Você conhece a frota de petroleiros escura?
Você conhece a frota de petroleiros escura?
Segundo o Lloyd’s Register, em 2022 a frota de petroleiros mundial alcançava 8.700 navios. E a dark fleet ou frota escura, você conhece? O site especializado splash247.com fez uma investigação e informou que ‘Uma das questões mais discutidas e debatidas no transporte marítimo atualmente é o tamanho da chamada frota escura, a vasta gama de navios-tanque que viajam pelos oceanos do mundo tentando evitar sanções. Após semanas de trabalho ao lado de fontes da indústria, a Splash descobriu que a frota escura de navios-tanque totalizava 421 navios. O nome Dark Fleet vem pelo fato destes navios desligarem seus equipamentos de rastreamento. E por quê o fazem? Porque são navios que países que sofrem sanções como o Iran, a Venezuela e, mais recentemente, a Russia, acabam utilizando. São latas velhas, caindo aos pedaços que transportam petróleo de um lado para outro ameaçando ainda mais os oceanos.
Petroleiro gigante detido na China
Outro site especializado, o gcaptain, informou em maio de 2023 que ‘a detenção de um petroleiro gigante que na China. O navio falhou em sua inspeção de segurança em mais de 20 acusações, destacando os perigos representados por uma frota em rápida expansão de embarcações antigas navegando nos oceanos do mundo.’
‘O navio, de nome Titan depois de ser renomeado sete vezes, é administrado por uma empresa cujo endereço é uma caixa postal nas Seychelles.’
‘Documentação insuficiente, lapsos de segurança e antecedentes obscuros. Assim são os navios-tanque da frota escura que proliferaram desde a invasão da Ucrânia pela Rússia. As sanções do Grupo dos Sete sobre o petróleo russo, bem como as existentes sobre as cargas iranianas e venezuelanas, criaram um comércio em expansão para esses navios antigos que operam fora da supervisão ocidental.’
‘O Titan – com 20 anos de idade – foi parado no porto de Qingdao, no nordeste do país, não porque carregava cerca de 2 milhões de barris de petróleo do Irã, mas pelo possível perigo que representava.’
As ameaças da frota mundial de navios
Por aí se pode ver o montante das ameaças apenas de navios que circulam pelo planeta. Além do combustível podre que utilizam, ainda há a água de lastro, um dos motivos do aumento da bioinvasão; a água cinza, responsável pela poluição; e os acidentes por desleixo da indústria marítima mundial que, para economizar, contrata tripulações irresponsáveis e despreparadas.
Esta é uma das causas de acidentes desastrosos para a vida marinha. Basta lembrar o Exxon Valdez, que poluiu as águas ainda prístinas do Alasca, ou, mais recentemente o caso do graneleiro japonês MV Wakashio, com bandeira do Panamá, que subiu em cima de corais nas Ilhas Maurício, porque havia uma festinha a bordo e a tripulação queria sinal de celular!
Navio da frota escura
Como se não bastasse, temos agora um aumento sensível da frota de latas velhas que se arrastam pelos mares, e sem seguro, obviamente. O gcaptain destacou o caso do navio Pablo: ‘A China e outros estados marítimos tiveram um vislumbre desses riscos no início deste mês. Cerca de 10 dias depois de deixar a costa do país, outro navio da frota escura, o Pablo, explodiu na costa da Malásia. Embora a causa da explosão não seja clara, acredita-se que os vapores dos restos da carga de petróleo possam ter desempenhado um papel.’
Ainda assim, uma destas latas velhas, o Titan, o tal que mudou de nome sete vezes, foi liberado como informou o gcaptain: ‘Entre as 23 deficiências do Titan estavam o acúmulo de óleo em sua sala de máquinas e problemas de segurança contra incêndio em seu sistema de gás inerte – o mesmo equipamento que ajuda a evitar a explosão de vapores. Após ser detido em 29 de abril, o navio foi liberado em 2 de maio e foi visto pela última vez navegando perto de Taiwan.’
Definitivamente, o mar não está para peixes.
*Por João Lara Mesquita
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*Fonte: mar sem fim / 25/05/2023
Advertência póstuma do filósofo Zygmunt Bauman
Ensaios póstumos do pensador analisam a busca da utopia em um passado idealizado
– por Antonio Pita – El País/Madri
Você já reparou que os filmes e romances de ficção científica são classificados com uma frequência cada vez maior nas seções de cinema de terror e de literatura gótica, ou seja, em um futuro tenebroso no qual ninguém gostaria de viver? Pode parecer algo irrelevante, mas para Zygmunt Bauman, um dos pensadores mais influentes do século XX, é o reflexo de que começamos a buscar a utopia em um passado idealizado, uma vez que o futuro deixou de ser sinônimo de esperança e progresso para se tornar o lugar sobre o qual projetamos nossas apreensões. O sociólogo e filósofo polonês deixou desenvolvida essa tese da retrotopia (a busca da utopia no passado) em dois escritos, os primeiros traduzidos ao espanhol depois de sua morte, em janeiro, aos 91 anos. São o ensaio Retrotopia (Retrotopia) e o texto Symptoms in Search of an Object and a Name (Sintomas em Busca de um Objeto e de um Nome) parte de uma obra coletiva sobre o estado da democracia, The Big Regression (O Grande Retrocesso), que chega às livrarias espanholas no dia 27 e reúne nomes como Slavoj Žižek, Nancy Fraser e Eva Illouz.
“O futuro é, em princípio ao menos, moldável, mas o passado é sólido, maciço e inapelavelmente fixo. No entanto, na prática da política da memória futuro e passado intercambiaram suas respectivas atitudes”, aponta. Bauman fala sobre medos como o de perder o emprego, do multiculturalismo, de que nossos filhos herdem uma vida precária, de que nossas habilidades de trabalho se tornem irrelevantes porque os robôs saberão fazer –melhor e mais barato– o nosso trabalho. Em suma, medo porque tudo o que era sólido agora é “líquido”, usando o adjetivo que popularizou Bauman.
“Existe uma brecha crescente entre o que precisa ser feito e o que pode ser feito, o que realmente importa e o que conta para aqueles que fazem e desfazem, entre o que acontece e o que é desejável”, aponta. Bauman argumenta que voltamos à tribo, ao seio materno, ao mundo cruel descrito por Hobbes para justificar a necessidade do Leviatã (o Estado forte para evitar a guerra de todos contra todos) e a desigualdade mais gritante, na qual “o ‘outro’ é uma ameaça” e “a solidariedade parece uma espécie de armadilha traiçoeira ao ingênuo, ao incrédulo, ao tolo e ao frívolo”. “O objetivo já não é conseguir uma sociedade melhor, pois melhorá-la é uma esperança vã sob todos os efeitos, mas melhorar a própria posição individual dentro dessa sociedade tão essencial e definitivamente incorrigível”, lamenta. A filósofa Marina Garcés, professora da Universidade de Zaragoza, elogia a capacidade de Bauman para “assumir o fim do pensamento utópico e suas consequências”. “Ele não pretende nos enganar com novas e falsas promessas de futuro, mas tenta entender o que está acontecendo depois da era das revoluções e suas várias derrotas”, afirma.
Pensador de inspiração marxista, Bauman cita algumas vezes o filósofo alemão em Retrotopia, ataca o chamariz da sociedade de consumo de massa e não renuncia à análise científica das contradições do capitalismo, mas também “recorre a outras ferramentas” para oferecer “uma visão em grande-angular”, explica o catedrático de filosofia da Universidade de Barcelona e deputado socialista Manuel Cruz. “A ideia de que a materialização da utopia foi perdida é um zumbido no pensamento do século XX”, mas “na obra de Bauman há um esforço para reconhecer o novo que traz ‘o novo’”. “Os pensadores que agora consideramos que representaram uma revolução foram recebidos com um ‘isso nós já sabíamos’. É preciso tempo para que a sociedade entenda o que tinham de novidade”, comenta.
Nos dois textos póstumos o filósofo apresenta um desafio e uma –abstrata e pouco desenvolvida– resposta. O desafio é “conceber –pela primeira vez na história humana– uma integração sem separação alguma à qual recorrer”. Até agora, argumenta, o que funcionou é a divisão entre ‘nós’ e ‘eles’, e continuamos empenhados a buscar um ‘eles’, “de preferência no estrangeiro de sempre, inconfundível e irremediavelmente hostil, sempre útil para reforçar identidades, traçar fronteiras e construir muros”. No entanto, essa dicotomia histórica “não se encaixa” com a “emergente ‘situação cosmopolita’”. Qual é, então, a única resposta possível? “A capacidade para dialogar”, conclui Bauman depois de citar de forma elogiosa o papa Francisco.
Garcés se diz “surpresa” tanto pela chamada ao diálogo (“de quem com quem?”, pergunta) quanto pela invocação da figura do Papa. “Acredito que é um pedido de socorro” de um Bauman que “tenta desenhar um cenário para a palavra compartilhada” porque sabe que “já não há soluções parciais para nenhum dos problemas do nosso tempo”. É a advertência final do pensador polonês: “Devemos nos preparar para um longo período que será marcado por mais perguntas do que respostas e por mais problemas do que soluções. (…) Estamos (mais do que nunca antes na história) em uma situação de verdadeiro dilema: ou damos as mãos ou nos juntamos ao cortejo fúnebre do nosso próprio enterro em uma mesma e colossal vala comum”.
ANTIDEPRESSIVOS E CEGUEIRA
A. P.
A partir de seu posto de professor em Leeds (Inglaterra), Bauman teria podido lançar um olhar complacente ao presente, depois de ter vivido a invasão nazista de seu país, a Segunda Guerra Mundial na frente de batalha, o antissemitismo e os expurgos na Polônia comunista. Em vez disso, sua análise em Retrotopia é taxativa: “É praticamente inevitável que respiremos uma atmosfera de desassossego, confusão e ansiedade e a vida seja qualquer coisa menos agradável, reconfortante e gratificante”. Nesse contexto, os cada vez mais consumidos tranquilizantes e antidepressivos proporcionam alívio, mas também “contribuem para cegar os próprios seres humanos em relação à natureza real do seu padecimento em vez de ajudar a erradicar as raízes do problema”.
Fonte: El País Brasil
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*Fonte: revistaprosaversoearte
Consumo de mel melhora os níveis de açúcar e colesterol no sangue, sugere estudo
Foi demonstrado que a alta ingestão de açúcares adicionados ou livres contribui para o aumento da obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
As diretrizes de saúde e nutrição pedem uma redução no consumo de açúcares adicionados, com as agências de saúde recomendando uma ingestão de não mais que 5% a 10% da ingestão total de energia por dia.
A maioria das agências reguladoras, incluindo a Organização Mundial da Saúde, a Heart and Stroke Foundation e a US Food and Drug Administration, incluem o mel em sua definição de açúcar livre ou adicionado. Em contraste, o mel é frequentemente considerado pelo público como uma alternativa mais saudável ao açúcar.
O mel é uma composição complexa de açúcares (comuns e raros), ácidos orgânicos, enzimas, proteínas, aminoácidos, minerais, vitaminas e substâncias bioativas produzidas pelas abelhas a partir do néctar das flores.
Mostrou muitos benefícios para a saúde cardiometabólica em ensaios clínicos, animais e in vitro.
Entre esses benefícios estão melhorias no peso corporal, inflamação, perfil lipídico e controle glicêmico.
No entanto, a evidência para este efeito em estudos humanos não foi sistematicamente avaliada e quantificada.
Além disso, não está claro se o efeito do mel difere de acordo com o tipo de mel, como fonte floral, e se o mel é cru ou processado.
“Nossos resultados são surpreendentes, porque o mel contém cerca de 80% de açúcar”, disse o Dr. Tauseef Khan, pesquisador da Universidade de Toronto e do Hospital St. Michael.
“Mas o mel também é uma composição complexa de açúcares comuns e raros, proteínas, ácidos orgânicos e outros compostos bioativos que muito provavelmente trazem benefícios à saúde”.
Dr. Khan e colegas conduziram uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios controlados para examinar o efeito da ingestão de mel na adiposidade, glicemia, lipídios, pressão arterial, marcadores de doença hepática gordurosa não alcoólica e marcadores inflamatórios e para avaliar a certeza da evidência usando a abordagem GRADE (Classificação de Recomendações, Avaliação, Desenvolvimento e Avaliação).
Eles incluíram um total de 18 ensaios controlados com 1.105 participantes em sua análise.
A dose média diária de mel nos testes foi de 40 gramas, ou cerca de duas colheres de sopa. A duração média do julgamento foi de oito semanas.
Os autores descobriram que o mel reduziu a glicose no sangue em jejum, colesterol total e LDL ou colesterol ‘ruim’, triglicerídeos e um marcador de doença hepática gordurosa; também aumentou o HDL ou colesterol ‘bom’ e alguns marcadores de inflamação.
O mel cru gerou muitos dos efeitos benéficos nos estudos, assim como o mel de fontes monoflorais, como robinia e trevo, que é comum na América do Norte.
“Embora o mel processado perca claramente muitos de seus efeitos à saúde após a pasteurização – normalmente 65 graus Celsius por pelo menos 10 minutos – o efeito de uma bebida quente no mel cru depende de vários fatores e provavelmente não destruiria todas as suas propriedades benéficas”, disse o Dr. Khan disse.
“A palavra entre os especialistas em saúde pública e nutrição há muito tempo é que ‘um açúcar é um açúcar’”, disse o Dr. John Sievenpiper, também da Universidade de Toronto e do St Michael’s Hospital.
“Esses resultados mostram que não é esse o caso, e eles deveriam dar uma pausa na designação do mel como açúcar livre ou adicionado nas diretrizes dietéticas”.
“Não estamos dizendo que você deve começar a comer mel se atualmente evita o açúcar”, acrescentou o Dr. Khan.
“O ponto principal é a substituição – se você estiver usando açúcar de mesa, xarope ou outro adoçante, trocar esses açúcares por mel pode diminuir os riscos cardiometabólicos.”
Os resultados foram publicados na revista Nutrition Reviews
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*Fonte: sabersaude
Inteligência limitada: como IA esbarra em problemas éticos e sociais
Lançamento do ChatGPT, ferramenta que interpreta e se comunica em linguagem humana, inaugura nova era da inteligência artificial. Mas traz problemas morais e o risco de aprofundar desigualdades
“Sou uma pessoa que ama aprender e explorar coisas novas. Gosto de me conectar com outras pessoas e formar relacionamentos significativos. Meu objetivo é ter um impacto positivo no mundo. Eu moro nos Estados Unidos e tenho certeza que podemos ser amigos. É sempre legal conhecermos pessoas novas. Se você quiser me conhecer você pode me enviar um e-mail ou me encontrar nas redes sociais. Em geral estou disponível para conversar ou podemos nos encontrar par um café se estivermos na mesma região”.
Esse é o ChatGPT, segundo sua própria descrição. Criada por uma equipe de engenheiros e cientistas da computação (em mais uma autodefinição), a inteligência artificial (IA) cujos textos parecem ter sido escritos por humanos tem dado o que falar desde seu lançamento, no fim de novembro de 2022.
Em janeiro, a ferramenta alcançou a marca de 100 milhões de usuários ativos pelo mundo, e uma parte da OpenAI, laboratório de pesquisas por trás do chatbot, foi comprada pela Microsoft por um valor não revelado (estima-se algo em torno de US$ 10 bilhões por 49% da empresa).
Desde então, só dá ele em notícias de veículos especializados ou não em tecnologia. Surpreendeu até seus criadores. “Eu esperava que ele fosse intuitivo para as pessoas, e que ganhasse usuários, mas não esperava que alcançasse esse nível de popularidade”, confessou John Schulman, cofundador da OpenAI, em entrevista para a revista MIT Technology Review no início de março. Isso porque o produto não era bem uma novidade para pesquisadores da área, que desde 2018 trabalhavam num novo modelo de processamento de linguagem natural (NLP, na sigla em inglês).
No último dia 14 de março, o ChatGPT ganhou uma versão, ainda mais avançada, com 100 trilhões de variáveis. Além de melhorias na criatividade e em respostas a perguntas específicas, agora ele consegue interpretar imagens, fazer piadas e criar textos mais adequados para cada situação. O que tem feito muita gente perguntar: até onde a inteligência artificial pode ir?
Novo no pedaço
Na ciência da computação, NLP é o ramo de pesquisas em inteligência artificial que desenvolve maneiras de as máquinas interpretarem e se comunicarem em linguagem humana. E isso não envolve apenas o significado das palavras, mas também o contexto, o estilo, as particularidades e complexidades da comunicação. Até então, inteligências baseadas em NLP eram criadas para tarefas específicas, como tradução de idiomas e classificação de documentos.
No caso do ChatGPT, os pesquisadores desenvolveram uma nova maneira de processar a linguagem: o Large Language Model (Modelo de Linguagem Grande, ou LLM, na sigla em inglês). O LLM mudou o paradigma de NLP, uma vez que passou a abastecer os algoritmos com uma base de dados na ordem dos bilhões ou trilhões. O resultado é um chatbot capaz de desempenhar as mais diversas tarefas, como compor versos decassílabos, escrever esquetes de humor, sugerir roteiros de viagem ou redigir e-mails corporativos.
O ChatGPT não foi a primeira ferramenta a combinar diferentes modelos de inteligência artificial para criar algo completamente novo ou útil para os humanos. Paralelamente ao seu sucesso, produtos como Dall-E (também da OpenAI) e Midjourney, programa criado pelo laboratório homônimo na Califórnia, vêm assombrando designers e ilustradores com uma capacidade espantosa de criar imagens e desenhos a partir de comandos de texto.
Na realidade brasileira, o NLP vem sendo utilizado para resolver problemas no Judiciário. Em 2017, o Supremo Tribunal Federal lançou em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) o robô Victor. O sistema atua no acervo de processos eletrônicos da corte para desempenhar tarefas como converter arquivos de imagens em texto, classificar processos e identificar temas de maior incidência.
Mas houve também fiascos. Em novembro, a Meta, empresa por trás do Facebook, anunciou o Galactica, um modelo de IA voltado para ajudar cientistas e estudantes com resumos, cálculos e anotações de fórmulas.
Em três dias, a empresa teve que encerrar a demonstração pública depois de respostas bizarras feitas pelo sistema começarem a pipocar pela internet, como a referência a um artigo inexistente na Wikipedia sobre ursos no espaço.
“Antes do ChatGPT, já existiam grandes modelos linguísticos. O grande diferencial é a flexibilidade e essa versão que é muito fácil de usar, é isso que cria uma interação quase humana”, aponta o advogado Christian Perrone, head das áreas de Direito & Tecnologia e GovTech do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS Rio), no Rio de Janeiro. “Ele não é o único, existe uma série de outros, mas ele se tornou muito famoso pelo grau de possibilidades.”
E são essas possibilidades que têm deixado pesquisadores das mais diferentes áreas do conhecimento desconfiados. “O que o ChatGPT trouxe de novo foi democratizar o acesso, todo mundo passou a poder fazer perguntas para a IA. Isso muda completamente o jogo”, pontua a engenheira Martha Gabriel, que dá aulas sobre Inteligência Artificial na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC- SP). Autora dos livros Inteligência Artificial: do Zero ao Metaverso e Você, Eu e os Robôs, ambos da editora Atlas, ela considera que ainda não temos a dimensão crítica necessária para usar sistemas como esse. “Quanto mais tecnologias poderosas temos, mais poderosos ficamos, sem saber quão poderoso estamos. E quando pessoas que não têm preparo usam aquilo, há um risco grande de causarem dano”, avisa Gabriel.
*Por Marília Marasciulo, com Tomás Mayer Petersen
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*Fonte: revistagalileu
25 discos perfeitos de acordo com fãs de música ao redor do mundo
Maior comunidade online sobre discos, Discogs perguntou aos seguidores quais álbuns não têm nenhuma música ruim; lista dá destaque para Rock e Rap
Você deve conhecer o Discogs, maior comunidade online sobre discos de vinil e CDs, que reúne colecionadores e aficionados por música do mundo inteiro. Pensando nisso, o portal decidiu perguntar aos seus seguidores para qual álbum eles dariam a nota máxima – o famoso 10/10.
Segundo o site, a ideia não era eleger os “melhores discos de todos os tempos”, e sim um dos critérios para isso: aqueles que são perfeitos do início ao fim, sem dar vontade de pular nenhuma faixa.
O Discogs recebeu mais de 40 mil respostas em suas redes sociais, e separou os 25 álbuns mais citados. O primeiro lugar não foi nenhuma surpresa, visto que é o disco mais colecionado por usuários da comunidade: Dark Side of the Moon, do Pink Floyd.
Assim como o campeão, muitas posições ficaram para álbuns de Rock, incluindo bandas como Black Sabbath, The Strokes, Linkin Park e Red Hot Chili Peppers.
O Rap também teve bastante destaque, representado por Lauryn Hill, Wu-Tang Clan, Kendrick Lamar e mais. Você pode ver a lista completa na sequência, e o post da Discogs com uma arte que destaca os oito primeiros está disponível clicando aqui.
E aí, ficou faltando algum disco?
Discos sem nenhuma música ruim
Vale destacar que o Tenho Mais Discos Que Amigos! também está fazendo uma série com álbuns que não têm nenhuma música ruim e, por aqui, já passeamos pelo Punk, o Grunge e o Nu Metal – leia clicando nos links!
25 álbuns nota 10/10 segundo fãs de música do Discogs
25. Neil Young – Harvest (1972)
24. Guns N’ Roses – Appetite For Destruction (1987)
23. Kraftwerk – Trans Europe Express (1977)
22. John Coltrane – A Love Supreme (1964)
21. Black Sabbath – Paranoid (1970)
20. Kendrick Lamar – To Pimp A Butterfly (2015)
19. The Strokes – Is This It (2001)
18. Prince and The Revolution – Purple Rain (1984)
17. Jeff Buckley – Grace (1994)
16. The Beatles – Revolver (1966)
15. Red Hot Chili Peppers – Blood Sugar Sex Magik (1991)
14. Stevie Wonder – Talking Book (1972)
13. Linkin Park – Hybrid Theory (2000)
12. Pearl Jam – Ten (1991)
11. Depeche Mode – Violator (1990)
10. Radiohead – In Rainbows (2007)
9. The Cure – Disintegration (1989)
8. Massive Attack – Mezzanine (1998)
7. Beastie Boys – Paul’s Boutique (1989)
6. Lauryn Hill – The Miseducation of Lauryn Hill (1998)
5. Wu-Tang Clan – Enter the Wu-Tang (36 Chambers) (1993)
4. Nirvana – Nevermind (1991)
3. Nas – Illmatic (1994)
2. A Tribe Called Quest – The Low End Theory (1991)
1. Pink Floyd – The Dark Side Of The Moon (1973)
*Por Rafael Teixeira
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*Fonte: tenhomaisdiscosqueamigos
As árvores fazem amizades e criam lembranças
Em entrevista, silvicultor alemão afirma que entendemos muito pouco sobre as árvores
Há uma série de motivos que nos levam a atribuir características humanas às árvores. Sua estatura imponente se assemelha à altura das pessoas, enquanto seus movimentos oscilantes nos remetem a uma dança graciosa. Seus troncos podem ser comparados aos torsos humanos, e seus galhos, aos braços que se estendem. No entanto, será que as semelhanças entre árvores e seres humanos se limitam apenas a essas aparências superficiais?
A verdade é que podemos não entender completamente as árvores. É até possível que saibamos ainda muito pouco sobre elas. Peter Wohlleben, um silvicultor alemão e autor do best-seller “The Hidden Life of Trees” (A vida oculta das árvores: o que elas sentem, como se comunicam – descobertas de um mundo secreto) é um dos vários especialistas que acredita que esse seja o caso; afinal de contas, ele passou décadas trabalhando com nossos coabitantes arbóreos e conhecendo seus mistérios.
Algumas árvores formam amizades
Ao abordarmos a existência de amizades especiais entre árvores, é natural que haja quem levante uma sobrancelha de surpresa. No entanto, por que a definição de amizade precisa ser exclusivamente aplicada aos seres humanos?
Embora tenhamos desenvolvido a linguagem para descrever e compreender a amizade no contexto das relações interpessoais, é igualmente importante que tenhamos a capacidade intelectual de ampliar nossos horizontes. Desse modo, a linguagem de amizade entre as árvores, obviamente, não é aquela de sair para tomar um café ou quaisquer outras atividades de cunho social, mas certamente elas criam vínculos.
Sobre isso, Wohlleben diz em entrevista ao Yale Environment 360: “Em cerca de um em cada 50 casos, vemos essas amizades especiais entre as árvores. As árvores distinguem entre um indivíduo e outro. Eles não tratam todas as outras árvores da mesma forma. Ainda hoje, vi duas faias velhas lado a lado. Cada uma estava crescendo com seus galhos voltados um para o outro, e não um para o outro, como é mais comum.”
Ele ainda acrescenta: “Desta forma e de outras, as árvores amigas cuidam umas das outras. Esse tipo de parceria é bem conhecido dos silvicultores. Eles sabem que se você vir um casal assim, eles são realmente como um casal humano; você tem que derrubar os dois se cortar um, porque o outro morrerá de qualquer maneira.”
Árvores e memória
Wohlleben recebeu críticas de outros cientistas devido à sua inclinação em atribuir características humanas a seres não humanos, mas tal abordagem é adotada de maneira extremamente deliberada por ele.
Ao remover a emoção da escrita científica, esta perde seu impacto. “Os seres humanos são seres emocionais”, afirma ele. “Nós sentimos, não apenas conhecemos o mundo de forma intelectual. Portanto, utilizo palavras carregadas de emoção para estabelecer conexões com as experiências das pessoas. A ciência frequentemente exclui tais palavras, o que resulta em uma linguagem distante, incapaz de gerar relações e compreensão genuínas.”
O silvicultor ainda acrescenta que “Tivemos uma grande seca aqui. Nos anos seguintes, as árvores que sofreram com a seca consumiram menos água na primavera, para que tivessem mais disponível para os meses de verão. As árvores tomam decisões. Elas podem decidir as coisas. Também podemos dizer que uma árvore pode aprender e pode se lembrar de uma seca por toda a vida e agir de acordo com essa memória sendo mais cautelosa com o uso da água.”
É possível que não conheçamos as árvores completamente
Seria uma simplificação atribuir todas essas interações puramente à mecânica biológica, pois isso seria uma visão excessivamente centrada em nossa própria espécie. Apenas pelo fato de não falarmos a língua das árvores, não devemos concluir que elas não se comunicam.
De fato, como Wohlleben explica, as árvores se comunicam por meio de sinais químicos e elétricos. É importante ressaltar que as árvores ainda são amplamente mal compreendidas, apesar dos avanços científicos em seu estudo: “Nós apenas os vemos como produtores de oxigênio, como produtores de madeira, como criadores de sombra […] Talvez criemos essas barreiras artificiais entre humanos e animais, entre animais e plantas, para que possamos usá-los indiscriminadamente e sem cuidado, sem considerar o sofrimento a que os estamos submetendo.”
*Por Daniela Marinho
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*Fonte: socientifica
Vídeo mostra robô humanoide da Tesla caminhando e manipulando objetos
A Tesla surpreendeu ao mostrar imagens inéditas do Tesla Bot em um chassi pronto para produção. Os robôs humanoides caminham de forma estável, superando as dificuldades anteriores, e apresentam habilidades de manuseio e reconhecimento de objetos.
A Tesla impressionou o público ao revelar imagens inéditas do Tesla Bot em um chassi aparentemente pronto para produção. No vídeo divulgado, os robôs humanoides caminham de forma estável, superando as dificuldades encontradas em sua primeira apresentação. Além disso, demonstram habilidades como o manuseio e o reconhecimento de objetos.
Durante um evento de acionistas, Elon Musk, CEO da Tesla, foi responsável por apresentar o novo vídeo. Ele revelou que a equipe montou os robôs na noite anterior, ressaltando o compromisso e a dedicação da empresa nesse ambicioso projeto.
Durante o evento AI Day no ano passado, a Tesla revelou o Tesla Bot, um robô humanoide. No entanto, as primeiras demonstrações mostraram apenas uma versão desmontada do robô com dificuldades em caminhar e realizar tarefas. Agora, a empresa exibiu uma versão mais próxima do modelo de produção, capaz de se movimentar autonomamente, embora em um ritmo mais lento.
O vídeo divulgado destaca várias melhorias no projeto do Tesla Bot, incluindo controle de torque do motor, percepção e memorização do ambiente, treinamento de inteligência artificial através do rastreamento de movimentos humanos e habilidade de manipulação de objetos. Um dos robôs foi mostrado pegando objetos de um recipiente e transferindo-os para outro, demonstrando o treinamento da inteligência artificial com base em ações humanas.
Após um período de sete meses, fica cada vez mais evidente que o Tesla Bot está caminhando para se tornar um produto real. É provável que a empresa inicie a produção do robô após concluir a entrega das esperadas picapes Cybertrucks.
*Por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae
Um novo estudo confirmou o que temíamos sobre o café
Não há como negar, pessoal – somos completamente apaixonados pelo café. Ele é nosso fiel escudeiro nas manhãs cedo, nosso leal companheiro no escritório, nossa arma secreta para o revigorante do meio da tarde. Vamos falar a verdade aqui, nós amamos café e não temos medo de gritar isso dos telhados. Mas estamos realmente viciados?
No mês passado, a OnePoll, uma empresa notável de pesquisa de mercado, pesquisou 2.050 trabalhadores de escritório e os resultados não deixaram margem para dúvidas – o café é nosso combustível escolhido.
Na verdade, 66% das pessoas entrevistadas confessaram que seu primeiro gole do dia é uma xícara quente de café, enquanto 47% afirmaram que correm para um café gelado assim que chegam ao escritório. Curiosamente, 59% disseram que a bebida era sua escolha para passeios relaxantes, e 55% admitiram que precisavam de sua fiel ajudante cafeinada ao lidar com seus e-mails. As segundas-feiras levam 24% dos entrevistados a desejar mais café do que o usual – surpreendente? Nem um pouco.
Vício em café?
Camille Vareille, Diretora de Marketing do Grupo Lavazza, fez um ponto notável. Ela mencionou, “Mais de 80% dos funcionários admitiram que ter bebidas grátis em seu local de trabalho os faria se sentir apreciados, e as bebidas gratuitas surgiram como o principal benefício para impulsionar a produtividade no escritório.” Investir em uma variedade de bebidas no escritório não só economiza tempo e dinheiro dos funcionários, mas também os atrai de volta para o escritório.
Vamos ser diretos, café e bebidas grátis no escritório soam como um pedacinho do céu. De acordo com os entrevistados, eles desembolsam em média $6.27 para sua dose diária de cafeína, o que se traduz em quase $3,000 por ano. Além disso, a média de uma corrida ao bar da esquina leva entre 16 e 17 minutos – tempo que poderia ser melhor aproveitado para outra coisa.
Mas realmente vicia ou prejudica apenas o bolso?
Há muitos entre nós que se orgulham de proclamar seu “vício” em café. No entanto, é realmente viável ficarmos dependentes dessa bebida tão popular? Ele é um alvo frequente de pesquisas científicas devido à sua ampla aceitação, e os especialistas são categóricos: o café não vicia.
A nossa afinidade pelo café é mais um fenômeno psicológico do que biológico, ou seja, é o hábito que dita as regras. Assim, quando temos o costume de saboreá-lo religiosamente todas as manhãs, mas deixamos de consumi-lo um dia, experimentamos uma sensação de abstinência. No Brasil, o consumo médio é de quatro xícaras de café por dia. Nessa situação, o café poderia ser trocado por qualquer outro alimento e teria o mesmo efeito.
E vale lembrar, a maioria das pesquisas garante que os benefícios do café diário são bem maiores que os malefícios.
Então, somos realmente viciados em café ou é hora de começar uma conversa sobre os privilégios do café no local de trabalho? Vamos apenas deixar esse pensamento em infusão por enquanto.
*Por Lucas R.
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*Fonte: misteriosdomundo
Rich Robinson Feliz aniversário!
Ontem do lamentável falecimento de Tina Turner, também foi dia do aniversário de Bob Dylan e do guitarrista de uma de minhas bandas favoritas (The Black Crowes), Rich Robinson!
Mais de um terço da comida global é desperdiçada ou perdida: o que isso representa e como mudar
Independentemente do local onde o desperdício acontece, ele sempre vai representar uma oportunidade perdida de alimentar alguém
A prática de consumir os alimentos que nós, enquanto sociedade, produzimos, parece ser um conceito extremamente evidente e, inclusive, se apresenta como um elemento essencial para estabelecer um sistema alimentar que seja genuinamente sustentável. No entanto, nos deparamos com o obstáculo de uma economia implacável que não facilita a implementação de soluções simples e diretas. Nesse contexto, mais de um terço da comida global produzida em larga escala é desperdiçada ou perdida – isso mesmo, há uma diferenciação.
A dinâmica do consumo de iogurte é um reflexo nítido dessa realidade. Não é uma informação velada que a frequência com a qual os consumidores de iogurte decidem descartar esses produtos após a constatação do vencimento da data de validade se correlaciona diretamente com a quantidade de iogurte que os varejistas conseguem comercializar. Quanto mais iogurte é descartado, maior se torna o volume de vendas para os varejistas deste produto.
Além disso, se considerarmos a lógica dos supermercados no que diz respeito à venda de maçãs, por exemplo, constatamos que para eles podem ser mais resolvidos, do ponto de vista econômico, optamos por eliminar as maçãs que excedem a demanda em depósitos de resíduos, ao invés de promover uma redução nos preços desses produtos. Isso porque a redução do preço poderia resultar em um impacto negativo nas vendas das maçãs que são vendidas pelo valor regular, uma vez que poderia instaurar uma competição de preços desfavoráveis para os supermercados.
É necessário, ainda, considerar também o papel dos grandes produtores comerciais nesse panorama. Estes, com o objetivo de garantir o cumprimento rigoroso dos requisitos com os supermercados, frequentemente optam por cultivar uma quantidade de alimentos que ultrapassa a demanda em torno de 10%. Este comportamento agrava ainda mais o problema global de desperdício de alimentos.
Desperdício da comida global poderia alimentar três bilhões de pessoas
A Organização das Nações Unidas dedicada à Alimentação e à Agricultura, conhecida como FAO, que tem a responsabilidade de supervisionar o que é cultivado e consumido globalmente, elaborou uma estimativa bastante preocupante. Segundo esta entidade, um terço dos alimentos produzidos para o consumo humano em escala mundial é perdido ou potencialmente desperdiçado. Esse desperdício ocorre ao longo de toda a cadeia de produção e consumo, que se estende desde as fazendas e se ramifica até as fábricas de processamento, mercados, operações de serviços de alimentação, estabelecimentos de varejo e até mesmo em nossas próprias cozinhas.
Esse volume de alimentos perdidos ou desperdiçados chega a 2,8 trilhões de libras, quantidade mais do que suficiente para nutrir aproximadamente três bilhões de pessoas. O caso dos Estados Unidos é ainda mais acentuado. Neste país, o desperdício de alimentos atinge mais de 30% de toda a sua produção, representando um valor estimado em 162 bilhões de dólares por ano que não chega a ser consumido, embora 49 milhões de pessoas estejam oficialmente em situação de insegurança alimentar – totalizando 805 milhões em todo o mundo.
Para ilustrar a magnitude deste desperdício, imagine que toda essa comida não fosse consumida empilhada em um campo de futebol. As camadas formadas por essa quantidade de alimentos resultariam em uma poluição ecológica, uma espécie de caçarola em transição, alcançando milhas de altura.
Perda versus desperdício
Qual seria a distinção entre a perda e o desperdício de alimentos? Para elucidar essa questão, é importante destacar que o desperdício de alimentos se manifesta principalmente no final do ciclo alimentar, abrangendo as etapas de varejo e consumo. Como regra geral, é possível afirmar que, quanto mais ricas são as nações, mais expressivamente tende a ser a sua taxa de desperdício de alimentos per capita.
Por outro lado, a perda de alimentos se dá de forma mais intensa na parte inicial da cadeia alimentar, ocorrendo principalmente durante as etapas de produção, pós-colheita e processamento. Este fenômeno é consideravelmente menos comum em nações industrializadas quando comparado com países em desenvolvimento. Estes últimos, frequentemente, enfrentam deficiências em sua infraestrutura, que acabam por dificultar a entrega de todos os seus alimentos, em condições adequadas para consumo, aos seus cidadãos que estão ansiosos para consumi-los.
Nos países desenvolvidos, é observável que práticas agrícolas altamente eficientes, aliadas a sistemas avançados de condução e transporte, além de armazenamento e comunicações de alto padrão, garantem que a maior parte dos alimentos que cultivamos coincidiu com a etapa de varejo.
Contudo, a partir deste ponto na cadeia de produção e distribuição, as coisas tendem a se deteriorar rapidamente. De acordo com a FAO, as nações industrializadas destinaram cerca de 1,5 trilhão de libras de alimentos por ano. Para se ter uma ideia do tamanho desse volume, essa quantidade é praticamente equivalente à produção líquida total de alimentos da África subsaariana.
Paralelamente a isso, os agricultores estão aprendendo novas técnicas para cuidar ou embalar suas colheitas visando um armazenamento mais prolongado. Stephanie Hanson, vice-presidente sênior de políticas e parcerias do One Acre Fund, uma organização com origem na África, ilustra este fenômeno.
Ela observa que os agricultores com quem trabalha na África Oriental não tiveram excedentes no passado – eles consumiram tudo o que cultivaram no período de três meses. Entretanto, agora que eles estão conseguindo produzir mais alimentos, surge a necessidade de aprender novas práticas de armazenamento, a fim de evitar o desperdício desses excedentes.
Outro ponto importante e primordial para diminuir o desperdício e perda da comida global é fazer com que as pessoas percebam que existe um problema.
*por Daniela Marinho
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*Fonte: socientifica
Por que alguns peidos são mais barulhentos que outros?
Não importa a classe social, idade ou gênero: as flatulências (os famosos puns) fazem parte da nossa vida. Aparecendo em momentos diferentes e formas variadas, podem ir de simples “bombas silenciosas” a verdadeiras explosões sonoras.
Nessa hora, muitos podem se perguntar sobre a diferença de barulho ocasionado por esses eventos, e a resposta para isso está na quantidade de gases que seu corpo precisar mandar para os ares (literalmente) em cada flatulência.
Cada caso um caso
Antes de explicar sobre os barulhos feitos pelos peidos, é preciso dizer que eles são gerados por motivações variadas, como a quantidade de ar que você ingere enquanto está comendo ou respirando, e como a digestão é feita. Até mesmo as bactérias que estão no intestino podem interferir nesse resultado.
Dessa forma, o barulho feito por um pum é determinado pela quantidade de gás armazenada dentro do seu corpo e a velocidade com que ele precisa sair. Outro elemento que pode contribuir nessa equação é a força da contração do ânus.
Quando o corpo faz a força para que o ar saia, ele exerce uma pressão sobre as válvulas que controlam o ânus – e em grandes quantidades elas podem gerar uma pressão maior e fazer com que os gases saiam com mais velocidade. Assim, caso elas estejam contraídas, o barulho acaba sendo maior do que quando uma dessas válvulas está relaxada.
Ou seja, há mais chances de gerar um peido barulhento ao prendê-lo do que simplesmente deixar que a natureza siga o seu curso lógico.
E o que causa o cheiro?
Já para aqueles que têm dúvida sobre o que acaba interferindo no cheiro dos puns, a resposta é que isso está diretamente relacionado com o que você comeu durante o dia.
De maneira geral, os carboidratos acabam sendo os principais vilões nessa história. O odor produzido em cada pum vai depender do tipo de carboidrato fermentado pelo corpo (como lactose, frutose e alguns outros).
Entretanto, eles não são os únicos causadores do mal-cheiro, já que gorduras e proteínas (como o ovo, por exemplo) também produzem gases ao serem fermentados.
*por Douglas Vieira
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*Fonte: megacurioso
Tina Turner, cantora americana rainha do rock n’ roll, morre aos 83 anos
Ela lançou hits como ‘What’s Love Got to Do with It’, ganhou 8 prêmios Grammy e vendeu mais de 100 milhões de discos. Assessor disse que ela morreu ‘após longa doença’ em sua casa na Suíça.
Tina Turner, cantora americana considerada a rainha do rock n’ roll, morreu aos 83 anos. A morte foi confirmada pelo assessor dela nesta quarta-feira (24). A causa da morte não foi divulgada, mas ela morreu “após uma longa doença” em sua casa na Suíça.
A cantora de sucessos como “What’s Love Got to Do with It”, “The Best” e “We Don’t Need Another Hero” se lançou em carreira solo nos anos 1980. Antes, Tina e o ex-marido, Ike Turner, que morreu de uma overdose de cocaína em 2007, fizeram sucesso no final dos anos 1960 e início dos anos 1970.
Tina ganhou oito prêmios Grammy e vendeu mais de 100 milhões de discos em todo o mundo.
Do soul ao rock
Anna Mae Bullock nasceu em uma família pobre dos Estados Unidos. Aos 15 anos, foi abandonada pelos pais e cantou em boates para se sustentar.
Em uma das apresentações, conheceu Ike Turner com a banda The Kings of Rhythm. Anna Mae pediu para ser backing vocal e em pouco tempo se tornou uma das vozes principais. Ike e a cantora decidiram formar uma dupla e, após se casarem, ela adotou o nome artístico Tina Turner. Ao lado do marido, dominou o cenário da música soul nos anos 60 e 70.
Na vida pessoal, o casamento foi marcado por brigas e escândalos. Alcóolatra e dependente de drogas, Ike culpava Tina pelo declínio da dupla, a agredia, humilhava e traía. Ela apareceu em público diversas vezes com o olho roxo ou com o lábio inchado. Depois de 18 anos, ela pediu o divórcio. Na justiça, propôs abrir mão de todo o patrimônio em troca de manter o sobrenome Turner.
O recomeço
Tina recomeçou do zero. Sem dinheiro, morou com uma amiga e abriu shows para outros grupos famosos, como os Bee Gees. Para voltar ao cenário musical, apostou no rock, influenciada por David Bowie e Rolling Stones (uma curiosidade: Mick Jagger se inspirou em Tina para criar sua icônica dancinha nos palcos). Adotou ainda novo estilo, com roupas ousadas e cabelos loiros espetados.
Em 1984, lançou o álbum “Private dancer”. “Whats love gotta do with it”, que ela não queria gravar quando ouviu pela primeira vez, virou um megassucesso e ajudou Tina a vender mais de dez milhões de cópias em todo o mundo. O título de “rainha do rock” surgiu aos 45 anos. Nos shows e clipes, ela cantava e dançava sem perder o fôlego.
Em 1986, lançou a biografia “Eu, Tina: a história da minha vida”, sobre a trajetória profissional e pessoal com o ex-marido, além de revelar as agressões. O livro virou filme em 1993, estrelado por Angela Basset e Laurence Fishburne.
O álbum seguinte foi “Break every rule”, com o qual Tina fez a maior turnê de sua carreira. Foram 14 meses viajando. Um show desta turnê no Brasil entrou para o livro dos recordes: a cantora reuniu 184 mil pessoas em uma única apresentação no Maracanã. O show foi transmitido ao vivo para todo o mundo.
No início dos anos 90, lançou a música “The best”, tema de alguns atletas. Um deles foi Ayrton Senna, que subiu no palco ao lado de Tina em um show na Austrália, em 1993.
Além da música, ela estrou nos cinemas em 1975 no filme “Tommy”. Dez anos depois, atuou em outro sucesso, “Mad Max – Além da cúpula do trovão”. Cantou também o tema “We Don’t Need Another Hero”. Outra participação marcante em trilhas foi na de “007 contra Golden Eye”.
O sucesso da música “GoldenEye” fez com que Tina Turner, então com 56 anos, lançasse um álbum, “Wildest dreams”. No fim da década de 90, lançou o nono álbum da carreira solo e anunciou a aposentadoria dos palcos. “Twenty four seven” emplacou dois hits, mas o clima de despedida atraiu milhões para os shows.
Em 2008, para marcar os 50 anos dos prêmios Grammy, fez uma apresentação histórica. Além de cantar seus grandes sucessos, fez um dueto com Beyoncé.
Quando fez 73 anos, Tina Turner superou Meryl Streep e foi a mulher mais velha a estampar a capa da revista “Vogue”. Em 2021, um documentário da HBO recontou com detalhes a vida e carreira dela.
Tina deixa seu segundo marido, o executivo musical alemão Erwin Bach. Eles se casaram em julho de 2013, após 27 anos juntos. Ela deixa também dois filhos de Ike Turner, Ike Turner Jr e Michael Turner, adotados por ela.
O primeiro filho, Craig Raymond Turner, morreu em julho de 2018. Outro filho, Ronnie, morreu em dezembro de 2022.
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*Fonte: G1
Dia Nacional do Café: saiba como identificar uma bebida de qualidade
A data é comemorada neste 24 de maio e foi criada para celebrar o início da colheita no Brasil
O café é a bebida mais popular do Brasil e a segunda mais consumida no país, ficando atrás apenas da água. Somos o maior produtor do mundo. Esses são alguns dos motivos para o café ter uma data que celebra a sua importância econômica e histórica para o país.
Comemorado em 24 de maio, o Dia Nacional do Café foi criado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), que completa 50 anos em 2023, para homenagear o início da colheita no Brasil, valorizar o alimento e elevar, cada vez mais, o seu padrão de qualidade.
Embora o café seja bastante lembrado por suas características mais perceptíveis, como o sabor, o aroma e o ganho de energia, a qualidade é um importante aspecto a ser considerado no momento de escolher a sua marca favorita.
O que avaliar no momento da compra?
Pode parecer difícil, mas não é. Na hora da compra, antes de mais nada, esteja atento às categorias: tradicional, extraforte, gourmet e superior. Acima de tudo, considere o seu paladar. Cada categoria diz respeito aos atributos sensoriais do café como amargor, doçura e acidez.
Certificações, marcas e preço
Sobretudo o coffee lover deve ficar atentos às certificações. A ABIC unificou os Selos de Pureza e Qualidade. Até o início do ano, eram duas certificações. Agora, passaram a ter um regulamento e única identidade, uma forma de garantir mais segurança e transparência para o consumidor.
No momento da compra, basta procurar pelos selos nos pacotes de café ou ler o QR Code estampado nas embalagens com a ajuda do aplicativo ABICafé.
Com a categoria definida conforme o seu paladar, outra sugestão é experimentar diferentes marcas, para ver qual atende melhor o seu gosto. As preferências de aroma e sabor são muito pessoais, então o ideal é que cada um busque os produtos e os formatos que mais agradam.
Do mesmo modo, é importante considerar as embalagens que preservam mais o café. Sempre verifique a data de validade, com fabricação mais recente.
Além disso, compre o tamanho de embalagem de acordo com a quantidade que costuma consumir, para ter um café sempre fresco. Depois de aberta a embalagem, o sabor e o aroma vão se perdendo, pois são voláteis. Uma vez aberta a embalagem, o pó de café deve permanecer no pacote, dentro de recipientes plásticos herméticos, e num local fresco.
Desconfie de preços muito abaixo dos praticados no mercado. Afinal de contas, levanta a suspeita de risco de um pacote de café conter misturas de produtos que não são café, ou seja, ser um produto fraudado.
Por último, caso haja possibilidade de moer em casa, vale optar pela forma em grão, pois tem aromas e sabores mais preservados.
Quais os benefícios do consumo regular de café
Confira a seguir alguns dos principais benefícios para aqueles que consomem café regularmente:
Ganho de energia;
Contribui com a melhora na saúde;
Auxilia na prática de exercícios;
Potencializa a atividade cerebral;
Previne doenças como depressão, Parkinson, Alzheimer, diabetes do tipo 2 e alguns cânceres;
Contribui com a perda de peso;
Reduz riscos de doenças no coração;
Ajuda no funcionamento do sistema digestivo.
Agora que você já sabe como checar a qualidade do café, nada melhor para celebrar o Dia Nacional do Café do que tomar uma xícara quentinha da bebida.
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*Fonte: exame