Superando as várias versões de você mesmo

Qual foi a última vez que você fez uma autocrítica? Se faz tempo, cuidado, você pode estar parado no seu antigo eu. Se foi a pouco tempo, parabéns, você provavelmente é uma versão melhor de você mesmo hoje.

Normalmente, não gostamos de ser criticados e muitas das vezes, ouvir uma crítica, seja ela relacionada ao trabalho, ao comportamento ou a qualquer que seja o objeto da crítica, costumamos entrar em modo de defesa, pensando que aquela crítica nos desconstrói ou prejudica nossa personalidade ou autoridade – se for o caso.

No entanto, não deveríamos ter medo das críticas, ao contrário, deveríamos agradecer ao interlocutor, de quem as críticas estão vindo. Mas para que isso aconteça temos que desenvolver, algo bastante complexo – e que talvez esteja em desuso, a maturidade, sem ela, estaremos subjugados a tudo o que nos disserem.

Digo que a maturidade é complexa, porque, em seu mais amplo sentido, ela deve trazer consigo sabedoria, discernimento, controle emocional e, principalmente, a paciência. De um modo geral, nunca estaremos completamente maduros, sempre haverá, em alguma área de nossas vidas, algo em que poderemos ser melhores amanhã do que somos agora.

Quando se é maduro suficiente para se receber uma crítica, geralmente estaremos enquadrados em três situações possíveis:

As críticas não fazem sentido – então não há com o que se preocupar (geralmente acontece quando a pessoa não te conhece muito bem, e mesmo assim proferem a crítica);

As críticas fazem sentido – nesse caso devemos agradecer pela ajuda, pois tem-se um ponto, ou mais, a ser melhorado;

Você não tem certeza se aquela crítica se encaixa nas que não fazem sentido ou nas que fazem – geralmente é quando ela faz sentido mas não queremos assumir.

Em nenhuma das situações acima deveríamos nos preocupar demais, contudo, as duas últimas merecem atenção, ou poderemos estar deixando passar uma oportunidade de melhorarmos a versão atual de nós mesmos. Em suma é o que acontece com todos os atletas, às vezes as críticas vêm do treinador, outras vezes, vêm dos resultados. Levando-se em conta esta comparação, deveríamos assimilar as críticas recebidas, de colegas, familiares, cônjuges, filhos, líderes, gerentes ou qualquer que seja a pessoa, como sendo nossos técnicos e melhorar nossa versão atual, porque, esperar receber as críticas dos resultados, com certeza irá doer mais, e quem sabe, caso tenhamos baixa resiliência, nos desmotivar de sermos uma versão melhor de nós mesmos.

Algumas atitudes interessantes sobre se tornar uma versão melhor de você mesmo, podem ser encontradas no livro O milagre da manhã do autor Hal Elrod, uma delas nos encoraja a enviarmos um e-mail, para mais ou menos 20 pessoas, pedindo sobre um retorno que nos aponte sobre nossos 3 pontos fortes e 3 pontos a serem melhorados.

O interessante aqui, é que, caso as 20 pessoas forneçam 3 pontos diferentes a serem melhorados, você terá no total, 60 pontos de melhoria mapeadas com muito pouco esforço, e se as pessoas estiverem convergindo para alguns mesmos pontos de melhoria, isso reafirma que este é realmente um ponto a ser melhorado. Você só ganha com o processo.

Se recorde de todas as experiências passadas, em praticamente 100% das situações difíceis você aprendeu mais que nas situações de conforto. O aprendizado, inerentemente, ocorre sob dor e desconforto, e sua versão de você mesmo só melhora quando você aprende.

*Por Ricardo Dias
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*Fonte: engenhariae

Tirar BAND-AID rápido realmente dói menos?

Se você se machucou ou fez um corte, é comum utilizar um Band-Aid para cobrir o ferimento. Ele acaba ficando sobre a pele por alguns dias, e quando chega o momento de removê-lo, a pergunta que paira no ar é: para doer menos, é melhor fazer isso rapidamente ou devagar?

Caso esteja neste grupo, veja aqui o que é melhor fazer na hora de remover o curativo e passe a adotar essa estratégia quanto antes para diminuir as dores.

O que é melhor: remover o Band-Aid rápido ou devagar?
Para quem fica em cima do muro na hora de decidir a melhor forma de remover o curativo, um estudo publicado no The Medical Journal of Australia revelou que fazer isso rapidamente é mais eficaz para sentir menos dor.

O estudo em questão foi feito com 65 estudantes da James Cook University, e no processo eles foram convidados a remover um Band-Aid rapidamente ou de maneira lenta. Eles tinham que escolher um desses processos e depois indicar seu grau de desconforto em uma escala de 0 a 10.

Dessa forma, os que removeram o Band-Aid rápido tiveram uma média de 0,92 na escala de dor, enquanto quem fez isso de maneira lenta (entenda lenta como qualquer número superior a dois segundos) agregou uma nota de 1,58 para o desconforto.

De acordo com um estudo feito com universitários da Austrália, a melhor forma de diminuir a dor na hora de remover o Band-Aid é fazer isso de maneira rápida.

Outro ponto importante é que os Band-Aids foram aplicados em partes diferentes do corpo: a mão, o ombro e o calcanhar, sendo que em alguns casos eles também ficaram sobre partes com pelos. Neste caso, o estudo concluiu que a quantidade de pelo em contato com a cola do item pode interferir na dor sentida ao remover a aplicação.

Por fim, o estudo não considerou questões como a sensibilidade na pele que surge como resultado do machucado ou mesmo a quantidade de cola que acaba grudando na pele — o que, com toda certeza, pode contribuir para aumentar a dor na hora de remover o famoso Band-Aid.

*Por Douglas Vieira
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*Fonte: megacurioso

Metade dos maiores lagos do mundo está perdendo água, mostra estudo

Com auxílio de imagens dos satélites Landsat, pesquisa avaliou cerca de 2 mil lagos nas últimas três décadas e descobriu que mais da metade dos reservatórios estão com volume reduzida

As mudanças climáticas e as atividades humanas ameaçam cada vez mais os lagos que armazenam 87% da água doce da superfície líquida da Terra. O volume desses reservatórios tem diminuído consideravelmente, colocando em risco toda a humanidade já que são responsáveis por fornecer água para manutenção dos ecossistemas, biodiversidade e das pessoas.

Além do fornecimento de recursos, os lagos também são componentes-chave dos processos que regulam o clima por meio da reciclagem de carbono. Contudo, apesar da sua importância, esses espaços não tinham um monitoramento adequado. Uma nova avaliação publicada na revista Science nesta na quinta-feira (18) utilizou dados de observação de satélites para entender melhor a situação. O novo método de rastreamento é o primeiro a avaliar o armazenamento de água em lagos com base nessas informações.

O estudo foi conduzido por Fangfang Yao, pesquisador do Instituto Cooperativo de Pesquisa em Ciências Ambientais (CIRES). O cientista decidiu realizar a avaliação após ver que as crises ambientais estavam afetando drasticamente alguns dos maiores corpos d’água da Terra, como a secagem do Mar de Aral entre o Cazaquistão e o Uzbequistão.

Pensando nisso, ele se juntou a colegas de centros de pesquisa nos EUA, na França e na Arábia Saudita para criar uma técnica que emde mudanças nos níveis de água em quase 2 mil dos maiores lagos e reservatórios do mundo. “Analisamos os maiores lagos globais usando três décadas de observações de satélite, dados climáticos e modelos hidrológicos, encontrando declínios de armazenamento estatisticamente significativos”, relatam os especialistas no estudo.

Volume dos lagos
Neste trabalho, a equipe utilizou 250 mil fotos instantâneas dos satélites Landsat da área de 1.972 lagos de 1992 a 2020. Eles coletaram níveis de água de nove altímetros de satélite e usaram níveis de água de longo prazo para reduzir qualquer incerteza. Para lagos sem registro de nível de longo prazo, a equipe usou medições recentes feitas por instrumentos mais modernos em satélites. A partir dessas medidas, foi possível chegar ao volume.

Os resultados mostram que houve um declínio de 53% nesses corpos d’água tendo como principal motivo a mudança climática e o consumo humano de água. “Ocorreu um declínio em cerca de 100 grandes lagos e muito das ações atreladas aos principais motivos eram desconhecidas anteriormente, como a dessecação do lago Good-e-Zareh no Afeganistão e do lago Mar Chiquita, na Argentina”, contou Yao em comunicado.

Para ilustrar, os autores comparam a perda de água observada a 17 vezes o tamanho do lago Mead, o maior reservatório de água dos Estados Unidos. E esse fenômeno afeta tantos lagos em ambientes mais secos quanto úmidos, o que mostra que a situação é pior do que se imaginava.

A sedimentação foi um dos fatores apontados para declínio do armazenamento. Em reservatórios estabelecidos há muito tempo – aqueles que encheram antes de 1992 –, a sedimentação foi mais importante do que secas e anos de chuvas intensas.

Pequeno crescimento
Enquanto alguns lugares sofrem, outros têm um ligeiro ganho. A pesquisa também apontou que 24% dos lagos tiveram aumentos significativos no armazenamento de água. Esses, no entanto, tendem a estar em áreas subpovoadas no interior do planalto tibetano, onde aquecimento leva ao degelo das geleiras e do permafrost aumentando parcialmente a expansão dos lagos alpinos.

Os autores estimam que cerca de um quarto da população mundial, o equivalente a 2 bilhões de pessoas, reside na bacia de um lago seco, indicando uma necessidade urgente de incorporar o consumo humano, as mudanças climáticas e os impactos da sedimentação na gestão sustentável dos recursos hídricos.

“Se o consumo humano é um grande fator no declínio do armazenamento de água no lago, podemos adaptar e explorar novas políticas para reduzir os declínios em larga escala”, conclui Ben Livneh, professor de engenharia na CU Boulder e membro do CIRES.

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*Fonte: revistagalileu

Você é inteligente ou esforçado?

Aqueles com mentalidade de crescimento valorizam muitas vezes mais o esforço, o comprometimento e a disciplina do que a inteligência.

Suponhamos que você pudesse escolher entre ser inteligente e ser esforçado, qual seria sua escolha? Embora pareça uma pergunta simples, ela vem carregada de crenças equivocadas que podem induzir a escolha. Talvez, para aqueles cujo valor intelectual seja sinônimo de destaque e sucesso, escolham a inteligência, e para aqueles cujo esforço seja o equivalente à persistência e disciplina, optem por serem esforçados acima de serem inteligentes.

Talvez por cultura, achismos, ou simplesmente, por perpetuação da mesmice, a sociedade esteja inclinada a considerar a inteligência como sinal de que o indivíduo dotado desta habilidade mental seja superior aos demais, ou que ele tenha chances muito maiores de ser bem sucedido. Mas será?

O livro Outliers, de Malcolm Gladwell, nos traz diversos pontos curiosos sobre o assunto. Um deles bastante interessante chama atenção quanto à inteligência. Se você fosse perguntado se, entre um grupo de 100 pessoas escolhidas a dedo com inteligência acima da média, e um grupo, de também 100 pessoas, escolhidas aleatoriamente, em qual deles haveria um maior número de pessoas bem sucedidas, qual seria sua escolha?

Pois foi exatamente uma pergunta parecida que o pesquisador, Lewis Terman, se fez há muitos anos atrás. Em sua pesquisa, ele testou mais de 250 mil crianças, selecionando mais de 1,4 mil. Dentre estas, algumas possuíam QI de 200. Algo bem acima da média do considerado normal, ou seja, entre 100 e 120.

Estas crianças tiveram suas vidas monitoradas até se tornarem adultas. Para decepção de Terman, nenhuma das crianças selecionadas se destacaram acima do padrão, no entanto, 2 crianças rejeitadas em seus testes ganharam o prêmio Nobel.

Certamente você já se deparou com situações parecidas à apresentada. Como por exemplo, aquele seu amigo que abriu uma empresa e não parecia ser tão inteligente, o mesmo com aquele seu amigo que se deu bem na vida como construtor ou consultor, aquele conhecido que dias atrás era um funcionário e se tornou empresário, mas todos eles tinham algo em comum, a consistência para se conseguir o que era preciso, e a coragem para iniciar seu próprio negócio.

Não raro, são os alunos “nota C” os responsáveis por empregarem os alunos “nota A”. Um dos motivos disso ocorrer, é que, na maioria das vezes, estes primeiros passaram por muito mais experiências de desaprovação, resultados ruins e desgostos se comparados aos segundos. Os momentos e situações de revezes costumam preparar as pessoas para circunstâncias desafiadoras mais do que os momentos e as situações de êxito. De uma maneira geral eles – os alunos “nota C” – já conhecem o lado de quando as coisas não saem como planejadas, por outro lado, os alunos “nota A” não conhecem, e na maioria das vezes preferem não arriscar para não se colocarem à prova.

Sendo assim, geralmente, os mais preparados para empreender são aqueles que não temem o “fracasso” e que, vez ou outra, tiveram de se esforçar, dar a volta por cima em mais de uma ocasião e conseguiram. Eles se sentem preparados para qualquer situação. Ao contrário, uma vida de sucesso, sem revezes durante a jornada, não costuma preparar bons empreendedores, pois, estes têm medo de arriscarem seu sucesso já garantido, desconhecem o caminho de quando as coisas vão mal.

Então, se você quer “mastigar vidro em frente ao abismo” – definição de empreender segundo Elon Musk – comece por se comportar como um aluno “nota C”, se arrisque mais, se permita errar, e acima de tudo se esforce. Os revezes são melhores professores que os triunfos.

Se você se perguntou sobre os alunos “nota B”, estes, em sua maioria, trabalham para o governo. Mas isso é assunto para outro artigo.

*Por Ricardo Dias
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*Fonte: engenhariae

Inteligência limitada: como IA esbarra em problemas éticos e sociais

Lançamento do ChatGPT, ferramenta que interpreta e se comunica em linguagem humana, inaugura nova era da inteligência artificial. Mas traz problemas morais e o risco de aprofundar desigualdades

“Sou uma pessoa que ama aprender e explorar coisas novas. Gosto de me conectar com outras pessoas e formar relacionamentos significativos. Meu objetivo é ter um impacto positivo no mundo. Eu moro nos Estados Unidos e tenho certeza que podemos ser amigos. É sempre legal conhecermos pessoas novas. Se você quiser me conhecer você pode me enviar um e-mail ou me encontrar nas redes sociais. Em geral estou disponível para conversar ou podemos nos encontrar par um café se estivermos na mesma região”.

Esse é o ChatGPT, segundo sua própria descrição. Criada por uma equipe de engenheiros e cientistas da computação (em mais uma autodefinição), a inteligência artificial (IA) cujos textos parecem ter sido escritos por humanos tem dado o que falar desde seu lançamento, no fim de novembro de 2022.

Em janeiro, a ferramenta alcançou a marca de 100 milhões de usuários ativos pelo mundo, e uma parte da OpenAI, laboratório de pesquisas por trás do chatbot, foi comprada pela Microsoft por um valor não revelado (estima-se algo em torno de US$ 10 bilhões por 49% da empresa).

Desde então, só dá ele em notícias de veículos especializados ou não em tecnologia. Surpreendeu até seus criadores. “Eu esperava que ele fosse intuitivo para as pessoas, e que ganhasse usuários, mas não esperava que alcançasse esse nível de popularidade”, confessou John Schulman, cofundador da OpenAI, em entrevista para a revista MIT Technology Review no início de março. Isso porque o produto não era bem uma novidade para pesquisadores da área, que desde 2018 trabalhavam num novo modelo de processamento de linguagem natural (NLP, na sigla em inglês).

No último dia 14 de março, o ChatGPT ganhou uma versão, ainda mais avançada, com 100 trilhões de variáveis. Além de melhorias na criatividade e em respostas a perguntas específicas, agora ele consegue interpretar imagens, fazer piadas e criar textos mais adequados para cada situação. O que tem feito muita gente perguntar: até onde a inteligência artificial pode ir?

Novo no pedaço
Na ciência da computação, NLP é o ramo de pesquisas em inteligência artificial que desenvolve maneiras de as máquinas interpretarem e se comunicarem em linguagem humana. E isso não envolve apenas o significado das palavras, mas também o contexto, o estilo, as particularidades e complexidades da comunicação. Até então, inteligências baseadas em NLP eram criadas para tarefas específicas, como tradução de idiomas e classificação de documentos.

No caso do ChatGPT, os pesquisadores desenvolveram uma nova maneira de processar a linguagem: o Large Language Model (Modelo de Linguagem Grande, ou LLM, na sigla em inglês). O LLM mudou o paradigma de NLP, uma vez que passou a abastecer os algoritmos com uma base de dados na ordem dos bilhões ou trilhões. O resultado é um chatbot capaz de desempenhar as mais diversas tarefas, como compor versos decassílabos, escrever esquetes de humor, sugerir roteiros de viagem ou redigir e-mails corporativos.

O ChatGPT não foi a primeira ferramenta a combinar diferentes modelos de inteligência artificial para criar algo completamente novo ou útil para os humanos. Paralelamente ao seu sucesso, produtos como Dall-E (também da OpenAI) e Midjourney, programa criado pelo laboratório homônimo na Califórnia, vêm assombrando designers e ilustradores com uma capacidade espantosa de criar imagens e desenhos a partir de comandos de texto.

Na realidade brasileira, o NLP vem sendo utilizado para resolver problemas no Judiciário. Em 2017, o Supremo Tribunal Federal lançou em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) o robô Victor. O sistema atua no acervo de processos eletrônicos da corte para desempenhar tarefas como converter arquivos de imagens em texto, classificar processos e identificar temas de maior incidência.

Mas houve também fiascos. Em novembro, a Meta, empresa por trás do Facebook, anunciou o Galactica, um modelo de IA voltado para ajudar cientistas e estudantes com resumos, cálculos e anotações de fórmulas.

Em três dias, a empresa teve que encerrar a demonstração pública depois de respostas bizarras feitas pelo sistema começarem a pipocar pela internet, como a referência a um artigo inexistente na Wikipedia sobre ursos no espaço.

“Antes do ChatGPT, já existiam grandes modelos linguísticos. O grande diferencial é a flexibilidade e essa versão que é muito fácil de usar, é isso que cria uma interação quase humana”, aponta o advogado Christian Perrone, head das áreas de Direito & Tecnologia e GovTech do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS Rio), no Rio de Janeiro. “Ele não é o único, existe uma série de outros, mas ele se tornou muito famoso pelo grau de possibilidades.”

E são essas possibilidades que têm deixado pesquisadores das mais diferentes áreas do conhecimento desconfiados. “O que o ChatGPT trouxe de novo foi democratizar o acesso, todo mundo passou a poder fazer perguntas para a IA. Isso muda completamente o jogo”, pontua a engenheira Martha Gabriel, que dá aulas sobre Inteligência Artificial na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC- SP). Autora dos livros Inteligência Artificial: do Zero ao Metaverso e Você, Eu e os Robôs, ambos da editora Atlas, ela considera que ainda não temos a dimensão crítica necessária para usar sistemas como esse. “Quanto mais tecnologias poderosas temos, mais poderosos ficamos, sem saber quão poderoso estamos. E quando pessoas que não têm preparo usam aquilo, há um risco grande de causarem dano”, avisa Gabriel.

*Por Marília Marasciulo, com Tomás Mayer Petersen
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*Fonte: revistagalileu

As árvores fazem amizades e criam lembranças

Em entrevista, silvicultor alemão afirma que entendemos muito pouco sobre as árvores

Há uma série de motivos que nos levam a atribuir características humanas às árvores. Sua estatura imponente se assemelha à altura das pessoas, enquanto seus movimentos oscilantes nos remetem a uma dança graciosa. Seus troncos podem ser comparados aos torsos humanos, e seus galhos, aos braços que se estendem. No entanto, será que as semelhanças entre árvores e seres humanos se limitam apenas a essas aparências superficiais?

A verdade é que podemos não entender completamente as árvores. É até possível que saibamos ainda muito pouco sobre elas. Peter Wohlleben, um silvicultor alemão e autor do best-seller “The Hidden Life of Trees” (A vida oculta das árvores: o que elas sentem, como se comunicam – descobertas de um mundo secreto) é um dos vários especialistas que acredita que esse seja o caso; afinal de contas, ele passou décadas trabalhando com nossos coabitantes arbóreos e conhecendo seus mistérios.

Algumas árvores formam amizades
Ao abordarmos a existência de amizades especiais entre árvores, é natural que haja quem levante uma sobrancelha de surpresa. No entanto, por que a definição de amizade precisa ser exclusivamente aplicada aos seres humanos?

Embora tenhamos desenvolvido a linguagem para descrever e compreender a amizade no contexto das relações interpessoais, é igualmente importante que tenhamos a capacidade intelectual de ampliar nossos horizontes. Desse modo, a linguagem de amizade entre as árvores, obviamente, não é aquela de sair para tomar um café ou quaisquer outras atividades de cunho social, mas certamente elas criam vínculos.

Sobre isso, Wohlleben diz em entrevista ao Yale Environment 360: “Em cerca de um em cada 50 casos, vemos essas amizades especiais entre as árvores. As árvores distinguem entre um indivíduo e outro. Eles não tratam todas as outras árvores da mesma forma. Ainda hoje, vi duas faias velhas lado a lado. Cada uma estava crescendo com seus galhos voltados um para o outro, e não um para o outro, como é mais comum.”

Ele ainda acrescenta: “Desta forma e de outras, as árvores amigas cuidam umas das outras. Esse tipo de parceria é bem conhecido dos silvicultores. Eles sabem que se você vir um casal assim, eles são realmente como um casal humano; você tem que derrubar os dois se cortar um, porque o outro morrerá de qualquer maneira.”

Árvores e memória

Wohlleben recebeu críticas de outros cientistas devido à sua inclinação em atribuir características humanas a seres não humanos, mas tal abordagem é adotada de maneira extremamente deliberada por ele.

Ao remover a emoção da escrita científica, esta perde seu impacto. “Os seres humanos são seres emocionais”, afirma ele. “Nós sentimos, não apenas conhecemos o mundo de forma intelectual. Portanto, utilizo palavras carregadas de emoção para estabelecer conexões com as experiências das pessoas. A ciência frequentemente exclui tais palavras, o que resulta em uma linguagem distante, incapaz de gerar relações e compreensão genuínas.”

O silvicultor ainda acrescenta que “Tivemos uma grande seca aqui. Nos anos seguintes, as árvores que sofreram com a seca consumiram menos água na primavera, para que tivessem mais disponível para os meses de verão. As árvores tomam decisões. Elas podem decidir as coisas. Também podemos dizer que uma árvore pode aprender e pode se lembrar de uma seca por toda a vida e agir de acordo com essa memória sendo mais cautelosa com o uso da água.”


É possível que não conheçamos as árvores completamente
Seria uma simplificação atribuir todas essas interações puramente à mecânica biológica, pois isso seria uma visão excessivamente centrada em nossa própria espécie. Apenas pelo fato de não falarmos a língua das árvores, não devemos concluir que elas não se comunicam.

De fato, como Wohlleben explica, as árvores se comunicam por meio de sinais químicos e elétricos. É importante ressaltar que as árvores ainda são amplamente mal compreendidas, apesar dos avanços científicos em seu estudo: “Nós apenas os vemos como produtores de oxigênio, como produtores de madeira, como criadores de sombra […] Talvez criemos essas barreiras artificiais entre humanos e animais, entre animais e plantas, para que possamos usá-los indiscriminadamente e sem cuidado, sem considerar o sofrimento a que os estamos submetendo.”

*Por Daniela Marinho
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*Fonte: socientifica

Nossa vida radioativa

Um núcleo atômico excessivamente cheio simplesmente não pode se manter.

Quando um átomo tem muitos prótons ou nêutrons, é inerentemente instável. Embora possa aguentar firme por um tempo, eventualmente, ele não pode se manter por mais tempo e de forma espontânea decai, atirando energia na forma de ondas ou partículas.

Somos uma plataforma dedicada ao conhecimento que só poderá continuar a existir graças a sua comunidade de apoiadores. Saiba como ajudar.

O resultado final é um núcleo menor, mais estável. As ondas e as partículas criadas são conhecidas como radiação, e o processo de degradação nuclear que as produz é chamado de radioatividade.

A radiação é uma parte da vida. Há elementos radioativos na maioria dos materiais que encontramos diariamente, que constantemente nos pulverizam com radiação. Para o americano comum, isso resulta em uma dose de cerca de 620 millirems de radiação todo ano. Isso é aproximadamente equivalente a 10 raios-X abdominais.

Os cientistas usam a unidade millirem para expressar o quanto uma dose de radiação danifica o corpo humano. A pessoa recebe 1 millirem durante um voo de um lado a outro dos EUA.

Mas de onde exatamente vem a nossa dose anual de radiação? Olhando para as fontes, podemos dividir a dose em duas partes quase iguais: cerca de metade vem da radiação de fundo natural e metade é proveniente de fontes artificiais.

Radiação de fundo natural se origina no espaço, na atmosfera, no solo e nos nossos próprios corpos. Há radônio no ar que respiramos, rádio na água que bebemos e elementos radioativos diversos nos alimentos que comemos. Alguns deles atravessar nossos corpos sem muita dificuldade, mas outros são incorporados em nossas moléculas. Quando os núcleos eventualmente decaem, nossos próprios corpos nos expõe a doses pequenas de radiação.

“Nós estamos expostos a radiação de fundo, quer queiramos ou não”, diz Sayed Rokni, oficial de segurança radiológica e chefe do departamento de proteção contra as radiações no SLAC National Accelerator Laboratory. “Isso acontece, não importa o que façamos. Eu não aconselharia isso, mas podemos optar por não ter raios-X dentais. Porém não podemos escolher não ser expostos à radiação terrestre – radiação que proveniente da crosta da Terra, ou a partir de radiação cósmica”.

Mas isso não é motivo para pânico.

“A espécie humana, e tudo o que nos rodeia, tem evoluído ao longo dos séculos enquanto recebe a radiação de fontes naturais. Ela nos formou. Então, claramente, há um nível aceitável de radiação”, diz Rokni.

Qualquer radiação que não é considerada de fundo provém de fontes artificiais, principalmente por meio de procedimentos médicos de diagnóstico ou terapêuticos. No início de 1980, os procedimentos médicos foram responsáveis por 15% da exposição à radiação anual de um americano – eles agora respondem por 48%.

“A quantidade de radiação natural de fundo continua a mesma”, diz Don Cossairt, gerente de proteção contra as radiações do Fermilab. “Mas a radiação de procedimentos médicos floresceu, talvez correspondendo às grandes melhorias no tratamento de muitas doenças”.

O crescimento no uso de imagens médicas aumentou a exposição anual do americano de 360 millirems em 1980 para 620 millirems hoje. A média anual de hoje não é considerada nociva para a saúde por qualquer autoridade reguladora.

Enquanto procedimentos médicos compõem a maior parte da radiação artificial que recebemos, cerca de 2% da dose anual vem da radiação emitida por alguns produtos de consumo. A maioria destes produtos estão, provavelmente, na sua casa no momento. Basta examinar a cozinha e encontrar uma cornucópia de itens que emitem radiação suficiente para detectar com um contador Geiger, de produtos feitos pelo homem a alimentos naturais.

Há castanha do Pará em sua despensa? Elas são o alimento mais radioativo que existe. As raízes das castanheiras vão muito para baixo no solo, e no subsolo, onde há mais rádio, absorve esse elemento radioativo e o passa para as castanhas. A castanha do Pará também contêm potássio, que ocorre conjuntamente com o potássio-40, um isótopo radioativo que ocorre naturalmente.

O Potássio-40 é o elemento radioativo mais prevalente nos alimentos que nós comemos. As bananas cheias de potássio são bem conhecidas por sua radioatividade, tanto que o valor de radioatividade de uma banana é usado como uma medida informal de radiação, chamada Banana Equivalent Dose (BED). Um BED é igual a 0,01 millirem. A radiografia de tórax tem algo em torno de 200 a 1000 BED. A dose fatal de radiação é de cerca de 50 milhões BED de uma só vez.

Alguns outros petiscos contendo potássio-40 que emitem radiação incluem cenouras, batatas, feijão roxo, feijão lima e carne vermelha. Só entre alimentos e água, a pessoa recebe em média uma dose anual de cerca de 30 millirem. Isso são 3000 bananas!

Mesmo o prato em que você está comendo pode estar te dando uma ligeira dose de radiação. O esmalte de algumas cerâmicas mais velhas contém urânio, tório ou o bom e velho potássio-40 para torná-lo colorido, especialmente a cor vermelho-alaranjado feito antes de 1960. Da mesma forma, alguns antigos copos amarelados e esverdeados contém urânio como corante. Embora esta louça faça um contador Geiger apitar, ainda é seguro para ser usada.

Seu detector de fumaça, que geralmente paira silenciosamente no teto até que suas baterias morram, é radioativo também. É assim que ele pode salvá-lo de um prédio em chamas: uma pequena quantidade de amerício-241 no dispositivo permite detectar quando há fumaça no ar.

“Não é perigoso, a menos que você bata nele com um martelo para liberar a radioatividade”, diz Cossairt. A Associação Nuclear Mundial observa que o dióxido de amerício encontrado em detectores de fumaça é insolúvel e iria “passar através do trato digestivo sem deixar dose significativa de radiação”.

As bancadas de granito também contêm urânio e tório, que decai para o gás radônio. A maior parte do gás fica preso na bancada, mas alguma quantidade pode ser liberada e adicionar uma pequena quantidade no nível de radônio de uma casa – que vem principalmente do solo.

O granito não apenas emite radiação no interior da casa. As pessoas que vivem em áreas com mais rocha de granito recebem uma dose extra de radiação por ano.

A exposição à radiação anual varia significativamente dependendo de onde você mora. Pessoas em altitudes mais elevadas recebem uma maior dose de radiação vinda do espaço por ano.

Mas não se preocupe se você vive em um local com muita altitude e granito, como Denver, Colorado. “Nenhum efeito para a saúde devido à exposição à radiação já foi correlacionado com as pessoas que vivem em altitudes mais elevadas”, diz Cossairt. Da mesma forma, ninguém notou uma correlação entre a saúde e o aumento da dose de radiação das rochas de granito nos ambientes.

Não importa se você vive em altitudes elevadas ou no nível do mar, nas montanhas rochosas ou na costa leste de Maryland – a radiação está em toda parte. Mas doses anuais de fundo e de fontes artificiais não são suficientes para se preocupar. Então aproveite a sua banana e sinta-se livre para pegar outro punhado de castanhas do Pará.

*Por Jessica Nunes
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*Fonte: universoracionalista

Povo Bajau, adaptado ao mergulho, pode ficar submerso por mais de 10 minutos

O Povo Bajau são os primeiros seres humanos conhecidos geneticamente muito adaptados ao mergulho, podendo ficar submersos por mais de 10 minutos a uma profundidade de 70 metros. Nós, humanos, não somos naturalmente adaptados na permanência prolongada em baixo d’água. No entanto, quando prendemos a respiração, o corpo reage diminuindo o batimento cardíaco e contraindo os vasos sanguíneos e também o baço.

Essa série de fatores é automática e se chama resposta de mergulho, sendo essencial na economia de energia durante a falta de oxigênio. Depois de alguns poucos minutos submersos, a maioria de nós ficaria sem ar, o que levaria à danificação dos órgãos, principalmente o cérebro. Entretanto, esse não é um problema para os Bajau, que levam o mergulho livre muito a sério.

Evolução genética permitiu que o Povo Bajau ficassem conhecidos como “nômades do mar”
Durante centenas de anos, os Bajau viveram no mar. Desse modo, a seleção natural pode tê-los tornado mergulhadores geneticamente mais fortes, como sugere um estudo na revista Cell, o qual oferece as primeiras pistas de que uma mutação de DNA para baços maiores dá a esse povo uma vantagem genética para a vida nas profundezas das águas.

Prender a respiração embaixo d’água por alguns segundos e até por poucos minutos é possível para a maioria das pessoas. No entanto, esse grupo de pessoas [Bajau] consegue segurar a respiração por 13 minutos. Esse feito extraordinário é resultado de mais de mil anos de mergulho livre e estilo de vida marítimo – eles mergulham para caçar peixes e buscar por elementos naturais para usar em artesanatos.

Costumes
O termo Sama-Bajau refere-se a vários povos indígenas intimamente relacionados que se consideram um único grupo étnico ou nação distinta. Esse povo vive nas águas do Sudeste Asiático e são conhecidos por viver do mar e da pesca. Suas casas são flutuantes e longas – cabanas de madeira construídas no mar próximas da costa – são conhecidas como lepas.

Frequentemente, os Bajau são chamados de “nômades do mar” ou “ciganos do mar”, pois eles só estão em terra quando precisam negociar ou buscar proteção das tempestades marítimas. Outros grupos que viveram próximos ao mar certamente já existiram, mas nenhum outro tinha uma relação tão estreita e familiar com as águas do que o Povo Bajau, podendo ser o último povo com costumes marítimos que sobreviveu até os dias atuais.

São especialistas em mergulho livre principalmente porque vivem da pesca, passando mais de 5 horas submersos diariamente, o que significa dizer que eles têm o maior tempo de mergulho sem respirar do que qualquer outro humano. As habilidades de mergulho e natação são desenvolvidas desde cedo, quando os Bajau ainda são crianças, uma vez que elas começam a pescar e caçar desde os 8 anos de idade. Em seu tempo livre, elas brincam na praia ou ajudam com a rotina da casa.

Como se não bastasse uma vida toda relacionada ao mergulho, alguns Bajau rompem de forma intencional seus próprios tímpanos para adquirir capacidades de mergulho ainda mais eficazes, pois conseguem suportar melhor a pressão do oceano. Por isso, pessoas mais velhas apresentam mais problemas de audição.

Baço como órgão essencial
O baço está longe de ser um órgão glamoroso e complemente indispensável. Entretanto, o estudo, cuja autoria é de Melissa Llardo, do Centro de Geogenética da Universidade de Copenhague, sugere que a seleção natural ajudou o Povo Bajau a desenvolver a vantagem genética.

De acordo com a pesquisa, foram coletados dados de um grupo relacionado de pessoas chamado Saluan, que vive no continente indonésio. Quando as amostras foram comparadas – exames laboratoriais e de utrassom – a equipe descobriu que o tamanho médio do baço de uma pessoa Bajau era 50% maior do que o mesmo órgão em um indivíduo Saluan.

Além disso, os pesquisadores se depararam com um gene chamado PDE10A, que se acredita controlar um determinado hormônio da tireoide, no Bajau, mas não no Saluan. Em camundongos, o hormônio foi relacionado ao tamanho do baço.

Povo Bajau ameaçado
Com uma capacidade incrível de mergulho devido a baços maiores e uma visão subaquática excelente, o Povo Bajau tem a sua existência ameaçada: por um lado porque a pesca está prejudicada e porque eles sofrem bastante discriminação por pessoas de áreas vizinhas.

Dessa maneira, é possível que num futuro próximo, os Bajau e suas habilidades impressionantes desapareçam para sempre, como sinalizam os pesquisadores.

*Por Daniela Marinho
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*Fonte: socientifica

Os animais sentem dor? Saiba identificar para poder ajudar os bichinhos

Nem sempre a dor é perceptível, mas se souber observar o animal, vai entender que ele sente a mesma dor que os humanos sentem

Sim, todos os animais vertebrados sentem dor de um jeito semelhante, embora cada espécie tenha seu modo de demonstrar. É mais fácil identificar a dor em animais como cães, gatos, pássaros, vacas, cavalos e outros que emitem som de dor e demonstram, com movimentos, que estão com dor.

Mesmo assim, eles não podem falar o que estão sentindo, e muitas vezes não demonstram a verdadeira intensidade da dor que sentem. Então, os humanos precisam saber identificar os sinais de dor para poderem ajudar os animais e evitar grandes prejuízos à saúde deles.

A importância de reconhecer a dor nos animais
Assim como nos humanos, a dor nos animais é um sinal de alerta sobre algo que não está bem no corpo. Então, o primeiro ponto de importância em reconhecer que um animal está com dor é saber que há algo errado no corpo dele e que precisa de tratamento.

Além disso, saber reconhecer a dor é essencial para que um animal se recupere bem e mais rapidamente de alguma cirurgia ou se comporte com mais tranquilidade quando precisa ser tratado de algum ferimento. Quando sente dor, o animal se movimenta bruscamente e pode abrir pontos cirúrgicos ou causar uma hemorragia.

Tem ainda o efeito que a dor provoca nos hormônios. Um animal que está sentindo muita dor libera mais adrenalina e cortisol, hormônios que elevam a pressão arterial, a frequência cardíaca, causam arritmias, diminuição da chegada de sangue na pele e órgãos, aumentam a glicemia e causam outros desequilíbrios que podem virar doenças secundárias.

Como identificar a dor nos animais?
A primeira coisa que você tem que pensar é: se esse machucado doeria em mim, provavelmente está doendo no meu animal. Se esse sintoma me faria sentir muito mal ou com dor, provavelmente está causando a mesma sensação no meu animal.

A dor é mais óbvia quando o animal sofre um ferimento e não consegue se mover direito, chora de dor ou não deixa você tocar em alguma parte do corpo. Esses são sinais claros de que ele está com muita dor.

Mas existem os casos em que o animal está com uma dor menos aguda e vai preferir ficar na dele, bem quieto, descansando e evitando movimentos. Além desse comportamento, o animal vai comer menos, tomar menos água, não vai querer brincar, vai dormir mais e pode ficar mais carente de atenção.

O que fazer para ajudar o animal com dor?
Se o seu animal estiver apresentando esse sintomas, leve-o ao veterinário. Os médicos veterinários (principalmente os mais novos e mais atualizados) conhecem uma escala de avaliação da dor com base em aspectos como a postura, o conforto, a vocalização, a mobilidade e a sensibilidade ao toque no animal de cada espécie.

Enquanto isso, tome cuidado ao lidar com seu animal. Pegue nele com o mesmo cuidado que pegaria em uma parte machucada do seu corpo ou de alguma pessoa machucada que precisasse da sua ajuda. Tenha delicadeza e faça movimentos suaves.

O animal com dor precisa ser diagnosticado e tratado. Enquanto está em tratamento, ele receberá medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios, anestésicos ou antitérmicos para aliviar a dor e prevenir infecções. São medicamentos de uso veterinário, diferentes dos utilizados em humanos, e você deve dar ao seu animal de acordo com a orientação do veterinário.

Dependendo do diagnóstico, também existem tratamentos para dor feitos com fisioterapia e acupuntura, principalmente em casos de recuperação de doenças, cirurgias ou em casos de dores crônicas, como artrose. Esses tratamentos ajudam a evitar o uso contínuo de medicamentos que podem trazer efeitos colaterais.

*Por Priscilla Riscarolli
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*Fonte: dicasonline

Cinco fatos desconhecidos sobre os Oceanos

Certa vez, o renomado explorador e oceanógrafo Jacques Cousteau, uma das maiores autoridades em oceanografia e conservação marinha, disse: “O mar, uma vez que lança seu feitiço, mantém você em seu poder de fascínio para sempre.” Certamente, Cousteau não viveu para conhecer as outras maravilhas que, assim como os mares, lançam o fascínio sobre os homens, como os investimentos na bolsa e a Cotação Bitcoin e que para nossa sorte, não são tão imprevisíveis quanto o fundo do mar. Cinco fatos desconhecidos sobre os Oceanos.

Ainda há muito a aprender
Hoje, muitos desses feitiços marítimos nos conhecemos, como o refresco das águas, o balançar das ondas e a riqueza da via marítima. Entretanto, os oceanos são verdadeiros gigantes que cobrem cerca de 70% da superfície da Terra. Apesar de sua vastidão e importância para o nosso planeta, ainda há muito a aprender sobre esses corpos d’água e os mistérios que eles escondem.

Os oceanos têm montanhas e vales gigantescos
Embora a superfície terrestre esteja repleta de montanhas e vales, muitos não sabem que os oceanos também têm características geológicas similares. A Cordilheira Mesoatlântica, por exemplo, é uma cadeia de montanhas subaquáticas que se estende por cerca de 65.000 quilômetros ao longo do leito oceânico do Atlântico. Além disso, o ponto mais profundo da Terra, a Fossa das Marianas, encontra-se no Oceano Pacífico e atinge profundidades de mais de 11.000 metros.

A maior parte do oxigênio que respiramos vem dos oceanos
Pode ser surpreendente, mas a maioria do oxigênio que respiramos não é produzida pelas árvores, mas sim pelos oceanos. Estima-se que entre 50% a 80% do oxigênio na atmosfera terrestre é gerado pelo fitoplâncton, um tipo de microrganismo encontrado na superfície dos oceanos. Esses pequenos seres realizam a fotossíntese, assim como as plantas terrestres, sendo responsáveis por manter o equilíbrio do oxigênio no planeta.

Existem lagos e rios subaquáticos
Outro fato surpreendente sobre os oceanos é a existência de lagos e rios subaquáticos. Estas formações, conhecidas como “lençóis freáticos salinos” ou “brines”, ocorrem quando a água salgada se infiltra no leito oceânico, criando correntes subaquáticas de alta salinidade. A diferença de densidade faz com que a água salina se comporte como um fluido separado, formando rios e lagos que fluem sob a água do mar.

Os oceanos abrigam a maior migração diária do planeta
Todos os dias, milhões de animais marinhos participam da maior migração diária do planeta, conhecida como migração vertical diária (DVM). Durante o dia, muitas espécies, como zooplâncton e peixes pequenos, descem a profundidades escuras e frias para se esconder dos predadores.

Ao anoitecer, esses animais sobem novamente à superfície para se alimentar em águas mais ricas em nutrientes. Este ciclo diário de migração afeta a distribuição de nutrientes e a cadeia alimentar marinha.

Ainda há muito para descobrir nos oceanos
Os oceanos são tão vastos e profundos que ainda há muito para descobrir. Cientistas estimam que apenas cerca de 5% a 10% do fundo do mar foi mapeado com detalhes, e até 80% das espécies marinhas podem ainda não ter sido descobertas. Inclusive, resquícios de civilizações passadas também estavam no fundo do mar.

Com o avanço da tecnologia, como veículos operados remotamente e submersíveis tripulados, estamos constantemente expandindo nosso conhecimento sobre o que existe nas profundezas. Essas descobertas não só nos ajudam a entender melhor o funcionamento dos ecossistemas marinhos, mas também têm implicações importantes para a medicina, biotecnologia e conservação.

Os oceanos são fontes inesgotáveis de maravilhas e segredos. De montanhas e vales submersos a migrações diárias massivas, eles continuam a surpreender e fascinar cientistas e entusiastas da natureza. À medida que continuamos a explorar e desvendar os mistérios dos oceanos, é crucial que tomemos medidas para proteger e preservar esses preciosos ecossistemas e as espécies que neles habitam. Ao fazer isso, garantimos a saúde de nosso planeta e o equilíbrio dos sistemas naturais que nos sustentam.

*Por João Lara Mesquita – 18/05/2023
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*Fonte: marsemfim

Ranking dos países com maior tempo de tela é feito. Brasil está no topo

Um ranking mundial mostrou que o Brasil possui o segundo maior tempo de tela do mundo. Entenda por que isso acontece.

De acordo com um levantamento da Electronics Hub, os brasileiros gastam em média cerca de 16 horas por dia acordados, e aproximadamente nove dessas horas são dedicadas a tempo de tela.

Surpreendentemente, isso representa cerca de 57% do tempo. Assim, coloca o Brasil em segundo lugar no ranking de países com maior tempo de tela, atrás apenas da África do Sul.

Entre 2019 e 2021, o uso de smartphones no Brasil aumentou 45%, com as redes sociais e serviços de streaming como principais culpados por esse aumento no tempo de tela.

De acordo com a pesquisa, das nove horas gastas em telas, quatro são dedicadas a rolar feeds de redes sociais como Instagram, TikTok e Facebook.

A pesquisa também revelou que 64% das pessoas que possuem celulares no Brasil são assinantes de pelo menos um serviço de streaming, como Netflix, Globoplay e YouTube.

Em relação a jogos online, o Brasil ficou em sétimo lugar no ranking. Os brasileiros gastam em média uma hora por dia conectados a esse tipo de jogo, ficando atrás de países como EUA e México.

Comparação
De acordo com a mesma pesquisa, o Japão é um país altamente tecnológico, mas curiosamente é onde as pessoas possuem menos tempo de tela.

A média de uso de celulares e/ou computadores no Japão é de apenas três horas e 45 minutos por dia. A pesquisa considerou o tempo de tela para pessoas entre 16 e 64 anos em 45 países.


Por que temos tanto tempo de tela?

O Brasil é um país em que o uso da tecnologia tem se tornado cada vez mais presente na vida cotidiana das pessoas.

Nos últimos anos, houve um grande aumento no número de smartphones, tablets e computadores em circulação no país. Isso acarretou em um aumento significativo no tempo de tela dos brasileiros.

Um dos motivos para o aumento no uso de tecnologia é o fato de que as pessoas têm cada vez mais acesso à internet.

Com a popularização dos planos de internet móvel e Wi-Fi, ficou mais fácil e barato acessar a rede mundial de computadores. Assim, possibilitou que as pessoas fiquem mais tempo conectadas.

Além disso, a pandemia da COVID-19 também contribuiu para o aumento no tempo de tela dos brasileiros, já que muitas pessoas passaram a trabalhar e estudar em casa. Com isso, demandou um aumento no uso de dispositivos eletrônicos.

O isolamento social também levou as pessoas a buscar formas de se entreter e se comunicar virtualmente, o que acabou aumentando o tempo de tela.


Cultural

Além dos fatores mencionados anteriormente, o alto tempo de tela no Brasil também pode ter relação com questões culturais e comportamentais.

Diferentemente de outros países, como o Japão, por exemplo, em que atividades offline são valorizadas e incentivadas, no Brasil há uma cultura de hiperconexão e busca constante por entretenimento virtual.

No Japão, por exemplo, é comum as pessoas praticarem atividades como jardinagem, artesanato e esportes ao ar livre. Enquanto isso, no Brasil essas atividades muitas vezes são deixadas de lado em prol do uso de tecnologia.

Além disso, a cultura de trabalho excessivo e falta de tempo livre pode levar as pessoas a buscarem formas rápidas e práticas de se divertir e relaxar, como assistir a filmes e séries ou rolar feeds de redes sociais.

É importante lembrar que cada país tem sua própria cultura e valores, e que não existe uma forma certa ou errada de viver.

No entanto, é fundamental que os usuários de tecnologia busquem um equilíbrio saudável entre o tempo de tela e as atividades offline, a fim de garantir uma vida mais equilibrada e plena.

Cuidado
A hiperconexão e o uso excessivo de tecnologia podem trazer consequências negativas para a saúde física e mental dos indivíduos.

Uma das principais consequências é o sedentarismo, uma vez que o uso de tecnologia muitas vezes é acompanhado por um estilo de vida mais sedentário e menos ativo.

Além disso, o uso excessivo de telas pode afetar a qualidade do sono. Isso porque a exposição à luz azul emitida por telas pode afetar a produção de melatonina, hormônio que regula o sono. Ainda, pode levar a problemas como insônia e cansaço constante.

A hiperconexão também pode afetar negativamente a saúde mental, pois o uso excessivo do tempo de tela pode levar ao isolamento social e ao aumento dos níveis de ansiedade e estresse.

Além disso, a exposição constante a notícias e informações negativas pode afetar a saúde emocional e psicológica dos indivíduos.

Por isso, é importante que os usuários de tecnologia busquem um equilíbrio saudável entre o tempo de tela e as atividades offline. Dessa forma, poderá garantir uma vida mais equilibrada e plena.

É recomendado que sejam estabelecidos limites para o tempo de tela. Também vale praticar atividades que favoreçam o bem-estar físico e mental, como a prática de atividades físicas, hobbies e interações sociais offline.

*Por Mayara Marques
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*Fonte: fatosdesconhecidos

Mudanças climáticas estão alterando eixo de rotação da Terra; entenda

Fenômeno que desvia a orientação de giro do nosso planeta é observado desde a década de 1990 e está relacionado ao derretimento de geleiras, segundo pesquisa

A crise climática altera o modo como o mundo gira, literalmente. O eixo de rotação terrestre está se movendo de lugar conforme o aquecimento global derrete geleiras nos polos Norte e Sul do nosso planeta. Esse mecanismo preocupante é apontado em novo estudo, publicado na revista acadêmica Geophysical Research Letters em março.

Os autores do artigo, vinculados à Academia Chinesa de Ciências (CAS) e à Universidade Técnica da Dinamarca (DTU), dizem que o eixo da Terra tem mudado desde a década de 1990, em um fenômeno que é chamado de deriva polar. Ele ocorre quando os polos magnéticos vagam pela superfície do planeta.

A causa por trás disso é nebulosa, mas estudos anteriores já haviam apontado que o Polo Norte está se movendo para longe do Canadá e em direção à Rússia de modo natural, devido ao ferro derretido no núcleo do nosso planeta. Todavia, os cientistas mostraram agora que as mudanças climáticas causadas pela humanidade também contribuem para deslocar o eixo terrestre.

Acontece que a forma como a água é distribuída na superfície da Terra contribui para a deriva polar, dando mais velocidade ao processo. Conforme as geleiras derretem, o líquido subterrâneo armazenado em nossos continentes altera a direção do vagar dos polos, mudando o eixo de rotatória terrestre um pouco para o leste.

Para entenderem esse mecanismo, os pesquisadores usaram dados da missão espacial Gravity Recovery and Climate Experiment (GRACE), da Nasa e do Centro Aeroespacial Alemão (DLR), que enviou em 2002 dois satélites em órbita com a Terra para a obtenção de medidas precisas do campo gravitacional do planeta.

Além disso, os especialistas usaram informações sobre geleiras e calcularam a perda total de água do solo na década de 1990, antes do início da missão GRACE. Eles viram que, em 1995, a direção da deriva polar começou a mudar de sul para leste.

Já de 1995 a 2020, a velocidade do fenômeno aumentou em cerca de 17 vezes, quando comparada à do período de 1981 a 1995. “As descobertas oferecem uma pista para estudar o movimento polar impulsionado pelo clima no passado”, conta Suxia Liu, pesquisadora da CAS e coautora do estudo, em comunicado.

Embora o grau de mudança do eixo da Terra não possa ser sentido por nós a ponto de afetar nossa vida diária, a pesquisa sugere que as mudanças climáticas podem ter repercussões sérias nos recursos naturais, inclusive no ciclo da água.

Liu indica que as implicações do estudo afetam a nossa compreensão sobre o armazenamento hídrico ainda no século 20. Como os cientistas coletaram 176 anos de dados sobre a deriva polar, eles esperam usá-los para estimar quanto de água foi perdida nos últimos anos devido às alterações climáticas.

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*Fonte: revistagalileu

7 benefícios de ter um gato dentro de casa para a saúde

São muitos os benefícios de ter um gato em sua casa, indo muito além de uma companhia para aqueles dias mais atribulados

Você sabia que existem benefícios de ter um gato que vão além da diversão e paixão por um animal de estimação? Os felinos são ótimos companheiros, sendo um dos bichos mais queridos no Brasil. Segundo o IBGE são 22 milhões de gatos como companheiros, sendo que no mundo, esse número passa dos 271 milhões! E olha que o Brasil é o quarto país que mais acolhe bichinhos em suas residências.

Os gatinhos são uma ótima opção de animal de estimação, são amáveis e muito fáceis de cuidar, grandes companheiros dos seus donos, sendo uma boa opção para pessoas que moram sozinhas e principalmente em apartamentos, pois esse animal é super independente e higiênico.

Apesar do seu ar considerado indiferente, se apegam sim aos seus donos, porém demonstram amor de forma própria, muitas vezes não compreendida por algumas pessoas. É um excelente companheiro para o dia a dia, ensinando bastante também ao seu dono, sobre si mesmo.

Mas essa não é a única vantagem de ter um gato em casa!

Benefícios de ter um gato em casa
O Ministério da Saúde afirma que ter bichinhos de estimação oferece inúmeros benefícios para a saúde, indo muito além de uma boa companhia e aquela recepção calorosa quando se chega em casa, podendo ajudar até no tratamento de doenças:

1. Redução da pressão arterial
benefícios de ter um gato
Crédito: Mental Floss
O próprio Ministério da Saúde cita, dentre os benefícios de ter um gato, a redução da pressão arterial, sendo um fator importante para muitas famílias com pessoas que sofrem com a hipertensão. O simples fato de brincar ou fazer carinho no pet ajuda a controlar a respiração, oxigenando melhor o corpo.

Ao entrar mais oxigênio, através de uma respiração mais lenta e controlada, há também mais circulação sanguínea, alimentando devidamente as células. O que reduz o ritmo de trabalho do coração e, consequentemente, a pressão arterial.

2. Redução do estresse
O estresse em excesso promove o aumento do cortisol no seu corpo, que pode causar diversas doenças, entre elas, problemas cardíacos e envelhecimento precoce. Por isso, manter o controle do nível de estresse é fundamental para uma boa saúde.

Ter um gato como companhia é excelente para esse fim, pois eles trazem alegria para o dia a dia, além de fazerem companhia para quem se sente só. Além disso, ajudam a pessoa a se manter no momento presente, enquanto brinca ou faz carinho, melhorando assim a qualidade de vida.

3. Melhora do sistema cardiovascular
Esses animais possuem o poder de manter os níveis de estresse dos humanos muito baixos, brincar com um gato diminui o quadro de ansiedade e passa a ser um momento de relaxamento. Esse relaxamento faz com que o corpo reduza a produção de cortisol, que ajuda a evitar problemas cardíacos.

Essa fato foi comprovado em uma pesquisa publicada pela Medical News Today, onde se observou que, depois de 10 anos de estudo, as pessoas que criavam gatos tiveram menos 30% de problemas de coração do que as que não tinham, provando mais uma vez os benefícios de ter um gato.

4. Ameniza a solidão
Sabe aquele dia em que a tristeza bate mesmo e, que mesmo que você esteja em uma casa cheia de gente, acaba se sentindo só? Pois isso não acontece com quem tem um gato, criando uma conexão tão profunda, que nem tentando, dá para ficar solitário.

O mesmo se aplica para quem mora em sua própria casa, distante da família e que não está sempre com amigos, para preencher aqueles momentos vazios do dia. O gato vai estar sempre lá, seja para brincar, ronronar ou somente ficar ao seu lado.

5. Dão aquela forcinha na hora da conquista
Pessoas que possuem gatos de estimação são consideradas mais interessantes, sedutoras e simpáticas pelos seus pares. Além disso, é garantia de assunto naquela hora do silêncio mortal.

Mostrar fotos com seu pet, pequenos vídeos das artes e momentos fofos e muito mais, pode gerar proximidade e abertura para novos assuntos, provando que são diversos os benefícios de ter um gato.

6. Ajudam a desenvolver a afetividade
Algumas pessoas têm realmente problemas para criar vínculos e desenvolver a afetividade, sendo sempre recomendado ter um pet. Mas qual seria o ideal? Cachorros são aquelas figuras fofas e agitadas, totalmente carentes e que dão a vida para estar ao seu lado. Então talvez acabem atrapalhando o processo.

Já os peixes e aves são muito impessoais, mantendo a zona de conforto. Os gatos, por sua vez, são afetivos, sem invadir tanto o espaço do dono e têm mais sensibilidade se devem chegar ou não, sendo excelentes para um primeiro passo no processo.

7. Ajudam a desenvolver a responsabilidade
O último dentre os benefícios de ter um gato é sobre ter uma vida sob suas responsabilidades. Ajuda a desenvolver o senso de dever e doação, cuidando da alimentação, higiene, água, banho, saúde e tudo o mais que envolve ter um gatinho.

Isso é excelente para crianças maiores e até adultos, que pretendem se disciplinar e criar rotinas, com um mascote muito fofo e exigente.

Gostou da ideia? Agora que já sabe os benefícios, pode adotar um gatinho! Existem inúmeros centros de adoção procurando por donos amorosos e dispostos a aumentar a família. Procure um mais próximo na sua cidade e arrume um amiguinho para alegar mais o seu lar.

*Por Angela Oliveira
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*Fonte: dicasonline

Memória fotográfica: é possível treinar o cérebro para ter uma?

Descubra se a memória fotográfica é real ou um mito, e aprenda a treinar seu cérebro para melhorar sua capacidade de memória visual.

Memória fotográfica, ou memória eidética, é real ou apenas um mito? Embora não haja evidências científicas claras para apoiar a existência de tal memória, alguns indivíduos afirmam possuir essa habilidade notável. Eles dizem que podem se lembrar de uma cena ou imagem inteira com detalhes incríveis após vê-la apenas uma vez, deixando os outros se perguntando se eles também poderiam desenvolver um talento tão extraordinário.

O cérebro humano tem uma capacidade notável de processar e armazenar informações visuais, mas é um desafio medir a capacidade de memória visual com precisão. Apesar dessa incerteza, sabemos que existem maneiras de melhorar nosso desempenho geral de memória, aprimorar nossas habilidades de lembrança e aumentar a retenção de longo prazo por meio de práticas conscientes e mudanças no estilo de vida.

Neste post, vamos explorar como o cérebro processa imagens visuais e as armazena em sistemas de memória de longo prazo. Examinaremos diferentes tipos de memórias visuais de curto prazo, como memórias icônicas e memórias de trabalho, que nos permitem tomar ações apropriadas com base nos estímulos recebidos. Além disso, discutiremos várias técnicas, como sistemas mnemônicos que auxiliam nas tarefas de memorização, juntamente com outros hábitos saudáveis, como exercícios regulares e o consumo de alimentos ricos em ômega-3, que podem ajudar a melhorar a clareza mental e o foco.

Memória fotográfica: realidade ou ficção?
A existência da memória fotográfica ainda é motivo de debate na comunidade científica. Embora algumas pessoas afirmem tê-la, não está claro se eles possuem um tipo especial de capacidade de memória ou simplesmente têm um aprendizado visual aprimorado.

É difícil avaliar a capacidade de memória visual de alguém, mas pesquisas mostram que uma breve exposição a imagens pode ser suficiente para armazená-las em nossos sistemas de memória de longo prazo. Exposições repetidas também melhoram as taxas de retenção de imagem a longo prazo.

No entanto, existem diferentes formas de memória visual icônica e de curto prazo que não duram indefinidamente. Por exemplo, a memória de trabalho visual pode conter apenas pequenas quantidades de dados de estímulos visuais e as memórias icônicas desaparecem com o tempo.

No entanto, manter o cérebro ativo praticando exercícios de atenção plena e consumindo ômega-3 pode ajudar a aumentar o desempenho geral da memória. Além disso, sistemas mnemônicos e outras dicas úteis podem ajudar a melhorar as habilidades de recordação.

Como ter memória fotográfica?
Indivíduos que afirmam ter memória fotográfica são capazes de reter grandes quantidades de informação visual após apenas breves exposições. Embora a causa exata desse fenômeno seja desconhecida, uma pesquisa publicada na Frontiers of Neuroscience sugere que as taxas de memória de imagem de longo prazo aumentam quando os indivíduos visualizam o mesmo objeto ou cena várias vezes.

Além disso, embora os sistemas de memória icônica sejam capazes de armazenar quantidades substanciais de dados visuais, essas memórias tendem a ser fugazes e podem desaparecer com o tempo. Em contraste, aqueles com memória eidética podem recordar a composição de uma pintura imediatamente após vê-la, mas podem esquecer detalhes com o passar do tempo.

Treinando o cérebro para ter uma memória “fotográfica”
É importante observar que não há evidências científicas que apoiem a capacidade de um indivíduo treinar seu cérebro para a memória fotográfica. No entanto, certas mudanças no estilo de vida e na dieta, como exercícios regulares e consumo de alimentos ricos em ômega-3, podem melhorar a memória de trabalho geral.

Além disso, praticar estudos mnemônicos ou outras técnicas para melhorar a lembrança também pode produzir resultados positivos em termos de retenção de informações visuais no armazenamento de memória de curto e longo prazo.

Faça exercícios
Quando se trata de melhorar sua memória, o exercício físico pode ser uma ferramenta poderosa. Na verdade, uma pesquisa na European Review of Aging and Physical Activity sugere que exercícios moderados por 45 a 60 minutos, três vezes por semana durante seis meses, podem melhorar a memória de trabalho de adultos mais velhos.

Além desse importante benefício, o exercício regular tem sido associado a inúmeras outras vantagens para a saúde. Portanto, se você deseja dar um impulso ao seu cérebro e manter seu corpo em forma ao mesmo tempo, certifique-se de incorporar a atividade física em sua rotina diária.

Atenção plena
Se você está procurando maneiras de melhorar sua memória, o treinamento de atenção plena pode ser a solução de que você precisa. Essa técnica demonstrou melhorar a atenção e a memória de trabalho em pessoas de todas as idades.

Por exemplo, um estudo recente publicado na Frontiers in Psychology revelou que técnicas específicas de meditação podem aumentar significativamente a função e o foco da memória de curto prazo. Ao praticar a atenção plena regularmente, você pode treinar seu cérebro para ficar mais presente no momento e reter melhor as informações.

Portanto, se você deseja melhorar suas habilidades de memória, tente incorporar alguns exercícios de atenção plena em sua rotina diária.

Ômega-3
Uma maneira de melhorar sua memória visual é consumindo alimentos ricos em ômega-3. Embora não haja evidências científicas conclusivas sobre a eficácia do ômega-3 para melhorar a memória fotográfica, estudos sugerem que ele pode ajudar a aumentar a função cognitiva geral.

As membranas celulares do cérebro são compostas principalmente de DHA, que é um tipo de ácido graxo ômega-3. Consumir alimentos como peixe ou tomar suplementos pode fornecer ao cérebro mais DHA e melhorar seu desempenho geral. O ômega-3 também reduz a inflamação, o que pode ser benéfico para a saúde do cérebro.

Embora consumir ômega-3 sozinho não forneça automaticamente memória fotográfica, ainda é uma maneira fácil e saudável de ajudar a melhorar a função cognitiva e apoiar a saúde do cérebro a longo prazo. Então vá em frente e adicione um pouco de salmão ou linhaça à sua dieta!

Conclusão
Além dos métodos de aumento de memória mencionados anteriormente, existem várias outras maneiras de melhorar sua memória. É essencial manter seu cérebro ativo e engajado com uma série de atividades, como leitura, palavras-cruzadas ou quebra-cabeças. Além disso, você pode experimentar sistemas mnemônicos que ajudam a lembrar informações por meio de técnicas de associação e visualização.

Engajar-se em exercícios como atenção plena também pode melhorar seu foco e fortalecer suas habilidades cognitivas. Os ácidos graxos ômega-3 encontrados no óleo de peixe também foram associados à melhora da função cerebral.

*Por Elisson Amboni
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*Fonte: socientifica

Aquecimento de 1,5°C pode ser alcançado já nos próximos 5 anos

É praticamente certo que o mundo ultrapassará o limite de 1,5 grau Celsius de aquecimento global nos próximos cinco anos. É o que indica um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial, que alerta também para impactos devastadores em sistemas como recifes de coral e o gelo do Ártico.

Em 2015, as chances de as temperaturas mundiais excederem, ainda que temporariamente, 1,5°C nos cinco anos seguintes, eram próximas de zero. Essas probabilidades vêm aumentando desde então, à medida que a emissão de gases de efeito estufa segue aumentando, principalmente pelo uso de combustíveis fósseis.

Consequências permanentes ainda que o aquecimento seja temporário
O mundo já está pelo menos 1,1°C mais quente do que era antes da industrialização e algumas das mudanças que podem ocorrer como resultado do aquecimento em mais de 1,5 graus Celsius podem ser permanentes, mesmo que o planeta esfrie de volta.

Um único ano de excedência acima de 1,5°C não significa que violamos o limite do Acordo de Paris, mas revela que estamos nos aproximando cada vez mais a uma situação em que 1,5°C pode ser excedido por um período prolongado.

A 1,5°C, muitos dos recifes de coral do mundo serão destruídos, e o chamado permafrost em alguns lugares pode atingir um ponto de inflexão. O permafrost é um solo “permanentemente” congelado que fica sob grande parte do Ártico, mantendo reservadas enormes reservas de dióxido de carbono. Conforme a temperatura aumenta, esse gelo derrete e o CO2 vai sendo liberado, contribuindo para o aumento dos efeitos danosos das mudanças climáticas.

Nossos oceanos continuarão a se tornar mais quentes e ácidos, o gelo marinho e as geleiras continuarão a derreter, o nível do mar continuará subindo e nosso clima se tornará mais extremo. A camada de gelo e o derretimento das geleiras no Ártico levarão ao aumento acelerado do nível do mar, que pode ser irreversível por séculos e desastroso para o planeta, à medida que os riscos de inundações extremas aumentam.

O zero líquido refere-se a um estado em que o mundo reduz ao máximo suas emissões de gases de efeito estufa e compensa as que são difíceis de evitar, seja por meio do uso de tecnologia ou do plantio de árvores para capturar dióxido de carbono da atmosfera. Se não tomarmos essa ação, teremos ondas de calor muito piores e condições de incêndios florestais, bem como recifes de coral que foram dizimados além do reconhecimento. Nossas emissões de gases de efeito estufa ainda estão em níveis quase recordes e até que reduzamos as emissões para zero líquido, continuaremos a ver o aquecimento global. Resta saber se temos capacidade orgânica e física de suportar temperaturas tão altas – e por quanto tempo…

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*Fonte: pensamentoverde

Ansiedade com mudanças climáticas afeta a vida de 45% dos jovens no mundo

Pesquisa com 10 mil pessoas de 16 a 25 anos em dez países — incluindo o Brasil — indica que os mais novos consideram o futuro “assustador” e inação de governos é a principal causa

Os impactos ambientais das mudanças climáticas já são bastante estudados pela ciência. Mas eles não se restringem à natureza. Há indícios de que as alterações do clima e suas consequências afetam também a saúde mental dos mais jovens. É o que indica uma pesquisa publicada no periódico Science Direct.

Estudiosos das universidades de Bath, Helsinki e East Anglia entrevistaram 10 mil jovens com idades entre 16 e 25 anos, de dez países diferentes — incluindo o Brasil. O objetivo era entender como eles são afetados pelas mudanças climáticas .

Os participantes responderam a questionários sobre seus pensamentos e sentimentos a respeito da emergência climática e do posicionamento de governos frente a ela. A partir dos dados coletados, eles avaliaram se o sofrimento, a ansiedade, os pensamentos negativos e a angústia dos voluntários em relação ao clima estavam ligados às medidas dos governantes.

Os resultados indicaram que 59% dos entrevistados se mostraram muito ou extremamente preocupados com as mudanças climáticas, e mais da metade relatou sentir tristeza, ansiedade, raiva, impotência e culpa sobre essas questões.

Quanto às ações dos governantes sobre as mudanças climáticas, os jovens tampouco estão satisfeitos: 61% alegaram que a forma como os governos lidam com as alterações do clima não protege o planeta, a geração atual ou as futuras.

Cerca de 75% dos entrevistados veem o futuro como assustador, e mais de 45% consideram que seus sentimentos sobre as mudanças climáticas afetam negativamente sua vida diária. Além disso, muitos admitiram um alto número de pensamentos negativos e sensação de ansiedade e angústia relacionados com as respostas inadequadas do governo de seus países.

“Este estudo mostra um quadro horrível de ansiedade climática generalizada em nossas crianças e jovens. E sugere, pela primeira vez, que altos níveis de sofrimento psicológico em jovens estão ligados à inação do governo”, comenta Caroline Hickman, da Universidade de Bath e coautora principal do estudo, em nota.

Para os estudiosos, medidas para minimizar o sofrimento dos jovens devem partir dos governos e governantes, os responsáveis por adotar ações de combate aos efeitos do clima com intuito de “proteger a saúde mental de crianças e jovens por meio de ações éticas, coletivas e baseadas em políticas contra as mudanças climáticas”.

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*Fonte: revistagalileu

As 3 características que fazem de alguém uma boa pessoa

Você tende a ver o melhor das pessoas ou presume que os outros estão querendo te trapacear? Prioriza a honestidade na conversa ou prefere manter o charme a qualquer custo?

Suas respostas determinam em parte o quanto você é um “santo cotidiano”, de acordo com um grupo de psicólogos que surgiu com uma nova maneira de categorizar traços de personalidade benéficos.

Ajuda a entrar nesse grupo se você vê os humanos, e a humanidade em geral, como fundamentalmente bons – e os trata dessa maneira também.

Duas décadas atrás, psicólogos surgiram com a agora infame “tríade obscura” dos traços de personalidade para entender pessoas como as que não pensam duas vezes antes de trapacear em um teste ou aquelas que caem em cima de alguém mais fraco.

Desde então, os pesquisadores se apoderaram desse trio – narcisismo, maquiavelismo e psicopatia -, relacionando-o a uma variedade de coisas, como sucesso no trabalho, problemas de relacionamento e até mesmo os “sete pecados capitais”.

É exatamente por isso que Scott Barry Kaufman, psicólogo da Universidade Columbia, nos EUA, decidiu que era hora de recompor o equilíbrio em favor do lado positivo de nossas vidas.

“Fiquei bastante frustrado com o fato de as pessoas serem tão fascinadas com o lado sombrio, enquanto o lado da luz da personalidade estava sendo negligenciado”, explica.

Como sua contraparte sombria, a “tríade de luz” investigada por Kaufman e seus colegas compreende três traços de personalidade.

Cada um deles destaca um aspecto diferente de como você interage com os outros: de ver o melhor nas pessoas a ser rápido em perdoar, do aplaudir o sucesso dos outros a ficar desconfortável manipulando as pessoas.

Afinal, que características são essas?

O que os ‘santos do cotidiano’ precisam ter

O primeiro traço, o humanismo, é definido como acreditar na dignidade inerente e no valor de outros seres humanos.

O segundo, o kantismo, recebe o nome do filósofo Immanuel Kant, e neste caso indica tratar as pessoas como fins em si mesmas, não apenas como peões involuntários em seu jogo pessoal de xadrez.

Finalmente, a “fé na humanidade” é sobre acreditar que os outros humanos são fundamentalmente bons e não querem tirar vantagem de você.

William Fleeson, psicólogo da Universidade Wake Forest, nos EUA, diz que as três características se encaixam bem na pesquisa existente sobre o que faz de alguém uma boa pessoa. Em particular, acreditar que outras pessoas são boas parece ser fundamental.

“Quanto mais alguém acredita que os outros são bons, menos sente a necessidade de proteger-se e de punir os outros quando estes fazem algo ruim”, detalha.

Os “santos do cotidiano” não estão apenas beneficiando o resto do mundo com sua gentileza. Kaufman descobriu que aqueles que têm uma alta classificação nestes traços apresentam maior autoestima, senso de identidade e satisfação com seus relacionamentos e com a vida em geral.

Uma série de características fortes também se mostraram ligadas a pontuações altas, como curiosidade, entusiasmo, amor, bondade, trabalho em equipe, perdão e gratidão.

Um pouco de luz, um pouco de sombra
Em vez de ser apenas luz ou obscuridade, a maioria das pessoas será uma mistura. Você pode fazer um teste que mostrará seus níveis de personalidade leve e sombria no site de Kaufman (em inglês).

Enquanto alguém que tem uma pontuação alta em traços de personalidade leve provavelmente terá uma pontuação baixa para os obscuros, ficou claro durante os estudos de Kaufman que estas facetas não estão realmente em oposição direta uma à outra, apoiando a ideia de que somos todos um pouco ambos.

Isso pode ser uma coisa boa. Aqueles com personalidades mais sombrias tendem a ser mais corajosos e assertivos, por exemplo – dois traços que são úteis quando se tenta colocar as coisas em prática. Personalidades mais obscuras também estão correlacionadas com a criatividade e a habilidade de liderança.

“Eu acho que essa dualidade está em todos nós”, diz ele. “Abraçar o lado obscuro é realmente uma coisa muito boa, e aproveitá-lo de forma saudável por seu potencial criativo é mais importante do que fingir que ele não está ali.”

Mesmo se você se virar para o lado da luz, isso não significa que sua vida será toda iluminada.

Uma faceta do kantismo, por exemplo, é o preceito de permanecer autêntico, mesmo que isso possa prejudicar sua reputação. Alguém que vive assim poderá, em nome de permanecer fiel a si mesmo, acabar em uma posição controversa.

“Às vezes, a autenticidade exige tomar uma posição”, diz Kaufman. “Mas você não está fazendo isso de uma maneira que está tentando manipular alguém.”

Tomemos o exemplo de Dorothy Day, uma jornalista e ativista americana que morreu em 1980. Ela dedicou sua vida à justiça social e à assistência aos pobres, fundando abrigos, por exemplo. Por sua trajetória de doação, alguns defendem que ela seja canonizada pela Igreja Católica.

Mas ela nem sempre teria sido considerada agradável por todos.

“Ela era extremamente moralista, viveu na pobreza e muitas vezes perdeu amizades por conta de sua postura”, diz Fleeson.

Aqueles com personalidades mais leves também tendem a se sentir mais culpados – o que não é necessariamente uma coisa ruim, diz Taya Cohen, da Tepper School of Business da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA.

Há uma diferença entre sentimentos saudáveis ​​de culpa desencadeados por nossas próprias ações e ruminações nocivas que poderiam ser classificadas como vergonha, diz ela.

“Mesmo que o sentimento de culpa seja desagradável, em geral, ele ajuda as pessoas a se comportarem de maneiras mais apropriadas”.

De fato, a pesquisa vinculou a tendência à culpa a uma variedade de comportamentos positivos em diferentes aspectos da vida das pessoas. Por exemplo, se você derramasse acidentalmente vinho sobre o tapete novo e claro de um amigo e depois movesse uma cadeira para cobrir a mancha, como você se sentiria no dia seguinte?

Metamorfoses ambulantes

Aqueles que sentem que agiram mal são mais propensos à culpa. Mas essa culpa é, na verdade, apenas sentir uma profunda responsabilidade pelos outros, diz Cohen – uma luz interior que nos guia para fazer a coisa certa.

Se você tem medo de não se sair muito bem no teste da “tríade de luz”, considere que nossas personalidades são mais mutáveis ​​do que você imagina.

Embora o trabalho feito por Fleeson e seus colegas tenha constatado que as pessoas tendem a ser moralmente consistentes a curto prazo, durante um período mais longo, pode haver espaço para manobras.

Day – que está a caminho de se tornar uma santa oficial – acreditava que alguém poderia escolher tornar-se uma pessoa melhor também, forçando-se a mudar de forma lenta mas consistente ao longo do tempo.

Enquanto ainda não há pesquisas para mostrar que a sua ideia funciona para todos, há evidências de que a personalidade é um tanto maleável ao longo de nossas vidas.

“Eu acho que a personalidade é apenas uma combinação de hábitos, estados de pensamento, ação e sentimento no mundo, e que podemos mudar esses hábitos”, diz Kaufman.

Estudos também mostram que a tendência à culpa tende a aumentar ao longo da vida adulta, dos 20 aos 60 anos, então há uma chance de você acabar se tornando mais “santo” à medida que envelhece, quer você goste disso ou não.

O trabalho de Kaufman com a tríade de luz traz uma mensagem esperançosa sobre os humanos em geral. Mais de mil pessoas realizaram os dois testes para revelar seus traços de personalidade leves e obscuros – e em média, os testados inclinaram-se mais para o lado da luz.

“Isso é uma espécie de verificação de que, apesar dos horrores do mundo, as pessoas são por padrão basicamente inclinadas para o lado da luz”, aponta.

Se mais trabalhos sobre esta tríade encontrarem a mesma coisa, isto reforçará a ideia de que, apesar de todas as nossas falhas, as pessoas são basicamente boas.

Talvez isso seja suficiente para estimular a fé na humanidade de qualquer um que esteja oscilando entre o lado sombrio e o lado leve de sua personalidade, e incline a balança a favor da “santidade” cotidiana.

*Por Kelly Oakes – BBC
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*Fonte: bbc-brasil

Nos EUA, partículas aéreas de microplástico estão “por todo lado”

Pesquisa realizada nos Estados Unidos revela que pedaços microscópicos de plástico presentes na atmosfera tiveram como fonte emissões em estradas, no mar e na agricultura

A poluição por plástico está entre as grandes preocupações ambientais do século 21. Além de demorar centenas de anos para se decompor, esse tipo de material pode ser transportado pela atmosfera como microplástico, praticamente seguindo um ciclo biogeoquímico próprio — são os chamados aerossóis microplásticos.

Em uma pesquisa publicada no último dia 20 de abril no periódico Proceedings of the National Academy of Science, cientistas dos Estados Unidos e da Áustria se dedicaram a identificar possíveis origens dessa minpusculas partículas áreas de plástico. Para isso, foram coletados dados de dezembro de 2017 a janeiro de 2019, com foco no oeste dos EUA.

“Nós encontramos bastante poluição por plástico por todo lado onde olhamos”, afirma, em nota, Janice Brahney, principal autora do artigo e professora na Universidade Estadual de Utah. “Esse plástico não é novo, ele veio de tudo que jogamos no meio ambiente por décadas”, complementa.

Os resultados sugerem que 84% das partículas de microplástico analisadas vieram de estradas, graças à movimentação de carros e caminhões, que geram esses poluentes a partir da abrasão de pneus contra o asfalto. A pesquisa evidencia ainda que cerca de 11% chegaram à atmosfera a partir do oceano e 5% tiveram origem em solos utilizados para agricultura.

Os pesquisadores descobriram que, no caso dos ambientes marinhos, a ação oceânica acaba triturando o lixo plástico em pequenas partículas e as transporta pela atmosfera por um período que pode variar de uma hora a seis dias.

O fato desses materiais estarem se acumulando em tantos lugares e recirculando para as mais diversas áreas chamou a atenção dos cientistas. “Não é apenas nas cidades ou nos oceanos. Estamos achando microplásticos em parques nacionais”, observa a pesquisadora Natalie Mahowald, da Universidade Cornell, também nos EUA.

Diante desse cenário, os pesquisadores acreditam que compreender as origens e as consequências do microplástico na atmosfera deveria ser uma prioridade. “As nossas melhores estimativas mostram que a maioria dos continentes provavelmente importa microplásticos do ambiente marinho”, alerta Mahowald. Por isso, a equipe pretende futuramente fazer mais pesquisas sobre o ciclo do plástico.

*Esta matéria faz parte da iniciativa #UmSóPlaneta, união de 19 marcas da Editora Globo, Edições Globo Condé Nast e CBN. Saiba mais em umsoplaneta.globo.com
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*Fonte: revistagalileu

IBM interrompe contratações de cargos que podem ser substituídos por IA

Estratégia da empresa pode significar cerca de 7.800 empregos perdidos

A International Business Machines (IBM) disse que irá interromper as contratações para cargos que acredita que podem ser substituídos por Inteligência Artificial (IA) nos próximos anos. À Bloomberg News, o CEO da companhia, Arvind Krishna, destacou principalmente o recrutamento para funções administrativas, como na área de Recursos Humanos.

Funções não voltadas para o cliente, como Krishna categorizou, totalizam cerca de 26 mil trabalhadores da IBM. Segundo a projeção do executivo, 30% disso será possivelmente substituído por IA e automação — o que significa 7.800 vagas substituídas pela tecnologia.

Eu poderia ver facilmente 30% disso sendo substituído por IA e automação em um período de cinco anos.

Arvind Krishna, CEO da IBM, à Bloomberg News. Arvind Krishna, CEO da IBM, à Bloomberg News.

De acordo com um porta-voz, a redução inclui também os cortes de funções por desgaste ou por se tornar obsoleta. O plano marca uma das maiores estratégias de força de trabalho anunciadas em resposta ao rápido avanço da tecnologia.

A notícia vem com surpresa (mas nem tanto) para os que não acreditavam que algo neste sentido pudesse ocorrer devido o boom da inteligência artificial — ao menos não tão rapidamente.

A ferramenta consegue automatizar o atendimento ao cliente, já que cria sozinha textos e códigos, mas se a mudança é segura ou viável, é outra questão — a IA não é capaz de substituir toda a participação humana nas funções, mas tem sua colaboração na criatividade, inovação e otimização, conforme análise do sócio e diretor de inovação e criatividade na DreamONE, Ricardo Tarza. Confira aqui análise completa!

Recentemente, o próprio ChatGPT também deu sua opinião e listou não apenas quais vagas podem ser afetadas pela sua chegada, mas em quanto tempo isso irá acontecer. Veja aqui!

Atualmente, a IBM emprega cerca de 260 mil trabalhadores e continua contratando para funções de desenvolvimento de software e atendimento ao cliente. Vale lembrar que a companhia também entrou na onda das demissões e anunciou, no início do ano, um corte de 5 mil funcionários.

*Por Tamires Ferreira
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*Fonte: olhardigital

Prepare-se, super El Niño deve mudar o clima do mundo em breve

Esse super El Niño pode trazer climas inesperados para determinados locais, como secas onde

Previsões climáticas estão indicando a presença de um super El Niño no segundo semestre deste ano. O fenômeno meteorológico deve ser muito intenso e modificar o clima do planeta enquanto estiver ativo.

Existem dois tipos de El Niño: o clássico, que altera a temperatura do mundo todo com o aquecimento de uma grande faixa do Oceano Pacífico, e o costeiro, em que ocorre o aquecimento apenas na costa do Peru e do Equador.

No momento, o que está em vigor é o costeiro, mas o super El Niño previsto para o segundo semestre é o clássico.

“El Niño é basicamente uma mudança na força e direção dos ventos alísios que sopram do leste para o oeste no Oceano Pacífico, o que faz com que a água quente encontrada na parte ocidental do Oceano Pacífico se mova para a região central e oriental do Pacífico”, explica Ángel Adames Corraliza, professor de ciências atmosféricas da Universidade de Wisconsin, nos EUA, à BBC News.

Segundo a Metsul, a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos, informou que a “anomalia de temperatura da superfície do mar era de +0,3ºC na denominada região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Central, que é usada oficialmente para definir se há um El Niño na forma clássica e de impacto global. O valor está na faixa de neutralidade de -0,4ºC a +0,4ºC”.

“Por outro lado, a região Niño 1+2, perto das costas do Equador e do Peru, que costuma impactar as precipitações e a temperatura no Sul do Brasil em qualquer época do ano, estava com anomalia de +2,5ºC, em nível de El Niño costeiro forte a muito forte”, completa ainda.


Super El Niño deve fazer estrago

O evento previsto para o segundo semestre, de acordo com dados da Universidade de Colúmbia, em Nova York, pode causar uma anomalia na região do Pacífico Centro-Leste entre 2,5ºC e 3,0ºC.

Mas quais mudanças o El Niño pode provocar? Esse fenômeno pode trazer climas inesperados para determinados locais, como secas onde costuma ser úmido e até mesmo chuvas e desertos.

“Em geral, os impactos tendem a ser mais de calor e seca para a América Latina, mas os maiores efeitos tendem a ocorrer na encosta ocidental dos Andes e nas montanhas que predominam na América Latina. Então, estamos falando de Lima e de todas as grandes cidades daquela região costeira no lado do Pacífico da América do Sul que tendem a sofrer grandes impactos em termos de chuvas e calor”, finaliza Adames.

*Por Lucas Soares
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*Fonte: olhardigital

Redução de proteína explica envelhecimento acelerado associado à depressão

Pesquisadores brasileiros e franceses analisaram a relação entre o transtorno mental a diminuição da proteína GDF11, também ligada à perda de concentração e memória

Nos últimos anos, o diagnóstico de depressão tem se tornado cada vez mais comum e, segundo pesquisas recentes, o transtorno mental está relacionado a um envelhecimento mais rápido entre os pacientes. Um estudo feito por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e por cientistas franceses do Instituto Pasteur identificou mecanismos responsáveis por esse envelhecimento avançado em quem tem depressão.

Publicado em fevereiro no periódico Nature Aging, a pesquisa utilizou a metodologia translacional, em que são feitos experimentos laboratoriais em animais e em humanos.

Utilizando o método conhecido como Elisa, eles injetaram em camundongos a corticosterona, um hormônio associado ao estresse e que induz comportamento depressivo nos animais. Essa metodologia é conhecida por se basear em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas.

Nos animais com comportamento depressivo, foi medido o índice de uma proteína rejuvenescedora chamada GDF11. A expectativa era que a taxa dessa proteína teria sido reduzida — e foi exatamente isso que os pesquisadores puderam observar. A diminuição da GDF11 está relacionada com a perda de concentração, memória e envelhecimento acelerado, sintomas que podem ser apresentados por quem convive com a depressão.

Em seguida, a proteína foi reposta aos animais e eles deixaram de apresentar comportamento depressivo. O baixo índice de GDF11 também foi identificado em jovens diagnosticados com o transtorno mental e a pesquisa indica que pacientes possam lidar com o envelhecimento acelerado mesmo na juventude. A proteína não foi injetada em humanos, pois pode provocar alergias. Mais estudos serão necessários para averiguar se a GDF11 poderá ser usada em tratamento inovadores contra a depressão.

Pequenos obstáculos
Um dos maiores desafios da pesquisa, que foi realizada entre 2018 e 2023, foi mostrar o mecanismo que explica a redução da GDF11. Pois, eles tinham que mostrar e catalogar que a proteína estava baixa na depressão e que, ao se ter a reposição, o paciente saía da depressão através da autofagia, algo que os autores nem cogitam.

“Inicialmente tínhamos a ideia de que a proteína estaria baixa na depressão, e que dando a proteína melhoraria a depressão. Mas que era por meio da autofagia, isso a gente não sabia. Tivemos que ir testando vários outros mecanismos até isolar esse da autofagia”, afirma o professor Flávio Kapczinski, do departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS, ao Jornal da Universidade.

Feita ao longo de cinco anos, outro desafio enfrentado durante a pesquisa foi a formatura e a consequente saída de pós-doutorandos que estavam participando do projeto. “Demorou tanto que foi desmotivando os pesquisadores. A gente teve que se manter firme, fazendo aos pouquinhos cada um dos experimentos”, comenta Kapczinski, que também comemora a publicação do estudo.

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*Fonte: revistagalileu

Quantos anos um ser humano poderia viver? A resposta pode te surpreender

Por milênios, os humanos têm tentado estender nossa expectativa de vida o máximo que podem. Tentamos congelar nossos organismos, jejuar e usar remédios à base de ervas em abundância.

Recentemente, bilionários como Larry Page, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos investiram fortemente em empresas de biotecnologia como Altos Labs, Juvenescence e Unity Biotechnology, que buscam a longevidade por meio do rejuvenescimento celular e prevenção de doenças.

Até agora, o tempo mais longo que sabemos que alguém já viveu foi 122 anos. Mas isso pode estar no limite inferior do nosso limite potencial.

Os seres humanos podem ter um limite de vida de 150 anos
Mesmo se você vivesse em uma bolha sem doenças ou perigos, seu corpo ainda experimentaria desgaste ao bombear sangue, digerir comida e conduzir todas as funções necessárias para a sobrevivência.

Quanto mais você envelhece, mais tempo levará para o seu corpo “se recuperar” desse desgaste, porque o envelhecimento está embutido em nossas células e DNA. Tudo isso significa que seus tecidos perdem gradualmente a capacidade de se curar, o que pode levar a doenças e disfunções.

Um estudo sugeriu que o tempo de recuperação do corpo humano dobra a cada 15 anos – portanto, uma contusão que levou uma semana para cicatrizar aos 40 anos pode levar duas semanas aos 55 anos. Eventualmente, o corpo humano perde toda a sua resiliência, então quaisquer ossos ou tecidos quebrados permanecem quebrados. Uma vez que muitas partes do corpo funcionam mal, você morre.

Os pesquisadores não concordam necessariamente com o limite máximo para quando isso acontece. Alguns propuseram 115 anos, outros 130 anos. Um dos estudos mais recentes analisando mais de meio milhão de pessoas nos Estados Unidos e no Reino Unido sugeriu que os humanos perdem toda a resiliência em algum momento entre 120 e 150 anos.

A grande questão é: e se pudéssemos retardar esse desgaste, ou melhor ainda, evitá-lo completamente? Alguns especialistas argumentam que, com os avanços médicos, a expectativa de vida humana média não tem limite natural.

Olhando no envelhecimento em nível celular para ver o que está nos impedindo de ter uma vida mais longa, grupos de pesquisadores procuram entender e potencialmente reverter o processo de envelhecimento.

A senescência celular é um dos tópicos mais pesquisados ​​do envelhecimento
A senescência celular é quando uma célula para de se reproduzir, mas não morre.

Quando isso acontece, algumas células senescentes se transformam em zumbis destrutivos, flutuando e liberando substâncias químicas inflamatórias que prejudicam células saudáveis, incluindo células-tronco – os “reparadores” do seu corpo que ajudam a substituir tecidos danificados ou quebrados.

Mas nem todas as células senescentes são ruins.

Algumas células senescentes secretam substâncias químicas que ajudam a reparar feridas, disse Paul Robbins, diretor associado do Instituto de Biologia do Envelhecimento e Metabolismo e da Equipe de Descobertas Médicas em Biologia do Envelhecimento da Universidade de Minnesota, EUA.

Empresas como Life Biosciences e Unity Biotechnology estão atualmente desenvolvendo drogas chamadas senolíticas para conter e destruir apenas as células senescentes “ruins” em seu corpo. Algumas drogas experimentais podem até impedir que as células se tornem senescentes em primeiro lugar.

Mas até agora, ninguém descobriu como prevenir ou eliminar completamente as células senescentes nocivas.

Aos 60 anos, o corpo humano – em particular o sistema imunológico – tem mais dificuldade em eliminar as células senescentes nocivas, o que pode levar a um acúmulo que desencadeia danos e falhas nos tecidos, disse Robbins.

Uma das principais causas da senescência celular é o dano ao seu DNA , que ajudou a desencadear outra área de pesquisa que levou ao Prêmio Nobel em 2009: os telômeros.


Os telômeros ajudam a estimar sua idade biológica
Alguns argumentam que a idade biológica – a idade de suas células e tecidos – é um indicador melhor de sua expectativa de vida do que sua idade cronológica, ou quantos anos você está vivo.

Uma maneira comum dos cientistas estimarem a idade biológica é medir os telômeros em certas células imunológicas.

Os telômeros são tampas protetoras no final do seu DNA. Eles são feitos de cadeias de moléculas chamadas pares de bases. Conforme você envelhece, esses pares de bases desaparecem, encurtando seus telômeros. E telômeros mais curtos deixam o DNA mais vulnerável a danos e aos efeitos do envelhecimento.

Quando você nasce, os telômeros de certas células imunológicas, chamadas leucócitos, podem ter entre 7.000 e 11.600 pares de bases. Uma vez que esse tamanho diminui para 5.000 pares de bases, você corre um alto risco de morte iminente, segundo um estudo recente.

Mas outra pesquisa descobriu que algumas pessoas que vivem mais de 100 anos realmente experimentam telômeros que ficam mais longos a cada ano, não mais curtos. Isso levou alguns cientistas a pesquisar maneiras de imitar esse processo de recuperação dos telômeros em indivíduos mais jovens.

Por exemplo, a Aviv Clinics realizou um estudo examinando como 35 adultos mais velhos responderam à oxigenoterapia hiperbárica, na qual você descansa em uma câmara com alta pressão de ar e níveis de oxigênio. Eles conseguiram aumentar o comprimento dos telômeros nas células leucocitárias dos participantes após 30 sessões diárias de OHB.

Mas a maioria dos telômeros parou de crescer após a 30ª sessão, e os cientistas ainda não sabem quanto tempo os efeitos do tratamento podem durar.

A metilação do DNA está ligada a várias doenças relacionadas à idade
Outro contribuinte para danos ao DNA e senescência celular é a metilação do DNA – quando moléculas chamadas grupos metila se ligam a certas seções de seus genes para controlar seu comportamento.

*Por Julio Batista
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*Fonte: universoracionalista

Como enfrentar a difícil tarefa de sermos pais dos nossos pais

“Estamos preparados para administrar a educação de nossos filhos. Mas é difícil para nós acompanhar a velhice e a deterioração daqueles que nos deram a vida: razões, testemunhos e conselhos.”

“Meu pai tem 92 anos. Todas as semanas espera o domingo ao meio-dia, dia da família se reunir. Espera ansioso pelo “dia da história”. Nós dois amamos o mundo da fantasia, do cinema e dos livros. Ele me ensinou a navegar no universo de princesas, piratas, dragões. Porém meu herói mais fantástico foi sempre ele. Hoje já não caminha, mas de sua cadeira espera como uma criança que alguma história o surpreenda. Cinquenta anos depois, quem inventa as histórias sou eu. No começo, eu ficava triste por isso. Mas agora eu desfruto desses momentos e devolvo para ele algo que me disse desde pequena. Uma história é fechada, bonita e triste ao mesmo tempo. Como a vida, não é?”

Essas são história que ouvi e me atingiram muito, também me comoveram e me fizeram questionar.

Os braços fortes que nos embalavam, agora tremem. Os olhares que nos protegeram agora se transformam em bolas confusas e medrosas. A segurança que veio desses lábios transforma-se em impotência. Quem inventava maneiras de comermos bem, passa a necessitar que cortemos a comida em pequenos pedaços. Quem contava “um, dois, três” para nos lançar para o céu, hoje não pode subir a escada sem precisar do nosso apoio.

Da antiga pressa para chegar logo ao destino, passam a perguntar “Que dia é hoje, filho?” O tempo passa e nossos pais também crescem, isso é difícil.

Ser pai é conter, apoiar, acompanhar o crescimento, ser fiador dos nossos filhos. Somos crianças quando nascemos e voltamos a ser quando envelhecemos. Nesta curva, nós filhos deixamos de ser cuidados e passamos a ser cuidadores. A equação de proteção é invertida, aqueles que antes nos vigiavam passam a precisar da nossa proteção. E homens e mulheres estão preparados – embora muitas vezes não saibamos como – administrar a educação de nossos filhos. Mas não estamos em condições de fazer isso com nossos pais. Podemos nos questionar e perguntar por que isso nos custa tanto.

Criar nossos filhos é acompanhar com alegria, medo, sucessos e erros o começo da vida. E pensar no declínio e na morte de nossos próprios pais nos deixa tristes, irritados e confusos. Isso nos angustia, nos irrita e nos confronta com o filme de nossa própria finitude. Ver nossos idosos envelhecendo é testemunhar um lento declínio dos guerreiros.

“Parte meu coração vê-la tão frágil, indefesa e desamparada. Eu não consigo me acostumar a vê-la assim.”

A expectativa de vida é muito maior hoje do que há décadas, devido aos avanços da medicina, às políticas de vida mais saudáveis ​​e à evolução das espécies. Isso é fantástico, mas tudo tem prós e contras. Nossos pais terão mais chances de chegarem a ser idosos, mas… Cuidar deles é também dizer adeus. É relembrar a nossa relação, os desafios, os carinhos, as tristezas e alegrias. A morte existe e entristece, e se é de nossos pais mais ainda. Mas, como Victor Frankl disse no horror de um campo de extermínio do genocídio nazista, “a última coisa que podem nos tirar é nossa liberdade”. E mesmo nessa situação de dor, temos opções.

Há tantas combinações possíveis quanto histórias de pais e filhos, mas basicamente há três maneiras de lidar com essa situação.

1.Podemos ser filhos super-protetores e hipotecar nossas vidas, mas claramente não recomendo isto.
2. Podemos negar que estamos nos distanciando emocionalmente.
E a 3. Ou podemos tentar, o mais difícil, isto é: um equilíbrio saudável e amorosamente acompanhar esta fase de suas vidas. O equilíbrio é sempre a melhor maneira de evitar a superlotação de consultórios psicológicos. Diversas consultas em meu consultório estão relacionadas à gestão de pacientes adultos no relacionamento com seus pais, como cuidar deles sem invadir espaços, como acompanhar sem exageros, de um lado ou de outro.

Naturalmente, ter dinheiro será um aliado quando se trata de construir dispositivos de assistência e suporte. Mas além disso, o que eu quero apontar é a maneira como você se sente, pensa e se comporta diante dessa realidade inevitavelmente dolorosa.

E se nossos pais não foram amorosos conosco?
Alguns vão pensar “meus pais não me amaram e eu sofri muito com isso, como eu me importo com eles agora?” É um dos pontos mais difíceis desta questão, quando a relação foi ruim e o amor esteve apenas em segundo plano. Torna-se muito mais complicado transformar um filho no pai de seu pai.

Há mães e pais que fazem o melhor que podem. Mas eu também devo dizer, e isso é controverso e deixo o debate em aberto, há pais que não foram capazes, não quiseram ser pais amorosos. Se os filhos sofreram muito essa falta de carinho, é muito complicado que devolvam o que não receberam.

Também é importante saber que enquanto o passado grita, o presente se torna sombrio. É importante resolver os problemas pendentes com nossos pais quando eles estão vivos. É até idiota dizer isso, mas com lápides não podemos resolver ou administrar conflitos. Não vamos deixar para amanhã os conflitos que podemos resolver hoje.

A arte de colocar limites
Por outro lado, nossos pais e nós precisamos colocar em funcionamento limites e estratégias para lidar com novas situações. Teremos que lidar com suas ansiedades, entender angústias, mas também saber dizer não. Pessoas muito idosas podem ser extremamente exigentes e seus filhos terão que se diferenciar quando algo é importante e quando não é.

Caixa de Ferramentas
Paciência: Quase tanto quanto tiveram conosco quando éramos pequenos. Se eles não se lembram de coisas, se levam muito tempo para se vestir, se são desajeitados com suas tarefas. É difícil, é difícil, mas paciência.

Criatividade
Estratégias de busca para enfrentar essa nova realidade são necessárias. Encontre momentos de reuniões, aproveite o que puder, aproveite a oportunidade para perguntar tudo o que queremos saber sobre a nossa história, ser criativo ajuda a superar momentos difíceis em nossas vidas.

Capacidade de colocar palavras em nossas emoções
A raiva é geralmente o disfarce da tristeza. Identificar se é um ou outro nos permitirá agir melhor.

Os filhos têm a possibilidade de acompanhar e serem protagonistas dos últimos anos de vida dos pais, têm a chance de dar um pouco do amor que receberam, têm a maravilhosa oportunidade de administrar a dor com amor e integridade, e talvez um dia, a ideia de morte torna-se menos tortuosa se conseguirmos fechar de forma saudável os duelos e desafios que a vida está colocando no caminho.

*Este texto é uma tradução adaptada do texto “Cómo afrontar la difícil tarea de ser padres de nuestros padres” do psicólogo Alejandro Schujman, para o Clarín.
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*Fonte: fasdapsicanalise

10 dicas para envelhecer de maneira saudável

Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company, dá dicas de saúde e bem-estar

Com as taxas de natalidade caindo no Brasil desde 1970 é natural que a população idosa cresça rapidamente. Os idosos somam atualmente 31,2 milhões de habitantes, representando 14,7% da população, segundo o IBGE (Instituto de Geografia e Estatística) e a previsão é que o país tenha 73 idosos para cada 100 crianças até 2050. Isso significa aproximadamente 215 milhões de habitantes idosos no país.

Apesar de todos os tabus, envelhecer é o caminho natural e envelhecer com saúde é o que todos desejam. Conforme os anos passam, o corpo sente os efeitos do cansaço e a perda de vitalidade. Para chegar à fase da velhice com mais disposição é preciso prevenir – quanto antes começar a se exercitar, mais fácil será a transição.

As atividades físicas ajudam a aumentar a autoestima, a confiança e ainda prevenir algumas doenças. É uma situação oposta à vivida por muitos idosos, que dedicam o tempo ao chamado lazer ocioso, passivo, como assistir televisão e ficar deitado descansando.

“A muito penso em escrever algo que pudesse ser realmente efetivo para os mais jovens e para aqueles que, como eu, buscam envelhecer com saúde e em plena capacidade funcional. Minha experiência está apoiada em inúmeras modalidades desportivas, incluindo lutas, musculação e até mesmo o Cross Training”, afirma Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company, que traz recomendações para melhorar ou preservar a condição física, e evitar as temidas lesões. Confira abaixo.


Dicas do que deve ser realizado:

Priorize os exercícios integrados: preferencialmente as atividades multiarticulares que envolvem simultaneamente os membros inferiores e superiores. São exercícios que requerem mais de uma articulação, potencializam a participação dos músculos e é um excelente estímulo para o aumento nos níveis de força e coordenação. A partir de gestos funcionais são realizados movimentos que reproduzem as atividades cotidianas como a marcha, a corrida e as ações de sentar e levantar.

Foque nos exercícios de mobilidade: sem dúvida alguma, uma das razões mais comuns para as pessoas se sentirem fora de forma é a incapacidade de realizar determinados movimentos durante as tarefas do cotidiano, especialmente pela redução da mobilidade articular. Infelizmente, os jovens não conseguem perceber o quão importante é ter qualidade física.

“Temos que ter em mente que é muito mais fácil preservar a mobilidade do que ter que trabalhar para recuperá-la. Com o surgimento dos rolos de espuma (Foam Roller), em 5 a 10 minutos de trabalho de mobilidade por dia, você poderá acrescentar um bom condicionamento atlético por anos” ressalta Netto. “Cabe dizer que estudos científicos permitem afirmar o benefício da prática da autoliberação miofascial para se preservar a mobilidade, sem comprometer o desempenho”, completa.

Variação: divirta-se e jogue: variedade é uma questão primordial no treinamento. Portanto não tenha medo de se divertir. Ao longo do tempo de treinamento, você perceberá que seus programas devem ser versáteis o suficiente para preservar o condicionamento físico e a capacidade funcional. Sempre que possível, pratique e experimente suas modalidades esportivas favoritas.

Acrescente exercícios básicos do core: devemos dar ênfase a parte central do corpo, praticando o que denominamos core training, momento em que ocorrem as transferências dos membros superiores para os inferiores e vice-versa. Para que essa transferência ocorra, o trabalho deve ser focado em resistir à extensão e a rotação do tronco.

Acrescente saltos na sua rotina de treinamento: a pliometria pode ser considerada um dos mais famosos treinamentos utilizados para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento da potência muscular dos membros inferiores e da melhora do desempenho atlético.

A pliometria também é conhecida como ciclo alongamento-encurtamento (CAE). Esse ciclo somente ocorre quando existe uma ação muscular excêntrica seguida imediatamente por uma explosiva ação muscular concêntrica. É de extrema importância preservar a nossa capacidade de utilizar efetivamente o CAE. “Isso não implica na necessidade de realizar saltos nas caixas, mas acrescentar pequenos saltos”, enfatiza Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company.

Não fique cansado: para um envelhecimento saudável é fundamental a prática regular de treinamento cardiorrespiratório, como caminhada, corrida, natação, ciclismo, elíptico ou transport. Esse treinamento contribui para melhorar e preservar o consumo de oxigênio adequado e para manter os níveis de açúcar, de colesterol e de triglicerídeos normais.

A escolha da atividade física deve seguir uma lógica como, por exemplo, pessoas obesas ou com lesão nos membros inferiores não podem correr. Já os lesionados na coluna não podem correr e nem praticar ciclismo. Nesse caso, as melhores opções são a natação, o transport ou o elíptico.

Alongue-se sempre: os exercícios de alongamento somados aos exercícios de mobilidade permitem preservar a realização dos movimentos diários e evitam o encurtamento dos músculos, preservando a postura. Exercícios de alongamento são submáximos, de curta duração e não causam dor ou desconforto. São fáceis e podem ser realizados diariamente.

Fique ágil: o treinamento de agilidade é essencial para a autonomia funcional, considerando que o homem tenha que realizar tarefas rápidas e, por muitas vezes, inesperadas em seu dia a dia.

Ser coordenado faz bem: a coordenação é um elemento importante para o ser humano. Os movimentos coordenados garantem um maior desempenho e um menor gasto calórico, além de auxiliar na execução de atividades mais complexas.

Não posso cair e ter mais equilíbrio: em idosos a perda do equilíbrio potencializa quedas e fraturas. Por isso, o treinamento de equilíbrio não deve ser negligenciado e sim realizado por todos, inclusive por atletas. A perda do equilíbrio causa distúrbios osteomioarticulares que, por sua vez, ocasionam maiores cargas nas articulações e nos ossos.

Dicas do que não deve fazer:

Entenda que lesão não é dor. Existe lesão sem dor, ou seja, você pode estar machucado por realizar movimentos inadequados sem saber. Por isso:

Nunca realize em treinamento, no trabalho ou em casa o movimento de pegar e descarregar objetos no chão com flexão tronco lombar, flexão e rotação com os joelhos em extensão;

Iniciantes: devem começar com pouca sobrecarga e poucas repetições;

Não faça o alongamento sentado com um dos membros inferiores à frente e nem com o joelho em extensão ou abdução com joelho flexionado. Esse movimento cria sobrecarga no joelho flexionado;

Deitado dorsalmente, não faça rolamento para trás jogando todo o peso do corpo sobre a cervical;

Não faça ponte com apoio sobre a cabeça;

Evite a circundução da cervical. Rodar a cabeça não é uma boa ideia;

Não se exercite com dor, caso ela não passe durante o pós-aquecimento;

Evite excesso de treinamentos;

Fale com o seu médico para saber se existe a necessidade de fazer densitometria óssea. A osteoporose é um problema de saúde pública principalmente para mulheres na menopausa, sedentárias e, também, para usuários de medicamentos com cortisona;

Caminhadas devem ser moderadas e realizadas com tênis apropriado;

Não passe muito tempo sentado – esta posição aumenta a compressão nos discos lombares;

Pense na sua postura durante todo o dia e faça exercícios posturais diariamente;

Não deixe de se hidratar e beber bastante água;

Mantenha uma boa alimentação e não acredite em dietas milagrosas.

Não se esqueça também de cultivar amizades. Exercícios físicos são importantes, mas manter interações interpessoais de mais profundidade e conexão também são essenciais para uma mente saudável!

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*Fonte: ciclovivo

A teoria da personalidade de Cloninger

A teoria da personalidade de Cloninger leva em conta a influência dos aspectos biológicos e de aprendizagem no comportamento. É uma das teorias mais amplamente aceitas atualmente.

A teoria da personalidade de Cloninger, também conhecida como “modelo Cloninger”, é uma proposta na qual a personalidade é abordada como um sistema que resulta tanto do funcionamento neuroquímico do organismo quanto do aprendizado social. Ambos os fatores operam juntos e determinariam como costumamos agir.

Na teoria proposta por C. Robert Cloninger, o temperamento é abordado como o elemento que integra o funcionamento dos sistemas biológicos. Isso permite que o organismo regule o comportamento para se adaptar ao ambiente e é determinado, em grande parte, por neurotransmissores.

O caráter , por sua vez, é fruto do aprendizado que se adquire ao longo do ciclo vital. Permite que uma pessoa se relacione consigo mesma e com o mundo voluntariamente, com base no que aprendeu com suas experiências. Todos esses elementos são a base da teoria de Cloninger, que também desenvolveu dois testes amplamente aceitos.

“O caráter é o regulador do bem-estar, independentemente do temperamento subjacente.”
-Claude Cloninger-


A teoria da personalidade e temperamento de Cloninger

Na teoria de Cloninger, o temperamento é o núcleo emocional da personalidade. Isso é observado desde tenra idade e permanece relativamente estável ao longo do tempo. Compreende quatro dimensões:

Busca por novidade (BN). É uma tendência hereditária que regula comportamentos como atividade exploratória, resposta à novidade, impulsividade e evitação ativa da frustração. É regulado pela dopamina e seus processos.

Prevenção de riscos (PR). É uma tendência hereditária que leva à inibição do comportamento, em resposta à novidade, à ausência de sinais de recompensa ou punição. Isso leva à evitação passiva de problemas, antecipação pessimista, timidez, etc. É regulado pela serotonina e seus processos.

Dependência de recompensa (DR). É a tendência herdada de responder com aproximação ou apego aos estímulos sociais, dependendo dos reforços recebidos do meio. Leva as pessoas a serem amorosas, dedicadas, sensíveis, dependentes e carentes de aprovação. É regulada pela norepinefrina.

Persistência (PS). Tendência hereditária para manter um comportamento, apesar da frustração ou fadiga. Está associado a comportamentos que já foram recompensados anteriormente e são mantidos por isso. Torna as pessoas perseverantes, ambiciosas, muito determinadas e perfeccionistas. Esta dimensão está associada ao glutamato e à serotonina.

Segundo Cloninger, o temperamento dá origem a hábitos cognitivos.
O temperamento é um reflexo das emoções do indivíduo e é entendido como o foco emocional da personalidade.

Caráter na teoria de Cloninger
O segundo grande eixo da teoria da personalidade de Cloninger é o caráter. Ele é de natureza mental e é expresso deliberadamente. Corresponde ao autoconceito, aos valores pessoais e aos objetivos individuais. Compreende três dimensões:

Autodireção (AD). AD alta torna um indivíduo responsável, confiante, engenhoso e autossuficiente, com grande realismo e eficácia. AD baixa causa o oposto.
Cooperação (C). A C alta corresponde a pessoas que se sentem parte da humanidade, têm princípios e se comportam de forma empática, tolerante e compassiva. Baixa C causa comportamentos opostos.
Transcendência (T). Uma T alta refere-se a pessoas que se sentem parte do universo. Elas têm percepção espiritual, humildade e facilidade diante da dor. Pessoas com baixa T são pragmáticas e materialistas.

Personalidade no modelo Cloninger
Finalmente, a teoria da personalidade de Cloninger aborda o eixo central: a própria personalidade. Esta é uma síntese da interação entre temperamento e caráter. Em outras palavras, entre o ser emocional e o ser cognitivo ou mental.

Essa combinação dá origem a diferentes tipos de personalidade que, por sua vez, em seu extremo se tornam nos seguintes transtornos de personalidade:

Confiável – Estável.
Metódico – Obsessivo.
Precautório – Evitante.
Sensível – Narcisista.
Explosivo – Borderline.
Aventureiro – Antissocial.
Apaixonado – Histriônico.
Independente – Esquizóide.

A combinação de temperamento e caráter origina diferentes tipos de personalidade, segundo Cloninger

A mistura de temperamento, caráter e personalidade é determinante na conduta.

A teoria de Colinger leva a um esquema cognitivo
Nesta teoria da personalidade, o temperamento, o caráter e a personalidade dão origem a hábitos e esquemas cognitivos. Estes fixam um contorno psicobiológico como núcleo central da identidade de um indivíduo, determinando assim seu comportamento.

Com base nesse argumento, foram desenvolvidos dois testes para classificar os indivíduos, bem como os transtornos de personalidade. Atualmente, eles são amplamente utilizados, tanto no campo da psicologia quanto no da psiquiatria.

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*Fonte: amenteemaravilhosa

Alerta! Nível do mar subiu 9 centímetros em 30 anos

Os efeitos das mudanças climáticas já podem ser sentidos, como o aumento do nível do mar, que de acordo com medições realizadas durante 30 anos por satélites da NASA está subindo em grandes e mensuráveis quantidades.

Desde 1993, quando os níveis começaram a ser medidos, o mar subiu 9,1 centímetros. De 2021 para 2022 o aumento foi de 0,27 sentimentos, abaixo da média anual por causa do La Niña que resfria os oceanos, mas ainda sim um prenúncio do que está por vir.

Com base nas medições, a taxa projetada é de que o aumento seja de 0,66 centímetros por ano até 2050. No ano passado, a NASA já havia estimado que o mar na costa dos Estado Unidos estaria 30 centímetros acima de onde se encontra atualmente daqui 30 anos, com a situação podendo ser muito pior em outros lugares.

As duas principais consequências do aquecimento global, responsável pelo aumento do nível dos oceanos, são o derretimento das galerias e das camadas de gelo e a expansão da água do mar. Em 2022, a Antarctica experimentou um derretimento acima da média e a Groenlândia a muito tempo tem sido um dos principais contribuintes para o aumento.

Cálculo do nível do mar
A melhor forma de medir as taxas de aumento do nível do mar é através de equipamentos espaciais em satélites. O nível do mar começou a ser medido em 1993, na missão TOPEX/Poseidon, parceria entre França e EUA, depois disso as missões com o mesmo propósito foram lideradas pela NASA, ESA e Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).

Para calcular o nível do mar, altímetros de radar localizados em satélites refletem micro-ondas na superfície marítima e calculam o tempo que o sinal levará para chegar e voltar, assim como a intensidade do retorno das ondas.

As medidas feitas a partir dos satélites são combinadas com as observações terrestres que são realizadas a quase um século e com medições de gases do efeito estufa na atmosfera, da massa de gelo e do movimento terrestre o que permite que os cientistas tenham maior conhecimento de como e porque os níveis do mar estão subindo.

Consequências do aumento
A mediação do nível do oceano é essencial para que os governos federais construam ações públicas de suporte para as comunidades costeiras que são as principais afetadas pelo aumento do nível do mar.

À medida que o mar aumenta pelo menos 800 milhões de pessoas em cidades como Miami, Nova York, Bangkok, Xangai, Lima (Peru), Cidade do Cabo e muitas outras sofreram com a incursão da água.

Além dos efeitos causados no mar, as mudanças climáticas também estão causando inúmeros outros efeitos no planeta, por causa disso os satélites também estão rastreando a concentração de gases como o dióxido de carbono na atmosfera.

Acompanhar os gases de efeito estufa que adicionamos à atmosfera nos diz o quanto estamos pressionando o clima, mas os níveis do mar nos mostram o quanto ele está respondendo. Essas medições são um parâmetro crítico para o quanto os humanos estão remodelando o clima
Josh Willis, oceanógrafo do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em resposta ao ScienceAlert

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*Fonte: Mateus Dias / olhardigital

Curiosidades sobre a raiva

A raiva é como uma fogueira que traz calor e transforma o ambiente ou como uma chama que varre tudo o que toca. A diferença está em como administramos a energia que ela nos proporciona. Neste artigo vamos falar sobre algumas curiosidades relacionadas a esta emoção.

A raiva é uma das emoções básicas e, além disso, uma das que mais nos move a agir. Assim como pode nos deixar doentes se não for canalizado adequadamente, também pode se tornar a centelha que desencadeia uma ação necessária. Por isso, ainda que tenha uma valência negativa -não nos faz sentir bem-, não podemos dizer que seja desadaptativa; na verdade, nenhuma emoção em si é.

Os instintos agressivos de nossos ancestrais eram uma vantagem evolutiva. Se eles não tivessem inventado meios de se protegerem dos predadores, em lutas provavelmente marcadas por “matar ou morrer”, talvez não tivessem sobrevivido. O ser humano é de natureza frágil e hostil. Eles precisavam mais do que o desejo de continuar vivendo para enfrentar os perigos.

No entanto, dar vazão à raiva também não é uma opção positiva. Uma mente raivosa não calcula bem, nem processa ideias adequadamente. Isso geralmente leva a um comportamento errático ou errado. O ideal é encontrar um ponto de equilíbrio. Vejamos algumas curiosidades sobre o assunto.

“Reconheça sua raiva e espere algumas horas ou um dia e pense em como você pode expressá-la de forma mais construtiva.”-David Lebel-


Raiva: uma bomba-relógio para o corpo

A raiva é uma das emoções que causa mais reações físicas no corpo. Segundo especialistas, causa forte tensão muscular, além de aceleração dos batimentos cardíacos. Também leva ao aperto dos dentes e aumenta a sensação de calor e suor. Todo um coquetel fisiológico.

Como se isso não bastasse, como no medo, ficar com raiva faz com que as glândulas supra-renais inundem o corpo com hormônios do estresse: cortisol e adrenalina. Isso porque, nesse caso, os instintos de luta ou fuga também são ativados. Por esse motivo, o cérebro faz com que o sangue seja desviado para os músculos, já que é assim que o corpo é preparado para a atividade física.

Uma pesquisa publicada no European Heart Journal indica que a raiva pode ser perigosa para a saúde do coração. De acordo com o estudo, o risco de ter um ataque cardíaco dobra dentro de duas horas após uma explosão de raiva. Também aumenta o risco de sofrer um AVC. Ambos excelentes motivos para evitar explosões de raiva.

As razões da raiva
Algum tempo atrás, houve uma exploração entre comunidades ancestrais, que se concentrava na raiva. Os cientistas descobriram que os filhos de caçadores-coletores que cometeram homicídio eram mais propensos a ter explosões de raiva e comportamento violento. A partir desta e de outras análises, novas investigações foram produzidas nas quais foi encontrado o que se poderia chamar de “gene da raiva”: MAOA.

De qualquer forma, você deve considerar essa informação com cautela. Ainda não há dados conclusivos sobre os componentes genéticos dessa emoção. Seria de se pensar que, por exemplo, no caso de comunidades ancestrais, ter um pai homicida também poderia envolver componentes de criação que predispõem a reações mais violentas, sem que isso tenha a ver com a genética.

O que está comprovado é que um dos principais gatilhos para a raiva é a frustração. Tentar atingir um objetivo e não alcançá-lo causa aborrecimento e isso facilmente leva a uma resposta agressiva. Mas nem todo mundo reage assim. Pessoas perfeccionistas, obsessivas ou narcisistas são mais vulneráveis.

O lado bom da raiva
Embora poucos se atrevam a dizer que a emoção em questão tem aspectos positivos, a verdade é que tem. Sem ir muito longe, às vezes apenas uma boa dose de raiva leva algumas pessoas a reivindicar seus direitos. Caso contrário, elas permaneceriam passivas e teriam que seguir os ditames dos outros.

A agressividade também é positiva, por exemplo, em uma competição esportiva. Geralmente é um fator que motiva e leva a um maior esforço físico. Por outro lado, as pesquisadoras Heather Lench e Linda Levine fizeram um estudo interessante que incluiu o efeito da raiva na criatividade.

Esses cientistas pediram a um grupo de pessoas para resolver uma série de quebra-cabeças complexos. Depois de tentar, muitos falharam. Aqueles que sentiram tristeza com isso, pararam de tentar. Os mais otimistas, pararam. Em vez disso, aqueles que sentiram raiva continuaram tentando, repetidamente, até conseguirem avançar e resolver mais quebra-cabeças. Isso possibilitou verificar que essa emoção também é um motor muito positivo para a realização.

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*Fonte: amenteemaravilhosa

Dia Mundial da Saúde | 6 hábitos para viver melhor

Na sexta-feira (7/abril), é celebrado o Dia Mundial da Saúde. O momento é marcado pelo incentivo às práticas saudáveis, incluindo os exercícios físicos, a dieta balanceada e a importância dos laços afetivos. Aqui, vale explicar que a saúde não deve ser encarada como uma caixinha, separada, no fundo do armário. Na verdade, ela engloba o indivíduo como um todo, incluindo o seu emocional e a sociedade que o envolve.

Abril Verde | Estudos comprovam importância do exercício físico
Atividade física é mais importante para uma vida longa que a genética
Propositalmente, o Dia Mundial da Saúde também coincide com o aniversário de fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1948. A instituição surgiu de um esforço coletivo, envolvendo a maioria das nações do globo, como forma de tornar a saúde um direito universal para toda a humanidade. Hoje, são 75 anos de atividades.

Afinal, como viver bem e melhor?

Se a nossa saúde está conectada com tudo o que nos envolve, é válido se questionar: como viver bem e melhor no mundo de hoje? Não existe resposta simples para a questão, mas é necessário focar naquilo que está ao seu alcance. Mesmo passos aparentemente pequenos são importantes.

A seguir, confira seis hábitos que podem ajudá-lo nessa jornada do bem-estar:

1. Faça caminhadas diárias
No Dia Mundial da Saúde, adotar o hábito de caminhar é uma boa estratégia para viver melhor (Imagem: Schantalao/Freepik)

De forma quase espontânea, o corpo se sente mais feliz ao caminhar, já que o cérebro libera endorfina, popularmente conhecido como o hormônio da felicidade e do bem-estar. Em paralelo, o indivíduo tonifica seus músculos e pode reduzir o nível de colesterol, explica Mariela Silveira, nutróloga e embaixadora do movimento Global Wellness Day.

Inclusive, são inúmeros estudos que comprovam a importância da atividade física diária, como as caminhadas, para a saúde. Recentemente, o Canaltech publicou um especial sobre o tema, reunindo as mais novas evidências científicas relacionadas.

2. Beba mais água
Embora não exista uma quantidade mínima e universal de água que se deve tomar por dia, é preciso manter o organismo hidratado. Em oposição a esse hábito saudável, a nutróloga Silveira explica que aqueles que bebem menos água, mais comumente, podem sofrer de exaustão, deficiência de atenção e problemas de memória.

3. Aprenda a nutrir conexões verdadeiras
Aqui, a ideia é separar momentos do dia (ou da semana) para serem compartilhados com aqueles que se ama, podendo ser a família ou os amigos. Sem nenhum tipo de interferência tecnológica, como celulares ou televisão, a proposta é se “conectar”, colocar a conversa em dia e nutrir suas relações cara a cara. Afinal, os laços sociais são fundamentais para uma vida longeva e saudável.

4. Opte por alimentos saudáveis
Na hora das refeições saudáveis, vale sempre incluir algum vegetal ou verdura (Imagem: RossHelen/Envato)

Nem sempre é fácil comer bem, ainda mais considerando os custos dos alimentos frescos (in natura) ou ainda os produzidos sem agrotóxicos em comparação com os ultraprocessados. No entanto, vale a tentativa de incluir folhas e outros vegetais durante as refeições, o que terá diversos impactos positivos para o sistema digestivo e pode ainda reduzir o risco de câncer de intestino (colorretal).

5. Durma bem, todas as noites
Durante o sono, o corpo entra em um modo de restauração, no qual o cérebro processa todas as informações absorvidas ao longo do dia. Esta atividade está diretamente ligada com as funções de memória e aprendizagem. Além disso, o dormir bem alivia o estresse, melhora o humor e, dependendo de alguns fatores, pode aumentar a expectativa de vida em até 5 anos. Então, tente dormir por volta de oito horas nesta noite.

6. Faça uma boa ação
Lembra que mencionamos que o estar saudável também depende da sociedade e das outras pessoas que convivem em uma mesma região? Pois bem, um hábito a ser adquirido é fazer boas ações, envolvendo-se mais com a sua comunidade. Em paralelo, buscar um olhar mais otimista para a vida pode representar uma melhora na sua saúde mental.

Fonte: OMS

*por Fidel Forato
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*Fonte: canaltech

2023 teve segundo mês de março mais quente da história

Recorde para mês continua sendo o registrado em 2016

O mês de março de 2023 foi o segundo mais quente da história para o período, sendo superado apenas por março de 2016, revelaram os dados do Serviço sobre as Mudanças Climáticas do Copernicus, o serviço de observação por satélite da União Europeia, nesta quinta-feira (6).

Na parte sul e central da Europa, as temperaturas do ar ficaram acima da média para o mês – enquanto no norte ficaram abaixo.

Foram registrados ainda valores muito acima da média em uma ampla faixa do território que cobre o norte da África, o sul da Rússia e a maior parte da Ásia, onde todas bateram seus recordes no termômetro para o período.
Entre as regiões que registraram as condições mais secas em relação à média histórica, iniciadas no fim dos anos 1800, estão incluídas a maior parte da Península Ibérica, onde a estiagem ajudou a propagar incêndios florestais, no arco que cobre os Alpes, que estão com uma cobertura de gelo cerca de 50% menor para a época conforme dados italianos, parte da Europa Central, os Balcãs e a costa noroeste do Mar Cáspio.

O relatório do Copernicus ainda apontou que o mês teve uma taxa de umidade do ar superior à média em uma faixa que se estende da zona sul a noroeste da Europa e na Turquia.

Já a extensão do gelo marinho antártico foi a segunda mais baixa já registrada no histórico dos dados por satélite, chegando a ficar 28% abaixo da média para a época e batendo o recorde negativo registrado em fevereiro de 2023. No caso do gelo ártico, a área ficou 4% abaixo da média, ficando no quarto pior lugar entre os meses de março.

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*Fonte: epocanegocios

Plantas “gritam” em voz alta, mas nós nunca havíamos ouvido

Você já imaginou que as plantas pudessem “gritar” quando estão estressadas? Segundo uma nova pesquisa, plantas emitem ruídos de estalo ou clique em frequências ultra-sônicas, inaudíveis para os seres humanos.

Lilach Hadany, bióloga evolucionista da Universidade de Tel Aviv, afirma que é possível que muita interação acústica ocorra entre as plantas e outros organismos que conseguem ouvir esses sons.

As plantas sofrem mudanças quando estão sob estresse, como a liberação de aromas fortes, alteração de cor e forma. Essas mudanças podem sinalizar perigo a outras plantas próximas ou atrair animais para lidar com as pragas que as prejudicam.

Para investigar se as plantas emitem sons, Hadany e seus colegas registraram plantas de tomate e tabaco em várias condições. Eles treinaram um algoritmo de aprendizado de máquina para diferenciar o som produzido por plantas átonas, plantas cortadas e plantas desidratadas.

Os sons que as plantas emitem são detectáveis em um raio de mais de um metro. Plantas estressadas são mais barulhentas, emitindo cerca de 40 cliques por hora, dependendo da espécie. As plantas privadas de água têm um perfil sonoro perceptível, que começa a clicar mais antes de mostrar sinais visíveis de desidratação.

Ainda há incógnitas, como como os sons estão sendo produzidos e se outras condições adversas também podem induzir o som. No entanto, a equipe mostrou que um algoritmo pode aprender a identificar e distinguir os sons das plantas.

“Por exemplo, uma mariposa que pretende colocar ovos em uma planta ou um animal que pretende comer uma planta pode usar os sons para ajudar a orientar sua decisão”, diz Hadany. Para os humanos, as implicações são claras: podemos entrar em sintonia com os pedidos de socorro das plantas sedentas e regá-las antes que isso se torne um problema.

A próxima etapa da pesquisa é investigar as respostas de outros organismos, animais e plantas, a esses sons.

*por Damares Alves
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*Fonte: socientifica

Que tipo de atividade física traz mais benefícios para a saúde mental?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recentemente lançou um forte slogan: “Cada movimento conta”. O objetivo é conscientizar da importância da atividade física, mas indo além no sentido de que, considerando os alarmantes índices de inatividade física (não se movimentar o suficiente) da população, cada movimento corporal traz benefícios para saúde.

As recomendações são de aumentar movimentos em qualquer atividade e diversas situações como limpar a casa, subir escadas, lavar o carro, regar as plantas, entre outras. Porém, isso vale para os benefícios para a saúde mental? Uma pessoa que sofre com ansiedade e depressão usufrui de benefícios dessa forma?

Qual é a diferença entre atividade física e exercício físico?
O primeiro ponto é entender os contextos de atividade física e a diferença de exercício físico. Esse último é um tipo de atividade física, mas nem toda atividade física é considerada exercício.

Usar bicicleta como transporte é um tipo de atividade física

Os exemplos de atividades cotidianas acima são de atividades físicas no contexto doméstico, mas também existem o ocupacional (durante o trabalho, como um gari) e de transporte (como ir de bicicleta para o trabalho).

Em geral as evidências são claras e você já sabe disso: atividade física está relacionada à saúde. O exercício físico está mais fortemente relacionado ainda, pois é uma atividade organizada e sistematizada para um objetivo, que pode ser saúde, mas que pode ir além e varia individualmente.

O foco inicial das pessoas que começam a se exercitar, tradicionalmente tem sido o corpo – a estética com a incansável busca por hipertrofia ou emagrecimento. Porém, devido às prevalências aumentadas de distúrbios de saúde mental – ansiedade, depressão e estresse, esse tem sido um evidente motivador para começar a se mexer.

Temos aí um paradoxo, pois a saúde mental pode ser tanto um motivador quanto uma barreira para a prática de exercícios; já percebeu como é difícil sair de casa para a academia em um dia triste ou com humor alterado?

Escrevo exercícios, pois é nesse contexto de atividade física que temos de fato benefícios para saúde mental e não nos outros (transporte, ocupacional e doméstico). Pesquisadores têm destacado que o exercício serve tanto para prevenção de doenças mentais quanto para promoção de saúde mental, mas que para isso o domínio da atividade física desempenha um papel significativo.

Você provavelmente não se sente bem psicologicamente ao limpar a casa ou subir lances de escadas. Tive um exemplo claro disso ao, nas minhas férias, ver duas pessoas na praia: um homem trabalhando recolhendo o lixo, caminhando sob o sol ao longo de toda a extensão da praia; e uma mulher em seu tempo de lazer fazendo abdominais. Como pode o benefício de mexer o corpo ser o mesmo em situações tão diferentes? Não é.

Em uma sessão de exercícios existem aspectos fundamentais que promovem o bem-estar psicológico: socialização, percepção de competência, autoeficácia, autonomia, que podem gerar prazer e melhora da autoestima, os quais são ausentes nos demais contextos de atividade física. Além disso, o aspecto neuroquímico em que neurotransmissores como dopamina e serotonina são liberados no cérebro, ocorre a partir de exercícios. Em artigo publicado há poucos dias, um grupo de especialistas em saúde mental articulou recomendações para atividade física:


Recomendações de atividade física para melhorar a saúde mental

Tipo de exercício
Deve ser escolhido baseado na preferência pessoal, por isso experimente. Se não gosta de academia ou corrida, tente Pilates ou Yoga, se gosta de atividades em grupo tente o CrossFit ou treinamento funcional. Hoje existe uma variedade de modalidades, provavelmente você vai se identificar com alguma.

O CrossFit é uma opção de exercício físico que pode colaborar para a melhora da saúde mental

Ambiente social
Apoio social é fundamental, a valorização do seu comportamento pelas outras pessoas é um fator impulsionador. Outras pessoas influenciam suas atitudes e respostas emocionais ao exercício e isso é fundamental para determinar se você vai praticar ou não.

Domínio
A atividade física durante o lazer pode ser o domínio ideal para promover benefícios sobre a saúde mental.

Ambiente estrutural
Sempre que possível, escolha ambientes naturais e agradáveis como espaços verdes e azuis na natureza, pois eles podem potencializar os benefícios para o cérebro.

Exercícios físicos feitos ao ar livre, como o hiking (trilha) podem trazer ainda mais benefícios para a saúde mental
Basicamente, quando se trata de exercícios para saúde mental: Não importa a modalidade, mas escolha um exercício que goste de fazer durante seu tempo livre (lazer) e veja isso como uma oportunidade de socializar ou mesmo para curtir sua própria companhia (solitude). Quando falamos de atividade física para promover saúde mental, o ambiente importa.

*POR Fábio Dominski é doutor em Ciências do Movimento Humano e graduado em Educação Física pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). É Professor universitário e pesquisador do Laboratório de Psicologia do Esporte e do Exercício (LAPE/CEFID/UDESC). É autor do livro Exercício Físico e Ciência – Fatos e Mitos, e apresenta o programa Exercício Físico e Ciência na rádio UDESC Joinvile (91,9 FM); o programa também está disponível em podcast no Spotify.

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*Fonte: techmundo

Sempre escute o pessimista, mas quando agir seja um otimista obsessivo

“Vamos agora testar uma questão importante: quase todo mundo no Brasil está pessimista, ao pessimismo dominante, ótimo, mais fácil ainda de trabalhar. Vamos testar a idade de vocês. Quem lembra dessa personagem provavelmente tem curso de datilografia, quem lembra dessa personagem fez prova com mimeógrafo, provavelmente teve Orkut, quem lembra dessa personagem é uma pessoa experiente.

É a hiena Hardy, um desenho animado da década de 1960 e 1970. A hiena Hardy ficava dizendo ó vida!, ó céus!, ó azar! Ela era pessimista. Porém tudo que a hiena dizia que podia dar errado, dava. Ela era pessimista mas ela acertava.

Por isso que eu quero dizer a vocês que o pessimismo pode ter alguns valores, ele nos dá uma mostra dos riscos. É importante ter um pessimista na equipe, mas no máximo um. Um apenas, é o que uma equipe tolera. Quando alguém chega e diz ‘nós vamos dobrar o capital, dobrar o número de clientes, nós estaremos em mais 30 países até o ano que vem’ o pessimista diz ‘calma, não é tão fácil’. Então o pessimista é importante para levantar problemas.

Mas agora eu vou mostrar uma imagem daquilo que acredito. No barco está a hiena pessimista dizendo o lógico, ‘o continente está longe a desidratação é certa, há tubarões, essa vela é ridícula, esse remo não vai levar a nada’… ela tem razão, a hiena tem razão, mas observem uma coisa, o pessimista faz um bom quadro dos problemas.[…] Sim, os pessimistas são bons para levantar os riscos, mas os pessimista são péssimos para resolver os problemas.

Para eu resolver um problema, para eu resolver qualquer coisa, eu preciso de um otimismo obsessivo. Se eu não for otimista, gente, eu jamais teria casado, as estatísticas me contrariam, casamento é submarino pode flutuar, mas foi feito para afundar. Se eu não fosse tomado de um otimismo obsessivo e doentio eu não teria filhos, porque é um investimento de retorno muito ruim.

Filhos nunca amortizam o que você investe neles, com filhos você nunca chega ao topo, pelo contrário, você vai investir centenas de milhares de reais e vai ouvir a frase ‘eu te odeio’. Filho não vale a pena, casar não vale a pena, porém se nossos pais não tivessem tido esse otimismo obsessivo nenhum de nós estaria aqui hoje.

Então mais uma vez um conselho forte: ouçam os pessimistas (para pessimista não vale a mãe, a mãe é sempre otimista, ouça o cunhado, cunhado é bom pra isso) vejam o que eles têm a dizer, agradeçam, e enquanto eles falam tenha aquela reação bovina ‘huuuummm’. Ouçam, depois agradeçam, e comecem a trabalhar com o otimismo total, é só assim que se cresce, é só assim que se consegue alguma coisa”.

Transcrição feita pelo Portal Raízes de um trecho da palestra O que é vida plena? – do professor Leandro Karnal.
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*Fonte: portalraizes

A ciência confirma: algumas pessoas drenam nossas energias

Eles são freqüentemente chamados de vampiros emocionais ou emocionais. São pessoas que nos infectam com suas emoções negativas a ponto de esgotar nossas energias, deixando-nos exaustos, com dores de cabeça e envoltos no véu cinzento do desespero. Segundo os cientistas, essa dinâmica pode cancelar completamente o nosso bem-estar psicológico devido ao curioso impacto que ela tem no cérebro.

É impressionante como a psicologia popular sempre gosta de fazer uso de terminologias que descrevem certos processos comportamentais muito bem. Chamar de ” vampiros emocionais ” todas as pessoas que com seus comportamentos, suas palavras ou atitudes nos causam um mal-estar indefinível é apenas uma metáfora .

“Se alguém está procurando uma lata de lixo para jogar fora o lixo, não é sua cabeça” Dalai Lama.

No entanto, alguns especialistas do setor nos dirão que, além de esgotar nossas energias – o que eles fazem e que foi cientificamente comprovado – eles também conseguem transmitir seu humor para nós. Vamos dar um exemplo: um novo colega chega, à medida que o conhecemos, percebemos que ele não está apenas falando sobre eventos negativos e que passa o tempo todo reclamando “.

Quando estamos com essa pessoa, embora nos perguntemos constantemente “por que tenho que ouvir essas coisas?”, Não podemos evitar ser infectados por essa negatividade que a caracteriza, a ponto de reconhecer como, em algumas ocasiões, até consegue diminuir nossa produtividade de trabalho. Existem alguns estudos interessantes que definem esse tipo de pessoa como “maçãs podres”.

Em outras palavras, são indivíduos presentes em todas as realidades de trabalho que, com sua atitude negativa, podem “infectar” toda a força de trabalho transmitindo sua própria carga emocional. Da mesma forma, eles criam ambientes verdadeiramente hostis onde mais de um trabalhador pode se despedir porque se sente literalmente “arrasado”.

No entanto, o fenômeno da maçã podre ou do vampiro emocional caracteriza muitos outros contextos e causa tantas dinâmicas …

O que acontece no cérebro quando “roubam” nossas energias?

Vamos fazer uma pequena viagem ao passado para entender o que acontece quando precisamos nos relacionar todos os dias ou estar perto de uma vítima, pessoa negativa ou simplesmente destrutiva. Você acha que nosso cérebro, para a teoria da seleção natural, está programado para entender a sociabilidade e o contato com nossos semelhantes não como positivos, mas necessários . Para aumentar suas chances de sobrevivência, nossos ancestrais formaram núcleos de vários indivíduos.

Portanto, precisamos que outras pessoas se sintam bem, se relacionem e criem vínculos significativos. Quando isso acontece, nosso cérebro libera ocitocina . Por outro lado, quando somos incapazes de “nos relacionar” com alguém, quando recebemos alguma hostilidade ou desconfiança, nosso cérebro libera cortisol , o hormônio do estresse. Dessa maneira, uma sensação concreta se alojará em nossa mente: a da ameaça.

Ao mesmo tempo, não podemos ignorar o que acontece nessa sofisticada rede de células interconectadas que caracteriza nosso sistema de neurônios-espelho, orientado não apenas para registrar e processar todas as expressões faciais das pessoas ou sua linguagem corporal, mas também para ser infectado. desses mesmos humores que nos cercam. Os estudiosos também argumentam que existem aqueles que são mais sensíveis do que outros a essa “impregnação” , a partir da qual um coquetel venenoso é gradualmente formado para nossa saúde e nosso equilíbrio psicológico.

Dessa maneira, o efeito do estresse químico que irrompe em nosso cérebro devido à sensação de ameaça permanente, é combinado com as emoções negativas que outras pessoas nos transmitem e nos fazem sentir um desejo único e persistente: escapar.

O que fazer para manter um bom nível de energia

Seria bom poder lhe dizer que, para lidar com vampiros emocionais ou personalidades que roubam energia, é suficiente se afastar deles. Mas é pouco mais que um eufemismo, porque todos sabemos que poucos podem deixar o emprego apenas porque há uma “maçã podre” . Nem sequer é possível manter distância para sempre com a mãe ou o irmão que nos privam de desejo, felicidade e energia toda vez que os encontramos.

“A leveza com que os ímpios pensam que tudo ficará bem é engraçada” Victor Hugo

Um excelente livro para aprender mais sobre o assunto e continuar a aprofundá-lo em estudos científicos é “Contágio emocional, estudos em emoção e interação social” . I n que nos é dito que a melhor coisa a fazer nesses casos é que aprender a ser “imune” a essas interações para ser capaz de proteger o nosso bem-estar físico e emocional
A seguir, propomos que você reflita sobre algumas idéias.

3 soluções para conservar suas energias

1- Há mecanismos de defesa para controlar essas pessoas . Uma estratégia muito eficaz para praticar é “desengatar” o impacto que eles podem ter sobre nós. Não hesite, por exemplo, em repetir para si mesmo e por meio de mantra que: “eles drenarão minha energia somente se eu permitir”.

2- Há pessoas que têm o hábito insistente de falar apenas sobre coisas negativas, como a vida é ruim com elas. Uma maneira de detê-los é racionalizar com assertividade: “em vez de reclamar, reaja contra tudo o que você não gosta”, “desejo que pelo menos uma vez tenha sido capaz de falar comigo sobre coisas positivas”.

3- Aprenda a dizer “não” . Essa estratégia é simples e eficaz. Explique imediatamente ao seu vampiro emocional que você não tem tempo para ouvir as críticas dele, que não está disposto a participar de fofocas e, acima de tudo, a ser maltratado de qualquer maneira.


Para concluir, há um momento em que devemos tomar consciência de nossas necessidades para impedir que outros parasitem nossa vida e nossa tranquilidade. Como nem sempre é possível nos cercarmos apenas de pessoas que trazem equilíbrio e felicidade, precisamos aprender a administrar aqueles que nos expõem a furacões de vento com respeito e maturidade, mantendo-nos sempre seguros e conscientes do que queremos.

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*Fonte: fasdapsicanalise

Estudo da NASA mostra quais são os países que mais emitem CO2

Dados de satélites mostram China, EUA e Índia como maiores emissores. Brasil ocupa a 7ª posição.

Para calcular a quantidade de CO2 emitida por cada país do mundo, o método usado considera as emissões de cada setor da economia das diferentes nações, usando uma abordagem “de baixo para cima” em que as informações partiam de dados levantados nos diferentes territórios do mundo. Mas, uma nova abordagem para responder esta pergunta usa dados de satélite da NASA.

Um novo artigo publicado no Earth System Science Data no início de março traz uma abordagem “de cima para baixo”, com informações dos satélites da NASA para calcular quanto dióxido de carbono é emitido por mais de 100 países, além da quantidade de CO2 que estes territórios absorvem da atmosfera.

“Nossas estimativas de cima para baixo fornecem uma estimativa independente dessas emissões e remoções, portanto, embora não possam substituir a compreensão detalhada do processo dos métodos tradicionais de baixo para cima, podemos verificar a consistência de ambas as abordagens”, explica Philippe Ciais, coautor do estudo e diretor de pesquisa da Climat et de l’Environnement da França.

O método “de baixo para cima” comumente usado para calculara emissão de carbono é extremamente útil, mas também exige experiência e dados precisos, tornando-o mais difícil para nações com menos recursos. O método “de cima para baixo” pode, portanto, preencher as lacunas, fornecendo dados para mais de 50 países que não relataram suas emissões na última década.

“A NASA está focada em fornecer dados de ciências da Terra que abordam os desafios climáticos do mundo real, que podem ajudar governos de todo o mundo a medir o impacto de seus esforços de mitigação de carbono”, disse Karen St. Germain, diretora da Divisão de Ciências da Terra da NASA.

O artigo, que foi o trabalho de mais de 60 estudiosos de todo o mundo, usou dados de dióxido de carbono da missão Orbiting Carbon Observatory-2 ( OCO-2 ) da NASA, bem como dados do nível do solo, avaliando o período entre os anos de 2015 e 2020.

Os dados de satélite revelaram que os 10 principais emissores de CO2 foram:

China
Estados Unidos
Índia
Indonésia
Malásia
Brasil
México
Irã
Japão
Alemanha

O Reino Unido, países do oeste da União Européia, Austrália, Cazaquistão, grande parte do norte da África, África do Sul, Chile, Tailândia e Filipinas também estão entre os grandes emissores globais. No Sul Global, o desmatamento foi um dos principais impulsionadores das emissões, de acordo com a NASA.

No geral, as descobertas são semelhantes a outras listas dos principais países emissores, com China, EUA e Índia liderando o ranking. A diferença é que, nesta nova abordagem, Rússia, Canadá e Arábia Saudita saem da lista dos 10 principais emissores.

De acordo com os autores do estudo, esta mudança pode ser causada pelo fato de que os dados de emissões nacionais normalmente incluem apenas emissões de gases de efeito estufa e remoções de terras gerenciadas, enquanto os dados de satélite também representam terras não gerenciadas.

Além dos impactos humanos diretos contabilizados por inventários nacionais, ecossistemas não administrados, como algumas florestas tropicais e boreais – onde os humanos têm uma pegada mínima – podem sequestrar carbono da atmosfera, reduzindo assim o potencial aquecimento global.

“Os inventários nacionais destinam-se a rastrear como as políticas de gerenciamento impactam as emissões e remoções de CO2. A atmosfera não se importa se o CO2 está sendo emitido pelo desmatamento na Amazônia ou pelos incêndios florestais no Ártico canadense. Ambos os processos aumentarão a concentração de CO2 atmosférico e impulsionarão as mudanças climáticas. Portanto, é fundamental monitorar o balanço de carbono de ecossistemas não gerenciados e identificar quaisquer mudanças na absorção de carbono”, explica Noel Cressie um dos autores do estudo e professor da Universidade de Wollongong, na Austrália.

Este é um exemplo como os dados do espaço podem ajudar a melhorar a vida na Terra e chega em um momento chave para as nações que buscam calcular suas emissões e planejar suas reduções. Isso porque 2023 marca o primeiro balanço global, no qual os signatários do acordo de Paris devem avaliar seu progresso para limitar o aquecimento global a bem menos de 2ºC acima dos níveis pré-industriais.

Os pesquisadores afirmam que este projeto piloto pode ser aprimorado para entender como as emissões de nações individuais estão mudando. “Observações sustentadas e de alta qualidade são críticas para essas estimativas de cima para baixo”, disse o principal autor Brendan Byrne, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA no sul da Califórnia.

“As observações contínuas do OCO-2 e dos locais de superfície nos permitirão rastrear como essas emissões e remoções mudam à medida que o Acordo de Paris é implementado. Futuras missões internacionais que fornecem mapeamento expandido das concentrações de CO2 em todo o mundo nos permitirão refinar essas estimativas de cima para baixo e fornecer estimativas mais precisas das emissões e remoções dos países”, completa o cientista.

>> Para saber mais sobre o projeto, acesse: https://ocov2.jpl.nasa.gov.

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*Fonte: ciclovivo