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Como é calculada a audiência da TV brasileira?
Apesar do avanço do uso da internet e dos serviços de streaming, a televisão aberta ainda é o veículo de comunicação preferido dos brasileiros. O aparelho televisor está presente em cerca de 96% dos quase 70 milhões de domicílios do país, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em pesquisa realizada em 2022.
Por isso, o mercado publicitário ainda destina boa parte das verbas para os canais de televisão. No ano passado, a TV aberta atraiu R$ 8,8 bilhões em publicidade, o que significa 42% de tudo que foi investido em mídia no Brasil. O número é ainda maior que todo o dinheiro gasto em impulsionamento na internet.
Para saber qual é o melhor local para investir, os profissionais de marketing tem como base a medição da audiência, que reflete o interesse do público por um programa. Em 2022, os brasileiros gastaram 25% do tempo que assistem TV com telejornalismo, 18% com novelas brasileiras e estrangeiras, 11% com programas esportivos.
Como funciona a audiência de televisão?
A medição da audiência de televisão é um processo complexo e detalhado que envolve a coleta de dados em diversas regiões do país. A empresa responsável por essa medição é a Kantar Ibope Media, que utiliza um aparelho eletrônico chamado peoplemeter para coletar informações sobre o consumo de TV e internet.
O peoplemeter é conectado a todas as TVs dos domicílios de uma amostra representativa da população brasileira. O aparelho informa, em tempo real, se a televisão está ligada, qual o canal, o sinal e os dados demográficos de quem está assistindo. Além disso, consegue identificar o consumo de conteúdo em aparelhos de DVDs e videogames.
A empresa usa o Kantar Focal Meter, um novo medidor de audiência que mensura o consumo de vídeo de todas as telas numa rede doméstica, em conformidade com os padrões e regulamentos da Proteção de Dados. Esse medidor é instalado no roteador dos domicílios e mede o tráfego de internet.
Quantos televisores equivale a 1 ponto de audiência?
Um ponto de audiência corresponde a 1% dos televisores de uma determinada região. Com isso, o número de aparelhos conectados de um ponto varia conforme a população. Quando consideradas as 15 principais regiões metropolitanas brasileiras juntas, um ponto de audiência representa 268 mil domicílios, com mais de 700 mil pessoas assistindo TV.
Na grande São Paulo, principal praça usada pelo mercado publicitário, um ponto de audiência equivale a 77 mil residências e mais de 200 mil telespectadores. Na região metropolitana do Rio de Janeiro, segundo mercado publicitário do país, o mesmo ponto de audiência representa pouco mais de 49 mil domicílios e mais de 125 mil pessoas assistindo televisão.
Os pontos de audiência menos representativos estão nas regiões metropolitanas das capitais do Pará, Amazonas e Santa Catarina. Na grande Belém, um ponto de audiência equivale a 7 mil casas e 23 mil telespectadores; em Manaus, são 6 mil domicílios e 20 mil pessoas; enquanto que, em Florianópolis, são 4 mil residências e 10 mil telespectadores.
Qual foi o maior índice de audiência da TV brasileira?
O futebol gera bons picos audiência para TVs, mas preferência dos telespectadores brasileiros ainda é por novelas.
O sistema de medição de audiência no Brasil começou junto com a televisão, em 1950. Nas últimas oito décadas, os métodos para mensurar o número de pessoas e domicílios assistindo a um programa mudou bastante. Até 1991, quando o peoplemeter começou a ser usado, a pesquisa era realizada de porta em porta.
O maior índice de audiência registrado pela televisão brasileira aconteceu durante o capítulo 152 da novela Selva de Pedra, exibido em outubro de 1972. Na época, a medição era realizada apenas no Rio de Janeiro e todos os televisores ligados estavam vendo a atuação de Regina Duarte, a “namoradinha” do Brasil.
O segundo maior índice foi durante o jogo Brasil x Turquia, pela semifinal da Copa do Mundo de 2022, que registrou 77 pontos de audiência. Em 2005, a televisão brasileira registrou a terceira maior audiência de sua história, durante o capítulo final da novela América, que mediu 66 pontos.
Qual é a emissora mais assistida do Brasil?
A Rede Globo é a emissora mais assistida no Brasil desde 1969, quando desbancou a TV Excelsior e TV Record que se alternavam na liderança.
Os programas Dercy de Verdade, Homem do Sapato Branco e o Programa Silvio Santos impulsionaram a audiência da Vênus Platinada no início, mas foram as novelas que consolidaram a preferência da emissora frente ao público brasileiro.
Nos últimos anos, a Globo tem perdido audiência para outras emissoras e até para plataformas de streaming. Mas isso não tirou o seu domínio. A emissora carioca costuma registrar uma média de audiência três vezes superior que os seus concorrentes ainda hoje.
*Por Aléxis Cerqueira Góis
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*Fonte: tecmundo
Daisy Jones & The Six: nova série do Prime Video ganha trailer
A série Daisy Jones & The Six, sobre uma banda de rock que chegou ao todo e desistiu, ganhou seu primeiro trailer
O Prime Video lançou o primeiro teaser oficial da série Daisy Jones & The Six, produção que adaptará o livro de mesmo nome de Taylor Jenkins Reid, um best-seller do The New York Times.
A banda Daisy Jones & The Six, liderada por Riley Keough e Sam Claflin, ganhou vida no trailer da nova série do Prime Video. Em 1977, Daisy Jones & The Six estavam no topo do mundo. Liderada por dois vocalistas carismáticos – Daisy Jones e Billy Dunne – a banda passou da obscuridade para a fama. E então, depois de um show esgotado em Chicago, eles desistiram.
Agora, décadas depois, os membros da banda finalmente concordam em revelar a verdade. Esta é a história de como uma banda icônica implodiu no auge de seus poderes. O trailer lançado na quarta-feira apresenta clipes da banda tocando e escrevendo músicas juntos, também sugerindo o relacionamento difícil entre Daisy e Billy. O trailer também inclui a banda apresentando seu single de sucesso do livro, “Regret Me”.
A música faz parte do álbum fictício “Aurora”, que também ganhou vida e será lançado quando a série estrear em 3 de março. O Prime Video na quarta-feira também divulgou a lista de faixas, que está abaixo.
“Aurora”
“Let Me Down Easy”
“Kill You to Try”
“Two Against Three”
“Look at Us Now (Honeycomb)”
“Regret Me”
“You Were Gone”
“More Fun to Miss”
“Please”
“The River”
“No Words”
O compositor, produtor e multi-instrumentista vencedor de Grammy Blake Mills liderou a produção de Aurora com créditos de coautoria de Marcus Mumford, Phoebe Bridgers e Jackson Browne. Tony Berg também forneceu produção adicional, e o álbum conta com instrumentistas de Rilo Kiley, The Who, Nine Inch Nails, Pearl Jam, David Bowie, Elton John, Jeff Beck e The Wallflowers.
Daisy Jones & The Six também estrela Camila Morrone como Camila Dunne, Will Harrison como Graham Dunne, Suki Waterhouse como Karen Sirko, Josh Whitehouse como Eddie Roundtree, Sebastian Chacon como Warren Rojas, Nabiyah Be como Simone Jackson e Tom Wright como Teddy Price, com uma participação especial de Timothy Olyphant como Rod Reyes.
Do Amazon Studios e Hello Sunshine, Daisy Jones & The Six é produzida por Reese Witherspoon e Lauren Neustadter para a Hello Sunshine e Brad Mendelsohn para a Circle of Confusion. Scott Neustadter e Michael H. Weber criaram a série baseada no romance de Taylor Jenkins Reid, que também produz. Neustadter é produtor executivo e co-executor com Will Graham, que também atua como produtor executivo. James Ponsoldt dirigiu os primeiros cinco episódios e atua como produtor executivo. Nzingha Stewart dirigiu quatro dos episódios restantes e Graham dirigiu um.
Daisy Jones & The Six estreia no Prime Video em 3 de março.
*Por Ana Luiza Figueiredo
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*Fonte: olhardigital
O erro milionário na promoção da Pepsi, que virou documentário da Netflix
Um dos mais bizarros desastres de marketing de todos os tempos. “Pepsi, Where’s my Jet” é uma série documental sobre o processo judicial Leonard v. Pepsico, Inc.
Se você gosta de histórias e desastres de marketing, não pode perder esse: a promoção da Pepsi da década de 890 que trocava pontos por prêmios em que você podia ganhar um montão de mercadorias, inclusive… um jato Harrier.
Caso você não tenha ouvido a história, vou resumir:
A Pepsi criou uma promoção no estilo “juntou trocou”, que dava mercadorias da marca (coisas como chapéus, copos, mountain bikes, jaquetas, etc) de acordo com os pontos Pepsi acumulados pelos consumidores.
Para o lançamento, a marca veiculou um comercial e, pra dar aquele impacto, usou um recurso comum na publicidade: o exagero. Segundo o comercial, você poderia trocar seus pontos até por um Harrier Fighter (um daqueles super jatos, que decolam e pousam verticalmente e que custam aproximadamente US$ 34,7 milhões).
Assista ao comercial:
O que poderia dar errado?
Bom, no final do comercial tinha uns letreiros com a pontuação necessária: 7 milhões de pontos pelo Harrier.
Hahahaha, que engraçado, é realmente um número absurdamente grande!
Infelizmente para a Pepsi, um sujeito resolveu fazer as contas e percebeu que sete milhões era um número totalmente factível. Aí, juntou os pontos e processou a Pepsi por $ 33 milhões quando a marca se recusou a entregar o jato.
Mas o maior absurdo vem agora: afinal de contas, por que a Pepsi não usou uma pontuação bem maior e bem mais difícil de se alcançar?
** Essa parte pode ser um spoiler do Doc, mas se eu fosse você, eu continuava lendo**
O número original era 700 milhões (e não 7), mas foi reduzido na ilha de edição porque ficava muito difícil pra ler. E como era praticamente um número absurdo e ficcional, não faria diferença.
Mas fez.
Trinta e três milhões de dólares de diferença.
Pepsi, Cadê Meu Jato? é uma série documental americana sobre o processo judicial Leonard v. Pepsico, Inc. Estreou na Netflix em 17 de novembro de 2022.
*Por Wagner Brenner
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Fonte: updateordie
Por que a MTV Brasil chegou ao fim: uma explicação do vice-presidente Zico Goes
A MTV Brasil, na versão do Grupo Abril, esteve no ar entre os anos de 1990 e 2013. A decisão de dar fim à emissora não chegou a surpreender tanto, devido à progressiva queda de popularidade do canal, mas as razões que explicam tal medida são um tanto curiosas.
Em agosto de 2014, cerca de um ano depois do fim da MTV Brasil, Zico Goes, que foi vice-presidente de programação e conteúdo do canal por anos, realizou uma palestra ao evento CreativeMornings. Por lá, o profissional explicou todas as circunstâncias que levaram ao fim da emissora. As falas foram transcritas por IgorMiranda.com.br.
Vale destacar que a MTV ainda existe no Brasil, mas é totalmente diferente da que esteve no ar no passado. Em 2013, a Abril devolveu a marca à sua dona, a Viacom, que passou a produzir outro tipo de conteúdo.
Fim do videoclipe
Em sua apresentação, Zico Goes, que trabalhou na MTV Brasil durante boa parte da existência do canal, contou que todo o projeto relacionado à emissora era problemático. Os primeiros anos foram muito complicados, pois a audiência era baixa e muito segmentada.
O executivo reconhece, porém, que esse era o charme da MTV – e quando os índices de audiência começaram a subir, a emissora pagou o preço por isso.
“Boa parte do que são as causas da MTV têm a ver com o próprio sucesso. A MTV fez sucesso durante um tempo e pagou o preço desse sucesso por causa da dinâmica do mercado de televisão.”
Os problemas começaram a surgir em 2007, quando, justamente, a emissora abriu mão dos videoclipes. Parecia um caminho óbvio, pois, segundo Zico Goes, música não dá audiência na televisão.
“A partir de 2007, assumimos o fim do ‘Disk MTV’ e a morte do videoclipe. A MTV já percebia que o videoclipe não dá audiência. É natural que seja assim. Música não dá audiência em TV. […] Sempre que alguém cria um programa de variedades, colocam uma banda para encerrar e a audiência sempre cai quando começam a tocar.”
Só que, segundo ele, a decisão não parece ter sido tomada no momento certo, ou da forma devida.
“TV não é o melhor lugar para música e a MTV talvez tenha chegado a essa conclusão tarde demais. Foi polêmico. Queríamos dizer que não queríamos ter uma TV de clipe, mas, sim, uma TV de música, o que também envolve o que não está no videoclipe. Queríamos criar, desenvolver talentos. O clipe não era feito por nós, então, queríamos balancear. Naturalmente, perdemos um pouco a mão, pois rompemos demais, queríamos mais Ibope, mais sucesso.”
Problemas com a internet
Na mesma época, a MTV Brasil deu início a um projeto de tom mais transmidiático, em que conteúdos exclusivos seriam disponibilizados na internet. A emissora trabalhava com o mundo virtual em várias de suas atrações, incluindo chats e votações na web em programas ao vivo, mas também houve um momento em que a emissora “perdeu a mão” nesse sentido.
“Nunca tivemos problema com a internet, não achávamos que seria vilã. Sempre usamos a interatividade. Mas lá fora, a MTV começou a ratear, porque embora fosse um canal moderno, perdeu o passo da internet. Não conseguiu acompanhar. Houve um momento em que o MySpace (rede social) foi oferecido à MTV na gringa, mas a MTV não quis, não sabia o que era uma rede social.”
O executivo apontou que o lançamento do portal MTV Overdrive, que teria conteúdos da emissora que não seriam exibidos na TV – incluindo videoclipes -, foi uma decisão equivocada. O motivo? O site simplesmente não funcionava.
“Nessa ideia de que o videoclipe não era mais um produto televisivo e sim da internet, […] criaram a MTV Overdrive, um site onde todos os videoclipes estariam. O canal de TV era chamado de não-linear, com os programas, às vezes videoclipes, mas a linear, MTV Overdrive, tinha videoclipes. No Brasil, ninguém conseguia acessar. Você chegava nos clientes para tentar vender o comercial, a agência de publicidade não conseguia entrar. Deu tudo errado. Era uma boa intenção, mas chegou tarde e cedo demais ao mesmo tempo, pois no Brasil não engatava.”
Nicho do nicho
Na visão de Zico Goes, o público em si da MTV Brasil também era problemático em termos comerciais. Lidava-se com um nicho, que são os fãs de música – e dentro disso, havia subnichos, devido aos fãs de cada gênero.
“Éramos uma TV nichada para jovens sobre música. Era para poucos. Só que, dentro desse canal, que já era nichado, tinha vários outros nichos da música. Quem não curtia rap, achava uma m*rda assistir programa de rap e pensava a MTV só passava rap. Quem não curtia rock, mesma coisa. Quem tem 15 anos, não vai assistir ao programa de música para mais velhos. E quem é mais velho, vai pensar: ‘pô, é canal de garotada’.”
O diretor aponta que “cada um entendia a MTV de um jeito, pois se relacionava só com um pedaço da MTV”. E isso, em sua visão, “fazia mal” à emissora.
“Quando fizemos aqueles programas de namoro, de auditório, ferrou de vez. Quem curtia só a música, acha que virou uma comédia, uma porcaria, e a MTV começou a sofrer com isso.”
Mais humor, menos música
Como a música ficou em segundo plano, a MTV Brasil passou a investir em programas próprios e muitos deles eram de comédia, gênero que já havia dado certo na emissora com “Hermes e Renato”. Era uma resposta, também, à concorrência que começava a aparecer na TV fechada.
“A partir de 2007, a coisa ficou meio esquizofrênica. O Ibope começou a despencar e o dinheiro começou a fugir porque começou a ter uma mínima concorrência. […] O Multishow começou a levar, a Mix TV por incrível que pareça começou, mesmo sendo só de São Paulo. Atrapalhava a percepção do mercado publicitário.”
Com a aposta no humor, vários talentos foram revelados pela emissora. Um deles, segundo Zico, acabou ficando “maior que a MTV”.
“De 2007 para 2013, aconteceram coisas incríveis. A MTV seguiu lançando novos talentos, ousando. Apareceu esse sujeito que caiu no nosso colo: Marcelo Adnet, que revolucionou a MTV. Dani Calabresa, Tatá Werneck, revolucionaram a MTV. Porém, justamente pelo Adnet ser quem ele é, ele acabou ficando maior que a MTV.”
O retorno em audiência era ótimo, mas o diretor passou a enxergar uma perda de identidade da emissora. Em boa parte deste período, Zico Goes não trabalhava mais para o canal.
“Aconteceu o seguinte: mais humor e menos música. Isso foi muito bom por um lado, pois o Ibope começou a dar sinais de revigoração por esses programas. Só que, de alguma maneira, a MTV começou a perder identidade, e já estava desgastada. Virou a TV do Adnet, do humor, da comédia. Dentro da MTV, quem fazia humor, não falava com quem fazia os musicais e vice-versa. Eles não se aproveitavam uns dos outros.”
Uma curiosidade destacada por Zico: Marcelo Adnet “detesta rock”, o que atrapalhava nessa interconexão entre programas.
“E outra: o Marcelo Adnet detesta rock. Como o cara pode estar na MTV se detesta rock? Mas era o mais brilhante. Talvez a gente não merecia o Adnet, tê-lo por tanto tempo. “Ele pedia mais e mais dinheiro. A MTV começou a pagar. Ele ganhava já como ator global, um salário maior que a Marília Gabriela no GNT, onde trabalhei. Ficávamos amarrados.”
Fator Restart
Um dos pontos mais polêmicos dos anos finais da MTV Brasil foi a relação com a banda Restart, que tinha claro viés pop/adolescente, mas era criticada em nichos por apresentar-se como um grupo de rock – mais especificamente, do subgênero happy rock.
“Outro ponto foi o fator Restart. […] Era uma boy band, nada de mal nisso, mas não tem a ver com música e sim com comportamento. A audiência do ‘Disk MTV’, nosso programa mais pop, era 80% feminina. Já os outros eram masculina. Havia então a piada interna: ‘os meninos gostam de música, as meninas gostam de músico’.”
A presença do Restart se tornou tão massiva na MTV que suas aparições eram frequentes. Era como jogar ainda mais lenha na fogueira dos fãs saudosistas da emissora, que faziam críticas à orientação mais pop da emissora. Ao mesmo tempo, os reflexos em termos publicitários não foram nada bons.
“Essa banda teve tanto marketing que tomou conta da MTV no todo, por toda a programação, não só nos programas como também nos comerciais. O Restart aparecia toda hora, então a MTV passou a ser percebida como um canal muito adolescente. Não é bom ser canal adolescente para o mercado publicitário, pois adolescente não consome tanto quanto alguém um pouco mais velho.”
Fator Sky
Zico Goes apresentou várias boas explicações para o fim da MTV Brasil, porém, na opinião dele, o rompimento com o serviço de TV por assinatura Sky foi “o grande problema”. Em 2008, o canal foi retirado da grade de programação da empresa devido a uma negociação que não deu certo.
“Talvez o grande problema foi o fator Sky. Houve um momento em que o presidente da MTV saiu para tocar outros canais da Abril. O modelo de negócios era o mesmo da MTV: ser distribuído por essas TVs a cabo. Ele disse à Sky que se a empresa quisesse continuar com a MTV, teria de levar esses outros dois canais. O que a Sky falou: ‘um abraço forte para você, tira a MTV já do ar’. Tirou do ar, os canais não entraram e como a Sky era a operadora que mais crescia, a MTV afundava na audiência.”
No fim, licença para “c*g*r”
A atuação inicial de Zico Goes como vice-presidente de programação da MTV Brasil durou de 1998 a 2008 – antes, ele exercia outras funções por lá. Três anos depois, em 2011, o profissional foi convidado para retornar, sob o pretexto de resgatar a identidade da emissora..
“Nos 3 últimos anos, sinal de alerta. A MTV perdia R$ 20 milhões todo ano desde 2008. Voltei para a MTV, pois estava no GNT. Tentei resgatar a identidade da MTV, para ser mais cool, musical, então fizemos a relação: ‘mais Criolo, menos Restart’. O Restart passou a ter toque de recolher: só entrava até às 20h. Depois, era outra TV. Passamos a tocar mais Criolo, mais Emicida, que muitos não conheciam. Resultado? Ibope lá para baixo.”
Era como nadar contra a correnteza: ele afirma que, sem seu conhecimento, o Grupo Abril já havia decidido devolver a marca para a Viacom. O projeto já estava “morto”, ainda que seguisse no ar.
“A Abril já queria se livrar da MTV. Eu não sabia. Voltei achando que queriam recuperar, mas já tinham combinado de devolver para os gringos. Fiquei 3 anos iludido, estava marcado para não dar certo. Fora os boatos de que o canal acabaria, o que espantou o mercado publicitário.”
Foi um dos períodos mais inventivos do canal, segundo o diretor. Havia, em suas palavras, “licença para c*g*r” com diversos experimentos na grade de programação.
“Foi incrível porque, ao mesmo tempo, tínhamos liberdade total, licença para c*g*r. […] Criamos o ‘Comédia ao vivo’, ‘Furo MTV’, ‘Trolalá’ com a Tatá, ‘Rockgol no Morro dos Prazeres’, o último VMB com show dos Racionais que não tocam em lugar nenhum fora da MTV, ‘Último Programa do Mundo’, Wagner Moura com Legião Urbana, ‘Menina Sem Qualidade’.”
A MTV Brasil chegou ao fim, oficialmente, em 30 de setembro de 2013. No dia seguinte, entrou no ar a “nova MTV”, controlada pela Viacom e com linha editorial bem diferente.
“A Viacom não queria a MTV Brasil, pois a Abril pagava royalties para eles. Como eles perderam isso, não queriam saber de nada do que fizemos antes. Fizeram uma programação completamente diferente. Mas conseguimos brincar um pouco com esse fim, chamei os VJs antigos, fizemos uma festa ao vivo no final. A Viacom e a Abril não queriam isso. Queriam que a gente ficasse pianinho, por já estar entregando o canal, e só passasse videoclipe. Falei: ‘que mané videoclipe, vou ter o canal 3 meses para mim, vou fazer o que eu quiser.”
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*Por igormiranda
“A Casa do Dragão” não deve reinventar mundo de “Game Of Thrones”, diz showrunner
Os fãs de “Game Of Thrones” se preparam para um retorno à Westeros neste domingo (21), com a estreia de “A Casa do Dragão”, spin-off que se passa 200 anos antes da série original. De acordo com os criadores, a nova obra não deve reinventar o universo já estabelecido e vai se manter fiel à obra de George R. R. Martin.
Três anos após o contestado final de “Game Of Thrones”, a história de Westeros retorna agora contada por uma nova dupla de showrunners. Miguel Sapochnik, que dirigiu diversos episódios da série original, volta agora para o derivado e também deve comandar alguns dos principais capítulos, incluindo a estreia. O comando é dividido com Ryan Condal (“Colony”), que criou o conceito da série junto com o autor dos livros.
Em entrevista ao New York Times, a dupla explica que a intenção em criar “A Casa do Dragão” é justamente pelo fato de, apesar de a história ser inédita, ela não diverge muito do tom de “Game Of Thrones”. A nova série é baseada no livro “Fogo e Sangue”, derivado de “As Crônicas de Gelo e Fogo”, a obra adaptada nas oito temporadas de GoT.
“A decisão foi meio que tomada por nós: George queria muito contar essa história. De todas as histórias que foram meio que cogitadas, é a mais próxima do tom original da série. Ele lida com os Targaryens e sua dinastia, então é acessível a esse respeito. Tem mais dragões nele. As pessoas dirão que não gostam de dragões e que não estão de olho nos dragões, mas eles gostam de dragões, eles ajudam”, diz Sapochnik.
“Este teve mais ressonância com a série original, quando vemos Daenerys após a queda do império. Ela está correndo pelo Oriente contando com a bondade de estranhos, ou talvez a ganância de estranhos que querem colocá-la no trono para enriquecer. Sua memória, as histórias que lhe contaram sobre a altura dos Targaryen, a cidade brilhante na colina – essa é a história”, completa Colony.
“A Casa do Dragão” é um prelúdio de “Game Of Thrones”
Os criadores contam ainda que entraram no projeto com a intenção de replicar o sucesso da série original, mas sem repetir o que foi feito no show anterior. “Parece muito importante que, se você vai evoluir além de “Game of Thrones”, primeiro você tem que respeitar isso. Também funcionou, então por que tentar reinventá-lo? Mas apenas replicar o programa original seria um grande desserviço à história, porque temos o que é efetivamente um tipo de qualidade de romance. A perspectiva é o que é diferente, pois é uma perspectiva feminina”, afirma Sapochnik.
Uma das principais mudanças da série nova é a maior presença de elementos fantásticos, como os dragões. No show original apenas nas últimas temporadas essas criaturas aparecem com mais frequência. Em “A Casa do Dragão”, como o próprio nome sugere, eles terão um papel muito mais importante.
“Eu diria que estamos nos apoiando no show anterior, que fez as pessoas verem os dragões como parte deste mundo. Tínhamos Caminhantes Brancos, lobos gigantes, gigantes, aranhas de gelo, todas essas coisas. À medida que a série avança, a única fantasia são os dragões e a profecia – e os dragões são meio domesticados, eles têm selas”, explica Sapochnik.
Sobre o fim controverso de “Game Of Thrones”, os showrunners não se preocupam com as chances disso afetar de forma negativa o derivado. “Foi um evento tão geracional – as pessoas tinham muita expectativa sobre onde a série terminaria e o que seria. Acho que foi um processo de luto para muitos fãs que passaram uma década com essa história em particular”, completa Colony.
“Acho que esse processo de luto provavelmente os levou a querer entrar novamente em Westeros, mesmo que eles estejam meio inseguros: “Vou me apaixonar novamente apenas para me machucar quando todo mundo estiver morto e tiver que ir embora? ?” Mas temos um dom extraordinário porque temos uma base de fãs pré-existente, que não existia quando o programa foi lançado originalmente em 2011”, finaliza.
O episódio 1 de “A Casa do Dragão” chega à HBO Max neste domingo, 21 de agosto, às 22h.
*Por Lucas Soares
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*Fonte: olhardigital
As cores que você vê na tela da sua TV podem mudar. Saiba por quê
Imagine descobrir um erro matemático feito por um ganhador de um Prêmio Nobel e destronar o atual modelo de percepção de cores com mais de 100 anos? Esse foi o grande feito de um novo estudo produzido pelo Laboratório Nacional de Los Alamos, nos Estados Unidos.
A pesquisa que reúne os campos da Psicologia, Biologia e Matemática identificou que existia um erro importante no espaço matemático 3D desenvolvido pelo físico Erwin Schrödinger e outros para explicar como seu olho distingue uma cor da outra.
“Nossa pesquisa mostra que o modelo matemático atual de como o olho percebe as diferenças de cores está incorreto. Esse modelo foi sugerido por Bernhard Riemann e desenvolvido por Hermann von Helmholtz e Erwin Schrödinger – todos gigantes em matemática e física – e provar que um deles está errado é praticamente o sonho de um cientista”, disse Roxana Bujack, cientista da computação com formação em Matemática e principal autora do estudo.
Entender como o corpo humano percebe as cores é fundamental para desenvolver produtos – como televisores, computadores e afins – e programas para processar as imagens de forma fidedigna.
Por isso, esta pesquisa tem o potencial de melhorar os equipamentos atuais, além de ajudar a recalibrar as indústrias têxtil e de tintas, por exemplo.
“Nossa ideia original era desenvolver algoritmos para melhorar automaticamente os mapas de cores para visualização de dados, para torná-los mais fáceis de entender e interpretar”, disse Bujack.
Assim, a equipe ficou surpresa quando descobriu que foram os primeiros a determinar que a aplicação de longa data da geometria riemanniana, que permite generalizar linhas retas para superfícies curvas, não funcionava.
As primeiras tentativas de criar um modelo matemático de cores percebidas pelo aparato visual humano usavam espaços euclidianos. Porém, os modelos mais avançados usavam a geometria riemanniana.
No entanto, o atual estudo de Bujack e colegas descobriu que o uso da geometria riemanniana superestima a percepção de grandes diferenças de cores. Isso ocorre porque as pessoas percebem uma grande diferença de cor como sendo menor do que realmente é – e a geometria riemanniana não pode explicar esse efeito.
“Não esperávamos isso e ainda não sabemos a geometria exata desse novo espaço de cores”, disse Bujack. “Podemos ser capazes de pensar nisso normalmente, mas com uma função adicional de amortecimento ou pesagem que puxa longas distâncias, tornando-as mais curtas. Mas ainda não podemos provar isso”, concluiu.
*Por Layse ventura
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*Fonte: olhardigital
Série Pistol, sobre os Sex Pistols, ganha teaser e data de estreia
A minissérie Pistol, sobre a história e obra da banda Sex Pistols, ganhou teaser e data de estreia. A produção de Danny Boyle (Trainspotting, 127 Horas) estreia com todos os episódios em 31 de maio. O clipe mostra momentos da formação da banda, considerada pioneira do punk rock britânico nos anos 1970.
Ao som do clássico Anarchy in the UK, o vídeo mostra a fúria da banda no palco e o desejo de se revoltar contra a opressão da vida moderna.
Liderados por Johnny Rotten, os Sex Pistols fizeram história com o único disco, Never Mind the Bollocks, lançado em 1977. A banda é tida como influência dos principais nomes do punk nos anos seguintes, como o Green Day e o The Clash.
Série sobre a vida de Silvio Santos e mais: as novas produções brasileiras do Star Plus
O elenco tem Maisie Williams (Game of Thrones), Louis Partridge e Emma Appleton. No Brasil, a exibição será no streaming Star+, ainda sem data de estreia.
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*Fonte: jovemnerd
Red Hot Chili Peppers toca em dois dos maiores programas da TV americana no mesmo dia; confira as apresentações
A sexta-feira, 1o. de abril trouxe além do lançamento do novo álbum do Red Hot Chili Peppers, Unlimited Love, outro marco importante: A banda da Califórnia tocou em dois dos maiores programas da TV americana: The Tonight Show Starring Jimmy Fallon e Jimmy Kimmel Live!
Por conta da data de 1o. de Abril (em inglês, April Fool’s Day), os 2 apresentadores trocaram de programas. Jimmy Fallon apresentou o programa de Jimmy Kimmel e vice versa.
Logo abaixo, você pode conferir as performances do Red Hot Chili Peppers: “These Are The Ways” foi tocada no Jimmy Kimmel Live! enquanto “Black Summer” no The Tonight Show Starring Jimmy Fallon.
A banda ainda homenageou o baterista Taylor Hawkins do Foo Fighters que faleceu na última sexta-feira, com seu nome estampado no bumbo do baterista Chad Smith em ambas as apresentações.
Unlimited Love é o primeiro álbum com o guitarrista John Frusciante desde 2006. Veja as duas apresentações:
*Por Daniel Dytyler
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*Fonte: wikimetal
Imobiliária avalia quanto a casa d’Os Simpsons custaria na vida real — veja o preço
Grupo levou em consideração fatores como o ano de construção e tamanho do imóvel para chegar ao número final
Você já parou para pensar quanto vale a casa da família protagonista de Os Simpsons?
Provavelmente não, mas a imobiliária Garretts Real Estate Group levantou o assunto e decidiu avaliar a residência que está localizada no fictício número 42 da rua Evergreen Terrace, na cidade de Springfield (via NME).
“Linda casa de dois andares com porão,” começa a análise da Garretts. “Pela porta da frente em arco, você é bem-vindo ao saguão. À esquerda está uma aconchegante sala de estar com janela, e à direita a sala de jantar que também possui uma linda janela. Na parte de trás da casa, fica a sala de estar e a cozinha”. A imobiliária continua:
O segundo andar tem quatro quartos! Um quarto principal que oferece um belo banheiro privativo, e outro banheiro adicional no andar de cima. O quintal é cercado por uma cerca de estacas de madeira e cerca-viva baixa. Também possui uma casa na árvore personalizada.
A avaliação da empresa também levou em consideração fatores como o ano de construção do imóvel e seu tamanho de 204 metros quadrados:
Encontramos um punhado de componentes que seriam uma boa combinação e usamos a mesma abordagem ao determinar quanto vale uma casa. Também levando em consideração que eles estão na casa desde o final dos anos 1980, Homer tem um patrimônio líquido considerável e provavelmente pagou muito menos pela casa do que seu valor atual.
Casa de Os Simpsons fica perto de tudo, o que faz preço subir
Até mesmo os arredores da residência foram incluídos na análise. A casa fica perto do Aeroporto Internacional de Springfield, do Hospital Geral, do Museu de Cera, do colégio Springfield Elementary e do shopping, ou seja, trata-se de um ótimo ponto e por isso seu valor é elevado.
No final das contas, a avaliação, que ainda se baseou em imóveis vendidos recentemente na Springfield real, que fica no estado do Óregon, nos Estados Unidos, concluiu que a casa dos Simpsons valeria hoje algo em torno de R$2,5 milhões.
Quem não queria ser o dono, hein?
*Por Gabriel von Borell
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*Fonte: tenhomaisdiscosqueamigos
Will Robinson crescido, na temporada final de Perdidos no Espaço. Assista ao teaser
Teaser trailer oficial da terceira e última temporada de “Perdidos no Espaço” que chega em dezembro na Netflix. O anúncio de que a série terminaria na terceira temporada foi feito em março de 2020, quando o produtor executivo Zack Estrin declarou publicamente que sempre enxergou a trama dividida numa trilogia.
Perdidos no Espaço chegou à Netflix em abril de 2018 como um remake da série de mesmo nome produzida entre os anos de 1965 e 1968. As duas temporadas estão disponíveis no catálogo, enquanto os episódios finais estreiam em 1º de dezembro.
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*Fonte: updateordie
Como a pandemia, a televisão e o Spotify ‘mataram’ os grupos musicais
Qualquer um que tenha crescido com os grandes grupos de rock e pop do passado se contorcerá na cadeira diante de uma evidência tão funesta: atualmente não há bandas como Queen, The Jam, The Police, Nirvana ou Oasis. Há escassez de novas formações —surgidas, digamos, nos últimos cinco anos— que se igualem às de antigamente em proezas comerciais. São tempos de Sheerans, Lipas, Swifts, Weeknds, Bunnies, Eilishs. De Rosalías, Tanganas, Alboranes, Aitanas, Amaias … Os solistas, ao que parece, se apoderaram das paradas.
Em março, após declarações de Adam Levine, cantor do Maroon 5 (“Dá a sensação de que não há mais bandas, somos uma espécie em extinção”, lamentou), o jornal britânico The Guardian dedicou um artigo à questão, com o seguinte título expressivo: “Por que os grupos estão desaparecendo”. O pessimismo de Levine pode ser sustentado por dados. Os 30 artistas mais ouvidos no Spotify em 2020 eram todos solistas, exceto um, o combo sul-coreano BTS (com sete integrantes que não tocam instrumentos). Foi preciso fazer uma minuciosa inspeção do ranking para localizar o Maroon 5 em 33º e o Queen em 34º. Desde março de 2019, quando o Jonas Brothers foi o número um com Sucker, até hoje, passados dois anos, apenas um outro grupo liderou a parada de singles da Billboard (Estados Unidos): o já citado BTS.
Eu, eu, eu!
Ao contrário do que acontecia décadas atrás, pop e rock não são os estilos mais em voga. Rap, trap, R&B e reggaeton… —gêneros interpretados por solistas— ganharam terreno. Todo o rock novo já é alternativo; não é mais mainstream. “À medida que o pop e o rock morrem, no que se refere a vendas milionárias, morrem as bandas, que são as que fazem pop e rock”, explica Javier Portugués, veterano A&R (responsável por Artistas e Repertório) que trabalha com a Sony Music. Colaborou com solistas como Joaquín Sabina, Marwan, Dani Martín, Rozalén e Malú e grupos como Estopa e Maldita Nerea. “Tem a ver com as idiossincrasias dos gêneros”, acrescenta. “No rap, antes de começar com o primeiro verso, você já disse seu nome e o nome do produtor 10 vezes. É uma exaltação de si mesmo.”
Os festivais podem ser considerados o último reduto de grupos de pop e rock, mas, apesar da natureza nostálgica de muitos desses eventos, mesmo os mais importantes não têm escolha a não ser seguir a corrente dominante. Na última edição do Primavera Sound (Barcelona), sete dos nove artistas de destaque eram solistas: Erykah Badu, os rappers Future e Cardi B, Solange, Janelle Monáe, J Balvin e Rosalía (os grupos eram o Interpol, formado em 1997, e Tame Impala , na verdade, um projeto do cantor e multi-instrumentista australiano Kevin Parker).
Essa mudança de regime foi bem recebida pela indústria: lidar com solistas é mais prático. “Para uma gravadora, quando se trata da promoção de um evento, mudar um cara ou uma garota em vez de uma banda inteira é mais ágil e mais barato”, diz Pablo Cebrián, produtor de David Bisbal e Amaia Romero, entre outros. Também é mais eficaz. “Em termos de marketing, é mais fácil vender uma única pessoa, um ícone”, diz Alizzz, produtor de C. Tangana.
A dinâmica interna das bandas às vezes é bastante complexa, o que contrasta com a flexibilidade dos solistas. “Cada pessoa em um grupo tem seus movimentos, e para a indústria é muito mais cômodo lidar com solistas”, continua Cebrián. “De um disco para outro, um solista pode mudar de produtor. Numa banda, essas voltas são muito mais difíceis: quando uns querem ir para um lado e outros para outro, surgem tensões.”
Discos feitos no quarto
Os avanços tecnológicos tornam mais fácil para qualquer adolescente que sente vontade de compor canções não só conseguir fazer uma gravação muito correta com as ferramentas digitais, como também postá-la nas plataformas, sem intermediários. “Agora a música é feita em um quarto”, explica Pablo Cebrián. “Pelo que tenho visto ao meu redor, as novas tecnologias têm uma grande influência”, concorda Alizzz. “Muitos artistas produzem as próprias músicas, por exemplo, eu mesmo. O que estou acostumado é a trabalhar no estúdio com um cantor, só ele ou ela e eu. Para as gravadoras, além disso, gravar uma banda sai mais caro.”
Miguel Blanes, 22 anos, vocalista e guitarrista do Mentira, banda emergente que desde 2020 lançou vários singles e um EP pela Subterfuge Records, reconhece essa supremacia: “É uma tendência superevidente. Surgiam muito mais bandas na década de 2010 do que agora. Em parte, acho que é porque a forma de compor está mudando. Com todos os recursos que temos, uma única pessoa pode fazer uma canção supercompleta. Não precisa se reunir com mais instrumentistas para formar um projeto”.
Os membros do Trashi (entre 21 e 23 anos) realizam uma mistura original de indie pop e música urbana com autotune, e lançaram vários singles pelo selo independente Helsinkipro. Cresceram admirando grupos como The 1975 e The Vamps no YouTube, “bandas formadas por amigos que se juntavam para fazer música”, dizem quase em uníssono. Eles atribuem a atual hegemonia dos solistas ao fato de que “agora qualquer um pode fazer música em casa. Trabalhar sozinho é sempre mais fácil do que em grupo: você pode fazer o que te agrada. As pessoas buscam mais projetos solo por causa disso “, declaram.
O imediatismo proporcionado pelas tecnologias modernas vai bem com os novos hábitos de consumo. “Hoje você começa a ver uma série, no segundo capítulo você se desinteressa um pouco e deixa de segui-la. É a mesma coisa com a música “, compara Pablo Cebrián. Como exemplo de velocidade, ele cita o caso de Billie Eilish, que alcançou o primeiro lugar nas paradas nos Estados Unidos em abril de 2019 com seu primeiro álbum, When we all fall asleep, where do we go?. “Uma menina que, com o irmão, no quarto de casa, escreve músicas e as sobe na internet … Encurta-se um caminho que há 30 anos era uma via crucis: você tinha que ensaiar a música com o seu grupo, arranjar alguém para bancar um estúdio, masterizar seu disco, editá-lo… Agora isso está nas mãos das pessoas. Todos os anos você vê casos de garotos que postam algo que criaram e recebem uma quantidade brutal de reproduções.” Como diz Javier Portugués, “90% do mercado acaba se concentrando no que está bombando em nível de streaming [reproduções em plataformas como o Spotify], e são todos solistas”.
Solistas colaborando com solistas
As individualidades encontram acomodação especial em uma prática dominante ultimamente: as colaborações. Em geral, os grupos não tomam parte delas. “Desde que entramos na era do consumo digital, nove entre 10 lançamentos, para ter um volume de streaming significativo, são colaborações. Solistas colaborando entre si. É o novo protótipo de artista”, afirma Javier Portugués. No Top 100 Canções da Promusicae de 25 de março a 1º de abril, apenas quatro singles dos 20 mais vendidos não eram colaborações, mas faixas solo.
Não se deve esquecer o papel que desempenham neste cenário desequilibrado os programas de talentos na televisão, uma plataforma de lançamento de novos artistas já faz algum tempo. “Os shows de talentos são focados no artista individual. O que mais chama a atenção do público, que não se detém para analisar outras coisas, é o cantor”, diz Natalia Lacunza, 22 anos, que ficou em terceiro lugar no OT 2018. Após assinar contrato com a Universal Music, foi número um em vendas com seu álbum EP2 e escolhida Artista Revelação Pop pelos Prêmios Odeón 2020. Lacunza escolheu fazer carreira solo simplesmente porque, depois de se mudar para Madri (ela é de Navarra), não conhecia ninguém com quem começar uma aventura em conjunto. Só agora recrutou uma banda que deseja que participe da composição e dos arranjos. “O mais marcante agora são os nomes de artistas solo”, opina, “mas a importância das bandas ainda continua aí, mesmo que de maneira implícita nos projetos dos solistas. Apesar de terem ficado em segundo plano, contribuem muito para o momento ao vivo”.
No entanto, as apresentações ao vivo foram reduzidas ao mínimo por causa da pandemia. Apesar da situação transitória, muitos fãs podem ter se acostumado a escutar música no computador em vez de em uma sala de shows, o que também não ajuda a resgatar as bandas. “Assim como o trabalho remoto se normalizou, na música se tornou normal a ausência de shows ao vivo”, se queixa o produtor Pablo Cebrián.
Para completar o quadro, as redes sociais, onde os artistas combinam a promoção de sua música com cenas de sua intimidade, potencializam a autonomia. Como observa Javier Portugués, “a última rede social em que havia sentimento de grupo era o MySpace. Era um lugar onde grupos musicais postavam suas canções. Não havia ali o exibicionismo público que alimenta a vaidade. Era uma rede a serviço do grupo. O Instagram, e agora o TikTok, trazem tudo de volta ao aspecto pessoal. Nas redes, a diferença de seguidores entre a conta do líder do grupo e a da banda é enorme. Sempre foi um pouco assim: todos nós entendíamos que The Police era o Sting, mas sabíamos quem era o baterista e quem era o guitarrista. Hoje, as redes sociais teriam eliminado os dois componentes que não eram o Sting”.
Um futuro só de solistas?
Com esse panorama, as bandas se sentem, como Levine comentou, uma espécie em extinção? “Poderiam dizer que sim”, responde Miguel Blanes, da Mentira. “Não acho que vão começar a desaparecer, mas, sim, perder a popularidade que costumavam ter. Existe uma tendência de mudança de formato. Eu mesmo estou consumindo mais música de solistas.” O produtor Pablo Cebrián, que começou como guitarrista do grupo Fabula (com quem lançou dois álbuns pela Warner Music e foi banda de abertura de shows do REM), teria formado uma banda se agora estivesse dando seus primeiros passos na música? “Como não sou cantor, tenho certeza que teria começado como produtor muito antes e não teria passado por uma banda. Com certeza Iván, que era nosso cantor, teria feito carreira solo e eu seria seu produtor. Não há mais referências”, afirma.
Cabe questionar se essa ausência de modelos de banda de sucesso pode incutir nos mais jovens com ambições musicais a noção de que é “normal” adotar a configuração solista. “Na nossa infância, os ídolos eram os Beatles, os Stones, o Supertramp, o Pink Floyd … As grandes bandas de rock e pop da vida toda”, argumenta Javier Portugués. “E você dava como certo que se quisesse se dedicar à música tinha que comprar uma bateria, um amplificador de guitarra, encontrar um lugar para ensaiar … Era assim que você tinha que fazer para ser parte daquele universo mágico que tinha te deslumbrado desde pequeno. Agora, esse universo é um talent show de solistas. Não sentem necessidade de se reunir para bolar um projeto. Esse é o novo paradigma e temos que conviver com isso.”
*Por Miguel Ángel Bargueño
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*Fonte: bbc-brasil
Cuphead – A série (Netflix)
Nova sério do netlfix
Apocalipse em cores: o curioso vídeo da CNN para o fim do mundo
Em meados de 1980, os Estados Unidos viviam sob o contexto do período que foi chamado de Segunda Guerra Fria. Na época, as tensões entre o país norte-americano e a União Soviética, duas potências com enorme poder militar, eram ainda maiores.
Por isso, inclusive, as populações de ambas as nações temiam uma possível destruição do mundo que conheciam. Em resumo, havia a teoria de que, se as coisas piorassem, os humanos teriam de enfrentar um verdadeiro apocalipse nuclear.
Tendo fundado a conceituada emissora CNN, TedTurner sabia que deveria preparar alguma coisa para transmitir em seu último dia na Terra, caso o fim realmente chegasse. Assim, ele criou um vídeo misterioso, que permaneceu em segredo por décadas.
Uma ideia repentina
Em entrevista à revista New Yorker feita em 1988, Ted explicou de onde veio sua ideia, que só foi revelada e amplamente divulgada em 2015. “Normalmente, quando um canal de TV inicia e encerra as transmissões do dia, ele toca o hino nacional”, contou.
Com sua emissora, no entanto, a abordagem teria de ser um pouco diferente. “Com a CNN, um canal 24 horas, nós só sairíamos do ar uma única vez, e eu sabia o que isso significaria”, narrou Ted, fazendo referência ao temido fim do mundo.
Foi assim que ele pensou em uma forma digna de fazer a última transmissão da história da CNN. Com apenas 60 segundos, o emblemático vídeo foi produzido pela emissora e guardado a sete chaves, para que fosse exibido somente uma vez.
Fotografia de Ted Turner, o fundador da CNN / Crédito: Wikimedia Commons
Um vídeo especial
A ideia de Ted era simples: ele faria um vídeo clássico, com direito ao hino nacional para homenagear seu país antes do fim. Por se tratarem das supostas últimas imagens transmitidas pela CNN no caso do fim do mundo, contudo, elas deveriam ser especiais.
“Nós reunimos as bandas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica e as levamos até a sede da CNN, para que tocassem o hino nacional”, narrou, em 1988. A música, no entanto, ainda não estava definida, já que precisava ser algo único.
Foi então que Ted se lembrou da versão instrumental do hino composto por Sarah FlowerAdams, no século 19. “Perguntei se elas [as bandas] poderiam tocar Nearer My God, to Thee, para ter em videotape, caso o mundo acabasse”, lembrou-se. “Seria a última coisa que a CNN transmitiria antes de… antes de sair do ar.”
Imagens trágicas
Uma vez gravado, o vídeo foi guardado nos arquivos da emissora, pronto para ser transmitido a qualquer momento. Mas esse dia nunca chegou. A Guerra Fria acabou e, apesar de bem produzido, o clipe nunca foi ao ar, segundo a Superinteressante.
Durante anos, então, ele foi mantido em segredo pelos representantes da emissora, já que não existia mais a necessidade de deixar as imagens preparadas para uma possível transmissão. Longe do público, então, ele passou despercebido por décadas.
Foi só em 2015 que as curiosas imagens se tornaram públicas. Naquela época, um ex-funcionário da emissora conseguiu encontrar uma cópia do vídeo e, com um computador ao seu dispor, publicou o clipe que tinha apenas um minuto na internet.
Décadas em silêncio
Mesmo que sem querer, o funcionário que revelou o curioso vídeo para o mundo acabou trazendo à tona imagens que, na verdade, nunca seriam vistas por ninguém. Isso porque, com o tempo, as filmagens tornaram-se um arquivo esquecido.
Acontece que, em 1996, Ted vendeu os direitos da sua emissora para o grupo Time Warner. Com a mudança de rumo e de diretoria, então, o vídeo foi jogado para escanteio e, mesmo se o fim do mundo chegasse, ele provavelmente não seria transmitido.
Hoje, o famoso clipe do fim do mundo criado pela CNN é uma das narrativas mais misteriosas da internet, protagonizando diversas teorias da conspiração. Isso tudo apesar das afirmações do próprio TedTurner sobre a origem e o objetivo das imagens.
*Por Pamela Malva
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*Fonte: aventurasnahistoria
Phoebe Bridgers é criticada por quebrar guitarra durante show na TV americana
A cantora indie Phoebe Bridgers está sendo criticada nas redes sociais por, acredite se quiser, quebrar uma guitarra. Ela destruiu um instrumento de US$ 85 (cerca de R$ 450), da fabricante Danelectro, durante apresentação no programa de TV americano “Saturday Night Live”, no último fim de semana.
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A ocasião marcou a primeira vez que Phoebe Bridgers se apresentou no tradicional programa televisivo. A artista apresentou as músicas “Kyoto” e “I Know the End”. Nos segundos finais, ela quebrou uma guitarra posicionada no palco especialmente para esse fim.
Assista ao momento a seguir. Veja o vídeo completo da música em que ela quebra a guitarra:
Internautas tiveram reações divididas. Houve quem considerasse “desnecessária” a atitude de Phoebe Bridgers. Alguns apontaram que ela poderia ter doado a guitarra. E teve quem debochasse da artista, que precisou golpear o instrumento várias vezes na caixa de retorno – e, mesmo assim, parece que ela não conseguiu destrui-lo por completo.
Em meio às críticas, a cantora se manifestou pelo Twitter, contando que a guitarra custava apenas US$ 85 e que a própria fabricante foi avisada do que seria feito. “Eu falei para a Danelectro que faria isso. Eles me desejaram sorte e disseram que eram guitarras difíceis de se quebrar”, disse ela.
A cautela da artista foi tamanha que a caixa de som que recebeu os “golpes” de guitarra era falsa. Ou seja: nenhum equipamento caro ou em pleno funcionamento foi destruído naquela ocasião.
Outros internautas saíram em defesa da cantora, que não fez nada de inédito durante a apresentação. Muitos se recordaram de ocasiões em que The Who, Jimi Hendrix e tantos outros astros da música quebraram guitarras e outros instrumentos, desde a década de 1960 até os dias de hoje.
David Crosby critica Phoebe Bridgers
Um dos nomes mais célebres a criticar Phoebe Bridgers pela quebra da guitarra foi David Crosby. O veterano da música folk americana definiu a situação como “patética”, também pelo Twitter, e explicou seu ponto de vista em seguida.
“Guitarras são feitas para serem tocadas, para fazer música, não para serem batidas estupidamente em uma caixa de som falsa para um drama de palco infantil. Não dou a mínima se já fizeram isso outros, isso ainda é estupidez”, afirmou.
Internautas voltaram a dividir suas opiniões e a própria Phoebe respondeu ao veterano, em tom de deboche: “Cadela chorona”.
Flea e Dave Grohl defendem
Outros dois pesos-pesados da música se manifestaram para defender Phoebe Bridgers. São eles: Flea, baixista do Red Hot Chili Peppers, e Dave Grohl, frontman do Foo Fighters.
Flea se posicionou diretamente pelo Twitter. Ao responder um dos vários tweets de David Crosby sobre o assunto – ele havia dito que músicos que quebram instrumentos não conseguem compor -, o baixista questionou: “Hendrix não conseguia compor?”.
Em outra postagem, o membro do Red Hot Chili Peppers declarou: “Você detona, Phoebe. Los Angeles está orgulhosa!”.
Dave Grohl, por sua vez, foi perguntado sobre o assunto em entrevista ao radialista Howard Stern. Ele respondeu: “Eu vi aquilo e ainda conversei com minha mãe sobre isso. Ela me perguntou e depois disse que adorou Phoebe, falou que ela tem uma voz bonita, realmente consegue cantar”.
*Por Igor Miranda
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*Fonte: guitarload
Beforeigners – Trailer (HBO)
Tái um seriado novo interessante – “Beforeigners”.
A série, estrelada por Nicolai Cleve Broch e Krista Kosonen, acompanha um novo fenômeno que começa a acontecer em todo o mundo. Poderosos flashes de luz ocorrem no oceano e pessoas do passado aparecem. Elas vêm de três eras diferentes: a Idade da Pedra, a Era Viking e o final do século XIX. Ninguém entende como isso é possível, e as pessoas do passado, chamadas de “Beforeigners”, não têm lembrança do que aconteceu. Apenas uma coisa é certa: elas continuam chegando e não há caminho de volta. Alguns anos depois, Alfhildr, interpretada por Kosonen e que veio da Era Viking, se une ao policial Lars Haaland, interpretado por Cleve Broch, como parte do programa de integração do departamento de polícia. Ao investigar o assassinato de um “Beforeigner”, eles começam a desvendar uma conspiração maior por trás da origem das misteriosas chegadas em massa.
*Fonte: tecmundo
Trailer:
6 cinebiografias musicais que você precisa conhecer
Não é só de Bohemian Rhapsody que vivem essas produções
Em 2018, a cinebiografia musical Bohemian Rhapsody, dirigida por Bryan Singer e estrelada por Rami Malek, foi um grande sucesso, com direito a milhões de dólares na bilheteria mundial e até mesmo vitória em Oscar. No entanto, existem outras ótimas cinebiografias imperdíveis.
Inclusive, o Brasil possui diversas cinebiografias músicais espetaculares, que fizeram enorme sucesso nacionalmente. Além disso, boa parte dessas produções motram a contribuição desses artistas à música e a importância deles ao cenário.
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Somos Tão Jovens
“Em 1973, o jovem Renato se muda com a família para a Brasília. Aos poucos, passa a se interessar por música e começa a se envolver com o cenário musical, formando com amigos a banda Aborto Elétrico. Em 1982, apesar da rejeição a suas novas canções, consegue despertar a atenção em outros círculos e retoma seu sonho de criar uma grande banda, convidando Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos para formar a Legião Urbana, iniciando a trajetória que a tornaria umas das maiores bandas do rock brasileiro.”
Rocketman
“Extremamente talentoso mas muito tímido, o pianista prodígio Reginald Dwight muda seu nome para Elton John e torna-se uma estrela da música de renome internacional durante os anos 1970.”
Tim Maia
“A vida problemática e a trajetória musical do cantor e compositor Tim Maia, da infância no Rio de Janeiro até a morte prematura, aos 55 anos.”
Legalize Já: Amizade Nunca Morre
“Skunk é um músico revoltado com a opressão e o preconceito diários sofrido pelas comunidades de baixa renda, que busca expor sua insatisfação através da música. Um dia, ao fugir da polícia, ele esbarra em Marcelo, um vendedor de camisas de bandas de heavy metal. O gosto pelo mesmo estilo musical os aproxima, assim como a habilidade de Marcelo em compor letras de forte cunho social e questionador. Impulsionado por Skunk, ele adentra o universo da música e, juntos, formam a banda Planet Hemp.”
Straight Outta Compton: A História do N.W.A.
“Em 1988, um novo grupo revoluciona a música e a cultura pop, transformando e influenciando o hip hop para sempre. O primeiro álbum do N.W.A, Straight Outta Compton, causa polêmica com sua bruta honestidade sobre a vida no sul de Los Angeles. Guiados pelo empresário veterano Jerry Heller, os integrantes do grupo, Ice Cube, Dr. Dre, Eazy-E, DJ Yella e MC Ren, navegam pela indústria da música, conquistam fama, fortuna e um lugar na história.”
Cazuza: O Tempo Não Para
“A trajetória profissional e pessoal de Cazuza, do início da carreira, em 1981, até a morte em 1990, aos 32 anos. O sucesso com o Barão Vermelho, a carreira solo, as músicas que falavam dos anseios de uma geração, o comportamento transgressor e a coragem de continuar a carreira mesmo debilitado pela AIDS.”
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*Fonte: rollingstone
Muito além de “Cosmos”: as contribuições cósmicas e científicas de Carl Sagan
O legado mais conhecido de Carl Sagan talvez seja seu trabalho para tornar a ciência acessível e popular entre as massas, melhor demonstrado por seu programa de televisão Cosmos: Uma Viagem Pessoal. Originalmente transmitido em 1980, o programa era – e ainda é – amado por apresentar conceitos científicos complexos de uma maneira que os tornava compreensíveis.
Duas décadas após sua morte, a influência de Carl Sagan na investigação, descoberta e compreensão científica ainda é forte atualmente. Embora, sem dúvida, as conquistas científicas de Sagan cheguem a “bilhões e bilhões”, nos limitaremos nesse artigo a apresentar apenas algumas das mais importantes contribuições de Sagan para a ciência.
Marte, o planeta empoeirado
Sagan contribuiu significativamente para o nosso entendimento acerca de Marte. Cientistas já pensaram que Marte era coberta por uma vegetação que mudava com as estações do ano – levando a seus padrões variados de luz e escuridão, como pode ser visto através de telescópios. Sagan examinou novos dados e determinou que as mudanças nos padrões de cores eram causadas pela poeira que sopra ao vento em diferentes elevações. Isso foi confirmado por expedições posteriores ao planeta, que o acharam empoeirado e sem vida.
Luas habitáveis
Sagan foi um dos primeiros a supor que a água estava presente na lua de Saturno, Titã, e na lua de Júpiter, Europa. Essas duas luas são agora a fonte de muita fascinação e especulação, com muitos contemplando a possibilidade de colonização humana, bem como a empolgante ideia de que as luas possam ser capazes de desenvolver a vida independentemente. Embora nenhuma das duas seja atualmente um lugar muito confortável para se viver – ambas têm climas quase inimaginavelmente frios e Europa possui níveis de radiação potencialmente fatais – ambas apresentam possibilidades.
Vênus e o efeito estufa
Pensava-se que Vênus tinha um clima como o da Terra, mas ainda mais tropical. Agora sabemos que é exatamente o oposto – quente, seco e inabitável. Sagan foi o primeiro a sugerir que as nuvens de Vênus podem não ser uma indicação de um clima agradável; seu estudo das emissões de rádio de Vênus o levou a sugerir uma temperatura de superfície de 900 °F (cerca de 480 °C). Mais tarde, ele ajudou a projetar e gerenciar as expedições Mariner da NASA a Vênus, que provaram que Vênus é realmente inabitavelmente quente. Sagan determinou que, embora Vênus possa ter tido água, ela evaporou devido a um intenso efeito estufa – e alertou sobre o perigo de um caminho semelhante aqui na Terra, se o aquecimento global fosse deixado fora de controle.
SETI
Sagan foi um cientista pioneiro na divulgação do SETI, uma série de projetos realizados na esperança de encontrar vida inteligente em outras partes do Universo. Membro do Conselho de Administração do Instituto SETI, ele trabalhou para atrair atenção e compreensão para a busca, com sua mistura característica de advocacia racional e deleite total. Sagan poderia nos dizer o quão cientificamente e culturalmente importante era determinar se compartilhamos o Universo com outros seres inteligente (e nos deixar muito empolgados com a possibilidade).
Desmascarando OVNIs
Fora do fascínio de Sagan pela busca de vida inteligente no Universo, cresceu sua frustração com o culto aos OVNIs. Enquanto ele estava confiante de que a vida inteligente está por aí em algum lugar, ele também tinha certeza de que ela não está circulando pela Terra, abduzindo humanos e fazendo círculos em plantações. Nesta e em muitas outras áreas, Sagan era um cético notável, sempre defendendo o poder da investigação científica sobre a crença cega.
A Sociedade Planetária
Em 1980, Sagan fundou a Sociedade Planetária, juntamente com Bruce Murray e Louis Friedman. Com a missão de inspirar e envolver o público mundial na exploração espacial por meio de projetos científicos e educacionais, a Sociedade é hoje o maior grupo de interesse espacial do mundo. Através de trabalho independente e financiamento privado, a Sociedade Planetária está criando sua própria espaçonave para testar as possibilidades da navegação solar. Também financia outras entidades em uma ampla variedade de esforços, da pesquisa em Marte à ação política.
Dilema da deflexão
Um importante campo de estudo para Sagan e a Sociedade Planetária foram os corpos celestes próximos à Terra (como asteroides e meteoros), que poderiam colidir com a Terra e causar efeitos devastadores. Alguns propuseram a solução cinematográfica de disparar mísseis nucleares que poderiam desviar um meteoro em rota de colisão, alterando seu caminho para que passasse inofensivamente pela Terra. Sagan rebateu essa ideia com o pensamento preocupante de que, se criarmos a capacidade de desviar um meteoro da Terra, também criaremos a capacidade de desviar um deles em direção à Terra – aproveitando assim o poder destrutivo além de qualquer tecnologia atual e colocando em risco a nós mesmos e outras nações. Esse dilema da deflexão é apenas um exemplo das muitas maneiras pelas quais Sagan aplicou princípios científicos a questões políticas, tentando incentivar o pensamento sadio e crítico em todas as áreas.
Escritos
Sagan foi o autor ou coautor de 20 publicações, usando seu estilo de escrita amigável e acessível para tornar a ciência compreensiva para aqueles que não possuem formação avançada em astrofísica. Do seu primeiro aos seus dois últimos trabalhos, brilhantemente escritos enquanto ele estava passando por um tratamento doloroso e estressante da mielodisplasia que levaria sua vida, Sagan procurou compartilhar sua fome de conhecimento para seus leitores. Ele até escreveu um romance, Contato, que foi transformado em um filme bem recebido e premiado, explorando a ideia de Sagan de como nossa primeira experiência com inteligência extraterrestre poderia se desenrolar.
Um senso de maravilhamento
Durante todas as suas enormes realizações científicas e suas aparições públicas populares, Sagan nunca perdeu o que o tornava tão notável e tão amado: seu senso de maravilhamento. Ele não era apenas um cientista porque era brilhante e sabia como fazer seu trabalho; ele também era um cientista porque pensava que a ciência era muito legal. Sua empolgação apareceu em seus discursos e aparições na TV, em suas publicações, descobertas e hipóteses, e em seu entusiasmo ao longo da vida pela ciência. E, sempre, com dois objetivos principais: promover o conhecimento científico e levar esse conhecimento para as pessoas do mundo inteiro.
*Por Ruan Bitencourt Silva
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*Fonte: universoracionalista
TV usada derruba banda larga de uma vila inteira no País de Gales
Durante meses os moradores de Aberhosan, uma vila de 400 habitantes no País de Gales, experimentaram um problema estranho em suas conexões de banda larga: todos os dias, pontualmente às 7 da manhã, a rede ficava lenta ou caía.
Diagnósticos na rede mostravam que tudo estava normal, e nem mesmo a troca de grande parte dos cabos que atendem a vila resolveu o problema. Determinado a chegar à raiz do problema, um engenheiro local chamado Michael Jones pediu ajuda da equipe de engenheiros-chefes da OpenReach, organização responsável por toda a infraestrutura de interconexão de lares e empresas no Reino Unido à rede nacional de banda larga e telefonia.
“Tendo esgotado todas as outras possibilidades, decidimos fazer um último teste para ver se o problema estava sendo causado por um fenômeno conhecido como SHINE (Single High-Level Impulse Noise), em que a interferência elétrica emitida por um aparelho pode impactar o funcionamento de redes de banda larga”, disse Jones.
“Usando um aparelho chamado Analisador de Espectro, andamos pela vila debaixo de uma chuva torrencial às 6 da manhã na tentativa de encontrar um ‘ruído elétrico’ que suportasse nossa teoria. E às 7 da manhã, em ponto, ele apareceu! Nosso aparelho detectou uma grande onda de interferência eletromagnética na vila”, relembra.
A fonte do sinal era inesperada. Segundo Jones, “a origem do ruído era uma casa na vila. Descobrimos que às 7 da manhã, todas as manhãs, um dos moradores ligava uma velha TV, e a interferência gerada por ela derrubava a banda larga de toda a vila”.
Os moradores ficaram estupefatos que sua velha TV fosse a causa dos problemas de banda larga de toda a vila, mas imediatamente concordaram em desligá-la e não usá-la novamente. De acordo com a Openreach, desde que isso foi feito a rede nunca mais apresentou problemas.
*Por Rafael Rigues
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*Fonte: olhardigital