Incêndios de motos elétricas aumentam preocupações na China; 60 ocorrências por dia

Em 24 de fevereiro de 2024, um incêndio ocorreu em uma torre residencial de 34 andares em Nanjing, China, deixando 44 feridos e 15 mortos. Uma investigação preliminar revelou que o fogo começou com uma moto elétrica estacionada em um dos andares do prédio. Esse incidente não é único, pois a China enfrenta, em média, quase 60 incêndios por dia causados por motos elétricas.

As motos elétricas ganharam popularidade na China devido às restrições sobre veículos a gasolina, mas esse aumento na utilização trouxe consigo um sério problema. Muitos incêndios começam durante o carregamento, em movimento ou até mesmo quando as motos estão paradas em elevadores. As baterias de íons de lítio, amplamente utilizadas nesses veículos, são inflamáveis, destacando preocupações sobre a qualidade e segurança dos componentes usados em sua fabricação.

Na China, várias fabricantes de baterias para motos elétricas funcionam com pouca supervisão. Para cortar custos, algumas empresas optam por omitir componentes essenciais ou utilizar materiais de qualidade inferior. Esse cenário pode resultar em falhas nos sistemas de gerenciamento das baterias, ocasionando sobrecargas e, consequentemente, incêndios.

Em Xangai, desde 2021, está proibido carregar motos elétricas em áreas comuns de edifícios e espaços fechados, além de estabelecer limites de velocidade e voltagem das baterias. A cidade também está expandindo a infraestrutura de pontos de recarga, com 95% das comunidades residenciais já equipadas com estações de carregamento.

Grandes fabricantes, como a BYD, estão investindo em melhorias de segurança. Após o incêndio de fevereiro, a BYD anunciou que aplicará sua experiência em baterias de carros elétricos para produzir baterias mais seguras para motos elétricas.

Embora a China seja a maior fabricante de motos elétricas do mundo, os incêndios são menos frequentes em outros países devido a regulamentações mais rigorosas e melhores práticas de fabricação. Nos Estados Unidos, por exemplo, as motos elétricas são mais caras, o que permite a inclusão de baterias de maior qualidade e sistemas de proteção eficazes.

No entanto, o risco nunca é completamente eliminado. Incêndios causados por baterias de lítio já foram registrados em vários países, como um incidente em Nova York onde uma bateria explodiu em uma loja de motos. A segurança na fabricação e no uso das motos elétricas deve ser uma prioridade global para evitar tragédias.

Embora as motos elétricas sejam uma solução sustentável para o transporte, é crucial que governos e fabricantes trabalhem juntos para garantir que as baterias sejam de alta qualidade e que os usuários sigam as melhores práticas de recarga e manutenção. Somente assim poderemos evitar que tragédias como a de Nanjing se repitam.

por Ademilson Ramos
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*Fonte: engenhariae

Qual a velocidade de pouso e decolagem dos aviões e o que as afeta?

No pouso e decolagem dos aviões existem várias especificidades. Entenda como a velocidade influencia nesses momentos.

Para muitas pessoas, viajar de avião é um sonho. E aqueles que já viajaram sabem o quão prática e confortável é essa experiência. Mas, ao mesmo tempo, muitas pessoas têm medo desse tipo de viagem, principalmente no pouso e decolagem dos aviões.

Nesses momentos muitos passageiros ficam apreensivos, até mesmo porque eles não sabem o motivo de determinada coisa estar acontecendo. Por exemplo, quando o avião está se preparando para decolar, ele demora um pouco, porque só depois que ele chega a uma velocidade é que a aeronave decola. E quanto tem que ser essa velocidade?

Isso depende, especialmente de fatores como densidade do ar, velocidade, área da asa e formato do aerofólio ângulo de ataque, que é a inclinação da água. Na hora da definição da velocidade de decolagem o peso do avião tem um papel fundamental.

Pouso e decolagem dos aviões

Decolagem
Em aviões comerciais grandes, os pilotos colocam os dados no computador de bordo e o sistema dá as velocidades necessárias. No caso da decolagem, são três velocidades que tem de ser observadas. São elas:

V1 – velocidade máxima para o piloto interromper a decolagem. Quando essa velocidade é ultrapassada, a aeronave não pode mais parar antes do fim da pista.

Vr – velocidade de rotação do avião. Ela é quando o piloto puxa o manche para começar a tirar o avião do chão. Essa velocidade é calculada com relação a temperatura e umidade do ar, pressão atmosférica, peso da aeronave, altitude da pista, vento e configurações da aeronave.

V2 – velocidade de decolagem e subida. Essa velocidade tem que ser atingida depois de cruzar a cabeceira da pista. É essa a velocidade que garante que o avião irá conseguir voar em segurança e controle.

Essas velocidades variam conforme as condições de cada voo, do aeroporto em que o avião está, do número de passageiros, carga, combustível e condições do clima. Geralmente elas variam entre 110 nós (203 km/h) e 150 nós (278 km/h).

Pouso
Da mesma forma que na decolagem, a velocidade do pouso varia não somente por conta do avião, mas conforme as configurações da aeronave no momento em que o pouso for acontecer. Por exemplo, nos jatos comerciais eles normalmente tocam a pista de pouso com uma velocidade entre 130 nós (240 km/h) e 145 nós (268 km/h).

Se o pouso for no aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro, por exemplo, um Boeing 737 pode pousar com cerca de 135 nós (250 km/h). Depois que ele toca o solo, a aeronave começa uma frenagem rápida. E em menos de 30 segundos já sai da pista de 1.325 metros.

Geralmente, os aviões começam o procedimento de se aproximar quando estão aproximadamente cinco minutos para o pouso com uma velocidade de 205 nós (380 km/h). Na descida, a aeronave diminui a velocidade até chegar a cerca de 188 nós (348 km/h) quando chega a três mil metros do solo. Essa descida continua com o avião desacelerando até cerca de 130 nós (240 km/h) e 145 nós (268 km/h), quando ele toca o solo.

Assim como na decolagem, os valores são variáveis conforme o tipo de avião, peso no momento do pouso, condições do clima e da pista do aeroporto.

Curiosidades
Tanto o pouso como a decolagem dos aviões são feitos contra o vento. Isso acontece porque correndo contra o vento a sustentação das aeronaves é aumentada e isso faz com que as operações sejam mais seguras. Veja mais algumas curiosidades sobre esses momentos.

Por que o piloto avisa quando chega a 10 mil pés após a decolagem ou antes do pouso?
Esse aviso é feito para que a tripulação saiba que pode entrar em contato com os pilotos. Isso porque quando os aviões chegam a 10 mil pés, a cabine de comando é estéril. E antes desse momento, ela é chamada de cockpit estéril, o que quer dizer que não pode ter nenhuma contaminação para que os pilotos tenham uma concentração maior.

Outro ponto de aviso dos pés é para que o uso dos aparelhos eletrônicos seja liberado.

Quando o aviso é feito no momento da descida, ele serve para que a comunicação com os pilotos seja interrompida por segurança. Normalmente, o aviso é feito através do sistema de som com a mensagem “Tripulação, dez mil pés”, ou algo parecido.

Com relação à altitude de um voo comercial, ela varia entre cerca de 9.000 a 12.000 metros, ou 30.000 a 40.000 pés. Isso é ideal para que os aviões tenham eficácia e desempenho, e dá um ambiente mais favorável para a aerodinâmica e diminuindo a resistência do ar.

Por que o encosto das poltronas deve estar na vertical durante o pouso e decolagem dos aviões?
Isso é pedido para que possa ser feita uma evacuação rápida no caso de alguma emergência. Até porque, a maior parte dos acidentes com aviões acontecem no momento do pouso ou da decolagem, e o tempo que a tripulação tem para dar instruções é bem pequeno.

No caso de acidente, as poltronas são a maior proteção dos passageiros. Então, se a cadeira estiver inclinada, a pessoa pode ser arremessada para trás e pode acabar atingindo o passageiro atrás dela.

Outro motivo para isso é a segurança. Isso porque em uma desaceleração brusca o corpo é jogado para frente e pode causar ferimentos se ele colidir com a mesa. E a mesa pode acabar sendo um obstáculo grande no caso de uma evacuação de emergência. Por conta disso que elas têm que estar fechadas e travadas no momento do pouso e da decolagem.

por Bruno Dias
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*Fonte: fatosdesconhecidos