Por que, de repente, a inteligência artificial virou hype?

Recentemente, em uma conversa com o Dr. Ugo Stocco, médico do Hospital Israelita Albert Einstein e fellow no curso de BioDesign – Inovação para a Saúde do Einstein, ficou muito nítido o espaço que as soluções utilizando inteligência artificial (IA) estão ocupando em outras áreas que não Tecnologia da Informação (TI).

Mas existem diversas dúvidas quanto às suas aplicações, eficiência, confiabilidade, segurança, controle e até questões jurídicas e de direitos autorais, entre outras. Para auxiliar no entendimento desses pontos fui conversar com diversos especialistas, e abaixo segue um resumo a respeito.

Enfim, por que a IA virou hype?
Com o lançamento do ChatGPT em dezembro de 2022, uma nova era no processo evolutivo da Inteligência Artificial está iniciando: a “Era da IA aplicada aos negócios”. Essa era será caracterizada pela invasão de soluções baseadas em Inteligência Artificial nos processos operacionais, administrativos, de gestão e de tomada de decisão nas empresas.

E estamos apenas no começo dessa era, onde muitas das demandas que hoje são estritamente humanas serão apoiadas ou executadas por algoritmos de IA.

Um exemplo real é o projeto “Create Real Magic” da Coca-Cola, em que um grupo de 30 “AI artists” estão utilizando o ChatGPT (texto generativo) e o Dall.e (imagens generativas) para a cocriação de material promocional para a Coca-Cola Company em uma iniciativa oficial da empresa.

Outro exemplo, dessa vez no campo mais operacional, é a iniciativa do banco de investimentos Morgan Stanley em testar a tecnologia GPT-4 para a criação de um assistente virtual que, baseado em uma biblioteca com centenas de milhares de artigos do setor, busca apoiar o time de analistas com insights e informações relevantes de forma mais rápida e eficiente.

Mas por que só agora?
Nesse mesmo papo com o Dr. Ugo Stocco, surgiu a seguinte pergunta: “Mas qual a diferença de tudo que sempre existiu de machine learning (aprendizagem de máquina) e AI pro hype atual? Porque tudo agora tem que usar a palavra “inteligência artificial” como se fosse a maior descoberta do mundo?”

Em resumo, até agora não tínhamos visto nada parecido com o poder de aplicação que o ChatGPT demonstrou, e tampouco de uma forma tão acessível comercialmente. O que estamos presenciando nessa era é o “desbloqueio” da capacidade tecnológica que impedia a inteligência artificial de evoluir e a democratização do acesso a essa tecnologia.

São três pilares que evoluíram e que juntos estão potencializando as aplicações de IA em cenários de maior complexidade e baseados em enormes quantidades de dados:

Hardware – desde sempre os algoritmos de IA esbarram nas limitações do poder computacional. Muita coisa em IA simplesmente não era desenvolvida porque não rodava nos computadores de antigamente. Mas hoje em dia temos disponível poder computacional suficiente para rodar modelos de IA mais complexos e pesados.;

Algoritmos – Nos últimos anos evoluímos muito em algoritmos capazes de lidar com situações complexas (situações “não-exatas”), criando um leque enorme de possibilidades e de aplicações.;

Bases de Conhecimento – Pode-se entender por base de conhecimento o conjunto de informações/conhecimento de uma IA. Em uma analogia, se os algoritmos de IA são representações computacionais de “como nós pensamos”, as bases de conhecimento são versões digitais das informações, do “conhecimento em si”. E com a alta capacidade de coletar, armazenar e acessar enormes quantidades de informações, estamos vivenciando uma explosão na criação de bases de conhecimento em todas as áreas.

“A Inteligência Artificial não veio para fazer sistemas melhores, mais rápidos ou mais perfeitos… e sim, para resolver problemas que antes só os humanos resolviam.” – Fernando D’Angelo

Ao juntar tudo isso começaram a aparecer aplicações “em massa” de soluções baseadas em IA, e então a inteligência artificial deixou de ser algo restrito ao pessoal da área de TI e está passando a permear as demais áreas e a interferir nos processos, na sociedade, na tomada de
decisão, no poder…

A partir deste momento que estamos vivenciando a IA está deixando de ser algo “escondido” e passando a ter uma atuação mais visível para toda a sociedade. No meu ponto de vista atingimos um ponto de inflexão na IA, onde algumas soluções já resolvem “problemas humanos” de uma forma muito próxima ou até melhores do que nós, e normalmente em
velocidades muito maiores e a baixo custo.

Mas junto com todo esse poder e visibilidade, estão aparecendo também questionamentos quanto ao seu uso. Isso porque apesar de todo o poder que a IA está demonstrando em lidar com incertezas e situações complexas (não-exatas), ela não é perfeita e, muitas vezes, não é rastreável, não é controlável e não é “entendível”, gerando todo esse cenário de anseios, insegurança e resistência à IA.

Em conversa com diversos gestores de TI e negócios, é nítido o clima de precaução e dúvidas. Apesar de todos concordarem que a Inteligência Artificial será um grande divisor de águas no mundo corporativo, muitos a consideram “entusiasmante e apavorante ao mesmo tempo”, e a sua adoção ainda é um tabu, rodeada de preocupações com controle, previsibilidade, compliance e segurança da informação, entre outros.

E na sua empresa, como esse assunto está sendo tratado?

por Fernando D’Angelo
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*Fonte: canaltech

Por que o café da manhã é uma refeição tão importante?

Nutricionista explica que essa refeição nos fornece energia e detalha os benefícios que o cafezinho nos traz logo cedo

Tomar um cafezinho é um hábito tão enraizado no Brasil que uma das nossas refeições é chamada de café da manhã. O também chamado desjejum é considerado a refeição mais importante do dia. No entanto, você sabe por qual motivo?

Para você saber mais detalhes, o Hub do Café entrevistou a nutricionista clínica e professora universitária Ana Carolina Port.

1. O café no Brasil
De acordo com a Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), nosso país é o maior produtor do grão no mundo há 150 anos. E também é o maior exportador mundial do produto.

Portanto, o hábito de tomar café logo cedo ganhou força no século XIX, quando o Brasil se tornou produtor e exportador em larga escala, o que fez seu preço ficar acessível. Dessa forma, a primeira refeição do dia passou a ser conhecida como café da manhã pelos brasileiros.

“O café tem várias substâncias psicoativas, que ajudam no funcionamento do nosso organismo como um todo. Uma delas é a cafeína, que auxilia na concentração e na disposição”, esclarece a nutricionista.

2. É um regulador de energia
De antemão, Ana Carolina Port explica que o café da manhã é a primeira refeição do dia depois de ficarmos um longo período sem alimentos durante o sono.

“É nossa primeira fonte de energia e nutrientes após um longo de período de jejum. É uma refeição que ajuda nosso organismo a ‘acordar’”, informa.

3. Alimentos mais recomendados
Antes de mais nada, a nutricionista ressalta que é necessário incluirmos alimentos de três grupos principais no café da manhã.

– Energéticos: alimentos como pão, tapioca, cuscuz, batata doce, mandioca e inhame;

– Construtores: leite e derivados, como iogurte e queijos, ou ovos. Para vegetarianos e veganos, pasta de amendoim ou homus – pasta grão de bico para passar no pão ou tapioca.

– Reguladores: optar por frutas que podem ser consumidas in natura ou na forma de sucos. Antecipadamente, os sucos podem ser complementados com hortaliças, como couve, cenoura ou beterraba. Neste grupo está incluso o abacate, que pode ser usado como pasta para passar no pão ou tapioca, misturado com um pouco de sal e limão. E fazer a “avocado toast”, que é um nome chique para torrada com abacate.

4. Outros grupos alimentares
Além disso, a nutricionista recomenda complementar o café da manhã com um pouco de gorduras, como manteiga ou azeite. Pois são alimentos que ficam saborosos como complemento dos energéticos e auxiliam na saciedade.

“Caso goste de geleias, para consumir com o pão, tapioca, ou ainda o iogurte ou a pasta de amendoim, busque sempre as opções que possuem a fruta como primeiro ingrediente. E tente limitar a porção em uma colher de sopa”, alerta Ana Carolina.

5. Para quem tem pressa
Apesar da correria do dia a dia, é possível se alimentar de forma correta no café da manhã. Ou seja, a nutricionista indica deixar os alimentos prontos antes de dormir.

“Podemos deixar sanduíches ou crepiocas (feitas com ovo e tapioca) prontos para consumirmos rapidamente. E deixar frutas picadas ou consumir aquelas que não precisam de corte, como maçã, pera, banana, etc”, explica.

Ademais, a professora universitária sugere alimentos líquidos, como iogurtes, vitaminas com leite ou sucos de frutas com hortaliças. Pois podem ser preparados na noite anterior e ser consumidos no trajeto da aula ou trabalho. Além disso, trazem valor nutricional potente para o dia.

“Outra opção é o ‘overnight oats’. Consiste em misturar aveia e/ou chia com leite ou iogurte, cobrir com frutas e deixar da noite para o dia. Isso para que fique mais cremoso. Esta preparação pode ser feita no começo da semana ou no domingo e ser consumida ao longo da semana”, ensina.

6. Precisa evitar algum alimento?
De acordo com a nutricionista, não existe alimento “proibido” no café da manhã.

“É importante parar para perceber o que te faz bem e o que te faz mal. Basta pensar e ver o que come de manhã, o que faz bem o resto do dia ou traz saciedade. Ou faz você se sentir bem pelo menos até a hora do almoço ou até a hora do lanche da manhã, e o que não faz bem. É muito individual”, conclui Ana Carolina.

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*Fonte: hubdocafe