O que significa ter a capacidade de sentir o cheiro quando a chuva está chegando

O Sol está aparecendo mais e nossos casacos estão saindo do armário – o inverno está quase aqui. No entanto, no Brasil, chuvas podem chegar inesperadamente, independentemente da estação.

As previsões meteorológicas muitas vezes parecem um jogo de azar. Em vez de confiar em aplicativos de clima, alguns sugerem que você poderia muito bem jogar um dardo em um quadro para adivinhar a temperatura lá fora. Mas haveria um método mais confiável para prever chuva? Há conversas entre pessoas que dizem que podem sentir o cheiro da chuva antes de começar. Céticos nas redes sociais, no entanto, não estão totalmente convencidos da ideia.

Entenda a ciência por trás desse fenômeno. De fato, há respaldo científico de que algumas pessoas podem detectar o cheiro de chuva se aproximando, graças a um composto chamado petricor. Derivado das palavras gregas ‘petros’ (que significa pedra) e ‘icor’ (o fluido que fluía nas veias dos deuses gregos), petricor é o aroma terroso produzido quando a chuva cai em solo seco. Esse cheiro tem origem no geosmina, um composto produzido por bactérias do solo. A sensibilidade humana à geosmina é notavelmente aguda, ainda mais do que a capacidade de um tubarão detectar sangue.

Esse aroma distinto é especialmente notável após um longo período de seca seguido por chuva, o que faz com que as gotas de chuva prendam pequenos bolsões de ar ao atingirem o solo. Esses bolsões estouram, liberando um fino borrifo de geosmina junto com outros químicos no ar, como um aerossol natural. O vento pode trazer essa mistura de longe, mesmo antes da chuva chegar, daí algumas pessoas “sentirem” quando a tormenta se avizinha.

Mas não é tudo. O ozônio, um cheiro mais agudo e um tanto mais doce comparado ao petricor, também sinaliza chuva. Esse químico é produzido durante tempestades com relâmpagos, quando a eletricidade divide moléculas de oxigênio e nitrogênio no ar, e elas se recompõem em ozônio. Ventos de uma tempestade iminente podem empurrar esse ozônio de altitudes mais elevadas para o solo, onde se torna detectável.

Então, da próxima vez que o céu parecer ameaçador, tire um momento para cheirar o ar. Seu nariz pode apenas lhe dar o aviso que você precisa para evitar um temporal em sua ida à loja.

por Lucas Rabello
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*Fonte: misteriosdomundo

Por que a Antártica é considerada um deserto?

O continente gelado é considerado o maior deserto do mundo; mas o que faz a Antártica receber essa classificação?

Quando pensamos em desertos normalmente imaginamos locais com grandes quantidades de areia, como no Saara, em zonas quentes e áridas. Entretanto, no maior deserto do mundo não faz calor. Muito pelo contrário, é um dos locais mais frios do mundo: a Antártica.

Mesmo com temperaturas absurdamente frias, o continente gelado é considerado um deserto pois praticamente não chove por lá. Esse é considerado o principal critério para a definição de desertos.

O tema é polêmico e não existem regras extremamente rígidas para classificação de desertos. Mas no geral, os locais considerados desérticos possuem menos de 25 centímetros de chuva por ano. A Antártica se encaixa nessa estimativa, com uma precipitação de cerca de 15 centímetros por ano.

Apesar disso, o continente é gigante e algumas áreas recebem mais chuvas que outras. As partes mais costeiras, por exemplo, têm índices de precipitação maiores, enquanto alguns vales são completamente secos.

Quão seca é a Antártica?
A Antártica tem cerca de 14,2 milhões de quilômetros quadrados de área. A baixa precipitação de regiões antárticas, como os Vales Secos de McMurdo, se deve principalmente às temperaturas frias, a montanhas que impedem a passagem de nuvens de chuva e aos ventos muito fortes que retiram a umidade do ar.

Segundo a Rede de Pesquisa Ecológica de Longo Prazo (LTER) da Fundação Nacional da Ciência (NSF) dos EUA, os vales secos não apresentam neve ou gelo, apenas lagos congelados permanentemente e que podem abrigar alguns micróbios, musgos e líquens que suportam as condições do local.

Mesmo que as regiões centrais do continente pareçam não abrigar vida nenhuma, pinguins e petréis vivem em regiões mais próximas do oceano, onde podem se alimentar de peixes. Além disso, focas às vezes também passam por esses locais.

por Lucas Soares
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*Fontr: olhardigital