Café pode reduzir risco de morte prematura entre sedentários

Estudo avaliou o impacto da bebida entre pessoas que passavam boa parte do dia sentadas

O café já foi ligado a alguns benefícios para a saúde e agora uma nova pesquisa mostra que ele pode diminuir o risco de morte entre os sedentários.

O estudo, publicado na revista BMC Public Health, teve como objetivo avaliar a associação entre o tempo diário sentado e a ingestão de café nas mortes por todas as causas e por doenças cardiovasculares.

Detalhes do estudo
Os pesquisadores analisaram dados de outras pesquisas de 2007 e 2018, incluindo 10.639 adultos nos Estados Unidos.

A análise mostrou que os que não tomavam café e ficavam sentados por pelo menos seis horas por dia tinham quase 1,6 vezes mais probabilidade de morrer por todas as causas.

Estudo descobre que beber café reduz risco de morte prematura entre sedentários
Os adultos que eram sedentários durante seis horas ou mais diariamente eram mais propensos a serem brancos, não-hispânicos e a terem escolaridade além do ensino médio.

Eles também apresentavam maior circunferência da cintura, obesidade abdominal e maior índice de massa corporal.

Os consumidores de café eram mais propensos a ser não-hispânicos, brancos, mais velhos e com escolaridade superior ao ensino médio.

Apenas 52% dos participante bebiam café e 48% relataram ficar sentados pelo menos seis horas diariamente. Enquanto isso, 23% relataram ficar sentados seis horas ou mais diariamente e não beber café.

Descobertas
Ao longo de um acompanhamento de 13 anos, ocorreram 945 mortes entre os participantes da pesquisa, sendo 284 dessas mortes devido a doenças cardiovasculares.

Os resultados sugerem que a relação entre o tempo sentado e o aumento do risco de morte foi significativa apenas para adultos que não consumiam café, e não entre os bebedores de café.

Os investigadores observam que “dado que o café é um composto complexo, são necessárias mais pesquisas para explorar este composto milagroso”.

Limitações do estudo
Como acontece com qualquer estudo, houve algumas limitações. Os pesquisadores confiaram em dados auto-relatados sobre o tempo sentado, que podem nem sempre ser precisos.

Eles também não diferenciaram os diferentes tipos de café (expresso, filtrado, etc.) nem consideraram os efeitos da adição de açúcar ou creme.

Além disso, o estudo não pode provar que o café cause diretamente este efeito protetor.

Outros fatores relacionados ao consumo de café ou às escolhas de estilo de vida dos consumidores de café podem desempenhar um papel.

O que explicaria o efeito benéfico do café?
Este estudo se soma a um crescente conjunto de evidências que sugerem que o café pode ter efeitos protetores à saúde.

Os pesquisadores especulam que as propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes do café poderiam ajudar a neutralizar os impactos negativos do sedentarismo.

No entanto, os autores do estudo alertam que, embora o consumo de café pareça benéfico, não é uma solução mágica.

Eles enfatizam a importância de manter um estilo de vida ativo e reduzir o tempo sentado sempre que possível.

por Silvia Melo
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*Fonte: catracalivre

Pesquisadores criam roupa movida a energia solar que aquece e refresca corpo humano

Meta-tecido é capaz de ajustar a temperatura corporal para conforto em qualquer clima

Você já está acostumado a usar um casaco para se esquentar em um dia de frio. Por isso, também está familiarizado com as ideias de que existem tecidos mais (ou menos) aptos para te aquecer e de que usar diversas camadas de roupa ajuda.

Anteriormente, pesquisadores procuraram aumentar a capacidade de aquecimento e resfriamento em tecidos. No entanto, a maior parte dessas tentativas envolveu uma peça de roupa muito volumosa para uso geral.

Agora, um time de engenheiros, cientistas de materiais e químicos da Universidade de Nankai, na China, parece ter encontrado a solução. A equipe desenvolveu um tecido à base de microfibras chamado de meta-tecido, capaz de regular a temperatura corporal durante todo o dia, mesmo em períodos de mudanças externas de temperatura.

Segundo o estudo, publicado na revista Science, o objetivo dos pesquisadores foi melhorar o tecido de microfibra adicionando elementos de aquecimento e resfriamento. Para isso, eles combinaram células solares flexíveis com tecnologia eletrocalórica – como ambas as tecnologias são flexíveis, elas permitem à integração com o tecido.

Além disso, devido a sua capacidade bidirecional, essas roupas podem fornecer calor ou efeito de resfriamento, dependendo do clima. Os testes mostraram que as roupas feitas com essa tecnologia são capazes de responder rapidamente às mudanças de temperatura ambiente.

Segundo a pesquisa, o dispositivo mantém a temperatura da pele humana dentro de uma zona de conforto térmico entre 32°C e 36°C, embora a temperatura ambiente varie entre 12,5 °C e 37,6 °C. A alta eficiência do dispositivo permite 24 horas de termorregulação controlável com apenas 12 horas de entrada de energia solar.

Essa tecnologia representa um avanço significativo na criação de roupas termorreguladoras que podem ser alimentadas por energia solar. Além de proporcionar conforto térmico, elas provaram ser mais compactas e adequadas para uso diário.

por Layse Ventura
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*Fonte: olhardigital