Quando as primeiras motocicletas começaram a chegar ao país, logo depois da Primeira Guerra, foram chamadas de motos, motocas ou de “mototocas”.
E quem andava de motoca era mesmo motoqueiro.
É daí que vem a origem do termo.
O motoqueiro pilota sua motoca assim como o motociclista conduz sua motocicleta.
Se eles são bons ou maus, não será pela palavra moto ou motoca nem por motociclista ou motoqueiro.
Motoqueiro não se confunde com os moto-boys ou mesmo com os chamados “cachorros loucos”, sendo que esses últimos (e por isso que recebem esse nome) são os que arranham carro e quebram retrovisores.
Ainda que nem se deem conta de que podem levar um tiro pelas costas.
Tampouco motociclista pode resumir quem anda totalmente enquadrado (ou certinho) no trânsito, ainda que o “rótulo” aponte para isso.
Mas nem sempre as coisas são o que parecem.
O termo motoqueiro se presta mais adequado aos que tem sobre duas rodas um estilo de vida e não pilotam por mera diversão ou mesmo por conveniente ocasião.
Motoqueiro não faz passeios, não vai “ali dar um rolê” ou usa sua moto mais cara para subjugar o semelhante que tem uma máquina mais simples. Motoqueiro é extremamente orgulhoso da máquina que tem, mas não sabe ser esnobe.
Pode parecer irrelevante, mas não é.
As diferenças são grandes.
São imensas.
Essa é a tradição por aqui é o motoqueiro quem mais carrega toda o sentido da expressão e inequívoco significado.
Para corroborar o que digo, alguém viu os filmes “Motociclista fantasma” ou “Motociclistas selvagens”?
Então…
Prazer em conhecer. Meu nome é Marcelo, tenho 48 anos, uma Harley Davidson e sou motoqueiro.
Por Marcelo Alves.
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*Fonte: olddogcycles