Dia: 27 de abril, 2024
Fornecimento mundial de chocolate pode estar ameaçado por vírus; entenda
Agente infeccioso que está destruindo árvores de cacau, principalmente em Gana, na África, preocupa cientistas, que estão usando matemática para resolver o problema
Você ama comer chocolate ou é chocólatra? Infelizmente, aqui vai uma notícia não muito boa: o fornecimento global de chocolate está sob a possível ameaça de um vírus que afeta a saúde do cacaueiro, a árvore que origina o cacau, conforme alerta um estudo publicado na terça-feira (23) no periódico PLOS ONE.
O cacau é a principal matéria-prima do chocolate, feito por meio da torra e moagem das suas amêndoas secas. Cerca de 50% do chocolate mundial é originário de cacaueiros dos países da África Ocidental, como Costa do Marfim e Gana.
Conforme a nova pesquisa, o vírus cacau swollen shoot (“vírus do caule inchado do cacau”, CSSV) está gerando uma perda de colheita de 15% a 50% nos cacaueiros em Gana. Segundo informativo da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o agente infeccioso pode infectar a planta de cacau em qualquer fase de seu desenvolvimento. Em variedades suscetíveis, ele pode matar a árvore após 2 a 3 anos, com perdas de até 25% no primeiro ano.
O CSSV é transmitido por pelo menos 14 espécies do inseto cochonilha (Coccidae), que retêm o vírus por algumas horas. Esses artrópodes comem as folhas, botões e flores das árvores de cacau. A infecção entre as plantas ocorre por enxertia (união dos tecidos de dois exemplares) e não por dispersão de semente, pólen e nem contato entre árvores.
“Os pesticidas não funcionam bem contra as cochonilhas, fazendo com que os agricultores tentem prevenir a propagação da doença cortando árvores infectadas e criando árvores resistentes”, conta o autor do estudo, Benito Chen-Charpentier, em comunicado. “Mas, apesar destes esforços, o Gana perdeu mais de 254 milhões de pés de cacau nos últimos anos.”
Os agricultores não conseguem combater a praga devido ao alto custo das vacinas contra o vírus, especialmente para os proprietários de baixa renda. Além disso, o cacau colhido pelas árvores vacinadas é menor, e o CSSV continua devastando a plantação.
Os cientistas da Universidade do Texas, em Arlington, nos Estados Unidos, e colegas decidiram analisar dados matemáticos para solucionar o problema. Eles calcularam a qual distância os agricultores podem plantar árvores vacinadas para evitar que os insetos espalhem o vírus pulando entre as plantas.
“As cochonilhas têm vários modos de movimento, incluindo mover-se de copa em copa, sendo carregadas por formigas ou sopradas pelo vento”, afirma Chen-Charpentier.
Os pesquisadores usaram técnicas de padrões matemáticos para criar dois tipos diferentes de modelos, que permitem aos agricultores criarem uma camada protetora de árvores de cacau vacinadas ao redor daquelas não imunizadas. Isso pode ajudá-los a cuidar de suas colheitas e a manter a produção de chocolate.
Os modelos, ainda em fase experimental, permitem até mesmo aos pequenos agricultores manterem custos administráveis, segundo conta Chen-Charpentier. “Isso é bom para os resultados financeiros dos agricultores, bem como para o nosso vício global em chocolate”, ele diz.
……………………………………………………………………..
*Fonte: revistagalileu
Por que a geração Z e a atual estão tão infelizes?
Alguns sociólogos classificam a geração Y ou milleniales os nascido anos 80 e 90 e e a Z como os da década de 90 até 2010 e após essa tem a alfa, mas o que essas gerações têm em comum e por que as mesmas andam tão infelizes? Antes de enterdemos a dinâmica dessas gerações vamos voltar a geração anterior a ambas.
A geração boomer e a X são a turma dos nascidos entre 1940- 1960 e 1960-1980, gerações que enfrentaram guerras, crises econômicas e políticas e uma verdadeira transformação no mundo, porém a expansão da industrialização e urbanização contribuíram para a estabilidade e crescimento econômico destas, criando o pensamento que os filhos seriam mais ricos que os pais, observa-se que tais gerações não tinham uma cultura educacional muito vigente, gastando apenas 2,6 anos de estudos, o foco era o trabalho, construção e a família, onde nos centros urbanos em períodos de guerra a mulher ia trabalhar e cuidar da família enquanto majoritariamente o homem ia a guerra e após a guerra as família um pouco mais abastadas o homem voltando a ocupar o chão das fábricas e a mulher ficando em casa cuidando da família, já nas família mais pobre todo mundo ia trabalhar com jornadas de trabalhos exaustivas, inclusive as crianças, ai entra a lógica de ter muitos filhos, onde seria mais mão de obra para a família, mesmo que muitos passassem fortes dificuldades financeiras, sanitárias e de instrução. Como o país estava em processo de urbanização, havia muitos lotes de terrenos disponíveis a preço acessíveis e também muitos bairros eram construídos por meio de invasões de terras, logo era acessível ter uma casa, nota-se que a cultura da época era sair da casa dos pais cedo e constituir família também, algumas mulheres até mesmo na menoridade, o processo de infância e vida escolar quase não tinham, até porque os trabalhos acessíveis em massa era construção civil e fábrica, o que não requerera um nível avançado de formação, fazendo gerar muitos empregos em uma sociedade ainda em formação, conforme o tempo foi passando o processo de urbanização se expandiu, trazendo consigo desenvolvimento e certa formalização social, onde começou-se a necessitar de mão de obra qualificada, no final dos anos 80 o país passa por uma revolução com a formulação de sua mais nova e completa constituição federal, onde a educação e a saúde passa a ser direito garantido a toda população brasileira, nesse contexto surge o milleniales ou a geração Y, a dos nascidos entre meados dos anos 80 e 90, geração que não alcançou a guerra, mas agora está inserido em um mundo com inovações tecnológicas, cientificas e cultural, todo dia uma novidade, exemplos: a chegada da internet e das mídias sociais, Playstation, telefone, filmes e músicas surreais (A espera de um milagre, central do Brasil; Michael Jackson, U2, exemplos dessa sublime galeria), o CD e o DVD, na ciência temos descobertas lendárias como o DNA, onde as mesmas faziam nossa vida melhor e permitiu explorarmos novas experiências, a geração Y já acumulava vasto tempo de dedicação aos estudos, em média 10 anos, com isso alcançando um nível maior de formação da geração passada, também vivendo mais que a mesma, chega a geração Z e depois a Alpha, a primeira geração nascida já dentro de um mundo globalizado e já habituada em um mundo de redes sociais, a internet evoluiu a tal ponto de ser presente em praticamente no mundo todo ocidental, trazendo consigo acesso a informação, conteúdos de mídia em larga escala, porém o que mostra estudos que essa geração está mais infeliz e ansiosa e pela primeira vez viverá menos que sua geração passada; a pergunta que fica é: por que essa geração está tão infeliz e ansiosa?
Vamos entender o contexto dessas gerações. Como citado acima, essa geração nasce com acesso em larga escala ao conteúdos de mídia, tem acesso fácil a comida, entretenimento dos mais variados possíveis, mas observa-se que a partir de 2008 um velho fantasma assombra o mundo… Crise econômica, e o Brasil enfrentaria outra em 2015 e ainda teve a pandemia mundial, nesse contexto a geração enfrenta dificuldades para entrar no mercado de trabalho, de ter estabilidade financeira e prosperar, aliado a isso está uma racionalização dos recursos naturais, condições climáticas adversas, inflação, logo está mais difícil sobreviver e prosperar, os jovens dessa geração passam mais tempo estudando, porém saem com uma formação deficitária corroborando mais para um desenvolvimento já comprometido, os empregos antes abundantes tornam-se escassos, não tem vaga para todo mundo, solução para milhões é se sujeitar a sub empregos em asseguridade alguma, as relações sociais tornaram-se superficiais, conhecemos milhares de pessoas, mas não somos ligados a ninguém, viramos cardápio nas mídias sociais, nosso cérebro primitivo não estava e não está preparado para tamanha quantidade de informações que temos hoje, 6 mil filmes a disposição em um serviço de streaming, quem vai ter disposição e tempo para consumir tudo isso? Sem dar conta de tudo isso nós ficamos ansiosos, o futuro incerto.
A solução? Talvez dar um passo de cada vez, ser minimalista e buscar mais profundidade e menos quantidade faça-nos encontrar nosso caminho e começar a achar soluções para as complexas demandas do mundo atual.
por João de Jesus
……………………………………………………………………………….
*Fonte: vidaemequilibrio