Café causa vício ou dependência? Entenda a diferença

Ao falar de excesso de cafeína, estamos enfrentando um vício ou dependência? Entenda a diferença quando se trata de café!

Muitos falam sobre os malefícios de tomar café todos os dias, mas será que essa bebida realmente causa vício ou dependência? Afinal, qual a diferença entre os dois?

Seja como grão, sobremesa ou componente, o café está presente na vida de quase todos os brasileiros. E, para quem se interessar, o Dia Mundial do Café acontece neste domingo, dia 14 de abril, celebrando a importância e os benefícios dessa fruta.

Por outro lado, mesmo com algumas vantagens, a bebida também está envolvida em várias controvérsias. Além disso, levanta questões como: o café é viciante?

Problemas do café
Antes de mais nada, é fundamental compreender que os artigos científicos ainda apresentam opiniões divergentes sobre se o café causa vício ou dependência.

A questão é que, ao pensarmos em vício, normalmente associamos esse termo forte a substâncias como drogas ou álcool.

Se essa comparação for feita, o café não se equipara a elas. Isso se deve ao fato de que a cafeína não representa uma ameaça à saúde da mesma maneira que as substâncias viciantes.

No entanto, conforme a American Psychiatric Association (APA), o café pode não ser considerado como algo que causa dependência, precisamente.

A principal razão para isso é que outras substâncias viciantes, como a cocaína, estimulam a área do cérebro relacionada à recompensa e à motivação em maior medida do que a cafeína.

A cafeína realmente afeta o cérebro e provoca uma liberação de dopamina, mas essa liberação não é intensa o bastante para desequilibrar o sistema de recompensa cerebral como ocorre com outras drogas.

Vício ou dependência?
Por outro lado, existem consequências quando se para de tomar café: a famosa abstinência. A cafeína causa contração dos vasos sanguíneos no cérebro e diminui o fluxo sanguíneo.

Quando alguém reduz ou interrompe o consumo, esses vasos sanguíneos se dilatam e o fluxo sanguíneo para o cérebro aumenta. O resultado? Dor de cabeça e outros sintomas.

Esses sintomas de abstinência diminuem à medida que o cérebro se adapta ao aumento no fluxo sanguíneo, então não são permanentes.

Esta é mais uma razão para considerar o café como uma substância que pode causar uma leve dependência, mas não um vício sério

O vício em café pode ser descrito como o hábito repetitivo e compulsivo de consumir regularmente, buscando o efeito estimulante da cafeína.

Por outro lado, a dependência se refere à necessidade física ou psicológica da cafeína para funcionar normalmente, e está relacionada aos sintomas de abstinência.

Claro, cada pessoa é única, e talvez existam indivíduos que experimentem esses sintomas ao tomar café. No entanto, dificilmente estarão ligados somente à bebida.

Os impulsos quase irracionais que acompanham uma dependência deixam o indivíduo sem controle sobre suas ações. Ou, ainda, fazendo de tudo para ter acesso ao componente do qual precisa para sobreviver.

Mesmo nos casos mais raros de abstinência do café, esse comportamento não é observado. Dessa forma, na discussão entre vício ou dependência de cafeína, podemos colocar a bebida na beira do vício, mas sem rótulos tão fortes assim.

Faz bem ou mal?
De modo geral, a definição se café faz bem ou mal depende muito da quantidade e do hábito da pessoa.

Consumir uma quantidade moderada de café por dia pode beneficiar o coração, por exemplo, e até mesmo contribuir para uma vida mais longa. Além disso, ajuda na concentração, energia e disposição no dia a dia.

E para quem gosta do sabor, é uma forma de receber dopamina, se satisfazer e aproveitar o acompanhamento de uma boa refeição.

No entanto, o consumo excessivo de café pode prejudicar a capacidade de aprendizado ou aumentar o risco de demência e derrame. Ainda, existem apontamentos no prejuízo do desenvolvimento infanto-juvenil, problemas cardíacos e aceleração das atividades cerebrais.

Frequentemente, vício ou dependência se relacionam quando o assunto é a cafeína. No entanto, as pessoas não usam esses termos de maneira correta.

Assim, o café pode causar uma certa necessidade em alguns organismos, mas de uma maneira não tão grave ou prejudicial quanto o vício em certas substâncias.


Contudo, ainda pode interferir na qualidade de vida, e vale ficar atento para as quantidades consumidas, prezando por equilíbrio e, de preferência, com moderação entre as refeições.

por Mayara Marques
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*Fonte: fatosdesconhecidos

5 dos livros de ficção científica mais premiados do mundo

Os prêmios Nebula e Hugo são reconhecimentos dados às melhor obras de ficção científica produzidas em determinados períodos. O Nebula, que surgiu em 1966, é concedido pela Science Fiction and Fantasy Writers of America (SFWA). Já o prêmio Hugo (cujo nome homenageia Hugo Gernsback, o fundador da revista de ficção científica Amazing Stories) foi lançado em 1953.

Alguns livros de ficção científica são tão incríveis que já foram vencedores dos dois prêmios. Conheça 5 obras que receberam esta honra.

1. Duna, de Frank Herbert (1965)
O romance clássico de Frank Herbert é tão importante que já gerou duas versões cinematográficas — uma em 1984, dirigida por David Lynch, e outra em 2021, dirigida por Dennis Villeneuve.

Duna se passa no futuro distante e mostra um império intergaláctico feudal que é controlado em que casas nobres estão em guerra. Neste contexto, o livro se centra na história de Paul Atreides, da Casa Atreides, cuja família se transfere ao planeta Arrakis, única fonte do universo de uma especiaria chamada mélange. A obra segue cultuada no mundo todo pois fala, de uma forma lúdica e instigante, sobre o contexto das disputas da política.

2. Encontro com Rama, de Arthur C. Clarke (1973)
Arthur C. Clarke (autor também do clássico 2001: uma odisseia no espaço) conta uma história que se inicia quando um meteoro gigantesco atinge a Terra e destrói boa parte da Europa. Para evitar uma nova catástrofe, líderes mundiais e cientistas criam um novo sistema de monitoramento espacial chamado Spaceguard.

Cinquenta anos depois, uma nova missão é incumbida de descobrir mais sobre um novo meteoro que se aproxima, chamado Rama. Mas, diferentemente do que se imaginava, Rama se revela uma construção complexa e misteriosa, com enigmas que desafiam os conceitos humanos.

3. Neuromancer, de William Gibson (1984)
Neuromancer é um clássico famosíssimo, e deu origem ao conceito de ciberespaço, prevendo como seria posteriormente o ambiente da internet. O romance conta a história de Case, que é um cowboy do ciberespaço e atua como hacker.

Quando seus crimes são descobertos, ele é punido com a inserção de uma toxina em seu sistema nervoso que o impede de entrar no mundo virtual. Vira, então, um andarilho. Para sobreviver, Case acaba entrando em uma jornada que mudará para sempre o mundo e a percepção que se tem sobre a realidade.

4. Deuses Americanos, de Neil Gaiman (2001)
Deuses Americanos é uma obra densa e inovadora, que mistura a mitologia de várias culturas. Neil Gaiman cria uma trama centrada em Shadow Moon, que foi solto recentemente da prisão e descobre que sua mulher morreu em um acidente de carro um tanto obscuro.

Mas logo Shadow começa a ver que há muito mais coisa acontecendo na terra, o que envolve uma disputa entre diversos deuses que aqui habitam – embora nem sempre sejam reconhecidos como divindades. A obra gerou uma série com três temporadas, disponível na StarZ e no Amazon Prime.

5. O Sindicato dos Policiais Iídiche, de Michael Chabon (2007)
No romance O Sindicato dos Policiais Iídiche, Michael Chabon propõe um revisionismo histórico: após a Segunda Guerra Mundial, um assentamento de refugiados judeus foi estabelecido no Alasca e o estado de Israel foi destruído. Neste local, ocorre um assassinato, e o detetive Meyer Landsman recebe a tarefa de desvendar o crime.

A obra, que é um thriller, traz uma trama repleta de gângsters que se enfrentam em um contexto imaginário que provoca a pensar sobre possíveis desdobramentos de uma grande guerra.

por Paula Martins
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*Fonte: megacurioso