O tempo pode não existir, de acordo com físicos e filósofos

Otempo existe? A resposta a esta pergunta pode parecer óbvia: claro que sim! Basta olhar para um calendário ou um relógio.

Mas os desenvolvimentos na física sugerem que a inexistência do tempo é uma possibilidade aberta e que devemos levar a sério.

Como pode ser isso, e o que isso significaria? Vai demorar um pouco para explicar, mas não se preocupe: mesmo que o tempo não exista, nossas vidas continuarão como sempre.

Uma crise na física

A física está em crise. No último século, explicamos o universo com duas teorias físicas extremamente bem-sucedidas: a relatividade geral e a mecânica quântica.A mecânica quântica descreve como as coisas funcionam no mundo incrivelmente pequeno de partículas e interações de partículas. A relatividade geral descreve o quadro geral da gravidade e como os objetos se movem.

Ambas as teorias funcionam extremamente bem por si só, mas acredita-se que as duas entram em conflito uma com a outra. Embora a natureza exata do conflito seja controversa, os cientistas geralmente concordam que ambas as teorias precisam ser substituídas por uma nova teoria mais geral.

Os físicos querem produzir uma teoria da “gravidade quântica” que substitua a relatividade geral e a mecânica quântica, enquanto captura o extraordinário sucesso de ambas. Tal teoria explicaria como o quadro geral da gravidade funciona na escala em miniatura das partículas.

Tempo na gravidade quântica

Acontece que produzir uma teoria da gravidade quântica é extraordinariamente difícil.

Uma tentativa de superar o conflito entre as duas teorias é a teoria das cordas. A teoria das cordas substitui partículas por cordas vibrando em até 11 dimensões.

No entanto, a teoria das cordas enfrenta uma dificuldade adicional. As teorias das cordas fornecem uma variedade de modelos que descrevem um universo amplamente como o nosso, e não fazem previsões claras que possam ser testadas por experimentos para descobrir qual modelo é o correto.

Nas décadas de 1980 e 1990, muitos físicos ficaram insatisfeitos com a teoria das cordas e criaram uma série de novas abordagens matemáticas para a gravidade quântica.

Uma das mais proeminentes é a gravidade quântica em loop, que propõe que o tecido do espaço e do tempo é feito de uma rede de pedaços discretos extremamente pequenos, ou “loops”.

Um dos aspectos notáveis ​​da gravidade quântica em loop é que ela parece eliminar completamente o tempo.

A gravidade quântica em loop não está sozinha na abolição do tempo: várias outras abordagens também parecem remover o tempo como um aspecto fundamental da realidade.

Tempo emergente

Então, sabemos que precisamos de uma nova teoria física para explicar o universo, e que essa teoria pode não apresentar o tempo.

Suponha que tal teoria seja correta. Seguir-se-ia que o tempo não existe?

É complicado, e depende do que queremos dizer com existir.

As teorias da física não incluem mesas, cadeiras ou pessoas, e ainda assim aceitamos que existam mesas, cadeiras e pessoas.

Por quê? Porque assumimos que tais coisas existem em um nível mais alto do que o nível descrito pela física.

Dizemos que as tabelas, por exemplo, “emergem” de uma física subjacente de partículas zunindo ao redor do universo.

Mas, embora tenhamos uma boa noção de como uma mesa pode ser feita de partículas fundamentais, não temos ideia de como o tempo pode ser “feito de” algo mais fundamental.

Portanto, a menos que possamos apresentar uma boa explicação de como o tempo surge, não está claro que podemos simplesmente supor que o tempo existe.

O tempo pode não existir em nenhum nível.

Tempo e agência

Dizer que o tempo não existe em nenhum nível é como dizer que não existem mesas.

Tentar sobreviver em um mundo sem mesas pode ser difícil, mas administrar em um mundo sem tempo parece positivamente desastroso.

Nossas vidas inteiras são construídas em torno do tempo. Planejamos o futuro, à luz do que sabemos sobre o passado. Nós responsabilizamos as pessoas moralmente por suas ações passadas, com o objetivo de repreendê-las mais tarde.

Acreditamos ser agentes (entidades que podem fazer coisas) em parte porque podemos planejar agir de uma maneira que trará mudanças no futuro.

Mas qual é o sentido de agir para provocar uma mudança no futuro quando, em um sentido muito real, não há futuro pelo qual agir?

Qual é o sentido de punir alguém por uma ação passada, quando não há passado e, portanto, aparentemente, nenhuma ação?

A descoberta de que o tempo não existe parece levar o mundo inteiro a um impasse. Não teríamos motivos para sair da cama.

Negócios, como sempre

Existe uma saída para a confusão.

Embora a física possa eliminar o tempo, parece deixar intacta a causação: o sentido em que uma coisa pode provocar outra.

Talvez o que a física esteja nos dizendo, então, é que a causação e não o tempo é a característica básica do nosso universo.

Se estiver certo, então a agência ainda pode sobreviver. Pois é possível reconstruir um senso de agência inteiramente em termos causais.

Pelo menos, é isso que Kristie Miller, Jonathan Tallant e eu discutimos em nosso novo livro.

Sugerimos que a descoberta de que o tempo não existe pode não ter impacto direto em nossas vidas, mesmo quando impulsiona a física para uma nova era.

*Por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae

Nova teoria propõe que esquecer é na verdade uma forma de aprendizado

Criamos inúmeras memórias enquanto vivemos nossas vidas, mas muitas delas esquecemos. Por quê? Contrariando a suposição geral de que as memórias simplesmente decaem com o tempo, ‘esquecer’ pode não ser uma coisa ruim – isso de acordo com cientistas que acreditam que pode representar uma forma de aprendizado.

Os cientistas por trás da nova teoria – delineada hoje na importante revista internacional Nature Reviews Neuroscience – sugerem que as mudanças em nossa capacidade de acessar memórias específicas são baseadas em feedback ambiental e previsibilidade. Em vez de ser um bug, o esquecimento pode ser uma característica funcional do cérebro, permitindo que ele interaja dinamicamente com o ambiente.

Em um mundo em mudança como o que nós e muitos outros organismos vivemos, esquecer algumas memórias pode ser benéfico, pois isso pode levar a um comportamento mais flexível e a uma melhor tomada de decisão. Se as memórias foram adquiridas em circunstâncias que não são totalmente relevantes para o ambiente atual, esquecê-las pode ser uma mudança positiva que melhora nosso bem-estar.

Então, com efeito, os cientistas acreditam que aprendemos a esquecer algumas memórias enquanto retemos outras que são importantes. Esquecer, é claro, tem o custo de informações perdidas, mas um corpo crescente de pesquisas indica que, pelo menos em alguns casos, o esquecimento se deve ao acesso alterado à memória, e não à perda de memória.

A nova teoria foi proposta pelo Dr. Tomás Ryan, Professor Associado da Escola de Bioquímica e Imunologia e do Trinity College Institute of Neuroscience no Trinity College Dublin, e pelo Dr. Hospital para Crianças Doentes em Toronto.

Tanto o Dr. Ryan quanto o Dr. Frankland são bolsistas da organização canadense de pesquisa global CIFAR, que possibilitou essa colaboração por meio de seu programa Child & Brain Development, que está realizando um trabalho interdisciplinar nesta área.

Dr Ryan, cuja equipe de pesquisa está sediada no Trinity Biomedical Sciences Institute (TBSI), disse:

“As memórias são armazenadas em conjuntos de neurônios chamados ‘células de engrama’ e a recuperação bem-sucedida dessas memórias envolve a reativação desses conjuntos. A extensão lógica disso é que o esquecimento ocorre quando as células do engrama não podem ser reativadas. As próprias memórias ainda estão lá, mas se os conjuntos específicos não puderem ser ativados, eles não poderão ser recuperados. É como se as memórias estivessem armazenadas em um cofre, mas você não consegue lembrar o código para desbloqueá-lo.

“Nossa nova teoria propõe que o esquecimento é devido à remodelação do circuito que muda as células do engrama de um estado acessível para um estado inacessível. Como a taxa de esquecimento é afetada pelas condições ambientais, propomos que o esquecimento seja na verdade uma forma de aprendizado que altera a acessibilidade da memória de acordo com o ambiente e o quão previsível ela é.”

Dr. Frankland acrescentou:

“Existem várias maneiras pelas quais nossos cérebros esquecem, mas todas elas agem para tornar o engrama – a personificação física de uma memória – mais difícil de acessar.”

Falando sobre o caso do esquecimento patológico na doença, o Dr. Ryan e o Dr. Frankland observam:

“Importantemente, acreditamos que esse ‘esquecimento natural’ é reversível em certas circunstâncias, e que em estados de doença – como em pessoas que vivem com a doença de Alzheimer, por exemplo – esses mecanismos naturais de esquecimento são sequestrados, o que resulta em uma acessibilidade muito reduzida das células de engrama e perda de memória patológica”.

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*Fonte: pensarcontemporaneo

Nosso universo foi criado em laboratório? É o que diz um cientista de Harvard

Um cientista de Harvard tem uma teoria interessante sobre como nosso universo foi formado: em um laboratório, por uma “classe superior de formas de vida”. Autor de best-sellers e ex-presidente do departamento de astronomia da Universidade de Harvard, Abraham (Avi) Loeb publicou recentemente um artigo na Scientific American em que credita a criação do universo a uma civilização tecnológica avançada.

É de Loeb a polêmica frase “Procuro vida inteligente no espaço porque é difícil encontrar na Terra”, dita em uma entrevista à BBC News Mundo, no mês passado. A entrevista foi para divulgar seu novo livro, “Extraterrestre: O primeiro sinal de vida inteligente fora da Terra”. Na obra, Loeb aborda suas ideias controversas e polêmicas a respeito do misterioso objeto ‘Oumuamua, que ele defende ser uma sonda enviada por uma civilização alienígena ou, ainda, resquício de algum artefato criado por extraterrestres.

Se sua teoria sobre a formação do universo por uma civilização superior for correta, “a história da origem unificaria a ideia religiosa de um criador com a ideia secular da gravidade quântica”, diz ele.

“Como nosso universo tem uma geometria plana com energia líquida zero, uma civilização avançada poderia ter desenvolvido uma tecnologia que criou um universo bebê do nada por meio de um túnel quântico”, escreveu Loeb no artigo.

Segundo essa classificação, se e quando nossa tecnologia progredir a ponto de nos tornarmos independentes do Sol, estaremos na classe B. Se pudermos criar nossos próprios universos bebês em um laboratório (como nossos “possíveis criadores” teriam feito), estaremos na classe A.

De acordo com o site Futurism, Loeb afirma que há um grande número de coisas em nosso caminho até lá – o maior obstáculo é nossa incapacidade de criar uma “densidade grande o suficiente de energia escura dentro de uma pequena região”.

“No entanto, se e quando chegarmos lá, seremos capazes de nos juntar aos nossos criadores teóricos na classe A”, espera o polêmico cientista.

Considerando suas ideias anteriores, de que existem civilizações alienígenas (como a responsável pelo ‘Oumuamua), parece que não somos os únicos na busca por essa “progressão de classe”.

*Por Flavia Correia
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*Fonte: olhardigital

Surgem sinais de que há outro universo idêntico ao nosso

Novas experiências revelam indícios de um mundo e uma realidade que são reflexos completos dos nossos. Este universo espelhado pode ser capaz de resolver o mistério da matéria escura do universo.

A física Leah Broussard está “em busca de um universo que seja idêntico ao nosso, mas invertido de modo a conter átomos espelhados, moléculas espelhadas, estrelas e planetas espelhados e até mesmo a vida espelhada”, segundo um fascinante artigo na New Scientist dos trabalhos de Broussard.

“Se existir, formaria uma bolha de realidade aninhada no tecido do espaço e do tempo ao lado de nosso próprio universo familiar, com algumas partículas capazes de alternar entre os dois.”

De maneira tentadora, a teoria poderia explicar a matéria escura — a substância não observada aqui que, baseada em observações de efeitos gravitacionais, os cientistas acreditam que é responsável por grande parte do universo.

A ideia — reforçada, acredita Broussard, por experimentos com nêutrons — é que algumas partículas podem ser capazes de passar de um lado para o outro entre o nosso universo e o espelhado.

Para testar essa teoria, Broussard e seus colegas estão se preparando para um experimento no qual eles dispararão um feixe de nêutrons em uma parede impenetrável — e então verificarão se algum dos faseados passa para o outro lado.

A teoria está bem avançada – e reconhecidamente provocativa.

A New Scientist chegou a especular que “pode ​​até haver uma raça de humanos espelhados tentando descobrir por que sua matéria escura é cinco vezes menos abundante que sua matéria normal”.

O modelo matemático que diz ser possível voltar ao passado

Por enquanto, viajar é apenas um exercício mental que nos ajuda a entender as leis do universo

Imagine que você tem uma máquina do tempo com a qual pode viajar ao passado.

Nesse momento, você teria a possibilidade de voltar ao final de 2019 e evitar o desencadeamento da pandemia do coronavírus. Sua missão seria encontrar o paciente zero, pouco antes de ele ser infectado.

Parece bom, não? O problema é que um pequeno detalhe o impediria de completar essa missão.

É verdade que algumas interpretações da física teórica afirmam que a viagem no tempo é possível. Albert Einstein, por exemplo, estava ciente de que suas equações permitiam, em princípio, viagens no tempo.

Essa possibilidade teórica, entretanto, esbarra no que os cientistas chamam de “paradoxo”, que tornaria logicamente impossível que a viagem acontecesse.

Esses paradoxos são um desmancha prazeres para os entusiastas de viagens no tempo, mas agora novas pesquisas afirmam que eles podem ser evitados.

Quais são esses paradoxos e por que este novo estudo afirma que é possível evitá-los para viajar ao passado?

Um neto que mata seu avô
Para entender o que é um paradoxo, vamos voltar à história da pandemia

Se você viajar ao passado e evitar que o paciente zero seja infectado, um paradoxo é criado imediatamente.

Ou seja, se você conseguisse impedir o início da pandemia, hoje não teríamos uma pandemia, portanto, não haveria motivo para viajar ao passado. Assim, você não viajaria ao passado e não poderia evitar que a pandemia se desencadeasse.

Esse é o paradoxo, um ciclo infinito que cria uma inconsistência lógica e destrói a ilusão da viagem no tempo.

Existem muitos paradoxos, mas este é um dos mais famosos. É chamado de “paradoxo do avô”, porque sua versão original apresenta um cenário em que um neto viaja ao passado para matar seu avô antes de ele ter seu pai.

O problema é que se ele matasse o avô, o viajante jamais poderia ter nascido. E, se ele não nascesse, sua viagem no tempo também não seria possível.


Evitar o paradoxo

Para resolver este paradoxo, vários exercícios mentais foram propostos, mas agora, dois pesquisadores na Austrália propõem uma solução matemática para evitá-lo.

Os pesquisadores queriam analisar como a dinâmica de um corpo, ou seja, seu movimento no espaço-tempo, se comporta ao entrar em uma curva de viagem ao passado.

Para isso, criaram um modelo matemático com o qual calcularam que um “agente” que entra em um ciclo de viagem ao passado poderia seguir caminhos diferentes sem alterar o resultado de suas ações.

O exercício abstrato mostra que vários agentes podem se comunicar no passado e no presente, sem uma relação de causa e efeito.

Isso significa que “os eventos se ajustam, de modo que sempre haverá uma solução única e consistente”, diz Germain Tobar, estudante de física da Universidade de Queensland, na Austrália, e autor do estudo, supervisionado pelo professor Fabio Costa, filósofo e físico teórico.

E o que isso significa?
Voltando ao exemplo da pandemia, o que o estudo diz é que se você viajar ao passado, poderia fazer o que quiser, mas seria impossível mudar o resultado dos eventos.

Ou seja, você teria livre arbítrio, mas não conseguiria evitar que a pandemia se desencadeasse.

Poderia acontecer, por exemplo, que enquanto você estivesse tentando deter o paciente zero, outra pessoa se contagiaria, ou mesmo você.

De acordo com o modelo de Tobar, os eventos mais relevantes seriam calibrados constantemente para evitar qualquer inconsistência (paradoxo) e, assim, atingir sempre o mesmo resultado, neste caso, o início da pandemia.

Entendendo o universo
O estudo de Tobar é aplicável apenas de forma abstrata no campo da matemática.

“É um trabalho interessante”, diz Chris Fewster, professor de matemática da Universidade de York, no Reino Unido, que estuda modelos de viagem no tempo.

Fewster, no entanto, adverte que agora “resta saber se as condições abstratas que (os autores) impuseram são satisfeitas nas teorias da física atualmente conhecidas”.

Segundo Tobar, esse é exatamente o desafio que eles têm agora: colocar seu modelo à prova.

Por enquanto, embora seu trabalho esteja longe de tornar a viagem no tempo uma realidade, Tobar argumenta se tratar de um passo rumo à compreensão das leis que governam o Universo.

*Por Carlos Serrano
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*Fonte: bbc-brasil

Cientista sugere que a consciência humana cria a nossa realidade

Existe uma realidade física que é independente de nós? A realidade objetiva existe? Ou a estrutura de tudo, incluindo o tempo e o espaço, é criada pelas percepções do observador? A afirmação inovadora vem de um novo artigo cintífico publicado no Journal of Cosmology and Astroparticle Physics.

Os autores do artigo incluem Robert Lanza, especialista em células-tronco e medicina regenerativa, famoso pela teoria do biocentrismo, que argumenta que a consciência é a força motriz para a existência do universo. Ele acredita que o mundo físico que percebemos não é algo que está separado de nós, mas que é criado por nossas mentes enquanto o observamos. De acordo com sua visão biocêntrica, o espaço e o tempo são um subproduto do “turbilhão de informações” em nossa cabeça que é tecido pela nossa mente de uma maneira coerente.

Seu novo artigo, com a co-autoria de Dmitriy Podolskiy e Andrei Barvinsky, teóricos da gravidade quântica e cosmologia quântica, mostra como os observadores influenciam a estrutura de nossa realidade.

De acordo com Lanza e seus colegas, os observadores podem afetar dramaticamente “o comportamento de quantidades observáveis” tanto em escalas microscópicas quanto massivas. Na verdade, uma “mudança profunda em nossa visão de mundo cotidiana comum” é necessária, escreveu Lanza em uma entrevista ao Big Think. O mundo não é algo que se forma fora de nós, simplesmente existindo por conta própria. “Os observadores finalmente definem a estrutura da própria realidade física”, afirmou.

Como os observadores podem criar a realidade?
Como isso funciona? Lanza afirma que uma rede de observadores é necessária e é “inerente à estrutura da realidade”. Como ele explica, observadores — você, eu e qualquer outra pessoa — vivem em um universo gravitacional quântico e vêm com “um modelo cognitivo globalmente de acordo” com a realidade, trocando informações sobre as propriedades do espaço-tempo. “Pois, uma vez que você mede algo”, escreve Lanza, “a onda de probabilidade de medir o mesmo valor da quantidade física já sondada torna-se ‘localizada’ ou simplesmente ‘colapsa’”. É assim que a realidade se torna consistentemente real para todos nós. Uma vez que você continue medindo uma quantidade várias vezes depois, sabendo o resultado da primeira medição, você verá o mesmo resultado.

“Da mesma forma, se você aprender com alguém sobre os resultados de suas medições de uma quantidade física, suas medidas e as de outros observadores influenciam uns aos outros congelando a realidade de acordo com esse consenso”, acrescentou Lanza, explicando ainda que “um consenso de opiniões diferentes sobre a estrutura da realidade define sua própria forma, moldando a espuma quântica subjacente”, explicou Lanza.

Em termos quânticos, um observador influencia a realidade através da decoerência, que fornece a estrutura para ondas de probabilidade em colapso, “em grande parte localizadas nas proximidades do modelo cognitivo que o observador constrói em sua mente ao longo de sua vida”, acrescentou.

Lanza diz: “O observador é a primeira causa, a força vital que colapsa não só o presente, mas a cascata de eventos espaço-temporais que chamamos de passado. Stephen Hawking estava certo quando disse: “O passado, como o futuro, é indefinido e existe apenas como um espectro de possibilidades.”


O universo poderia ser uma simulação?

Poderia uma entidade artificialmente inteligente sem consciência estar sonhando nosso mundo? Lanza acredita que a biologia desempenha um papel importante, como ele explica em seu livro The Grand Biocentric Design: How Life Creates Reality, que ele escreveu com o físico Matej Pavsic.

Enquanto um robô poderia ser um observador, Lanza acha que uma entidade viva consciente com capacidade de memória é necessária para estabelecer a seta do tempo. “‘Um observador sem cérebro’ não experimenta tempo e/ou decoerência com qualquer grau de liberdade”, escreve Lanza. Isso leva à causa e efeito, relacionamentos que podemos notar ao nosso redor. Lanza acha que “só podemos dizer com certeza que um observador consciente realmente colapsa uma função de onda quântica”.

A Equação de Deus
Como Robert Lanza também escreveu ao Big Think, outro aspecto fundamental de seu trabalho é que ele resolve “a incompatibilidade exasperante entre a mecânica quântica e a relatividade geral”, que era uma impossibilidade até mesmo para Albert Einstein.

A aparente incongruência dessas duas explicações do nosso mundo físico — com a mecânica quântica olhando para os níveis moleculares e subatômicos e a relatividade geral nas interações entre estruturas cósmicas maciças como galáxias e buracos negros — desaparece uma vez que as propriedades dos observadores são levadas em conta.

Embora tudo isso possa parecer especulativo, Lanza diz que suas ideias estão sendo testadas usando simulações de Monte Carlo em poderosos aglomerados computacionais do MIT e em breve serão testadas experimentalmente. [Big Think]

*Por Marcelo Ribeiro

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*Fonte: hypescience

Fato ou conspiração: celulares gravam suas conversas para exibir anúncios?

Todo mundo conhece alguém que conta uma história similar: estava falando sobre um produto ou serviço em voz alta com outra pessoa enquanto o celular estava por perto. Em alguns instantes, você vê um anúncio sobre aquele mesmo serviço na internet. Será que os microfones dos smartphones são usados para ouvir tudo o que você diz com o objetivo de servir anúncios?

Essa crença é bastante comum, e uma pesquisa da Consumer Reports, organização dedicada à defesa do consumidor mostra que cerca de 43% dos americanos que possuem um smartphone acreditam que os dispositivos estão sendo usados para gravação não-autorizada de conversas. Acontece, no entanto, que nenhum estudo (e já houve vários) conseguiu provar que essa crença é real.

Em um desses testes, realizado entre 2017 e 2018, pesquisadores da Northeastern University liderados pelo professor de ciência da computação David Choffnes analisaram 17 mil dos aplicativos mais populares para Android, mas não conseguiram encontrar um único caso em que o microfone tenha sido ativado indevidamente e transmitido dados de voz. Outro experimento, desta vez focado apenas nos maiores aplicativos (como Instagram, Facebook, Google, Chrome, Amazon), realizado pela empresa de segurança Wandera, teve o mesmo resultado.

Tudo indica, portanto, que trata-se de uma teoria da conspiração. Choffnes indica que a coleta massiva de dados de voz e o processamento dessa informação dependeria de um salto no poder computacional dessas plataformas, tornando a operação menos viável. Ele aponta que esse tipo de monitoramento pode ser mais interessante para casos específicos, geralmente em ações de ciberespionagem direcionadas para figuras de alto escalão, e não tanto para nós, usuários comuns.

Mas se os aplicativos não estão pegando suas conversas, de onde vêm essa impressão de que estamos sendo vigiados? Os anúncios não podem ser coincidência, podem? O fato é que existem outros métodos de monitoramento aos quais estamos sujeitos online e que são tão ou mais efetivos para entender nossas preferências do que coletar nossas conversas.

Google e Facebook, por exemplo, monitoram basicamente tudo o que você acessa na internet graças a ferramentas incorporadas aos sites e aplicativos que você usa cotidianamente. Além disso, sua localização pode ser facilmente deduzida pelos apps graças a informações de GPS e das torres de celular com as quais seu dispositivo se comunica. Sabendo onde você está, os lugares que você frequenta e o tipo de coisa que desperta o seu interesse, fica mais fácil direcionar anúncios de uma forma precisa para o seu gosto.

Além disso, o fato de não estarem ativando seu microfone sem permissão não quer dizer que os aplicativos não apresentem comportamentos indevidos. Choffnes menciona em seu estudo que 9 mil aplicativos estavam capturando a tela dos celulares e transmitindo a informação para outras empresas, o que pode revelar informações altamente privativas, como endereço, número de cartão de crédito e tantas outras coisas.

Assim, o mais provável é que, se você viu um anúncio de um tênis sobre o qual você estava conversando com um amigo, que você em algum momento tenha procurado sobre esse tênis na internet.

*Por Renato Santino
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*Fonte: ciclovivo

Físicos teóricos preveem colapso da humanidade em 40 anos

A humanidade como a conhecemos pode ter menos de 40 anos restantes, caso não haja uma mudança drástica nos padrões de consumo e preservação do meio-ambiente. A conclusão está em uma pesquisa que prevê um colapso total da nossa sociedade devido à combinação de fatores como a destruição das florestas, o crescimento populacional e o ritmo acelerado de consumo de recursos naturais.

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O estudo dos físicos teóricos Gerardo Aquino e Mauro Bologna saiu na revista Nature Scientific Reports e não vê alternativa que não envolva uma mudança drástica, dramática e imediata nos padrões de consumo atuais e nas políticas de proteção do meio-ambiente. De acordo com eles, o principal motivador do colapso será a destruição das florestas, cuja ausência fará com que a Terra não mais seja capaz de sustentar o tamanho da humanidade.

Na visão dos especialistas, o ritmo atual de destruição das matas deve levar ao desaparecimento completo das florestas entre 100 a 200 anos no futuro. Entretanto, muito antes disso, os sistemas de suporte de vida no planeta devem receber o impacto da redução da natureza em termos de produção de oxigênio, reservas de carbono, regulação do ciclo hídrico e conservação do solo. Esse processo também levaria à extinção de espécies e mudanças ambientais que reduziriam a quantidade de comida disponível, daí a ideia de que temos poucas décadas de estimativa para a nossa própria sobrevivência.

“Não é realista imaginar que a sociedade humana só será afetada quando a última árvore for cortada”, afirma o estudo. De acordo com os autores, também é improvável a sobrevivência humana diante das condições atuais, que reduziram a extensão das florestas de 60 milhões de quilômetros quadrados, há 200 anos, para 40 milhões de quilômetros quadrados hoje.

Ápice evolutivo

Um avanço tecnológico magnífico poderia mudar um pouco o cenário, mas novamente, os especialistas enxergam como improvável a relação entre o tempo que nos resta e o necessário para desenvolver tais sistemas. Entra em jogo aqui, também, uma contradição, já que na visão dos especialistas, essa mesma evolução também leva a um maior consumo de recursos naturais, com a diferença de que eles são usados de maneira otimizada.

Sem uma mudança drástica nos padrões de consumo e exploração ambiental, aliada a medidas de controle populacional, apenas a chamada Esfera Dyson poderia ser a solução — um conceito que, quando lido rapidamente, soa como algo saído de um filme de ficção científica. O conceito fala sobre uma megaestrutura que seria construída ao redor do Sol para acumular a energia produzida por ele, uma quantidade tão absurda que substituiria completamente qualquer necessidade de produção adicional.

Essa seria a conclusão direta da escala Kardashev, uma medida desenvolvida pelo astrônomo russo Nikolai Kardeshev em 1964, que associa o nível de avanço tecnológico de uma civilização de acordo com a quantidade de energia que ela consegue produzir. E na visão do teórico, se uma sociedade é capaz de acumular completamente a produção de sua estrela, ela transcende as limitações do próprio planeta. Algo que, como dá para imaginar, a humanidade ainda está bem longe de alcançar.

Na visão de Aquino e Bologna, o mais provável é que a humanidade não esteja viva para testemunhar tamanho avanço tecnológico, pois as chances de um colapso são 90% maiores que as de sobrevivência. Mesmo a mudança completa citada pelos físicos não será suficiente para reverter a situação, mas sim, dará tempo o bastante para que esse patamar seja alcançado.

A fala dos dois, entretanto, soa quase utópica: “uma redefinição em nosso modelo de sociedade de forma que privilegie o interesse do ecossistema sobre o interesse individual dos habitantes”. Essa, no final, acaba sendo a maior esperança atual caso a teoria dos especialistas esteja correta.

*Por Felipe Demartini / Fonte: Vice, Nature

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*Fonte: canaltech

Cientistas afirmam que o DNA pode ser reprogramado por nossas próprias palavras

Cientistas russos provam que o DNA pode ser reprogramado apenas por nossas palavras e outras frequências externas

O DNA HUMANO É UMA INTERNET BIOLÓGICA e pode ser reprogramado.

A pesquisa científica russa explica os fenômenos sobrenaturais humanos, como clarividência, intuição, atos espontâneos e remotos de cura, autocura, técnicas de afirmação, luz / auras incomuns em torno de pessoas (ou seja, mestres espirituais), influência da mente nos padrões climáticos e muito mais. Além disso, há evidências de todo um novo tipo de medicamento em que o DNA pode ser influenciado e reprogramado por palavras e frequências SEM cortar e substituir genes únicos.

Apenas 10% do nosso DNA está sendo usado para a construção de proteínas. É esse subconjunto de DNA que interessa aos pesquisadores ocidentais e está sendo examinado e categorizado. Os outros 90% são considerados “DNA lixo”.

Os pesquisadores russos, no entanto, convenceram que a natureza não era burra, juntou linguistas e geneticistas em um empreendimento para explorar esses 90% do “DNA lixo”. Seus resultados, descobertas e conclusões são simplesmente revolucionárias! Segundo eles, o nosso DNA não é apenas responsável pela construção do nosso corpo, mas também serve como armazenamento de dados e na comunicação. Os lingüistas russos descobriram que o código genético, especialmente nos 90% aparentemente inúteis, segue as mesmas regras que todas as nossas línguas humanas.

Para esse fim, eles compararam as regras de sintaxe (a maneira como as palavras são reunidas para formar frases e sentenças), semântica (o estudo do significado nas formas de linguagem) e as regras básicas da gramática. Eles descobriram que os alcalinos do nosso DNA seguem uma gramática regular e estabelecem regras como as nossas línguas. Portanto, as línguas humanas não apareceram por coincidência, mas são um reflexo do nosso DNA inerente.

O biofísico russo e biólogo molecular Pjotr ​​Garjajev e seus colegas também exploraram o comportamento vibracional do DNA. A conclusão era: “Os cromossomos vivos funcionam como computadores solitônicos / holográficos usando a radiação laser de DNA endógena”. Isso significa que eles conseguiram, por exemplo, modular certos padrões de frequência em um raio laser e, com ele, influenciaram a frequência do DNA e, portanto, a própria informação genética. Como a estrutura básica dos pares DNA-alcalinos e da linguagem (como explicado anteriormente) são da mesma estrutura, nenhuma decodificação de DNA é necessária.

Pode-se simplesmente usar palavras e frases da linguagem humana! Isso também foi comprovado experimentalmente! A substância viva do DNA (no tecido vivo, e não in vitro) sempre reagirá aos raios laser com linguagem modulada e até às ondas de rádio, se as frequências adequadas estiverem sendo usadas.

Isso finalmente e cientificamente explica por que afirmações, treinamento autógeno, hipnose, mediação, oração e outras formas de foco podem ter efeitos tão fortes nos seres humanos e em seus corpos. É inteiramente normal e natural que o nosso DNA reaja à linguagem. Enquanto os pesquisadores ocidentais cortam genes únicos das cadeias de DNA e os inserem em outros lugares, os russos trabalharam com entusiasmo em dispositivos que podem influenciar o metabolismo celular através de frequências de rádio e luz moduladas adequadas e, assim, reparar defeitos genéticos.

O grupo de pesquisa de Garjajev conseguiu provar que com esse método os cromossomos danificados por raios-x, por exemplo, podem ser reparados.
Eles até capturaram padrões de informação de um DNA em particular e o transmitiram para outro, reprogramando as células para outro genoma. Assim, eles conseguiram transformar, por exemplo, embriões de sapo em embriões de salamandra simplesmente transmitindo os padrões de informação do DNA! .

Professores esotéricos e espirituais sabem há séculos que nosso corpo é programável por linguagem, palavras e pensamentos. Isso já foi comprovado e explicado cientificamente. Claro que a frequência tem que estar correta. E é por isso que nem todos são igualmente bem-sucedidos ou podem fazê-lo sempre com a mesma força. A pessoa individual deve trabalhar nos processos internos e na maturidade, a fim de estabelecer uma comunicação consciente com o DNA. Os pesquisadores russos trabalham em um método que não depende desses fatores, mas SEMPRE funcionará, desde que se use a frequência correta.

Na natureza, a hipercomunicação foi aplicada com sucesso por milhões de anos. O fluxo organizado da vida nos estados de insetos prova isso de maneira dramática. O homem moderno sabe disso apenas em um nível muito mais sutil como “intuição”. ?? Mas nós também podemos recuperar o uso total dela.

Um exemplo da natureza: quando uma formiga rainha é espacialmente separada de sua colônia, a construção ainda continua fervorosamente e de acordo com o plano. Se a rainha for morta, no entanto, todo o trabalho na colônia será interrompido. Nenhuma formiga sabe o que fazer. Aparentemente, a rainha envia os “planos de construção” também de longe, através da consciência de grupo de seus súditos.

Ela pode estar tão longe quanto ela quiser, enquanto estiver viva. No homem, a hipercomunicação é mais frequentemente encontrada quando de repente se obtém acesso a informações que estão fora da base de conhecimento. Essa hipercomunicação é então experimentada como inspiração ou intuição. O compositor italiano Giuseppe Tartini, por exemplo, sonhou uma noite que um demônio estava sentado ao seu lado tocando violino. Na manhã seguinte, Tartini conseguiu anotar exatamente a peça de memória, que chamou de Sonata do Diabo.

No livro “Vernetzte Intelligenz” (Inteligência em Rede), Grazyna Gosar e Franz Bludorf explicam essas conexões de maneira precisa e clara. Os autores também citam fontes presumindo que em épocas anteriores a humanidade estivera, assim como os animais, muito fortemente conectada à consciência do grupo e agia como um grupo.

Para desenvolver e experimentar a individualidade, nós humanos, no entanto, tivemos que esquecer a hipercomunicação quase completamente. Agora que estamos razoavelmente estáveis ​​em nossa consciência individual, podemos criar uma nova forma de consciência de grupo, a saber, aquela em que obtemos acesso a todas as informações através do nosso DNA sem ser forçado ou controlado remotamente sobre o que fazer com essas informações.

Agora sabemos que, assim como na Internet, nosso DNA pode alimentar seus dados apropriados na rede, pode acessar dados da rede e estabelecer contato com outros participantes na rede. Cura remota, telepatia ou “sensoriamento remoto” ?? sobre o estado dos parentes etc. pode ser explicado. Alguns animais também sabem de longe quando seus donos planejam voltar para casa. Isso pode ser recentemente interpretado e explicado através dos conceitos de consciência de grupo e hipercomunicação. Qualquer consciência coletiva não pode ser sensatamente usada durante qualquer período de tempo sem uma individualidade distinta. Caso contrário, voltaríamos a um instinto primitivo de manada que é facilmente manipulado.

Isso pode ser recentemente interpretado e explicado através dos conceitos de consciência de grupo e hipercomunicação. Qualquer consciência coletiva não pode ser sensatamente usada durante qualquer período de tempo sem uma individualidade distinta. Caso contrário, voltaríamos a um instinto primitivo de manada que é facilmente manipulado. Isso pode ser recentemente interpretado e explicado através dos conceitos de consciência de grupo e hipercomunicação. Qualquer consciência coletiva não pode ser sensatamente usada durante qualquer período de tempo sem uma individualidade distinta. Caso contrário, voltaríamos a um instinto primitivo de manada que é facilmente manipulado.

A hipercomunicação no novo milênio significa algo bem diferente: os pesquisadores pensam que, se os seres humanos com plena individualidade recuperassem a consciência de grupo, teriam um poder divino para criar, alterar e moldar as coisas na Terra!

Mais e mais crianças clarividentes estão nascendo. Algo nessas crianças está se esforçando cada vez mais em direção à consciência de grupo do novo tipo, e não será mais suprimida.

Quando um grande número de pessoas se reúne através da oração ou meditação, todas focadas no mesmo resultado, podemos mudar o mundo. O conceito de mudarmos nosso próprio DNA, através de nossas palavras e vibrações, agora é um FATO CONHECIDO. Estamos recebendo uma atualização.

 

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*Fonte: pensarcontemporaneo

O Universo é um jogo de espelhos

O Universo provavelmente está povoado de cópias de você. E de sua mãe, do Usain Bolt e do Elon Musk. Em algumas, Bolt é sedentário e Musk é pobre. Em outras, tudo segue exatamente do jeito que está – você, inclusive, lê esta revista, nesta mesma posição.

Para encontrar essas cópias, você teria que começar a viagem mais longa da sua vida. Suba em um foguete imaginário. Deixe a Terra para trás. O Sol ficará cada vez mais distante, até sumir. Depois, as estrelas também desaparecem: cada um dos pontos brilhantes que você vê agora é uma galáxia inteira. E a viagem segue.

Eis que, em certo momento, você vê pela janela uma galáxia bem parecida com a Via Láctea. Então entra nela para dar uma explorada. Lá dentro, encontra estrelas bem familiares. Entre elas, uma de tamanho médio com um punhado de planetas em volta. Chegando mais perto, você vê que o terceiro planeta mais próximo da estrela parece uma bola de gude azul. Sim: um planeta idêntico à Terra, a zilhões de mastodontilhões de milênios-luz daqui.

Tudo na superfície desta outra Terra é igual à desta aqui: continentes, montanhas, oceanos. Os mesmos seres vivos, de uma ararinha azul que acaba de nascer na Amazônia de lá até o seu cachorro, criado por um clone exato seu que mora ali. Um clone mesmo: com a sua cara, seu nome, seus medos, seus amores, seu passado.
Essa possibilidade parece absurda. É absurda. Mas pode ser real também. Mais do que isso: se o Universo for grande o suficiente (e a princípio ele é mesmo), a existência desse seu clone lá longe é uma imposição da matemática.

Quão grande o Universo precisa ser para possibilitar tal aberração? Bom, isso tem a ver com a variedade do nosso “guarda-roupa” cósmico. Imagine que no seu armário há 10 calças e 20 camisetas. Com esse conteúdo, é possível passar 200 dias sem repetir nenhum look. No 201º dia, porém, a repetição é obrigatória. No Universo é a mesma coisa. A região que ocupamos nele nada mais é que um conjunto de partículas, que se combinaram para formar o Sol, a Terra, os seus pensamentos. Tudo. Porque tudo o que existe, afinal, é feito de partículas elementares. Arranje essas partículas de um jeito, e você terá uma gosma disforme de moléculas. Arrume de outro, e você terá um cérebro, um par de olhos, um corpo, este texto. A existência da nossa realidade é só um look que o Universo escolheu para as zilhões de partículas que estão dentro dele.

O Universo é bem uniforme. Podemos supor, então, que regiões do mesmo tamanho contêm o mesmo número de partículas. Esses quarks, fótons e elétrons se combinam de muitas outras formas nas regiões vizinhas à nossa.

O que interessa é que o número de combinações dessas partículas é gigante – mas finito. Chegaremos à quantidade exata. Mas a conclusão é a mesma do guardaroupa: se tivermos mais “regiões” no Universo do que combinações possíveis entre as partículas que as habitam, em algum lugar vão existir regiões exatamente iguais.
Em um Universo imenso, portanto, um clone exato seu é bastante provável. Mais: se o Universo for infinito, é obrigatório que existam infinitos clones seus. E há motivos convincentes – impulsionados por observações feitas na última década – para acreditar que o cosmos não tem fim. E tudo por causa de algo que mal cabe na imaginação: o formato real do Universo.

É difícil entender que o Universo sequer tenha um formato. O que vemos ao olhar para o céu parece ser um imenso vazio pontuado de estrelas. Mas esse “todo” precisa se organizar em alguma forma definida.

Isso porque ele contém massa e, segundo a Teoria da Relatividade, qualquer coisa que tenha massa cria uma curva nas dimensões de tempo e espaço. O espaço pode ser pensado como um tecido bem esticado. Uma bola de gude lançada ali vai afundar um pouco o tecido. Uma bola de boliche cria uma curvatura ainda maior.

Da mesma forma, se tiver muita matéria (muita massa) no Universo, ele se curvaria até ficar esférico. Se esse fosse o caso, então, viveríamos na superfície de uma bexiga gigantesca. Uma bexiga tem três dimensões (altura, largura e comprimento). Mas uma formiga na superfície da bexiga só é capaz de perceber duas: ela pode andar de lado ou para frente e para trás, mas não para “cima” – porque, na prática, isso significa sair da bexiga.

Como a formiga, não conseguimos sair da “superfície” do Universo. O cosmos, por esse ponto de vista, consiste numa superfície 3D inserida numa esfera 4D.

Se o Universo for essa esfera quadridimensional e você sair para uma viagem espacial, sempre em linha reta, necessariamente voltaria ao ponto de início da viagem.

Mas uma esfera não é o único formato possível. O Universo pode ter muita energia escura, uma entidade que tem efeito oposto ao da massa – estica o Universo, em vez de contrair. E aí, ao contrário de uma esfera, o Universo teria uma curvatura negativa. O resultado, difícil de imaginar, mas válido para os matemáticos, é uma batata Pringles em quatro dimensões.

A última opção é um Universo que tenha uma quantidade de massa e de energia escura equivalentes, com uma anulando a outra. Nesse caso, não existe curvatura. Então o Universo não seria nem uma bexiga nem uma batata em quatro dimensões. Seria plano.

Em um Universo plano, você nunca voltaria ao ponto em que saiu, ainda que viajasse por trilhões e trilhões de anos. Se for o caso, sua viagem só teria dois itinerários possíveis: ou você encontraria o fim do Universo, uma borda depois da qual não existe nada, ou, o que é extremamente mais provável, esse Universo não tem bordas nem fronteiras. Sua extensão é infinita.

Essa discussão é importante para garantir a existência dos seus clones. Porque só um Universo plano pode ser infinito, sem limite em nenhuma direção. A boa notícia é que chegamos a uma resposta quase definitiva, graças às Micro-ondas Cósmicas de Fundo, as formas de luz mais antigas que conseguimos enxergar, emitidas poucos milhares de anos após o Big Bang.

Na última década, a sonda WMAP, da Nasa, usou essa radiação para medir a curvatura do cosmos. O cálculo final conclui que o Universo é plano, veja só. E com uma margem de erro de apenas 0,4%.

O estudo foi reforçado pela Pesquisa Espectroscópica de Oscilação Bariônica (BOSS, em inglês), publicada em 2014, que mediu a densidade do Universo com a maior exatidão já vista. O que a BOSS detectou foi que o Universo abriga basicamente a quantidade de massa exata necessária para ser plano.

Mesmo assim, um Universo plano não é necessariamente infinito. Ele pode ser como uma tela de Pac-Man. Você sai por uma ponta e aparece na outra – ideia aparentemente absurda, mas apoiada por alguns cientistas. Mesmo assim, os especialistas concordam no seguinte: se o Universo é, de fato, plano, todos os cálculos permitem supor que ele seja infinito.

Isso quer dizer que, na sua viagem de trilhões e trilhões de anos-luz de duração, você jamais voltaria para o ponto de onde saiu. E, no caminho, começaria, obrigatoriamente, a encontrar os seus clones. Porque o único padrão possível na infinitude é a repetição.

Um novo Big Bang

Em um Universo infinito, a forma como entendemos o momento de origem muda completamente

Se o Universo é de fato infinito, ele sempre foi infinito – até no Big Bang. A Lei de Hubble mostra que o cosmos está expandindo, porque as galáxias estão se afastando (e as mais distantes se afastam mais rápido). Se o relógio girasse ao contrário, veríamos o oposto: tudo se aproximando em um Universo cada vez menor, até tudo que existe estar contido em um só ponto. Nesse ponto de densidade absurda aconteceu o Big Bang. Essa é a explicação convencional. Mas em um Universo infinito, é preciso olhar por outro ângulo. A matemática, afinal, permite “infinitos maiores” e “infinitos menores”. Pegue uma reta infinita e serre ela ao meio. Você terá duas retas menores que a original, mas ainda infinitas. Se o tempo corresse ao contrário, o Universo ficaria menor, mas ainda infinito. Veríamos galáxias se aproximando, até se fundirem. Só que um cosmos infinito e homogêneo tem galáxias infinitas – e a fusão de todas elas levaria a um pico de densidade em todos os seus pontos. Conclusão: um Universo sem limites pode ter sido infinitamente denso, o que também cumpre os requisitos para o Big Bang. Boom.

Quando você encontraria sua primeira cópia? Esse cálculo foi feito pelo cosmólogo do MIT Max Tegmark. Ele é mais fácil de entender se pensarmos no Universo como uma grande colcha de retalhos. Nosso universo visível, também chamado de horizonte cósmico, é um desses retalhos, que se estende a 42 bilhões de anos-luz em todas as direções. Dentro de cada um desses retalhos, existem 10118 unidades subatômicas que formam tudo que existe. São 10000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
000000000000000000000000000000000000000000000 partículas.

Todas elas estão presentes em todos os retalhos, mas podem ter combinações variáveis, gerando realidades totalmente diversas. Segundo Tegmark, você teria que elevar 210 , depois pegar o número resultante e elevá-lo à 118. Essa seria a quantidade de opções de retalhos diferentes, dígitos suficientes para travar seu computador.

Isso quer dizer que, a cada região composta de 210 elevado a 118 retalhos, vai existir, no mínimo, um que é uma cópia exata do horizonte cósmico em que vivemos. As mesmas galáxias, o mesmo sistema solar, a mesma Terra.

Chegando a um país igual ao Brasil, você encontraria alguém que vive em uma casa igual à sua, bebe a mesma cerveja com os mesmos amigos e tem as mesmas marcas de espinha no rosto. Daqui até lá, a distância máxima a se viajar é de 1010 elevado a 118 metros.

10 elevado a 10 elevado a 118: essa é a distância máxima (em metros) daqui até o próximo universo idêntico ao nosso. Mas, para cada xerox exato, o espaço está repleto de cópias distorcidas de tudo o que você conhece…

Não existe papel suficiente no planeta para escrever tantos zeros. Trata-se de um número tão imenso que nem faz diferença se ele for expresso em milímetros ou em anos-luz. A diferença entre um milímetro e um ano-luz, afinal, consiste em meros 18 zeros. E, de novo, estamos falando em um número com mais zeros do que grãos de areia em todas as praias e desertos da Terra – e de Marte também.

A ficção científica vira filme de terror, porém, se pensarmos que, de acordo com a matemática, é mais fácil produzir cópias inexatas do que clones perfeitos. Então, a cada cópia exata do nosso Universo conhecido, você encontraria versões distorcidas dele. Antes de completar a jornada, você certamente encontraria uma série de Universos em que as partículas nem geraram vida. Ou geraram, mas nada remotamente parecido com aquilo que existe agora na Terra. Em outra parte do Universo, nós, terráqueos, curamos o câncer. Em outra, Hitler venceu a Segunda Guerra. Em uma terceira, você ganhou na loteria. Afinal, a cura do câncer, o destino de Hitler ou a sua sorte no jogo nada mais são que configurações possíveis das partículas que formam o Universo.

Num cosmos grande o suficiente, a existência de clones infinitos de você é uma certeza inabalável. A de versões distorcidas de tudo o que você conhece também. Tudo o que pode existir irá existir.

(Tomás Arthuzzi/Superinteressante)

Só tem um problema: nós nunca, em nenhuma hipótese, encontraremos nossas cópias ou essas versões alternativas da história. Porque dentre tudo o que você leu aqui, a única coisa realmente impossível é a viagem em que você embarcou no início deste texto.

Afinal, nada viaja além da velocidade da luz – isso Einstein já estabeleceu com a Teoria da Relatividade. Mas há uma “exceção”: a velocidade com que o próprio Universo está se expandindo.

O nosso horizonte cósmico, ou o retalho que habitamos na colcha do Universo, aumenta de tamanho sem parar. Com isso, a fronteira entre este retalho e o próximo fica cada vez mais distante.

Na borda do nosso retalho estão as galáxias mais longínquas que podemos ver. Elas emitiram sua luz pouco depois do Big Bang, há 13,8 bilhões de anos. Se o Universo não se expandisse, essas galáxias estariam a pouco menos de 13,8 bilhões de anos-luz de distância. Mas, desde que brilharam em nossa direção pela primeira vez, elas se afastaram cada vez mais rápido. Hoje, estão a mais de 40 bilhões de anos-luz. E a distância segue aumentando a uma velocidade bem maior que a da luz. Como é impossível construir qualquer coisa que se desloque mais rápido que a luz, jamais conseguiremos enxergar além do horizonte cósmico, do limite do retalho. A luz que esses objetos emitem jamais chegará aos nossos telescópios.

Eis a grande pegadinha da natureza: as leis que governam o cosmos são permissivas o bastante para suportar a tese de que o Universo está cheio de clones seus. Por outro lado, elas são implacáveis a ponto de manter essas maravilhas do mundo das probabilidades completamente fora do nosso alcance. Para sempre. O irônico é que, do ponto de vista do seu clone espacial que está lendo este texto agora, quem está fora de alcance é você. Vivamos com isso.

*Por Ana Carolina Leonardi

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*Fonte: superinteressante

A viagem no tempo é possível – mas somente se você tiver um objeto com massa infinita

O conceito de viagem no tempo sempre capturou a imaginação de físicos e leigos. Mas isso é realmente possível? Claro que é. Estamos fazendo isso agora, não estamos? Estamos todos viajando para o futuro um segundo de cada vez.

Mas isso não era o que você estava pensando. Podemos viajar muito mais para o futuro? Absolutamente. Se pudéssemos viajar perto da velocidade da luz, ou na proximidade de um buraco negro, o tempo diminuiria, permitindo-nos viajar arbitrariamente para o futuro. A questão realmente interessante é se podemos viajar de volta ao passado.

Sou professor de física na Universidade de Massachusetts, Dartmouth, e ouvi pela primeira vez sobre a noção de viagem no tempo quando tinha 7 anos, de um episódio de 1980 da série de TV clássica de Carl Sagan, “Cosmos“. Eu decidi que um dia eu ia estudar profundamente a teoria subjacente a tais idéias criativas e notáveis: a relatividade de Einstein. Vinte anos depois, saí com um Ph.D. no campo e tenho sido um pesquisador ativo na teoria desde então.

Agora, um de meus alunos de doutorado acaba de publicar um artigo na revista Classical and Quantum Gravity, que descreve como construir uma máquina do tempo usando um conceito muito simples.

CURVAS DO TEMPO FECHADAS

A teoria geral da relatividade de Einstein permite a possibilidade de distorcer o tempo de tal modo que ele se dobra sobre si mesmo, resultando em um loop temporal. Imagine que você está viajando nesse ciclo; isso significa que em algum momento, você acabaria em um momento no passado e começaria a experimentar os mesmos momentos desde então, tudo de novo – um pouco como o deja vu, exceto que você não perceberia isso. Tais construções são frequentemente referidas como “curvas do tempo fechadas” ou CTCs na literatura de pesquisa, e popularmente referidas como “máquinas do tempo”. As máquinas do tempo são um subproduto de esquemas de viagem eficazes mais rápidas que a luz e entendê-los pode melhorar nossa compreensão de como o universo funciona.

Nas últimas décadas, físicos bem conhecidos como Kip Thorne e Stephen Hawking produziram trabalhos seminais sobre modelos relacionados a máquinas do tempo.

A conclusão geral que emergiu de pesquisas anteriores, incluindo as de Thorne e Hawking, é que a natureza proíbe os ciclos do tempo. Talvez isso seja melhor explicado na “Conjectura de Proteção Cronológica“, de Hawking, que essencialmente diz que a natureza não permite mudanças em sua história passada, poupando-nos assim dos paradoxos que podem surgir se a viagem no tempo fosse possível.

Talvez o mais conhecido entre esses paradoxos que emergem devido à viagem no tempo para o passado é o chamado “paradoxo do avô”, no qual um viajante volta ao passado e mata seu próprio avô. Isso altera o curso da história de uma maneira que surge uma contradição: o viajante nunca nasceu e, portanto, não pode existir. Tem havido muitos enredos de filmes e novelas baseados nos paradoxos que resultam das viagens no tempo – talvez alguns dos mais populares sejam os filmes “Back to the Future” e “ Groundhog Day ”.

MATÉRIA EXÓTICA

Dependendo dos detalhes, diferentes fenômenos físicos podem intervir para impedir que curvas fechadas do tempo se desenvolvam em sistemas físicos. O mais comum é o requisito para um determinado tipo de assunto “exótico” que deve estar presente para que um ciclo do tempo exista. Vagamente falando, matéria exótica é matéria que tem massa negativa. O problema é que a massa negativa não é conhecida por existir na natureza.

Caroline Mallary, uma estudante de doutorado na Universidade de Massachusetts, Dartmouth, publicou um novo modelo para uma máquina do tempo na revista Classical & Quantum Gravity. Este novo modelo não requer nenhum material exótico de massa negativa e oferece um design muito simples.

O modelo de Mallary consiste em dois carros super longos – construídos de material que não é exótico e tem massa positiva – estacionados em paralelo. Um carro avança rapidamente, deixando o outro estacionado. Mallary foi capaz de mostrar que, em tal configuração, um loop temporal pode ser encontrado no espaço entre os carros.

Uma animação mostra como o loop do tempo de Mallary funciona. À medida que a espaçonave entra no ciclo do tempo, o seu eu futuro também aparece, e é possível rastrear as posições de ambos a cada momento posterior. Esta animação é da perspectiva de um observador externo, que está observando a espaçonave entrar e emergir do loop temporal.

ENTÃO VOCÊ PODE CONSTRUIR ISSO NO SEU QUINTAL?

Se você suspeitar que há uma captura, você está correto. O modelo de Mallary exige que o centro de cada carro tenha densidade infinita. Isso significa que eles contêm objetos – chamados de singularidades – com densidade, temperatura e pressão infinitas. Além disso, ao contrário das singularidades que estão presentes no interior dos buracos negros, o que as torna totalmente inacessíveis do exterior, as singularidades no modelo de Mallary são completamente nuas e observáveis ​​e, portanto, têm verdadeiros efeitos físicos.

Os físicos não esperam que tais objetos peculiares existam na natureza também. Então, infelizmente, uma máquina do tempo não estará disponível tão cedo. No entanto, este trabalho mostra que os físicos podem ter que refinar suas idéias sobre o porquê de curvas do tempo fechadas serem proibidas.

 

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Fonte: socientifica

Estamos a um passo mais próximo do teletransporte quântico complexo

O domínio experimental de sistemas quânticos complexos é necessário para tecnologias futuras como computadores quânticos e criptografia quântica. Cientistas da Universidade de Viena e da Academia Austríaca de Ciências abriram novos caminhos. Eles procuraram usar sistemas quânticos mais complexos do que os qubits entrelaçados bidimensionais e, assim, aumentar a capacidade de informação com o mesmo número de partículas. Os métodos e tecnologias desenvolvidos poderiam, no futuro, possibilitar o teletransporte de sistemas quânticos complexos. Os resultados do trabalho, em tradução literal, “Enredamento Experimental de Greenberger-Horne-Zeilinger além dos qubits”, foram publicados recentemente na renomada revista Nature Photonics .

Semelhante aos bits nos computadores convencionais, os qubits são a menor unidade de informação em sistemas quânticos. Grandes empresas como Google e IBM estão competindo com institutos de pesquisa em todo o mundo para produzir um número crescente de qubits emaranhados e desenvolver um computador quântico funcional. Mas um grupo de pesquisa da Universidade de Viena e da Academia Austríaca de Ciências está buscando um novo caminho para aumentar a capacidade de informação de sistemas quânticos complexos.

A ideia por trás disso é simples: em vez de apenas aumentar o número de partículas envolvidas, a complexidade de cada sistema é aumentada. “A coisa especial sobre o nosso experimento é que, pela primeira vez, ele envolve três fótons além da natureza bidimensional convencional”, explica Manuel Erhard, primeiro autor do estudo. Para este propósito, os físicos vienenses usaram sistemas quânticos com mais de dois estados possíveis – neste caso particular, o momento angular de partículas de luz individuais. Esses fótons individuais agora têm uma capacidade de informação maior do que os qubits. No entanto, o emaranhamento dessas partículas de luz mostrou-se difícil em um nível conceitual. Os pesquisadores superaram esse desafio com uma ideia inovadora: um algoritmo de computador que procura autonomamente por uma implementação experimental.

Com a ajuda de um algoritmo de computador chamado Melvin, os pesquisadores descobriram uma configuração experimental para produzir esse tipo de entrelaçamento. No início, isso foi muito complexo, mas funcionou em princípio. Depois de algumas simplificações, os físicos ainda enfrentavam grandes desafios tecnológicos. A equipe conseguiu resolvê-los com tecnologia laser de última geração e uma multi-porta especialmente desenvolvida. “Esse multi-porto é o coração do nosso experimento e combina os três fótons para que eles sejam emaranhados em três dimensões”, explica Manuel Erhard.

A propriedade peculiar do entrelaçamento de três fótons em três dimensões permite a investigação experimental de novas questões fundamentais sobre o comportamento dos sistemas quânticos. Além disso, os resultados deste trabalho também podem ter um impacto significativo em tecnologias futuras, como o teletransporte quântico. “Acho que os métodos e tecnologias que desenvolvemos nesta publicação nos permitem teletransportar uma proporção maior da informação quântica total de um único fóton, o que pode ser importante para as redes de comunicação quântica “, disse Anton Zeilinger. [Psys.org]

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*Fonte: socientifica

Teoria quântica que diz que duas realidades podem coexistir é comprovada em experimento

A física quântica, como sabemos, é um reino totalmente diferente e estranho da física. Lá, coisas estranhas e inimagináveis no nível normal da física acontecem, como o entrelaçamento quântico e outros fenômenos. E por incrível que pareça, as coisas acabaram de ficar mais estranhas. Um experimento acaba de comprovar uma questão que tem intrigado os cientistas que estudam este campo da física há anos: será que duas versões da realidade podem existir ao mesmo tempo? Os físicos dizem que a resposta para essa pergunta é afirmativa – pelo menos no mundo quântico.

O experimento colocou em prática uma teoria: dois indivíduos observando o mesmo fóton poderiam chegar a diferentes conclusões sobre o estado desse fóton – e, no entanto, ambas as suas observações estariam corretas. Pela primeira vez, os cientistas replicaram as condições descritas neste experimento mental. Seus resultados, publicados em 13 de fevereiro, confirmaram que, mesmo quando os observadores descreviam estados diferentes no mesmo fóton, as duas realidades conflitantes poderiam ser ambas verdadeiras.

“Você pode verificar as duas”, confirma Martin Ringbauer, um dos co-autores do estudo e pesquisador de pós-doutorado do Departamento de Física Experimental da Universidade de Innsbrück, na Áustria.

Mas como isso é possível?

A ideia desconcertante de duas realidades coexistindo é de Eugene Wigner, vencedor do Prêmio Nobel de Física em 1963. Em 1961, Wigner introduziu um experimento mental que ficou conhecido como “amigo de Wigner”. Começa com um fóton – uma partícula de luz. Quando um observador em um laboratório isolado mede o fóton, ele descobre que a polarização da partícula – o eixo no qual ela gira – é vertical ou horizontal. Entretanto, antes que o fóton seja medido, ele exibe as duas polarizações de uma só vez, conforme ditado pelas leis da mecânica quântica; ele existe em uma “superposição” de dois estados possíveis.

Uma vez que a pessoa no laboratório mede o fóton, a partícula assume uma polarização fixa. Mas para alguém de fora daquele laboratório fechado que não conhece o resultado das medições, o fóton não medido ainda está em estado de superposição. A observação desta pessoa de fora e, portanto, sua realidade, divergem da realidade da pessoa no laboratório que mediu o fóton. No entanto, nenhuma dessas observações conflitantes é considerada errada, de acordo com a mecânica quântica.

Estados alterados

Durante décadas, esta proposta bizarra de Wigner foi apenas uma interessante experiência mental. Mas nos últimos anos, avanços importantes na física finalmente permitiram que especialistas colocassem a proposta de Wigner à prova. “Os avanços teóricos foram necessários para formular o problema de uma maneira testável. Então, o lado experimental precisou de desenvolvimentos no controle de sistemas quânticos para implementar algo assim”, explica Ringbauer ao portal Live Science.

Ringbauer e seus colegas testaram a ideia original de Wigner com um experimento ainda mais rigoroso que duplicou o cenário. Eles designaram dois “laboratórios” onde os experimentos aconteceriam e introduziram dois pares de fótons emaranhados, o que significa que seus destinos estavam interligados, de modo que saber o estado de um automaticamente informa o estado do outro. Os fótons da configuração eram reais. Quatro “pessoas” no cenário, chamadas de “Alice”, “Bob” e um “amigo” de cada um, não eram reais, mas representavam observadores do experimento.

Os dois amigos de Alice e Bob, que estavam localizados “dentro” de cada um dos laboratórios, mediam um fóton em um par entrelaçado. Isso quebrou o emaranhamento e colapsou a superposição, o que significa que o fóton medido existia em um estado definido de polarização. Eles gravaram os resultados em memória quântica – copiados na polarização do segundo fóton.

Alice e Bob, que estavam “fora” dos laboratórios fechados, foram então apresentados a duas escolhas para realizar suas próprias observações. Eles podiam medir os resultados de seus amigos armazenados na memória quântica e, assim, chegar às mesmas conclusões sobre os fótons polarizados, mas também poderiam conduzir sua própria experiência entre os fótons emaranhados.

Neste experimento, conhecido como experimento de interferência, se os fótons atuam como ondas e ainda existem em uma superposição de estados, Alice e Bob veriam um padrão característico de franjas claras e escuras, onde os picos e vales das ondas de luz adicionam ou cancelam uma à outra. Se as partículas já tivessem “escolhido” seu estado, eles veriam um padrão diferente do que se elas não tivessem. Wigner havia proposto previamente que isso revelaria que os fótons ainda estavam em um estado emaranhado.

Os autores do novo estudo descobriram que, mesmo em seu cenário duplicado, os resultados descritos por Wigner eram válidos. Alice e Bob puderam chegar a conclusões sobre os fótons que eram corretas e prováveis ​​e que ainda diferiam das observações de seus amigos – que também eram corretas e prováveis, de acordo com o estudo.

Outras regras

A mecânica quântica descreve como o mundo funciona em uma escala tão pequena que as regras normais da física não se aplicam mais. Segundo Ringbauer, especialistas que estudam o campo já ofereceram inúmeras interpretações do que isso significa durante várias décadas. No entanto, se as medidas em si não são absolutas – como essas novas descobertas sugerem – isso desafia o próprio significado da mecânica quântica.

“Parece que, em contraste com a física clássica, os resultados das medições não podem ser considerados verdade absoluta, mas devem ser entendidos em relação ao observador que realizou a medição. As histórias que contamos sobre mecânica quântica têm que se adaptar a isso”, diz ele ao Live Science.

“O método científico baseia-se em fatos, estabelecidos através de medições repetidas e acordados universalmente, independentemente de quem os observou. Na mecânica quântica, a objetividade das observações não é tão clara”, diz Maximiliano Proietti, outro dos co-autores do estudo, no artigo publicado no jornal pré-impresso AirXiv.

É como se a máxima “ver para crer” não fosse suficiente para este bizarro e sensacional campo da física. [Live Science, NY Post, Inquisitr]

*Por Jéssica Maes

 

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*Fonte: hypescience

Cientistas atestam o óbvio: James Bond tem sérios problemas com o álcool

“Shaken, not stirred”. Esta fala, que no bom português significa “batido, não mexido”, acompanha a franquia e o personagem James Bond como um mantra, desde suas origens no cinema com “007 Contra o Satânico Dr. No” até a última encarnação do icônico espião vivida por Daniel Craig. Como os vilões extravagantes, os carros tunados, os aparatos malucos e o seu charme irresistível, o agente do serviço secreto britânico sempre manteve a taça de martini à disposição para as melhores e piores situações.

A questão é que, bem, aparentemente os drinques mais prejudiquem a condição de saúde do herói que o ajudem na hora de entrosar nas festas em que se infiltra. De acordo com um estudo divulgado recentemente pelo Medical Journal of Australia, a quantidade de bebidas alcoólicas ingeridas pelo espião inglês ao longo das últimas seis décadas e de seus 24 filmes o coloca em “um distúrbio severo de uso de álcool” e torna-o dependente preocupante do líquido.

Em resumo, James Bond é um belo de um alcoólatra.

Escrito pelos pesquisadores Nick Wilson, Anne Tucker, Deborah Heath e Peter Scarborough, a publicação intitulada “Licence to swill: James Bond’s drinking over six decades” diz que nas duas dúzias de aventuras vividas pelo personagem ele bebeu cerca de 109 vezes, sendo que a vez que ele mais exagerou na bebida foi em “Quantum of Solace” quando chegou a virar seis Véspers e elevou o nível de álcool no sangue a uma taxa perigosa de 0,36 gramas por decilitro. Se isso não te choca, deveria: esta quantidade pode ser suficiente para algumas pessoas passaram por uma overdose fatal.

“Há evidências sólidas e consistentes de que James Bond tem um problema crônico de consumo de álcool na parte mais severa do espectro” conclui o estudo, que afirma que os hábitos do espião preenchem mais da metade dos critérios estipulados pelo sistema DSM-5 da American Psychiatric Association para classificar distúrbios do tipo. Segundo Wilson, o líder do grupo de cientistas envolvidos, um dos sintomas que melhor pode ser detectado no comportamento do personagem é o de “beber demais antes de brigar, dirigir veículos (incluindo perseguições), fazer apostas de altíssimo risco, fazer contato com animais perigosos, realizar performances atléticas e transar com inimigos”. “Ele [Bond] deveria procurar ajuda profissional e tentar encontrar outras estratégias para lidar com o estresse de sua profissão” termina o documento.

Mas antes que venha alguém irritado com aquele velho discurso babaca do “mundo está chato demais”, vale colocar que a pesquisa foi feita em completo tom de brincadeira, tendo sido usada pela equipe para vencer uma competição de Natal realizada pela publicação. Ao Washington Post, Wilson declara que os filmes da franquia 007 são ótimos para “estudar tendências no comportamento como fumar e beber álcool”, além de muito divertidos dado o nível do “ridículo de algumas das ações de Bond após beber”.

O 007 dos cinemas, porém, está em uma posição ótima comparada à versão dos livros, onde ele já chegou a beber o nível irreal de 50 unidades de álcool em um mesmo dia – uma quantidade que é matadora a qualquer pessoa, segundo o grupo de pesquisa.

*Por Pedro Strazza

 

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*Fonte:

Hipócrates e a teoria dos humores essenciais em humanos

A história de Hipócrates e a teoria dos estados essenciais datam de quase quatro séculos em nossa era. É considerada uma das primeiras abordagens à psicologia, uma nova ciência que nasceu vinte séculos depois.

Hipócrates é chamado de “pai da medicina” porque foi o primeiro no Ocidente a sistematizar o conhecimento disponível sobre saúde e doença. Ele também propôs uma explicação para esses fenômenos e meios terapêuticos para tratá-los.

“É muito mais importante saber qual pessoa está sofrendo de uma doença do que saber de qual doença a pessoa está sofrendo.” -Hippocrate-

A teoria de Hipócrates sobre os estados de espírito essenciais foi assimilada e usada pela maioria dos médicos até meados do século 19. Isso nos dá uma ideia da solidez dos fundamentos de Hipócrates. De fato, continuamos hoje a citar alguns dos postulados dessa teoria.

A teoria dos humores essenciais

A teoria dos humores essenciais de Hipócrates sugere, para resumir, que o corpo humano consiste em quatro substâncias. Estas substâncias recebem o nome de humores. Eles devem manter um equilíbrio perfeito entre eles. Quando eles perdem, a doença aparece, tanto no corpo quanto na mente.

Qualquer deficiência ou doença significava que o equilíbrio dos estados de ânimo tenha alterado. Portanto, para curá-los, era necessário encontrar uma maneira de restaurar o equilíbrio perdido.

Segundo a teoria dos humores essenciais, as substâncias que compõem o corpo humano são: a bílis negra, a bílis amarela, o sangue e a linfa. Cada um desses humores está diretamente relacionado a um elemento do universo e a uma qualidade atmosférica. O relacionamento seria:

Bile negra: terra, seco e frio

Bílis amarela: relacionada ao fogo, seca e quente

Sangue: ligado ao ar, molhado e quente

Linfa: relacionada à água, úmida e fria

Humor e personalidade

Hipócrates nunca viu a doença como um tema exclusivamente orgânico. Ele manteve uma concepção em que a mente e o corpo formavam apenas uma realidade. Portanto, o que estava acontecendo na mente tinha efeitos no organismo físico e vice-versa.

Os alunos da escola peripatética trouxeram um novo elemento à teoria dos humores essenciais. Eles sugeriram que a predominância de um dos humores leva a um temperamento específico nas pessoas. Mais tarde, Galien completou essas idéias. Ele apontou que o desequilíbrio do humor afeta nosso modo de ser, sentir, pensar e agir.

Os alunos da escola peripatética trouxeram um novo elemento à teoria dos humores essenciais. Eles sugeriram que a predominância de um dos humores leva a um temperamento específico nas pessoas. Mais tarde, Galien completou essas idéias. Ele apontou que o desequilíbrio do humor afeta nosso modo de ser, sentir, pensar e agir.

Foi o próprio Galen quem acabou por estabelecer a existência de quatro temperamentos da teoria dos humores essenciais. Aqui estão eles:

Melancolia. Caracteriza quem tem predominância da bile negra em seu corpo. Pessoas com esse temperamento são tristes, bastante prováveis ​​e orientadas para atividades artísticas.

Colérico. Representa aqueles que têm uma grande quantidade de bílis amarela. Isso leva a um temperamento apaixonado, com enorme vitalidade e uma tendência a se irritar com muita facilidade.

Sangue. Neste caso, o humor do sangue predomina. Os traços do temperamento do sangue são autoconfiança, alegria, otimismo, expressividade e sociabilidade.

Fleumático. Caracteriza aqueles que têm uma predominância de linfa em seu corpo. As pessoas fleumáticas são atenciosas, justas, quietas, com pouco compromisso e um pouco preguiçosas.

Abordagens hipocráticas no mundo de hoje

Hipócrates, Galeno e todos os seus seguidores criaram e completaram a teoria dos humores essenciais baseados na observação. Eles não aplicaram nenhum método científico. Com o nascimento e a consolidação das ciências formais, toda essa teoria caiu em desuso. Hoje, não é dada qualquer validade objetiva: é considerada apenas como referência histórica.

No entanto, a teoria dos humores essenciais tem o mérito de ter sido o primeiro esforço sério para classificar diferentes tipos de temperamentos. O fato desses médicos ilustres entenderem que as emoções também têm consequências fisiológicas também é muito interessante.

De fato, os primeiros psicólogos foram inspirados pelas teorias de Hipócrates e Galeno. De um modo ou de outro, esses pensadores demonstraram muita intuição. Suas classificações são semelhantes aos diferentes tipos de personalidade definidos pelos pesquisadores, quase 2000 anos depois desses precursores das ciências da saúde.

 

 

 

 

 

 

 

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*Fonte: pensarcontemporaneo

Teoria defende que estamos vivendo dentro de um buraco negro

Falar sobre o Big Bang não é nenhuma novidade. A maior parte da comunidade científica concorda que o Universo teve início em um quente e denso ponto infinitesimal, conhecido como singularidade. Coincidentemente, um buraco negro também possui como base essa definição, abrindo possibilidades para que alguns físicos acreditem que eles podem ser a origem de novos universos.
Mistérios da criação

A teoria mais aceita sobre buracos negros diz que eles são formados a partir da morte de uma estrela maciça, que após um colapso gravitacional acaba com sua massa concentrada em um ponto infinitesimal, de onde nem mesmo a luz consegue escapar. Não se sabe exatamente o que existe dentro do buraco, mas os limites que configuram a existência de um são conhecidos como horizonte de eventos.

Esse limite define onde não seria mais possível se livrar das forças de atração geradas pelo buraco. Como ele também absorve a luz, forma-se uma região opaca, que não permite a visualização do centro, no caso a singularidade. É importante ressaltar que, quando matéria cai em um buraco, ela é atraída rapidamente, mas conforme se aproxima do centro sua velocidade diminui cada vez mais.

Voltando ao Big Bang, durante o primeiro trilionésimo de segundo após a explosão, o Universo se expandiu incrivelmente rápido, mas com o tempo essa velocidade foi diminuindo. Não exatamente da mesma forma, mas esse processo não se assemelha bastante com o horizonte de eventos de um buraco negro?
Variação de dimensões

Um buraco negro, no nosso Universo, possui três dimensões, mas o horizonte de eventos dele possui somente duas. Ou seja, se nosso Universo realmente for um horizonte de eventos, ele teria de ser gerado por um buraco negro existente em outro Universo, com quatro dimensões.

Não possuímos capacidade de calcular o que acontece na singularidade, pois as leis da física, como as conhecemos, se limitam ao início do horizonte de eventos. Quando a matéria é absorvida por um buraco negro, o horizonte de eventos codifica essa informação.

Podemos imaginar que ele existe em linha com o horizonte de eventos, com sua área possuindo o tamanho necessário para conter toda a matéria que caiu nele desde sua formação, e isso poderia ser o nosso próprio Universo.

Apesar de a ideia parecer ter sido bolada no roteiro de um filme de ficção científica, foram pesquisadores da Universidade de Waterloo que levantaram essa possibilidade em 2014. De acordo com o The Perimeter Institute, um dos grandes problemas com a teoria mais aceita é que “a hipótese do big bang mostra nosso universo relativamente compreensível, uniforme e previsível surgindo da insanidade destruidora da física de uma singularidade. Parece improvável”.

De forma extremamente simplificada, viveríamos em um universo que existe dentro de um buraco negro. Isso implicaria que, dentro dos buracos negros que conhecemos, existissem outros universos, e assim por diante. Enquanto não conseguirmos aprender mais sobre essas incríveis regiões do espaço, teorias como essa continuam sendo uma possibilidade real. E a grande questão é: como seriam esses outros universos?

 

 

 

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*Fonte: megacurioso

As 10 histórias mais polêmicas da Bíblia

10. TROCA DE ESPOSAS

LIVRO – Gênesis, capítulo 21, versículos 1-14
QUESTÃO – Ciúme e vingança

O patriarca Abraão, sua mulher, Sara, e a escrava Agar viveram um triângulo amoroso complicado. Sara era estéril e, ao passar dos 70 anos, sugeriu ao marido que tomasse uma nova esposa. Agar foi a escolhida e deu à luz Ismael, mas Sara se arrependeu. Engravidou 14 anos depois, teve Isaac e, enciumada, exigiu a expulsão da rival e do filho dela. Supostamente, a briga rende até hoje: Ismael teria dado origem ao povo árabe, e Isaac, ao povo judeu.

9. PERDEU A CABEÇA

LIVRO – Mateus, capítulo 14, versículos 1-11
QUESTÃO – Adultério, vingança e assassinato

A história de João Batista, primo de Jesus, vale como alerta: cuidado onde você mete seu bedelho. João reprovava o caso entre Herodes Antipas, rei da Galileia, e a cunhada dele, Herodias. No aniversário do monarca, sua enteada Salomé o presenteou com uma dança sensual. Em troca, Herodes prometeu a ela o que quisesse. Ela não hesitou: exigiu a cabeça de João numa bandeja.

8. FAÇAM SUAS APOSTAS

LIVRO – Jó, capítulo 1, 2 e 42
QUESTÃO – Sofrimento desnecessário

Às vezes, para ensinar uma lição, Deus pode propor testes de fé bem árduos. Foi o que rolou com Jó, um homem justo e íntegro. Satanás apostou com Deus que, se Jó perdesse suas riquezas, voltaria-se contra o Criador. Deus topou. Autorizou que seu adversário lançasse várias pragas contra Jó: ele perdeu os filhos, teve os bens roubados e ficou coberto de úlceras. Mas nunca blasfemou contra os céus. Sensibilizado, Deus restituiu, em dobro, tudo o que possuía.

7. GUERRA SANTA

LIVRO – Segundo Livro das Crônicas, capítulo 14, versículos 8-14
QUESTÃO – Genocídio

Guerras com motivações religiosas sempre causaram polêmica. Mas não na Bíblia. A mais sangrenta, do bisneto do rei Salomão, Asa, contra o monarca etíope Zara, matou mais de 1 milhão de pessoas! E com a bênção divina: “É em teu nome que marchamos contra essa multidão!”, clamou Asa antes de atacar com apenas metade de seu exército.

6. BANCO DE RESERVAS

LIVRO – Gênesis, capítulo 38, versículos 8-10
QUESTÃO – Sexo e assassinato

Nos tempos bíblicos, era comum a prática do levirato: quando um homem morria sem herdeiros, seu irmão casava-se com a viúva e seus filhos eram considerados descendentes do morto. Mas nem todos aprovavam a ideia. Onã se rebelou e, em vez de engravidar a cunhada Tamar, praticava o coito interrompido, ou seja, “derramava seu sêmen por terra”. Deus não gostou e tirou sua vida. Foi daí que surgiu o termo “onanismo”, sinônimo de masturbação.

5. OLHA ESSA MÃO BOBA!

LIVRO – Gênesis, capítulo 24, versículos 1-9
QUESTÃO – Sexo

Abraão pediu a um servo para achar uma mulher para seu filho Isaac, como era costume. O curioso é que o acordo foi selado conforme a tradição: o servo colocou “a mão sob a coxa” de Abraão – ou, dizem os estudiosos, segurou seus testículos. Isso porque a circuncisão (remoção da pele sobre o pênis) era sinal da aliança divina (“testículo” vem do latim testis, que também originou “testemunha”).

4. HAJA FÔLEGO

LIVRO – Primeiro Livro dos Reis, capítulo 11, versículos 1-3
QUESTÃO – Poligamia

Salomão entrou para a história como um homem inteligente e justo. Mas ele tinha outros atributos. Segundo a Bíblia, o filho de Davi teria tido 700 esposas. E, por fora, ainda pegava mais 300 concubinas. Segundo historiadores, o harém devia-se, em parte, aos casamentos com estrangeiras por motivos diplomáticos. Entre as esposas, havia gente de todos os lugares: hititas, moabitas, edomitas…

3. IRMÃO METRALHA

LIVRO – Juízes, capítulo 9, versículo 1-6
QUESTÃO – Fratricídio

Irmãos nunca se deram muito bem na Bíblia – vide casos como Caim e Abel, Isaac e Ismael e Esaú e Jacó. Mas o maior fratricida das escrituras é Abimelec. Para assumir o trono, o filho de Gedeão matou ou mandou matar 69 de seus 70 irmãos. Só o caçula, Joatão, escapou – e isso porque fugiu. Mas o reinado de Abimelec não durou. Três anos depois, morreu ao levar uma pedrada na cabeça.

2. PELO BEM DA HUMANIDADE

LIVRO – Gênesis, capítulo 19, versículos 30-38
QUESTÃO – Incesto

Revoltado com as bizarrices sexuais que rolavam em Sodoma e Gomorra, Deus destruiu ambas as cidades. Ló, sobrinho de Abraão que morava em Sodoma, conseguiu escapar com suas duas filhas e se escondeu em uma caverna. Certas de que eram as últimas mulheres da Terra, as jovens tomaram uma atitude chocante: encheram a cara do pai de vinho e mantiveram relações sexuais com ele por duas noites seguidas. Do incesto, nasceram Moab e Ben-Ami.

1. TAÍ, SOGRÃO!

LIVRO – Primeiro Livro de Samuel, capítulo 18, versículos 17-27
QUESTÃO – Crueldade

Você acha que seu sogro é barra pesada? É porque não conheceu o patriarca Saul. Sua filha caçula, Mical, estava apaixonada por Davi. Só que Saul considerava o futuro genro um rival na luta pelo poder central entre Judá e as tribos do norte. Para impedir o matrimônio, o velho teve uma ideia: pedir um dote de casamento que Davi não conseguiria pagar. Exigiu então 100 prepúcios (aquela pele que cobre a extremidade do pênis) de soldados filisteus. O rapaz deve ter estranhado, mas, em vez de 100, trouxe logo 200. Sem alternativa, Saul teve de entregar a mão da filha.

FONTES Livros The Illustrated Encyclopedia of the Bible, de John Drane, The Complete Who’s Who in the Bible, de Marshall Pickering, The Illustrated Guide to the Bible, de J.R. Porter, e A Bíblia Sagrada – Edição Pastoral

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*Fonte: mundoestranho

A humanidade atingiu o seu pico, e é tudo ladeira abaixo a partir de agora

Se a nova pesquisa da Universidade Paris Descartes (França) estiver correta, a humanidade já atingiu seu pico em termos de aptidão física, e não haverá mais melhorias para a espécie.

Isso é parcialmente nossa culpa. O nosso efeito sobre o meio ambiente, incluindo a poluição e as alterações climáticas, parece ter um impacto negativo nos nossos limites biológicos.

A barreira

Uma equipe multidisciplinar liderada pelo médico Jean-François Toussaint realizou uma revisão de mais de 160 estudos feitos nos últimos 120 anos.

Os pesquisadores analisaram longevidade, desempenho atlético, tendências de altura ao longo do tempo e o meio ambiente.

O que a avaliação concluiu é que a expectativa de vida, o desempenho físico e a altura – fatores que cresceram constantemente ao longo do século 20 – se estabilizaram nas últimas três décadas, desde 1980.

“Esses traços já não aumentam, apesar do contínuo progresso nutricional, médico e científico”, afirmou Toussaint. “Isso sugere que as sociedades modernas permitiram que nossa espécie alcançasse seus limites”.

Tendência

Registros médicos e esportivos confiáveis e a capacidade de medir com precisão coisas como o desempenho físico tornaram-se mais disponíveis durante o último século.

Agora, com mais de cem anos desses registros, podemos analisá-los em conjunto para observar tendências – e elas se mostram decrescentes. Ou seja, menos pessoas estão excedendo as maiores expectativas de vida, menos pessoas estão quebrando recordes esportivos etc.

Por exemplo, até agora, ninguém viveu mais do que Jeanne Calment, que morreu em 1997 com 122 anos e 164 dias. E ninguém bateu os recordes de velocidade nos 100 metros e 200 metros de atletismo estabelecidos por Usain Bolt em 2008.

As estatísticas médias de saúde e altura continuam aumentando, mas em alguns lugares da África, em contraste, as alturas médias já começaram a diminuir, indicando nutrição insuficiente.

Fator: mudança climática

Os cientistas acreditam que fatores ambientais podem contribuir para evitar que os humanos atinjam limites superiores de aptidão física e vida útil.

A poluição ambiental tem sido associada ao baixo peso ao nascer, a baixa saúde e a menor expectativa de vida. As mudanças climáticas também já foram associadas a menor expectativa de vida e a propagação de doenças como a malária.

“Observar tendências decrescentes pode fornecer um sinal precoce de que algo mudou, mas não para melhor”, disse Toussaint. “O atual declínio nas capacidades humanas que podemos ver hoje é um sinal de que as mudanças ambientais, incluindo o clima, já estão contribuindo para restrições crescentes que agora temos que considerar”.

O lado bom é que ter alguma ideia sobre nossos limites pode ajudar os governos de todo o mundo a trabalhar para atingir os valores mais altos possíveis para suas populações, apesar das restrições ambientais. E, assim, devemos observar um aumento incremental nos valores médios de altura, vida útil e biomarcadores humanos.

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*Fonte: hypescience

A “Teoria da Felicidade” que Albert Einstein escreveu de próprio punho

São duas frases super sucintas, porém cheias de significado!

A história é tão curiosa quanto genial. Einstein estava em Tóquio e tinha acabado de receber a visita de um mensageiro. Assim que lhe foi entregue o comunicado, o físico se dispôs a dar uma gorjeta ao portador, mas, como não tinha moedas no seu bolso (ou, pelo menos, é o que se acredita), ele lhe entregou uma nota escrita de próprio punha na qual detalhava de forma sucinta sua teoria para alcançar uma vida feliz. Hoje, 95 anos depois, o manuscrito ganhou conhecimento público.

O fato ocorreu em 1922, quando o maior físico de todos os tempos realizava uma turnê pelo Japão, palestrando em várias conferências. Na época, corria o boato de que ele seria homenageado com o Prêmio Nobel – um segredo guardado a sete chaves. Ao hotel em que o alemão estava hospedado chegou um mensageiro que, após deixar o recado, teria se recusado a receber gorjeta ou simplesmente não ganhou nenhuma compensação monetária por falta de trocado nos bolsos de Einstein.

Seja como for, a verdade é que Einstein não deixou que o homem saísse com as mãos vazias. De acordo com um familiar do mensageiro, proprietário atual dos manuscritos, o cientista escreveu duas notas à mão, com as quais retribuiu ao homem pelos seus serviços. “Talvez, se você tiver sorte, essas notas acabarão sendo muito mais valiosas que uma simples gorjeta”, Einstein disse ao mensageiro.

Em uma das notas, escritas em um papel timbrado do Imperial Hotel Tokyo, o cientista escreveu que “uma vida simples e tranquila traz mais alegria que a busca pelo sucesso em uma inquietação constante”. A outra nota, escrita em uma folha simples, afirma que “onde há um desejo, há um caminho”. Biógrafos de Einstein afirmam que não é possível saber se o físico se baseou em reflexões sobre sua própria fama.

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*Fonte: history

O Universo é um jogo de espelhos

O Universo provavelmente está povoado de cópias de você. E de sua mãe, do Stephen Hawking, do Usain Bolt e do Elon Musk. Em algumas, Hawking anda, Bolt é sedentário e Musk é pobre. Em outras, tudo segue exatamente do jeito que está – você, inclusive, lê esta revista, nesta mesma posição.

Para encontrar essas cópias, você teria que começar a viagem mais longa da sua vida. Suba em um foguete imaginário. Deixe a Terra para trás. O Sol ficará cada vez mais distante, até sumir. Depois, as estrelas também desaparecem: cada um dos pontos brilhantes que você vê agora é uma galáxia inteira. E a viagem segue.

Eis que, em certo momento, você vê pela janela uma galáxia bem parecida com a Via Láctea. Então entra nela para dar uma explorada. Lá dentro, encontra estrelas bem familiares. Entre elas, uma de tamanho médio com um punhado de planetas em volta. Chegando mais perto, você vê que o terceiro planeta mais próximo da estrela parece uma bola de gude azul. Sim: um planeta idêntico à Terra, a zilhões de mastodontilhões de milênios-luz daqui.

Tudo na superfície desta outra Terra é igual à desta aqui: continentes, montanhas, oceanos. Os mesmos seres vivos, de uma ararinha azul que acaba de nascer na Amazônia de lá até o seu cachorro, criado por um clone exato seu que mora ali. Um clone mesmo: com a sua cara, seu nome, seus medos, seus amores, seu passado.
Essa possibilidade parece absurda. É absurda. Mas pode ser real também. Mais do que isso: se o Universo for grande o suficiente (e a princípio ele é mesmo), a existência desse seu clone lá longe é uma imposição da matemática.

Quão grande o Universo precisa ser para possibilitar tal aberração? Bom, isso tem a ver com a variedade do nosso “guarda-roupa” cósmico. Imagine que no seu armário há 10 calças e 20 camisetas. Com esse conteúdo, é possível passar 200 dias sem repetir nenhum look. No 201º dia, porém, a repetição é obrigatória. No Universo é a mesma coisa. A região que ocupamos nele nada mais é que um conjunto de partículas, que se combinaram para formar o Sol, a Terra, os seus pensamentos. Tudo. Porque tudo o que existe, afinal, é feito de partículas elementares. Arranje essas partículas de um jeito, e você terá uma gosma disforme de moléculas. Arrume de outro, e você terá um cérebro, um par de olhos, um corpo, este texto. A existência da nossa realidade é só um look que o Universo escolheu para as zilhões de partículas que estão dentro dele.

O Universo é bem uniforme. Podemos supor, então, que regiões do mesmo tamanho contêm o mesmo número de partículas. Esses quarks, fótons e elétrons se combinam de muitas outras formas nas regiões vizinhas à nossa.

O que interessa é que o número de combinações dessas partículas é gigante – mas finito. Chegaremos à quantidade exata. Mas a conclusão é a mesma do guardaroupa: se tivermos mais “regiões” no Universo do que combinações possíveis entre as partículas que as habitam, em algum lugar vão existir regiões exatamente iguais.
Em um Universo imenso, portanto, um clone exato seu é bastante provável. Mais: se o Universo for infinito, é obrigatório que existam infinitos clones seus. E há motivos convincentes – impulsionados por observações feitas na última década – para acreditar que o cosmos não tem fim. E tudo por causa de algo que mal cabe na imaginação: o formato real do Universo.

É difícil entender que o Universo sequer tenha um formato. O que vemos ao olhar para o céu parece ser um imenso vazio pontuado de estrelas. Mas esse “todo” precisa se organizar em alguma forma definida.

Isso porque ele contém massa e, segundo a Teoria da Relatividade, qualquer coisa que tenha massa cria uma curva nas dimensões de tempo e espaço. O espaço pode ser pensado como um tecido bem esticado. Uma bola de gude lançada ali vai afundar um pouco o tecido. Uma bola de boliche cria uma curvatura ainda maior.

Da mesma forma, se tiver muita matéria (muita massa) no Universo, ele se curvaria até ficar esférico. Se esse fosse o caso, então, viveríamos na superfície de uma bexiga gigantesca. Uma bexiga tem três dimensões (altura, largura e comprimento). Mas uma formiga na superfície da bexiga só é capaz de perceber duas: ela pode andar de lado ou para frente e para trás, mas não para “cima” – porque, na prática, isso significa sair da bexiga.

Como a formiga, não conseguimos sair da “superfície” do Universo. O cosmos, por esse ponto de vista, consiste numa superfície 3D inserida numa esfera 4D.

Se o Universo for essa esfera quadridimensional e você sair para uma viagem espacial, sempre em linha reta, necessariamente voltaria ao ponto de início da viagem.

Mas uma esfera não é o único formato possível. O Universo pode ter muita energia escura, uma entidade que tem efeito oposto ao da massa – estica o Universo, em vez de contrair. E aí, ao contrário de uma esfera, o Universo teria uma curvatura negativa. O resultado, difícil de imaginar, mas válido para os matemáticos, é uma batata Pringles em quatro dimensões.

A última opção é um Universo que tenha uma quantidade de massa e de energia escura equivalentes, com uma anulando a outra. Nesse caso, não existe curvatura. Então o Universo não seria nem uma bexiga nem uma batata em quatro dimensões. Seria plano.

Em um Universo plano, você nunca voltaria ao ponto em que saiu, ainda que viajasse por trilhões e trilhões de anos. Se for o caso, sua viagem só teria dois itinerários possíveis: ou você encontraria o fim do Universo, uma borda depois da qual não existe nada, ou, o que é extremamente mais provável, esse Universo não tem bordas nem fronteiras. Sua extensão é infinita.

Essa discussão é importante para garantir a existência dos seus clones. Porque só um Universo plano pode ser infinito, sem limite em nenhuma direção. A boa notícia é que chegamos a uma resposta quase definitiva, graças às Micro-ondas Cósmicas de Fundo, as formas de luz mais antigas que conseguimos enxergar, emitidas poucos milhares de anos após o Big Bang.

Na última década, a sonda WMAP, da Nasa, usou essa radiação para medir a curvatura do cosmos. O cálculo final conclui que o Universo é plano, veja só. E com uma margem de erro de apenas 0,4%.

O estudo foi reforçado pela Pesquisa Espectroscópica de Oscilação Bariônica (BOSS, em inglês), publicada em 2014, que mediu a densidade do Universo com a maior exatidão já vista. O que a BOSS detectou foi que o Universo abriga basicamente a quantidade de massa exata necessária para ser plano.

Mesmo assim, um Universo plano não é necessariamente infinito. Ele pode ser como uma tela de Pac-Man. Você sai por uma ponta e aparece na outra – ideia aparentemente absurda, mas apoiada por alguns cientistas. Mesmo assim, os especialistas concordam no seguinte: se o Universo é, de fato, plano, todos os cálculos permitem supor que ele seja infinito.

Isso quer dizer que, na sua viagem de trilhões e trilhões de anos-luz de duração, você jamais voltaria para o ponto de onde saiu. E, no caminho, começaria, obrigatoriamente, a encontrar os seus clones. Porque o único padrão possível na infinitude é a repetição.

Um novo Big Bang

Em um Universo infinito, a forma como entendemos o momento de origem muda completamente

Se o Universo é de fato infinito, ele sempre foi infinito – até no Big Bang. A Lei de Hubble mostra que o cosmos está expandindo, porque as galáxias estão se afastando (e as mais distantes se afastam mais rápido). Se o relógio girasse ao contrário, veríamos o oposto: tudo se aproximando em um Universo cada vez menor, até tudo que existe estar contido em um só ponto. Nesse ponto de densidade absurda aconteceu o Big Bang. Essa é a explicação convencional. Mas em um Universo infinito, é preciso olhar por outro ângulo. A matemática, afinal, permite “infinitos maiores” e “infinitos menores”. Pegue uma reta infinita e serre ela ao meio. Você terá duas retas menores que a original, mas ainda infinitas. Se o tempo corresse ao contrário, o Universo ficaria menor, mas ainda infinito. Veríamos galáxias se aproximando, até se fundirem. Só que um cosmos infinito e homogêneo tem galáxias infinitas – e a fusão de todas elas levaria a um pico de densidade em todos os seus pontos. Conclusão: um Universo sem limites pode ter sido infinitamente denso, o que também cumpre os requisitos para o Big Bang. Boom.

Quando você encontraria sua primeira cópia? Esse cálculo foi feito pelo cosmólogo do MIT Max Tegmark. Ele é mais fácil de entender se pensarmos no Universo como uma grande colcha de retalhos. Nosso universo visível, também chamado de horizonte cósmico, é um desses retalhos, que se estende a 42 bilhões de anos-luz em todas as direções. Dentro de cada um desses retalhos, existem 10118 unidades subatômicas que formam tudo que existe. São 100000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
00000000000000000000000000000000000000000000000000000000 partículas.

Todas elas estão presentes em todos os retalhos, mas podem ter combinações variáveis, gerando realidades totalmente diversas. Segundo Tegmark, você teria que elevar 210 , depois pegar o número resultante e elevá-lo à 118. Essa seria a quantidade de opções de retalhos diferentes, dígitos suficientes para travar seu computador.

Isso quer dizer que, a cada região composta de 210 elevado a 118 retalhos, vai existir, no mínimo, um que é uma cópia exata do horizonte cósmico em que vivemos. As mesmas galáxias, o mesmo sistema solar, a mesma Terra.

Chegando a um país igual ao Brasil, você encontraria alguém que vive em uma casa igual à sua, bebe a mesma cerveja com os mesmos amigos e tem as mesmas marcas de espinha no rosto. Daqui até lá, a distância máxima a se viajar é de 1010 elevado a 118 metros.

10 elevado a 10 elevado a 118: essa é a distância máxima (em metros) daqui até o próximo universo idêntico ao nosso. Mas, para cada xerox exato, o espaço está repleto de cópias distorcidas de tudo o que você conhece…

Não existe papel suficiente no planeta para escrever tantos zeros. Trata-se de um número tão imenso que nem faz diferença se ele for expresso em milímetros ou em anos-luz. A diferença entre um milímetro e um ano-luz, afinal, consiste em meros 18 zeros. E, de novo, estamos falando em um número com mais zeros do que grãos de areia em todas as praias e desertos da Terra – e de Marte também.

A ficção científica vira filme de terror, porém, se pensarmos que, de acordo com a matemática, é mais fácil produzir cópias inexatas do que clones perfeitos. Então, a cada cópia exata do nosso Universo conhecido, você encontraria versões distorcidas dele. Antes de completar a jornada, você certamente encontraria uma série de Universos em que as partículas nem geraram vida. Ou geraram, mas nada remotamente parecido com aquilo que existe agora na Terra. Em outra parte do Universo, nós, terráqueos, curamos o câncer. Em outra, Hitler venceu a Segunda Guerra. Em uma terceira, você ganhou na loteria. Afinal, a cura do câncer, o destino de Hitler ou a sua sorte no jogo nada mais são que configurações possíveis das partículas que formam o Universo.

Num cosmos grande o suficiente, a existência de clones infinitos de você é uma certeza inabalável. A de versões distorcidas de tudo o que você conhece também. Tudo o que pode existir irá existir.

Só tem um problema: nós nunca, em nenhuma hipótese, encontraremos nossas cópias ou essas versões alternativas da história. Porque dentre tudo o que você leu aqui, a única coisa realmente impossível é a viagem em que você embarcou no início deste texto.

Afinal, nada viaja além da velocidade da luz – isso Einstein já estabeleceu com a Teoria da Relatividade. Mas há uma “exceção”: a velocidade com que o próprio Universo está se expandindo.

O nosso horizonte cósmico, ou o retalho que habitamos na colcha do Universo, aumenta de tamanho sem parar. Com isso, a fronteira entre este retalho e o próximo fica cada vez mais distante.

Na borda do nosso retalho estão as galáxias mais longínquas que podemos ver. Elas emitiram sua luz pouco depois do Big Bang, há 13,8 bilhões de anos. Se o Universo não se expandisse, essas galáxias estariam a pouco menos de 13,8 bilhões de anos-luz de distância. Mas, desde que brilharam em nossa direção pela primeira vez, elas se afastaram cada vez mais rápido. Hoje, estão a mais de 40 bilhões de anos-luz. E a distância segue aumentando a uma velocidade bem maior que a da luz. Como é impossível construir qualquer coisa que se desloque mais rápido que a luz, jamais conseguiremos enxergar além do horizonte cósmico, do limite do retalho. A luz que esses objetos emitem jamais chegará aos nossos telescópios.

Eis a grande pegadinha da natureza: as leis que governam o cosmos são permissivas o bastante para suportar a tese de que o Universo está cheio de clones seus. Por outro lado, elas são implacáveis a ponto de manter essas maravilhas do mundo das probabilidades completamente fora do nosso alcance. Para sempre. O irônico é que, do ponto de vista do seu clone espacial que está lendo este texto agora, quem está fora de alcance é você. Vivamos com isso.

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*Fonte: superinteressante

Vida em outros planetas pode ter sido extinta após se tornar tecnológica

O universo é incompreensivelmente vasto, com bilhões de outros planetas que circulam bilhões de outras estrelas. O potencial para que a vida inteligente exista em algum lugar lá fora deve ser enorme. Então, onde está todo mundo?

Esse é o paradoxo de Fermi em poucas palavras. Daniel Whitmire, um astrofísico aposentado que ensina matemática na Universidade de Arkansas, uma vez pensou que o silêncio cósmico indicava que nós éramos uma espécie atrasada.

“Ensinei astronomia por 37 anos”, diz ele. “Eu costumava dizer aos meus alunos que, por estatística, temos que ser os caras mais tolos da galáxia. Afinal, nós só fomos tecnológicos por cerca de 100 anos, enquanto outras civilizações podem ser mais tecnologicamente avançadas que nós por milhões ou bilhões de anos”.

Recentemente, no entanto, ele mudou de ideia. Ao aplicar um conceito estatístico chamado Princípio da Mediocridade – a ideia de que, na ausência de qualquer evidência em contrário, devemos considerar-nos típicos, e não atípicos – Whitmire concluiu que, em vez de ser atrasada, nossa espécie pode estar na média. E isso não é uma boa notícia.

Em um artigo publicado no dia 3 de agosto no International Journal of Astrobiology, Whitmire argumenta que, se somos típicos, isso leva a crer que espécies como a nossa são extintas logo depois de alcançarem o conhecimento tecnológico.

O argumento baseia-se em duas observações: somos a primeira espécie tecnológica a evoluir na Terra, e estamos no início do nosso desenvolvimento tecnológico. (Ele define “tecnológico” como uma espécie biológica que desenvolveu dispositivos eletrônicos e pode alterar significativamente o planeta).

A primeira observação parece óbvia, mas, como observa Whitmire em seu artigo, os pesquisadores acreditam que a Terra ainda deve ser habitável para a vida animal pelo menos daqui um bilhão de anos no futuro. Com base em quanto tempo levou para proto-primatas evoluírem até se tornarem uma espécie tecnológica, isso deixa tempo suficiente para que algo assim aconteça novamente até 23 vezes. Nessa escala de tempo, poderia ter havido outros antes de nós, mas não há nada no registro geológico que indique que não fomos os primeiros. “Nós deixaríamos uma marca se desaparecêssemos durante a noite”, observa Whitmire.

Pela definição dele, nos tornamos “tecnológicos” após a revolução industrial e a invenção do rádio, ou há cerca de 100 anos. De acordo com o Princípio da Mediocridade, uma distribuição normal das eras de todas as civilizações tecnológicas existentes no universo nos colocaria no meio de 95% delas. Em outras palavras, as civilizações tecnológicas que duram milhões de anos, ou mais, seriam altamente atípicas. Como somos os primeiros na Terra, outras civilizações tecnológicas típicas também devem ser as primeiras. O princípio da mediocridade não permite nenhum segundo ato. A implicação é que, uma vez que as espécies tornam-se tecnológicas, elas sucumbem e levam a biosfera com elas.

Whitmire argumenta que o princípio é válido para dois desvios-padrão, ou neste caso cerca de 200 anos. Mas uma vez que a distribuição de eras em uma distribuição normal se distorce (não há limite superior absoluto, mas a idade não pode ser inferior a zero), ele duplica esse número até 500 anos, mais ou menos.

Há sempre a possibilidade de sermos atípicos e a vida útil da nossa espécie estar em algum lugar nos 5%. Se for esse o caso voltamos ao pedaço de sabedoria que Whitmire ensinou aos seus estudantes de astronomia por mais de três décadas. “Se não somos típicos, minha observação inicial seria correta”, diz ele. “Nós seríamos os homens mais estúpidos da galáxia considerando os números”. [Science Daily]

 

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*Fonte: hypescience

Uma nova teoria física para a origem da vida

Primeiramente, por que a vida existe?

Hipóteses populares creditam uma sopa pré-biótica, uma imensa quantidade de raios e um tremendo golpe de sorte. Mas, se uma nova teoria estiver correta, a sorte pode ter exercido um papel mínimo. Em vez disso, de acordo com o físico que propõe a ideia, a origem e a subsequente evolução da vida seguem um padrão das leis fundamentais da natureza e “deve ser tão natural quanto pedras rolando por uma ladeira”.

No ponto de vista da Física, há uma diferença essencial entre seres vivos e aglomerados inanimados de átomos de carbono: o primeiro tende a ser bem melhor em absorver a energia do seu ambiente e dissipar ela em forma de calor. Jeremy England, 31, professor no MIT (Massachusetts Institute of Technology), tem desenvolvido uma fórmula matemática que ele acredita que possa explicar essa capacidade. A fórmula, baseada em uma física já conhecida, indica que, quando um grupo de átomos é guiado por uma fonte externa de energia (tal como o Sol ou combustíveis químicos) e cercada por um meio que mantenha o calor (como o oceano ou a atmosfera), ele provavelmente irá se reestruturar gradualmente, de forma a dissipar cada vez mais energia. Isso poderia significar que, em determinadas condições, a matéria pode inevitavelmente adquirir o atributo físico associado à vida.

“Você começa com um aglomerado aleatório de átomos, e, se você deixá-lo exposto à luz por um determinado tempo, não seria surpreendente se você conseguisse uma planta”, diz England.

A teoria de England está destinada a fundamentar e sustentar, ao invés de substituir, a teoria da evolução de Darwin, que pode prover uma poderosa descrição da vida. “Eu certamente não estou dizendo que as ideias darwinianas estão erradas”, ele explica. “Muito pelo contrário. Eu só estou dizendo que, de acordo com a perspectiva da Física, você pode chamar a evolução darwiniana de um caso específico de um fenômeno generalizado”

Sua ideia, detalhada em um paper e mais bem elaborada em palestras das quais ele está dando para universidades ao redor do mundo, gerou uma polêmica entre seus colegas, que veem isso como um tênue ou um potencial avanço.

England avançou “um bravo e importante passo”, diz Alexander Grosberg, professor de Física na Universidade de Nova Iorque, que tem seguido os trabalhos de England desde os primeiros estágios. A “grande esperança” é como ele tem identificado o princípio da física subjacente que vem conduzindo a origem e a evolução da vida.

“Jeremy é apenas o mais brilhante jovem cientista do qual eu já ouvi falar”, diz Atilla Szabo, um biofísico do Laboratório de Físico-Química do NIH (National Institutes of Helth), que apoiou England e sua teoria depois de conhecê-lo em uma conferência. “Eu fiquei surpreso com a originalidade das ideias”.

Outros, tal como Eugene Shakhnovich, um professor de Química, Bioquímica e Biofísica na Universidade de Havard, não estão convencidos. “As ideias de Jeremy são interessantes e potencialmente promissoras, mas, neste ponto, ele é bastante especulativo, especialmente quando está se referindo ao fenômeno da vida”, diz Shakhnovich.

Os resultados teóricos de England são considerados válidos. É, em sua interpretação, o que os torna improváveis. Mas já há ideias de como testar essa interpretação no laboratório.

“Ele está tentando algo radicalmente diferente”, diz Mara Prentiss, professora de física da Universidade de Harvard. “Em linhas de organização, eu acho que ele tem uma ideia fabulosa. Certa ou errada, valerá muito a pena a sua investigação”
Simulação gráfica por Jeremy England e seus colegas, onde mostra um sistema de partículas confinadas dentro de um líquido viscoso do qual as partículas destacadas de turquesa são estimuladas por uma força. Depois de um tempo (de cima para baixo), a força provoca a formação de mais ligações entre as partículas.

Na sua monografia O que é vida?, em 1944, o eminente físico quântico Erwin Schrödinger argumentou que isto é o que os seres vivos precisam. Uma planta, por exemplo, absorve extremamente a luz solar, usa ela para produzir açúcares e “ejeta” luz infravermelha. A entropia total do universo aumenta durante a fotossíntese à medida que a luz solar se dissipa.

A vida não viola a Segunda Lei da Termodinâmica, mas até recentemente, físicos eram incapazes de usar a Termodinâmica para explicar porque ela deve surgir em primeiro lugar. Na época de Schrödinger, eles só poderiam resolver as equações da Termodinâmica aplicadas em sistemas fechados em equilíbrio. Na década de 60, o físico belga Ilya Prigogine teve progresso em prever o comportamento de sistemas abertos movidos por fontes de energia internas (o motivo dele ter ganho o Prêmio Nobel de Química em 1977). Mas o comportamento dos sistemas que estavam longe de um equilíbrio, conectados com o ambiente externo e fortemente influenciados por fontes externas de energia, não poderiam ser previstos.

A situação mudou mais tarde. Na década de 90, devido, principalmente, ao trabalho de Chris Jarzynski, agora na Universidade de Maryland, e de Gavin Crooks, agora no Labotarótio Nacional Lawrence Berkeley. Jarzynski e Crooks mostraram que a entropia produzida por um processo termodinâmico, tal como o resfriamento de um copo de café, corresponde a uma simples razão: a probabilidade de que os átomos vão submeter-se a tal processo dividida pela probabilidade deles sofrerem o processo inverso (isto é, a interação espontânea de tal modo que o café aquece). A fórmula, ainda que rigorosa, poderia ser, em princípio, aplicada para qualquer processo termodinâmico, não importando o quão rápido ou longe do equilíbrio. “Nossa compreensão do equilíbrio de Mecânica Estatística melhorou muito”, Grosberg disse. England, que é treinado em Física e Bioquímica, começou seu próprio laboratório no MIT há dois anos e decidiu aplicar o seu conhecimento de Física Estatística em biologia.

Usando a formulação de Jarzynski e Crooks, ele derivou uma generalização da Segunda Lei da Termodinâmica que atribui a certos sistemas de partículas com certas características: os sistemas são fortemente movidos por uma fonte externa de energia tal como uma energia eletromagnética, e eles podem descartar calor em um banho térmico. Essa classe de sistemas inclui todos os seres vivos. England, então, determinou o quanto os sistemas tendem a evoluir ao longo do tempo à medida que a irreversibilidade aumenta. “Nós podemos mostrar, de forma muito simples, a partir da fórmula, que os resultados evolutivos vão ser aqueles que absorvem e dissipam mais energia para o ambiente externo, no caminho para chegarem lá”, ele diz. As descobertas fazem um senso intuitivo: partículas tendem a dissipar mais energia quando elas são estimuladas por uma força motriz.

“Isto significa que os aglomerados de átomos rodeados por um banho de certa temperatura, como a atmosfera ou o oceano, devem tender, ao longo do tempo, a se organizarem para repercutir melhor com as fontes de trabalho mecânicas, eletromagnéticas ou químicas nos seus ambientes”, England explica.

A auto-replicação (ou reprodução, em termos biológicos), é o processo que move a evolução da vida na Terra. É um mecanismo pelo qual um sistema pode dissipar uma ascendente quantidade de energia ao longo do tempo. Como England cita, “uma boa forma de se dissipar é fazendo cópias de si mesmo”. Em um paper para Journal of Chemical Physics, ele informou o mínimo teórico para que a dissipação possa ocorrer durante a auto-replicação das moléculas de RNA e das células bacterianas, e mostrou que é muito perto dos reais valores de dissipação que esses sistemas podem ter enquanto replicam. Ele também mostrou que o RNA, o ácido nucleico, que muitos cientistas acreditam que serviu como precursor do DNA, é particularmente um material simples e “barato”. Uma vez que o RNA surgiu, ele argumenta, a sua “aquisição darwiniana” não foi, talvez, surpreendente. A química da sopa pré-biótica, mutações aleatórias, geografia, eventos catastróficos e outros inúmeros fatores contribuíram para os detalhes da diversidade das fauna e flora do planeta. Mas, de acordo com a teoria de England, o princípio subjacente que conduz todo o processo é resultado da adaptação orientada à dissipação da matéria.

Esse princípio também se aplicaria à matéria inanimada. “É muito tentador especular os fenômenos da natureza, nós podemos, agora, caber nessa grande tenda de organização e adaptação pela dissipação-condução”, England diz. “Muitos exemplos como esse poderiam estar bem debaixo do nosso nariz, mas não os notamos porque não temos estado a observá-los”.

Cientistas já observaram a auto-replicação em sistemas inanimados. De acordo com a nova pesquisa, liderada por Philip Marcus, da Universidade da Californa, Berkley, e divulgada na Physical Review Letters, em Agosto, vórtices em fluidos turbulentos replicam-se espontaneamente através da energia da matéria ao seu redor. Em um outro paper publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, Michael Brenner, um professor de Matemática Aplicada e Física de Harvard e seus colaboradores apresentaram modelos teóricos e simulações de microestruturas que se auto-replicam. Esses aglomerados de microesferas, especialmente revestidas, dissipam energia por estimular esferas próximas a formar aglomerados idênticos. “Isto se liga muito ao que Jeremy está dizendo”, Brenner diz.

Além da auto-replicação, a organização estrutural é outro meio pelo qual os sistemas são fortemente impulsionados para dissipar energia. Uma planta, por exemplo, é melhor em capturar e rotear a energia solar através de si que um aglomerado de átomos de Carbono não estruturados. Assim, England argumenta que, sob certas condições, a matéria irá espontaneamente se auto-organizar. Essa tendência poderia explicar a ordem interna dos seres-vivos e de muitas estruturas inanimadas. “Flocos de neve, dunas de areia e vórtices turbulentos, todos têm em comum que são estruturas definitivamente moldadas que surgem em muitos sistemas de partículas conduzidos por um processo dissipativo”, ele diz. Condensação, vento e resistência do ar são relevantes processos nesses casos particulares.

“Ele está me fazendo pensar que a distinção entre seres-vivos e inanimados é apagada”, diz Carl Franck, um Físico Biológico da Universidade de Cornell, em um e-mail. “Estou particularmente impressionado por essa noção de quando um considera sistemas tão pequenos quanto circuitos químicos envolvendo algumas biomoléculas.

A ideia ousada de England, muito provavelmente, irá sofrer um exame bastante detalhado nos anos seguintes. Ele está, por enquanto, trabalhando apenas com simulações gráficas feita em computador para testar a sua teoria de que os sistemas de partículas adaptam suas estruturas para facilitar a dissipação de energia. O próximo passo será fazer experimentos em sistemas reais.

Prentiss, que dirige um laboratório de Biofísica Experimental em Havard, diz que a teoria de England pode ser testada a partir da comparação de células com diferentes mutações e procurando a correlação entre a quantidade de energia que as células dissipam com as suas taxas de replicação. “É preciso ter cuidado porque uma mutação poderia ter resultados diferentes”, ela diz. “Mas se alguém continuar fazendo muitos desses experimentos em diferentes sistemas e se são de fatos correlacionados, isto quer dizer que ele é o princípio de organização correto”.
Se a teoria estiver correta, a mesma física que se identifica como responsável pela origem dos seres-vivos poderia explicar a formação de mais outras estruturas padronizadas na natureza. Flocos de neve, dunas de areia e vórtices auto-replicativos em um disco protoplanetário podem ser exemplos de uma adaptação à dissipação. Imagem por: Wilson Bentley
Se a teoria estiver correta, a mesma física poderia explicar a formação de mais outras estruturas padronizadas na natureza. Flocos de neve, dunas de areia e vórtices auto-replicativos em um disco protoplanetário podem ser exemplos de uma adaptação à dissipação. Imagem por: Wilson Bentley

Brenner diz que ele espera conectar a teoria de England com as suas próprias construções de microesferas e determinar se a teoria prediz corretamente que os procedimentos de auto-replicação e auto-montagem possam ocorrer – “uma questão fundamental na ciência”, ele diz.

Ter um princípio fundamental da vida evolução daria a pesquisadores uma perspectiva mais ampla sobre o surgimento da estrutura e a sua função nos seres-vivos, muitos dos pesquisadores dizem. “A seleção natural não explica certas características”, diz Ard Louis, um biofísico da Universidade de Oxford, em um e-mail. Essas características incluem uma mudança hereditária para a expressão genética chamada “metilação”, o aumento da complexidade na ausência da seleção natural, e certas mudanças moleculares que ele recentemente estudou.

Se a abordagem de England continuar sendo testada, ela poderá liberar mais ainda os biólogos e fazer com que eles busquem mais a explicação darwinista para todas as adaptações e permitir com que eles pensem mais de modo geral, em termos da organização orientada pela dissipação. Eles podem achar, por exemplo, que “a razão que um organismo mostra certa característica X ao invés de Y talvez não seja porque X é mais capaz que Y, mas sim porque as restrições físicas tornaram mais fácil evoluir para X do que para Y”, Louis diz.

“As pessoas muitas vezes ficam presas pensando sobre seus problemas individuais”, Prentiss diz. Querendo ou não, as ideias de England virão a ser exatamente certas, ela diz, “pensar de forma mais ampla fará com que muitas descobertas científicas sejam feitas”.

Artigo por Natalie Wolchover, publicado no site da Simons Foundation, em 22 de Janeiro de 2014, com título A New Physics Theory of Life e no site da Scientific American, em 28 de Janeiro de 2014, com o mesmo título.

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*Fonte: universoracionalista

Segundo físicos, o tempo pode existir apenas na sua cabeça

De todas as pressões que enfrentamos na nossa vida cotidiana, não há como negar que o tempo tem efeito mais profundo. Como os nossos dias, semanas, meses e anos passam, o tempo se move do passado ao presente para o futuro.

Porém, de acordo com a Física, as mesmas coisas ocorrem independentemente do que tempo de direção. Por isso, os físicos sugerem que a gravidade não seja forte o suficiente para mover todos os objetos do Universo para frente. Mas será que o mesmo acontece com a ordem do tempo que nós conhecemos ou é tudo imaginação? Primeiro, vamos refletir sobre a chamada flecha do tempo.

Graças ao tempo, o jovem torna-se velho e o passado se torna o presente. Mas se esquecermos a nossa própria perspectiva por um segundo e olharmos para o Universo como um todo, podemos dizer que a única coisa que governa o comportamento do Universo são as leis da Física. Algumas dessas leis têm relação com o tempo reversível – o que significa que os mesmos efeitos ocorrem, independentemente de o tempo estar correndo para a frente ou para trás.

“Seja através gravitação de Newton, a eletrodinâmica de Maxwell, a relatividade especial e geral de Einstein ou mecânica quântica, todas as equações que melhor descrevem o nosso Universo funcionam perfeitamente independentemente da direção do tempo”, disse o especialista Lee Billings para a Scientific American.

Um exemplo que comprova isso é o caminho de um planeta orbitando uma estrela, de acordo com a força da gravidade.
“Se o tempo corre para a frente ou para trás, as órbitas planetárias seguem exatamente os mesmos caminhos. A única diferença é a direção da órbita“, explicou Brendan Cole.

Isso significa que o tempo é subjetivo? Essa pode ser a explicação para a Teoria Especial da Relatividade de Einstein, mas há uma segunda lei chamada Termodinâmica. De acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica, conforme o tempo passa, a quantidade de desordem – ou entropia – no Universo será sempre aumentada. “Por esta razão, os físicos estabeleceram uma fonte da seta do tempo: o transtorno tem sempre que aumentar depois que algo acontece, o que requer que o tempo só pode se mover em uma direção“, explica Cole.

Muitos físicos suspeitam que quando as forças de gravidade interagem umas com as outras, a seta virada para a frente do tempo emerge e a entropia pode aumentar. Mas para que isso funcione, a entropia deve ter aumentado, o que significa que o Universo tinha de ter começado mais ordenado do que é atualmente.

Em um esforço para chegar ao fundo de um dos maiores enigmas da Ciência moderna, dois de físicos decidiram testar a hipótese de que a gravidade é a força por trás de toda essa teoria. O ponto em que as partículas são governadas pela seta do tempo e regidas pelas leis sem direção do Universo, é conhecido como decoerência.

De acordo com a explicação de Nick Stockton, a hipótese mais proeminente para a decoerência é a Equação Wheeler-DeWitt, que prevê quando as ligações entre quântica e mecânica são apagadas graças à gravidade. Mas quando os físicos Dmitry Podolsky, da Universidade de Harvard, e Robert Lanza, diretor da Astellas Global Regenerative Medicine, realizaram a medição da gravidade através da Equação de Wheeler-DeWitt, eles descobriram que, depois de fazer as contas, a equação não explica a direção do tempo.

Como aponta Stockton, se a gravidade for muito fraca para segurar uma interação entre as moléculas juntas com a decoerência, ele não pode ser forte o suficiente para forçá-las na mesma direção.

“Nosso trabalho mostra que o tempo não existe apenas ‘lá fora’, mas que é uma propriedade emergente que depende da capacidade do observador para preservar informações sobre acontecimentos vividos“, explica Lanza. Isto sugere que a flecha do tempo seja subjetiva e determinada pelo observador.

“Em seus trabalhos sobre a relatividade, Einstein mostrou o tempo em relação ao observador. Nosso artigo dá a um passo adiante, argumentando que o observador, na verdade, é quem o cria“, completou Lanza.

Porém, a ideia ainda é controversa, porque de acordo com Yasunori Nomura, um físico da UC Berkeley, que não estava envolvido no estudo, a dupla de cientistas não conseguiu levar o tecido do espaço-tempo em consideração e não introduziu o “tempo de observador” na equação.

 

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*Fonte: universocetico

”Há um outro sol e uma super-civilização avançada vivendo no centro da terra” Afirmam cientistas

A Terra Oca é um tema bastante popular discutido entre os teóricos da conspiração, como sempre a noção de o mundo ter um espaço oco por dentro tenha sido indeferido pela comunidade científica desde o século 18.


A teoria da Terra Oca também é mencionada em várias obras de ficção. Mas as teorias não param por ai… Diz-se que há uma abertura gigante localizada no pólo norte, que liga ao interior do nosso planeta. Há até mesmo fotos (tiradas do espaço) que circulam na internet que supostamente provam isso. Também é dito que há um pequeno sol no interior do nosso planeta, e há teorias científicas que explicam como tudo funciona! Há até uma nova explicação sobre a criação da terra! Residindo no interior há uma suposta super-civilização avançada . Houve relatos de pessoas que serviam e adoravam os seres “do interior da Terra”, que são considerados pacíficos e empenhados em ajudar a humanidade “acima”.

Assista ao vídeo abaixo para saber mais!

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*Fonte: semprequestione

Não, seres humanos nunca viverão fora da Terra

Viajar para outras estrelas é um sonho antigo. Os primeiros avanços científicos – chegar na lua em 1969, enviar robôs à Marte em 1976 – pareciam dizer que esse caminho seria fácil.

A ideia se espalhou como fogo no imaginário popular através da cultura mundial, principalmente por meio da ficção científica. A diáspora impressionante da humanidade pela galáxia marcaria a nossa maturidade e sucesso como espécie, e nos permitiria sobreviver à própria Terra, em caso de uma catástrofe natural ou destruição artificial.

No entanto, hoje sabemos muito mais sobre o universo e a verdadeira possibilidade de viagem interestelar do que nunca. Infelizmente, está na hora de admitirmos: não é provável que humanos morem em qualquer outro lugar do vazio imenso lá fora. A Terra é e sempre será a nossa única casa.

 

Não há plano B

Essa é a opinião de Kim Stanley Robinson, um autor de ficção científica norte-americano conhecido pela Trilogia de Marte. Esse ano, ele lançou uma nova obra, “Aurora”, ainda sem tradução para o português.

Apesar de ter escrito sobre isso inúmeras vezes, Robinson crê que nunca sairemos daqui. Morar fora da Terra é material apenas de ficção, mesmo.

E, enquanto para algumas pessoas essa conclusão é perturbadora e pessimista, não precisa ser. Se finalmente aceitarmos isso, podemos alterar a forma como agimos como indivíduos e civilização.

Essas mudanças são cruciais para os nossos descendentes. Esqueça um plano B! Precisamos tratar a Terra com a dignidade que ela merece, pois, se acabarmos com esse planeta, não há escapatória a não ser a extinção.

 

Por que não?

Os problemas que nos impedem de nos mudar para outros planetas e sistemas estelares são muitos e de diferentes categorias – físicos, biológicos, ecológicos, sociológicos e psicológicos. Poderíamos ainda adicionar econômicos, mas esses problemas são triviais em comparação com o resto.

Filmes como “Interestelar” nos enganam a pensar que ir para outra estrela é fácil. Mas a realidade é que eles usam milhares de ideias completamente teóricas e fingem que existem simples soluções práticas para elas. Não é verdade. Viagem mais rápida que a luz? Hibernação com total preservação do corpo? Buracos de minhoca os quais podemos percorrer

São conceitos científicos, sim, mas 100% hipotéticos. Não estamos lá ainda. E precisamos encarar o fato de que talvez nunca estaremos.

 

Problemas físicos

Fisicamente, o principal problema é que as estrelas estão muito longe.

Esqueça viagem mais rápida do que a luz. Segundo Robinson, isso não vai acontecer. É uma conveniência empregada para fomentar uma grande história, mas qualquer plano realista para chegar às estrelas exigirá viagens mais lentas, no melhor dos cenários, com um décimo da velocidade da luz.

As estrelas mais próximas estão a quatro anos-luz de distância, mas não rola morar lá. Seus planetas não são amigáveis para nós. Tau Ceti, a doze anos-luz de distância, é conhecida por ter planetas em sua zona habitável. Pensando em aceleração e desaceleração mais tempo de percurso, podemos colocar que levaremos 200 anos para chegar lá.

Ou seja, uma travessia até mesmo às estrelas mais próximas exigiria um esforço de múltipla geração. Isto sugere uma nave grande e complicada, carregada de plantas, animais e humanos para popular o novo mundo, que teria de funcionar no meio interestelar por dois séculos ou mais, sem possibilidade de reabastecimento e com chances limitadas de reparação.

Ainda, em termos de problemas puramente físicos, na velocidade com que a nave viajaria, qualquer coisa “leve”, com um par de quilos, que batesse nela, causaria um impacto catastrófico. E sabe como é, o universo não é um caminho limpo.

Por fim, a nave estaria exposta a muito mais radiação do que na Terra. Os efeitos disso não são totalmente conhecidos, mas não parecem bons. Qualquer revestimento contra essa radiação acrescentaria peso à nave, o que apenas levaria a outras dificuldades.

 

Problemas biológicos

Se até aqui parece ruim, vale lembrar que problemas biológicos são mais difíceis de resolver do que os puramente físicos, por serem muito mais complexos.

A nave seria algo como uma ilha, muito mais isolada do que qualquer uma na Terra. O sucesso reprodutivo e evolutivo das gerações de pessoas, plantas e animais seriam prejudicados com o tempo, pelos limites genéticos, de recursos e por doenças. Que tipo de mutações e adaptações ocorreriam?

Como bactérias tendem a evoluir a taxas mais rápidas do que os mamíferos, o completo isolamento ainda poderia levar ao desenvolvimento de um conjunto de organismos bastante diferente do que a nave começou. Não há como impedir que essas bactérias viajem. Mesmo com a melhor limpeza da nave possível, todos os mamíferos possuem um grande número de bactérias dentro deles.

Essa mudança genética mais rápida na comunidade bacteriana poderia se tornar um grande problema para os animais maiores. 80% do DNA em nossos corpos não é humano. Somos mais do que indivíduos, somos biomas, como pequenas florestas ou pântanos. A maioria das criaturas dentro nós precisa funcionar bem para o sistema como um todo ser saudável. Este é um ato de equilíbrio difícil, que não funciona perfeitamente mesmo na Terra – doenças e condições bizarras estão aí para provar isso. Fora daqui, então, é um mistério.

Por fim, mesmo a maior nave espacial teria cerca de um trilionésimo do tamanho da Terra. Esta miniaturização necessária quase certamente levaria a efeitos desconhecidos em nossos corpos.

 

Problemas ecológicos

Cada coisa viva é um sistema ecológico em miniatura. Nem sabemos teorizar quais seriam os problemas criados pelo fluxo metabólico de substâncias em um sistema de suporte de vida biológica fechado e isolado por tanto tempo.

Estes fluxos teriam que manter o equilíbrio dentro de parâmetros bastante apertados, evitando quaisquer rupturas ou bloqueios. A Terra experimenta grandes fluxos ecológicos ao longo do tempo, com acúmulos de certos elementos (oxigênio na atmosfera, carbono em rochas sedimentares) que forçam processos evolutivos: o que estiver vivo naquele momento tem de se adaptar às novas condições ou será extinto.

Não seria legal ser extinto no meio da missão, certo? O problema é que quaisquer problemas ecológicos que surgirem provavelmente não poderão ser resolvidos, afinal, não tem como adicionar ou mudar qualquer coisa ao sistema fechado.

Basicamente, as chances de falha são imensas. Um sistema ecológico perfeito é impossível. A Terra não é um, e um sistema isolado um trilhão de vezes menor provavelmente também não vai ser.

Problemas sociológicos e psicológicos

Viver em uma pequena e isolada comunidade pode ter consequências psicológicas terríveis.

Para começar, a nave precisará de uma organização política, seja ela militar ou anárquica, hierárquica ou democrática. A própria situação pode ser chamada de totalitária, no entanto. Isso porque vai exigir determinados comportamentos para garantir a sobrevivência. Os seres humanos viajando para outro planeta ou estrela não terão muita escolha. Não poderão fazer o que quiserem, ou nada. Precisarão desempenhar determinadas funções em nome do sucesso da missão. Alguém vai ter que liderar.

Estar em uma comunidade isolada, seja na nave ou quando chegar ao destino, sabendo que existe uma população humana muito maior na Terra, pode ainda parecer como um exílio. Ou pode ser como nascer e viver uma vida inteira na prisão.

Essa é uma receita para o desastre psicológico. Além do estresse e da pressão, se alguém enlouquecer e ameaçar sua própria vida ou à dos outros, os humanos da missão ainda teriam que conviver com o medo.

Claro que as pessoas são adaptáveis. Pode ser que se acostumem a viver em confinamento. Pode ser que perdoem as pessoas que fizeram essa escolha por eles (os que nascerem depois, já que estamos falando de múltiplas gerações). Mas nós sabemos como a personalidade humana funciona. As coisas podem ficar muito ruins muito rápido.

Mesmo se conseguirmos chegar a um novo mundo…

Mesmo com as melhores das tecnologias, só poderíamos alcançar uma pequena parte da galáxia. 1% da Via Láctea, digamos. Já sabemos que os planetas do nosso sistema solar são todos péssimos para a vida humana, mas 1% da galáxia ainda inclui um monte de estrelas, e pode ser que alguma seja razoavelmente boa para nós.

Mas nenhuma é exatamente como o nosso sol, ou tem um planeta exatamente igual a Terra. Como não temos o luxo de ficar passando de planeta em planeta para ver qual é o mais ideal, teríamos que simplesmente ARRISCAR baseado nas informações precárias que temos. As chances de insucesso são imensas.

Se todos esses milhares de problemas forem contornados, o que é extremamente improvável, o planeta ou lua que será o nosso novo lar vai ainda apresentar seus próprios problemas. Se tiver uma atmosfera mesmo ligeiramente diferente, isso significa que o confinamento vai continuar mesmo após a longa viagem, afinal, não sobreviveríamos respirando o ar fora de ambientes controlados. Será que isso é mesmo vida?

Ainda se o impossível for só questão de opinião e todas as condições forem ideais, restaria uma tarefa enorme: adaptar o novo planeta para a vida terráquea, o que levaria muitos anos, possivelmente séculos, dependendo das condições e recursos. Com uma única nave para alimentar esse esforço, você já pode imaginar que não será fácil. É maravilhoso como diversas comunidades fora da Terra surgem de repente no filme “Interestelar”, mas não é à toa que nada da formação dessas comunidades foi mostrado.

E isso sem considerarmos sequer a possibilidade de existência de vida alienígena. Seria uma surpresa boa chegar em um novo planeta e dar de cara com seres estranhos? Talvez. Ou talvez seria um gigantesco problema.

Se as chances são minúsculas de viver fora da Terra, devemos tentar?

A lição que fica não é desistir, mas sim redefinir.

Quando consideramos como devemos nos comportar agora, devemos ter em mente que a ideia de que se destruirmos a Terra teremos outro lugar para ir é simplesmente falsa.

“Eu não estou dizendo que não devemos ir para o espaço; devemos. Devemos enviar pessoas para a lua, para Marte, para asteroides, e para cada lugar que pudermos no sistema solar”, afirma Robinson.

Segundo o escritor, isso é útil para nos ajudar a projetar um relacionamento de longo prazo com a própria Terra. “A ciência espacial é uma ciência da Terra. O sistema solar é o nosso bairro. Mas as estrelas estão muito longe”, conclui.

Nosso planeta é inacreditavelmente incrível – é singular em todos os sentidos, até onde sabemos. Ao invés de sonhar com ficções impossíveis, precisamos cuidar com todo o carinho do único mundo vivo conhecido possível no universo.

 

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*Fonte: hypescience

estacao-espacial

A falha de San Andreas está nos avisando do ‘Big one’?

Os terremotos no sul da Califórnia não deveriam ser notícia. Esta região do mundo registra cerca de 10.000 tremores por ano, a maioria imperceptíveis. Mas se acontecem todos em uma semana e no mesmo lugar, os especialistas se põem em alerta. Isso aconteceu na semana passada quando foram registrados mais de 200 abalos em Salton Sea, um lago no extremo sul da Califórnia, no vale de Coachella, perto da fronteira com o México. Trata-se da maior atividade registrada em um mesmo local desde que há sensores e provocou um alerta inquietante que durou uma semana.

A região de Salton Sea fica bem no fim da falha de San Andreas. Os movimentos nessa região fazem cócegas na grande falha, por assim dizer. Entre os tremores que começaram na segunda-feira passada houve três que ultrapassaram o grau 4 na escala Richter. No dia 27 passado, o escritório de Emergências do governador emitiu um comunicado pedindo a todas as instituições e aos californianos que ficassem em alerta diante da possibilidade de um grande terremoto, algo que não acontece nessa região da falha em 300 anos. A Prefeitura de San Bernardino, por exemplo, decidiu fechar suas instalações.

Com o passar das horas e dos dias, foram diminuindo as possibilidades de que essa atividade provoque um movimento na falha que desate um grande terremoto em Los Angeles. O alerta foi levantado nesta terça-feira pela manhã. Mas os dados colocaram em evidência mais uma vez a fragilidade da região e, sobretudo, a evidência de que esse grande terremoto tem de ocorrer em algum momento.

Uma das primeiras coisas que se aprende ao mudar para o sul da Califórnia é que, segundo a sabedoria popular, Los Angeles sofre um grande terremoto com vítimas a cada 20 anos. E o último ocorreu há 22. A possibilidade de um grande terremoto, o chamado ‘Big one’, com origem na falha de San Andreas e consequências devastadoras para os vales que formam Los Angeles é uma constante na vida dos moradores da cidade e uma fonte incrível de entretenimento para Hollywood. Ter uma equipe de sobrevivência e um plano para terremotos (por exemplo, já ter comunicado à família onde você vai estar) é comum em casas e colégios.

“Não é uma questão de se vai acontecer, mas de quando vai acontecer.” Essa frase é dita até pelo prefeito da cidade. Não há nada que se possa fazer. Cada um desses pequenos abalos tem um impacto na falha de San Andreas, até que um dia ela se movimenta. No ano passado, a Prefeitura publicou um documento aterrador sobre as consequências que o terremoto teria para a cidade e urgiu os cidadãos a reformar as casas mais antigas e investir em consertos para torná-las mais resistentes.

O início desta campanha municipal de consciência coincidiu com o 20º aniversário do terremoto de Northridge, em janeiro de 1994. Morreram cerca de 60 pessoas no Vale de San Fernando quando caíram estruturas frágeis de edifícios de apartamentos. Duas autopistas que cruzam a cidade foram fechadas pelos danos e Los Angeles viveu dias de caos. A sismóloga Lucy Jones, que liderou a equipe que redigiu o documento, advertiu em conferências em toda a cidade que aquilo foi em uma época sem celulares e sem Internet. Não sabemos as consequências de um terremoto como aquele para uma economia dependente das telecomunicações. Não aconteceu ainda. O terremoto de Northridge foi de 6,7 e durou 10 segundos. O ‘Big one’ mais plausível poderia ser de 7,8 e durar cerca de um minuto.

A falha de San Andreas não é uma linha contínua, mas um sistema de falhas que se estende ao longo de 1.200 quilômetros. Começa em Salton Sea, na fronteira com o México, onde ocorreram os abalos desta semana. Depois abraça Los Angeles pelo leste e norte da cidade e continua paralela à costa. Atravessa a baía de San Francisco e chega a Eureka, no norte da Califórnia. Todo o Estado está em risco se a falha for ativada.

Exatamente na semana passada, o governador da Califórnia, Jerry Brown, aprovou uma lei que estabelece a estrutura administrativa para que haja um sistema de alertas de terremotos no Estado. O sistema será formado por sensores que detectarão as primeiras ondas de um terremoto e as enviarão a um centro de emergências que por sua vez enviará um alerta aos celulares. O terremoto chega de qualquer forma. Mas, por exemplo, se começar na fronteira com o México, os habitantes de Los Angeles teriam alguns poucos segundos de aviso antes que chegasse, determinantes para salvar vidas.

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*Fonte: elpais

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6 teorias “científicas” que atrasaram o progresso da humanidade

Teorias como a eugenia ou aquelas que discriminam com base no sexo, raça ou orientação sexual são extremamente prejudiciais para a sociedade. Eles criam divisões entre nós, geralmente por razões “científicas” falsas ou ignorantes.

Enquanto algumas das idéias nesta lista têm sido amplamente desacreditadas, ainda existem adeptos dessas teorias em todo o mundo, com alguns desses tópicos sendo amplamente creditados pela maioria da população.

Conheça algumas teorias que atrasaram o progresso da humanidade:


>> Homens gays e doação de sangue

Prevalente em alguns países, incluindo os Estados Unidos, França e Alemanha, a proibição de doadores de sangue homossexuais masculinos são muitas vezes baseadas em medos infundados ou homofobia declarada. Desde a década de 1980, quando a AIDS começou a ser vista como uma ameaça pública, leis como proibição de doações de sangue por gays foram impostas.

Eles estão colocados em uma categoria de alto risco, no mesmo patamar de usuários de drogas injetáveis. Na época, parecia ser a única maneira de combater a AIDS, considerando que a maioria dos infectados eram homens homossexuais. Além disso, em 1985, um grande número de pessoas contraía o vírus HIV a partir de transfusões de sangue, justificando essa abordagem cautelosa.

No entanto, homens heterossexuais que se envolvem em situações sexuais de risco ou que tenham contraído DST’s e receberam tratamento, podem doar quantas vezes quiser. Atualmente existem testes que podem detectar com 99,9 por cento de precisão se o sangue está contaminado com HIV, fazendo dessa proibição vitalícia, irracional.

>> Medicina Tradicional Chinesa

Medicina tradicional chinesa, tem origem no século 28 a.C, com um homem chamado Shennong. Ele catalogou cerca de 400 espécies de plantas medicinais. Ao longo dos séculos esse catálogo se expandiu para incluir cerca de 1.000 diferentes plantas e 36 animais diferentes.
A ameaça da Medicina Tradicional Chinesa vem de seu dano real a um número de animais ameaçadas de extinção, incluindo tigres, rinocerontes e cavalos-marinhos, que faz com que isso seja parte da causa do que os cientistas chamam de “sexta extinção em massa da Terra”.

Muitos dos supostos benefícios para a saúde relacionados com partes de animais (chifre de rinoceronte reduz a pressão arterial, carne de jacaré previne o câncer, etc.) têm sido provados falsos por vários estudos científicos.

>> Teoria do puro sangue na Coreia

A ideia coreana de “sangue puro” deriva da crença de que as pessoas do país descendem de um só homem, Dangun, que se diz ter fundado o primeiro reino coreano. Por causa disso, o país é “teoricamente” tem uma única linhagem, que deveria unir as pessoas, mesmo quando reis ou dinastias caíssem.

Alguns historiadores afirmam que isso surgiu devido a subjugação japonesa e é resultante da tentativa de assimilação da cultura do Japão. Além disso, esta teoria do “puro sangue” afeta todo o relacionamento de um coreano com um não coreano. As pessoas que se relacionam com pessoas de uma etnia diferente podem ser insultadas e até mesmo agredidas. Na Coréia do Sul, uma pesquisa de 2008 revelou que 42 por cento da população nunca tinha visto pessoalmente alguém que não era coreano.

>> Feitiçaria

As pessoas podem pensar em feitiçaria e associar a Idade Média ou as bruxas de Salém, concluindo que tudo isso está no passado. No entanto, a crença em feitiçaria ainda vive e prejudica seus seguidores. Acusações de feitiçaria, tendo como alvo mulheres, ainda acontecem devido as crenças religiosas extremistas.

A maioria dos “julgamentos” contra bruxas confiam em testemunhas oculares ou falsas confissões geralmente provocada por tortura. Por exemplo, em 2013, na Papua Nova Guiné, uma mulher foi queimada viva por ser um “sanguma”, um de bruxa. Muitos outros países, incluindo Arábia Saudita, ainda punem as pessoas por feitiçaria, com penas que vão de prisão a até execução.

>> Determinismo biológico

Determinismo biológico é a crença pseudocientífica que o nosso comportamento é determinado por nossa composição genética. Embora esta “teoria” levante questões sobre nossas próprias escolhas, ela é principalmente usada para justificar o comportamento racista, sexista ou homofóbico, sob o pretexto de superioridade por parte do abusador.

A ciência moderna tende a concordar que nossas ações são uma combinação de nossas tendências biológicas e nosso meio ambiente, tornando-os um fenótipo. Casos de racismo declarado são extremamente comuns quando se trata de determinismo biológico.

>> Frenologia

A frenologia é uma pseudociência intimamente relacionada ao determinismo biológico. Ela faz estudos sobre a forma do crânio e sua influência na capacidade mental de uma pessoa, bem como no caráter de uma pessoa. Desenvolvida pela primeira vez no final do século 18 por um médico vienense chamado Franz-Joseph Gall, a frenologia era imensamente popular até no século 20.

Donos de escravos se beneficiaram dessa “ciência” e usaram as informações para justificar a escravidão, alegando que africanos não eram inteligentes o suficiente para serem livres. Em uma reviravolta estranha, frenologia também foi usada por abolicionistas, que argumentavam que a timidez dos escravos significava que eles não iriam se tornar violentos se todos fossem libertados, medo de muitos proprietários de escravos.

*Fonte: FatosDesconhecidos

A teoria da relatividade explicada por David Tennant

David Tennant narra o pequeno vídeo do projeto Einstein 100, explicando a teoria da relatividade de forma bem simples.

Em novembro de 1905, há 100 anos, o físico mais pop do planeta divulgava publicamente a Teoria da Relatividade Geral, na qual conceituava a relação entre a massa e a movimentação de corpos no espaço, e também definia o continuum espaço-tempo, dando início para uma quebra de paradigmas no estado da arte da Física naquele momento – e que influencia até hoje não só as ciências, mas o nosso imaginário popular e os filmes, livros e HQs de ficção científica

*Fonte: Updateordie