4 maus hábitos que afetam a memória quando envelhecemos

“A memória é o diário que todos nós carregamos conosco.”

Foi assim que o escritor irlandês Oscar Wilde (1854-1900) definiu a memória.

No entanto, à medida que envelhecemos, algumas páginas deste registro das nossas vidas podem se extraviar ou se perder. E isso não é apenas desconcertante, mas também doloroso.

O professor Charan Ranganath, diretor do Laboratório de Memória Dinâmica da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, é um dos neurocientistas mais renomados no estudo da memória — e ele garante que o risco de isso acontecer pode ser minimizado.

Em conversa com a BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, o autor do livro Why We Remember (“Por que nos lembramos”, em tradução livre) identificou quatro maus hábitos que a maioria das pessoas tem — e que, segundo ele, afetam a capacidade do nosso cérebro de lembrar das coisas.

1. Não descansar o suficiente
À medida que os seres humanos envelhecem, tendem a dormir menos horas e, como se não bastasse isso, problemas no trabalho, econômicos e de saúde podem afetar a qualidade do sono, uma combinação que pode ser bastante prejudicial para a saúde.

“Sabemos agora que o cérebro possui um sistema que drena as toxinas que se acumulam nele, incluindo a proteína amiloide, que está envolvida no desenvolvimento de Alzheimer. Este sistema é ativado durante a noite”, observa Ranganath.

O neurocientista, que há 25 anos estuda o funcionamento do cérebro, explica que o sono também tem uma função restauradora.

“Se uma pessoa não dorme o suficiente, a função frontal do cérebro é reduzida, assim como o seu nível de tolerância ao estresse; e, por isso, ela não é capaz de se concentrar adequadamente.”

Mas, durante a noite, o cérebro não só elimina elementos nocivos e recarrega as baterias, como também organiza as nossas memórias.

“Durante o sono, a memória é reativada, e é a isso que muitos atribuem a origem dos sonhos (…) Dormir facilita a retenção das informações que aprendemos”, acrescenta o especialista.

Não usar celular e computador, evitar refeições pesadas, bebida alcoólica e cafeína antes de dormir são algumas das recomendações que Ranganath dá para tentar ter um sono reparador.

E para aquelas pessoas que, por um motivo ou outro, têm dificuldade de dormir à noite, o especialista afirma que tirar uma soneca durante o dia também pode ser muito benéfico.

“Os benefícios [do sono] para a memória também podem ser alcançados durante o dia”, diz ele.

2. Ser multitarefa
No mundo competitivo e atribulado de hoje, a capacidade de ser multitarefa — ou seja, de fazer várias coisas ao mesmo tempo — é vista como algo positivo. Mas Ranganath alerta que isso pode ser “muito ruim” para a memória.

O motivo? “O córtex pré-frontal nos ajuda a focar no que precisamos fazer para atingir nossos objetivos, mas esta habilidade maravilhosa fica prejudicada se pularmos continuamente de um objetivo para outro”, explica.

Segundo ele, existe em nosso cérebro uma competição entre os conjuntos de neurônios que participam de diferentes tarefas — e esta competição é o que dificulta que a gente realize várias tarefas ao mesmo tempo de maneira correta e eficiente.

Por isso, o neurocientista adverte que verificar o e-mail enquanto se assiste a uma palestra ou uma aula só vai levar a uma coisa: não se lembrar do que estava ouvindo inicialmente.

“Ao mudar de objetivo (começar a verificar o e-mail), os neurônios se distraem e registram memórias fragmentadas da conferência, porque você está usando muitas funções executivas para gerenciar a mudança de uma atividade para outra, e isso dificulta a formação de uma memória duradoura”, observa.

Mas, como acontece com toda regra, há pelo menos uma exceção: tarefas que estão associadas ou relacionadas.

“Se você está fazendo um bolo, tem que pré-aquecer o forno, e depois voltar a preparar a massa, ou algo do tipo. Mas se você juntar todas essas tarefas em uma grande tarefa, vai conseguir”, ilustra.

Para evitar ser multitarefa, Ranganath não apenas recomenda tentar terminar uma atividade antes de iniciar outra, como também evitar o que pode nos distrair do objetivo.

Assim, ele sugere colocar o celular no modo silencioso, principalmente as notificações de e-mail e mensagens, enquanto uma ação está sendo executada.

Também recomenda fazer pausas para sonhar acordado ou esticar as pernas.

A questão do tempo que gastamos verificando o celular também leva a outra pergunta: que efeitos isso vai ter para os jovens de hoje?

“Possivelmente haverá algumas consequências positivas, e outras negativas, mas o relevante é que eles estão desenvolvendo hábitos que não fazem bem à memória”, diz o especialista.

Um estudo publicado em 2023 revelou que adolescentes e crianças americanas passam entre cinco e oito horas por dia grudados no celular.

3. Cair na monotonia
Diferentemente do que se imagina, o cérebro humano não está programado para lembrar de tudo. Pelo contrário, ele é seletivo.

“A maioria das experiências que vivemos ou das informações às quais fomos expostos vai ser esquecida”, explica Ranganath.

Apenas aquelas experiências ou eventos associados ao medo, raiva, desejo, felicidade, surpresa ou outras emoções que sejam capazes de liberar substâncias químicas como adrenalina, serotonina, dopamina ou cortisol em nosso cérebro vão acabar fixados em nossos neurônios.

Estas substâncias químicas ajudam na plasticidade cerebral, que é essencial para a memória.

“A plasticidade no cérebro nos ajuda a realizar tarefas, especialmente aquelas que são repetitivas, de forma mais eficiente”, explica o professor da Universidade da Califórnia, acrescentando que esta capacidade diminui com a idade.

Por isso, ações como lembrar a senha que acabamos de alterar para acessar nossa conta bancária, celular ou e-mail ficam mais difíceis com o passar do tempo.

“Uma vez que você altera a senha, os neurônios que tinham a senha antiga armazenada vão brigar com aqueles que possuem a nova”, afirma.

Quebrar a monotonia e sair da rotina é, segundo o especialista, a melhor maneira de tentar preservar a plasticidade cerebral.

4. Ser confiante demais
“As pessoas pensam que sua memória é muito boa até que, em algum momento da vida, percebem que não é o caso”, observa Ranganath.

E não é para menos, já que o cérebro não foi projetado para lembrar literalmente de tudo aquilo que vivenciamos — o que, segundo o especialista, seria uma tarefa muito árdua.

“Estima-se que o americano médio esteja exposto a 34 gigabytes (o equivalente a 11,8 horas) de informação por dia”, afirma o professor.

“O propósito da memória não é recordar o passado, embora possa fazer isso — mas, sim, retirar do passado as informações importantes de que necessitamos para compreender o presente, e nos preparar para o futuro”, explica, recomendando não recorrer apenas à memorização para aprender algo.

“A aprendizagem mais eficaz ocorre em circunstâncias em que nos esforçamos para evocar uma memória, e depois obtemos a resposta que buscamos”, indica.

“Por exemplo, alguns minutos depois de ser apresentado a alguém, desafie-se e tente dizer o nome da pessoa. E à medida que a conversa fluir, faça isso novamente. Quanto mais espaçadas forem essas tentativas, melhor.”

Outras recomendações
Além de combater os quatro hábitos mencionados acima, Ranganath garante que existem outras formas de proteger nossa memória — e desfrutar de uma boa saúde mental.

“Há muitas coisas óbvias que as pessoas podem fazer para cuidar da memória, mas não fazem porque estão à espera de um comprimido ou de uma vacina, porque é mais fácil, e não precisam mudar seu estilo de vida”, diz ele.

Mas quais são estas coisas óbvias?

“No curto prazo, busque dormir melhor, aprenda a lidar com o estresse (ou tente diminuir as causas que o desencadeiam) e adote práticas de mindfulness (atenção plena), que servem para detectar quando você está distraído”, afirma.

No longo prazo, a lista é um pouco mais comprida.

“A alimentação pode fazer muito, a dieta mediterrânea tem provado ter resultados muito bons no que diz respeito à promoção da saúde mental”, diz ele.

“O exercício físico, principalmente o exercício aeróbico, é bom porque aumenta a secreção de substâncias que aumentam a plasticidade e melhoram a vascularização do cérebro”.

“Uma boa saúde bucal e auditiva também é importante, porque estudos constataram que pessoas com problemas de higiene oral ou que não cuidam dos ouvidos tendem a sofrer de problemas cognitivos”, acrescenta. “E, por último, as relações sociais e a exposição a coisas novas estimulam a plasticidade cerebral.”

Por fim, o especialista afirma que estudos revelaram que estas boas práticas permitiram a algumas pessoas manter sua memória até uma idade avançada — e reduzir em um terço o risco de demência.

Os dados são animadores, especialmente considerando que 40% das pessoas podem ter algum tipo de problema de memória ao completar 65 anos, segundo a Sociedade de Alzheimer do Canadá.

por Juan Francisco Alonso
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*Fonte: bbc-brasil

Desanimado com a guitarra? Veja 10 dicas para recuperar a empolgação

Perder a vontade de tocar guitarra é mais comum do que se imagina; descubra como reverter esse quadro na prática

Se você está desanimado com a guitarra, saiba que está lendo o texto certo. De certa forma, é normal ficar sem vontade de tocar de vez em quando. Os motivos podem ser muitos, como não notar evolução, a falta de apoio das pessoas próximas, pressão exagerada, falta de tempo e por aí vai.

Nesse contexto, listamos várias sugestões capazes de te auxiliar nesse momento difícil. Se você refletir sobre essas questões e colocar em prática as dicas aqui fornecidas, temos certeza de que em pouco tempo você vai descobrir como recuperar a vontade de tocar guitarra. Ah, se vai!

E aí, preparado para se apaixonar pelo instrumento novamente? Então basta prosseguir com a leitura! Estamos juntos nessa jornada.

Desanimado com a guitarra: o que fazer?
Antes de mais nada, é importante frisar que há vários níveis de desinteresse na guitarra. Cada indivíduo é único. Assim, pode ser que algumas pessoas superem essa fase rapidamente, enquanto outras necessitem de mais tempo para voltar a se empolgar com a música.

De qualquer forma, as iniciativas abaixo têm o potencial de ajudar em praticamente todos os casos. Basta fazer as adaptações necessárias à sua realidade e confiar no processo, beleza? Ok, chega de delongas. Em seguida, confira 10 dicas para vencer o desânimo na guitarra!

1. Afaste-se temporariamente
Em primeiro lugar, quem está desanimado com a guitarra precisa esvaziar a cabeça. Não adianta forçar algo que não está fluindo naturalmente, certo? Portanto, o melhor remédio é se afastar um pouco. O tempo é você quem vai dizer, mas sugerimos pelo menos um mês de “período sabático”.

Isso não significa que você está desistindo. É só uma pequena pausa. Não venda os equipamentos; guarde-os e foque sua vida em outras coisas. Caso sinta culpa, note que até guitarristas profissionais deixaram o instrumento de lado por um momento — Alex Lifeson e Mateus Asato são alguns exemplos.

2. Lembre por que começou a tocar
Durante o afastamento temporário, busque refletir sobre seu início na música. Por que você se apaixonou pela guitarra? Quem eram os seus herois nessa época? O que te fascinava? Qual era o seu maior sonho?

Quando você começou a tocar, provavelmente tudo era lindo, leve e divertido. E é assim que a guitarra tem que ser. Sempre. Enfim, recordar o “primeiro amor” pelo instrumento pode deixar tudo em perspectiva para você.

3. Pare de se pressionar
Ao mesmo tempo, é extremamente necessário fazer uma autoanálise sincera. Será que você não estava se pressionando demais? Pode ser que você tenha priorizado os exercícios e deixou a musicalidade de lado? A busca por reconhecimento falou mais alto do que a própria satisfação?

Acima de tudo, tocar guitarra deve ser prazeroso, e não uma obrigação. Na era das redes sociais, facilmente podemos começar a nos comparar com os outros sem perceber. De repente, colocamos um peso desnecessário em nossos próprios ombros. Isso é um grande perigo.

4. Ouça outros tipos de música
Uma vez que você fez todas essas reflexões e alinhou os seus pensamentos e sentimentos em relação à guitarra, é a hora de refrescar as ideias. Sim, para um recomeço, nada melhor do que abrir a cabeça para outros mundos sonoros. Sem preconceitos bobos aqui, hein! Tudo é válido.

Isso quer dizer que, se você era um roqueiro, pode dar uma chance ao blues e ao jazz, por exemplo. Permita que a sua mente ganhe novas referências. Essas informações inéditas ficarão guardadas em seu subconsciente e, quando você voltar a tocar, elas ajudarão a moldar a sua “voz”.

5. Volte a se divertir
Sem dúvida, ao colocar em prática as quatro dicas acima, uma hora ou outra a vontade de voltar a tocar surgirá novamente. Acredite! Então, quando você não estiver mais desanimado com a guitarra, o seu lema deve ser só um: se divertir.

Ligue os equipamentos e faça um som sem compromisso. Toque apenas o que tem vontade. Nesse momento, não faça exercícios nem estude teoria. Apenas curta tocar guitarra, simples assim. É a oportunidade de você reconectar a sua alma ao instrumento.

6. Organize um espaço próprio
Caso você não tenha o seu “cantinho da guitarra”, pense seriamente em montar um. Afinal, contar com os instrumentos facilmente à mão, em um ambiente organizado e com a sua cara, aumentará (e muito!) a vontade de tocar guitarra.

Definitivamente, esse ambiente deve ser o seu refúgio musical. Aquele espaço em que você entra e esquece o resto do mundo. Desse modo, como em um passe de mágica, você perceberá que o hábito de estudar música se tornará mais prazeroso e eficiente.

7. Explore timbres diferentes
Outro aspecto que pode turbinar a sua empolgação com a guitarra é experimentar novos timbres. Às vezes, um simples pedal de tremolo pode levar a sua criatividade a um lugar que você nunca imaginou. Latinhas de efeitos são incríveis para essa finalidade. Fica a dica!

Além disso, analise se o seu equipamento precisa de um upgrade. Por exemplo, uma guitarra ruim ou desregulada vai dificultar a sua execução. O instrumento deve ser um amigo, e não um inimigo. Quanto mais confortável você estiver, mais ânimo você terá para tocar.

8. Toque com outras pessoas
Bora gastar toda essa energia renovada? A melhor maneira de fazer isso é se cercar de outros músicos. Você tem várias opções: montar uma banda, integrar o louvor da igreja, entrar em um conservatório e por aí vai. Estudos revelam que a música é um dos melhores instrumentos humanizadores.

Então, não importa como — o importante é tocar com outras pessoas. Historicamente, a música é feita em conjunto. Essa troca traz muitos benefícios, como empolgação, renovação de ideias, revelação de novos caminhos e aquela sensação maravilhosa de se sentir útil e frutífero.

9. Componha
Tocar covers é bacana, mas compor é inigualável. Todos nós temos uma veia criativa em nosso interior que precisa ser explorada. Mesmo que você ache o contrário, dê uma chance à possibilidade de criar. Você pode começar com um riff autoral. Não precisa ser nada complexo logo de cara.

Ao fazer isso, você notará que pode se tornar mais do que um guitarrista: um verdadeiro artista. Encontrar a sua própria voz, desenvolver um estilo inconfundível, comunicar as suas verdades ao mundo… É por isso que a guitarra é chamada de “instrumento”. É uma ferramenta de expressão musical.

10. Relaxe, isso vai passar
Finalmente, tenha em mente que tudo é cíclico. Mais cedo ou mais tarde, essa fase negativa vai passar. Parece papo de autoajuda, mas é a pura verdade. Por isso, é necessário afastar qualquer sentimento negativo nesse processo, ok? Não se esqueça de que você é humano.

Tente encarar essa fase de desânimo com a guitarra como uma oportunidade de redescobrimento. Dessa forma, você estará aberto a sentir motivação novamente, recuperando as forças para superar as barreiras da evolução musical. Quem ama guitarra não consegue ficar muito tempo longe dela.

Leia a revista Guitarload!
Então, colega desanimado com a guitarra, deu para enxergar uma luz no fim do túnel? Sinceramente, esperamos que essas dicas te ajudem a recuperar o ânimo de tocar guitarra. Afinal, a música é poderosa ao trazer diversos ganhar à nossa vida, como relaxamento, paz e alegria.

Por fim, se você quer se inspirar na trajetória dos melhores guitarristas do Brasil e do mundo, recomendamos fortemente que leia a Guitarload! A nossa revista virtual traz entrevistas exclusivas, artigos especiais e todas as novidades do mundo das cordas. Não deixe de conferir!

Valeu, boa sorte para você! Muitos bends.

por Fernando Paul
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*Fonte: guitarload

Infecções bacterianas com risco de vida podem aumentar com a mudança climática

O risco de morte em caso de infecção é muito alto: cerca de 20%. Os cientistas alertam que as concentrações bacterianas aumentarão rapidamente.

O aquecimento global está alterando profundamente os ecossistemas do planeta. O oceano não é poupado. Além da subida do nível do mar e do desaparecimento de espécies, surge outro risco: multiplicar-se-ão as infeções das feridas cutâneas por vibriões, bactérias presentes na água do mar. O risco de morte em caso de infecção é muito alto: cerca de 20%. Os cientistas alertam que as concentrações bacterianas aumentarão rapidamente devido às condições mais favoráveis ​​ao longo das costas, provocadas pelo aquecimento global.

As emissões de gases de efeito estufa da atividade humana modificam o clima, isso não é mais segredo. A temperatura média global aumentou 1,2°C desde os tempos pré-industriais. Apesar do objetivo do Acordo Climático de Paris de limitar esse aumento a ” bem abaixo de dois graus “, um aquecimento de 1,5°C pode ser alcançado no início da década de 2030.

Os impactos podem ser particularmente agudos nas costas do mundo , que constituem uma importante interface entre os ecossistemas naturais e as populações humanas e são uma fonte particular de doenças.

Este é particularmente o caso dos vibriões. Estas são bactérias Gram-negativas que ocorrem naturalmente em águas marinhas, crescendo em águas quentes e salobras. Eles são muito sensíveis à temperatura. Eles infectam as feridas ou picadas de mosquitos em contato com a água do mar . A mortalidade é alta.

Recentemente, uma equipe de pesquisadores da British University of East Anglia (UEA) mostrou que o número de infecções bacterianas , especialmente as causadas por V. vulnificus, ao longo da costa leste dos Estados Unidos, um ponto conhecido por tais infecções, aumentou de 10 a 80 por ano durante um período de 30 anos. O aumento da concentração bacteriana nas águas costeiras irá cada vez mais para o norte nos próximos anos, com um número dramaticamente alto de mortes. As costas europeias não serão poupadas.

Uma doença “comedora de carne”
Você deve saber que Vibrio vulnificus é uma bactéria patogênica oportunista. Estas bactérias são hospedeiras naturais do ambiente marinho e mais particularmente das águas costeiras e estuários de todo o mundo (águas doces e salobras).

A infecção por V. vulnificus é particularmente preocupante. Como mencionado anteriormente, resulta da exposição à água do mar através de pequenas lesões cutâneas e pode rapidamente tornar-se necrótica, exigindo remoção cirúrgica urgente de tecido ou amputação de um membro em aproximadamente 10% dos casos. Como resultado, é comumente referido como uma doença carnívora. Além disso, o V. vulnificus é o mais infeccioso do gênero Vibrio: as taxas de mortalidade por infecção de feridas chegam a 18% e as mortes ocorreram até 48 horas após a exposição.

O estudo atual é o primeiro a mapear as mudanças de localização dos casos de V. vulnificus ao longo da costa leste dos Estados Unidos ao longo de 30 anos, de 1988 a 2018. Os autores se basearam em dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). dos Estados Unidos. Os resultados são publicados na revista Scientific Reports .

É também o primeiro a explorar como as alterações climáticas podem influenciar a propagação de casos no futuro, projeções que podem ser extrapoladas para costas europeias que registam casos esporádicos. Especificamente, os autores usaram informações de temperatura de observações e modelos climáticos computadorizados para fazer essas previsões.

A principal autora do estudo, Elizabeth Archer, pesquisadora de pós-graduação da Escola de Ciências Ambientais da UEA, explica em comunicado : ” Mostramos que, até o final do século 21, as infecções por V. vulnificus se espalharão mais ao norte, mas quão longe ao norte dependerá sobre o grau de aquecimento adicional e, portanto, nossas futuras emissões de gases de efeito estufa .”

Ela acrescenta: “ Se as emissões forem mantidas baixas, os casos podem se espalhar para o norte apenas para Connecticut. Se as emissões forem altas, espera-se que as infecções ocorram em todos os estados da costa leste dos EUA. Até o final do século 21, prevemos que aproximadamente 140 a 200 infecções por V. vulnificus poderão ser relatadas a cada ano ”.

Ações possíveis, conscientização necessária para previnir infecções bacterianas
A equipe de pesquisa enfatiza a necessidade de maior conscientização individual e de saúde pública sobre V. vulnificus , dada a expansão geográfica das infecções. Em particular, indivíduos e autoridades de saúde podem ser alertados em tempo real sobre condições ambientais de alto risco por meio de sistemas de alerta precoce específicos para bactérias ou marinhos. De fato, as infecções atingem o pico no verão, quando a temperatura da água aumenta.

As medidas de controle ativo podem incluir maiores programas de conscientização para grupos de risco, por exemplo, idosos e pessoas com problemas de saúde subjacentes, e sinalização costeira em momentos críticos.

O co-autor principal do estudo, Professor Iain Lake, da UEA, diz: “ A observação da extensão de casos para o norte ao longo da costa leste dos Estados Unidos é uma indicação do efeito que a mudança climática já está tendo na saúde humana e o litoral. Saber onde os casos provavelmente ocorrerão deve ajudar os serviços de saúde a se planejarem para o futuro .”

Depois do último relatório do IPCC sobre o aquecimento global, aqui está mais uma prova do efeito dramático das atividades humanas no planeta e das consequências mortais que elas causarão até o final do século.

Fonte: Nature
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revistasabersaude

Maior tempestade geomagnética em 20 anos chega à Terra nesta sexta (10)

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) emitiu um alerta sobre uma intensa tempestade geomagnética que deve atingir a Terra a partir desta sexta-feira (10). A última vez que um fenômeno semelhante, tão poderoso, ocorreu foi há quase 20 anos, quando o Sol enviou plasma de alta energia em direção ao planeta. O evento deve continuar durante o fim de semana.

Classificado como uma tempestade do nível G4, a segunda mais poderosa da escala, o fenômeno solar pode interromper redes de comunicação e de eletricidade, sistemas de navegação via GPS e desencadear paisagens com auroras boreais em algumas regiões do mundo. As tempestades G4 são consideradas severas, pois podem danificar satélites e causar diversos problemas aos serviços terrestres.

O NOAA afirma que a tempestade geomagnética pode produzir pelo menos cinco ejeções de massa coronal (CMEs) que chegarão à Terra entre sexta-feira (10) e domingo (12); a maior partes desta energia deve ser recebida no sábado (11). O mesmo alerta não é emitido desde que a última tempestade intensa atingiu o planeta, em janeiro de 2005.

O poder é tão forte que é capaz de produzir auroras boreais em latitudes mais baixas do que o normal, mas apenas em algumas regiões do mundo, como no norte dos EUA e na Alemanha, e no sul da Tasmânia e da Nova Zelândia.

“Erupções solares adicionais podem fazer com que as condições de tempestade geomagnética persistam durante o fim de semana. CMEs são explosões de plasma e campos magnéticos da coroa solar. Eles causam tempestades geomagnéticas quando são direcionados à Terra. As tempestades geomagnéticas podem impactar as infraestruturas na órbita próxima da Terra e na superfície da Terra, perturbando potencialmente as comunicações, a rede de energia eléctrica, a navegação, as operações de rádio e satélite”, o NOAA explica.

Maior tempestade geomagnética em 20 anos
A origem das ejeções de massa coronal é na mancha solar AR3664. Segundo o site Space, o pico da explosão solar desencadeou a perda temporária de sinais de rádio de alta frequência em algumas áreas da Europa Oriental, África Oriental e Ásia — apenas durante a manhã desta sexta-feira.

Não é incomum que essas tempestades intensas ocorram durante o atual fim do ciclo solar; o período acontece a cada 11 anos.

A mancha tem uma largura de aproximadamente 16 vezes o tamanho da Terra; é tão grande que é possível observá-la a olho nu. Mas se você fizer isso, lembre-se de usar óculos especiais para não prejudicar a saúde dos seus olhos.

“Dada a necessidade legítima de proteger a Terra das formas mais intensas de clima espacial — grandes explosões de energia electromagnética e partículas que por vezes podem fluir do Sol — algumas pessoas temem que uma gigantesca ‘explosão solar assassina’ possa lançar energia suficiente para destruir a Terra. Qualquer pessoa com mais de 11 anos já viveu esse máximo solar sem nenhum dano”, diz um estudo sobre o tema publicado em 2011.

por Lucas Vinicius Santos
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*Fonte: tecmundo

Tempestade solar extrema pode voltar a atingir a Terra e provocar auroras

Tempestade solar mais forte dos últimos 20 anos causou auroras em várias partes do mundo; novo evento está previsto para os próximos dias

No último sábado (11), o mundo foi atingido pela tempestade solar mais forte dos últimos 20 anos, que gerou auroras em várias partes do globo, incluindo o Brasil. Mas a atividade intensa do Sol não terminou e mais um evento extremo está previsto para ocorrer entre domingo (12) e segunda-feira (13).

O que você precisa saber?

Mais uma tempestade solar intensa deve atingir a Terra entre domingo e segunda;

Como consequência de uma CME X5.8 do último sábado;

Neste dia ocorreu a maior tempestade solar registrada dos últimos 20 anos;

Que gerou auroras em várias partes do mundo, incluindo o Brasil.

De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), uma tempestade entre o grau G4 e G5 está prevista para acontecer neste dia 12. O SpaceWeater também alerta para o evento como consequência da ejeção de massa coronal (CME) de classe X5.8 do último sábado (11).

O alerta da NOAA da última sexta-feira (10) foi o primeiro de tempestade geomagnética “severa” ou G4 emitido pela NOAA desde janeiro de 2005. A escala vai até G5, que é considerado “extremo”.

A tempestade é causada por ejeções de massa coronal, que são erupções de plasma e campos magnéticos da coroa solar, a camada mais externa do Sol. Isso resulta em auroras boreais, um fenômeno óptico que colore o horizonte de maneira incomum.

No nível G4, mais especificamente, há também uma ameaça de problemas generalizados com controle de tensão e impactos à rede que podem afetar alguns sistemas de proteção. Além disso, sistemas de navegação por satélite e de baixa frequência, como GPS, podem ser interrompidos e as operações de espaçonaves também podem ter problemas com carregamento e rastreamento de superfície.

Por que estão ocorrendo tempestades solares tão intensas?
O Sol está se aproximando do pico de um ciclo de 11 anos de atividade intensa. No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia. À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento.

De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em forma de CMEs.

Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior.

por Lucas Soares
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*Fonte: olhardigital

Quando “Os Simpsons” vai acabar? Hank Azaria, dublador da série, faz sua aposta

O responsável pela voz de diversos personagens, fala sobre suas suposições

Hank Azaria, conhecido por dar voz a diversos personagens em Os Simpsons, compartilhou suas previsões sobre o fim da icônica série animada e revelou seus planos em relação a ela. Em entrevista ao portal People, Azaria, responsável por interpretar Moe Szyslak, Chief Wiggum e Comic Book Guy, entre outros, afirmou que, atualmente, não tem intenção de deixar o programa.

“Bem, seria uma tolice ir embora porque eles me pagam, antes de tudo” explica.

Considerando que Os Simpsons passaram para mais uma renovação de produção, encaminhando agora para sua 36ª temporada no início deste ano, o dublador acredita que a série ainda prossiga por mais alguns anos.

“Sabe, estamos fazendo as temporadas 35 e 36. Eu acho que provavelmente chegaria à 40. Parece estar indo bem”, contou Azaria, e complementou dizendo que Os Simpsons continua tendo boa repercussão e não há planos para encerrá-la.

Conta também que apesar das modernizações no mercado das animações, Os Simpsons não se afetou e apesar dos novos padrões de desenho, a série não sofre críticas neste aspecto e explica “a animação não envelhece. A animação fica melhor e mais rápida.”

por Bruna Maleh
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*Fonte: rollingstone

Chuvas no RS foram intensificadas por mudanças climáticas, confirma estudo

Embora o El Niño e outros fenômenos naturais possam ter contribuído para agravar a situação, sua influência foi menor em comparação ao impacto do aquecimento global

Cientistas analisaram as condições meteorológicas que afetam o sul do Brasil entre o final de abril e início de maio e confirmaram que as mudanças climáticas tornaram as chuvas 15% mais intensas. O estudo foi publicado nesta sexta-feira (10).

Isso pode ter levado ao agravamento da tragédia no Rio Grande do Sul, que afetou 428 dos seus 497 municípios, deixando 107 mortos, de acordo com dados da Defesa Civil.

O estudo faz parte do projeto ClimaMeter que, com investimento da União Europeia e do Centro Nacional de Investigação Científica (CNRS) francês, mostra as mudanças climáticas sendo o principal fator para o agravamento das chuvas, embora o El Niño também tenha tido algum impacto.

“As tempestades que geraram chuva extrema nos últimos sete dias decorrem de complexa situação atmosférica formada sobre o Rio Grande do Sul. Os contrastes entre a onda de calor no centro do Brasil e o ar frio de origem antártica ao sul, associado a ciclones extratropicais, favorecem eventos extremos em um planeta mais quente”, conta Francisco Eliseu Aquino, climatologista e Chefe do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em comunicado.

Aquino complementa que o trabalho de investigação de eventos extremos realizado nas últimas décadas já previa que a mudança climática se somaria aos fatores naturais. Isso intensifica as ocorrências climáticas e meteorológicos extremos no mundo, principalmente no sul do Brasil.

Foram usados como base os dados meteorológicos dos últimos 40 anos, comparando os sistemas de baixa pressão no final do século 20 (1979-2001) com as últimas décadas (2002-2023), quando as mudanças climáticas se tornaram mais evidentes. Também foi levada em consideração a influência de fenômenos naturais, como o El Niño, que está atualmente em curso e é conhecido por aumentar a precipitação no sul do país.

A análise do consórcio concluiu que a chuva causada pelas enchentes massivas no estado, resultando na maior tragédia climática da região, foi intensificada pelas mudanças climáticas causadas pelo ser humano. Embora o El Niño e outros fenômenos naturais possam ter contribuído para agravar a situação, sua influência foi menor em comparação ao impacto do aquecimento global.

“Os achados do ClimaMeter destacam que as inundações no Rio Grande do Sul foram intensificadas pela queima de combustíveis fósseis, não pelo El Niño. Essas inundações impactam de forma desproporcional comunidades vulneráveis, que são injustamente sobrecarregadas pelas consequências, apesar de terem pouca responsabilidade pelas mudanças climáticas”, diz Davide Faranda, pesquisador do Instituto Pierre-Simon Laplace de Ciências do Clima e um dos autores do estudo.

A pesquisadora Luiza Vargas, da UFRGS, enfatiza que é possível reduzir os riscos associados às mudanças climáticas por meio da abordagem das questões em escalas regional e global. Isso pode ajudar a proteger vidas humanas e a limitar a frequência e a intensidade dos eventos climáticos extremos. Para isso, é necessário reduzir imediatamente as emissões de combustíveis fósseis e implementar medidas preventivas para proteger áreas vulneráveis dos efeitos de padrões de precipitação cada vez mais imprevisíveis. Essa tomada de decisões eficazes imediatamente é crucial para criar comunidades mais resilientes diante dos desafios climáticos que enfrentaremos no futuro.


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*Fonte: revistagalileu

O que significa ter a capacidade de sentir o cheiro quando a chuva está chegando

O Sol está aparecendo mais e nossos casacos estão saindo do armário – o inverno está quase aqui. No entanto, no Brasil, chuvas podem chegar inesperadamente, independentemente da estação.

As previsões meteorológicas muitas vezes parecem um jogo de azar. Em vez de confiar em aplicativos de clima, alguns sugerem que você poderia muito bem jogar um dardo em um quadro para adivinhar a temperatura lá fora. Mas haveria um método mais confiável para prever chuva? Há conversas entre pessoas que dizem que podem sentir o cheiro da chuva antes de começar. Céticos nas redes sociais, no entanto, não estão totalmente convencidos da ideia.

Entenda a ciência por trás desse fenômeno. De fato, há respaldo científico de que algumas pessoas podem detectar o cheiro de chuva se aproximando, graças a um composto chamado petricor. Derivado das palavras gregas ‘petros’ (que significa pedra) e ‘icor’ (o fluido que fluía nas veias dos deuses gregos), petricor é o aroma terroso produzido quando a chuva cai em solo seco. Esse cheiro tem origem no geosmina, um composto produzido por bactérias do solo. A sensibilidade humana à geosmina é notavelmente aguda, ainda mais do que a capacidade de um tubarão detectar sangue.

Esse aroma distinto é especialmente notável após um longo período de seca seguido por chuva, o que faz com que as gotas de chuva prendam pequenos bolsões de ar ao atingirem o solo. Esses bolsões estouram, liberando um fino borrifo de geosmina junto com outros químicos no ar, como um aerossol natural. O vento pode trazer essa mistura de longe, mesmo antes da chuva chegar, daí algumas pessoas “sentirem” quando a tormenta se avizinha.

Mas não é tudo. O ozônio, um cheiro mais agudo e um tanto mais doce comparado ao petricor, também sinaliza chuva. Esse químico é produzido durante tempestades com relâmpagos, quando a eletricidade divide moléculas de oxigênio e nitrogênio no ar, e elas se recompõem em ozônio. Ventos de uma tempestade iminente podem empurrar esse ozônio de altitudes mais elevadas para o solo, onde se torna detectável.

Então, da próxima vez que o céu parecer ameaçador, tire um momento para cheirar o ar. Seu nariz pode apenas lhe dar o aviso que você precisa para evitar um temporal em sua ida à loja.

por Lucas Rabello
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*Fonte: misteriosdomundo

Por que a Antártica é considerada um deserto?

O continente gelado é considerado o maior deserto do mundo; mas o que faz a Antártica receber essa classificação?

Quando pensamos em desertos normalmente imaginamos locais com grandes quantidades de areia, como no Saara, em zonas quentes e áridas. Entretanto, no maior deserto do mundo não faz calor. Muito pelo contrário, é um dos locais mais frios do mundo: a Antártica.

Mesmo com temperaturas absurdamente frias, o continente gelado é considerado um deserto pois praticamente não chove por lá. Esse é considerado o principal critério para a definição de desertos.

O tema é polêmico e não existem regras extremamente rígidas para classificação de desertos. Mas no geral, os locais considerados desérticos possuem menos de 25 centímetros de chuva por ano. A Antártica se encaixa nessa estimativa, com uma precipitação de cerca de 15 centímetros por ano.

Apesar disso, o continente é gigante e algumas áreas recebem mais chuvas que outras. As partes mais costeiras, por exemplo, têm índices de precipitação maiores, enquanto alguns vales são completamente secos.

Quão seca é a Antártica?
A Antártica tem cerca de 14,2 milhões de quilômetros quadrados de área. A baixa precipitação de regiões antárticas, como os Vales Secos de McMurdo, se deve principalmente às temperaturas frias, a montanhas que impedem a passagem de nuvens de chuva e aos ventos muito fortes que retiram a umidade do ar.

Segundo a Rede de Pesquisa Ecológica de Longo Prazo (LTER) da Fundação Nacional da Ciência (NSF) dos EUA, os vales secos não apresentam neve ou gelo, apenas lagos congelados permanentemente e que podem abrigar alguns micróbios, musgos e líquens que suportam as condições do local.

Mesmo que as regiões centrais do continente pareçam não abrigar vida nenhuma, pinguins e petréis vivem em regiões mais próximas do oceano, onde podem se alimentar de peixes. Além disso, focas às vezes também passam por esses locais.

por Lucas Soares
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*Fontr: olhardigital

The Beatles: 54 anos depois, veja novo clipe de “Let It Be” com registros lendários

Novo vídeo chega com imagens disponibilizadas pela primeira vez na versão restaurada do filme “Let It Be”, que estreou esta semana

Há 54 anos, os Beatles lançavam seu último disco de estúdio Let It Be, apresentando ao público a faixa-título que se tornou um dos maiores sucessos da banda britânica.

Nesta sexta-feira (10), o grupo presenteou os fãs como um novo clipe emocionante da aclamada canção que conta com imagens inéditas de Paul McCartney, George Harrison, John Lennon e Ringo Starr.

O novo visual apresenta também trechos da versão restaurada do filme Let It Be, de 1970, dirigido por Michael Lindsay-Hogg, que foi disponibilizado na Disney+ nesta quarta-feira (8).

A obra foi restaurada pela equipe de Peter Jackson e revela imagens que não foram incluídas na série documental The Beatles: Get Back, lançada em 2021.

Let It Be, dos Beatles, ganha versão restaurada
Em Let It Be, os admiradores dos Fab Four podem acompanhar com mais detalhes os ensaios, as gravações de estúdio e a última performance ao vivo da banda, que foi realizada no telhado da Apple Corps, em Londres, em janeiro de 1969.

O documentário original, que foi lançado simultaneamente com o disco Let It Be, não foi muito recebido na época devido às diferenças marcantes entre os integrantes, reveladas com força no filme e interpretadas pelo público como motivo para desavenças que causaram o fim da banda.

A obra acabou tendo uma exibição limitada nos cinemas e foi lançada em formatos de home video, mas o material foi tirado de circulação nos anos 1980 e finalmente está disponível pela primeira vez em larga escala. Vale a pena assistir!

por Lara Teixeira
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*Fonte: tenhomaisdiscosqueamigos

Fenômenos climáticos: 68% dos municípios brasileiros estão despreparados

Pesquisa da CNM avaliou 3.590 dos 5.570 municípios brasileiros

Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revelou que a maioria dos municípios brasileiros não está preparado para lidar com eventos climáticos extremos, como os que ocorrem no Rio Grande do Sul. Conforme divulgado pelo G1, prefeituras de 3.590 municípios foram questionadas sobre suporte contra fenômenos, com 68% delas apontando que estão de fato despreparadas.

Intitulada “Emergência Climática”, a pesquisa foi realizada entre 1 de dezembro de 2023 e 24 de janeiro de 2024;

Dos municípios questionados, 22,6% se sentem preparados, 6% desconhecem o tipo de evento climático que pode afetar sua região e 3,4% não respondeu;

O levantamento considerou como “preparo contra os eventos climáticos extremos” a elaboração dos planos de mitigação e adaptação, medidas estruturais para enfrentar as emergências climáticas e captação de recursos;

Além disso, 43,7% dos municípios indicaram que não possuem um setor ou profissionais responsáveis por monitoramento de áreas sob riscos de desastres — 38,7% afirmaram possuir;

57% das prefeituras também não possuem sistema de alerta móvel ou fixo para desastres; 34% disseram usar meios de comunicação digital ou SMS; 19% usam rádio ou canais de TV; 10% usam veículos com sirenes; e 5% possuem sistemas fixos com alto-falantes e sirenes.

Ao se considerar as projeções climáticas para o Brasil, o panorama vislumbrado é mais desafiador do que otimista. A CNM chama atenção da União e dos estados para o fato de os municípios, principalmente os de pequeno e médio porte, não conseguirem arcar sozinhos com os custos de gestão de riscos e prevenção de desastres.

Confederação Nacional dos Municípios (CNM) em comunicado.
O presidente do CNM, Paulo Roberto Ziulkoski, lembrou ainda que a situação no Rio Grande do Sul ocorre menos de um ano após os municípios gaúchos serem afetados por ciclone extratropical.

É incalculável o valor das vidas perdidas, e os prefeitos são obrigados a lidar, novamente, com os prejuízos e com o socorro à população.

Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento Regional, o Brasil registrou 4.728 mortes provocadas por desastres naturais em pouco mais de três décadas — de 1991 a 2022. O destaque fica para 2011, quando fortes chuvas atingiram a Região Serrana do Rio de Janeiro — foram 957 vítimas.

Tragédia no Rio Grande do Sul
Segundo a Folha de São Paulo, o Rio Grande do Sul enfrenta fortes temporais com enchentes e enxurradas que já causaram, até o momento, 56 mortes. Há ainda um total de 67 pessoas desaparecidas e 74 feridos, segundo o governo gaúcho.

De acordo com a Defesa Civil, 281 municípios foram afetados pela enchente histórica. Ao todo, há 8.296 desabrigados e 24.666 desalojados.

Conforme meteorologistas, os temporais ocorrem por reflexo de ao menos três fenômenos naturais, incluindo as recentes ondas de calor, agravados pelas mudanças climáticas.

por Tamires Ferreira
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*Fonte: olhardigital

Brasil sofreu 60 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2023 

Segundo a Fortinet, número é menor que o observado em 2022, mas isso não é uma boa notícia; entenda abaixo

Segundo dados do FortiGuard Labs, laboratório de inteligência e análise de ameaças da Fortinet, o Brasil recebeu 60 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2023, número bem menor quando comparado as 103 bilhões de tentativas em 2022. Isso, contudo, não é necessariamente uma boa notícia, já que a tendência global indica menos ataques massivos, mas grande volume de explorações sofisticadas e novas variantes de malware e ransomware muito mais direcionadas.

Em suma, há menos ataques, mas criados para objetivos específicos, o que os torna mais sofisticados e com maior probabilidade de sucesso se as empresas não possuírem defesas de cibersegurança integradas, automatizadas e atualizadas;

A região da América Latina e o Caribe sofreu 200 bilhões de tentativas de ataques em 2023, o que compreende 14,5% do total reportado globalmente no ano passado;

Os países latino-americanos com maior atividade de ataques cibernéticos em 2023 foram México, Brasil e Colômbia;

Os dados reforçam a importância de permanecer vigilante e reforçar as defesas contra potenciais ataques direcionados.

Ainda conforme o relatório, ao longo de 2023, foi observada uma presença notável de ameaças ligadas as aplicações Microsoft Office. Embora muitas destas ameaças já tenham as suas assinaturas de remediação, a persistência na sua detecção sugere que os atacantes continuam encontrando utilidade na sua exploração, uma vez que os sistemas de muitas organizações não foram corrigidos ou atualizados.

Um exemplo disso é a recente descoberta do FortiGuard Labs de uma campanha de phishing distribuindo uma nova variante do malware Agent Tesla. Esta conhecida família de malware usa um trojan de acesso remoto e um ladrão de dados para obter acesso inicial.

No caso das aplicações da Microsoft, a distribuição de malware por meio de arquivos como Excel, Word e PowerPoint foi responsável por quase 50% das detecções de malware.

Além dos apontamentos para a big tech, a pesquisa também mostrou que a exploração do Double Pulsar continua no topo da lista como a vulnerabilidade predominante em praticamente todos os países da América Latina, representando 75% de todas as atividades maliciosas detectadas no último trimestre de 2023.
Neste cenário, a Fortinet ressaltou que, apesar da queda no número de ataques, as organizações devem estar bem mais preparadas que antes, incluindo a cibersegurança como parte da sua estratégia de negócio. É necessário que as empresas tenham uma plataforma ampla que convirja redes e segurança, que seja integrada para reduzir a complexidade das operações e que seja automatizada com IA para reduzir a carga das equipes de TI.

Com a tendência global, é de suma importância que companhias consigam monitorar, detectar e isolar qualquer tentativa de intrusão antes que ela se infiltre na rede, mesmo que ela já o tenha feito.

por tamires Faerreira
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*Fonte: olhardigital

O que é uma onda de frio e por que ela ocorre?

Fenômeno metereológico é causado pela movimentação de massas de ar frio para zonas temperadas e pode auxiliar na formação de ciclones

As ondas de frio são facilmente percebidas pela queda abrupta na temperatura de um local, ocasionadas pela incursão de massas de ar frio em uma região que estava mais quente. Isso pode acontecer espontaneamente, ou antes de um desastre, como um evento em consequência da formação de um ciclone. A seguir, confira mais informações sobre as ondas de frio e o porquê ocorrem.

Entenda o que são as ondas de frio e por que ocorre
As ondas de frio são consideradas fenômenos atmosféricos e ocorrem quando uma massa de ar frio avança sobre um local que costumava estar mais quente: esta incursão diminui a temperatura local abruptamente e pode ou não provocar eventos como chuvas ou geadas.

Diferentemente da frente fria, que é a interação entre as massas de ar quente e frio e, posteriormente, a elevação da massa de ar quente; a onda de frio não precisa, por exemplo, elevar outras massas. As ondas de frio costumam acontecer com mais frequência nas áreas temperadas do nosso planeta, ou seja, aquelas que têm estações bem definidas por verões quentes e invernos frios.

Também é importante dizer que a onda de frio pode ocorrer de maneira mais “espontânea” e não causar muitos problemas, visto que algumas apenas tendem a baixar a temperatura local por alguns dias. No entanto, outras ondas de frio se formam em consequência da criação de um ciclone: o fenômeno atrai as massas de ar frio de outros lugares e as juntam em um grande turbilhão de ar, provocando tempestades muito fortes.

Dessa forma, a atuação de uma onda de frio têm diferentes características, como queda abrupta da temperatura, chuvas intensas, ventos fortes e, posteriormente, neve, granizo ou geada. É possível que a onda ofereça uma ou outra característica, ou todas elas.

Dentre as principais consequências desse tipo de evento, é possível citar problemas de saúde para aqueles diretamente expostos ao frio (como hipotermia em moradores de rua), interrupção do fluxo do trânsito, quedas de energia, etc. Tudo vai depender da força do fenômeno e por quantos dias ele vai ficar, e se está ou não conectado a um ciclone.

por Wagner Edwards
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*Fonte: olhardigital