLuhan parece realmente ter se esfacelada. Ou não: ao mesmo tempo em que parecemos estar todos mais próximos, seja por whatsapp, facebook, skype, sms, etc., paradoxalmente estamos nos afastando do momento presente e de tudo aquilo que acontece ao nosso redor. São os dois lados de uma mesma moeda, consequência da dinâmica de globalização tecnológica.
De fato, já podemos observar uma geração de jovens cada vez mais desinteressada e apática. Se por um lado testemunhamos uma era de co-presença virtual dos indivíduos, a era dos humanos ligados ao instante, por outro podemos observar o surgimento de um ser humano cada vez mais distante e indiferente, em outras palavras, insípido. Este novo ser está tão conectado (ao mundo online) que acaba por se desconectar de sua própria realidade concreta e palpável, acontecendo exatamente no seu entorno, a cada instante e minuto.
E o que pode acontecer em um minuto? Bem, em um minuto podem ser postadas 72 horas de vídeo no YouTube, enquanto 204 milhões de emails chegam aos seus destinatários e 350 GB de dados são recebidos pelos servidores do Facebook…ou pode passar uma baleia ao seu lado (se estiver em alto mar, é claro). De qualquer forma, estes foram os dados angariados pela Qmee, empresa de consultoria norte-americana, e diz respeito a uma parte do que acontece pela internet afora enquanto em um minuto um evento precioso pode passar despercebido.
E assim a vida transcorre de minuto a minuto. As informações coletadas nos revelam que estamos deixando a vida passar enquanto ficamos hipnotizados pelo visor e por uma exacerbada interação a distância. Não sei se foi exatamente esse o caso do rapaz que perdeu a chance extraordinária de experimentar a real sensação de estar lado a lado com um dos maiores animais do planeta.
Não há como tirar conclusões, muito menos julgar a atitude do homem no veleiro como certa ou errada. Mas faz pensar sobre as consequências da extrema conectividade que parece estar suplantando o interesse pelas coisas mais simples do mundo. E que mundo é esse que parece já não surtir tanta graciosidade sobre os nossos olhos, que buscamos tão fervorosamente escapar, distraindo-nos?
Reinventar a graça do mundo é reinventar o olhar, é abrir-se sensivelmente para a realidade que o cerca ao enxergá-la como se fosse pela primeira vez. Você poderá se surpreender!
*Por Grace Bender
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*Fonte: contioutra
Por que a mudança de ano é importante?
As pessoas carecem de motivações para buscar fazer aquilo que não conseguiram antes. De incentivos para tentar superar barreiras que antes foram intransponíveis. De novas oportunidades para tentar de novo.
A passagem de um ano para outro é um “rito de passagem” marcado pela simbologia do fim de um ciclo e recomeço de outro. Nesse rito, deixa-se simbolicamente muitas coisas indesejáveis para trás ou congela-se no passado as experiências cotidianas não fortuitas. As boas e belas experiências são relembradas como se estivessem no fundo de um baú (que podemos esticar os braços e pegar o que nos interessa), ainda que essas tenham ocorrido a poucas horas: antes da zero hora do dia um.
Já dizia Mario Quintana que “bendito
quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça…”
O poeta usou adequadamente o termo “impressão”. De fato a vida continua; está enquadrada em um contexto estrutural, fruto de uma construção histórica. Pouca coisa depende apenas da boa vontade do indivíduo para mudar, principalmente de um dia para outro. Mas ainda assim precisamos crer que podemos atuar dentro dos limites da limitada liberdade que temos.
Precisamos do “rito do Ano Novo”. Carecemos da falsa ilusão de que será um recomeço. Precisamos de motivação, incentivo e oportunidade para, pelo menos, tentarmos…
*Por Cristiano Bodart
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*Fonte: cafecomsociologia
A gente sempre acha que terá tempo de sobra…
Recentemente recebi um texto lindo por Whatsapp intitulado “Vá aos encontros felizes”. Nele, a autora, Monica Moro Harger, fazia uma bela reflexão acerca da necessidade de irmos ao encontro daqueles que amamos, aproveitando as boas oportunidades de nos reunirmos na alegria, e não somente nos momentos tristes. Como ela ressaltava, “nos encontros tristes você irá. Quando alguém morre, todos vão. Por protocolo, por obrigação ou por amor (e dor). Mas é bom que seja assim também, e, principalmente, nos momentos felizes”.
O texto de Monica é perfeito, singular, redondo. Não quero aqui acrescentar nada ao que ela já disse, pois seria desnecessário. O texto _ curto, certeiro e muito bonito_ é um alerta àqueles que acham que têm tempo de sobra, tempo demais para brindarem a vida junto àqueles que amam ou simplesmente abraçar as pessoas que lhes são caras. Infelizmente, a verdade é que nunca há tempo suficiente.
Tive um namorado “muito confiante” que dizia que teríamos o resto da vida juntos, e por isso priorizava os amigos à nossa relação. Certamente era uma desculpa dele, mas o fato é que escolhemos aquilo que queremos priorizar, e muitas vezes deixamos para depois pessoas e momentos importantes que nunca mais irão voltar. Meu namoro não durou, é claro, mas o fato dele achar que teríamos tempo de sobra no futuro, fez com que o presente fosse deixado de lado, e isso contribuiu para nosso rompimento.
Como eu disse, nós escolhemos nossas prioridades. Escolhemos colocar trabalho à frente de família, rede social à frente de amigos verdadeiros, sofá à frente de oportunidades de brindar à vida. Nos acomodamos em nossas desculpas e argumentos vagos e não percebemos que nem tudo estará ao nosso alcance por muito tempo. Os filhos crescem, as pessoas se despedem, os amigos vão embora, as oportunidades de abraçar aqueles que amamos se esgotam.
No primeiro fim de semana de agosto terei meu anual encontro de turma. Lá se vão vinte e dois anos de formados, e me reabasteço a cada reunião. Sinto orgulho dos colegas que viajam centenas de quilômetros para estarem conosco. Alguns vêm de avião, outros, acompanhados de seus filhos pequenos, cortam estados inteiros na estrada para passarmos dois dias juntos. Ano passado, um dos nossos grandes amigos saiu do hospital, depois de um infarto, direto para o encontro! No olhar de cada um, enxergo a resolução de que nossas reuniões sejam prioridade. Apesar do cansaço, dos afazeres, da vida corrida e da falta de grana, uma vez por ano reservamos um fim de semana para estarmos juntos. Uma vez por ano, abrimos mão de tudo que poderíamos estar fazendo e declaramos que o mais importante é rever nossa velha família e voltar a ser quem éramos aos vinte anos.
Doutora Ana Claudia Quintana Arantes, médica especialista em cuidados paliativos, cita que, entre os cinco maiores arrependimentos das pessoas antes de morrer, estão: “Eu gostaria de não ter trabalhado tanto” _ Ela conta que ouviu isso de todos os pacientes homens com quem trabalhou. Eles sentiam falta de ter aproveitado mais a juventude dos filhos e a companhia de suas parceiras_ e “Eu gostaria de ter ficado em contato com meus amigos”. Segundo Ana Cláudia, “muitos tiveram muitos arrependimentos profundos por não ter dedicado tempo e esforço às amizades. Todo mundo sente falta dos amigos quando está morrendo.”
Assim, acredito que quando você diz que “não tem tempo” para alguma coisa, na verdade você está dizendo que não escolhe aquilo como prioridade. Simples assim.
“Falta de tempo” já virou desculpa para muita coisa: desinteresse, desimportância, descaso, desapego. As pessoas reservam vagas na agenda para aquilo que acham que merece atenção, envolvimento, tempo. Nem sempre fazem escolhas acertadas, e um dia, tarde demais, podem perceber que privilegiaram coisas supérfluas às coisas importantes.
A gente sempre acha que terá tempo de sobra, mas a verdade é que ninguém tem. De uma hora para outra percebemos que o correr da vida nos engole por completo, e por isso é urgente não adiar nem tardar o perdão, as manifestações de afeto, a nossa presença plena e integral junto àqueles que amamos.
No dicionário, priorizar é definido como “privilegiar”, “garantir vantagem”. Que você privilegie as coisas certas, eternas, valiosas. Que dê vantagem àquilo que realmente é importante, que não pode ser ignorado, que é relevante demais para ser considerado segunda opção. Que nunca se engane com a ordem das coisas, e coloque em primeiro lugar o que torna-se primordial hoje e nunca, jamais, poderá ser resgatado depois.
Pois depois… Depois a casa fica vazia, as marcas na parede denunciando o crescimento do menino se apagam, as músicas do velho amor são substituídas por uma batida barulhenta nova. Depois a porcelana quebra, a prata escurece e os guardanapos de uma noite feliz voltam para a gaveta. Depois os quintais perdem o encanto, os porta retratos empoeiram e a certeza de que a visita do tempo é implacável se consolida.
Então não deixe para depois o que merece ser reverenciado, amado, vivido. Não adie as mãos dadas, o beijo de boa noite, a conversa de boteco, a receita de família enchendo a cozinha de vapores. Não recuse a bola no quintal, a oração na cama dos pequenos, o ritual de enxugar a louça enquanto sua mãe lava. Troque o sofá pelos “encontros felizes” e nunca se esqueça que a contabilidade que realmente importa é baseada nas experiências vividas, nos laços criados e nas prioridades assumidas.
*Por Fabíola Simões
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*Fonte: psicologiadobrasil
Por que o número de furacões está aumentando com o aquecimento global?
Harvey, Irma, Maria, Florence…Você já teve a impressão que o número de furacões aumentou nos últimos tempos? Se a resposta for sim, saiba que está correto: um estudo publicado na revista Science mostrou que 2017 foi um ano acima da média para esse tipo de fenômeno – e o culpado pode ser o aquecimento global.
De acordo com a pesquisa, o Oceano Atlântico foi palco de seis grandes furacões (com ventos acima de 178 km/h) no ano passado, o dobro da média de três tempestades do gênero, número que vinha se mantendo desde 2000. Antes disso, a incidência era ainda menor: dois grandes furacões por ano.
O estudo simulou vários cenários climáticos em computador. Cruzando os dados obtidos, ele relacionou o aumento da temperatura de uma faixa específica no Atlântico (entre o sul da Flórida e o norte da América do Sul, indo até o oeste da África) tanto com causas naturais quanto as provocadas por humanos, como a queima de carvão, petróleo e gás.
2017 foi o ano com o maior número de grandes eventos meteorológicos na América do Norte. Fonte: NatCat Service
Águas quentes funcionam como combustível para furacões. Eles se formam quando a temperatura está acima de 27oC e, quanto mais quente o oceano estiver, maiores são as chances da tempestade se formar – e menores são de ela perder a intensidade com o passar do tempo.
“Vamos ter temporadas de furacões mais ativas, como a de 2017, no futuro”, disse Hiro Murakami, cientista climático do NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA) e principal autor do estudo, em entrevista a agência Associated Press. A pesquisa traçou um cenário preocupante: até 2100, a média de grandes furacões no Atlântico irá aumentar ainda mais, para oito por ano.
A pesquisa recebeu algumas críticas de cientistas da área, que afirmaram que a relação entre fenômenos climáticos extremos e o aquecimento global não é tão simples assim. No entanto, uma coisa é fato: o oceano Atlântico está ficando cada vez mais quente, e num ritmo maior do que os outros.
*Por Rafael Battaglia
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*Fonte: superinteressante
Integrantes da Geração Z ultrapassarão Millennials a partir de 2019
No próximo ano, a Geração Z representará 32% da população global de 7,7 bilhões, enquanto os nascidos entre 1980 a 2000 corresponderão a 31,5%
A geração Z, grupo de pessoas nascidas a partir de 2001, está prestes a ultrapassar em número os Millennials, indivíduos que vieram ao mundo entre os anos de 1980 a 2000.
É isso que indica análise feita pela empresa de tecnologia Bloomberg com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo a pesquisa, em 2019, a Geração Z representará 32% da população global de 7,7 bilhões, enquanto a “geração do milênio” corresponderá a 31,5%.
Os indivíduos nascidos em 2001 completarão 18 anos no próximo ano, o que significa que estarão em ambientes universitários, poderão votar e – dependendo do país – beberão álcool sem infringir a lei. Por outro lado, a Geração Z nunca conheceu um mundo não-digital e cresceu em meio a eventos como a “Guerra ao Terror” e a recessão econômica global.
“O fator chave que diferencia esses grupos, além da idade, é um elemento de autoconsciência versus egocentrismo”, escreveu Marcie Merriman, diretora executiva da empresa de serviços profissionais Ernst & Young no relatório ‘Ascensão da Gen Z: novo desafio para varejistas’.
Quem se beneficiará com esse novo cenário demográfico são os serviços de entrega (delivery), fabricantes de aparelhos eletrônicos e a economia de trabalhos temporários. Enquanto isso, surgem novos desafios para educadores, planejadores de eventos e para as marcas.
“Cada geração vem com um conjunto único de comportamentos e apresenta um conjunto de desafios para aqueles que querem chegar até eles”, diz relatório da empresa de pesquisa de mercado Nielsen Media. “Os indivíduos da Geração Z são bombardeados com mensagens e conseguem facilmente detectar o que é e o que não é relevante para eles.”
Apesar de existirem diferentes definições, durante a comparação, a Bloomberg definiu os Millennials como pessoas nascidas em 1980 até 2000 e a Geração Z como os nascidos a partir de 2001. Mesmo usando essa demarcação, os dados demográficos diferem dependendo da localização geográfica.
Por exemplo, nas quatro maiores economias do mundo – Estados Unidos, China, Japão e Alemanha – os Millennials representarão a maior parte da população.
Outro exemplo é a Índia, que tem cerca de 1,3 bilhão de cidadãos versus 1,4 bilhão de chineses e verá sua a Geração Z de sua população subir para 472 milhões em 2019, 51% a mais da projeção para a China.
De acordo com pesquisa sobre jovens feita pela empresa de serviços Deloitte Touche Tohmatsu, “os entrevistados da Geração Z aparecem como um pouco mais felizes do que os indivíduos Millennials.
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*Fonte: revistagalileu
A vida toda é saudade. Um filme sem direito a replay
Eu vi o tempo parar uma única vez. Em uma noite de sábado, aos 9 anos, dentro de uma piscina fria, desnorteada após uma cambalhota desajeitada embaralhar meus sentidos. Perdi o senso de espaço. Nadava em direção ao fundo achando que era a saída, batia com os pés na parede pensando ser o chão. Eu não sei o quanto durou. Provavelmente muito pouco, já que saí ilesa. Possivelmente uma eternidade, pois eu nunca esqueci. Se eu fechar os olhos ainda consigo sentir o frescor do ar que arrefeceu o pânico e me fez chorar de desespero e agradecimento. Antes de eu enxergar o céu anunciando a salvação, o tempo deixou de correr como geralmente corre. Congelou, entre azulejos azuis e palpitações cardíacas.
Eu tentei repetir esse feito por anos. Não me refiro à sensação de semi-morte. Não é meu forte o masoquismo que flerta com o macabro. Refiro-me ao sentimento de ter guardados nas mãos todos os segundos do mundo. Passada a aflição do peito gritando por oxigênio, eu me lembrava daquele episódio como a evidência de que é possível, ainda que por alguns instantes, não existir antes nem depois. Só o agora. E se era viável numa situação de caos, seria também em outros momentos.
Foi frustração atrás de frustração. O tempo não parou quando o circo chegou à cidade, fechei os olhos e rezei para que os encantos manifestados em narizes vermelhos e cartolas não fossem embora. Tampouco quando pedi que a adolescência não partisse tão cedo levando com ela leveza e um pouco de entusiasmo. Não parou quando precisei de fôlego para entender as mudanças do meu corpo e da minha mente, nem quando tentei guardar na mochila as risadas na porta do colégio que faziam a vida parecer fácil.
Eu tentei estacionar minutos por tantas vezes. E segui batendo com a cara no muro. A vida insistia em tirar onda com minha pretensão infantil de querer romper com a rota natural das coisas. Sempre que tentava burlar o inevitável fluxo que nos obriga a olhar para frente, a realidade se apresentava como uma avalanche impiedosa, mas necessária. De um lado eu batalhava para eternizar felicidade em porta-retratos estáticos, de outro o mundo era filme sem direito a replay. Em uma ponta eu fincava os pés no chão e segurava a corda freando o futuro, na outra, o tempo implacável, me puxava com sua força acachapante.
Eu tentei parar o tempo quando me apaixonei pela primeira vez e queria preservar a mágica intacta, quando senti medo que a alegria presente desse adeus antes que eu soubesse qual rumo tomar, quando sentia o vento refrescar com paz meu coração inquieto. Eu tentei parar o tempo quando vi nascer o filho de uma grande amiga e quando olhei minha avó no leito do hospital e, agoniada com o sentimento de perda iminente, supliquei aos deuses que aquela madrugada, apesar de triste, durasse para sempre para que eu pudesse tê-la sob os olhos e tocar-lhe as mãos.
Vocês já sabem: ele nunca parou. Talvez aquela noite de sábado na piscina fria foi uma raridade, daquelas que acontecem uma vez na vida para nos ensinar algo, quebrar rotinas ou simplesmente zombar de nossas certezas. Os ponteiros continuaram trabalhando, transformando em passado o que eu tentava paralisar. O tempo, soberano, alertava que não há e nunca haverá controle sobre nada.
Mas não há um só dia em que ele não amenize a angústia de um futuro incerto com surpresas inimagináveis… com novos ares que transmutam o desejo inerte em explosão de novidades. Não há um único dia em que ele não compense a impossibilidade de imobilizar-se com doses de felicidade dinâmica, mutável, imprevisível. Como deve ser. Como sempre será.
*Por Larissa Bittar
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*Fonte: revistabula
Com o tempo, a gente passa a apreciar boleto pago, supermercado, casa arrumada e silêncio
Amadurecer traz serenidade e paciência, pois vamos aprendendo a dar importância, cada vez mais, ao que realmente interessa, sem perdermos tempo com aquilo que só gasta energia inutilmente.
É muito interessante refletirmos sobre as mudanças de nossos objetivos ao longo do tempo, bem com sobre aquilo que nos dá prazer. Amadurecer traz serenidade e paciência, pois vamos aprendendo a dar importância, cada vez mais, ao que realmente interessa, sem perdermos tempo com aquilo que só gasta energia inutilmente.
A adolescência e a juventude são fases em que abraçamos o mundo em tudo o que ele tem, querendo que a roda gire sempre em nosso favor, desejando que nossos pontos de vista sejam aceitos. É como se somente as nossas verdades fossem as verdadeiras, como se tivéssemos uma capacidade sobrenatural de mudar os acontecimentos à nossa volta. Esse idealismo é importante, pois muitos avanços sociais desejáveis se conquistam por meio dele.
Porém, quanto mais amadurecemos, menos contrariados ficamos com o que vem contra nossas vontades e desejos, compreendendo que o mundo continua, mesmo com nossos gritos e recusas, ainda que à nossa revelia, pois o fluxo não para. Ou nos adequamos às nuances da vida, ou vivemos eternamente insatisfeitos e frustrados. Isso não significa aceitar tudo resignadamente, mas tão somente aceitar o que não pode ser mudado, entendendo que nem sempre estaremos certos.
A gente vai aprendendo que tudo passa, poucos ficam e que perder nem sempre é o pior que poderia ter acontecido. A gente vai se conformando com aquilo que não pode ser mudado, simplesmente porque o que não é para ser nunca o será. Isso, da mesma forma, traz a serenidade para constatarmos que aquilo que tiver de ser tem uma força descomunal, pois nada pode separar pessoas destinadas a ficar juntas, com verdade e disposição.
Gostoso mesmo é que passamos a nos contentar com pequenos prazeres, que engrandecem nossos dias e trazem uma satisfação imensa. A gente começa a valorizar cada detalhezinho, cada conquista, por menor que pareça, apreciando momentos junto à família, em frente à televisão, e até mesmo os espaços vazios, em que curtimos a nossa própria companhia, em silêncio. Ah, que delícia essa sabedoria que o tempo traz…
*Por Marcel Camargo
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*Fonte: psicologiadobrasil